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Exercício do Pilar do Meio
1. Comece na posição de sentado. Feche os olhos e relaxe.
Visualize uma Esfera de Luz Branca brilhante e cristalina cheia de energia vibrante que desce dos céus e vem descansar sobre a sua cabeça.
Suavemente, sílaba a sílaba, vibre o nome do deus EHEIEH (Eh-Heih-Yeh).
Sinta a parte superior da cabeça ficar cheia de energia à medida que faz isto.
Repita de cinco a dez vezes.
2. Visualize agora um raio de luz a descer desta esfera para formar uma segunda esfera de Luz Indigo na zona entre as sobrancelhas.
Vibre o nome do Deus JEHOVAH (Yah-Hoh-Vah) suavemente
Visualize o som a preencher essa área do corpo.
Sinta os seus olhos interiores ficarem cheios de energia.
Repita de cinco a dez vezes enquanto sente a energia a crescer.
3. A partir desta segunda esfera o raio de luz desce para formar uma terceira esfera de luz cristalina Azul profundo na zona da garganta.
Vibre o nome do Deus JEHOVAH ELOHIM (Yah–Hoh-Vah-Eh-Loh-Him)
Veja e sinta esta esfera de luz ganhar vida com vibrações brilhantes.
Repita de cinco a dez vezes.
4. A partir desta esfera, o raio de luz desce até à zona do coração para formar uma quarta bola de Luz Verde que ganha vida com cada entoação do nome do Deus JEHOVAH ALOAH va DAATH (Yah-Hoh-Vah-EI-Loh-Vah-Dahth)
Repita de cinco a dez vezes.
5. Faça uma pausa e visualize o raio de luz que desce do coração para formar uma quinta esfera de Luz Vermelha na área entre o ânus e os orgãos sexuais.
Veja-a formar-se com brilho cristalino com cada entoação do nome do Deus SHADDAI EL CHAI (Shah-Dai-EI-Kai)
Repita de cinco a dez vezes.
6. Faça agora uma pausa e visualize o raio de luz que desce desta quinta esfera até aos pés.
Aqui forma-se uma sexta bola de Luz Castanha escura cristalina e o raio de luz continua o seu caminho em direcção ao coração da terra, ligando-o a ela e equilibrando-o.
À medida que entoar o nome do Deus ADONAI HA ARETZ (Ah-Doh-Nai-Hah-Ah-Retz) e veja esta sexta esfera de Luz castanha a ganhar vida.
Repita de cinco a dez vezes.
Você acabou de formar o Pilar Médio de equilíbrio que se estende desde os céus, através de si, até ao coração da terra .
Você activou os centros interiores de luz que o fortalecerão e protegerão, além de despertarem a sua visão espíritual .
Agora vamos iniciar a ultima parte do exercicio chamada de Fonte de Luz onde vamos activar movimentos circulares de energia, ou em termos cabalisticos a circulação entre Malkuth e Kether passando por Thefiret .
Volte a sua atenção para o topo da sua cabeça e comece a respirar ritmadamente.
À medida que exala numa contagem até quatro, veja e sinta a energia a percorrer o lado esquerdo do seu corpo.
Inale numa contagem até quatro e passe a energia para o lado direito.
Repita quatro a cinco vezes.
Agora a energia desloca-se. Enquanto exala, veja e sinta a corrente de energia a descer pela frente do corpo numa contagem até quatro.
Enquanto inala, permita que ela suba pelas costas.
Repita quatro a cinco vezes.
Dê agora atenção aos pés.
Sinta a energia a concentrar-se neles.
Agora, enquanto inala, a luz em arco-íris colorido é passada através do pilar até atingir o topo da sua cabeça.
Enquanto exala, a luz em arco-íris é lançada da cabeça para encher a sua aura de força e energia.
Repita quatro a cinco vezes.
Faça agora uma pausa e exponha-se a este campo de energia e luz brilhante.
Depois de realizar este exercício várias vezes, tornar-se-á consciente do efeito que ele tem sobre si.
Então, à medida que se expuser a esta energia renovada no final do exercício, abra os seus sentidos aos do mundo espiritual.
Conservando os olhos fechados, oriente os seus sentidos em direcção ao exterior.
Preste atenção a todas as sensações novas ou diferentes, que normalmente não sente, quando fizer este exercício.
Não force os acontecimentos.
As novas impressões surgirão devagar e naturalmente à medida que o seu próprio campo de energia se tornar mais forte e mais sensível através do exercício do Pilar Médio.
Se sentir alguma coisa, peça para ser repetido.
Isso ajudará a confirmar que não se trata apenas de sua imaginação.
Se não a obtiver inicialmente, nao desanime. Se continuar os seus esforços serão recompensados.
Se vir um símbolo, coloque-o à sua frente e imagine uma voz a sair dele para responder às suas perguntas. Se for uma cor, imagine uma grande bola brilhante dessa cor à sua frente da qual sai uma voz.
Se se tratar apenas de um toque, imagine o espaço à sua frente onde pensa que o seu guia que o tocou se encontra.
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Excerto de `Le Visage Vert´
A chave que nos tornará mestres da natureza interior ficou enferrujada desde o dilúvio.
Ela chama-se: velar.
Velar é tudo.
O homem está firmemente convencido de que vela; mas na realidade, é apanhado numa rede de sono e de sonho que ele próprio teceu. Quanto mais apertada é essa rede, mais poderosamente reina o sono, Aqueles que estão presos nas suas malhas são os adormecidos que caminham através da vida como rebanhos de animais levados para o matadouro, indiferentes e sem pensamentos.
Os sonhadores vêem através das malhas um mundo quadriculado, só distinguem aberturas enganadoras, agem em consequência e não sabem que esses quadros são apenas os fragmentos insensatos de um todo enorme. Esses sonhadores não são, como talvez o suponhas, os lunáticos e os poetas; são os trabalhadores, os sem repouso do Mundo, os possessos da loucura de agir. Assemelham-se a escaravelhos feios e laboriosos que se arrastam ao longo de um cano liso para nele mergulharem ao chegar lá acima. Dizem que velam, mas aquilo que julgam uma vida não é em realidade senão um sonho, determinado antecipadamente nos mínimos pormenores e subtraído à influência da sua vontade.
Existiram e ainda existem alguns homens que souberam que sonhavam, os pioneiros que avançaram até aos baluartes atrás dos quais se esconde o eu eternamente desperto – videntes como Descartes, Schopenhauer e Kant. Mas eles não possuíam as armas necessárias para a tomada da fortaleza e o seu apelo ao combate não acordou os adormecidos.
Velar é tudo.
O primeiro passo para esse objectivo é tão simples que qualquer criança o pode dar. Só aquele que tem o espírito falsificado esqueceu como se caminha, e mantém-se paralisado sobre os seus dois pés, pois não se quer privar das muletas que herdou dos seus antecessores.
Velar é tudo.
Vela em tudo o que fazes! Não te julgues já desperto. Não, tu dormes e sonhas.
Reúne todas as tuas forças e espalha um instante pelo teu corpo este sentimento: agora, eu vejo!
Se o conseguires, reconhecerás imediatamente que o estado no qual te encontravas surge então como uma modorra e um sono.
É o primeiro passo hesitante do longo, muito longo percurso que leva da servidão ao completo poder.
Desta forma avança, de despertar em despertar.
Não existe pensamento tormentoso que desta maneira não possas banir. Ele fica para trás e já não te pode atingir. Estendeste sobre ele como a copa de uma árvore se eleva por sobre os ramos secos.
As dores afastam-se de ti como folhas mortas quando essa vigília se apossa igualmente do teu corpo.
Os banhos gelados dos brâmanes, as noites de vigília dos discípulos de Buda e dos ascetas cristãos, os suplícios dos faquires não são mais que os ritos estereotipados indicando que ali se erguia outrora o templo daqueles que se esforçavam por velar.
Lê as escrituras Sagradas de todos os povos da Terra. Em cada uma delas passa como um fio vermelho a ciência dissimulada da vigília. É a escada de Jacob, que combate toda a “noite” com o anjo do Senhor, até que chegue o “dia” e obtenha a
vitória.
Deves subir, um após outro, os degraus do despertar, se queres vencer a morte.
O degrau inferior já se chama: génio.
Como devemos nós chamar os degraus superiores? Ficam desconhecidos da multidão e são tidos como lendas.
A história de Tróia foi considerada uma lenda, até que finalmente um homem arranjou coragem de investigar por si próprio.
Sobre esse caminho da vigília, o primeiro inimigo que encontrarás será o teu próprio corpo. Ele lutará contigo até ao primeiro cantar do galo. Mas se vislumbrares a luz da vigília eterna que te afasta dos sonâmbulos que supõem ser homens e ignoram que são deuses adormecidos então o sono do teu corpo desaparecerá também e o Universo submeter-se-á a ti.
Então poderás operar milagres, se quiseres, e já não estarás reduzido, como um humilde escravo, a esperar que um cruel e falso deus seja suficientemente amável para te cumular de presentes ou te cortar a cabeça.
Há evidentemente a felicidade do bom cão fiel: servir um amo. Ela deixará de existir para ti – mas sê franco para contigo próprio: gostarias tu, mesmo agora, de trocar o lugar com teu cão?
Não te deixes apavorar pelo medo de não atingires o objectivo nesta vida. Aquele que descobriu este caminho regressa sempre ao mundo com uma maturidade interior que lhe torna possível a continuação do seu trabalho. Ele nasce como “génio”.
O caminho que te mostro está semeado de acontecimentos estranhos: mortos que conheceste hão-de erguer-se e falar-te! São apenas imagens. Silhuetas luminosas aparecer-te-ão para te abençoar. São apenas imagens, formas exaltadas pelo teu corpo que, sob a influência da tua vontade transformada, morrerá de uma morte mágica e se tornará espírito, tal como o gelo, atingido pelo fogo, se dissolve em vapor.
Quando tiveres abandonado em ti o cadáver é que então poderás dizer: agora o sono afastou-se de mim para sempre.
Então dar-se-á o milagre em que os homens não acreditam – porque, enganados pelos seus sentidos, não percebem que matéria e força são a mesma coisa – nem compreendem, esse milagre que, mesmo se o enterrarem, não haverá cadáver no
caixão.
Só então poderás diferenciar o que é realidade ou aparência. Aquele que tu encontrares só poderá ser um dos que seguiram o caminho antes de ti.
Todos os outros são sombras.
Até ali tu não sabes se és a criatura mais feliz ou a mais infeliz. Mas nada receies. Nem um sequer dos que seguiram pelo caminho da vigília, mesmo se alguma vez se perdeu, jamais foi abandonado pelos seus guias.
Quero dar-te um sinal pelo qual poderás reconhecer se uma aparição é realidade ou miragem: se ela se aproxima de ti, se a tua consciência se perturba, se as coisas do mundo exterior são vagas ou desaparecem, desconfia. Acautela-te! A aparição não passa de uma parte de ti próprio. Se não a compreendes, é apenas um espectro sem consistência, um gatuno que conssome uma parte da tua vida.
Os gatunos que adquirem a força da alma são “piores do que os gatunos do Mundo. Atraem-te como fogos-fatus nos pântanos de uma esperança enganadora, para te deixarem só nas trevas e desaparecerem para sempre.
Não te deixes enganar por nenhum milagre que eles pareçam fazer por ti, por nenhum nome sagrado que se derem, por nenhuma profecia que exprimam, nem mesmo se esta se realizar; eles são os teus inimigos mortais, expulsos do inferno do teu próprio corpo e com os quais tu lutas pelo domínio.
Sabe que as forças maravilhosas que eles possuem são as tuas próprias – desviadas por eles para te manterem na escravatura. Eles não podem viver fora da tua vida, mas se os venceres ficarão aniquilados, como ferramentas mudas e dóceis que poderás empregar segundo as tuas necessidades.
Inúmeras são as vítimas que eles fizeram entre os homens. Lê a história dos visionários e dos sectários e compreenderás que o caminho que segues está semeado de crânios.
Inconscientemente a humanidade ergueu contra eles um muro: o materialismo. Esse muro é uma defesa infalível, é uma imagem do corpo mas é também o muro de uma prisão que dissimula a vista.
Actualmente estão dispersos e a fénix da vida interior ressuscita das cinzas nas quais esteve deitada durante muito tempo, como morta, mas os abutres de outro mundo também começam a bater as asas. É por isso que deves tomar cuidado. A balança sobre a qual deporás a tua consciência mostrar-te-á quanto podes ter confiança nessas aparições. Quanto mais desperta ela estiver, mais se inclinará a teu favor.
Se um guia, um irmão de outro mundo espiritual te quer aparecer, deve poder fazê-lo sem despojar a tua consciência. Podes pousar a mão sobre ele como Tomé o incrédulo.
Seria fácil evitar as aparições e seus perigos. Basta conduzires-te como um homem vulgar. Mas que ganhas com isso? Continuas a ser um prisioneiro na jaula do teu corpo até que o carrasco “Morte” te conduza ao cadafalso.
O desejo dos mortais de verem os seres sobrenaturais é um grito que desperta até os fantasmas do inferno, porque semelhante desejo não é puro; – porque é mais avidez do que desejo, porque quer “tomar” de qualquer maneira em vez de gritar para aprender a “dar”.
Todos aqueles que consideram a Terra como uma prisão, todas as pessoas piedosas que imploram a libertação evocam sem se aperceberem o mundo dos espectros. Fá-lo igualmente tu próprio. Mas conscientemente.
Para aqueles que o fazem inconscientemente existirá uma mão invisível que os possa retirar do pântano onde se atolam? Eu não o acredito.
Quando sobre o caminho do despertar atravessarás o reino dos espectros, reconhecerás pouco a pouco que eles são simplesmente pensamentos que de súbito poderás ver com os teus próprios olhos. Eis porque te são estranhos e parecem ser criaturas, pois a linguagem das formas é diferente da do cérebro.
Então chegou o momento em que a transformação se dá: os homens que te rodeiam transformar-se-ão em espectros. Todos aqueles que amaste serão, de súbito, larvas. Mesmo o teu próprio corpo.
Não se pode imaginar mais terrível solidão que a do peregrino no deserto, e quem não sabe encontrar aí a fonte da vida ? morre de sede!
Tudo o que aqui te digo se encontra nos livros dos homens piedosos de todos os povos: a vinda de um novo reino, a vigília, a vitória sobre o corpo e a solidão.
E no entanto um abismo intransponível nos separa dessas pessoas piedosas: elas supõem que se aproxima o dia em que os bons entrarão no paraíso e os maus serão atirados para o inferno. Nós sabemos que um tempo virá em que muitos despertarão e serão separados dos adormecidos que não podem compreender o que significa a palavra vigília. Nós sabemos que não existe o bom e o mau, mas apenas o exacto e o falso. Eles crêem que velar significa manter os seus sentidos lúcidos e os olhos abertos durante a noite, de forma que o homem possa fazer as suas orações. Nós sabemos que a vigília é o despertar do eu imortal e que a insónia do corpo é uma consequência natural. Eles crêem que o corpo deve ser descurado e desprezado porque é pecador. Nós sabemos que não existe pecado; o corpo é o começo da nossa obra e vimos à Terra para transformar em espírito. Eles crêem que deveríamos viver na solidão com o nosso corpo para purificar o espírito. Nós sabemos que o nosso espírito deve primeiramente isolar-se para transfigurar o corpo.
Só a ti te cabe a escolha do caminho a tomar: ou o nosso ou o deles. Deves agir segundo a tua própria vontade. Não tenho o direito de te aconselhar. É mais salutar colher segundo a tua própria decisão um fruto amargo sobre uma árvore, do que ver pendurar um fruto doce aconselhado por outrem.
Mas não faças como muitos que sabem que está escrito: examinai tudo e só conservai o melhor. É preciso ir, nada examinar e agarrar a primeira coisa que aparecer.
GUSTAV MEYRINCK
Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/excerto-de-le-visage-vert/
Estudo enoquiano para o Ritual do Pilar do Meio
O Ritual do Pilar do Meio continua sendo um dos meus rituais favoritos vindos da associação com a Golden Dawn. É um meio de se alinhar ao Pilar da Suavidade, que fica entre o Pilar da Misericórdia e o Pilar da Severidade, permitindo a ascensão equilibrada da Árvore da Vida, o modelo mais comum da Cabala. Este pilar do meio consiste em quatro sephiroth (esferas de consciência; singular “sephirah”). Incluindo Malkuth (Reino, a esfera do mundo físico), Yesod (Fundação, a esfera da forma ou conexão entre objetos), Tiphareth (Beleza, a esfera da qual reside a Verdadeira Vontade para o mundo mundano) e Kether (Coroa, a esfera mais elevada da consciência, um lugar de União com o Divino). O pilar do meio também contém a pseudo-sephirah, Da’ath (Conhecimento), que é colocada entre Tiphareth e Kether.
A versão enoquiana que utilizo estende o Ritual do Pilar do Meio (na medida em que estou familiarizado com as correspondências) aos quatro mundos da cabala:
- Kether, Da’ath, Tiphareth, Yesod e Malkuth em Atziluth (Emanação)
- Briah (Criação)
- Yetzirah (Formação)
- e Assiah (Ação).
A seção Assiah é uma exatamente uma versão elaborada da versão original apresentada por Regardie, apenas com algumas correspondências adicionais. Para esta tradução, é claro, estou contando com o The Angelical Language, de Aaron Leitch, Vol. II, e também o 776 1/2 de Eshelman. Como o trabalho de Eshelman o inclui, também adicionei uma correspondência a Ain Sof/Ain Sof Aur de Atziluth.
Algumas correspondências em minha própria versão não estão disponíveis nesta versão porque se referem a nomes de deuses fora do enoquiano, mas estou adicionando espaços reservados [entre colchetes] para que o leitor possa trabalhar a partir dai.
Atziluth (Emanações)
Ain Sof/Ain Sof Aur: Vibre as seguintes três vezes: ZDLZL, ZZZDZ, ZLDLDZ [LASHTAL].
(Você tem opções de pronúncia aqui: Zohd-Dee-EL-Zohd-El, Zohd-Zohd-Zohd-Dee-Zohd, Zohd-El-Dee-El-Dee-Zohd ou, Ceph-Gal- Ur-Ceph-Ur, Ceph-Ceph-Ceph-Gal-Ceph, ou Ceph-Ur-Gal-Ur-Gal-Ceph; estas são versões de “oitava superior” dos nomes e frases em Kether, seguindo o método Agripa de descobrir nomes de anjos superiores, mas aplicados ao Enoquiano tal como descrito por Leitch).
Kether: Vibre as seguintes três vezes: JAIDA, PRONOA, TONIEL. {Deus Altíssimo, “Amor Divino”, “Tudo é um.”}
Da’ath: [nenhuma correspondência disponível ao meu conhecimento]
Tiphareth: [nenhuma correspondência enoquiana disponível ao meu conhecimento; o nome bárbaro que uso é “Onophis.”]
Yesod: [nenhuma correspondência disponível ao meu conhecimento]
Malkuth: [nenhuma correspondência disponível ao meu conhecimento]
Briah (Criação):
Kether: Vibre os seguintes nomes de Deus três vezes: “OL TRIAN” {“Eu serei”}, eL.. O nome hebraico do anjo é Yehuel (ou Jehoel), que significa “semelhante a Deus” (YHV); a tradução do nome para o enoquiano é “AZIA(e)L”, mas eu ainda não testei a pressão desse nome, então você pode adicionar Yehuel aos nomes dos deuses.
Da’ath: Vibrar três vezes: eL, CARUBIAL ; este nome de anjo enoquiano é equivalente a Kerubiel e apareceu para mim durante a iniciação de Chokmah.
Tiphareth: Vibre três vezes: GAHOACHMA. [Os nomes dos anjos hebraicos são Chasmel e Metatron.]
Yesod: L-ENAY. [O nome do anjo hebraico aqui é mais uma vez Yehuel.]
Malkuth: L-IAIDON, L-ENAY. [O nome do anjo hebraico é Michael.]
Yetzirah (Formação):
A rotação do nome YHVH em Yetzirah não faz sentido para aplicar a Enochian, então simplesmente vibre: GAHOACHMA.
Assiah (Ação).
Kether: ENAY, OL TRIAN. O nome do arcanjo aqui é Metatron.
Da’ath: GAHOACHMA IAD. Kraig substitui os nomes dos anjos-governadores do Aethyr de ZAX: LEXARPH, COMANAN, TABITOM.
Tiphareth: GAHOACHMA, L-IADNAH. O nome do arcanjo aqui é Rafael.
Yesod: IAIDON L-IOIAD. O nome do anjo é Gabriel.
Malkuth: L IAIDON, ENAY CAOSGO. O nome do arcanjo é Sandalphon.
Fonte: Enochian Today
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Entrada Aberta ao Palácio Fechado do Rei
Tratado Alquímico de 1645
Tendo penetrado, eu, Filateto, Filósofo anônimo, os arcanos da medicina, da química e da física, decidi redigir este pequeno tratado, no ano 1645 da Redenção do mundo e o trigésimo terceiro de minha idade, a fim de resgatar o que devo aos Filhos da Arte e para estender a mão aos que estão desencaminhados pelos labirintos do erro. Assim, parecerá aos Adeptos que sou seu par e irmão; quanto àqueles que foram seduzidos pelos vãos discursos dos sofistas, verão e receberão a luz, graças à qual retornarão à rota mais segura. E presságio, em verdade, que numerosos dentre eles serão esclarecidos por meus trabalhos.
Não se trata de fábulas, mas de experiências reais que vi, fiz e conheci: o Adepto o inferirá facilmente lendo estas páginas. Por isso, escrevendo-as pelo bem de meu próximo, basta-me declarar que jamais ninguém falou desta arte tão claramente quanto eu; certamente, minha pena hesitou freqüentemente em escrever tudo, desejoso que estava de esconder a verdade sob zelosa máscara; mas Deus me constrangia, e não pude resistir-lhe, a ele, único que conhece os corações, e a quem se remete a glória no ciclo do Tempo. Donde creio que muitos, nesta última era do mundo, terão a felicidade de possuir este segredo; pois escrevi com franqueza, não impedindo ao noviço sinceramente curioso de apreender nenhuma dúvida sem uma resposta plenamente satisfatória.
E já sei que muitos, assim como eu, detêm este segredo; persuado-me que há muitos mais ainda, com os quais entrarei muito proximamente, por assim dizer, em íntima e cotidiana comunicação. Que a santa Vontade de Deus faça o que lhe aprouver, reconheço-me indigno de operar tais maravilhas: adoro, entretanto, nelas, a santa Vontade de Deus, a quem todas as criaturas devem estar submetidas, pois que é em função dela somente que ele as criou e as mantém criadas.
Da necessidade do mercúrio dos sábios para a obra do elixir
Quem quer que deseje possuir este Tosão de ouro, deve saber que nosso pó aurífico, que chamamos de nossa pedra, é o Ouro, simplesmente alçado ao mais alto grau de pureza e fixidez sutil a que puder ser levado, tanto por sua natureza, quanto pela arte de hábil operador. Este ouro assim essencificado não é o do vulgo: chamamo-lo nosso ouro; ele é o grau supremo deperfeição da natureza e da arte. Poderia, a este respeito, citar todos os filósofos, mas não necessito de testemunhas, pois que sou mesmo Adepto, e que escrevo com mais clareza do que qualquer outro anterior. Crer-me-á quem quiser, desaprovar-me-á quem puder; que se me censure, mesmo, se o deseja; só se chegará a uma profunda ignorância. Os espíritos demasiadamente sutis, afirmo-o, sonham com quimeras, porém, o pesquisador assíduo encontrará a verdade seguindo a via simples da natureza.
O ouro é então o único, exclusivo e verdadeiro princípio a partir do qual se pode produzir ouro. No entanto, o nosso ouro que é necessário à nossa obra é de duas naturezas. Uma levada à maturidade, fixa, é o Latão rubro, cujo coração, ou núcleo, é um fogo puro. É por isso que seu corpo se defende no fogo, que é onde recebe sua purificação, sem nada ceder à violência deste, nem sofrer. Este ouro, em nossa obra, exerce o papel do macho. Une-se-o a nosso ouro branco mais cru (nosso segundo ouro, menos cozido que o precedente), tendo o lugar de semente feminina, com o qual se conjuga e onde deposita seu esperma; e unem-se um ao outro por liame indissolúvel, de onde se faz nosso Hermafrodita, que tem a potência dos dois sexos. Assim, o ouro corporal é morto antes de ser unido à sua noiva, com a qual o enxofre coagulante que, no ouro, é extrovertido, torna-se introvertido. Então, a altura é oculta, e a profundeza, manifestada. Também o fixo se faz volátil por um tempo, a fim de possuir em seqüências, em estado mais nobre por sua herança, graças ao que obterá poderosíssima fixidez.
Vê-se que todo o segredo consiste no Mercúrio, do que o filósofo diz: “No Mercúrio se encontra tudo o que procuram os Sábios”. E Geber declara a seu respeito: “Louvado seja o Altíssimo, que criou nosso Mercúrio e concedeu-lhe natureza que domina o Todo. Decerto, efetivamente, se não existisse, os Alquimistas poderiam se glorificar à vontade, mas a Obra Alquímica seria vã”. Evidencia-se que este Mercúrio não é vulgar, mas aquele dos Sábios, pois todo Mercúrio vulgar é macho, quer dizer, corporal, específico, morto, ao passo que o nosso é espiritual, feminino, vivo e vivificante.
Atenta, pois, a tudo o que disser do Mercúrio, porque, segundo o Filósofo, “Nosso Mercúrio é o Sal dos Sábios, e quem quer que trabalhasse sem ele assemelhar-se-ia ao arqueiro que quisesse, sem corda, lançar flecha”. Não se pode, entretanto, encontrá-lo em nenhum lugar sobre a terra. O Filho tampouco é por nós conformado, nem criado, mas extraído daquelas coisas que o encerram, com a cooperação da natureza, de maneira admirável, e graças a arte sutil.
Dos princípios que compõem o mercúrio dos sábios
O objetivo daqueles que se aplicam a esta arte é purgar o Mercúrio de diferentes maneiras: uns o sublimam pela adjunção de sais, e o limpam de impurezas diversas, outros vivificam-no unicamente por si mesmo, e afirmam ter, pela repetição dessas operações, fabricado o Mercúrio dos Filósofos; mas enganam-se, porque não trabalham pela natureza, que só é aperfeiçoada em sua natureza. Que saibam então que nossa água, composta de numerosos elementos, é no entanto, coisa única feita de diversas substâncias coaguladas a partir de única essência. Eis o que é requerido para a preparação de nossa água (em nossa água, com efeito, encontra-se nosso dragão ígneo): primeiramente, o Fogo que se encontra em todas as coisas, secundariamente, o licor da Satúrnia vegetal; terciariamenta, o liame do Mercúrio.
O fogo é aquele de um enxofre mineral. Porém, não é propriamente mineral e, menos ainda, metálico; mas sem participar destas duas substâncias, tem o meio entre o mineral e o metal. Chaos ou espírito: com efeito, nosso ígneo Dragão, que de tudo triunfa, pode ser penetrado pelo odor da Satúrnia vegetal, e seu sangue se coagula com o suco da Satúrnia num só admirável corpo; entretanto, não é corpo, pois que é totalmente volátil, nem espírito, porque ao fogo, assemelha-se a metal fundido. É então, verdadeiramente, um Chaos, que ocupa o lugar de Mãe de todos os metais; pois sei daqui extrair todas as coisas, mesmo o Sol e a Lua, sem o auxílio do Elixir transmutatório, o que pode ser atestado por quem o viu, tanto quanto eu. Chama-se a este Chaos o nosso Arsênico, nosso Ar, nossa Lua, nosso Imã, nosso Aço, mas sempre sob diversos aspectos, porque nossa matéria passa por diferentes estados, antes que do mênstruo de nossa prostituta seja extraído o Diadema Real.
Aprendei, então, quem são os companheiros de Cadmo e qual a serpente que os devorou, e qual é o carvalho oco onde Cadmo pregou a serpente. Sabei quais são as pombas de Diana, vitoriosa do leão, domesticando-o, este Leão verde, digo-o, que é verdadeiramente o Dragão babilônio, a tudo destruindo por seu veneno. Enfim, sabei o que é o caduceu de Mercúrio, com o qual ela opera maravilhas, e quais são estas Ninfas que ele instruiu com seus encantamentos. Apreendei tudo isso, se quereis atingir o objetivo de vossos desejos.
Por: Irineu Filaleto
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