Evangelhos Gnósticos – 28/06/08

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Palestra Pública – EVANGELHOS GNÓSTICOS – A herança de Nag Hammadi

Data: Sábado, dia 28 de junho de 2008

Horário: 15:30h

Entrada franca

Local: Auditório ABINEE, Avenida Paulista, 1439, 6º andar, próximo à estação Trianon-Masp do Metrô

Informações: saopaulo@rosacruzaurea.org.br – 11 3208-8682 – www.rosacruzaurea.org.br

ENTRADA FRANCA

Em dezembro de 1945 um camponês árabe fez uma espantosa e acidental descoberta arqueológica no Alto Egito na cidade de Nag Hammadi: numa caverna, protegidos em um grande pote de barro, 52 textos escritos há 1.500 anos, dentre eles, manuscritos, evangelhos gnósticos e outros textos apócrifos foram encontrados e traduzidos, tendo provocado enorme interesse tanto no meio acadêmico como no público em geral.

Qual é o significado desses evangelhos para a humanidade de hoje? Eles têm algo a acrescentar aos evangelhos que fazem parte do cânone bíblico? Qual o significado de Gnose ou Gnosis? Além de responder a essas perguntas, esta palestra abordará a história da descoberta da Biblioteca de Nag Hammadi e os fundamentos do pensamento gnóstico, que dá respostas claras às questões existenciais que fustigam a humanidade. Será dada uma visão geral da grande sabedoria contida nesses evangelhos, um tesouro resgatado para nós, habitantes do século XXI. Será considerada também a viabilidade de pôr em prática nos dias atuais o caminho gnóstico preconizado nesses evangelhos.

Até lá!

Trabalho Público do Lectorium Rosicrucianum

#Palestras

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/evangelhos-gn%C3%B3sticos-28-06-08

Os Princípios da Alquimia

“Escuro e nebuloso é o início de todas as coisas, mas não o seu fim.”

A transmutação de qualquer metal em ouro, o elixir da longa vida são na realidade coisas minúsculas diante da compreensão do que somos. A Alquimia é a busca do entendimento da natureza, a busca da sabedoria, dos grandes conhecimentos e o estudante de alquimia é um andarilho a percorrer as estradas da vida. O verdadeiro alquimista é um iluminado, um sábio que compreende a simplicidade do nada absoluto. É capaz de realizar coisas que a ciência e tecnologias atuais jamais conseguirão, pois a Alquimia está pautada na energia espiritual e não somente no materialismo e a ciência a muito tempo perdeu este caminho. A Alquimia é o conhecimento máximo, porém é muito difícil de ser aprendida ou descoberta. Podemos levar anos até começarmos a perceber que nada sabemos, vamos então começar imediatamente pois o prêmio para os que conseguirem é o mais alto de todos.

O ideal alquimista não constitui a descoberta de novos fenômenos, ao contrário do que procura cada vez mais intensamente a ciência moderna, mas sim reencontrar um antigo segredo, que ainda é inacessível e inexplicado para a maioria. Ela não é constituída somente de um caminho material, como por exemplo a transmutação de qualquer metal em ouro. Antes de tudo a alquimia é uma arte filosófica, uma maneira diferente de ver o mundo.

Não podemos, no entanto, separar o material do espiritual, uma vez que na Terra estamos encarnados em um corpo, onde um sofre influência do outro, pois na realidade tudo é uma coisa só, uma unidade, o ser humano. Na alquimia ocorre a transmutação da matéria e do espírito ao mesmo tempo. O alquimista adquire conhecimentos irrestritos da natureza, se pondo em um ponto especial de observação, vendo tudo de maneira diferente. Seria como se uma pessoa pudesse ver tanto o aspecto físico nos mínimos detalhes bem como as energias associadas a este corpo. O alquimista estaria em contato total com o universo, enquanto que para todos nós este contato é apenas superficial.

Na realização da Grande Obra, o alquimista consegue obter a pedra filosofal e modificar sua aura eliminando a cobiça e a avidez. Descobre que o ouro material não tem grande valor quando comparado ao ouro interno, ou seja, o caminho espiritual é infinitamente mais importante que as coisas materiais. Todos deveriam se contentar com o básico para sobrevivência do corpo e se dedicar por inteiro a busca de um aperfeiçoamento espiritual. Somente os homens de coração puro e intenções elevadas serão capazes de realizar a Grande Obra.

A corrida atômica se intensificou durante a Segunda guerra mundial, onde vários cientistas desenvolveram a bomba atômica que viria a ser a maior ameaça para a sobrevivência da Terra. Se os alemães tivessem tido acesso a estes conhecimentos antes, não teria sobrado muita coisa em nosso planeta. Portanto se os cientistas tivessem mais consciência e um maior conhecimento das conseqüências de suas descobertas, não teriam divulgado muitas coisas. Os alquimistas já conheciam o poder e os perigos da energia atômica a muito tempo e não divulgaram em função dos riscos inerentes de uma má utilização destes conhecimentos.

Por isso existe um grande segredo em torno da alquimia. A ciência na atualidade se especializou tanto que cada vez mais os cientistas estudam uma parte menor de determinada área. Acreditam que com isso podem avançar muito mais em determinada direção. Assim, perdem a visão do todo, tornando-se menos conscientes da utilização de tais pesquisas, quer seja para o bem ou para mal.

Os cientistas estão mais preocupados com a fama e dinheiro do que com o próprio sentido da ciência. Eles podem ser comparados a empresários capitalistas pois para a maioria o caminho é unicamente material. Quando pensam no aspecto espiritual este se encontra dissociado de tudo o quanto mais acreditam. Eles são os sopradores modernos.

O alquimista é o estudante assíduo da alquimia, aquele que busca o caminho para a iluminação. O soprador é um mercenário que só se interessa pelo ouro que ele poderá produzir e o Adepto é o alquimista que realizou a Grande Obra, ou seja um iluminado.

A alquimia é a mais antiga das ciências e influenciou todas as demais. Tem como principal objetivo compreender a natureza e reproduzir seus fenômenos para conseguir uma ascensão a um estado superior de consciência. Os alquimistas, em suas práticas de laboratório, tentavam reproduzir a pedra filosofal a partir da matéria prima primordial. Com uma pequena parte desta pedra é possível obter o controle sobre a matéria, transformando metais inferiores em ouro e também o Elixir da Longa Vida, que é capaz de prolongar a vida indefinidamente.

O ouro é considerado o mais perfeito dos metais pois dificilmente se oxida, não perde o brilho e acredita-se que todos os outros metais evoluem naturalmente até ele no interior da terra. Portanto, a transmutação é considerada um processo natural. Os alquimistas somente aceleram este processo, realizando as transmutações em seus laboratórios. Este tipo de conhecimento ficou sendo o mais cobiçado, não pelos alquimistas, mas pelos não iniciados, os sopradores como eram chamados. Eles buscavam a pedra filosofal, que lhes confeririam poderes como a invisibilidade, viagens astrais, curas milagrosas, etc.

Esta pedra filosofal não se constituía necessariamente de um objeto, mas sim energia que pode ser adquirida e controlada. Este conjunto pedra e alquimista são responsáveis dos poderes alcançados. Um não iniciado poderia possuir a pedra e dela não desfrutar toda a sua potencialidade conseguindo, quando muito transformar uma pequena quantidade de chumbo em ouro. A transformação da matéria-prima na pedra filosofal, juntamente com a transformação do indivíduo constitui a Grande Obra.

No laboratório, com experimentos e constantes leituras e releituras, o alquimista nas várias etapas da transformação da matéria, vai gradativamente transformando a própria consciência. Antes do ouro metal, o alquimista deverá encontrar o ouro espiritual dentro de si.

Os ideais e poderes pretendidos pelos alquimistas, nos faz correlacioná-los aos poderes de Cristo, que foi capaz de transmutar água em vinho, multiplicar os pães, andar sobre a água, curar milagrosamente, dentre outros. Ele sempre dizia: “aquele que crê em mim, fará tudo que eu faço e ainda fará coisas maiores”.

Os alquimistas buscavam esta pureza e compreensão espiritual, conseguindo assim, realizar estas obras. Portanto, o exemplo de Cristo, além do exemplo espiritual, constitui-se em um meio de descobrir o poder sobre a matéria. Muitos alquimistas consideram Cristo a pedra filosofal. Encontrar a pedra filosofal significa descobrir o segredo da existência, um estado de perfeita harmonia física, mental e espiritual, a felicidade perfeita, descobrir os processos da natureza, da vida, e com isso recuperar a pureza primordial do homem, que tanto se degradou na Terra. Portanto, a Grande Obra eleva o ser a mais alta perfeição: purifica o corpo, ilumina o espírito, desenvolve a inteligência a um ponto extraordinário e repara o temperamento.

A pedra filosofal era gerada a partir da matéria prima primordial, além de outros compostos, no Ovo Filosófico que é um recipiente redondo de cristal onde todos estes compostos vão sendo transformados, em várias etapas, sempre utilizando o forno. Este processo freqüentemente é comparado a uma gestação da pedra filosofal. Isto seria como reproduzir o que a Natureza fez no princípio, quando só existia o caos, porém de maneira mais rápida, dando melhores condições para que ocorram as transformações. Portanto, a conclusão da Grande Obra, ou seja, o entendimento dos segredos alquímicos, significa adquirir os conhecimentos das leis universais e penetrar em uma dimensão espaço-tempo sagrada, diferente da do cotidiano de todos.

Texto do Jeff Alves

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/os-princ%C3%ADpios-da-alquimia

O Desequilíbrio é Fundamental

A vida é uma infinita e fantástica viagem a caminho da luz. Esta vida é apenas um trecho da estrada. Viajar significa evoluir; evoluir exige transformação. Ninguém nasce pronto. Entender que o que trouxemos na mochila até aqui nos foi útil, mas pode não nos servir mais, é sinal de sabedoria. Se faz necessário deixar algumas coisas para trás para dar lugar a outras. Reinventar-se todos os dias. Nada nos atrasa tanto quanto o trem perdido do preconceito, o voo cancelado das ideias obsoletas e o beco sem saída da atitudes ultrapassadas. Orgulho, vaidade e teimosia são pedras pesadas que, não raro, guardamos escondidas no fundo da mala, debaixo da blusa do ciúme e da calça do egoísmo. Precisamos de leveza para andar. É fundamental abrirmos espaço para o novo, trocarmos a bagagem.

Analise a sua mochila com carinho. O amor é o melhor manual para te indicar o conteúdo essencial.

Queiramos ou não, temos que caminhar. Quando nos negamos, seja por inércia, preguiça ou conforto, a vida nos desequilibra. Nos presenteia com novas e, a princípio, indesejáveis situações para nos obrigar a caminhar. Desequilibrado, para não cair, você dá um passo a frente em busca do equilíbrio e depois outro por ansiar uma nova estabilidade, que cedo ou tarde, a depender da sua capacidade de perceber e entender o momento, virá. Então, olhará para trás e verá que já não está no mesmo lugar. Você andou e foi para buscar um novo equilíbrio que isto aconteceu. Houve transformações, você evoluiu.

Olhe para trás e analise quem você era a cinco, dez ou vinte anos e quem é hoje. Percebe a evolução? Entende as transformações que operou em si próprio? Não falo das mudanças em relação a situação material ou financeira, mas da clareza do pensamento e da amplitude dos sentimentos. Estes são os instrumentos da plenitude que todos buscamos. A serenidade diante das tempestades é um desses sinais que indicam um bom progresso, afinal nem sempre foi assim, lembra?

Se passado todo esse tempo, você ainda está sentado na beira do caminho, prepare-se. Caminhamos por vontade ou por imposição. Esta escolha define as flores que irão colorir a paisagem.

Preste muita atenção às suas escolhas. Fazemos dezenas ou centenas delas todos os dias. Das mais banais às mais complexas. De sorrir e cumprimentar um estranho na rua a mudar de emprego, cidade ou casamento. O somatório dessas escolhas definem quem cada um de nós é. Define quantas transformações você se permitiu. O quanto evoluiu.

O budismo ensina que devemos caminhar sempre, ficar atento à paisagem sem nos ater a ela. Diferenciar o eterno do que é transitório significa estar pronto para participar da grande sinfonia do universo. Ter uma boa casa e uma vida confortável são coisas maravilhosas, mas são bens passageiros. Ser um bom filho, um pai atencioso, trocar abraços e sorrisos sinceros, criar laços amorosos com quer que seja, construir uma ambiência harmônica onde estiver são bens imperecíveis.

A viagem não tem fim e o que carimba o passaporte na próxima estação é o conteúdo da nossa bagagem. Ela define o guichê que nos dará a passagem para o próximo trecho da travessia. A vida, como um pai amoroso que ralha com o filho porque deseja que ele chegue ao destino, vai lhe desequilibrar se você apenas quer ficar sentado assistindo ao trem passar. Portanto, levante-se e reveja a bagagem. Mochila nas costas e boa viagem!!!

Publicado originalmente em http://yoskhaz.com/pt/2015/05/21/o-desequilibrio-e-fundamental-7/

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-desequil%C3%ADbrio-%C3%A9-fundamental

Contos de Fadas e as Crianças

“Nos verdadeiros contos de fada (como os dos Irmãos Grimm) há uma lei impecável: “a recompensa do bem e o castigo do mal”. Esta lei forma a base na alma infantil. Mais tarde, verificamos que surgiu, no íntimo do homem a faculdade de discernir entre o bem e o mal que nos dá uma clareza na consciência e nos ajuda nos momentos de decisão; trata-se de um profecia, solução de problemas, de mantermos no caminho certo da verdade, do bem, da compaixão, do sentimento nobre e muitos tesouros para a vida em comunidade.”

Muitos pais se perguntam se deve ou não contar contos de fadas para a criança. Os preocupa se lhe fará mal tal ou qual passagem horrenda, pois no conto se relatam acontecimentos cruéis que poderiam perturbar a inocência da criança. Muitas vezes pensando assim se decide eliminar tais contos. Em conseqüência, se priva a criança do melhor alimento para a alma, porque nos verdadeiros contos de antigamente estão contidos acontecimentos da alma, que têm suas raízes nas forças construtivas da humanidade. Os antigos sabiam disso e relatavam de forma tradicional os contos aos seus filhos. Dando-lhes vida aos contos de fadas ao relatá-los novamente, avivavam as crianças com a variedade dos acontecimentos narrados, avivando assim ao mesmo tempo suas próprias almas de adultos.

Uma boa narrativa comove ativamente a alma; dá asas aos sentimentos, ativa uma sã vontade e estimula a mente num entre jogos de pensamentos.

Com o conto de fadas bem narrado ativa-se e intensifica-se toda uma série de experiências na criança: passam por sua alma, uma atrás da outra, compaixão, crítica, tensão, alívio, tristeza, alegria, medo, coragem, etc.

Tais emoções não fazem mal à criança se a narrativa se constitui claramente de causa e efeito e prevalecer no final o sentido de justiça tão almejado pela criança que quer ver o mal sendo castigado e o bem recompensado. Fortalecendo assim na criança sua confiança no trunfo da bondade, fortifica-se também sua confiança na vida. Tudo isso estimula também as funções orgânicas e age benignamente. Contribui também a que aprenda a frear sua eventual inquietude e que não se perca nos anos posteriores num sentimentalismo barato por coisas superficiais.

Se conseguimos ainda, respeitando-a guiar sua vontade sem quebrá-la, dispor de forças suficientes para reparar (superar o grave, o sangrento, o cruel dos contos de fada sem impressionar-se mais do que o devido; e essa capacidade será transformada, mais tarde, numa fonte permanente de novas forças. (O Dr. Brun Bettlheim afirma que “os contos de fadas são a chave para ajudar as pessoas a desembaraçar os mistérios da realidade”).

Quanto mais a privamos destes contos de dragões e bruxas, etc, tanto mais fraca resultará sua alma de adulto. Mais tarde, quando as asperezas e as durezas da vida golpearem, lhe faltará o valor e a firmeza de haver aprendido através dos acontecimentos dos contos de fadas; seu comportamento será como um barco sem leme, açoitado pelas ondas da vida. Se os pais e os professores lhes proporcionaram esse “valor e coragem” destacados nos acontecimentos dos contos, se estas qualidades foram semeadas qual semente de força moral em sua alma, manejará o leme de sua sorte (destino) com a mão direita e segura, e estará preparado e armado contra as provas da vida, contra a intriga, o engano e o ódio, contra a sedução e o sofrimento.

Com o passar dos anos, quando ressurgem do fundo da alma as experiências obtidas de escutar com atenção os contos de fadas na nossa infância, as impressões que recebemos nos abrem e apresentam um aspecto bastante diferenciado; entendemos melhor seu conteúdo com a base adquirida na própria experiência; nos servem para dar-nos solidez interior e lucidez na crítica.

Nos verdadeiros contos de fada (como os dos Irmãos Grimm) há uma lei impecável: “a recompensa do bem e o castigo do mal”. Esta lei forma a base na alma infantil. Mais tarde, verificamos que surgiu, no íntimo do homem a faculdade de discernir entre o bem e o mal que nos dá uma clareza na consciência e nos ajuda nos momentos de decisão; trata-se de um profecia, solução de problemas, de mantermos no caminho certo da verdade, do bem, da compaixão, do sentimento nobre e muitos tesouros para a vida em comunidade.

As profundas impressões vividas na infância mantém sua força. Quando o príncipe circundado de luz vence o dragão, quando esse ia devorar a bela princesa, a criança se identifica com essa coragem triunfal que mais tarde, do fundo de seu ser surge e ajuda a trazer luz na escuridão da vida, impulsionada por essa recordação.

Por esta razão não devemos eliminar nenhum dos contos de fadas tradicionais. Gradualmente temos de contar os contos colecionados pelos Irmãos Grimm e Bechstein. Não devemos selecionar nem adaptar, abreviar ou trocar nada por “algo” que nos pareça melhor. Devemos começar com os contos simples e logo mais tarde aos 5 anos mais ou menos até os 6 continuar com alguns mais complicados, cheios de interessantes e emocionantes acontecimentos. São benfeitores, e mais tarde darão frutos como forças protetoras ante as vicissitudes e obstáculos que se apresentam no caminho da criança nos seus anos vindouros.

#Arte #Contos

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Tornar-se o que se é

tornar-se o que se é

…vivemos em um mundo onde uma multiplicidade de forças muito poderosas tem atuado sobre nós. Do nascimento, passando pela escola, até o trabalho, tentam suprimir nossa individualidade, nossa criatividade e, acima de tudo, nossa curiosidade – em suma, destruir tudo que nos encoraja a pensar por nós mesmos. Nossos pais queriam que nós agíssemos como as outras crianças da vizinhança; eles enfaticamente não queriam um menino ou uma menina que parecessem “estranhos” ou “diferentes”, tampouco “condenavelmente espertos demais.”

Então entramos na escola, um destino pior que a morte e o inferno combinados. Ao aterrissarmos em uma escola, aprendemos duas lições básicas: 1) Existe uma resposta correta para qualquer questão; 2) A educação consiste em memorizar essa única resposta correta e regurgitá-la nas “provas”. As mesmas táticas continuam pelo ensino médio e, salvo em algumas ciências, até a universidade.

Através desta “educação” encontramo-nos bombardeados pela religião organizada. A maioria das religiões, no ocidente, também nos ensina a “única resposta correta”, a qual devemos aceitar com uma fé cega; pior ainda, tentam nos aterrorizar com ameaças de sermos queimados após a morte, tostando e fervendo no inferno se alguma vez ousarmos pensar por nós mesmos, de fato.

Depois de 18 a 30 anos de tudo isso, entramos no mercado de trabalho, e aprendemos a nos tornar, ou a tentar nos tornar, quase surdos, mudos e cegos. Devemos sempre dizer aos nossos “superiores” o que eles querem ouvir, o que veste seus preconceitos e/ou seus desejos fantasiosos. Se notamos algo que eles não querem saber, aprendemos a manter nossas bocas fechadas. Se não –

“Mais uma palavra, Bumstead, e você está despedido!”

Este rebanho humano começou com gênios em potencial, antes que a conspiração tácita da conformidade social enferrujasse seus cérebros. Todos eles podem se redimir dessa liberdade perdida, se trabalharem duro pra isso.

Eu trabalhei por isso por 50 ou mais anos até agora, e ainda acho partes de mim agindo como um robô ou um zumbi em algumas ocasiões. Aprender a “tornar-se o que se é” (como na frase de Nietzsche) leva o tempo de uma vida, mas ainda parece ser o melhor a se fazer.

Texto de Robert Anton Wilson, autor da Madras Editora

#Alquimia

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As mais belas Histórias são as de Superação

Por Yoskhaz

Não raro escuto pessoas dizendo que fariam tudo “exatamente igual” se iniciassem novamente a sua trajetória de vida. Se é apenas uma alusão a como aprenderam com os próprios erros e como eles ajudaram a chegar onde estão, entendo. Sim, por vezes, os erros são preciosos mestres que nos oferecem valiosas lições, embora a vida disponibilize outros, como a percepção e o amor, que permitem encurtar tempo e pavimentar a estrada. São as mesmas lições oferecidas pelo erro, porém ministradas de maneira suave, afinal aprende-se por imposição ou gosto. A escolha é sempre nossa. No entanto, na maioria dos casos vejo alguns amigos sustentando verbalmente a repetição da trajetória de vida por vergonha, negação ou orgulho. Pena, pois a não aceitação do próprio caminho trilhado impede de entendermos quem realmente somos, por consequência, não permite ver as transformações que devemos operar em nós, atrasando a viagem evolutiva e, assim, a paz da plenitude que tanto ansiamos.

Revejo a minha história e, grato às duras lições que o erro me ofereceu, percebo que poderia fazer diferente. Pessoas que magoei, voltas em círculos que dei por teimosia, tempo e energia desperdiçados com situações que não tinham nenhuma importância e por aí vai. A lista é enorme. É verdade que aquele era o meu nível de consciência naquele momento e ali eu não conseguia perceber que poderia fazer de outra maneira. Sim, sempre é possível fazer diferente e melhor.

Embora ainda muito longe de onde tenho que chegar, já não sou o mesmo da partida. Mudou o olhar e o viver. Não é assim com todos nós?

E o que eu fiz com o meu passado? Principalmente aqueles capítulos que no íntimo tenho, hoje, a plena consciência de que poderia ter feito de outra maneira? Decidi abraçá-lo e ser agradecido por minha história. Ao invés de ficar paralisado pelo erro, aceitei a responsabilidade, reparei o que foi possível e segui adiante com uma nova postura em relação a tudo e todos. Ninguém precisa se envergonhar, tudo no universo está em eterna evolução e todos somos parte dele.

Reinventar-se todos os dias é uma exigência do Caminho.

Encante-se com a transformação que chega na esteira da sabedoria e com a beleza do amor que te contaminará sempre que tentar o melhor. As mais fantásticas histórias são as de superação.

Imagine um filme em que uma criança nasce em um lar repleto de amor e com todas as condições para uma vida saudável. Desde cedo seus pais, almas evoluídas, lhe ministram sábias lições de amor, tolerância, compaixão, dentro de um bonito código de ética existencial e valores morais nobres. Esta criança, afeita ao bem e a luz, aprende com rapidez e, desde sempre, espalha sementes de alegria por onde passa. Ao entrar na vida adulta abraça a medicina como instrumento para levar a cura e o conforto a toda gente, no esforço de difundir a felicidade e contentamento que existe dentro dela. Sem dúvida, uma belíssima história de vida e, com certeza, eu gostaria de assistir a este filme.

Imaginemos um outro filme onde uma criança nasceu em um ambiente governado pela desarmonia, impaciência, ausência de indicativos morais e condições razoáveis de subsistência. Cresce nas ruas selvagens das grandes cidades na proximidade de um invertido código de ética, valores morais deturpados ou inexistentes, onde o instinto de sobrevivência costuma se sobrepor aos sentimentos mais nobres e sutis. Pequenos furtos, atos de violência que pratica e sofre, sexo irresponsável são páginas comuns da sua adolescência ao lado da fome e, principalmente, da ausência de amor. Aos poucos, a princípio em mínimos atos, percebe que quando age diferente, deixando florescer o melhor de si, um sentimento amoroso por todas as pessoas e coisas cria uma esfera agradavelmente leve a sua volta e parece levantar-lhe do chão. Tem a sensação de que a vida parece reagir na exata medida de suas ações. Sente-se diferente, tudo muda. Aos poucos começa a praticar mais e mais tais atitudes que descobriu adormecidas na gaveta mais alta do seu coração, até a decisão de reinventar-se de vez. A pessoa que era já não cabe mais em si. Embora ela mesma, necessita ser outra. Então, ocorre a transmutação de que falavam os alquimistas medievais e transforma metaforicamente chumbo em ouro. Quando muda o seu jeito de ser, o mundo também se transforma. Aos poucos, pessoas e situações comuns em sua vida deixam de se fazer presente dando lugar a outras. Decide retornar aos bancos escolares, dedica-se com afinco aos estudos, começa a entender que o conhecimento expande o olhar e, após infrutíferas tentativas e inúmeras dificuldades, acaba por conseguir uma vaga em uma faculdade de Direito. Após alguns anos de luta incansável torna-se um juiz misericordioso e exerce a cura em todos aqueles que cruzam o seu caminho, utilizando ferramentas como a verdade e a justiça, na alegria de espalhar a semente da esperança em si e em todos. Outro belo filme que eu adoraria assistir.

Na absurda hipótese de ser possível assistir a apenas um, qual deles você escolheria? Embora sejam duas belíssimas histórias de amor, tanto esta quanto aquela, minha escolha recairia por esta última. As histórias de superação encantam a humanidade desde sempre, pois são a prova de sua evolução. Na verdade, a História do Mundo se conta através das pequenas histórias de pessoas comuns, como a minha e a sua. Os grandes personagens que conhecemos nos livros são apenas reflexos mais visíveis da mudança de um novo nível de consciência já sedimentado no íntimo de todos.

Assim, não existe caminho feio. São as curvas e dificuldades da estrada que desenham a beleza da trajetória de cada um de nós, colorindo a paisagem na medida que mudamos o nosso jeito de ser, reflexo de cada escolha que fazemos. Basta estar disposto a ver com outros olhos e ter a coragem, sabedoria e amor para fazer diferente. Como dizia um anjo que esteve encarnado recentemente entre nós, “é impossível reescrever o passado, mas podemos construir um futuro diferente”.

Abrace a sua história, sem vergonha ou vitimização, aproveite para se conhecer melhor, aceite os erros como lições, abra-se para a mestria do amor adormecido em teu coração, permita que a coragem que reside em sua alma guerreira faça em ti as transmutações essenciais a cada dia e todos os dias. Entender que tudo, absolutamente tudo, pode ser diferente e melhor é o bilhete para a próxima estação.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/as-mais-belas-hist%C3%B3rias-s%C3%A3o-as-de-supera%C3%A7%C3%A3o

Chymical Wedding – Casamento Alquímico

Aqui está o estudante no começo da Grande Obra alquímica (seus instrumentos ainda estão no chão). A caveira aponta para a morte de tudo o que é velho e precisa ser deixado para trás na transformação que irá acontecer. A fênix sobre a mesa representa o resultado desta transformação. A vela debaixo da mesa representa a luz divina que está sempre acesa nas pessoas, mesmo que elas não a percebam.

O estudante está lendo um livro; geralmente é sempre assim que começa a transformação (ele deseja conhecimento). Um anjo o visita com uma mensagem, um convite, este é o chamado espiritual e pode acontecer de diversas maneiras: uma visão, um acidente, etc. e o estudante sente que deve seguir a trilha espiritual.

As asas do ajo são feitas de penas de pavão, outro símbolo alquímico (Cauda Pavonis), quando a luz do estudante começa a brilhar.

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