O Alfabeto Templário, o Alfabeto Marciano e o Menino do Acre

Olá crianças,

Desde o suposto desaparecimento do guri lá nos cafundós do Acre, quase todos os dias recebo emails e mensagens pedindo algum comentário sobre todo o circo que a mídia retardada brasileira ergueu. Bem, a gente tem como base “não bater palma para maluco dançar” aqui no TdC, por isso não comentamos falsos Videntes da Luz que “avisam” sobre os desastres DEPOIS que eles ocorrem, ou fazem “previsões” de eventos DEPOIS que eles ocorrem, ou picaretas que vendem “Pactos com Lucifer”, “Pactos Pactoruns” e outras baboseiras porque a cada cinco pessoas que são alertadas e se afastam desses picaretas, outras dez escrevem pedindo recomendações e indicações dos videntes e amarradores “sérios”…

Logo que mostraram as primeiras imagens, ficou claro que o tal “círculo mágico” desenhado aos pés da estátua era uma cópia de um desenho animado japonês (Full Metal Alchemist) e o tal “alfabeto mágico” dos livros nada mais era do que uma versão do Alfabeto Templário, que publiquei no RPG Trevas em 2001. Graças aos deuses este alfabeto saiu também em infinitos lugares e, mais especificamente, no “Manual do Escoteiro Mirim” que tem um alcance infinitamente maior do que os meus livros e blog. E Graças a Zeus que a mídia tosca chegou primeiro ao “Manual do Escoteiro Mirim” e não ao “Manual de RPG” senão teríamos outra caça às bruxas vinda da mídia retardada, como foi no começo dos anos 2000.

Mas tio Del Debbio, não é um alfabeto muito fácil de ser decifrado?

Sim e não. É necessário lembrar que na Idade Média, 99,9% da população era analfabeta, então nem o latim ou inglês as pessoas eram capazes de ler. a substituição funcionava por que mesmo as pessoas que sabiam ler não tinham a ideia de que poderia haver uma substituição deste tipo e acreditavam que os textos fossem runas esculpidas em uma outra língua. E você mesmo só sabe que o alfabeto é de substituição simples porque leu na internet, senão não saberia…

Em 1974, o Manual do Escoteiro Mirim publicou estas cifras como sendo “Alfabeto Marciano”, já que colocar isto como “Alfabeto Maçônico” traria um tremendo problema junto com os crentes de plantão do Brasil. Vale lembrar que o Walt Disney era Rosacruz e Demolay e muito do que foi colocado nos Manuais antigos vinha de conhecimentos hermetistas.

Provavelmente o Full Acre Alchemist escolheu as cifras dos infinitos alfabetos templários disponíveis na internet, ou até mesmo deu uma adaptada e tinha esperança que a mídia fosse pensar que aquilo era um “alfabeto doziluminatti” ou “alfabeto maçônico” mas, para azar dele, a Editora Abril reimprimiu recentemente o Manual do Escoteiro Mirim e a zueira never ends… muito mais engraçado para os sites avacalharem o moleque com referência ao Manual do Escoteiro Mirim do que associarem a escrita à Eliphas levi ou aos Templários.

Sorte nossa, que livrou o RPG de mais uma caça às bruxas, e azar do garoto, que a cada dia que passa perde cada vez mais o status de “cool” para o marketing do livro dele.

Se você gosta de assuntos relacionados a hermetismo e alquimia, apoie o Projeto RPGQuest, um jogo de tabuleiro de Alquimia.
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A Miosótis e a Maçonaria

Texto do meu querido ir.’. Ruy Luiz Ramires.

No início de 1934, logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco de desaparecer.

E breve, a maçonaria alemã, que conhecera dias gloriosos e que tivera, em suas colunas, os mais ilustres filhos da pátria alemã, com Goethe, Schiller e Lessingn, veria esmagado o espírito da liberdade sob o pretexto de impor a ordem e uma supremacia racial.

Quanto retrocesso desde que Friedrich Wilhelm III, Rei da Prússia, em 1822, impediu que os esbirros reacionários da Santa Aliança de Metternich fechassem as Lojas Maçônicas, declarando peremptoriamente que poderia descrever os Franco-Maçons prussianos, com toda a honestidade, como sendo os melhores dentre os seus súditos… (1)

As Lojas alemãs, na terceira década do século XX, estavam jurisdicionadas a onze Grande Lojas, divididas em duas tendências.

O primeiro grupo, de tendência humanista, seguindo os antigos costumes ingleses, tinha como base a tolerância, valorizando o candidato por seus méritos e não levando em consideração sua crença religiosa.

Constava de sete Grandes Lojas, a saber: Grande Loja de Hamburgo; Grande Loja Nacional da Saxônia, em Dresden: Grande Loja do Sol, de Bayreuth; Grande Loja-Mãe da União Eclética dos Franco-Maçons, em Frankfurt; Grande Loja Concórdia, em Darmstadt; Grande Loja Corrente Fraternal Alemã, em Leipzig; e, finalmente, a Grande Loja Simbólica da Alemanha.

O segundo grupo consistia das três antigas Lojas prussianas, que faziam a exigência de que os candidatos fossem cristãos. Havia ainda a Grande Loja União Maçônica do Sol Nascente, não considerada regular, mas que também tinha tendências humanistas e pacifistas.

Voltando a 1934, a Grande Loja Alemã do Sol se deu conta do grave perigo que iria enfrentar. Inevitavelmente, os maçons alemães estavam partindo para a clandestinidade, devido à radicalização política e ao nacionalismo exacerbado. Muitos adormeceram e alguns romperam com a tradição, formando uma espúria Franco-Maçonaria Nacional Alemã Cristã, sem qualquer conexão com o restante da Franco-Maçonaria. Declaravam eles abandonarem a idéia da universalidade maçônica e rejeitar a ideologia pacifista, que consideravam como demonstração de fraqueza e como uma degeneração fisiológica contrária aos interesses do estado!

Os maçons que persistiram em seus ideais precisaram encontrar um novo meio de identificação que não o óbvio Compasso & Esquadro, seguramente um risco de vida.

Há uma pequenina flor azul que é conhecida, em muitos idiomas, pela mesma expressão: não-me-esqueças – o miosótis. Entenderam, nossos irmãos alemães, que esse novo emblema não atrairia a atenção dos nazistas, então a ponto de fechar-lhes as Lojas e confiscar-lhes as propriedades.

Miosótis

Vergissmeinnicht, em alemão; forget-me-not, em inglês; forglemmigef em dinamarquês; ne m’oubliez pás, em francês; non-ti-scordar-di-me, em italiano; não-te-esqueças-de-mim, em português. Diz a lenda que Deus assim chamou a florzinha porque ela não conseguia recorda-se do próprio nome. O nome miosótis (Myosotis palustris) significa orelha de camundongo, por causa do formato das pétalas.

O folclore europeu atribui poderes mágicos ao miosótis, como o de abrir as portas invisíveis dos tesouros do mundo. O tamanho reduzido das flores parece sugerir que a humildade e a união estão acima dos interesses materiais, porque é notada principalmente quando, em conjunto, forma buquês no jardim.

De acordo com uma velha tradição romântica alemã, o nome da flor está relacionado às últimas palavras de um cavaleiro errante que, ao tentar alcançar a flor para sua dama, caíra no rio, com sua pesada armadura e afogara-se.

Outra história diz que Adão, ao dar nomes às plantas do Jardim do Éden, não viu a pequena flor azul. Mais tarde, percorrendo o jardim para saber se os nomes tinham sido aceitos, chamou-as pelo nome. Elas curvaram-se cortesmente e sussurravam sua aprovação. Mas uma voz delicada a seus pés perguntou: “- E eu, Adão, qual o meu nome?” Impressionada com a beleza singela da flor e para compensar seu esquecimento, Adão falou: “ – Como eu me esqueci de você antes, digo que vou chamá-la de modo a nunca mais esquecê-la. Seu nome será não-te-esqueças-de-mim.”

Através de todo o período negro do nazismo, a pequenina flor azul identificava um Irmão. Nas cidades e até mesmo nos campos de concentração, o miosótis adornava a lapela daqueles que se recusavam a permitir que a Luz se extinguisse. (2)

O miosótis como símbolo foi objeto de um interessante estudo do irmão David G. Boyd, no Philaletes de abril de 1987. Ele conta, também, que muitos maçons recolheram e guardaram zelosamente jóias, paramentos e registros das Lojas, na esperança de dias melhores. O irmão Rudolf Martin Kaiser, VM da Loja Leopold zur Treue, de Karlsruhe, quebrou a jóia do Venerável Mestre em pequenos pedaços de tal modo que não pudesse ser reconhecida pela infame Gestapo.

Em 1945, o nazismo, com seu credo de ódio, preconceito e opressão, que exterminara, entre outros, também muitos maçons, era atirado no lixo da História. Nas fileiras vitoriosas que ajudaram a derrotá-lo, estavam muitos maçons – ingleses, americanos, franceses, dinamarqueses, tchecos, poloneses, australianos, canadenses, neozelandeses e brasileiros. De monarcas, presidentes e comandantes aos mais humildes pracinhas.

Mas, entre os alemães, alguns velhos maçons também sobreviveram, seu sofrimento ajudando a redimir, de alguma forma, a memória da histeria coletiva nazista. Eles eram o penhor da consciência alemã, a demonstração de que a velha chama da civilização alemã continuara, embora com luz tênue, a brilhar durante a barbárie.

Em 14 de junho de 1954, a Grande Loja O Sol (Zur Sonne) foi reaberta, em Bayreuth, sob um ilustre irmão o Dr. Theo Vogel, núcleo da Grande Loja Unida da Alemanha (VGLvD, AF&AM). Nesse momento, o miosótis foi aprovado como emblema oficial da primeira convenção anual, realizada por aqueles que conseguiram sobreviver aos anos amargos do obscurantismo. Nessa convenção, a flor foi adotada, oficialmente, como um emblema Maçônico, em honra àqueles valentes Irmãos que enfrentaram circunstâncias tão adversas.

Certamente, na platéia, estava o Venerável Mestre da Loja Leopold ZurTreue, agora nº 151, ostentando orgulhoso sua jóia recuperada e reconstituída, suas emendas de solda constituindo-se num testemunho mudo e comovente da história.

Finalmente, para coroar, quando Grão-Mestres de todo o mundo encontraram-se nos Estados Unidos, o Grão-Mestre da recém formada Grande Loja Unida da Alemanha (3) presenteou a todos os representantes das Grandes Jurisdições ali presente com um pequeno miosótis para colocar na lapela.

O miosótis também é associado com as forças britânicas que serviram na Alemanha, em especial na região do Rio Reno, logo após a guerra. Há uma Loja, jurisdicionada à Grande Loja Unida da Inglaterra, a Forget-me-not Lodge nº9035, Ludgershall, Wiltshire, que adotou a flor como emblema. Foi formada especialmente para receber os militares ingleses que retornavam do serviço na Alemanha.

Foi assim que essa mimosa florzinha azul, tão despretensiosa, transformou-se num significativo emblema da Fraternidade – talvez hoje o mais usado pelos maçons alemães.

Ainda hoje, na maioria das Lojas germânicas, o alfinete de lapela com o miosótis é dado aos novos Mestres, ocasião em que se explica o seu significado para que se perpetue uma história de honra e amor frente à adversidade, um exemplo para as futuras gerações Maçônicas de todas as nações.

1. Eugen Lennhoff, Die Freimaurer – The Freemasons, Lewis Masonic, edição em inglês, revisada, 1994.

2. O uso do miosótis como identificação secreta pelos Maçons alemães foi contestado no Square Magazine de setembro de 1988 pelo irmão Cyril Batham, Past Master da Loja Quatuor Coronati nº 2076, mas, em que pese toda a autoridade do irmão Batham, ele apenas negou a autenticidade da história, sem, entretanto, apresentar os motivos da negativa. Além disso, há anos que a casa Ian Alan Regalia, especializada em paramentos maçônicos, exibe o miosótis em gravatas, alfinetes de lapela e pendentes, em prata, ouro e bijuteria. Por que o fariam, se o miosótis não fosse importante?

3. Na formação da Grande Loja unida da Alemanha aparecem 3 das Grandes Lojas existentes antes da II Guerra Mundial: Grande Loja do Sol, em Bayreuth; Grande Loja de Hamburgo; Grande Loja de Hesse, em Frankfurt (antiga União Eclética); Grande Loja de Bremen; Grande Loja Unidade, em Baden-Baden; Grande Loja Nacional de Niedercachse, em Hanover; Grande Loja Nacional de Nordrhein-Westfalen, em Dusseldorf; Grande Loja Nacional de Schleswing-Holstein, em Luberck; e Grande Loja de Wurttemberg-Baden, em Stuttgart. De acordo com o List of Lodges, em 2001 contava com 14.000 irmãos distribuídos em 490 Lojas.

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O Balandrau na Maçonaria

Por Kennyo Ismail

Muitos são os maçons brasileiros defensores do balandrau. Mas afinal, qual a origem dessa vestimenta na maçonaria?

O célebre escritor José Castellani escreveu que o balandrau era a indumentária dos membros do “Collegia Fabrorum”, e que os maçons operativos medievais, do século XIII em diante, também utilizavam a túnica negra.

Com todo o respeito ao saudoso Irmão Castellani e suas obras, que tanto acrescentaram para a literatura e cultura maçônica brasileira, permita-nos discordar de tal afirmação. Nos parece que se trata de teoria feita de forma inversa, ou seja, apenas para justificar um costume arraigado, ao invés de buscar sua origem. Afinal de contas, não existe qualquer indício de que os membros do Collegia Fabrorum ou mesmo os maçons operativos medievais realmente utilizavam balandrau. Em que se baseia essa afirmação? A impressão é de que apenas se afirmou o uso pelos membros da maçonaria operativa para justificar o uso pelos maçons especulativos, sem qualquer fundamento histórico para ilustrar tal teoria.

Em verdade, a origem do balandrau na maçonaria é outra. Podemos dizer que herdamos o balandrau de uma instituição “prima”: A Carbonária.

Analisando a “Carta de Bolonha” e tantos outros documentos existentes do segundo milênio, vê-se claramente que já no século XI a maçonaria operativa era dividida entre os que trabalhavam com “pedra” e os que trabalhavam com “madeira”. Em resumo, os que trabalhavam com “pedra”, que eram maiores em número e em serviços, eram os maçons operativos, dos quais somos os legítimos herdeiros. Enquanto que a Carbonária surgiu como herdeira daqueles que trabalhavam na madeira.

A Carbonária se fazia presente de forma itensa na Itália, França e Portugal, e era governada pelo General francês Joaquim Murat, cunhado de Napoleão Bonaparte e tido como rei de Nápoles. Os carbonários eram conhecidos pelo uso de uma túnica preta com a imagem do punhal de São Constantino bordada no peito esquerdo – Sim, um balandrau.

Joaquim Murat tratou de iniciar na Carbonária seu filho, “príncipe” Charles Lucien Murat. Em 1815, o príncipe Murat teve que se exilar por conta do assassinato de seu pai, vivendo então na Áustria, Veneza e por último nos Estados Unidos. Só conseguiu retornar à França em 1848. Em 1852, Murat assumiu como Grão-Mestre do Grande Oriente da França, cargo em que permaneceu até 1862.

Nesses 10 anos como Grão-Mestre, Lucien Murat realizou uma grande revolução no Grande Oriente da França, o qual cresceu como nunca em número de Lojas e notoriedade. Foi também nesse período que vários traços da antiga Carbonária foram implementados na maçonaria francesa, entre eles o uso do balandrau. Os maçons do Grande Oriente do Brasil, que tão estreitos laços possuiam e tanta influência sofriam da maçonaria francesa, a qual havia sempre servido de exemplo e fonte dos Ritos então praticados no Brasil – Escocês, Adonhiramita e Moderno – logo também aderiram ao balandrau.

Porém, em janeiro de 1862, o rei Napoleão III declara o Marechal Bernard Pierre Magnan, um profano, como Grão-Mestre do Grande Oriente da França. O Marechal Magnan é iniciado e elevado até ao grau 33 do Rito Escocês em apenas dois dias. Magnan desfaz muitas das mudanças promovidas por Lucien Murat. No entanto, o balandrau já havia caído nas graças dos irmãos brasileiros.

Uma das evidências que constata que o balandrau não teve origem no Collegia Fraborum ou na maçonaria operativa é de que é um traje totalmente desconhecido na maçonaria da Inglaterra, Irlanda, Escócia e Alemanha, países em que a maçonaria é tão antiga e originária das antigas Guildas quanto na Itália, França e Portugal, ao mesmo tempo em que esses primeiros não tiveram a presença da Carbonária em seus territórios, enquanto Itália, França e Portugal tiveram.

Com base em tais relatos e análises históricas, conclui-se que a afirmação de que o balandrau é uma herança da maçonaria operativa, apesar de valorizar simbolicamente o balandrau, é totalmente falsa. Fica evidente a influência que a Carbonária, através de Lucien Murat, exerceu sobre o Grande Oriente da França e, conseqüentemente, sobre a Maçonaria Brasileira, sendo o balandrau o mais visível indício disso.

Porém, não se deve deixar de concordar com o Irmão Castellani em uma coisa: a verdadeira vestimenta do maçom é o AVENTAL. Sem ele, o maçom não trabalha.

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Dia Internacional do Maçom

Nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro de 1.994, realizou-se em Washington, nos Estados Unidos, a Reunião Anual dos Grão-mestres das Grandes Lojas da América do Norte (Estados Unidos, Canadá e México).

Na ocasião, estiveram presentes como Obediências Coirmãs (Sister Jurisdictions), a Grande Loja Unida da Inglaterra, a Grande Loja Nacional Francesa, a Grande Loja Regular de Portugal, a Grande Loja Regular da Itália, O Grande Oriente da Itália, a Grande Loja Regular da Grécia, a Grande Loja das Filipinas, a Grande Loja do Irã, no exílio; além do Grande Oriente do Brasil, com uma delegação chefiada por seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, que ali estava como observador.

Ao encerramento dos trabalhos, o Grão-Mestre da Grande Loja Regular de Portugal, Ir .’. Fernando Paes Coelho Teixeira, apresentou uma sugestão encampada pelos Grãos-Mestres de todas as Grandes Lojas dos Estados Unidos e mais as do México e Canadá, no sentido de fixar o dia 22 de fevereiro como o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM, a ser comemorado por todas as Obediências reconhecidas, o que foi totalmente aprovado.

E por quê 22 de fevereiro?

Porque foi no dia 22 de fevereiro de 1.732, em Bridges Creek, Na Virginia (EUA), que nasceu GEORGE WASHINGTON, o principal artífice da independência dos Estados Unidos. Nascido pouco depois do início da Maçonaria nos Estados Unidos – o que ocorreu em 23 de abril de 1.730, no estado de Massachussets – Washington foi iniciado a 4 de novembro de 1.752, na “Loja Fredericksburg nº 4”, de Fredericksburg, no estado da Virginia; elevado ao grau de Companheiro em 1.753, e exaltado a Mestre em 4 de agosto de 1.754.

Representante da Virginia no 1º Congresso Continental (1.774) e Comandante-geral das forças coloniais (1.775), dirigiu as operações, durante os cinco anos da Guerra de Independência, após a declaração de 1.776. Ao ser firmada a paz em 1.783, renunciou à chefia do Exército, dedicando-se então aos seus afazeres particulares. Em 1.787, reunia-se, em Filadélfia, a Assembléia Constituinte, para redigir a Constituição Federal e Washington, que era um dos Delegados da Virginia, foi eleito, por unanimidade, para presidi-la. E, depois de aprovada a Constituição, havendo a necessidade de se proceder à eleição de um Presidente, figura nova na política norte-americana, Washington, pelo seu passado, pela sua liderança, e pelo prestígio internacional de que desfrutava, era o candidato lógico e foi eleito por unanimidade, embora desejasse retornar à vida privada e dedicar-se às suas propriedades.

Como Presidente da República norte-americana, nunca olvidou a sua formação maçônica: ao assumir o seu primeiro mandato, em abril de 1.789, prestou o seu juramento constitucional sobre a Bíblia da “Loja Alexandria nº 22”, da qual fora Venerável Mestre em 1.788; em 18 de setembro de 1.783, como Grão-Mestre pro-tempore da Grande Loja de Maryland, colocou a primeira pedra do Capitólio – o Congresso norte-americano – apresentando-se com todos os seus paramentos e insígnias de alto mandatário Maçom. Falecido em 14 de dezembro de 1.799, seu sepultamento ocorreu no dia 18, em sua propriedade de Mount Vernon, numa cerimônia fúnebre Maçônica, dirigida pelo Reverendo James Muir, capelão da “Loja Alexandria nº 22”, e pelo Dr. Elisha C. Dick, Venerável Mestre da mesma Oficina.

Como se vê, a criação do DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM representou uma homenagem mais do que justa a um grande maçom, além de também ser historicamente pertinente.

O Grande Oriente do Brasil, através do Decreto nº 003, de 10/02/95, do seu Grão-Mestre Francisco Murilo Pinto, atendeu à recomendação da reunião das mais importantes potências Maçônicas do mundo, e passa a comemorar o DIA INTERNACIONAL DO MAÇOM a 22 de fevereiro, com plenas justificativas maçônicas e históricas.

Fonte: Gerald Koppe Junior

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A Maçonaria na Alemanha

Por Kennyo Ismail

Há na Alemanha 05 diferentes Grandes Lojas Regulares. Até aí tudo bem, algo normal se comparado com muitos outros países. A diferença é que essas 05 Grandes Lojas da Alemanha formaram juntas um corpo maçônico diferente. Elas são independentes, soberanas, possuem seus Ritos, paramentos, legislação e líderes distintos. Porém, as 05 formam juntas o que podemos chamar de “Maçonaria Unida da Alemanha”: Todas as 05 Grandes Lojas abriram mão oficialmente de sua soberania em assuntos de relações exteriores e de relações públicas, concedendo essa autonomia à essa instituição nacional. Esse Corpo Maçônico, chamado de “Grandes Lojas Unidas da Alemanha” é composto por um Senado e uma Diretoria que possui Grão-Mestre, Adjunto, Grande Secretário e Grande Tesoureiro. As Lojas elegem os membros do Senado, geralmente indicados pelo Grão-Mestre de cada Grande Loja participante. O Senado indica o Grão-Mestre e seu Adjunto, e a Assembléia dos Veneráveis aprova ou reprova a indicação do Senado. O Grão-Mestre nomeia o Grande Secretário e o Grande Tesoureiro.
As 05 Grandes Lojas que compõem as Grandes Lojas Unidas da Alemanhã são:

– Grande Loja de Maçons Livres e Aceitos da Alemanha Velha (260 Lojas)

– Grande Loja Landesloge de Maçons da Alemanha (120 Lojas)

– Grande Loja Mãe Nacional (40 Lojas)

– Grande Loja Canadense e Americana (30 Lojas)

– Grande Loja dos Maçons Ingleses na Alemanha (20 Lojas)

Juntas, possuem o aproximadamente a 470 Lojas e 14.000 Irmãos Maçons.

A Convenção que elege o Senado e o Grão-Mestre e seu Adjunto ocorre a cada 03 anos.

As 11 cadeiras do Senado são proporcionais ao tamanho de cada Grande Loja participante:

– GLMLAAV – 05 senadores

– GLLMA – 03 senadores

– GLMN – 01 senador

– GLCA – 01 senador

– GLMIA – 01 senador.

O Senado é presidido pelo Grão-Mestre, que não tem direito a voto.

As Lojas de Pesquisa são filiadas diretamente à Grandes Lojas Unidas da Alemanha, e ela possui tratados de reconhecimento com nada menos do que 172 Grandes Lojas no mundo.

Agora o ponto mais interessante: nos eventos das Grandes Lojas Unidas da Alemanha, os 05 Grão-Mestres têm o costume de usarem aventais de Aprendiz Maçom para simbolizar que, apesar de Grão-Mestres, eles são eternos Aprendizes.

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Do Rito de Heredon ao Rito Escocês

Continuando a série histórica do final dos Templários ao início da Maçonaria, apresento um trabalho feito pelo irmão Mourice Joton, apresentado em 1923 a respeito da fusão do que se conhece como Rito de Heredon, da Antiga Ordem Escocesa templária, à Ordem de Maçons Livres de Kilwinning, dando origem ao embrião que em 1717 seria oficializado como o que conhecemos hoje como “Maçonaria”.

A influência das Cruzadas devia fazer-se sentir, não só entre os artífices mas ainda entre os nobres que também conheceram na Palestina, formas de associações novas e, uma vez de volta a Europa constituíram Ordens, semelhantes às do Oriente, nas quais admitiram logo outros iniciados. É assim que em 1196, fundou-se na Escócia a “Ordem dos Cavaleiros do Oriente”, cujos membros tinham como ornamento uma cruz entrelaçada por quatro rosas.

Essa Ordem foi trazida da Terra Santa no ano de 1188 da Era Cristã, da qual o rei Eduardo I da Inglaterra, (1239-1307), veio a fazer parte dela. Um século após a fundação da Ordem dos Cavaleiros do Oriente, ou seja pelo ano de 1300, em seguida a última Cruzada em que também tomara parte o rei de uma Ordem estabelecida no Monte Moria, na Palestina (lugar escolhido por Salomão para a construção do seu Templo), fundaram um Capítulo dessa mesma Ordem, fixando-lhe a sede dos Hébridas, e mais tarde em Kilwinning, denominando essa Ordem de “Ordem de Heredon” (lembramos que a palavra “Heredon” e composta de “hieros”- santo e “domos”- casa, portanto Casa Santa ou Templo).

Alguns anos mais tarde, no começo do século XIV, o papa Clemente V e o rei da França, Felipe o Belo, iniciaram sua obra nefasta de perseguição contra os Templários.

Para se compreender o papel que a Ordem do Templo desempenhou na Maçonaria Escocesa é necessário resumir sua história.

A Ordem do Templo foi fundada após a primeira Cruzada, por Godofredo de Bouillon, Hugues de Payens e Godofredo de Saint-Omar, com o fito de proteger os peregrinos que de Jerusalém se dirigiam ao lago de Tiberiade. Associados em 1118, à outras sete Cavaleiros, os Templários fizeram seu quartel numa casa vizinha ao terreno do Templo de Jerusalém. Dez anos mais tarde receberam do papa, os estatutos que os constituíram em Ordem, ao mesmo tempo Religiosa e Militar.

Em breve essa Ordem tomou um desenvolvimento considerável, que no século XII, possuía nove mil residências na Europa. No século XIV, contava com mais de vinte mil membros. Apesar do seu poder e da sua riqueza, o mistério que os Templários cercavam as reuniões de seu Capítulo e de suas iniciações e, prestava-se as acusações de impiedade e de crueldade que o vulgo em todos os tempos proferiu contra as associações secretas.

Consciente de uma impopularidade crescente o Grão-Mestre Jacques de Molay pediu ao papa Clemente V, em 1306, a abertura de um inquérito, mas este contentou-se a convidar Molay a ir a Avignon, na França, onde, por força de circunstâncias adversas estava, provisoriamente instalado o papado.

Por outro lado o rei da França tinha mais do que nunca necessidade de dinheiro, e para resolver esta dificuldade valia-se dos Templários que lhe emprestavam elevadas somas. Ora, naquele tempo, quando alguém queria se desembaraçar de uma dívida, o meio mais simples era desembaraçar-se do credor. Foi por isso que em setembro de 1307, todos os oficiais do rei receberam instruções mais que misteriosas, sendo que a 12 de setembro do mesmo ano Molay era preso no Templo, ao mesmo tempo que outros membros da Ordem também o eram, em todos os pontos da França. No mesmo dia todos foram levados perante inquisitores, que os acusaram dos mais abomináveis crimes, e como não podiam confessar um crime que não cometeram, foram levados a tortura. Disse um deles a seus juizes: – Fui de tal modo torturado, atormentado, exposto a força que as carnes dos meus calcanhares foram consumidas, que os ossos caíram poucos dias depois.

O Rei, Felipe o Belo, apresou-se em fazer mão baixa no tesouro da Ordem, depositado no Templo de Paris. O concílio que deveria julgar os Templários reuniu-se em Viena, no Delfinado à 13 de outubro de 1311, onde ninguém foi citado para defender-se. Porém diante da resistência do concílio em julgar tal iniquidade, o papa, Clemente V, cassou a autoridade da Ordem do Templo em 12 de abril de 1312, quando os concílios de Ravena, Salamanca e Moguncia tinham absolvido os Templários, sendo estes levados a sua presença.

A supressão da Ordem dos Templários teve seu epílogo em 1313. O papa reservara para si o julgamento do Grão-Mestre e dos dignitários presos a sete anos, nas masmorras de Felipe o Belo. A 18 de março de 1313 todos se retrataram e na noite daquele mesmo dia todos pereceram nas fogueiras, que com antecedência haviam sido preparadas. Prevaleceu a força e o interesse sobre a justiça. A última frase de Jacques de Molay foi: – “Spes mea in Deo est”.

Esta frase tornou-se uma divisa para o Grau 32 do Rito Escocês Antigo e Aceito.

É muito provável que os sobreviventes da Ordem dos Templários, anatematizados pela igreja, tenham então procurado agrupar-se de novo em outras associações, em especial a Ordem Cavalheiresca de Heredom, ou ao Grande Capítulo de Kilwinning. Entretanto desde que começaram as perseguições na França, vários templários escaparam, fugindo para a Escócia, e alistaram-se sob a bandeira do Rei Roberto I, que criou a 24 de junho de 1334, a “Ordem do Cardo”, em favor dos maçons e dos Templários que haviam contribuído para o sucesso de suas armas em Bannock-Bum, na qual as recepções eram semelhantes as da Ordem do Templo.

Parece pois que, o rei da Inglaterra quis recompensar os Templários, restabelecendo sua Ordem, com as suas formas, mas com outra designação. Há outro fato mais importante ainda, um ano depois, Roberto I, fez a fusão da Ordem do Cardo com a Ordem de Heredom e elevou a Loja Mãe de Kilwinning a categoria de Loja Real e, estabeleceu junto a ela o Grande Capítulo da Ordem Real de Heredon de Kilwinning e dos Cavaleiros Rosa-Cruz. Este nome de Cavaleiro Rosa Cruz aparece aqui pela primeira vez, no século XVI (antes, portanto, dos “Manifestos Rosacruzes” na Europa) fazendo, tudo supor, que não é senão outra designação da Ordem dos Cavaleiros do Oriente, cujo emblema era uma cruz enlaçada por quatro rosas.

Estes fatos históricos são de importância capital para o Escocismo e pedem mais atenção para o assunto. Verificamos em primeiro lugar, que nos séculos XII e XIII, a Maçonaria Operativa viu abrigarem-se nas sua Lojas, Ordens de Cavalaria que nenhuma relação tinham com aquela associação de ofício, e cujas iniciações, praticas, cerimônias e graus eram diferentes dos seus. Algumas dessas Ordens, se refugiavam na nova Ordem estabelecida pelo rei Roberto I, por si próprias, outras pelo beneplácito dos reis da Inglaterra, que acumulavam dos mesmos favores, à maçons e cavaleiros, em recompensa aos serviços prestados à coroa, e os agrupava em uma fraternidade, sobre a qual podiam apoiar-se, em caso de necessidade.

Uma outra constatação importante para o escocismo, é que os Templários, desde 1307, penetravam nas Lojas da Escócia, que estavam sob a égide da Ordem do Cardo, levando não obstante as cerimônias Templárias e seus graus. Estes graus junto aos outros da Ordem da Cavalaria eram conferidos pelo Grande Capítulo Real de Heredom de Kilwinning, e formavam o sistema escocês, conhecido pelo nome de Rito de Heredom ou de Perfeição. Pode-se assim explicar como, após a suspensão da Ordem do Templo, certas Ordens de Cavalaria, que haviam mantido sua influência sobre a maçonaria operativa da Escócia, acharem o meio de desenvolverem o cerimonial das iniciações dos pedreiros, num ritual completo e suscetível de incultar aos seus iniciados mais do que a simples comunicação dos segredos da arte de construir.

É também por essa época, ou seja mais de quatrocentos anos antes da constituição da Grande Loja da Inglaterra, que se viu nascer na Escócia o nome de Maçom Adotado, pelo qual entenderam os membros das Lojas que não pertenciam a profissão de pedreiros. Insistamos em que essa fusão da Maçonaria operativa com as Ordens da Cavalaria, se operou somente na Escócia, mas não na Inglaterra. Isto explica portanto, a origem escocesa dos graus, outros, que não eram conferidos pela corporação dos pedreiros de outros países – aprendiz, companheiro e mestre.

Enfim, realcemos o papel político das Ordens da Cavalaria e das Lojas da Escócia, inteiramente devotados ao rei da Inglaterra, compreenderemos então a fidelidade que a Maçonaria Escocesa defendia a causa dos destronados.

Para terminar esta parte deste trabalho, é interessante notar quais os graus que a Loja Real de Kilwinning e seu Grande Capítulo de Heredon conferiam desde o seu estabelecimento. A própria Loja trabalhava com os graus da Maçonaria operativa, ou sejam Aprendiz, Companheiro e Mestre de ofício, mas convém notar que o Grau de Mestre não existia naquela época em que os mestres não eram senão os dirigentes das Oficinas, isto é das construções, cada qual em sua profissão.

Os demais graus inspirados pelos Rosa-Cruz, foram criados no começo do século XVIII, quando o Capítulo de Heredon, conferia aos membros da Ordem dos Cavaleiros do Oriente ou Ordem dos Cavaleiros Rosa-Cruz, e a Ordem do Cordo, ou do Templo, todos os graus dessas duas Ordens. Depois de haver assim, brevemente resumido as tradições da confraria dos pedreiros e estabelecido, em conseqüência de circunstâncias, as Ordens da Cavalaria a elas se ligaram.

Convém deter-nos um instante na Ordem da Rosa-Cruz, que exerceu uma influência preponderante na transformação da Maçonaria Operativa na sua forma Simbólica, como a conhecemos hoje. Poucos historiadores se ocuparam da real origem da Rosa-Cruz, que entretanto desempenhou papel considerável nos séculos XVI e XVII. O motivo dessa abstenção, se explica pela ausência da necessária documentação história que os Rosa-Cruz não se preocuparam em guardar, pois viveram espalhados pelo mundo, conhecido então, reunindo-se uma vez por ano para transmitir, uns aos outros, os conhecimentos adquiridos, porem estes conhecimentos sempre foram transmitidos verbalmente.

A Conferência Internacional dos Cavaleiros Rosa-Cruz, realizada em Bruxelas em 1880, felizmente lançou uma nova luz sobre a história dessa Ordem.

A princípio a conjuração dos Rosa-Cruz, não foi mais do que uma afirmação da liberdade de pensar. Uma obra de apaziguamento e de tolerância. O que os Templários tinham querido fazer no seio da Igreja Romana, os Rosa-Cruz também tentaram realizar, porém ficando cautelosamente fora de qualquer afirmação confessional.

Passados quase quinhentos anos, desde que os Templários remanescentes do massacre ordenado por Clemente V, se estabeleceram na Escócia, durante os quais o Escocismo se consolidou e se espalhou pela Europa, é que vamos encontrar nos novos registros das mudanças estabelecidas no Escocismo, tal qual o conhecemos hoje. É conveniente lembrar, que o poder diretivo da Ordem não mais estava na Escócia nem na França, mas sim na Prússia, onde Frederico II, seu rei, havia efetivado profundas modificações no Escocismo, fazendo vigorar a primeira Constituição, Regulamentos e Leis normalizando o Escocismo. Uma dessas mudanças foi a de dar ao Escocismo os atuais trinta e três graus, pois até então somente tinha vinte e cinco.

As grandes Constituições de 1786 não chegaram a realizar imediatamente o fim a que se haviam proposto, e é fácil determinar a causa. Três meses depois de serem publicadas em 17 de agosto de 1786, Frederico II, seu autor, morreu. Todos que, com Frederico II, compuseram o primeiro Conselho da Ordem, reestruturada, foram obrigados a se dispersar, premidos pelo novo rei Frederico Guilherme II, que só queria a Ordem Rosa-Cruz e passou a não tolerar outra forma de Maçonaria.

Deste modo a reforma foi levada para a França, por um dos colaboradores de Frederico II, o conde D’Esterno, embaixador da França em Berlim, e um dos signatários das Grandes Constituições. D’Esterno, tentou introduzir, desde o seu regresso, o Rito Escocês Antigo e Aceito em seu país, fundando para isso um Supremo Conselho, em Paris, em cuja presidência ficou o duque de Orleans e do qual tomaram parte Chaítlon de Joinville, o Conde de Clermont-Tonnerre e o Marquês de Bercy. Este Supremo Conselho teve vida efêmera, sendo obrigado a desaparecer pelas circunstâncias revolucionárias que se estabeleceram na Franca.

Há um fato curioso à ser registrado. O Escocismo, havia sido fundado na Europa, onde adormeceu, e voltou a funcionar mais tarde, voltando da América de uma forma mais vigorosa e mais envolvente, pelas seguintes razões.

A 27 de agosto de 1761, o Conselho dos Imperadores do Oriente e do Ocidente havia entregue ao Irmão Estevão Morin cujos negócios o chamavam à América, uma Patente de Grão-Mestre Inspetor, autorizando-o a “Trabalhar regularmente pelo próprio proveito e adiantamento da Arte Real e constituir Irmãos nos Sublimes Graus de Perfeição”. Morin, saindo de Paris, chegou a São Domingos onde instalou o seu gabinete, espécie de Grande Oriente para os Altos Graus no Novo Mundo. Em 1770, fundou o Conselho dos Príncipes do Real Segredo de Kingston, na Jamaica, criou muitos Inspetores Gerais, entre eles, Francken, De Grasse-Tilly, De la Hogue e Hacquest.

Ora, esses Maçons da América, pertenciam ao Rito de Perfeição, mantinham assíduas relações com o Grande Consistório de Bordeaux. Mas, como já foi dito este adormece em 1781. Desde então os novos Corpos de São Domingos e da Jamaica passam a manter relações com Berlim até a morte de Frederico II, que era tido como o Grão-Mestre Universal. É provável entretanto que não podendo mais prevalecerem-se de Atos Constitucionais emanados de uma autoridade desaparecida, aqueles maçons dirigiram-se a Berlim tendo em vista agruparem-se sob outro sistema, e ligaram-se em definitivo ao Rito constituído pelas Grandes Constituições.

A 29 de novembro de 1785, Salomão Bush, Grão-Mestre de todas as Lojas e Capítulos da América do Norte, dirige-se a Frederico II na sua qualidade de chefe supremo da Maçonaria para dar-lhe a conhecer a criação, em presença de uma grande assembléia de Irmãos, de uma “Sublime Loja” em Philadelphia, que “se submeteria as Leis e Constituições que a Ordem deve ao seu Chefe Soberano”, e exprime o desejo de que a “Grande Luz de Berlim condescenderá em iluminar a nova Loja”. Não obstante, os maçons da América trabalham até 1801 com o Rito de Perfeição, pois até aquela data o mais alto grau conhecido na América era o de Príncipe do Real Segredo, ou seja o Grau 25, na escala do Escocismo, antes da reforma estabelecido por Frederico II, que lhe acrescentou mais sete graus.

A 31 de maio do mesmo ano, foi constituída em Charleston uma nova Potência dirigente que adota as Grandes Constituições de 1786 e os trinta e três Graus nelas estabelecidas. Essa Potência que tomou o nome de “Supremo Conselho dos Grande Inspetores Gerais para os Estados Unidos da América”, foi realmente o primeiro a realizar de modo definitivo o objetivo das Grandes Constituições de Frederico II, ou seja, a primeira a praticar o Escocismo como é hoje conhecido. De Grasse-Tilly, era membro do Supremo Conselho de Charleston. Em 1802 voltou à Jamaica e fundou com De La Houge naquela cidade, um Supremo Conselho de qual foi o Mui Poderoso Soberano Grande Comendador. Em 1803, De Grasse-Tilly regressou à França onde instalou em 22 de setembro de 1804 um Supremo Conselho em Paris, com jurisdição internacional.

Assim o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Escocismo, renasciam de suas cinzas no solo francês, de onde não mais saiu, e achava-se definitivamente constituídos sobre as bases das Grandes Constituições. Sucessivamente foram fundados outros Supremos Conselhos em muitos países da Europa e na maior parte dos da América. Estes Supremos Conselhos formam hoje o Escocismo e o Rito Escocês Antigo e Aceito, que é o Rito maçônico mais praticado no mundo (@MDD em 1923… hoje pode-se dizer que o rito de Emulação é o mais praticado no Mundo, mas o REAA ainda é o mais praticado na América do Sul/Brasil)

“Trabalho colocado em observações próprias do autor e na conferência realizada no Subl.’. Capítulo L’Amitié (Amizade) em Lousanne em 5-5-1923 pelo Ir.’. Mourice Joton, grau 30º.”

#Maçonaria #Templários

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Iniciação de Dom Pedro

O rei de Portugal, D. João VI, no ano de 1821, extinguiu o reinado do Brasil e determinou o regresso de D. Pedro com toda a família real para Portugal. Nessa época, funcionava no Rio de Janeiro, a Loja Maçônica Comércio e Artes, da qual eram membros vários homens ilustres ligados à corte, como o Cônego Januário da Cunha Barbosa, Joaquim Gonçalves Ledo e José Clemente Pereira entre outros.

Após terem obtido a adesão dos irmãos de São Paulo, Minas Gerais e Bahia, aqueles maçons resolveram fazer um apelo a D. Pedro para que permanecesse no Brasil e que culminou, como se sabe, com a celebre: “como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto, diga ao povo que fico”. Entretanto, não parou ai o trabalho dos maçons. Teve início, logo em seguida, um movimento coordenado entre os irmãos de outras províncias brasileiras objetivando promover a Independência do Brasil.

É importante ressaltar que, naquela época, na metrópole, nas lojas “Comércio e Artes”, “Esperança de Niterói” e “União e Tranqüilidade”, nenhuma pessoa era iniciada, sem que fossem conhecidas suas opiniões sobre a Independência do Brasil. Ademais, todo neófito jurava não só defendê-la como também promovê-la.

No dia 13 de julho de 1822, por proposta de José Bonifácio, D. Pedro é iniciado na Maçonaria, na loja Comércio e Artes, e logo elevado ao grau de Mestre Maçom. Enquanto isso, crescia em todo o Brasil, o movimento pela Independência, encabeçado pelos maçons.

Ir.’. Celso Benito, ARLS Icaro, 3840.

#Maçonaria

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O que é Huzzé?

Por Kennyo Ismail

Não há registros de quando se começou a usar “Huzzé” nas Lojas, mas remonta à Maçonaria Operativa.

Ao contrário do que afirma um dos maiores escritores maçônicos brasileiros, Rizzardo da Camino, Huzzé não é uma palavra hebraica, e muito menos significa “Acácia”. Na verdade, “acácia” em hebraico seria “shittah”.

O termo Huzzé parece vir do árabe, e significa “Viva”, tendo sido um dos tantos termos incorporados pelos europeus como consequência da dominação e ocupação árabe na Europa, que durou quase 800 anos (711 a 1492) . É adotado em substituição ao termo latino “Vivat” e ao que foi tão utilizado na monarquia francesa “Vive”. O termo Huzzé entrou para o vocabulário inglês com o escrito “HUZZAH” e seu significado nos dicionários da língua inglesa é “aclamação medieval equivalente a Viva!”. Trata-se de uma tríplice aclamação de alegria: “Huzzé, huzzé, huzzé!” significa o mesmo que “Viva, viva, viva!”. Uma das variações derivada da tríplice aclamação Huzzé ficou popularizada como “Hip Hip Hurrah”, usado em aniversários e jogos, com o mesmo sentido original “Viva, viva, viva!”.

Há ainda a teoria de Jack Weatherford de que Huzzé derivou-se da palavra mongol “Hurree”, que significa “Aleluia”. Já de acordo com Jean Paul Rox, a origem é turca. Os turcos usavam nas guerras, quando atacavam seus adversários: “Ur Ah!”.

A tríplice aclamação de Viva era oficialmente utilizada quando da coroação de um novo Rei, tanto na França quanto na Inglaterra.

Ao que tudo indica, o escrito “Huzzé” nos rituais de língua portuguesa surgiu para garantir a correta pronúncia do termo. Em Loja do REAA, a tríplice aclamação é usada como forma de render graças ao GADU, e por isso é realizada logo após a abertura e o fechamento do Livro da Lei. A tríplice aclamação também ocorre no Rito Moderno, no Adoniramita e no Brasileiro, como herança da influência do REAA nos mesmos. Porém, a tríplice aclamação nesses ritos varia para “Liberdade, Igualdade, Fraternidade!” no Rito Moderno, “Vivat, Vivat, Vivat!” no Adoniramita e “Glória, Glória, Glória!” no Rito Brasileiro.

Se “Huzzé” fosse realmente uma palavra hebraica que significasse “Acácia”, faria algum sentido aclamá-la, ainda mais nos graus de Aprendiz e Comapanheiro? Não faria sentido algum.

#Maçonaria

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Diferenças entre Rito de York e Ritual de Emulação

Permitam-me compartilhar com vocês alguns pontos que diferem Rito de Ritual, para auxiliar na melhor compreensão do vocábulo “Ritual Emulação” que é o que realmente trabalhamos em nossa Loja, sob os auspícios do G.O.B, ao contrário do que dizem alguns “Rito de York” ou “Rito de Emulação”.

Muitos Irmãos confundem ou pensam que o Ritual Emulação é um Rito. E que esse rito é o Rito de York. Acontece que não é. Eis que, na verdade, não se trata de um Rito, mas sim de um Ritual pelo qual é demonstrado e expressado por meio de dramatizações ritualísticas.

Na Grande Loja Unida da Inglaterra (UGLE) o vocábulo “Rito” não existe. Ou seja, é inominado. Os ingleses não consideram um rito, eles consideram rituais (Emulation, Bristol, Stability, Taylor’s, Logic, West End, etc…). Todos os diversos Rituais Ingleses pouco diferem-se uns dos outros, uma palavrinha aqui, outra palavrinha lá. Mas as Lojas (=Templos, no REAA) usadas por todos são iguais, nisto não há diferença.

É plenamente entendível, pois, o que eles praticam é a Maçonaria, na sua mais pura origem, pois, como é cediço, o Ritual Emulação serviu de base para praticamente todos os demais Ritos existentes no mundo (Foi a base principal doRito Brasileiro). Para se ter uma idéia, a União das duas Grandes Lojas Inglesas deu-se em 1813, mas antes disso, em 1797 já era fundado o Rito de York (Thomas Webb), e antes disso por volta de 1717 já ocorriam reuniões nos Trabalhos de Emulação, ou seja, a forma pura de Maçonaria. Este Ritual era praticado pelas Lojas sob a Égide da Grande Loja de Londres, chamada pejorativamente de “Loja dos Modernos”. No entanto, era a mais antiga que a “Loja dos Antigos”.

Entendo que o nome, em 1717 poderia não ser Emulação, mas a forma praticada já o era, por isso duas Grandes Lojas rivais. A dos “modernos” fundada em 1717 já havia feito modificações à sua conveniência, que não agradou os “antigos”, os quais somente em 1751 “resgataram” de forma oficial os rituais antigos. Em 1813, não foi criado o Ritual Emulação, mas sim a Grande Loja Unida da Inglaterra – UGLE, e houve uma mútua concessão na forma de trabalhar, tato dos “antigos” quanto dos “modernos”.

O que é Rito?
O vocábulo “Rito”, como um substantivo masculino, é derivado do latim – ritus. Designa o Cerimonial próprio de um culto, determinado pela autoridade competente; seu significado clássico é: “Uma prática, um costume aprovado; ou conjunto de normas e práticas que se faz com regularidade” (Ir. Sérgio Cavalcante – Livro “Rito York”). Rito vem a ser uma coletânea de rituais, onde o verdadeiro Rito de York é constituído por quatro corpos devidamente distintos uns dos outros, mas de forma hierárquica, a saber: Graus Simbólicos, Graus Capitulares, Graus Crípticos e Ordens de Cavalaria.

Da mesma forma no REAA – Rito Escocês Antigo e Aceito, onde se tem os graus simbólicos e mais 30 graus acima, numa hierarquia própria do Rito. Mas o REAA não para por aí, ele tem uma estrutura tão enraizada na Maçonaria Brasileira, que até administrativamente acaba interferindo nos demais ritos, criando vícios que os descaracterizam (Ex.: Exigência de “Orador” na Ata de Votação, para os Trabalhos de Emulação).

No Ritual Emulação isso não existe. Ou seja, há apenas os Rituais dos graus simbólicos, e as Ordens Superiores são ordens totalmente independentes, e não há obrigação de iniciar esta evolução. Depois do grau de Mestre o Irmão escolhe como vai se aperfeiçoar. São 17 “corpos”, por assim dizer, e no Brasil ainda temos somente 5. Mas não há hierarquia. Existem duas escadas e o Irmão escolhe por qual vai começar subir. Ou faz primeiro o “Arco Real” ou o “Mestre da Marca”.

Tanto são independentes de Rito que são abertas a qualquer outro Irmão de um Rito qualquer, desde que já tenha sido Elevado (=Exaltado, no REAA) a Mestre.

Então, apesar de erroneamente o G.O.B. chamar nossos trabalhos de “Rito de York” hoje sabemos que não é, mas sim Ritual Emulação. O verdadeiro Rito de York está sedimentado no norte e nordeste do Brasil, e não são Lojas do G.O.B., e os Irmãos de lá não gostam nada desta confusão que o G.O.B. faz, pois eles praticam o verdadeiro Rito de York, de origem norte-americana, fundado pelo Irmão Thomas Smith Webb, em 1797. Da mesma forma, os Irmãos das Lojas Inglesas, sediadas no Brasil e subordinadas à UGLE, não concordam com esta confusão de nomes.

O que é um Ritual?
Ritual, como um adjetivo, derivado do latim (ritualis), designa o que é relativo a Ritos. Como substantivo masculino, designa o livro que contém a ordem e a forma de uma determinada Cerimônia, e das dramatizações e representações ritualísticas, ou seja, é um conjunto de regras e/ou normas estabelecidas para a liturgia das cerimônias maçônicas. Sempre existiram os rituais, inicialmente através das tradições e de forma oral, posteriormente, com o passar dos anos por escrito, mas isto não tirou a tradição inglesa de nas reuniões da Loja praticar o Ritual de forma decorada. Pode-se concluir claramente que Ritual é totalmente diferente de Rito.

O que é Rito de York?
Para se entender a definição do que é “Rito York” e a sua origem, é necessário voltarmos um pouco no passado. O Rito York é baseado nos antigos rituais remanescentes da Antiga Maçonaria que era praticada no começo do século XVIII (“Loja dos Antigos”).

Referidos Rituais eram praticados pelos Maçons da “Grande Loja dos Antigos”, fundada no ano de 1751 por Maçons irlandeses, que haviam sido impedidos de entrar na Grande Loja de Londres (Loja dos Modernos – Emulation Working), fundada no ano de 1717.

Thomas Smith Webb, é considerado como se fosse o organizador e fundador do Rito York, ou seja, o “pai” do Rito . Ele nasceu em 30 de outubro de 1771, em Boston. Foi iniciado na Loja do Sol Nascente, em Keene, New Hampshire, aos 19 anos. No ano de 1797, ele pesquisou, catalogou, organizou e codificou todos os rituais antigos e fez um conjunto de 13(treze) rituais, de forma condensada, em um Monitor e denominou-os de “Rito York” , em homenagem a cidade de York , pois em suas pesquisas foi tida como berço da Maçonaria no mundo, ou seja, a cidade onde se tem os registros mais antigos de reuniões maçônicas.

Ritual de Emulação
O Ritual de Emulação foi aprovado oficialmente pela Grande Loja Unida da Inglaterra (UGLE, deu-se pela união das Lojas dos Antigos e dos Modernos) em 1813, e foi criado um Comitê curador do Ritual, chamado de Emulation Lodge of Improvement for Master Masons (Loja Emulação para Aperfeiçoamento de Mestres Maçons). Este Comitê é o responsável pela edição e publicação do Ritual Emulação, com plena autorização da UGLE, respeitando os princípios gerais impostos pela mesma. Este Ritual aprovado em 1813, na verdade, trazia já as práticas de 1717, pela Loja dos “Modernos”, que eram assim chamados pejorativamente, por terem modificado os Rituais antigos, tirando toda influência religiosa, mística ou esotérico. Com a união das Lojas rivais, algumas destas práticas retornaram, no chamado Trabalho Emulação (Ritual Emulação), mas em proporção muito menor, sendo inteiramente resgatadas pelo Rito de York.

Por isso o Ritual de Emulação é como se fosse um Monitor que contém o conjunto de práticas consagradas pelo uso e costume, e que assim se devem de forma invariável em momentos determinados. Ou seja, é o cerimonial propriamente dito.

Na Inglaterra, compete às Lojas a regulamentação das formas de ritual, reservando-se, a UGLE, o direito de intervir em qualquer Loja Inglesa que adote formas ou modificações entranhas a prática do ritual conforme ensinado desde 1813, ou algo que venha a se opor aos princípios gerais estabelecidos. Pois, segundo o Art. 155 do Livro das Constituição da Grande Loja Unida da Inglaterra, esta liberdade é concedida, mas também limitada.

“Lodge may regulate its own proceedings” (As Lojas podem regular seus própios procedimentos)
….
“155. The members present of any Lodge duly summoned have na undoubled right to regulate their own proceedings, provided they are consistent with the general laws and regulations of the Craft; but a protest against resolution or proceeding, base don the ground of its being contrary to the laws and usages of the Craft, and for the porpuse of complaining or oppealing to a higher Masonic outhority, may be and such protest shall be entered in the Minute Book if the Brother marking the protest shall so request.”

Em tradução livre:
“155. Os membros presentes de qualquer Loja, devidamente reunida, têm o direito inalienável para regular os seus próprios procedimentos, desde que eles estejam de acordo com as leis gerais e regulamentos do Ofício (ou da Ordem); contudo, um protesto (reclamação, denúncia) contra qualquer resolução ou procedimento que seja contrário às leis e aos costumes do Ofício e com a finalidade de reclamar ou atrair uma autoridade maçônica maior, pode ser feito, e tal protesto será anotado no Livro de Atas, se o Irmão que faz o protesto assim solicitar.”

Assim, existem na Inglaterra, diversas formas de rituais, conforme já foi citado, pois a Grande Loja – UGLE – não legisla sobre a forma de ritual adotado por suas Lojas, mas sim sobre os princípios gerais da Ordem, e nenhum ritual pode ser contrário a isso. Ao pronunciar erroneamente o verdadeiro nome do Trabalho Maçônico, não se está simplesmente errando o nome, como se fossem sinônimos, mas está se misturando e distorcendo a essência de um Trabalho que nada tem a ver com outro. Rito é Rito, Ritual é Ritual, e o Ritual Emulação nada tem a ver com os demais.

Publicado originalmente na http://www.ritualemulacao.com/#!artigo-1/chay

#Maçonaria

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Maçonaria no Mundo: Israel

A partir de Junho, teremos novas colunas aqui no Blog. Para falar sobre curiosidades e desmentir invencionices que circulam na internet sobre a Maçonaria, convidei ao Irmão Kennyo Ismail, pesquisador muito mais competente do que eu e autor do blog No Esquadro, para escrever textos e tirar dúvidas sobre a maçonaria para o TdC.

A Grande Loja do Estado de Israel foi instalada em 20/10/1953, em Jerusalém. Porém, sua sede fica em Tel Aviv. A 1ª Loja na região foi a Loja Rei Salomão n°293, filiada à Grande Loja do Canadá, e teve sua primeira reunião realizada nas chamadas pedreiras do Rei Salomão no dia 07/05/1873. Cinco anos antes havia ocorrido uma reunião no mesmo local, porém sem existir uma Loja regularmente constituída. Posteriormente a isso, houve outras Lojas na região, filiadas a extinta Grande Loja da Palestina.

O atual Grão-Mestre da Grande Loja do Estado de Israel é o Irmão Nadim Mansour, cidadão de origem árabe. Sua presença como Grão-Mestre demonstra que não somente a paz, mas também a Fraternidade pode reinar entre árabes e judeus, como bem ocorre naquela Grande Loja.

A Grande Loja do Estado de Israel possui 55 Lojas Simbólicas ativas, as quais em sua maioria trabalham no Rito de York (Monitor de Webb, americano). As Lojas se reúnem nas línguas: hebraico, romeno, francês, espanhol, turco, inglês, russo, alemão e árabe.

A prova maior do compromisso dessa Grande Loja com os princípios de “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” pode ser vista no Selo da mesma: a Cruz, a Lua Quarto-crescente e a Estrela de Davi estão juntas, simbolizando o Cristianismo, o Islamismo e o Judaísmo. Da mesma forma, a Bíblia, o Alcorão e a Torah estão no Altar das Lojas, comprovando que todos os Irmãos, independente da fé professada, estão imbuídos do objetivo de trabalhar pela felicidade da humanidade.

#Maçonaria

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