A História da I.O.T. (Illuminates of Thanateros) – Com Eurico Mesquita

Bate-Papo Mayhem 181 – Com Eurico Mesquita – A História da I.O.T. (Illuminates of Thanateros)

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/M7ig9fJJnUA

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A Dura Verdade sobre Projeção Astral

Eis algo que você não vai ler muito em livros de ocultismo: Projeção Astral não existe.

Não me entenda mal, eu mesmo já tive diversas experiências e sei como induzi-las. O que estou tentando dizer aqui é que ‘Projeção Astral’ é um péssimo nome usado para descrever o que realmente acontece. Este é um nome que não apenas não condiz com os fatos experimentados mas que confunde ainda mais os praticantes ao empurrar discretamente goela a baixo uma série de conceitos ultrapassados e até mesmo ingênuos.

Este nome propõe, como muitas escolas esotéricas ensinam, que o ser humano é composto de diferentes corpos, sendo que um deles é o chamado corpo astral. Até ai nenhuma crítica, cada um dá ao próprio rabo o apelido que mais gosta, além disso é uma forma didática de se ver o mundo – como quem separa o sistema circulatório do sistema nervoso em um livro de anatomia, mas sabe que não pode separá-los na anatomia propriamente dita. O ponto amargo é que é justamente isso que a Projeção Astral propõe: a suposição que o corpo astral se projeta para fora do corpo, permanecendo ligado a ele por um fio luminoso infinitamente elástico, que sinceramente nunca vi.

O problema central é tentar explicar uma experiência mental usando vocabulário corporal. Outro nome horrível é EFC (OBE), sigla para “Experiência Fora do Corpo”, pois igualmente sugere que um “espírito”, “fantasma” ou qualquer coisa etérea exista e que sob as condições certas deixe corpo e saia passeando por aí. Eis o velho perigo no ocultismo, aceitar o que é dito sem refletir, estudar e experimentar um determinado assunto por si mesmo. Não se trata apenas de levianidade, mas um tipo de estupidez pois quando o praticante passa pela experiência, e vê que é real, acaba acreditando que a teoria fajuta que veio com o pacote também é verdadeira. Felizmente para a mente sagaz uma gota de bom senso basta para purificar um mar de ilusões.

De fato, não podemos dizer que ‘nada acontece’. Sabemos por algumas pesquisas que durante as projeções algo de diferente se passa. O artigo de Andra M. Smith e Claude Messierwere publicado pela Frontiers of Human Neuroscience monitorou por exemplo, algumas “projeções” via ressonância magnética e pode comprovar uma “forte desativação do córtex visual” acompanhada de  intensa atividade “no lado esquerdo de diversas áreas associadas a imagens cinestésicas”. Em outra palavras é como se a visão fosse desligada e as pessoas se movimentassem dentro de sua prrópria cabeça. Para a pessoa a experiência em si é absolutamente real e ela pode inclusive sentir que esta fora do próprio corpo. Mas quem realmente está em atividade é seu cérebro.

Isso pode ser comprovado de modo simples. Você provavelmente conhece algumas pessoas e “mestres ocultos” que dizem conseguir projetar-se para fora do corpo. Proponha para elas um teste simples. Que feche os olhos e sorteie uma carta de baralho. Sem olhar para ela coloque-a sobre uma mesa em um um recinto próximo. Feche a porta e na próxima oportunidade simplesmente se projete e veja qual foi carta sorteada. Alternativamente tente descobrir a cor de um lápis de cor também sorteado cegamente, peça para verem a a cor e depois voltem para te contar. É importante que você também feche os olhos na hora do sorteio, mesmo se estiver testando outra pessoa. De todas as pessoas a quem propus o teste, posso dizer que nenhuma foi capaz de descobrir o que havia na sala ao lado.

Em minhas experiências nunca vi nada que me convencesse da existência de um corpo astral interagindo com o mundo físico. Em outras palavras, o corpo astral não está “flutuando”, ele não “sai do corpo”, não “enxerga” nem “escuta” as coisas por onde passa. Pense no seguinte: sabemos que quando vemos algo, estamos na verdade estamos experienciando impulsos elétricos enviados a nosso cérebro, causados pela luz que é interceptada por nossa retina; se não temos mais olhos, retina ou sistema nervoso, como nosso espírito astral consegue “enxergar” qualquer coisa? Também ouvimos coisas quando vibrações do ar estimulam nossos tímpanos; como nosso corpo “astral” é estimulado por tais ondas?

Assim defendo que tudo o que experimentamos no desdobramento é uma realidade mental e não corpórea. Não é um salto para fora mas um mergulho para dentro. Se o corpo astral existe, e não é este o ponto da discussão aqui, ele apenas percebe o que podemos chamar, com certa cautela, de “plano astral” da mesma forma que o corpo físico apenas percebe o mundo físico a nossa volta. Na verdade eu me arriscaria chamar este plano de “virtual”, mas sei que muitas pessoas iriam confundir isso com uma internet fantasma e tenho medo dos desdobramentos que isso pode causar, “meu Deus… o cordão de prata é então o fio do mouse astral? Onde ele é enfiado?”

Isso não quer dizer que esta experiência não seja realmente um fenômeno genuíno e não passe de imaginação. Isso seria um contra senso pois a imaginação é também ao seu modo um fenômeno genuíno. Por falta de um nome melhor e por razões que apontarei a seguir, prefiro o nome “Desdobramento da Consciência” ou simplesmente “Desdobramento” pois o eu posso dizer que realmente experimento nestas ocasiões é uma tomada de consciência mais profunda dentro de minha própria mente. Um desdobramento mal feito é algo muito semelhante a uma visualização e um desdobramento bem feito é idêntico a um sonho lúcido. De fato quem sonha está em contato com essa realidade seja consciente ou inconscientemente.

O termo desdobramento é usado por outras pessoas que ao contrário de mim, acreditam na exteriorização de algum tipo de corpo sutil. Mas uso esse termo por uma razão diferente. Eu poderia usar termos herméticos e dizer que “O que está embaixo é como o que está em cima e o que está em cima é como o que está embaixo”, mas prefiro me arriscar a usar alguns termos cunhados pelo físico David Bohm, um dos pais da física quântica: “Em certo sentido, o homem é um microcosmo do universo, e portanto o ser humano é uma pista do que o universo é. Nós somos o desdobramento do universo.”

Para mim o Desdobramento da Consciência é a mudança de perspectiva entre a “ordem explicita”, com a qual estamos acostumados graças aos nossos sentidos e a “ordem implícita” que é a nossa natureza anterior. O próprio termo ordem implícita me parece um pouco traiçoeiro pois o que temos la é um caos, no sentido de potencialidades infinitas e não de mera bagunça, é óbvio. Nesse sentido me agrada bastante os termos universo causal e acausal usado na Tradição Septenária. Uma ordem limitada não é mais real do que um outra além da compreensão, assim como as imagens de um canal de TV não são mais reais do que as ondas eletromagnéticas de todos os canais juntos. Ambas simplesmente duas formas de encarar a realidade. Em última estância a realidade é experimentada por nós através de nossa mente, todo o universo onde habitamos não passa de um construto mental nosso. Um mesmo fenômeno pode ser visto e experienciado de formas diferentes ou pode ser caracterizado por diferentes princípios em diferentes contextos, como por exemplo, em diferentes escalas. Um exemplo seria o processo pelo qual um aparelho de rádio transforma ondas eletromagnéticas em ondas sonoras. Outra analogia possível é a de fazer um furo em um pedaço de papel dobrado várias vezes. ao desdobrá-lo a ordem explícita de vários buracos se revelará, embora implicitamente sejam o mesmo buraco. Este modelo de como a mente funciona é semelhante ao modelo proposto pelo neurocientísta Karl H. Pribram, que descreve o funcionamento do cérebro como uma espécie de projeção holográfica.

O mundo mental não pode ser tratado da mesma forma que o mundo físico. Seria como usar regras de macro-economia para explicar o comportamento dos ácaros ou micro-biologia para falar das estrelas. Dizer que o corpo astral fica preso no corpo físico por um cordão de prata infinitamente elástico sinceramente é algo que beira o ridículo. Quando você passa por um desdobramento, você muda de tabuleiro. As peças são outras e o jogo mudou. Na realidade mental, espaço e tempo não são fatores dominantes determinando a relação de dependência ou independência dos diferentes elementos. Em seu lugar um conjunto inteiramente diferente de conexões básicas dos elementos é possível, das quais nossas noções de causa e consequência, bem como de partículas existindo separadamente são abstraídas como formas derivadas de uma ordem mais profunda. Nesta condição não é preciso ‘ir’ para ‘chegar’ pois não há distâncias a serem percorridas. Tudo o que pode ser alcançado está presente em toda parte em um único instante.

O plano astral, se quiser continuar usando o termo, possui sua própria (des)ordem e sua própria (i)lógica. Esta (des)ordem não pode ser entendida apenas como meramente o arranjo regular de objetos (como uma fila) ou de eventos (como uma história), é um caos que só ganha forma com a tenção e assim dá origem a cada e toda região do espaço e tempo que você pode visitar. Veja um exemplo mais prático e didático disto, observe a imagem abaixo:

cone

 

Você pode perceber seu universo como um círculo, uma elípse, uma parábola ou uma hipérbole, dependendo apenas de como o observar, mesmo que ele seja “realmente” um cone. Acredite ou não fora de nossa mente, no mundo da astronomia e da física, a cada momento, cientistas percebem o universo “real” – vou chamá-lo de físico para não desgastar a palavra real- de maneiras diferentes. Antes algo infinito para todos os lados, então algo plano e circular, então algo em forma de pêra, então de sino… a cada vez as próprias leis da física mudavam, para corroborar essas novas visões, outras vezes novas descobertas matemáticas é que nos forçavam a mudar a nossa visão sobre o universo. O “universo astral” é apenas uma outra perspectiva.

Um ponto que quero destacar, que é imensamente importante, é que se você mergulhar profundamente em sua própria consciência verá que possui em sua cabeça muito mais informação do que imaginava. Qualquer  estudante de psicologia sabe hoje que a mente consciente é só a ponta do ice-berg de nossa Monte Everest mental. Isso fica evidente quando sonhamos, mas torna-se assustadoramente claro nos sonhos lúcidos e nos desdobramentos. Tudo o que você já viu, ouviu, tocou, cheirou, sentiu, pensou e provou está gravado. A mente como um todo é incapaz de esquecer. Por si só, isso já faria do desdobramento uma ferramenta interessantíssima de se trabalhar. Embora você não possa virar o gasparzinho para espiar a vizinha tomando banho, certamente sua mente possui coisas muito mais interessantes de se ver. Entretanto, existe ainda mais a ser explorado.

Se você mergulhar ainda mais profundamente poderá experimentar o que Jung chamou de Inconsciente Coletivo. O conteúdo atávico de onde nasceram todos os grandes épicos. A matéria prima da qual foram feitos todos os mitos e todas as religiões. Todos as deusas e todas as feras são acessíveis de forma assustadoramente interativa para quem se dedicar à prática do desdobramento. Descrevi uma forma pela qual você pode chegar a este estado no capítulo “Mergulhando no Abismo” do Lex Satanicus.

Quanto mais fundo você desce na própria mente, mais próximo fica da mente de todos os demais – para que perder tempo vendo sua vizinha pelada, quando pode literalmente transar com qualquer estrela de cinema ou modelo de revista erótica? O fato é que se fizer o teste das cartas com pessoas o suficiente verá que, algumas delas, embora não possam ver de fato a carta podem de alguma forma, que sinceramente desconheço, ver por meio da sua mente aquilo que os seus olhos viram antes. Em algum lugar abaixo do inconsciente coletivo, ou quem sabe através dele, as mentes podem se tocar.

Para uma experiência prática a este respeito existem várias técnicas as quais você pode recorrer.  Agende um dia que possa fazer isso e acorde no mesmo horário que costuma acordar. Se arrume, tome um café rápido troque de roupa como se estivesse se preparando para sair e então… volte para cama e tente dormir novamente. Percebi que, ao menos comigo, isso engana o cérebro que entende que deveria estar acordado e assim realmente torna-se mais fácil acordar dentro do sono. Outra prática benéfica é criar um diário onde todos os dias ao acordar você anote o máximo possível de seus sonhos. Em um primeiro momento tal tarefa será ardua e pouco produtiva mas com constância em breve estará escrevendo páginas e mais páginas e assim tornando-se cada vez mais consciente do universo acausal. Existem muitas outras técnicas que você pode tentar, é tudo uma questão de descobrir qual a mais adequada para você.

A respiração holotrópica, técnica desenvolvida por Stanislav Grof é outra forma de atingir resultados semelhantes e as vezes ainda mais intensos. Em tempo as pesquisas de Grof, assim como Os Campos Morfogenéticos de Rupert Sheldrake não deixam dúvidas quanto a existência de um nível mais essencial de comunicação entre as mentes de todos os seres vivos. Se você realmente se dedicar poderá levar este nível ao seu extremo e cruzar a fronteira da pessoalidade. Esta é a razão para eu ter pedido para você fechar os olhos na hora de tirar uma carta no teste acima. Como as pesquisas de Joseph Banks Rhine demonstraram, sob certas condições a mente humana tem acesso a conhecimentos que não passaram pelos seus sentidos. É razoável supor que tenham vindo de algum outro lugar. O experimento de Jacobo Grinberg-Zylberbaum mostrou que pode sim existir alguma espécie de ligação não-local entre duas mentes, embora isso passe desapercebido no nível consciente.

Podemos dizer que em um nível superficial o chamado plano astral reflete nossa própria realidade mental e em um nível mais profundo, a realidade mental da coletividade. Durante o desdobramento absolutamente tudo é simbólico. O símbolo e o simbolizado são uma coisa só. Uma casa que você visita não é exatamente uma casa de concreto armado, mas antes disso um lar, um constructo com todas as impressões simbólica e emocionais tanto de seus habitantes quando de si mesmo. Muito mais do que no chamado mundo físico, nesta outra realidade o observador e o observado influenciam e modificam um ao outro o tempo todo.

O Desdobramento deve ser a fronteira final a ser cruzada por todo psiconauta corajoso. É um mergulho dentro de si mesmo com destino ao universo. Essa é a razão porque muitas pessoas tem dificuldades com desdobramentos. Não é um problema de escolher esta ou aquela técnica, mas de se estar pronto para o que vai encarar. Quase sempre esta experiência deve ser precedida de um processo de auto-conhecimento e auto-aceitação, quando não de psicoterapia. Antes de mergulhar de cabeça, certifique-se de que a piscina está cheia. A dificuldade em conseguir experiências eficazes quase nunca é por causa do método ou receita usada, mas sim por conta das próprias travas internas de cada um. O famoso guardião do umbral possui uma face assustadoramente familiar; a sua. A dura verdade é que as pessoas têm medo de olhar para si mesmas.

Morbitvs Vividvs é autor de Lex Satanicus: O Manual do Satanista e outros livros sobre satanismo.

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/magia-do-caos/a-dura-verdade-sobre-projecao-astral/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/magia-do-caos/a-dura-verdade-sobre-projecao-astral/

Fast Magic: magia instantânea

Um dos maiores triunfos da Magia do Caos foi a proposta de se obter efeitos mágicos materiais num curto período de tempo. As ferramentas mais populares para se chegar a isso são os sigilos e servidores, que passaram por desenvolvimentos extraordinários nas últimas décadas. A partir de então, não era mais necessário passar por dias ou semanas de preparação ritualística, ou mesmo meses a fio para contatar o seu Sagrado Anjo Guardião, uma vez que existem opções muito mais práticas disponíveis. Na era do fast food, nada mais natural que surgisse a fast magic para acompanhá-la.

Toda novidade surge com seus animados defensores, ansiosos para desafiar a velha guarda, e também com seus adversários e opositores. É bastante óbvio observar que nenhum tipo de sistema é perfeito e, assim como qualquer outro, possui suas vantagens e desvantagens. Resta analisar se os benefícios da fast magic superam seus malefícios. E mesmo que fosse constatado o contrário, será que ela funciona? E será que ela não é útil para um grupo específico de magistas?

Muitos poderão fornecer uma série de bons argumentos para apontar o quanto macarrão instantâneo e hambúrguer com batata frita fazem mal à saúde. Ainda assim, por mais que você espalhe caveiras nas carteiras de cigarro, haverá sempre um número de pessoas que optará por tais meios para matar a fome, obter prazeres e aliviar a ansiedade. Afinal, queremos soluções imediatas: não temos tempo para outra coisa.

O fato é que as pessoas são diferentes e buscam coisas diferentes. Não adianta você clamar que descobriu que o sentido da vida é crescer em moralidade, desenvolver-se espiritualmente, ajudar os outros, conectar-se com a natureza ou dar pão aos patos. Pode ser que você tenha ótimos argumentos para defender que isso funciona para todos, de forma absoluta. E pode até mesmo ser que você esteja certo. Mas não é disso que estamos falando!

No mundo ideal, todos seríamos legais uns com os outros, procuraríamos transformar a realidade ao nosso redor na medida de nossas forças e o que não estivesse ao nosso alcance nós teríamos maturidade emocional e espiritual para aceitar. Porém, a realidade é que a maioria de nós, mesmo aqueles bem maduros e que possuem um longo e estável treinamento espiritual, fruto de anos ou décadas de prática, passamos por momentos difíceis e que exigem pensamentos e soluções rápidas.

Aqueles que são contra a prática da magia em geral, podem argumentar que o mais importante é ter uma religião e aprender a desenvolver sua espiritualidade para aceitar o que nos acontece como aprendizados, sem tentar fazer com que o mundo se dobre aos nossos pés como se fôssemos crianças. Porém, é verdade que até as grandes religiões possuem seus exemplos de “fast magic” como uma reza fervorosa em busca de ajuda num momento difícil.

Em suma, as duas modalidades são necessárias: a slow magic e a fast magic, para serem usadas em diferentes momentos da vida. É desejável desenvolver um treino longo de magia, que nos dê resultados mais duradouros e estáveis. Mas nada impede que, paralelamente a este, nós treinemos outras categorias de magias instantâneas a serem usadas conforme for necessário. Uma não exclui a outra e elas podem coexistir. Inclusive pode-se trabalhar as duas em conjunto.

De vez em quando aparecem magistas que desejam resolver tudo com sigilos e servidores. Se duvidar, usam um sigilo por minuto e são experts neles. No outro extremo, temos os magistas “espiritualistas” que defendem que a alta magia busca desenvolvimento espiritual e tudo que busca resultados palpáveis no plano material é baixa magia.

Acredito que seja possível alcançar um equilíbrio entre os dois modelos. Como foi apontado antes, a própria fast magic não é exclusividade da Magia do Caos. Eu diria até que todo sistema mágico possui magias de duração mais lenta, que geram maior estabilidade, e magias mais rápidas, ideais para situações que exigem agilidade do pensamento e intuição. Ambas são magias com graus particulares de dificuldade e que requerem treinamento específico e diferenciado.

Considero temerário classificar um tipo de magia como superior e outro como inferior. Confesso que meu exemplo anterior, comparando a fast magic com a fast food, não é exato. Ainda assim, cada pessoa possui seu estilo de vida e de magia. Há épocas da vida em que temos mais tempo para sentar, refletir e preparar um ritual mais elaborado. Mas frequentemente não carregamos um altar conosco por aí e vale a pena ter cartas na manga para esse tipo de situação.

No livro “Chaos Craft” Steve Dee aponta algumas vantagens do “slow chaos” (cujo símbolo é um caracol): ele observa que o estilo de treinamento do ocultismo ocidental é o de aprender a fazer o máximo de coisas no mínimo de tempo possível. Isso, de certa forma, reflete nosso atual sistema de ensino, em que a quantidade de coisas que aprendemos superficialmente é mais valorizado do que selecionar poucas coisas importantes para aprender, mas estudá-las a fundo. Por isso, até na Magia do Caos existe um chamado para que os magistas não permaneçam apenas no desenvolvimento de sigilos (que muitas vezes é considerado sinônimo de Magia do Caos), mas tentem se aventurar em magias mais complexas e demoradas.

E para aqueles que defendem apenas as modalidades ritualísticas de magias, deviam tentar experimentar lidar com as magias rápidas. Afinal, uma das propostas do caoísmo é testar novos paradigmas em vez de nos mantermos apenas naquele com o qual já nos acostumamos.

Em “The Book of Baphomet” Nikki Wyrd e Julian Vayne nos lembram que Magia do Caos não é apenas sinônimo de “magia com resultados”, seja ela fast chaos ou slow chaos, através da seguinte passagem:

“Críticos da magia do caos ocasionalmente entendem mal as orientações sobre ‘magia com resultados’ que os praticantes desse estilo comumente defendem. No entanto, um rito como a Missa do Caos B certamente indica um propósito mais amplo para a magia do que simplesmente um truque que tem sido caracterizado por bater punheta para um sigilo num papel de anotações para assegurar que um cheque de benefícios chegue prontamente”.

O que isso tudo significa? Que a Magia do Caos é muito mais ampla e complexa do que alguns porventura possam pensar. Sigilos e servidores são poderosas ferramentas do caoísmo, muitas vezes não devidamente valorizadas por outras correntes de magia. Mas o caoísmo não se resume a isso. É comum a elaboração de rituais e sistemas de magia complexos, para os mais variados fins. Há até mesmo aquele tipo de magia, conforme o exemplo acima, que não busca resultados imediatos. Alguns magistas só gostam de pensar na magia em termos de certo e errado: ou o feitiço funcionou ou não funcionou. É claro que essa classificação é útil para que você possa avaliar o seu progresso, mas não é a única forma de envolver-se com a magia. Como os caoístas costumam dizer, devemos tentar achar um equilíbrio entre a ânsia pelos resultados e o medo do fracasso. Lança-se um sigilo e se esquece dele depois, como recomenda Spare, e assim não nos prendemos à dicotomia “certo ou errado”. Por outro lado, não se deve deixar de lançar feitiços pelo medo de falhar.

O caoísmo não está satisfeito com sistemas fechados, com respostas e objetivos pré-prontos. Queremos imaginar novas possibilidades o tempo todo. Desejamos magia rápida. Desejamos magia lenta. Desejamos magia lenta e rápida ao mesmo tempo, ou até mesmo magia que não é magia. Tudo é permitido para aqueles que acreditam que nós ainda não conhecemos tudo o que há para se saber sobre magia e que ainda há muito para experimentar e desvendar.

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Magia do Caos, Psicologia, Sigilos, Servidores, Egrégoras, Projeto Kaos

Bate-Papo Mayhem #005 – 14/04/2020 (terça)
Com Luis Z Siqueira – Magia do Caos, Psicologia, Sigilos, Servidores, Egrégoras, Projeto Kaos.

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Magia do Caos, Servidores e ABRALAS – Rodrigo Vignoli

Bate-Papo Mayhem #040 – gravado dia 04/07/2020 (sabado) Marcelo Del Debbio bate papo com Rodrigo Vignoli – Magia do Caos, Servidores e ABRALAS. Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as e 5as com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados.

Saiba mais sobre o Projeto Mayhem aqui:

#Batepapo #MagiadoCaos

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A Cerimônia de Avools: em paz com o medo

“Não é uma aranha, não exatamente, desta vez sua forma não foi tirada de nossas mentes; ela é apenas o mais próximo que nossas mentes podem chegar do que quer a coisa realmente seja.” 

– Stephen King, IT 

Assim como com a tristeza e a risada a maneira mais certa de aumentar o medo é reprimi-lo. O medo é parte da natureza humana e tem a função positiva de nos proteger e nos dar respostas rápidas em um mundo ameaçador. Ele só é de fato um problema quando deixa de ser um mensageiro. Em outras palavras quando em vez de ser a aranha que anda pela teia nos tornamos às moscas presos nela. Nos casos mais graves o casulo se fecha nos tornamos prisioneiros de nosso próprio terror. 

Quando o medo vira fobia e a ajuda médica torna necessária. É saudável o medo de um um rottweiler bravo, solto e desconhecido, mas é doentio o medo de um amigável beagle na coleira. A aracnofobia, o medo irracional de aranhas é entre os transtornos do medo um dos mais antigos e universais e isso faz de Avoosl o arquétipo perfeito para ser trabalhado nestas ocasiões. 

(Segundo Michael Aquino, fundador do Temple of Set, a figura de Avoosal foi criada por Anton LaVey como um nome em comum para todos os deuses e deusas aranhas. Seu nome foi tirado de um conto de Clark Ashton Smith “O Estranhamento de Avoosl Wuthoqquan”, publicado na Weird Tales de junho de 1932 no qual uma aranha gigante devora um ladrão. )

Avoosal é o nome a Rainha Aranha que tradicionalmente habita as cavernas escuras do interior da terra. As aranhas domésticas e do campo – assim como todos os insetos rastejantes são súditos de Avoosal e matá-los uma ofensa para ela, pois estas criaturas em geral inofensivas são rejeitadas e banidas para a corte do diabo simplesmente por serem consideradas feias e assustadoras.  

 O Rainha-Aranha vive em cavernas escuras nas quais guarda com zelo seus tesouros. É a versão de oito patas e muitos olhos do nórdico Fafnir e por isso talvez os ciganos digam que sonhar com aranhas é sinal de riqueza. Ela devora e se alimenta dos ladrões, mas por outro lado conquistar a simpatia de Avools  é ter livre acesso a sua câmara dos  tesouros. Quando Avools é respeitada se torna uma grande contadora de história como é na forma de Anansi, seu expressão entre os povos africanos. 

 O ritual a seguir é uma adaptação da Cerimônia de Avools tal como usada na Church of satan mas enriquecido com técnicas mais avançadas de programação neurolinguística e consiste em gradual e repetidamente expor a si mesmo diante do medo de uma forma segura e controlada com o objetivo de superá-lo. 

Requisitos do ritual 

 A câmara ritual é enfeitada com representações aracnídeas e teias de aranha decorativas. 

 Deve ser preparado também um temporizador desses que marcam de cinco minutos a huma hora. 

A  preparação seguinte é por si mesma é uma espécie de ritual e consiste em buscar um mensageiro de Avoosl. Isso deve ser feito obrigatoriamente sozinho, em local ermo e de preferência em contato com a natureza. Deve-se buscar um inseto e colocá-lo dentro de um vidro de bom tamanho. O animal deve ser tratado com todo respeito e de forma alguma ferido. 

 O súdito de Avoosl é imediatamente levado até a câmara ritual é colocado no altar e em seguida a cerimônia começa. 

 O Ritual 

1- Tocar nove vezes o sino e dizer 

In nomine Magni Dei Nostri Satanas. Introibo ad altare Domini Inferi. 

2 – Olhando para o recipiente contendo o inseto deve dizer: 

 

“Meu pequeno amigo, queira chamar o grande rei.” 

 

3 – Em seguida deve programar a cega o temporizador e senta-se de frente para o altar de olhos fechados. Enquanto aguarda a chegada de Avoosl deve permanecer de olhos fechados e respirar apenas pela boca e superficialmente. 

 

4 – Quando o temporizador tocar deve-se abrir os olhos imaginando uma enorme aranha ocupando a câmara. Voltando a respiração normal deve dizer: 

 

““Avoosl! Avoosal! Anansi! Aracne, grande Avó Aranha, Senhora de todos os pavores. 

 

Ouça-me! Em nome de Satã e Belial, me escute oh arquiteta do Inferno.  

 

Seu povo já andava sobre a terra eras antes do surgimento da humanidade. Quem quer que em arrogância roube seus tesouros será provado por seus pedipalpos. Quem ignora suas teias será preso por elas.  

 

Mas eu sou um contigo e me coloco fraternalmente em sua presença. Eu honro seu nome pois somos o mesmo.” 

 

5 – Em seguida deve-se transmitir para Avoosl a forma do seu medo. Faz-se isso lembrando com o máximo de detalhes possíveis alguma memória traumática, ou seja a primeira e mais importante lembrança relacionada e este medo 

 

6 – Em seguida diga 

 

“Avoosl eu lhe peço que capture este medo em sua teia.”   

 

Em seguida a cena é repassada na tela mental, mas desta vez não como participante ativo e sim dentro de uma esfera ou tela na qual você a Aranha Monarca assistem como observadores externos. 

 

6 – Ao término dizer:  

 

“Jogue suas teias Avoosl, não sobre mim mas sobre este medo.” 

 

Após isso a cena é visitada mais uma vez, mas desta vez em branco e preto. 

 

7 – Ao término dizer:  

 

“Mais uma vez Avoosl jogue suas teias.” 

 

A cena é então assistia mais uma vez mas mais embaçada. 

 

8 – Diga então: “Leve este medo embora, que seja alimento para os seus súditos que rastejam.” 

 

A esfera então é imaginada sendo colocada dentro do recipiente onde imediatamente começa a nutrir o inseto em seu interior. 

 

9 – Por fim diga: 

 

“Mostre-me agora mestre dos pavores, qual tesouro estava guardando para mim.” 

 

Agora o celebrante deve imaginar da forma mais realista possível como será sua vida agora que o medo foi levado embora. Deve participar da cena, sentir os gostos, sons e cores envolvidas. Deve também sentir a aprovação de Avools nesta realização. A Deus Aranha foi agradada. 

 

Neste sentimento de satisfação e gratidão deve se despedir: 

 

“Obrigado Avools, que eu seja sempre digno sua amizade.” 

 

10 – Tocar o sino  e então encerrar com as palavras  “Assim está feito” 

 

A criatura capturada deve ser devolvida ao seu ambiente original com todo respeito que merece.. 

Morbitvs Vividvs é autor de Lex Satanicus: O Manual do Satanista e outros livros sobre satanismo.

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/magia-do-caos/a-cerimonia-de-avools-em-paz-com-o-medo/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/magia-do-caos/a-cerimonia-de-avools-em-paz-com-o-medo/

Todas as Magias são Magia do Caos – Vinicius de Mello Rosa

Bate-Papo Mayhem #053 – 04/08/2020 (terça) Com Vinicius de Mello Rosa – Todas as Magias são Magia do Caos

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as e 5as com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados.

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Magia do Caos, Servidores e ABRALAS – Com Rodrigo Vignoli

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/CPmB-qmR7d4

Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral duas vezes por semana, às segundas e quintas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados uma vez por semana.

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Diferenças básicas entre Magia (ordem) e Magia do Caos

Por: Colorado Teus

Esse post é uma continuação de uma série de textos que começou com Reflexão sobre a Umbanda, passou por Por que religar? e, por fim, o texto que é imprescindível de se entender antes de ler esse: Espaços mágicos e correntes. Volto a lembrar que me refiro à Umbanda Sagrada nesses textos, segmento que foi decodificado por Rubens Saraceni e que tem um sistema simbólico bem diferente da maioria dos outros segmentos de Umbanda.

Apesar da expressão relativamente nova construída por Peter Carroll (com fundamentos muito desenvolvidos por Spare), Magia do Caos é algo que se faz há muito tempo. Na realidade, o mergulho no caos foi feito por praticamente todo mago inovador, que construiu um sistema próprio ou modificou sistemas previamente estruturados. É importante entender que a magia do Caos não é feita em Hockmah, mas sim em Hockmah que existe dentro de Binah (ele chama pelo caos dentro do espaço mágico). A imagem do “mago do Caos” não é a do “Louco” que simplesmente se joga no desconhecido, mas do “Mago” que abre caminhos. Entenda, magia do caos não é simplesmente dar vazão a todo tipo de esquizofrenia, mas sim estudo e dissecação em busca de leis onde não se via antes. O mago do caos é um estudioso, ele transcende a ordem.

Para ilustrar a forma como a Umbanda enxerga a Magia do Caos (sem utilizar esse termo, obviamente), imagine que você queira atravessar uma floresta e chegar do outro lado. Você tem a opção de seguir uma estrada que já esteja pronta ou buscar alternativas, criar novos caminhos.

Um mago que trabalha primordialmente com a Ordem buscará saber como a estrada foi construída, para onde ela leva, por onde ela passa, quais são os perigos e desafios. Buscará conselhos e dicas de pessoas que já passaram por aquela estrada, podendo até mesmo formar um grupo que será guiado por alguém que já tenha alguma experiência com ela.

Um mago que trabalha primordialmente com o Caos pode até estudar essa estrada e tudo mais, mas sentirá que está perdendo muitas das oportunidades que a floresta toda tem a oferecer. Provavelmente embarcará numa aventura de desbravamento e tentará conhecer a floresta profundamente, abrindo novos caminhos. Muitos acabam conhecendo coisas muito legais e até mesmo deixam para lá seu objetivo inicial de quererem atravessar a floresta.

De alguma forma, aquele que atravessa pela estrada, pode querer criar um novo caminho na viagem de volta e se aventurar; da mesma forma, o desbravador pode se cansar e voltar para a estrada para concluir o objetivo. Há dois “caminhos” pelos quais você pode seguir, mas lembre-se, na jornada, ainda haverá tempo de mudar o caminho em que está, citando nossa querida banda Led Zeppelin.

Cada caminho tem sua vantagem e sua desvantagem, seu ônus e seu bônus. Passar pelo caminho da Ordem pode desenvolver mais a disciplina, a diligência, a paciência… pelo Caos mais a independência, a criatividade, o experimento, a inovação… Mas nada impede de andar na estrada um pouco, sair, voltar, sair de novo e por aí vai. É mais fácil você encontrar problemas fora da estrada, mas há seres que ficam próximos à ela justamente por saberem que há maiores chances de passarem pessoas por ali. Aquele que se apega à estrada pode andar com mais velocidade, mas também pode ficar sem saber o que fazer quando há algum problema nela, ou quando fica sozinho porque o guia saiu para resolver alguma outra questão. A estrada indica a força de uma tradição, a qual satisfaz intimamente aqueles que são mais conservadores. Já o caos das matas inspira mais os progressistas.

Talvez os Orixás que melhor representam esse paradoxo sejam Xangô e Oyá, a Pedra e o Furacão (rock and roll), e as qualidades desenvolvidas na Magia da Ordem sejam as de Xangô e as do Caos de Oyá. Mas o importante de um paradoxo é entender que todos eles podem ser reconciliados, pois são duas faces da mesma energia. Creio que não se vive apenas na estrada ou apenas na floresta; o conciliador de qualquer paradoxo, ao meu ver, é o tempo: hora na mata, hora na estrada.

Rubens Saraceni foi mago da ordem ao receber todas as iniciações da Umbanda; mas, depois, foi “mago do caos” quando construiu, com seus mentores, o sistema de Magia Divina e da Umbanda Sagrada em geral. Filho de Ogum, abriu esses novos caminhos para o pessoal da Umbanda que gostaria de atravessar as matas que cercam o espírito de uma forma diferente dos caminhos que já existiam.

A grande questão que fica é: você está preparado para encarar uma mata fechada? Se ainda não se sente preparado, mantenha-se na estrada por um tempo, há muito o que se aprender com os mestres e tradições.

Vai dar certo!

#UmbandaSagrada

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/diferen%C3%A7as-b%C3%A1sicas-entre-magia-ordem-e-magia-do-caos

Magia do Caos: a Jornada – Com Luis Z Siqueira

Bate-Papo Mayhem 151 – Com Luis Z Siqueira – Magia do Caos: a Jornada

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/pWihFXKKNxM

Bate Papo Mayhem é um projeto extra desloqueado nas Metas do Projeto Mayhem.

Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral três vezes por semana, às terças, quartas e quintas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados duas vezes por semana.

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Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/magia-do-caos-a-jornada-com-luis-z-siqueira