O Grande Computador Celeste – parte II

Olá crianças,

Segunda parte da explicação sobre Astrologia Hermética. Para entendê-la, precisamos conhecer melhor as doze principais energias que fazem parte do universo humano.

Energias e os 12 Signos

Nossa realidade é baseada em um conceito dual de energias que se complementam, que os orientais chamam de Yang e Yin, positiva e negativa, masculina e feminina, penetrante e penetrada, luz e sombra, calor e frio, etéreo e denso e por ai vai.

Se imaginarmos que no início dos tempos a energia primordial dividiu-se em duas (Yin e Yang). Mais tarde, estas duas energias dividiram-se novamente, originando 4 energias: Fogo (espírito, yang-yang), Água (emoção, yang-yin), Ar (razão, Yin-Yang) e Terra (físico, Yin-Yin). Como as combinações yin-yang e yang-yin estão em um mesmo nível de energia (que chamamos de mente, um meio termo entre corpo e espírito, formada pela razão e emoção), os ocultistas dividiam o nosso corpo em três partes (corpo, mente e alma).

Simples até agora?

Bem… com uma terceira divisão, considerando apenas 3 “patamares” energéticos (que os astrólogos chamam de Fixo (terra), Cardinal (Fogo) e Mutável (ar, água), chegamos a 12 energias diferentes que agem sobre o ser humano (observe a imagem que eu fiz para uma melhor compreensão). Deste pequeno gráfico chegamos à divisão dos signos em 4 grupos: Fogo (Áries, Leão e Sagitário), Água (Câncer, Escorpião e Peixes), Ar (Aquário, Gêmeos e Libra) e Terra (Capricórnio, Virgem e Touro). Outras pessoas preferem agrupar estas energias em 3 categorias: Cardinal (Áries, Câncer, Libra e Capricórnio), Mutável (Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes) e Fixo (Touro, Leão, Escorpião e Aquário) mas na verdade, tanto faz.

Cada um deste tipo de energia rege certas qualidades que precisam ser trabalhadas pelo ser humano no caminho para a ascensão: a iniciativa, o acumular, a comunicação, a emoção, a liderança, a autocrítica, a diplomacia, o poder, o alto astral, as restrições, o romper barreiras e o contato com o cósmico. Cada signo trabalha especificamente com um determinado tipo de energia. Se vocês quiserem algo mais detalhado, perguntem nos comentários que eu faço algum dia um post só sobre isso.

E, finalizando, cada tipo de energia (signo) possui ainda níveis de evolução, que chamamos de OITAVAS. Então, assim sendo, duas pessoas com um mapa astral idêntico (irmãos gêmeos, por exemplo) podem ter características totalmente diferentes. Vou dar um exemplo de oitavas para não nos alongarmos no assunto:

Áries. Em sua oitava mais baixa (energias menos desenvolvidas), temos pessoas irritadas, pavio-curto, nervosas, estressadas, impulsivas… Em uma oitava média, temos pessoas de ação, que gostam de ter iniciativa, que saem na frente, que não são molengas, que gostam de exercícios físicos, de “explosões”… Em oitavas mais altas temos líderes, pessoas que tomam a iniciativa para defender os fracos, que não recuam diante dos problemas, que enfrentam a tirania e assim por diante…

Agora juntemos os planetas e as energias.

Imagine que cada Planeta esteja associado a algumas características do ser humano: Sol (como você se expõe para os outros), Lua (como você é realmente), Mercúrio (como você pensa), Vênus (como você sente), Marte (como você briga), Júpiter (o que te facilita), Saturno (o que te atrapalha)… e assim por diante. Nenhuma destas associações é aleatória e todos estes planetas, energias e características estão intimamente associados às sephiras da Kabbalah, mas eu falo sobre isso outro dia. Hoje é apenas astrologia.

Desta forma, quando causamos uma interferência negativa no livre-arbítrio de outro ser (por exemplo, dano físico, representado por Marte, dano intelectual representado por Mercúrio, dano afetivo representado por Vênus, entre milhares de combinações), acumulamos “Karma negativo” e quando fazemos ações que colaboram com a evolução do planeta (ensinando, amando, auxiliando, construindo), acumulamos “Karma positivo” (note que isso não tem absolutamente NADA a ver com “Bem” e “Mau”, que são coisas totalmente humanas, mundanas e relativas).

Ao final de sua vida, tudo o que você fez de positivo e negativo fica arquivado (sim, os gregos já sabiam disso 2.500 anos atrás, e os Egípcios 6.000 anos atrás, com suas lendas sobre Anúbis e “pesar a balança”).

Além disto, entra em cena o Livre Arbítrio. Antes de nascer, cada pessoa se propõe a fazer alguma coisa nesta vida (“vou ajudar aquele irmão que prejudiquei na outra vida”, “vou cuidar de um orfanato”, “vou aprender a ser mais tolerante”, “vou ser mais organizado”, “vou me dedicar à música”, “vou aprender a ser mãe” e assim por diante). Tudo isso fica registrado e os orientais chamam isso de Dharma.

Com estes dados em mãos, os Engenheiros de Karma podem coordenar exatamente onde, quando e como uma alma deve retornar ao planeta, levando em conta outras almas que precisam passar por experiências semelhantes (ex. juntar um filho que precisa nascer cego com uma mãe que precisa aprender a tomar conta de alguém cego), seguindo o que chamamos de Lei de Afinidade.

Não apenas a Terra, mas TODOS os planetas do sistema solar são habitados (mesmo que nossos corpos físicos e equipamentos não possam detectá-los) e seguem o mesmo modelo de sincronicidade (Como diria um cara bem inteligente na Bíblia, “Há várias moradas na casa do meu Pai”), formando um único e gigantesco computador celestial, que funciona com mais precisão que o melhor dos relógios suíços.

Até a semana que vem, crianças,

Nosce te Ipsum…

#Astrologia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-grande-computador-celeste-parte-ii

Ser Gente Nunca Sai de Moda

A necessidade de andar na moda, a aflição inconsciente de estar em sintonia com o que se imagina ser moderno, revela uma busca por identificação e aceitação, uma vontade, em geral não percebida, de encontrar um lugar para se viver em paz. A moda nasce da necessidade cultural das pessoas de entender quem são e aonde caminham. Roupas, acessórios, carros, ideias enlatadas, maneiras de agir e falar tentam desesperadamente rotular o ser na tentativa de fazê-lo acreditar que pela casca se reconhece o valor da fruta. Em vão.

Perde-se a beleza de inventar a si próprio e a força de ser único. A moda traz consigo o perigo de projetar um suposto ideal que com certeza não somos.

O limite da forma estabelece fronteiras. Qualquer modelo pronto a ser usado rouba a originalidade do indivíduo, a beleza dos voos solos em altitudes inimagináveis, onde, só então, se defrontará com mundos e possibilidades apenas acessíveis a quem ousa ir além da normalidade e das permissões mundanas. O exercício da criatividade desenvolve as asas da liberdade.

Nada contra a indústria de consumo, como roupas, carros ou entretenimento que precisa produzir e vender para gerar riqueza e empregos que movimentam o planeta. Beleza e conforto, quando atingidos e usufruídos de maneira digna, são bem-vindos. Para ser feliz não é preciso ser um asceta no sentido original da palavra. Porém, há que se entender o limite de todas as coisas e o sentido da busca de cada um.

A moda costuma servir de referência para o sujeito se situar em determinado grupo social seja atrás de aceitação ou destaque. Um jeito ingênuo de imaginar quem é ou gostaria de ser, um lugar na tribo que admira, na tentativa de se impor e encontrar o seu canto no mundo. Em suma, a moda tenta acomodar nos porões da mente as mitológicas indagações de quem somos e para aonde vamos. Mas de que adianta um espelho se não se quer ver? De que serve mapa e bússola se não se sabe para aonde ir? Pode a forma ganhar mais importância do que a essência?

Inconscientemente a moda ilude o consciente, vendendo o que não pode entregar.

Ainda que não esteja claramente decodificado no entendimento de cada indivíduo, caminhamos, invariavelmente, em busca da plenitude do ser, onde, só então, conseguiremos encontrar toda a paz que precisamos e, em análise honesta, é o que importa. Entretanto, chegar até esse paraíso é a pergunta que não se cala.

Por ainda não terem decodificado o processo, muitos ainda procuram desesperadamente na moda signos de identificação, na ilusão de não se sentirem perdidos, como se a felicidade estivesse disponível na vitrine ou na prateleira das lojas ao alcance do cartão de crédito. É bem mais simples e confortável trabalhar a forma do que a essência. Porém, o resultado nunca será o mesmo. Trocar de vestido não cicatriza as feridas do coração; o brilho de uma jóia não ilumina os vãos escuros da tristeza; um belo e caro carro pode despertar admiração dos outros e te levar a um confortável passeio, mas as angústias mal resolvidas te acompanharão por toda a parte; o acesso as modernas tecnologias não te dão resposta às questões profundas da alma. Adiar o mergulho no autoconhecimento é ficar sentado na estação vendo passar o trem da plenitude. É necessário coragem de se ver e entender quem realmente é, encarar as próprias dores e frustrações, assumir as responsabilidades, lamber as feridas para curá-las. E, então, se transformar. A busca é árdua, mas o encontro é mágico. Extrair e vivenciar o que há de melhor em si, como diamante que precisa lapidar o cascalho até refletir perfeita luz, define a sua roupa.

Na medida que vamos nos conhecendo e transmutando sombras em luz, trocamos o paletó da inteligência, o vestido do coração, o guarda-roupa da alma. Saber quem somos é fundamental para entender os outros e o mundo. Se a vida oferece andrajos ou prêt-à-porter, lembre-se que somos os nossos próprios alfaiates. Cabe a cada um escolher os tecidos do amor, costurar com as linhas da compaixão, abotoar com sabedoria, vestir com a paciência da eternidade. Depois basta distribuir os lenços da alegria por onde passar, a qualquer um, sem distinção. Encontrar brilho na trajetória de todas as pessoas revela a luz que há em ti. A beleza de suas novas vestes vai encantar inimagináveis passarelas e todos desejarão estar por perto, desfilar ao seu lado, independente da cor da calça, do modelo do carro ou da marca do sapato. A elegância não está na grife, porém no estilo.

Não é o que se usa, mas um jeito de ser.

Ser gente nunca sai de moda.

Publicado originalmente em http://yoskhaz.com/pt/2015/06/26/ser-gente-nunca-sai-de-moda/

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ser-gente-nunca-sai-de-moda

A Suástica

A suástica é um dos símbolos mais difundidos e antigos. É encontrado do Extremo Oriente à América Central, passando pela Mongólia, pela ìndia e pelo norte da Europa. Foi conhecido dos Celtas, dos Etruscos, da Grécia antiga; o ornamento chamado grega deriva da suástica. Alguns quiseram remontá-lo aos atlantes, o que é uma maneira de indicar sua remota antiguidade.

Qualquer que seja sua complexidade simbólica, a suástica, por seu próprio grafismo, indica manifestamente um movimento de rotação em otrno do centro, imóvel, que pode ser o ego ou o pólo. É portanto símbolo de ação, de manifestação, de ciclo e de perpétua regeneração. Neste sentido, muitas vezes acompanhou a imagem do salvador da humanidade: o Cristo, das catacumbas ao ocidente medieval e ao nestorianismo das estepes: Os Cristos romanos são geralmente concebidos em tornod e uma espiral ou de uma suástica: essas figuras harmonizam a atitude, organizam os gestos, as dobras das roupas. Por aí se vê reintroduzido o melhor símbolo do turbilhão criacional em torno do qual estão dispostas as hierarquias criadas que dele emanam… ; o Buda, pois dele representa a Roda da Lei (Dharmachakra) girando em torno do seu centro imutável, centro qeu frequentemente representa Agni.

A simólica dos números ajuda a comprender melhor o sentido de força totalizadora deste emblema: a suástica é feita de uma cruz, cujas hastes – como nas orientações vetoriais que definem um sentido giratório e em seguida o enviam de volta ao centro – são quadruplicadas. O seu valor numérico é, portanto, de quatro vezes quatro, i.e., dezesseis. É o desenvolvimento da força da Realidade, ou do Universo. Como desenvolvimento do universo criado, associa-se a essas grandes figuras criadoras ou redentoras invocadas acima; como desenvolvimento de uma realidade humana expressará o extremo desenvolvimento de um poder secular, o que explica as suas atribuições históricas, de Carlos Magno a Hitler. Aqui, o sentido da rotação intervirá, igualmente, que se trate do sentido direto astronômico, cósmico e, portanto, ligado ao transcendente – é a suástica de Carlos Magno; ou do sentido inverso, dos ponteiros de um relógio, querendo colocar a infinitude e o sagrado no temporal e no profano – é a suástica Hitleriana. Guénon interrpeta esses sentidos contrários como a rotação do mundo visto de um e de outro pólo; os pólos aqui, são o homem e o pólo celeste, e não os pólos terrestres.

Considerando-se sua acepção espiritual, a suástica às vezes simplesmente substitui a roda na iconografia hindu, por exemplo, como emblema dos nagas. Mas é também o emblema de Ganeça, divindade do conhecimento e, às vezes, manifestação do princípio supremo. Os maçons obedecem estritamente o simbolismo cosmográfico, considerando o centrod a suástica como a estrela polar e as quatro gamas que a constituem como as quatro posições cardeais em tornod a Ursa Maior, o que pode ajudar a interpretar a reflexão de Guénon mencionada acima. Há ainda formas secundárias da suástica, como a forma com os braços curvos, utilizada no País Basco, que evoca com especial nitidez a figura da espiral dupla. Como também é da suástica clavígera, cujas hastes constituem-se de uma chave: é uma expressão muito completa do simbolismo das chaves, o eixo vertical correspondendo aos solstícios, o eixo horizontal, à função real e aos equinócios.

Nos Estados Unidos a suática foi muito utilizada antes do nazismo. Além da Sociedade Teosófica, fundada em Nova York, e das tribos nativas, como os Navajos, até a década de 1930 a suástica era frequente no Sudoeste americano em suvenires, como mantas, medalhinhas e outras lembranças.

Suástica é o nome de uma pequena comunidade do norte de Ontário, no Canadá, situada a aproximadamente 580 quilômetros ao norte de Toronto, e 5 quilômetros de Kirkland Lake, cidade à qual pertence. A vila de Suástica foi fundada em 1906. Ouro foi descoberto perto dali e a Swastika Mining Company foi formada em 1908. O governo de Ontário tentou mudar o nome da cidade durante II Guerra Mundial, mas a população resistiu.

No Brasil, o uso da suástica para fins nazistas constitui crime, de acordo com a lei 9.459, de 1997, como dispõe o parágrafo primeiro do seu artigo 20:[3]

§ 1º Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo.

Pena: reclusão de dois a cinco anos e multa.

Fontes:

Wikipédia: Suástica

CHEVALIER, Jean, Dicionário de Símbolos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-su%C3%A1stica