Existe diferença entre Felicidade e Paz Interior?

Retirado do livro O poder do agora, de Eckhart Tolle:

Existe diferença entre felicidade e paz interior?
Existe. A felicidade depende de circunstâncias consideradas positivas, ao passo que a paz interior não precisa delas.

Há possibilidade de só atrairmos coisas positivas para as nossas vidas? Se a nossa atitude e o nosso pensamento forem sempre positivos, só haverá situações e acontecimentos positivos, não é mesmo?
Você pode afirmar, com certeza, o que é positivo e o que é negativo? Já fez o levantamento completo? Muitas pessoas devem ter aprendido bastante com as suas próprias limitações, seus fracassos, suas perdas, suas doenças e sofrimentos. Tudo isso ensinou-as a se desfazer das imagens falsas que tinham de si mesmas, dos desejos e objetivos superficiais ditados pelo ego e lhes deu profundidade, humildade e compaixão. Fez delas pessoas mais reais. Sempre que acontece alguma coisa negativa, há sempre uma lição embutida, embora nem sempre se perceba isso na hora. Uma doença ou um acidente pode mostrar o que há de real ou irreal em uma situação, aquilo que é importante e o que não é.

De uma perspectiva mais elevada, as circunstâncias são sempre positivas. Para ser mais preciso, elas não são positivas nem negativas. São do jeito que são. E quando aceitamos as coisas como são, o “bem” ou o “mal” deixam de existir em nossas vidas. Só o que existe é um bem supremo, que inclui o “mal”. Mas, pela perspectiva da mente, existe o bem e o mal, o igual e o diferente, o amor e o ódio. É por isso que no Livro do Gênesis está escrito que Adão e Eva não tiveram mais permissão para habitar o “paraíso” quando “comeram da árvore do conhecimento do bem e do mal”.

Lembre-se de que não estamos aqui tratando de felicidade. Por exemplo, quando a pessoa amada acabou de morrer, ou se sentimos a nossa própria morte se aproximar, não podemos nos sentir felizes. É impossível. Mas podemos estar em paz. Pode até haver tristeza e lágrimas, mas, se deixarmos de resistir, conseguiremos perceber uma profunda serenidade por baixo da tristeza, uma calma, uma presença sagrada. Isso é a emanação do Ser, isso é a paz interior, o bem que não tem opositores.

Parece que a maioria das pessoas precisa vivenciar uma grande carga de sofrimento antes de abandonar a resistência e aceitar, isto é, antes de perdoar. Com o perdão, acontece o milagre do despertar da consciência do Ser, através do que aparenta ser o mal: a transformação do sofrimento em paz interior. Todo o mal e todo o sofrimento do mundo vão nos forçar a descobrir quem somos realmente. Assim, aquilo que, de uma perspectiva limitada, percebemos como o mal é, na verdade, parte de um bem maior que não tem opositores. Entretanto, isso só se torna uma verdade através do perdão. Sem ele, o mal permanece como mal.
Através do perdão – que significa reconhecer a falta de consistência do passado e permitir que o momento presente seja como é -, acontece o milagre da transformação, não só no lado de dentro, mas também do lado de fora. Um espaço silencioso de uma presença intensa surge dentro de nós e à nossa volta. Quem quer e o que for que penetre no campo da consciência será afetado, algumas vezes de forma clara e imediata, outras em níveis mais profundos, com mudanças só notadas algum tempo depois. Você dissolve a discórdia, cura o sofrimento, desfaz a inconsciência, sem fazer nada, simplesmente sendo e sustentando essa freqüência de presença intensa.

A impermanência e os ciclos da vida

Enquanto permanecermos na dimensão física e em conexão com a psique humana coletiva, o sofrimento, embora raro, ainda pode acontecer. Não devemos confundi-lo com o sofrimento emocional. Todo sofrimento é criado pelo ego e fruto de uma resistência. Além disso, nessa dimensão, ainda nos sujeitamos à natureza cíclica e à lei da impermanência de todas as coisas, mas já não vemos mais o sofrimento como uma coisa “má”. Ele simplesmente é.

No nível da forma existe nascimento e morte, criação e destruição, crescimento e dissolução de espécies aparentemente independentes. Podemos ver isso em tudo: no ciclo da vida de uma estrela ou de um planeta, em um corpo físico, em uma árvore, em uma flor. Existem ciclos de sucesso, como quando as coisas acontecem e dão certo, e ciclos de fracasso, quando elas não vão bem e se desintegram. Você tem de permitir que elas terminem, dando espaço para que coisas novas aconteçam ou se transformem. Se nos apegamos às situações e oferecemos uma resistência nesse estágio, significa que estamos nos recusando a acompanhar o fluxo da vida e que vamos sofrer. Não é verdade que o ciclo ascendente seja bom e o ciclo descendente seja ruim, a não ser no julgamento da mente. O crescimento é, em geral, considerado positivo, mas nada pode crescer para sempre. Se o crescimento nunca tivesse fim, poderia acabar em algo monstruoso e destrutivo. É necessário que as coisas acabem, para que coisas novas aconteçam.

O ciclo descendente é absolutamente essencial para uma realização espiritual. Você tem de ter falhado gravemente de algum modo, ou passado por alguma perda profunda, ou algum sofrimento, para ser conduzido à dimensão espiritual. Ou talvez o seu sucesso tenha se tornado vazio e sem sentido e se transformado em fracasso. O fracasso está sempre embutido no sucesso, assim como o sucesso está sempre encoberto pelo fracasso. Nossa energia física também está sujeita a ciclos. Não consegue estar sempre no máximo. Teremos momentos de baixa e de alta energia. Em alguns períodos, estaremos altamente ativos e criativos, mas em outros tudo vai parecer estagnado, teremos a impressão de não estarmos indo a lugar nenhum, nem conseguindo nada. Um ciclo pode durar de algumas horas a alguns anos e dentro dele pode haver ciclos longos ou curtos. Muitas doenças são provocadas pela luta contra os ciclos de baixa energia, que são fundamentais para uma renovação. Enquanto estivermos identificados com a mente, não poderemos evitar a compulsão de fazer coisas e a tendência para extrair o nosso valor de fatores externos, tais como as conquistas que alcançamos. Isso torna difícil ou impossível para nós aceitarmos os ciclos de baixa e permitirmos que eles aconteçam. Assim, a inteligência do organismo pode assumir o controle, como uma medida autoprotetora, e criar uma doença com o objetivo de nos forçar a parar, de modo a permitir que uma necessária renovação possa acontecer.

A natureza cíclica do universo está intimamente ligada à impermanência de todas as coisas e situações. Buda fez disso uma parte central de seu ensinamento. Todas as circunstâncias são altamente instáveis e estão em um fluxo constante, ou, como ele colocou, a impermanência é uma característica de cada circunstância, de cada situação com que vamos nos deparar na vida. Elas vão se modificar, desaparecer, ou deixar de proporcionar prazer. A impermanência também é um ponto central dos ensinamentos de Jesus: “Não acumule tesouros na terra, onde as traças e a ferrugem arruínam tudo, onde os ladrões arrombam as paredes para roubar…”

Enquanto a mente julgar uma circunstância “boa”, seja um relacionamento, uma propriedade, um papel social, um lugar, ou o nosso corpo físico, ela se apega e se identifica com ela. Mas nada dura muito nessa dimensão, onde as traças e a ferrugem devoram tudo. Tudo acaba ou se transforma: a prosperidade de hoje se torna o consumismo vazio de amanhã. O casamento feliz e a lua-de-mel se transformam no divórcio infeliz ou em uma convivência infeliz. A mente não consegue aceitar quando uma situação com a qual ela tenha se apegado muda ou desaparece. Ela vai resistir à mudança. É quase como se um membro estivesse sendo arrancado do seu corpo. Buda ensinou que até mesmo a felicidade pessoal é dukka – uma palavra da língua páli que significa “sofrimento” ou “insatisfação”. Ela é inseparável do seu oposto. Significa que a felicidade e a infelicidade são, na verdade, uma coisa só. Somente a ilusão do tempo as separa. Isso não significa uma negatividade. É simplesmente reconhecer a natureza das coisas, para não viver atrás de uma ilusão pelo resto da vida. Nem quer dizer que você não deva mais apreciar os objetos e as circunstâncias agradáveis e bonitas. Porém, usá-los para procurar aquilo que não podem dar – uma identidade, um sentido de permanência e satisfação – é uma receita para a frustração e o sofrimento.

Toda a indústria da propaganda e a sociedade de consumo entrariam em colapso se as pessoas se tornassem iluminadas e deixassem de tentar encontrar as suas identidades através dos objetos. Quanto mais usarmos esse caminho para encontrar a felicidade, mais estaremos nos iludindo. Nada lá fora vai conseguir nos trazer satisfação, exceto por um tempo e de modo superficial. Mas talvez você precise passar por muitas decepções antes de perceber a verdade.

Nada é o que parece ser. O mundo que você criou e vê através da mente pode parecer um lugar bem imperfeito, até mesmo um vale de lágrimas. Mas o que quer que você perceba é somente uma espécie de símbolo, como uma imagem em um sonho. É o jeito pelo qual a sua consciência interpreta e interage com a dança de energia molecular do universo. Essa energia é o material bruto da assim chamada realidade física. Você a vê em termos de corpos e de nascimento e morte, ou como uma luta pela sobrevivência. Existe um número infinito de interpretações diferentes, de mundos completamente diferentes, tudo dependendo do que a consciência percebe. Cada ser é um ponto focal da consciência e cada ponto focal cria o seu próprio mundo, embora todos esses mundos se interliguem. Existe um mundo humano, um mundo das formigas, um mundo dos golfinhos, etc. Existem incontáveis seres cuja freqüência de consciência é tão diferente da nossa que provavelmente não temos consciência da existência deles, assim como eles não têm da nossa. Seres altamente conscientes da ligação que mantêm com a Fonte habitam um mundo que para nós pareceria com um domínio celeste. Mas ainda assim todos os mundos são basicamente um só.

A alegria não tem uma causa e brota dentro de nós como a alegria do Ser. É uma parte essencial do estado de paz interior, conhecido como a paz de Deus. É o nosso estado natural, não algo por que tenhamos de lutar para conseguir. As pessoas, em geral, não percebem que a “salvação” não está em nada do que façam, possuam ou consigam. Aquelas que percebem ficam, muitas vezes, enfastiadas do mundo e deprimidas. Se nada pode lhes dar um verdadeiro prazer, será que resta alguma coisa por que se empenhar? Com que objetivo? O profeta do Velho Testamento deve ter chegado a essa conclusão quando escreveu: “Tenho visto tudo o que se faz debaixo do sol e eis que tudo é vaidade e uma luta contra o vento”. Quando você chega a esse ponto, está a um passo do desespero e um passo mais longe da iluminação.

Todos os males são efeito da inconsciência. Podemos aliviar os efeitos da inconsciência, mas não podemos eliminá-los, a menos que eliminemos sua causa. A verdadeira transformação acontece no interior, não no exterior. Sem uma profunda mudança na consciência humana, o sofrimento é um buraco sem fundo. Se você quiser realmente ajudar, atue no efeito, mas principalmente na causa.

Se quiser impedir que os seres humanos destruam uns aos outros e acabem com o planeta, lembre-se de que, assim como não consegue combater a escuridão, você também não pode combater a inconsciência. Se tentar fazer isso, a oposição polar vai se tornar fortalecida e mais profundamente arraigada. Você vai se identificar com uma das polaridades, vai criar um “inimigo” e será conduzido ao seu eu interior inconsciente. Eleve a consciência ao disseminar a informação, ou melhor, pratique a resistência passiva. Mas tenha a certeza de que você não carrega nenhuma resistência interior, nenhum ódio, nenhuma negatividade. “Ame os seus inimigos”, disse Jesus. O que, obviamente, significa: não tenha inimigos.

Uma vez um monge budista me disse: “Tudo o que aprendi nos vinte anos em que sou monge pode ser resumido em uma frase: Tudo o que surge, desaparece. Isso eu sei”. O que ele quis dizer foi o seguinte: aprendi a não oferecer qualquer resistência ao que é; aprendi a permitir que o momento presente aconteça e a aceitar a natureza impermanente de todas as coisas e circunstâncias. Foi assim que encontrei a paz.

A felicidade que provém de alguma coisa secundária nunca é muito profunda. É apenas um pálido reflexo da alegria do Ser, da paz vibrante que encontramos dentro de nós ao entrarmos no estado de não-resistência. O Ser nos transporta para além das polaridades opostas da mente e nos liberta da dependência da forma. Mesmo que tudo em volta desabe e fique em pedaços, você ainda sentirá uma profunda paz interior. Você pode não estar feliz, mas vai estar em paz.

#espiritualismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/existe-diferen%C3%A7a-entre-felicidade-e-paz-interior

A Mente das Plantas

O indiano Sri Jagadis Chandra Bose, bacharel em ciências pela Universidade de Londres, físico, químico e gênio, foi contemporâneo e fez trabalhos famosos com Pauli e Einstein. Pertencia ao grupo de sábios internacionais que compunham a “Real Sociedade de Londres”, e em 1899 Bose descobriu a “fadiga” dos metais e a sua recuperação por um processo semelhante ao que acontece com os seres humanos e animais. Percebeu nos gráficos que as curvas apresentadas pelo óxido de ferro magnético levemente aquecido eram muito semelhantes às dos músculos. A fadiga podia ser rechaçada e a recuperação adquirida, fazendo-se o uso de massagens leves ou imersão em um banho quente. Outros componentes metálicos procederam de forma semelhante. Bose também providenciou uma experiência de “envenenamento” dos seus metais. Perplexo, descobriu que a reação era análoga às reações dos tecidos musculares aos venenos.

Escreveu Chandra: “Lidando com tais fenômenos, como traçarmos uma linha de demarcação e dizer aqui termina o físico e além começa o fisiológico? Não, não existem as barreiras absolutas. Foi quando me deparei com o mudo testemunho desses registros autônomos e neles percebi uma fase da unidade abrangente que sustenta em seu âmago todas as coisas – as partículas que dançam sob um raio de luz, a vida fecunda que reveste o planeta, os sóis radiantes que brilham sobre nós – foi então que pela primeira vez compreendi um pouco da mensagem proclamada por meus antepassados às margens do Ganges há 30 séculos: Àqueles que na mutação incessante do universo vêem apenas uma coisa, e só a eles, só a eles, pertence a Verdade Eterna.”

A partir dos metais, Chandra Bose chegou às plantas. Em uma série de experiências, Bose mostrou como elas reagem a estímulos tais como toque, música, veneno, calor e choques elétricos da mesma maneira que animais. Cansam-se quando são superestimuladas. Também mediu reações ao álcool que chegaram perto da embriaguez.

Examinando a “planta-telégrafo” (Desmodium Gyrans) cujas folhas simulam os movimentos dos braços da sinalização semafórica, Bose descobriu que o veneno que interrompe esta movimentação também faz parar o coração de um animal. O seu antídoto, em um e outro caso, restaura a vida de todos estes organismos.

Bose encontrou respostas conclusivas de que as plantas se embebedam também com o gim, uísque e outros tipos de bebidas alcoólicas, e de que sob o efeito do álcool cambaleiam como cambaleiam os seres humanos e os animais e aves sob o mesmo estímulo. Também sofrem “ressaca” posterior e necessitam ser ajudadas a se recomporem.

O cientista anestesiou plantas com clorofórmio e suas reações à anestesia e a recuperação delas quando levadas ao ar fresco eram idênticas às dos animais. Bose usou clorofórmio para anestesiar um pinheiro e replantá-lo, evitando qualquer dano à planta.

Nos anos 60, outro cientista pioneiro, o Dr. Clive Backster, conseguiu assombrosos resultados de suas experiências com o auxílio de detectores de mentira, certificou-se de que as plantas reagiam a ameaças concretas e potenciais, mutilações, esmigalhamentos, cortes ou aos perigos potenciais representados por cachorros e pessoas que as machucam.

Um galvanômetro é a parte de um detector de mentiras que, quando ligado a um ser humano por fios que conduzem uma baixa corrente elétrica, faz com que uma agulha se mova – e sua ponta trace um gráfico num papel móvel – em resposta às mais sutis oscilações emocionais. A maneira mais eficaz de provocar num ser humano uma reação tão forte a ponto de causar um salto no galvanômetro é ameaçá-lo em seu bem estar. E foi justamente isso que Backster resolveu fazer com uma Dracena. Ele colocou uma folha da Dracena na xícara de café quente que tomava. Nenhuma reação notável foi registrada pelo medidor. Backster considerou a situação por alguns minutos e concebeu então uma ameaça maior: queimar a folha à qual os eletrodos haviam sido ligados. No instante em que lhe veio à mente a idéia do fogo, antes que ele pudesse se locomover para apanhar um fósforo, ocorreu no gráfico uma mudança dramática, sob forma de uma prolongada ascensão da ponta que realizava o traçado. Poderia a Dracena ter lido a sua mente? Saindo finalmente da sala e voltando com uma caixa de fósforos, ele notou que outra súbita alteração se registrara no gráfico, evidentemente causada pela sua determinação em levar a cabo a ameaça. Mais tarde, enquanto ele assumia atitudes fingidas, como se realmente fosse colocar fogo na planta, já nenhuma reação se notava.

Evidenciava-se que a planta era capaz de distinguir entre a intenção real e a simulada.

Em 1969, na universidade de Yale, e diante de um grande número de universitários, Backster realizou o “experimento da aranha”. As plantas reagiram à entrada de uma aranha no recinto, mesmo antes do fato de que a aranha começasse a correr de alguém que combatia veementemente os seus movimentos. “A impressão que se tinha é de que cada decisão da aranha para escapulir era apreendida pela planta, causando assim uma reação na folha”, disse Backster, que viria a afirmar: “talvez as plantas sem olhos consigam enxergar melhor do que nós”.

Outra descoberta feita: a de que as plantas talvez se afinem umas com as outras e que, diante da vida animal, parecem dar menos atenção às suas companheiras. “A última coisa que uma planta espera é que outra lhe crie problemas”, disse Backster. O “controle” que as plantas exercem ao seu redor diz respeito aos bichos e seres humanos porque eles “se movem”, merecendo, portanto, um controle atento da sua parte.

Backster observou também que, ameaçada por um perigo eminente ou um dano grave, uma planta “apaga” ou “desmaia” por autodefesa, semelhante ao procedimento de alguns animais que fingem-se de mortos, como o Gambá. Um caso assim se deu quando Backster recebeu em seu laboratório a visita de um fisiologista canadense, que veio presenciar a reação das plantas. As cinco primeiras plantas testadas não deram sinal algum. Backster esmerou-se na verificação da aparelhagem e em outros expedientes, em vão. A sexta planta, testada após toda esta trabalheira, corajosamente demonstrou as suas habilidades, ainda que de forma fraca. Interessado em saber o que poderia ter influenciado as outras plantas, Backster perguntou ao visitante:
– Por acaso seu trabalho o força a fazer mal às plantas?
– Sim, eu as torro no forno para obter o seu peso seco para minha análise.

Quarenta e cinco minutos após a saída do fisiologista rumo ao aeroporto, todas as plantas responderam aos testes de Clive Backster.

Observando os fatos acima, Backster chegou à conclusão de que as plantas podem ser levadas ao “desmaio” ou “mesmerizadas” pelos seres humanos, assim como acontece no ritual dos carrascos antes de um animal ser abatido de forma correta (por exemplo, na alimentação Kosher, de origem judaica, procura-se proporcionar ao animal o menor sofrimento possível no abate, para que ele não tenha tido tempo, como defesa, de expelir resíduos químicos nocivos ao paladar e à saúde de quem irá ingerir a sua carne). Este pensamento levou Backster a raciocinar que as plantas e frutos que consumimos “queiram” de fato ser consumidos, mas só numa espécie de ritual amoroso, como uma comunicação real entre o que come e o que é comido – numa “comunhão” do tipo religiosa – e não com a costumeira matança desapiedada. Diz Backster: “Pode ser que um vegetal prefira passar a fazer parte de outra forma de vida a apodrecer no chão, assim como, à sua morte, uma pessoa pode experimentar alívio por encontrar-se num plano de existência mais alto.”

Outra descoberta interessante foi a de que as plantas não toleram mentiras e falsidades, apontando o falsário através das reações às suas mentiras. O Objetivo do teste era o de provar que “tanto as plantas quanto as células individualizadas captavam sinais através de algum meio de comunicação inexplicado pela ciência”. Na experiência foram utilizados um jornalista e um Philodendron (Imbé). A partir da segunda pergunta, após ter revelado a data do seu nascimento de forma correta, o jornalista devia dizer sempre não às perguntas formuladas sobre a sua vida entre os anos de 1925 a 1931. A planta reagiu, de forma veemente, a todas as falsidades ouvidas.
O psiquiatra Aristides H. Esser, diretor do centro de pesquisas do Hospital Estadual Orangeburg-Rockland, não acreditando nas conclusões de Backster, resolveu repetir o mesmo teste. Com o auxílio um químico, Douglas Dean, da Escola de Engenharia de Newark, realizou a pesquisa com um criador de Philodendros. O Imbé reagiu a todas as respostas falsas, através do galvanômetro, fazendo com que o Dr. Esser se rendesse aos fatos.

Backter demonstrou também que existe um forte vínculo entre as plantas e quem cuida delas, independente das distâncias ou da proximidade da pessoa com a planta. Retornando de uma viagem a Nova York, constatou que as suas plantas manifestaram alegria pela sua volta no exato momento em que, inesperadamente, decidira (ainda lá) a voltar para casa. Sempre que Backster viajava para um ciclo de palestras e falava de suas observações, mostrando um slide da sua “deusa” iniciadora – a Dracena com o qual iniciou seus trabalhos – no mesmo momento ela reagia de forma exuberante, em seu laboratório.

Na véspera do Ano Novo em Nova York, Backster adentrou-se no barulho da Times Square, munido de um caderno e um cronômetro. À medida que se movia entre a massa, anotou suas varias ações, os passos que deu, a pressa que o invadiu ao descer as escadas do metrô, a iminência de ser pisoteado, a ligeira alteração que teve com o vendedor de jornais. Quando voltou ao laboratório, verificou que três de suas plantas, controladas separadamente, tinham mostrado reações similares às suas corriqueiras “aventuras emocionais” na Times Square.

Em um teste efetuado com seis alunos, cada um deles, de olhos vendados, tirou de um recipiente um papelzinho dobrado. Um dos papéis continha a ordem de torturar e depois destruir completamente uma das duas plantas que estavam na sala. O “criminoso” deveria agir em segredo e nem Backster ou qualquer um dos seus colegas saberia a sua verdadeira identidade. Depois de tudo feito, com o polígrafo ligado na planta sobrevivente, esta planta, através de uma manifestação feroz, indicou o “assassino”. Backster excluiu do resultado desta experiência a possibilidade de que a planta houvesse captado a culpa do assassino, uma vez que ele assumira, sem culpas, o seu trabalho em prol da ciência.

Um dia, ao cortar acidentalmente um dedo e se tratar com Iodo, Backster notou que a planta então submetida ao polígrafo reagiu de imediato, aparentemente afetada por esse fato: a morte de algumas células digitais; sendo que um mesmo padrão se repetia no gráfico sempre que uma planta testemunhava a morte de tecidos vivos.

Poderia a planta, a um nível tão minimizado, ser sensível a todo processo de morte celular que ocorria em seu meio ambiente?

O padrão típico reapareceu, noutra ocasião, quando Backster se preparava para tomar uma porção de iogurte. Ele acabou se dando conta de que o que misturara ao iogurte continha um preservativo químico que exterminava os bacilos vivos presentes no ultimo. Outro padrão inexplicável no gráfico foi finalmente esclarecido ao evidenciar-se que as plantas reagiam também à água quente que escorria pelo esgoto e dava morte às bactérias do esgoto.

Nem Backster e nem ninguém, até hoje, sabe ao certo o tipo de onda energética que leva às plantas os sentimentos e idéias de um ser humano ou mesmo de uma célula. O citologista Dr Howard Miller concluiu que uma espécie de “consciência celular” deveria ser comum a toda a vida. Baseado nesta opinião abalizada, Backster pesquisou uma forma de conectar eletrodos a diferentes tipos de células: amebas, paramécios, levedo, culturas de mofo, raspas da boca humana e esperma. A inteligência e sagacidade maior foram demonstradas pelas células do esperma, que foram capazes até de identificar os seus doadores, ignorando a presença de outros. “O resultado obtido leva à hipótese de que uma espécie de memória total possa integrar a simples célula. Sendo assim, talvez, o cérebro seja apenas um mecanismo comutador – e não necessariamente um órgão de armazenamento de lembranças”.

“A senciência” não parece interromper-se ao nível celular. É provável que desça ao molecular, ao atômico, e mesmo ao subatômico. Todas as coisas já convencionalmente tomadas por inanimadas podem nos impor agora a sua reavaliação”. Posteriormente, hipótese parecida recebeu os avais do inventor, engenheiro e bioquímico Itzhak Bentov e do físico teórico Amit Goswami.

Pushkin, um professor moscovita, admitiu que as células vegetais da flor reagem a processos ocorridos no sistema nervoso de seres humanos, ou o que vagamente se define como seus “estados emocionais”. No encalço de um significado para a reação da flor, ele escreveu: “Talvez entre esses dois sistemas de informações, as células vegetais e o sistema nervoso, exista um vínculo específico. A linguagem da célula vegetal pode estar relacionada à célula nervosa. Embora totalmente diversas, essas células vivas parecem capazes de se compreender mutuamente”. Estaria aí o segredo das essências florais?

O TESTE DOS CAMARÕES

Ciente de que só poderia despertar o interesse da ciência para as suas descobertas se as publicasse numa publicação especializada, expondo-as às críticas e ao conhecimento dos cientistas, Clive Backster colocou as mãos na massa. Financiado pela Fundação Parapsicológica da paranormal e célebre Eileen Garret, e com a colaboração de diversos cientistas de diversas áreas, foi concebido um elaborado sistema de controles experimentais que consistia em “Matar células vivas com um mecanismo automático, num momento casual em que ninguém se encontrasse no escritório ou adjacências, e ver como as plantas reagiam”.

Foram escolhidos para as pesquisa camarões de água salgada em estado ótimo de vitalidade, já que havia evidências que o tecido doente ou moribundo não responde aos estímulos remotos e não transmite mensagens. Os camarões seriam colocados em uma tigelinha e esta os despejaria, automaticamente, numa panela de água fervendo. Um programador mecânico acionaria um dispositivo num momento selecionado ao acaso e isto impediria que Backster e seus comandados soubessem a hora exata da ocorrência. Seriam despejadas aleatoriamente outras tigelas de água sem camarões, para servir de controle.

As plantas selecionadas (Philodendrum Cordatum) foram ligadas ao galvanômetro, três delas em salas separadas. Um quarto galvanômetro foi plugado a uma resistência de valor fixo, para indicar as possíveis variações causadas por intermitências no fornecimento de energia ou por perturbações eletromagnéticas ocorridas perto ou dentro da área da experiência.

A Hipótese de Backster era de que “existe uma percepção primária ainda não definida na vida das plantas, que o extermínio da vida animal pode servir de estímulo localizado para demonstrar essa capacidade perceptiva, e que é possível comprovar que a percepção das plantas funciona independentemente do envolvimento humano”.

O resultado é que as plantas se comportaram como de costume, reagindo sincronizadamente ao afogamento dos camarõezinhos na água fervente. Cientistas examinaram o sistema automatizado, que lhes revelou que essa reação das plantas se processou de forma consistente – na proporção de cinco para um – contra a possibilidade do “acaso”. Foi então publicado um ensaio científico em 1968, no volume X do The International Journal of Parapsycology, so o título: “Evidência sobre a percepção primária na vida vegetal”.

Estava dada a partida para que outros cientistas testassem o efeito Backster e repetissem os mesmos resultados. Sete mil cientistas e alunos de 20 universidades reproduziram o experimento, e algumas fundações se ofereceram para propiciar o financiamento das pesquisas. A reação pública se iniciou com um artigo pioneiro publicado pela National Wildlife – em fevereiro de 1969 – apelidando a planta Dracena massangeana de “pop star”, pois ela rompera a barreira que nos separava da vida secreta das plantas.

Backster prosseguiu e aprimorou o seu equipamento, com a aquisição de eletrocardiógrafos e eletroencefalógrafos que produziam leituras muito mais aperfeiçoadas do que as obtidas através do polígrafo e 10 vezes mais fiéis.

Aberto o primeiro véu que nos separa do incogniscível, veio a segunda etapa. O “acaso”, mais uma vez, propiciou a Clive Backster uma nova fonte de pesquisas. Tratando do seu cachorrinho, Backster estava no ato de quebrar a casca de um ovo cru, quando uma das suas plantas (que estava “ligada” aos aparelhos), reagiu de forma vigorosa. Backster repetiu a dose no dia seguinte e obteve o mesmo resultado. Nove horas se passaram com ele elaborando gráficos pormenorizados, desta vez tendo os eletrodos ligados ao ovo. Obteve-se a freqüência situada entre 160 e 170 batidas por minuto: correspondente à batida do ritmo cardíaco de um embrião de galinha com três ou quatro dias de incubação. O interessante é que o ovo não estava fertilizado. Dissecando o ovo, Backster verificou que ele não possuía estrutura física circulatória alguma que correspondesse àquela estranha pulsação. “O ovo parecia ter um campo de força situado além donosso conhecimento científico”, escreveu.

Itzahk Bentov, engenheiro, cientista, inventor e místico, fez algumas medições num ovo, e constatou: “Se tomarmos um ovo de galinha e abrirmos nele duas janelas, uma na parte superior e outra na inferior – com cuidado para não danificarmos a sua membrana – e então utilizarmos um voltímetro muito sensível, equipado com dois eletrodos de prata, para tocarmos as regiões expostas da membrana, registraremos, em cima, carga positiva e, embaixo, negativa. No ovo não fertilizado essa voltagem terá um valor constante de 2,40 milivolts. Bentov aconselha mais duas janelas na lateral do ovo, uma oposta a outra, e constataremos que não existe nenhuma diferença de potencial semelhante a dos pólos longitudionais. O que isto indica? A existência de um campo elétrico “disposto ao longo do eixo maior do ovo e que, pelos lados leste, se volta sobre si mesmo”. É ao longo da linha que a espinha do pintinho irá se desenvolver.

Há estudos do professor Harold Saxton Burr, professor de anatomia em Yale, sobre organismos vivos, a respeito desta área (Blue Print for Immortality). Burr criou o nome “campos organizadores” da vida, sustentando que eles vêm em primeiro lugar dispondo os átomos e as moléculas do organismo em crescimento para que se modelem na forma adequada. Bentov chama a este processo de “holograma eletromagnético” e após considerações conclui: “Confirmando a idéia de que a nossa matéria (nossos corpos vivos) é mantida junta, coesa, por meio de um padrão de interferência quadridimensional”.

TSUNAMI

As ondas que devastaram o sudeste asiático em dezembro de 2004 invadiram cerca de 3,5 Km do Parque Nacional Yala, a maior reserva de vida selvagem do Sri Lanka e lar de centenas de elefantes, leopardos e outros animais. Entretanto, segundo o diretor do Departamento de Vida Selvagem do Sri Lanka, H.D. Ratnayake, nenhum animal selvagem foi morto. Não foi possível encontrar nem mesmo uma lebre morta no parque por conta da enchente repentina. Segundo especialistas em comportamento animal do Zoologico de Johannesburg, na África do Sul, apesar da falta de comprovação científica, os animais parecem ter um “sexto sentido” capaz de “sentir” e prever terremotos e erupções vulcânicas, procurando instintivamente um local seguro.

Ou teria sido as plantas a soar o alarme psíquico, captado pelos animais?

#espiritualismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-mente-das-plantas