Podcast sobre Ordens Iniciáticas

ordens-secretas-marcelo-de-debbio

Mestres secretos de tempos imemoriais guardam e passam o bastão para os ocultistas modernos. Sociedades secretas, magos, entidades e ideias que a muito tempo foram consideradas hereges e jogadas no obscurantismo da humanidade. Será que saber mais do que se deve pode prejudicar? O Ocultismo está aí, para quem quiser ver.

O investigador Andrei convida o ocultista e pesquisador Marcelo Del Debbio para bater um papo sobre os conhecimentos ocultos e Podcast sobre Ordens Iniciáticas.

#Podcast

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/podcast-sobre-ordens-inici%C3%A1ticas

Resultados da Hospitalaria – Maio 2015

Em Maio, tivemos 31 mapas e 18 sigilos, além de 12 doações de sangue. Entidades ajudadas este mês:

– GRAAC

– Associaçao Sociedade Amor

– ONG Adote um gatinho

– Medicos sem Fronteiras

– Cruz Vermelha da França

– Centro Espírita Nosso Lar – Casas André Luiz

Conseguimos levantar quase R$ 5.000,00 para a Conexão Nepal em apoios de diversos leitores do TdC.

E continuamos com o projeto de Hospitalaria. Quem estiver a fim de participar, é só seguir as instruções e pegar seu Mapa Astral ou Sigilo Pessoal via o TdC.

IMPORTANTE – já fizemos e enviamos TODOS os Mapas e Sigilos que estavam pendente até 31/05, MAS como estamos com um problema sério de emails (tivemos um ataque de hackers ucranianos dois meses atrás que nos colocou em várias blacklists de spam, entao muitos emails que enviamos simplesmente não estão sendo entregues, especialmente hotmail, yahoo, uol e terra); entao se voce jah enviou scans/comprovantes e ainda não recebeu seu mapa/sigilo, ENTRE EM CONTATO NOVAMENTE com seus dados, pois vou tentar enviar por outros endereços de email. Obrigado.

#Hospitalaria

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/resultados-da-hospitalaria-maio-2015

Resultados da Hospitalaria – Janeiro 2015

Em Janeiro, tivemos 34 mapas e 19 sigilos, além de 8 doações de sangue. Entidades ajudadas este mês:

– Lar dos Idosos São Lucas

– Abrigo dos Velhinhos de Tubarão

– AACD

– Médicos Sem Fronteiras

– Instituto Amar Holiness

– Instituto catherine Hood

– Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba

– APAE – SP

– Centro Espírita Nosso Lar – Casas André Luiz

E continuamos com o projeto de Hospitalaria. Quem estiver a fim de participar, é só seguir as instruções e pegar seu Mapa Astral ou Sigilo Pessoal via o TdC.

#Hospitalaria

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/resultados-da-hospitalaria-janeiro-2015

Ponto de Encontro

Poucos se interessam pela etimologia – o significado e a origem das palavras –, talvez porque nunca tenham pensado mais aprofundadamente sobre o assunto, talvez porque creiam que todas as palavras e todos os idiomas tenham surgido de uma forma meio mágica, como no mito da Torre de Babel.

Eu penso na cor laranja: ela compartilha seu nome com a laranja, a fruta. Eis um belo exemplo de como o nome de uma coisa concreta – a fruta – deu origem ao nome de um conceito abstrato – a cor, nada mais do que um dos espectros da luz quando refletida pela superfície de uma laranja madura. Mas a cor laranja é assim chamada na língua latina, originária da antiga Europa; certamente em outros lugares do mundo, em outros idiomas, não teremos essa curiosa associação entre a fruta e a cor, simplesmente porque as laranjas não cresciam em todas as partes do mundo…

Ainda numa analogia próxima, podemos nos lembrar dos esquimós, ou de todos os povos que se desenvolveram nas zonas gélidas, mas principalmente os da América do Norte. Se perguntarmos quantas cores um esquimó vê no horizonte gelado de suas casas, eles nos darão uma lista de praticamente meia-dúzia delas – no entanto, nós vemos apenas branco. É preciso um longo convívio com os esquimós para compreender a importância das variadas gradações de “cinza-creme” para “cinza-branco” e finalmente o “branco-branco”: é através delas que eles conseguem se orientar em um “deserto de gelo”, inclusive identificando onde temos o gelo mais fino, onde é arriscado trafegar com muito peso (bem, hoje em dia eles estão modernos, caçam com motos de neve e aposentaram os trenós puxados por cachorros – some o peso da pesca e da caça e não é difícil compreender a necessidade de se evitar o gelo fino).

Nas civilizações e crenças humanas, ocorre algo um tanto parecido. Cada povo desenvolveu um sistema próprio de escrita e linguagem, um sistema próprio de arte e cultura e, sobretudo, um sistema próprio de lidar com o sagrado. Todos nós lidamos com os mistérios do nascimento e da morte, com as atribulações da vida em sociedade, com a doença e os vícios, a guerra e a paz, o amor e a indiferença – mas acima de tudo lidamos com a natureza, com esse Cosmos infinito a nossa volta, com esse “Deus-Branco” ao qual cada povo deu um nome, e talvez ao qual, assim como os esquimós, cada povo defina através de inúmeras gradações de branco, muito embora o chamem simplesmente de Deus, de “O Grande Branco”.

Essa talvez seja a origem de tantos conflitos entre os povos: é que um não consegue compreender o outro, pois cada povo traz consigo séculos de cultura e linguagem, séculos de interpretações de conceitos e símbolos, e às vezes é muito complicado fazer com que outros povos o entendam. Não adianta simplesmente dizer: “Olha só, eu creio em Krishna e você crê em Allah, e nosso vizinho crê em Jeová, mas eles são todos nomes para uma mesma coisa, um mesmo conceito.” – Pois falar é fácil, difícil é se fazer entender. Porque o deus de um afirma que somente aqueles que rezam ajoelhados em uma direção são dignos, enquanto outro afirma que somente aqueles que crêem em seu filho serão salvos, e ainda outro afirma que antes da salvação ainda serão necessárias inúmeras vidas de purificação espiritual… E daí que todos criaram nomes para o mesmo conceito? A questão é que nenhum parece ter compreendido o conceito em si, a abrangência do sagrado.

Dessa forma, assim como as gradações de branco das cores dos esquimós no fundo são simplesmente branco (embora seja necessário para eles identificar todas as gradações), no fundo um Criador universal, uma substância primeira que originou todas as demais, só pode ser simplesmente “O Grande Branco”. Mas ninguém parece se preocupar em compreender o porquê de cada povo dar um nome diferente ao Branco – e a todas as suas gradações.

Ao invés de colocarmos um “deus-barreira” entre nós, seria muito mais interessante nos focarmos na compreensão uns dos outros, e do porque cada povo chegou a sua conclusão sobre o sagrado, o Grande Mistério, a substância primeira. Dessa forma não nos isolamos uns dos outros, nem entre espiritualistas nem entre agnósticos e ateus – pois em todo caso todos vivem na mesma realidade, todos caminham pelo deserto do mundo e eventualmente encontram laranjas e horizontes de gelo. Todos têm de lidar com o sagrado, mesmo que sua forma de lidar seja o ignorando.

Levantemos a barreira, criemos um ponto de encontro nas vielas estreitas de nossas metrópoles existenciais. Que seja uma praça, um bar, um lugar onde se toma café, um jardim, um pórtico, uma trilha em torno da cidade… Qualquer lugar onde possamos falar do mundo, do sagrado, de Deus e de nós mesmos, sem que um “deus-barreira” ou um dogma se interponha entre nós. Os pensamentos cristalizados, solidificados, represados, não são nem pássaros a voar nem rios a fluir, mas a mais pura angústia, o mais puro sofrimento de ter de se viver ancorado a crenças impostas, a “mandamentos” que não fazem mais sentido – pois não somos mais fugitivos em um deserto escaldante.

Hoje temos o mundo todo no controle remoto, e principalmente, boa parte do conhecimento do mundo ao alcance de uma máquina acessível à imensa maioria dos que tem o luxo de poder se dedicar a amar tal conhecimento. Mas toda informação e toda tecnologia do mundo de nada nos adiantará se continuarmos a viver isoladamente, sem nos encontrar alguma noite da semana em nosso ponto de encontro, sem procurar compreender como o outro pensa, como o outro sente, como o outro lida com o sagrado.

É preciso aprender a pensar por si próprio, a romper à represa e deixar a água correr livre para o oceano, a abrir à gaiola e deixar o pássaro decidir que rumo tomar no horizonte; Então poderemos acordar num céu de liberdade, onde todos foram convidados, e onde os primeiros a chegar não se preocuparam em adorar o “deus-ausente”, mas se comprometeram a serem eles mesmos as mãos e os olhos de Deus.

No ponto de encontro, os anjos comparecem todos os dias com os convites para esse novo mundo – um mundo onde o laranja e as demais cores, e todas as gradações de branco, se unem em uma só luz, em um branco infinito… Basta-nos achar o jardim onde os anjos pousam, e prosseguir nessa viagem sem fim pela imensidão do Cosmos.

***

Crédito da imagem: jlmccoy

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.

» Ver todos os posts da coluna Textos para Reflexão no TdC

» Veja também nossa página no Facebook

#ecumenismo #Espiritualidade #Linguagem

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ponto-de-encontro

Resultados da Hospitalaria – Fevereiro 2015

hospitalaria-150302

– GRAACC Grupo de Apoio ao adolescente e a Criança com Câncer 

– Pintores com a boca e os pés

– AACD

– Médicos Sem Fronteiras

– Doce Lar

– Creche Comunitária da QE 38

– Sociedade Protetora dos Animais

– APAE – SP

– Centro Espírita Nosso Lar – Casas André Luiz

– IMIP – Pernambuco

E continuamos com o projeto de Hospitalaria. Quem estiver a fim de participar, é só seguir as instruções e pegar seu Mapa Astral ou Sigilo Pessoal via o TdC.

#Hospitalaria

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/resultados-da-hospitalaria-fevereiro-2015

A Real Liberdade Humana

“O problema da paz é o problema da liberdade.”

Jiddu Krishnamurti

É comum que os seres das mais variadas classes e segmentos da sociedade divulguem ideais que considerem os melhores para que possamos viver em um mundo mais harmonioso e justo. Este tipo de posicionamento é muito incentivado pela mídia ou por propaganda política, em especial em épocas de crise ou de pleitos eleitorais. Portanto, torna-se corriqueiro na nossa civilização atual esses temas serem comentados e solicitados diariamente das mais diversas formas.

Contudo, nós sabemos o que repetimos constantemente? Ao clamar por justiça, igualdade, liberdade ou verdade, temos plena consciência do que realmente estas palavras significam? As dificuldades maiores já ocorrem porque determinadas palavras assumem significados diferentes para classes de pessoas diferentes. Apenas para exemplificar podemos levar duas questões sobre um mesmo assunto: Será justo uma nação atacar e invadir outra “em nome da democracia e da liberdade”? Por outro lado, será justo deixar uma nação ser massacrada por um ditador que também diz defender a democracia e a liberdade? Ficando apenas no aspecto ético da palavra já podemos perceber o problema de não se conhecer o que se invoca.

Sim, invoca. Cada ideal é uma egrégora que vai se plasmando no inconsciente coletivo da maneira que este incosciente começa a definí-la. E mais, essa egrégora cedo ou tarde se manifestará da maneira que foi definida. Um exemplo clássico é o do inferno cristão. Durante séculos a Europa se deixou dominar pela idéia de que o inferno teria demônios que queimariam, espetariam e torturariam das mais diversas formas os seus prisioneiros. E como se escolheriam os prisioneiros deste inferno? Bastaria que fossem renegados pela Igreja ou acusados de renegarem Deus. Ora, o que foi a “Santa Inquisição”? Multidões sendo queimadas, espetadas e torturadas por serem renegados pela Igreja ou acusados de renegarem Deus! Esta egrégora do “inferno”, após séculos sendo trabalhada, manifestou-se e cumpriu o seu papel!

Portanto, se devemos defender um ideal, devemos conhecê-lo. Falar levianamente em justiça e não ser justo é um erro de consequências graves, pois a egrégora se formará de acordo com aquilo que se age, fala, mas principalmente sente e pensa.

O ideal de Liberdade

Tendo isto em mente, vamos falar de Liberdade. Escolhemos a Liberdade por ser ela um dos mais importantes, repetidos e mal-compreendidos ideais da nossa história. Cabe salientar aqui que os ideais – assim como as Egrégoras – nascem, evoluem e se transformam. Seria importante, neste momento chave por que passa a Evolução Humana, que este conceito seja revisto e devidamente defendido.

Para compreendermos o que é Liberdade, devemos primeiro compreender o Homem. Ou melhor, o que no Homem foi capaz de criar este conceito e é capaz de refletir sobre ele.

Segundo a Sabedoria Iniciática das Idades, o termo “Homem” (em inglês; “man” e em alemão; “mann”) é uma derivação do termo que em sânscrito seria algo como “manas”. Manas é um termo grosseiramente traduzido para o português como “mente”. O Homem (esqueçamos as designações falsas e tardias dadas ao elemento do sexo masculino da espécie humana e vejamos o ser como um todo) é portanto “aquele cuja a consciência vibra na mente”. Ou seja, é na mente que o verdadeiro Homem cria a sua realidade.

Portanto, com essas posturas colocadas, podemos começar a discutir o que é a Liberdade.

O que é um Homem livre?

Normalmente, o conceito de Liberdade está associado ao tão famoso “direito de ir e vir”. Devemos admitir que, historicamente, o direito de ir e vir é uma conquista importante para a Evolução da Humanidade e que foi um passo significativo para a plasmação no inconsciente coletivo de que a Liberdade é possível.

Mas temos dois problemas aqui. O primeiro é que o “direito de ir e vir” segue algumas limitações básicas. Algumas muito justas para uma vivência harmônica e outras nem tanto. Todavia, este é o menor dos problemas.

O maior deles é o de que o direito de ir e vir não é sinônimo de Liberdade.

Ora, analisemos. O Homem, sendo o ser cuja consciência vibra no nível mental, somente poderá ser considerado livre se sua mente for livre! Pensemos, utilizando o direito de ir e vir como exemplo: podemos dar o direito a qualquer pessoa de ir e vir aonde desejar que, se ela se achar indigna de ir a determinado lugar ou achar tal lugar indigno de sua presença, ela não está livre de verdade.

E o que prende a mente do Homem? Este carcereiro pode ser definido em outra palavra sânscrita: Avydia. Avydia significa “sem sabedoria” e podemos traduzi-la por “ignorância” ou mesmo “obscuridade”. Mas, que ignorância? A ignorância de si mesmo; do que é e do que se é capaz.

As pessoas, em geral, estão ignorantes dos seus próprios processos. Como consequência, costumam se confundir com eles e isto as aprisiona. Elas pensam que são o que fazem, pensam que são o que falam, pensam que são o que sentem e pensam que são o que pensam.

“O Homem não é um fim em si”, “O Homem é uma ponte suspensa no abismo que liga a besta ao Super-Homem”, essas duas frases de Nietzsche demonstram bem o papel do Homem na Evolução deste planeta. Nós não devemos nos identificar com os instrumentos que recebemos para nos manifestarmos nos planos, esta identificação gera o apego e o apego nos aprisiona.

O Homem é um passo na Evolução, o passo que define a vibração de uma determinada consciência no plano mental. Por isso, é neste plano que sua Liberdade deve ser adquirida.

Como age um Livre Pensador

É importante percebermos que raramente pensamos de verdade. Geralmente, o que fazemos é repetir um processo que alguém já pensou – este sim, o verdadeiro pensador. Senão vejamos através do seguinte exemplo: a dicotomia alma-corpo é um processo que existe na cultura Ocidental desde Platão e é aceita como normal, como se simplesmente não houvesse outra forma de se encarar a formação de um Ser Humano. Esta dicotomia se tornou uma estrutura tão poderosa em nossas mentes que serve de base para religiões e nossa forma de pensar (você nunca usou o termo “minha alma”?). Uma outra dicotomia: bem absoluto x mal absoluto. É tão forte que mesmo quando nos deparamos com uma cultura que pensa diferente – como a cultura afro ou viking, para dar dois exemplos – nós inserimos essa dicotomia na hora de nos relacionarmos com ela, inconscientemente. Assim, o Exu ou Loki assumem o papel de “deus do mal” em oposição aos “deuses do bem”, quando originalmente esta estrutura de pensamento não existia nas duas culturas.

Quando verdadeiramente livre, o Homem é capaz de adquirir uma plenitude na existência. Além do mais, ele compreende o seu papel e pode realmente trabalhar pela sua plena manifestação ou Iluminação.

Ora, e como age este ser livre, que passaremos a denominar de Livre pensador? Ele já percebeu que os processos mentais e os pensamentos não são a mente assim como os movimentos e a escrita não são o braço. Ele observa os pensamentos como fluxos de energia que atravessam o seu cérebro a qual ele se apega ou não. Se, no momento em que se apegar, ele “enlaçar” este pensamento com uma emoção, o pensador acaba de criar vínculo com ele.

Criar vínculos com pensamentos ou processos mentais que surgem não é necessariamente ruim, o problema é não conseguir mais se desvincular dele ou rejeitá-lo sem a devida reflexão. Estas duas atitudes implicam em aprisionamento da mente do pensador. Este aprisionamento se mostra na identificação que se teria com o pensamento; ou seja, qualquer ataque ao pensamento se torna um ataque ao pensador. Além disso, qualquer pensamento diferente se torna uma ameaça ao próprio pensador, pois este acredita que “invalidar” o pensamento invalida sua própria estrutura de auto-reconhecimento.

Devido a isso, podemos identificar um Livre pensador pelas suas atitudes. Primeiramente, ele raramente aceita ou rejeita uma idéia automaticamente. O processo de reflexão, este sim, se torna “automático”. O Livre pensador sempre procura analisar o conteúdo de uma determinada proposição, para em cima da reflexão ou da experiência adquirir sua postura.

Ele dificilmente ofenderia o portador de alguma idéia diferente da sua. O Livre pensador debate idéias; discute sobre a mensagem sem ofender o mensageiro, tendo em vista que – assim como ele não se identifica com seus pensamentos – não identifica o seu irmão(ã) com os pensamentos deste(a).

O livre pensador sabe que não existe um “único modo” de se ver, analisar, demonstrar ou mesmo fazer algo. Cada um é uma expressão única da Divindade, manifestado para fazer valer esta expressão. Portanto, existem tantas possibilidades quanto aqueles que refletem sobre elas.

Como libertar a mente

Mas como libertar a mente? Existem dois processos – em princípio antagônicos – que, trabalhados concomitantemente, podem levar a percepção e desenvolvimento da mente livre. São processos simples, mas difíceis de serem vividos. Um ajuda e ampara ao outro e devemos ir com cuidado, paciência e sem grandes cobranças.

O primeiro é o auto conhecimento. Este processo deve ser feito sem julgamentos e sem disfarces. Não devemos nos julgar imaculados ou perdidos. Devemos perceber o que somos. E nós – nos perdoem o uso do termo, mas ele é o ideal no momento – somos o que somos. Devemos entender os processos que nos fazem agir da maneira que agimos, sentir o sentimos, falar o que falamos e pensar o que pensamos. Tranquilamente, sem esforço.

Isto significa identificar o verdadeiro pensador. Quando rejeito tal idéia ou aceito, fui eu que rejeitei e aceitei ou alguém já fez isso por mim e apenas repito o processo? O que eu penso sou eu? Aquele que questiona, sou eu? A Maya tem suas raízes na mente e na ignorância em diferenciar o pensador do que está sendo pensado, entre outras bases.

Caso percebamos que o nosso pensar tem outro pensador (o que é muito mais comum do que imaginamos…), isto é ruim? Não necessariamente. A diferença é o estar consciente do processo, o que nos torna livres para adotarmos ou não a idéia – total ou parcialmente. Estaremos também livres para verificar outros pontos-de-vista, outras formas de encarar o problema, sem conflitos e sem sofrimentos. Aquela estrutura de pensamento é uma ferramenta como qualquer outra, com a qual não nos identificamos; apenas usamos para os fins necessários. Livres, podemos ter um maior Domínio da Vida.

O segundo é o esforço de amar. Amar, sem importar a quem. Mas não no sentido de “amar é sofrer”. Um grande irmão, discípulo do Professor Henrique José de Souza, costumava citar: “Fraterno, mas não bobo.” O que devemos é entender o sofrimento do outro e entender que, às vezes, uma atitude dura pode ser a coisa mais amorosa que temos a dar para alguém que pede a sua ajuda naquele momento. Mas nunca se esqueça, não somos os donos da verdade e devemos amar – novamente – sem julgar. Pois, com julgamento não há amor.

Entendamos que um Livre Pensador é fraterno. Não é bondoso e nem malvado, caridoso e nem egoísta (lembre-se da dicotomia bem absoluto x mal absoluto), mas fraterno. Segundo HPB, “não existe caridade maior do que dar consciência aos seres” e este é um foco digno de se ter dentro da Obra do Eterno na Face da Terra. Mas com amor aos seres, pois estes sofrem e nem se apercebem de onde vem seu sofrimento.

Infelizmente, o espaço não nos permite um maior aprofundamento em tema tão complexo, mas paradoxalmente tão simples de se viver. Além do mais, fiéis ao nosso princípio, não poderíamos aqui nos arvorar de termos as respostas prontas e a solução de todos os problemas. O que esperamos, é que o texto sirva – isso sim – de reflexão e ajude ao(à) nosso(a) leitor(a) no início das buscas por respostas que melhor lhe ajudem em seu encontro com a verdadeira Liberdade.

“Manter a sempre vigilância dos sentidos.”

Allamirah

Texto do frater Danilo de Oliveira Faria, autor do RPG Maytreia

#Filosofia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-real-liberdade-humana

O Dia da Marmota

Pode uma marmota prever o tempo ? Cientificamente é por demais questionável, mas uma tradição de mais de cem anos numa pequena cidade do nordeste dos Estados Unidos chama a atenção de todo o mundo a cada ano e já foi parar até no cinema.

O Dia da Marmota (Groundhog Day) é uma festa tradicional nos Estados Unidos que é celebrada a cada dia 2 de fevereiro. Segundo a tradição, as pessoas devem observar uma toca de marmota Marmota monax e, se o animal sair da toca por o tempo estar nublado, isso significa que o inverno terminará cedo. Se, ao contrário, o sol estiver a brilhar e o animal se asustar com a sua sombra e voltar para a toca, então o inverno durará mais 6 semanas.

A cidade de Punxsutawney, localizada a aproximadamente 120 quilômetros a nordeste de Pittsburgh, entrou para o mapa do mundo justamente com a festa do Dia da Marmota. Lá vive “Punxsutawney Phil”, a marmota que todos os anos anuncia de o inverno vai durar ou não mais seis semanas. Ela é conhecida na cidade como a Previsora das Previsoras e é cuidadodamente protegida pelo Punxsutawney Groundhog Club, um grupo de cidadãos da localidade que desde 1887 promove o festival e que neste mesmo ano intitulou Punxsutawney como “the weather capital of the world” (a capital mundial do tempo). Quem chega a Punxsutawney é recebido por uma placa que anuncia que a previsão oficial da marmota de fato funciona e que seminários sobre os prognósticos são oferecidos anualmente.

O site oficial do Festival da Marmota de Punxsutawney diz que a marmota passa grande parte do ano em um ambiente Punxsutawneynte climatizado na biblioteca da cidade. A cada dia 2 de fevereiro, ela é retirada de sua toca às 07:25 da manhã para dizer ao mundo a sua previsão do tempo. A marmora Phil teria mais de cem anos de idade, brincam os moradores locais. De acordo com eles, a extraordinária longevidade de Phil é resultado da relação com a marmota Phyllis, a sua “esposa’, e uma dieta especial.

Mas, afinal, a previsão do tempo da marmota Phil funciona ? As suas previsões foram analisadas na 86ª Convenção da Sociedade Americana de Meteorologia em Atlanta e os resultados não impressionaram os pesquisadores. Um meteorologista destacou que o grau de precisão dos prognósticos da marmota desde o primeiro registro em 1887 é de apenas 39 por cento. Apesar da incerteza se a recente elevação da temperatura do planeta é resultado do aquecimento global ou de causas naturais, um grupo de estudantes de Meteorologia da Purdue Universityfez pouco caso do debate sobre a marmota. “Elas são péssimas prognosticadoras”, disse Kim Klockow durante a convenção em Atlanta. “Nós ainda amamos as marmotas, mas pra saber do tempo é melhor jogar uma moeda pra cima do que acreditar nelas”, concluiu.

A festa do Dia da Marmota se tornou tão popular que atrai milhares de pessoas a cada dia 2 de fevereiro e até nas telas do cinema foi parar. Imagine um dia em que tudo parece dar errado. Phil se tornou estrela no filme Feitiço do Tempo (Groundhog Day em seu título original, filmado em 1993.

A divertida história, já exibida diversas vezes na televisão brasileira, conta a história de um dia que certamente ninguém gostaria de viver. Imagine agora que esse dia se repita incontáveis vezes sem que você possa fazer nada para evitar isso. Esta é a maldição que vive Phil Connors (Bill Murray), um meteorologista e apresentador de televisão, egocêntrico ao extremo, sem amigos, nem amores, que após ter passado um dia aborrecidíssimo em Punxsutawney acorda todos os dias no mesmo dia, sem que mais ninguém, além dele, perceba essa situação. Cercado por desconhecidos, sem condições de sair da cidade, Phil se vê preso no dia 2 de fevereiro, em plena comemoração do Dia da Marmota.

A curiosidade é que Feitiço do Tempo não foi filmado na cidade onde acontece a grande festa do Dia da Marmota. A Columbia Pictures decidiu rodar o filme em local que fosse mais acessível a uma grande cidade. Punxsutawney se localiza numa zona rural de difícil acesso, com poucas auto-estradas na região, o que fez que os produtores escolhessem Woodstock, Illinois, para filmar O Feitiço do Tempo.

@MDD – Feitiço do Tempo é um dos meus filmes favoritos. É uma grande metáfora a respeito de reencarnações.

#Humor

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-dia-da-marmota