Última chance para Apoiar o Projeto Kabbalah Hermética!

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Estamos na reta final do Projeto de Kabbalah Hermética. Estes são os três últimos dias para apoiar o Projeto e receber todos os itens conquistados nas Metas Estendidas. O Livro estará à venda posteriormente na Loja da Editora Daemon, mas sem os brindes.

– 5 Posters de 85x55cm (Lamen, Arvores, Tarot, Lamen Detalhado, Estrela)

– Livro dos Salmos “Sepher Shimmush Tehillim”

– Curso de Mitologia Grega no Eadeptus.

– 4 Marcadores de Pagina dos 4 Elementos

– 12 Marcadores de Página das Sephiroth

Avisem seus amigos, anunciem nas listas e grupos que vocês fazem parte.

E, mais importante; se você ainda não apoiou, apoie Hoje!

https://www.catarse.me/kabbalah

#cabala #Kabbalah

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/%C3%BAltima-chance-para-apoiar-o-projeto-kabbalah-herm%C3%A9tica

O Santo Graal e a Linhagem Sagrada

Publicado no S&H em 04/03/09

Na Semana anterior começamos finalmente uma das séries mais empolgantes aqui no Teoria da Conspiração: Os Mitos do Rei Arthur e suas relações com a Mitologia, o Ocultismo, a Alquimia e com os Cavaleiros Templários.
Semana passada falamos sobre Excalibur e o simbolismo da Espada dentro da Alquimia e ocultismo, bem como das origens de uma das mais famosas armas mágicas de todos os tempos. Esta semana, nos aventuraremos na origem e significado do Cálice Sagrado.

A Cornucópia
Um dos amuletos mais comuns e conhecidos no mundo são os pedaços de chifres e cornos (ou metais e corais moldados à forma de um chifre). Este amuleto é também chamado de Cornucópia de Amaltea e sua origem data das celebrações gregas.
E quem era Amaltea?
Amaltea era uma cabra descendente do Sol que vivia numa gruta no monte Ida, em Creta. Ou segundo outras fontes, era uma ninfa, filha de Meliseo, que alimentou Zeus com o leite de uma cabra.
Segundo as lendas, quando Zeus era pequeno e estava escondido de seu pai, Saturno (Chronos) e era tratado por Amaltea, num ataque de ira, o deus menino agarrou com força o corno da cabra, puxou-o e arrancou-o, produzindo uma enorme dor à sua cuidadora. Quando Zeus ficou adulto, ele concedeu ao chifre arrancado o dom da abundância; a partir desse momento o chifre estaria sempre cheio de alimentos e bens que o seu dono possa desejar.
Quando Amaltea morreu, foi levada a Zeus, que a transformou na constelação de Capricórnio. O chifre ficou conhecido como “a cornucópia” ou “o corno da abundância”. Desta maneira, ao mesmo tempo, este símbolo representava o poder fálico dos deuses criadores e o ventre gerador da vida feminino. Traçando um paralelo com a Kabbalah hermética, temos o Caminho de Daleth, entre Hochma e Binah.

Cornu Copiae
Já na mitologia romana, a cornucópia deriva do latim “Cornu copiae”. A cornucópia ou corno da abundância é um dos cornos do deus-rio Aqueloo, metamorfoseado em touro, que lhe foi arrancado por Hércules, quando lutava contra ele.
Segundo outros textos romanos, a lenda segue a original grega: é um chifre da cabra com cujo leite, a ninfa Amaltea, amamentou Júpiter na sua infância, quando se escondeu de seu pai, Saturno, para que este não o devorasse. Diz-se que Júpiter arrancou o corno à cabra enquanto brincava, e ofereceu-o a Amaltea, asseguran-do-lhe que o corno se encheria de frutos cada vez que ela o desejasse. A cornucópia é um atributo muito mostrado nas moedas romanas, nas mãos de divindades benéficas, como Ceres e Cibeles, ou de alegorias como a Abundância e a Fortuna.
Como curiosidade, a cornucópia é usada atualmente como símbolo do Mestre de Banquetes em algumas ordens cavaleirescas e na maçonaria.

O Chifre de Epona e o Unicórnio
Entre os povos gauleses, a principal divindade relacionada com os equídeos é a deusa gaulesa, ou melhor, galo-romana, chamada Epona (ou Epona Regina), cujo nome deriva do gaulês epo, que significa cavalo. O seu culto difundiu-se até à Bretanha e ao leste da Europa, especialmente na região de Borgonha. Na Península Ibérica foram documenta dos alguns vestígios epigráficos que testemunham o seu culto.
Epona possui diversas referências e numerosas imagens da deusa, geralmente montada sobre um cavalo. A deusa era representada muitas vezes com uma série de atributos, como a cornucópia ou a patera (espécie de bacia de cerâmica onde eram feitas as oferendas, semelhante a um caldeirão raso), que a relacionam com a abundância e a prosperidade. Também estava vinculada com as fontes e ao mundo espiritual.
Da fusão destas duas características da mesma deusa surgem os primeiros relatos medievais de uma criatura encantada que vocês já devem estar imaginando quem seja: o Unicórnio. O Cavalo Branco, símbolo sagrado para a Deusa Epona, associado ao chifre mágico que tudo produz. Claro que esta criatura não existe no Plano Físico, embora muitos picaretas ao longo dos milênios tenham tentado forjar unicórnios com esqueletos de cavalos e narvais, além de rinocerontes e de uma criatura particular chamada Orix.
Até então, o Unicórnio estava associado a um BOI de um único chifre, não a um cavalo. Na Bíblia, em Números 23:22 e no Deuteronômio 33:17, é citado o unicórnio como um animal de força extraordinária. Nos ritos antigos, era costume cortar um dos chifres do maior e mais viril touro do rebanho para ser usado como taça cerimonial para beber o vinho sagrado ao final dos rituais egípcios, junto com o Pão (e qualquer semelhança com a Santa Ceia e o Cálice Sagrado NÃO é mera coincidência!).
O Touro, agora considerado sagrado, era chamado de Uni-corno. Somente com os gauleses e com Epona esta associação passou a ser feita com cavalos. Uma curiosidade é que durante todo este tempo, na história grega, o unicórnio não aparecia em textos de Mitologia, mas sim em textos de biologia, pois os gregos estavam convencidos de que era uma criatura real.
E desta relação surgem as lendas a respeito da pureza necessária para se tocar o chifre de um unicórnio. Embora o primeiro escritor a descrever que “somente uma virgem poderia cavalgar um unicórnio” foi o Grão Mestre Leonardo DaVinci, em suas anotações datadas de 1470, para o quadro “Jovem sentada com unicórnio”.

Mimisbrunnr
Um dos chifres que também é famoso na mitologia é o Gjallarhorn, narrado nas Prosas Eddas do século XIII, que originalmente é o chifre usado por Odin para beber a água da sabedoria da fonte que fica debaixo de Yggdrasil, a Árvore da Vida. De acordo com a história, qualquer um que seja capaz de beber deste chifre terá vida eterna e abundância material. Para vocês terem uma idéia de como este conhecimento é valioso, de acordo com a lenda, Odin sacrificou um de seus olhos em troca da oportunidade de beber destas águas (a razão pela qual Odin sempre é retratado com um tapa-olhos nas imagens nórdicas).
Este chifre acaba se tornando a posse de maior valor de Heimdall, o guardião da Ponte do Arco-Íris que liga Aasgard à Terra (que simbolicamente representa o caminho de Tav na Kabbalah, unindo Yesod a Malkuth, com todas as simbologias associadas a este caminho). O Gjallahorn é a trombeta que será tocada no dia do Juízo Final para anunciar o Ragnarok.

O Caldeirão de Dagda
O deus supremo do panteão celta é chamado de Dagda (esposo da deusa da natureza e prosperidade, Danu). O Dagda é uma figura paternal, protetor da tribo e o deus “básico” do qual outros deuses masculinos podem ser considerados variantes. Também associado com Cernunnos e outros deuses “chifrudos” tanto do panteão celta quanto do panteão grego. Os Contos irlandeses descrevem Dagda como uma figura de força imensa, armado de uma clava e associado a um caldeirão (o Caldeirão de Sangue, que continha diversas propriedades mágicas).
E adivinhem o que este caldeirão fazia?
O Caldeirão de Dagda estava sempre cheio de sopa, vegetais e frutas, providenciando abundância e alimentos para todos a seu redor, sem nunca se esgotar. Poderia servir a toda uma tribo durante um banquete e nunca estaria vazio. O Caldeirão de Dagda é considerado um dos quatro tesouros da Irlanda (os outros são a Espada de Nuada, a Lança de Lugh e a Pedra de Fal). Note que, mais uma vez, fazem-se referências aos quatro elementos da Alquimia e aos quatro naipes do Tarot, quase seiscentos anos antes do tarot aparecer “oficialmente” na forma de cartas. Mas falarei sobre isso depois que acabar esta série sobre o Rei Arthur.

O Mabinogion
Nas lendas posteriores, o Caldeirão de Cerridwen passa a ter sua localização nos Reinos Subterrâneos, mas mantém suas propriedades de sabedoria, vidência e prosperidade, culminando no famoso poema “The Spoils of Annwn”, onde o conhecemos como o “Caldeirão do rei Odgar”. Este caldeirão mágico é roubado do rei Odgar pelo Rei Arthur e seus homens, no poema “Culhwch and Owen” (onde estavam os celtas quando distribuíram as vogais?).
Neste poema, temos o primeiro contato com uma “jornada aos reinos Subterrâneos” em busca de um “Caldeirão Mágico”. O caldeirão é, então, levado por Arthur para a casa de Llwydeu, filho da deusa Rhiannon. Até ai tudo bem, mas Rhiannon é outro nome para Epona, “A Grande e Divina Rainha”, que se torna, então, proprietária do tal caldeirão mágico (que em algumas pinturas é retratado como uma espécie de vasilha rasa usada para oferecer comida aos deuses, a já mencionada patera). A mesma deusa Epona dos chifres mágicos, etc, etc etc.
Estas histórias acabam entrando em uma coletânea de livros galeses, que se tornaram famosas a partir do século XIII e traçam as bases das lendas mais conhecidas do rei Arthur.
A Jornada ao Reino Subterrâneo eu já descrevi em colunas anteriores, quando falei sobre Yesod e o Reino dos Mortos simbólico.

O Caldeirão e o Sangreal
A partir das cruzadas e dos Templários agindo mais abertamente, algumas destas lendas acabaram sendo recontadas sob o ponto de vista dos cavaleiros e dos cátaros, os protetores da linhagem Sagrada, que aproximaram as narrativas a respeito do Graal.
Para entender a próxima etapa, recomendo a leitura dos seguintes textos, na seguinte ordem:
– Perceval, de Chrétien de Troyes
– Lancelot ou le chevalier de la charrette, versos de Chrétien de Troyes
– Yvain ou le chevalier au lion, versos de Chrétien de Troyes
– Perceval ou le Conte du Graal, versos de Chrétien de Troyes
– Parzival, de Wolfram von Eschenbach
– Joseph d’Arimathie de Robert de Boron
– La Mort D´Arthur, de Thomas Malory

Eles foram publicados em um espaço de tempo relativamente curto e formataram a lenda do Rei Arthur e da Távola Redonda tal qual a conhecemos hoje. Sei que, como os 4 elementos da narrativa fluem juntos (o Graal, Excalibur, o Cajado de Merlin/Lança do rei Pecador e a Távola Redonda/Cavaleiros), talvez algumas partes deste texto ainda vão gerar dúvidas. Eu recomendo a vocês relerem cada matéria novamente antes de avançar para as próximas, e tudo vai fazer mais e mais sentido a cada novo elemento, ok?

Perceval ou Lê Conte du Graal
Nesta série de poemas, estamos finalmente dando uma forma para o Graal, da maneira como ele é mais conhecido pelo público leigo: A forma de um cálice ou, mais precisamente, o Cálice usado na Santa Ceia.
Perceval ou le Conte du Graal (Perceval, o Conto do Graal) é um romance inacabado de Chrétien de Troyes escrito provavelmente entre 1181 e 1191, dedicado ao patrono do escritor, Filipe da Alsácia, conde de Flandres e cavaleiro Templário. Chrétien havia trabalhado na obra a partir de escrituras iniciáticas fornecidas por Filipe e relata as aventuras do jovem cavaleiro Perceval.
O poema é iniciado com o jovem Perceval encontrando cavaleiros e percebendo que também gostaria de ser um. Sua mãe o havia criado fora dos domínios da civilização, nas florestas do País de Gales, desde a morte de seu pai. A contragosto de sua mãe, o garoto parte para a corte do Rei Artur, onde uma garota prevê grandes conquistas na vida dele. Ele é caçoado por Kay, mas torna-se cavaleiro e parte para aventuras. Perceval salva e apaixona-se pela jovem princesa Brancaflor, e treina com o experiente Gornemant.
Em um momento de sua vida conhece o Rei Pescador, que convida Perceval a permanecer em seu castelo. Enquanto estava lá, o cavaleiro presenciou uma procissão em que jovens carregam objetos magníficos entre cômodos, passando por ele em cada fase do evento. Primeiro aparece um jovem carregando uma lança coberta por sangue, e depois dois jovens carregando candelabros. Por fim, uma jovem aparece trazendo consigo um decorado cálice (o Graal). O objeto contém uma alimento que miraculosamente sustém o pai ferido do Rei Pescador.
Tendo sido aconselhado para tal, o jovem cavaleiro permanece em silêncio durante todo a cerimônia, apesar de não entender seu significado. No dia seguinte, ele volta para a corte do Rei Artur.
Antes de se manifestar no local, uma dama furiosa com trejeitos celtas entra na corte e clama a falha de Perceval em perguntar sobre o Graal, já que a pergunta apropriada curaria o Rei Ferido. Ela então anuncia que os Cavaleiros da Távola Redonda já haviam se prontificado a buscar o Cálice.
E o poema termina ai, sem um final…

O Rei Pescador aparece originalmente neste poema. Nem sua ferida nem a ferida de seu pai são explicadas, mas Perceval descobre posteriormente que os reis seriam curados se ele perguntasse sobre o Graal. Percival descobre que ele próprio é da linhagem dos Reis do Graal através de sua mãe, que é filha do rei ferido. Entetanto, o poema é terminado antes que Perceval retornasse ao castelo do Graal.
A associação entre “Pescador” e “Pecador” (no original Pêcheur e Pécheur respectivamente) é proposital, pois faz diversas associações entre o símbolo do Pescador, da linhagem de Yeshua e sua associação com a multiplicação dos peixes e com os apóstolos “pescadores” em diversas passagens do Novo Testamento.

Chrétien não chegou a usar o adjetivo “sagrado” para o Graal, assumindo que sua audiência (templária) já estaria familiarizada como o termo. Neste poema, Chrétien deixava implícito que havia uma dinastia descendente direta de Jesus, isso mais de 700 anos antes do Dan Brown!

Associação direta do Graal ao Sangue de Jesus
O próximo trabalho sobre o tema “Linhagem Sagrada” foi apresentado no poema Joseph d’Arimathie de Robert de Boron, o primeiro a associar diretamente o Graal à Jesus Cristo. Nesta obra, o “Pescador Rico” chama-se Bron, e ele é dito ser cunhado de José de Arimatéia, que havia usado o Graal para armazenar o sangue de Cristo antes de o deitar na tumba. José então encontra uma comunidade religiosa que viaja para a Bretanha, confiando o Graal à Bron (falarei sobre a relação entre José de Arimatéia, ou Yossef Rama-Teo e Merlin na próxima coluna).

Segundo a lenda, José de Arimatéia teria recolhido no Cálice usado na Última Ceia (o Cálice Sagrado), o sangue que jorrou de Cristo quando ele recebeu o golpe de misericórdia, dado pelo soldado romano Longinus, usando uma lança, depois da crucificação. Boron conta ainda que, certa noite, José é ferido na coxa por uma lança (perceba também, sempre presente, as referências às lanças, símbolos do fogo, tanto nas histórias de Jesus como de Arthur). Em outra versão, a ferida é nos genitais e a razão seria a quebra do voto de castidade (este fato mais tarde dará origem ao desenvolvimento literário do affair entre Lancelot e Guinevere, que precisa ainda ser mais detalhado).

Somente uma única vez Boron chama a taça de Graal (ou SanGreal). Em um inciso, ele deduz que o artefato já tinha uma história e um nome antes de ser usado por Jesus: “eu não ouso contar, nem referir, nem poderia fazê-lo (…) as coisas ditas e feitas pelos grandes sábios. Naquele tempo foram escritas as razões secretas pelas quais o Graal foi designado por este nome”.
Em outra versão do poema, teria sido a própria Maria Madalena, segundo a Bíblia a única mulher além de Maria (a mãe de Jesus) presente na crucificação de Jesus, que teria ficado com a guarda do cálice e o teria levado para a França, onde passou o resto de sua vida, dando origem à já conhecida “linhagem Sagrada”.

O cavaleiro e escritor Wolfram von Eschenbach baseia-se na história de Chrétien e a expande em seu épico Parzival. Ele re-interpreta a natureza do Graal e a comunidade que o cerca, nomeando os personagens, algo que Chrétien não havia feito; o rei pai é chamado de “Titurel” e o rei filho de “Anfortas”.

Sarras e São Corentin
Outro aspecto muito importante a respeito do Santo Graal é Sarras, a cidade mítica para onde o Graal é levado ao término do poema. A Cidade mítica de Sarras. Sarras é a “Cidade nos confins do Egito, onde está armazenada toda a sabedoria antiga”, que está associada às terras bíblicas de Seir. Porém, ao analisarmos o nome do rei de Sarras, Sir (Es)corant, chegamos a um personagem muito importante do século VI, chamado São Corentin.
Corentin, ou Corenti em alguns textos, foi um monge da Cornualha cujo monastério ficava justamente na península de Sarzeu Uma das lendas a respeito de Corentin é a de que ele teria vivido durante um período na floresta sendo alimentado apenas por um peixe. Ele comia um pedaço do peixe e, no dia seguinte, o peixe estava vivo e inteiro novamente. É muito simples perceber a associação entre Sarras/Sarzeu, Es-Corant/St Corentin e o rei pescador/monge pescador neste poema.

O Graal-pedra
Em “Parzifal”, o cavaleiro alemão Wolfram Von Eschenbach coloca na mão dos Templários a guarda do Graal que não é uma taça, mas sim uma pedra: o poema fala sobre uma gema verde esmeralda.

Ela trazia o desejo do Paraíso: era objeto que se chamava o Graal!
(Parzifal)

Para Eschenbach, o Graal era realmente uma pedra preciosa, pedra de luz trazida do céu pelos anjos. Ele imprime ao nome do Graal uma estreita dependência com as força cósmicas. A pedra é chamada Exillis ou Lapis exillis, Lapis ex coelis, que significa “pedra caída do céu”.

É a referência à esmeralda na testa de Lúcifer, que representava seu Terceiro Olho. Quando Lúcifer, o anjo de Luz, se rebelou e desceu aos mundos inferiores, a esmeralda partiu-se pois sua visão passou a ser prejudicada. Uma dos três pedaços ficou em sua testa, dando-lhe a visão deformada, que foi a única coisa que lhe restou. Outro pedaço caiu ou foi trazido à Terra pelos anjos que permaneceram neutros durante a rebelião. Mais tarde, o Santo Graal teria sido escavado neste pedaço.

Façamos agora uma comparação entre o Graal-pedra de Eschenbach com a não menos mítica Pedra Filosofal, que transformava metais comuns em ouro, homens em reis, iniciados em adeptos; matéria e transmutação, seres humanos e sua transformação. O alemão têm como modelo de fiéis depositários do cálice sagrado os Cavaleiros Templários (de novo!).

Seria Wolfran von Eschenbach um Templário? Certamente que sim. Era a época em que Felipe de Plessiez estava à frente da ordem quase centenária. O próprio fato de ser a pedra uma esmeralda se relaciona com a cavalaria. Os cavaleiros em demanda usavam sobre sua armadura a cor verde, sinônimo de vitalidade e esperança. Malcom Godwin, escritor rosacruz, refere-se a Parzifal da seguinte maneira: “Muitos comentadores argumentaram que a história de Parzifal contém, de modo oculto, uma descrição astrológica e alquímica sobre como um indivíduo é transformado de corpo grosseiro em formas mais e mais elevadas”.
Nesta obra, que é um retrato da Idade Média – feito por quem sabia muito bem sobre o que estava falando – reconhece-se uma verdadeira ordem de cavalaria feminina, na qual se vê Esclarmunda, a virgem guerreira cátara, trazendo o Santo Graal, precedida de 25 cavaleiros segurando tochas, facas de prata e uma mesa talhada em uma esmeralda (mais para a frente, voltarei a este assunto quando for falar de Joana D´Arc).

Na descrição do autor da cena de Parzifal no castelo do rei-pescador (que, assim como Jesus, saciara a fome de muitas pessoas multiplicando um só peixe) lemos:

“Em seguida apareceram duas brancas virgens, a condessa de Tenabroc e uma companheira, trazendo dois candelabros de ouro; depois uma duquesa e uma companheira, trazendo dois pedestais de marfim; essas quatro primeiras usavam vestidos de escarlate castanho; vieram então quatro damas vestidas de veludo verde, trazendo grandes tochas, em seguida outras quatro vestidas de verde (…). “Em seguida vieram as duas princesas precedidas por quatro inocentes donzelas; traziam duas facas de prata sobre uma toalha. Enfim apareceram seis senhoritas, trazendo seis copos diáfanos cheios de bálsamo que produzia uma bela chama, precedendo a Rainha Despontar de Alegria; esta usava um diadema, e trazia sobre uma almofada de achmardi verde (uma esmeralda) o Graal, ‘superior a qualquer ideal terrestre’”.

As histórias que fazem parte do chamado “ciclo do Graal” foram redigidas de 1180 até 1230, o que nos inclina a relacioná-las com a repressão sangrenta da heresia cátara (mas terei de fazer um post paralelo só sobre a Cruzada contra os Cátaros para explicar como tudo isto está intimamente relacionado).

Conta-se que durante o assalto das tropas do rei Filipe II de França à fortaleza de Montsegur, apareceu no alto da muralha uma figura coberta por uma armadura branca que fez os soldados recuarem, temendo ser um guardião do Graal. Alguns historiadores admitem que, prevendo a derrota, os cátaros emparedaram o Graal em algum dos muros dos numerosos subterrâneos de Montsegur e lá ele estaria até hoje.

A “Mesa de Esmeralda” evocada pelas histórias de fundo cátaro relacionam-se de maneira óbvia com outra “mesa”: a Tábua de Esmeralda atribuída a Hermes Trimegistos. A partir daí o Graal-pedra cede lugar ao Graal-livro.

O Graal-livro
O Graal-taça é tido como um episódio místico e o Graal-pedra como a matéria do conhecimento cristalizado em uma substância. Já o Graal-livro é a própria tradição primordial, a mensagem escrita. Em “José de Arimatéia”, Robert de Boron diz que “Jesus Cristo ensinou a José de Arimatéia as palavras secretas que ninguém pode contar nem escrever sem ter lido o Grande Livro no qual elas estão consignadas, as palavras que são pronunciadas no momento da consagração do Graal”. De fato, em “Le Grand Graal”, continuação da obra de Boron por um autor anônimo, o Graal é associado – ou realmente é – um livro escrito de próprio punho por Jesus, o qual a leitura só pode entender – ou iluminar – quem está nas graças de Deus. E por conta disso temos uma noção de que “segredos Templários” o Vaticano estaria atrás todo este tempo.

“As verdades de fé que este contém não podem ser pronunciadas por língua mortal sem que os quatro elementos sejam agitados. Se isso acontecesse realmente, os céus diluviariam, o ar tremeria, a terra afundaria e a água mudaria de cor”.

Semana que vêm, Merlin, Cajados, Lanças, José de Arimatéia e os Reis Pescadores.
Qualquer dúvida, mandem nos comentários que eu tento responder.

PS: o Sedentário está com a CSS zoada, então não aparece nem negrito e nem itálico nos textos.

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– O Tarot, a Kabbalah e a Alquimia
– Os Illuminati
– A História de Gilgamesh
– Belém institui o “Dia do Dizimista”
– História da Umbanda
– O Círculo Mágico
– Raul Seixas, Paulo Coelho e a Sociedade Alternativa
– Arcano 13 – a Morte
– Pai Nosso em Aramaico
– o Bode na Maçonaria

#ReiArthur

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-santo-graal-e-a-linhagem-sagrada

O Uso Oracular do RPGQuest

O RPGQuest foi o maior Financiamento Coletivo de RPG no Brasil e, até agora, o terceiro maior entre os Jogos de Tabuleiro, mas o que pouca gente sabe é que ele traz dentro de si um conjunto oracular dos mais completos e complexos já criados, envolvendo Tarot, Runas e a própria Árvore da Vida.

Antes de começarmos, vamos explicar o que a Sincronicidade. Termo cunhado por Carl Gustav Jung para sua teoria de que tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, que fazia certos eventos isolados parecerem repetidos, em perspectivas diferentes. Tal idéia desenvolveu-se primeiramente em conversas com Albert Einstein, quando ele estava começando a desenvolver a Teoria da Relatividade. Einstein levou a idéia adiante no campo físico, e Jung, no psíquico.

A sincronicidade é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos. Um sonho de um avião despencando das alturas reflete-se na manhã seguinte numa notícia dada pelo rádio. Não existe qualquer conexão causal conhecida entre o sonho e a queda do avião. Jung postula que tais coincidências apóiam-se em organizadores que geram, por um lado, imagens psíquicas e, por outro lado, eventos físicos. As duas coisas ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo, e a ligação entre elas não é causal.

Desta maneira, quando se utiliza um Oráculo, o leitor está trabalhando o contato com o Sagrado Anjo Guardião e as cartas escolhidas, embora pareçam ter sido sorteadas ou escolhidas aleatoriamente, formarão uma história através do significado simbólico daquelas cartas e, ao ser interpretada, trará uma luz aos fatos que estão sendo perguntados.

O RPGQuest, além de sua utilidade como Boardgame para passar uma tarde de diversão, pode ser usado para o autoconhecimento através da Jornada do Herói em sincronicidade com sua própria Jornada naquele momento. Vou detalhar melhor isso com um exemplo de uma partida:

– Os territórios são formados por Esferas da Árvore da Vida, cada qual trazendo na forma de símbolos as características próprias daquela esfera, e são embaralhados formando uma Grande Ilha que se chama “Arcádia”. Nela serão sorteados três grandes Monstros que, por sua vez, são baseados nos Elementos da Alquimia e possuem uma Escala de dificuldade. Existem Combinações pareadas de todos os 4 Elementos, e graduações que variam de 12 a 18 em Dificuldade. Em uma Partida ritualística em Modo Oracular, o Leitor jogará sozinho ou cada um dos Jogadores terá seu próprio Desafio, que será sorteado entre os Desafios e representará o Problema a ser derrotado.

Os Monstros são representações simbólicas dos 4 elementos: Terra (Concretização, dificuldades no Reino Material); Ar (Razão, problemas no campo de trabalho/intelectual); Água (Emoção, problemas no campo emocional) e Fogo (Vontade, problemas em realizações de Projetos pessoais). A Combinação de 2 ou mais elementos deverá ser interpretada em sincronicidade ao que está acontecendo na vida do Jogador naquele momento.

Os símbolos podem aparecer na forma de um Observador Qliphotico (água/Fogo – um problema emocional que afeta um projeto importante), um Gigante Bestial (Ar/Terra – A dificuldade de se colocar um texto no papel), um Dragão (fogo/Terra – a dificuldade de concretização de um projeto importante), Cérberus (Agua/Ar/Terra – A dificuldade de entendimento em uma relação e trazer isto para algo mais concreto), uma Hidra (uma dificuldade no trabalho, onde cada problema resolvido parece criar mais problemas) e assim por diante… a intensidade dos Problemas em correlação aos Elementos sorteados indicam que tipo de problemas seu Herói (ou seja, você mesmo) terá de lidar em sua Jornada (o Ritual de enfrentamento deste Problema).

Os Heróis que farão esta jornada também são cartas e possuem poderes relativos aos Quatro Elementos da Alquimia. Podem representar a Terra (Guerreiros), o Ar (Ladinos, Espiões e Diplomatas), a Água (os Clérigos e Curadores emocionais) e o Fogo (os Magos e Intelectuais), e eles serão as forças que serão trabalhadas durante o ritual.

O Sorteio do Herói inicial também ocorre por Sincronicidade e você pegará UM Herói, que representará suas virtudes naquele momento. Pode ser um Personagem mais focado em resolver problemas concretos, em ajudar emocionalmente, em realizar tarefas intelectuais ou em tocar projetos de Verdadeira Vontade. As imagens e desenhos deles, em suas classes de heróis medievais, facilitarão todo o processo da Jornada.

E realiza-se o ritual jogando a partida solitária (ou, no caso de um grupo, cada um estará focado em resolver seu próprio Nêmesis). Ao longo do jogo, os Heróis vão resolvendo enigmas, solucionando missões e cumprindo tarefas dadas pelos Arcanos do Tarot, Runas e pelas Esferas da Árvore da Vida. Para quem já tem um conhecimento em Oráculos, pode interpretar os próprios Arcanos enquanto a Jornada vai se desenrolando. Os Heróis encontrarão com outros Aventureiros e poderão recrutá-los (escolher amigos e aliados representando as classes de energias que se deseja trabalhar e resolver, como Magos e Clérigos se o Desafio envolver estas dificuldades).

Se o Monstro apresentado possui desafios emocionais, busque cartas de curandeiros e clérigos para remediar a situação. Pesquise no interior das Cavernas: “Visita o Centro da Terra, Retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta”. Muitos Artefatos estão disponíveis para serem encontrados pelos buscadores, e nesta partida oracular, cada um deles (são todos relacionados a Artefatos da História e do Hermetismo) trará uma parte da energia que falta ao Herói para derrotar sua sombra.

O Herói encontrará Ordens Iniciáticas, Artefatos (alguns amaldiçoados), Cavernas a serem exploradas e quem sabe até a Pedra Filosofal?

O Jogo é o Ritual. Cada Jogador se torna mais próximo de compreender o problema real ao mesmo passo em que o Aventureiro se torna mais próximo de conquistar o poder que precisa para derrotar o Grande Desafio da partida. Os Arcanos do tarot vão guiá-lo através das Esferas da Árvore da Vida. Algumas Esferas mais difíceis de serem trilhadas, outras mais fáceis.

As Esferas da Árvore da Vida, as Runas e os Arcanos do Tarot guiarão o Herói até a solução do Grande Problema.

O Financiamento Coletivo oficial já terminou, mas fizemos cerca de 200 unidades a mais do que as que foram vendidas no Projeto e abrimos pré-venda por mais 30 dias enquanto o Jogo está sendo produzido na gráfica (e já vendemos umas 30 até agora, então restam 170 jogos e o RPGQuest não será reimpresso). É a sua última chance de poder apoiar este projeto único que trabalha Jogos, Alquimia e Hermetismo! Uma maneira bacana de ensinar hermetismo para seus filhos e também para utilizá-lo em suas meditações.

Você pode comprar o RPGQuest aqui:

https://daemoneditora.com.br/categoria-produto/boardgames/

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-uso-oracular-do-rpgquest

RPGQuest – Um Jogo baseado na Kabbalah Hermética

Entramos nos últimos 15 dias de Financiamento Coletivo e o RPGQuest já é o maior financiamento de um RPG nacional de todos os tempos e chegou aos Top 10 de Jogos/RPGs, desbancando clássicos como “Call of Cthulhu”, “Tormenta” e “Runicards”.

Agora queremos chegar aos primeiros lugares e mostrar que os jogos brasileiros podem ser tão bons e até melhores que os gringos.

RPGQuest – A Jornada do Herói é um Boardgame para 1 a 4 pessoas, no qual cada jogador controla um pequeno grupo de Aventureiros em busca de fama e fortuna em Arcádia. Os Reinos são baseados nas Sephiroth da árvore da Vida, as Classes nos 4 Elementos da Alquimia e as Missões são baseadas nos Caminhos da Árvore da Vida.

Durante o jogo, os Heróis enfrentarão Monstros da Mitologia Grega, Encontrarão Artefatos e Itens Mágicos e enfrentarão criaturas clássicas dos RPGs como Orcs, Esqueletos, mortos-vivos e dragões.

Ainda não apoiou? Corre lá que dá tempo…
https://www.catarse.me/rpgquest

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpgquest-um-jogo-baseado-na-kabbalah-herm%C3%A9tica

Yod-He-Shin-Vav-He e Maria Madalena

Quero avisar que estou acompanhando os comentários, mas que só vou montar um post de respostas depois que as matérias sobre Yeshua terminarem, porque a maioria das perguntas feitas devem ser respondida ao longo dos textos. O que ficar faltando eu faço uma geral depois…

Continuaremos nesta semana a pequena série de matérias sobre Yeshua Ben Yossef, o Jesus, o Cristo, histórico. Como vimos na coluna anterior, Yeshua nunca foi o pobrezinho coitadinho nascido de uma virgem e de um carpinteiro que a Igreja Católica fez as pessoas acreditarem durante a Idade Média, nem nasceu em uma manjedoura porque não havia vagas nos hotéis de Belém por causa do recenseamento e muito menos três reis perdidos no deserto entregavam presentes para qualquer moleque nascido em estábulos que encontrassem pela frente.

Paramos a narrativa quando Yeshua é levado por seus pais para ser educado no Egito; mais precisamente nas Pirâmides do Cairo, e lá permanece estudando. A Bíblia nos dá um hiato de quase 30 anos…

O que aconteceu neste período?

Antes de continuarmos, precisamos explicar algumas coisas que os leitores estavam confundindo:

A primeira é “Se Yeshua é tão fodão quanto os ocultistas falam, porque ele não soltou bolas de fogo pelos olhos e raios elétricos pelo traseiro e matou todos os romanos?”

A resposta para isso é obvia. Yeshua é um humano como qualquer outro. Ele come, dorme, vai no banheiro e solta puns como eu ou você. Seu “poder” vem de sua iluminação e de seu conhecimento e do “ser Crístico” que foi despertado nele, assim como Buda, Krishna, Salomão, Davi, Moisés ou os Faraós. Claro que os conhecimentos alquímicos, astrológicos e místicos que possuía fazem com que Jesus fosse um ser humano muito superior aos demais, tanto física quanto mentalmente… um Mestre de bondade, caridade e iluminação, mas não o torna um super-homem. Cinco soldados com espadas dariam cabo dele com a mesma facilidade com que dariam cabo do Dalai Lama.

Quando Yeshua nasceu, os romanos já dominavam Jerusalém desde 63 AC e Herodes já estava no poder desde 37 AC.

Quando os romanos substituíram os selêucidas no papel de grande potência regional, eles concederam ao rei Hasmoneu Hircano II autoridade limitada, sob o controle do governador romano sediado em Damasco. Os judeus eram hostis ao novo regime e os anos seguintes testemunharam muitas insurreições. Uma última tentativa de reconquistar a antiga glória da dinastia dos Hasmoneus foi feita por Matatias Antígono, cuja derrota e morte trouxe fim ao governo dos Hasmoneus (40 AC); o país tornou-se, então, uma província do Império Romano.

Em 37 AC, Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado Rei da Judéia pelos romanos. Foi-lhe concedida autonomia quase ilimitada nos assuntos internos do país, e ele se tornou um dos mais poderosos monarcas da região oriental do Império Romano. Grande admirador da cultura greco-romana, Herodes lançou-se a um audacioso programa de construções, que incluía as cidades de Cesaréia e Sebástia e as fortalezas em Heródio e Masada.

Dez anos após a morte de Herodes (4 AC), a Judéia caiu sob a administração romana direta. À proporção que aumentava a opressão romana à vida judaica, crescia a insatisfação, que se manifestava por violência esporádica, até que rompeu uma revolta total em 66 DC. As forças romanas, lideradas por Tito, superiores em número e armamento, arrasaram finalmente Jerusalém (70 DC) e posteriormente derrotaram o último baluarte judeu em Massada (73 DC), mas falarei sobre isso mais para a frente.

Portanto, estas Ordens das quais estamos discutindo (Pitagóricas, Essênias… ) das quais Yossef e Maria faziam parte já precisavam se manter “secretas” desde o Tempo de Pitágoras (eu tive de pular algumas partes da história do Ocultismo para chegar a Jesus mas voltarei aos Gregos assim que terminarmos esta série).

A conexão de Yeshua com a Ordem Pitagórica e com os ensinamentos orientais é simples de ser demonstrada. O nome Yeshua representa “Aquele que vem do fogo de Deus” ou, como mais tarde a Igreja colocou, “O Filho de Deus”, representando um sacerdote solar.

Cabalisticamente, Deus é representado pelas letras hebraicas Yod-Heh-Vav-Heh ou o tetragrama YHVH que simbolizam os 4 elementos e toda a Àrvore da Vida. Estas letras são dispostas em um quadrado ou uma cruz. O alfabeto hebraico não possui vogais e o nome de Deus precisava ser passado apenas oralmente de Iniciado para Iniciado. Quando surgia nos textos, os sacerdotes precisavam oculta-lo e usavam outras palavras para designá-lo. Eis o verdadeiro significado do mandamento “Não tomarás o nome de Deus em vão”.

A letra SHIN representa o espírito purificador. O fogo celestial que remove o Impuro (tanto que, como veremos mais adiante, ela representa o Arcano do Julgamento no tarot). Da evolução do quatro vem o número cinco, o pentagrama sagrado dos Pitagóricos, representado pela união dos 4 elementos mais o espírito (SHIN). Note que são os MESMOS elementos utilizados na bruxaria, no xamanismo, nas Ordens Egípcias, na wicca e na magia celta.

O pentagrama será, então, representado pelas letras Yod-Heh-Shin-Vav-Heh, ou YHSVH ou Yeshua. Este título já havia sido usado por Rama, Krishna, Hermes, Orfeu, Buda e outros líderes iluminados do passado.

A Infância de Jesus

De sua infância até seus 30 anos, Jesus viajou por muitos lugares, conhecendo a Índia, a Bretanha e boa parte da África. Sabia falar várias línguas, incluindo o grego, aramaico e o latim. Conhecia astrologia, alquimia, matemática, medicina, tantra, kabbalah e geometria sagrada, além das leis e políticas tanto dos judeus quanto dos gentios.

De toda a sua infância, a Igreja deixou escapar apenas um episódio ocorrido aos 12 anos, quando Jesus discute leis com os sábios e rabinos mais inteligentes de Jerusalém (Lucas 2: 42-50). Todo o restante foi destruído, já que seria embaraçoso para a Igreja ter de explicar onde o Avatar estava aprendendo tudo o que sabia. A versão oficial é que foi a “inteligência divina”, mas a verdade é muito mais óbvia e simples: Yeshua sabia tudo aquilo porque estudou. Conhecimento não vem de “graças dos céus”, mas de estudo e trabalho.

Jesus e Maria Madalena

Depois da febre Dan Brown, na qual a Opus Dei e todas as facções possíveis e imaginárias da Igreja tentaram abafar, criticar ou ridicularizar, sem sucesso, o mundo inteiro ficou sabendo do casamento de Jesus e Maria de Magdala. Foi um belo chute no saco da hipocrisia clerical e muita gente se sentiu finalmente vingada vendo os bispos e pastores desesperados pensando em como varrer tudo isso para debaixo do tapete sem a ajuda das fogueiras da Inquisição.

Para entender como este casamento aconteceu, precisamos passar por algumas explicações. A primeira é o fato de Jesus ser chamado de Rabbi (Rabino, ou Mestre) por todo o Novo Testamento. O titulo de Rabbi é passado de iniciado para iniciado desde Moisés, através de um ritual chamado Semicha (“ordenamento”). No período do Antigo Testamento, de acordo com o Judaísmo, para se tornar Rabbi, uma pessoa precisa obrigatoriamente preencher três requisitos:

1 – Ser um homem,

2 – ter conhecimento profundo do Tora e das Leis judaicas,

3 – ser casado.

Com isso, sabemos que Yeshua, por ser um líder religioso considerado um Rabbi por seus discípulos, era obrigatoriamente CASADO (não importando com quem) ou NUNCA poderia ter recebido este título. Além disso, naqueles tempos, qualquer líder religioso que estivesse na casa dos 30 anos e ainda fosse solteiro certamente seria considerado algo completamente fora dos padrões e digno de nota.

Sabemos, então, que Yeshua era casado… mas com quem?

Que mulher poderia ser digna do Mestre Carpinteiro?

A resposta é uma sacerdotisa vestal chamada Maria de Magdala, irmã de Lázaro e Marta. Assim como Yeshua, ela foi educada e preparada desde criança para ser a companheira do Avatar. Tinha grandes conhecimentos das artes lunares, divinatórias, dança e magia sexual, além de conhecimentos de astrologia, geometria, medicina e matemática. Assim como Maria, mãe de Yeshua, Maria de Magdala também era considerada uma “virgem”.

Lázaro, o irmão de Maria Madalena, é o sacerdote iniciado pelo próprio Yeshua. A bíblia cita isso como a “Ressurreição de Lázaro”, mas claramente percebemos que se trata de uma Iniciação Egípcia, lidando com a morte e renascimento do Sol. Lázaro era um iniciado muito importante em sua época, membro de uma das famílias mais ricas da Betânia, assim como os outros apóstolos também eram pessoas influentes. Passou três dias confinados em uma caverna (o templo religioso mais importante para os Essênios), sendo resgatado do Reino dos Mortos simbólico no terceiro dia por Yeshua.

Repare no mosaico acima, do século V. Note os 4 degraus, duas colunas e pirâmide com um olho que tudo vê na porta da “tumba” de Lázaro. Certamente “coincidências” estranhas…

Vamos ver o que a Bíblia fala de Maria Madalena:

Segundo o Novo Testamento, Jesus de Nazaré expulsou dela sete demônios, argumento bastante para ela pôr fé nele como o predito Messias (Cristo). (Lucas 8:2; 11:26; Marcos 16:9). Esteve presente na crucificação, juntamente com Maria, mãe de Jesus, e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19.25) e do funeral. (Mateus 27:61; Marcos 15.47; Lucas 23:55) Do Calvário, voltou a Jerusalém para comprar e preparar, com outros crentes, certos perfumes, a fim de poder preparar o corpo de Jesus como era costume funerário, quando o dia de Sábado tivesse passado. Todo o dia de Sábado ela se conservou na cidade – e no dia seguinte, de manhã muito cedo “quando ainda estava escuro”, indo ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Jesus Nazareno tinha ressuscitado e devia informar disso aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-5,10,11; Lucas 24:1-10; João 20:1,2; compare com João 20:11-18)
Maria Madalena foi a primeira testemunha ocular da sua ressurreição e foi quem foi usada para anunciar aos apóstolos a ressurreição de Cristo. (Mateus 27:55-56; Marcos 15:40-41; Lucas 23:49; João 19:25).

Ela também aparece como a da pecadora que ungiu os pés de Jesus (Lucas 7:36-39) e como a mulher que derrama óleo perfumado sobre sua cabeça (Mateus 26:6-7), mas a “versão oficial” em nenhum momento afirma que essas mulheres eram a Madalena. Para a Igreja Católica, eram 3 mulheres distintas.

Agora vamos explicar cada uma destas passagens:

Bodas de Caná
Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus;

e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.

E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho.

Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.

Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas.

Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram- nas até em cima.

Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram.

Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo

e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. (João 2: 1,11)

As Bodas de Caná é a passagem do Novo Testamento que narra o Casamento de Jesus com Maria Madalena (e não a Santa Ceia, como Dan Brown afirma).

A versão “oficial” não fala de quem é o casamento mas, pelo bom senso, veremos que não faz muito sentido a versão do papa: Imagine que você convide Jesus e seus amigos para sua festa de casamento e, de repente, a mãe dele começa a dar ordens e palpites para os seus serviçais… não tem muita lógica, não é mesmo? E, se é Jesus quem transforma água em vinho, porque o mestre-sala vai agradecer ao noivo? A resposta é óbvia.

Basta conhecer um pouco de cultura judaica para saber que, em um casamento judeu, e mais especificamente o casamento dinástico, a ÚNICA pessoa que pode dar ordens para os serviçais é a mãe do noivo, que é a pessoa responsável pela organização da festa… e tudo faz muito mais sentido agora. E transformar água em vinho certamente não seria uma dificuldade para um Avatar.

O Ritual Sagrado da Unção com Nardo

Como já vimos, as regras do matrimônio dinástico não eram banais. Parâmetros explicitamente definidos ditavam um estilo de vida celibatário, exceto para a procriação em intervalos regulares.

Um período extenso de noivado era seguido por um Primeiro Casamento em setembro, depois do qual a relação física era permitida em dezembro. Se ocorresse a concepção, havia então uma cerimônia do Segundo Casamento em março para legalizar o matrimônio.

Durante esse período de espera, e até o Segundo Casamento, com ou sem gravidez, a noiva era considerada, segundo a lei, um almah (“jovem mulher” ou, como erroneamente citada, “virgem” ).

Entre os livros mais pitorescos da Bíblia está o Cântico dos Cânticos – uma série de cantigas de amor entre uma noiva soberana e seu noivo. O Cântico identifica a poção simbólica dos esponsais com o ungüento aromático chamado nardo. Era o mesmo bálsamo caro que foi usado por Maria de Betânia para ungir a cabeça de Jesus na casa de Lázaro (Simão Zelote) e um incidente semelhante (narrado em Lucas 7:37-38) havia ocorrido algum tempo antes, quando uma mulher ungiu os pés de Jesus com ungüento, limpando-os depois com os próprios cabelos.

João 11:1-2 também menciona esse evento anterior, explicando depois como o ritual de ungir os pés de Jesus foi realizado novamente pela mesma mulher, em Betânia. Quando Jesus estava sentado à mesa, Maria pegou “uma libra de bálsamo puro de nardo, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo” (João 12:3).

No Cântico dos Cânticos (1:12) há O refrão nupcial: “Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume”. Maria não só ungiu a cabeça de Jesus na casa de Simão (Mateus 26:6-7 e Marcos 14:3), mas também ungiu-lhe os pés e os enxugou depois com os cabelos em março de 33 DC. Dois anos e meio antes, em setembro de 30 DC, ela tinha realizado o mesmo ritual três meses depois das bodas de Caná.

Em ambas as ocasiões, a unção foi feita enquanto Jesus se sentava à mesa (como define o Cântico dos Cânticos). Era uma alusão ao antigo rito no qual uma noiva real preparava a mesa para o seu noivo. Realizar o rito com nardo era maneira de expressar privilégio de uma noiva messiânica, e tal rito só se realizava nas cerimônias do Primeiro e do Segundo Casamento. Somente como esposa de Jesus e sacerdotisa com direitos próprios, Maria poderia ter ungido-lhe a cabeça e os pés com ungüento sagrado.

e check-mate, papa.

Este rito também é narrado no Salmo 23, um dos meus favoritos (só perde para o Salmo 133).

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

O Salmo 23 descreve Deus, na imagem masculina/feminina da época, como pastor e noiva. Da noiva, o salmo diz “Prepara-me uma mesa… Unge-me a cabeça com óleo“.Os De acordo com o rito do Hieros Gamos da antiga Mesopotâmia (a terra de Noé e Abraão), a grande deusa, Inana, tomou como noivo o pastor Dumuzi (ou Tammuz),106 e foi a partir dessa união que o conceito da Sekiná e YHVH evoluiu em Caná por meio das divindades intermediárias Asera e El Eloim.

No Egito, a unção do rei era o dever privilegiado das irmãs/noivas semidivinas dos faraós. Gordura de crocodilo era a substância usada na unção, pois era associada à destreza sexual, e o crocodilo sagrado dos egípcios era o Messeh (que corresponde ao termo hebraico Messias: “Ungido” ). Na antiga Mesopotâmia, o intrépido animal real (um dragão de quatro pernas) era chamado de MushUs.

Era preferível que os faraós desposassem suas irmãs (especialmente suas meio-irmãs maternas com outros pais) porque a verdadeira herança dinástica era passada pela linha feminina.

Alternativamente, primeiros de primeiro grau maternos também eram consideravam. Os reis de Judá não adotavam essa medida como prática geral, mas consideram a linha feminina um meio de transferir realeza e outras posições hereditárias de influência (mesmo hoje, o judeu verdadeiro é aquele nascido de mãe judia). Davi obteve sua realeza, por exemplo, casando-se com Micol, filha do rei Saul. Muito tempo depois, Herodes, o Grande, ganhou seu status real desposando Mariane da casa real sacerdotal.

Assim como os homens que eram designados para várias posições patriarcais assumiam nomes que representavam seus ancestrais – como Isaac, Jacó e José – também as mulheres seguiam sua genealogia e escalão. Seus títulos nominais incluíam Raquel, Rebeca e Sara. As esposas das linhas masculinas de Zadoque e Davi tinham o posto de Elisheba (Elizabeth, ou Isabel) e Miriam (Maria), respectivamente. Por isso a mãe de João Batista é chamada de Isabel e a de Jesus, Maria, nos Evangelhos. Essas mulheres passaram pela cerimônia de seu Segundo Casamento só quando estavam com três meses de gravidez, quando a noiva deixava de ser uma almah e se tomava uma mãe designada.

Ou seja: Através destas passagens bíblicas, sabemos que, além de casada com Jesus, Maria Madalena teve filhos com ele.

Os Sete Demônios

“Expulsou sete demônios” é uma expressão simbólica esotérica e representa que Jesus e Maria Madalena realizaram os rituais sagrados de magia sexual (os sete demônios representam os sete chakras despertos nos rituais sexuais, como eu já havia explicado em colunas anteriores). Estas alegorias são descritas várias vezes na Bíblia, especialmente no Apocalipse, quando se fala de “Sete Igrejas” e “Sete Selos” que precisam ser “rompidos”. Isto nada mais é do que o ser humano desenvolvendo sua energia kundalini e explorando todo o seu potencial divino, aflorando e abrindo os sete chakras.

Maria Madalena foi a principal discípula de Jesus e sua grande companheira. Em lugar algum da Bíblia ela é referida como uma “prostituta” embora eu já tenha conversado com vocês a respeito de como a Igreja Católica (e evangélica) trata as sacerdotisas das outras religiões.

A primeira citação oficial da Igreja a respeito da “prostituta Maria Madalena” foi feita pelo papa Gregório I em 591 DC, para coibir o culto a Maria Madalena (Notre Damme) no Sul da França (falarei sobre o herege “Culto à Virgem Negra” mais tarde).

Maria Madalena é a figura feminina mais sagrada para os Templários e todas as catedrais chamadas de “Notre Damme” na França construídas pelos Templários foram dedicadas a ela (inclusive a Notre damme de Paris, que mereceria uma coluna só para ela de tanto simbolismo que possui escondida nela.

Santa Maria Madalena, a prostituta arrependida, foi canonizada em 886 e transformada em Santa pela Igreja Ortodoxa, que dizia que suas relíquias estavam em Constantinopla. De acordo com a versão oficial, Madalena e Maria (mãe de Jesus) foram até o Éfeso onde passaram o restante de suas vidas e seus ossos foram levados para Constantinopla após sua morte… Mas a inconveniente tradição francesa insistia que Maria Madalena, sua filha Sara (Santa Sara Kali), Lázaro e outros companheiros aportaram em Marseille, vindos do Egito, e se juntaram aos nobres que ali viviam, continuando uma dinastia de reis-pescadores que mais tarde daria origem aos Merovíngios.

A seguir: João Batista, Apóstolos, Crucificação, Mel Gibson, a Fuga de Maria Madalena para o Egito e José de Arimatéia para Glastonbury, a Revolta dos Judeus de 66 DC, Masada e o descanso final na Cachemira.

Marcelo Del Debbio

#Essênios #Gnose #ICAR #Templários

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/yod-he-shin-vav-he-e-maria-madalena

A Música e a Magia – Maestro Akira Miyashiro

Bate-Papo Mayhem #081 – gravado dia 26/09/2020 (Sabado) Marcelo Del Debbio bate papo com o Maestro Akira Miyashiro – A Música e a Magia

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as, 5as e sábados com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados. Além disto, temos grupos fechados no Facebook e Telegram para debater os assuntos tratados aqui.

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#Batepapo #Música

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-m%C3%BAsica-e-a-magia-maestro-akira-miyashiro

Os 4 Elementos

Os 4 Elementos – É conhecida a divisão em quatro elementos que a Antigüidade greco-romana estabeleceu em suas cosmogonias. Como nossos leitores sabem eles são Fogo, Ar, Água e Terra, e se encontram presentes em tal ou qual proporção em tudo aquilo que consideramos como matéria. Aliás, estes elementos formam uma corrente, ou série sucessiva, já que o Fogo se equipara ao princípio vital que o Ar transporta e a Água difunde, até se concretizar na Terra. Há, por isso mesmo, distintas relações entre estes elementos, a ponto de que a série pode alterar sua ordem, inclusive invertê-la.

E assim vemos que a Terra, equiparada ao sólido (gelo) pode se liquidificar, para logo se evaporar e transformar-se em Ar (hálito vital) emanado diretamente do Fogo (elemento radiante), verdadeiro agente criacional, mediante sua dupla manifestação: luz e calor. Deve-se apontar que estes elementos encontram em sua ronda um denominador comum ao qual se referem e que é a sua essência, da qual dependem. Esse elemento misterioso do qual os princípios radiante, aéreo, fluídico e compacto dependem –já que é sua origem perpétua–, e que por sua vez os sintetiza, é chamado pelos alquimistas quintessência. Aliás, o Fogo é seu primeiro representante, já que toda ação cozinhada no Atanor ou cratera, tanto do macro como do microcosmo, precisa de sua participação, capaz de gerar e também de destruir, às vezes completamente. Pelo que um uso atinado e, sobretudo, regulado deste elemento é imprescindível em qualquer operação alquímica, já que todas elas, divididas em dois grandes temas, dissolver e coagular, efetuam-se a partir da quantidade de fogo (luz e calor) utilizada ou não em diferentes procedimentos transmutatórios.

Deve-se acentuar que estes “elementos” aos quais nos referimos não são estritamente materiais, senão símbolos de Princípios Universais e não substâncias concretas tomadas em sentido literal. Devemos esclarecer que isto também é válido para os sete metais, identificados com os sete planetas astrológicos, com os quais a Alquimia trabalha, já que tanto o ferro como o mercúrio, etc., excedem os limites de sua designação com relação ao que ordinariamente se entende por estas nomenclaturas.

Também se costuma combinar amiúde os três princípios alquímicos, Enxofre, Mercúrio e Sal, com os quatro elementos, e de diversa forma. Em Aritmosofia isto se expressa assim: 3 + 4 = 7; 3 x 4 = 12. Resulta óbvio que esta formulação está ligada à simbologia astrológica e, portanto, também a ritmos e ciclos que da mesma forma obedecem a Princípios Universais.

#hermetismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/os-4-elementos

Geomancia, Runas e LOST

Postado originalmente no S&H,

10 Partiu, pois, Jacob de Berseba, e foi a Harä;
11 E chegou a um lugar onde passou a noite, porque já o sol era posto; e tomou uma das pedras daquele lugar, e a pós por seu travesseiro, e deitou-se naquele lugar.
12 E sonhou: e eis uma escada posta na terra, cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela;
13 E eis que o SENHOR estava em cima dela, e disse: Eu sou o SENHOR Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaac; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;
Genesis 28:10-13

Aproveitando o final da quinta temporada de LOST e seu enigmático personagem Jacob, o Teoria da Conspiração decidiu fazer um post especial sobre Oráculos. Para começarmos o texto, nada mais justo que explicarmos o simbolismo contido na Escada de Jacob e as bases para quase todas as Ordens Esotéricas Antigas (incluindo o próprio templo no qual o enigmático Jacob reside). A partir da estrutura do Templo, temos as bases dos primeiros Oráculos.

Jacob
A Bíblia nos relata que Jacob (ou Jacó, para os brasileiros), em sua viagem para Harã, precisou repousar e utilizou-se de uma pedra como travesseiro. Em seus sonhos, ele viu uma escada que avançava da Terra até o Reino dos Céus, e que os Anjos subiam e desciam através dela, levando e trazendo as mensagens até Deus.
Como sabemos que toda a Gênesis é simbólica e ocultista, cujos textos são alegorias para textos herméticos e iniciáticos relacionados com a Kabbalah, precisamos primeiro entender quem foi Jacó e qual sua importância para as principais religiões mundiais.
Jacó é neto de Abraão, filho de Isaac e irmão de Esaú. Jacó teve doze filhos e uma filha de suas duas mulheres, Léia e Raquel, e de suas duas concubinas, Bila e Zilpa. Ele foi o antepassado das doze tribos de Israel. Seus filhos são Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim e sua filha era Diná. As doze tribos de Israel tem relação direta com os Doze Signos do Zodíaco, mas isso é assunto para outra coluna.

A Escada de Jacó
A Escada de Jacob é uma alegoria para a estrutura completa da Árvore da Vida, entrelaçada em seus quatro mundos (Atziluth, Briah, Yetzirah e Assiah), formando uma complexa estrutura que se assemelha aos degraus de uma escada em espiral.
Os 72 anjos da Kabbalah, ou “Emanações do Nome de Deus” são os anjos que aparecem simbolicamente no sonho de Jacob, trazendo as perguntas e respostas dos magistas que utilizam-se deste sistema oracular. A Escada também simboliza a subida iniciática do Mundo Material até O Mundo Primordial.
Esta pedra usada por Jacob é tão importante esotericamente que até os dias de hoje, NENHUM soberano é coroado na Inglaterra se não estiver sentado sobre ela. A chamada “Stone of Scone” (atualmente localizada na abadia de Westminster) é usada desde tempos imemoriais, tendo registros anteriores ao século VIII de seu uso na coroação dos reis britânicos. Como eu já havia falado em outro Post, ela faz referência à pedra na qual a espada do Rei Arthur está cravada e serviu como um dos exemplos para os textos originais da lenda do rei (além, claro, do seu simbolismo tradicional como Malkuth e o ponto de partida para a Iniciação à Escada de Jacó).
A Escada passa pelos quatro mundos: o Mundo Material (representado pelo elemento Terra, pelo naipe de ouros e pela távola redonda), o Mundo Mental (representado pelo elemento ar, pelo naipe de Espadas e por excalibur), o Mundo Emocional (representado pelo elemento água, pelo naipe de copas e pelo Santo Graal) e finalmente pelo Mundo Espiritual (representado pelo elemento fogo, pelo naipe de paus e pelo Cajado de Merlin).

O Templo de Hermes-Toth
A partir da escada de Jacob, podemos estruturar os templos antigos segundo a própria Árvore da Vida. Como já discutimos em posts anteriores, a Construção dos Templos (e posteriormente das catedrais, igrejas templárias e finalmente templos maçônicos) reflete a Árvore da Vida.

A Geomancia
Suas origens remontam à África, embora tenham MUITAS semelhanças com o I-Ching chinês. O próprio Jesus Cristo (Yeshua) é retratado em diversos Apócrifos como tendo “escrito nas areias” antes de responder aos questionamentos de alguns homens que o procuravam. Como Essênio, é muito claro que ele era também um Mestre de Geomancia.
Não vou explicar os detalhes de como a Geomancia funciona. Quem quiser ler a respeito eu fiz um post específico sobre Geomancia no meu blog. Basicamente, consiste em se riscar traços na areia em um estado alterado de consciência e depois decodificar a mensagem recebida.
A Geomancia tradicional funciona com base na estrutura simbólica da Árvore de Jacob, ou seja, utiliza-se quatro níveis qu,e através da meditação, resultam em símbolos que podem ser codificados como “zeros” ou “uns”. A partir destas combinações temos desde (1-1-1-1 – Via) até (2-2-2-2 – Populus), cada um associado aos sete planetas tradicionais (mercúrio, vênus, marte, júpiter, saturno, lua e sol) e o dragão (cauda e cabeça) que representa a própria escada de Jacob. Cada planeta aparece em seu aspeco solar (yang) ou lunar (yin), totalizando 16 combinações possíveis.
Como a seqüência divinatória completa envolve também os quatro mundos (espiritual, emocional, mental e físico), temos um total de 16 x 4 = 64 combinações (curiosamente e “coincidentemente” o mesmo resultado dos trigramas do I-ching…). Mesma coisa, nomes diferentes…

Urim e Tumim
De acordo com a visão judaica, o Urim e Tumim remonta ao Sumo Sacerdote de Israel. A placa peitoral que utilizava era dobrada ao meio, formando um bolso onde ficava um pergaminho contendo o nome de Deus. Este nome fazia com que certas letras gravadas sobre as pedras preciosas acendessem de acordo com as questões perguntadas. Aquele que desejava uma resposta (apenas questões de relevância dentro da comunidade israelita poderiam ser perguntadas) ia ao sumo sacerdote . Este virava-se para a arca da aliança, e o inquiridor de pé atrás do Sumo-Sacerdote fazia a pergunta em voz baixa. O sumo sacerdote, olhando para as letras que se acendiam, era inspirado para decifrar a resposta de Deus. Estes utensílios foram utilizados até a destruição do Primeiro Templo, quando pararam de funcionar.
Geralmente os cristãos crêem que Urim e Tumim fossem duas pedras colocadas no peitoral do Sumo Sacerdote de Israel, contendo em uma face resposta positiva e em outro resposta negativa. Fazendo-se a pergunta, jogavam-se as pedras, e de acordo com os lados que caissem era confirmado uma resposta negativa, positiva ou sem resultados.
Alguns personagens bíblicos e, posteriormente, diversos rabinos, utilizavam-se de duas pedras, uma branca e uma negra, que ficavam em um saco especialmente preparado, para fazer as vezes de oráculo. Podemos encontrar diversas referências bíblicas a respeito deste antigo método oracular (Exodo 28:30, Levítico 8:8, Números 27:21, Deuteronômio 33:8, Samuel 28:6, Esdras 2:63 e Neemias 7:65).

As pedras brancas e negras faziam também o papel dos traços na areia, e por sua praticidade, começaram a ser usadas também como um auxílio à Geomancia. Ao invés de riscar os traços na areia, o consulente pegava em um saco pedras brancas ou negras e fazia as combinações necessárias (de maneira semelhante às moedas do I-ching).
Com a associação das letras e números do alfabeto hebraico (também chamada Gematria), os Pitagóricos e alguns Oráculos utilizavam ossos esculpidos para representar estas letras (que por sua vez também representavam planetas, signos e elementos, e todas as gazilhões de informação que cada elemento desses simboliza).

Os Dados e os Dominós
Muita gente se pergunta qual seria o elo de ligação entre o Urim e Tumim, as Runas e o Tarot. A resposta, por mais prosaica que pode parecer, sempre remete aos inocentes e singelos jogos (e nunca vamos nos esquecer dos vícios dos Jogos de Azar… “seres humanos, profanando tudo o que encontram pela frente desde 4.000 AC”). Dados como oráculos e utilizados como jogos de azar são registrados desde o Mahabharata até os Salmos (salmo 22:18, “repartem entre si minhas vestes, e sobre minha túnica lançam sortes”). Para substituir as duas pedras de Urim e Tumim, eram arremessados dois dados, numerados de 1 a 6. O número de combinações possíveis é de 21 (1-1, 1-2, 1-3, 1-4, 1-5, 1-6, 2-2, 2-3, 2-4, 2-5, 2-6 e assim por diante) totaliza 21 (com algumas jogadas com maiores possibilidades do que outras, os chamados “duplos”, entre eles o famigerado “Snake eyes”, equivalente ao arcano do Diabo).
Os dominós nada mais são do que estas 21 jogadas de dados colocadas lado a lado. Posteriormente, alguns jogos de dominó passaram a contar também com uma das casas vazias, para simular o lançamento de apenas um dado, elevando o total de possibilidades para 28.
Tudo o que restou desta transição nos baralhos modernos foi justamente as figuras da corte, que aparecem “divididas” ao meio, tal qual as peças de dominó.

As Runas
Das 16 pedras originais, os nórdicos desenvolveram a estrutura que ficou conhecida como “Elder Futhark”. As primeiras referências que temos do uso de runas datam de 150 DC. Composta de 24 letras, parcialmente adaptadas do alfabeto grego e do romano. Todo mundo pensa que runas eram exclusividades nórdicas, mas pouca gente sabe que existiam também jogos de runas baseadas no alfabeto Etrusco, composto de 20 símbolos. As runas, chamadas não por acaso de “folhas de Yggdrasil”, foram os segredos passados para Odin durante os nove dias que ficou espetado pela própria lança na “Árvore dos Mundos” (nove dias, nove esferas descontando Malkuth…)
Cada uma das 24 runas representa um Caminho dentro da Árvore da Vida, mais duas runas que representam Yesod e Malkuth. Além disso, cada conjunto de runas possui sua própria mitologia envolvendo diversos deuses nórdicos.
Os celtas tinham sua própria versão das runas, apesar de utilizarem-nas apenas por um curto período de tempo, quando os vikings invadiram a Irlanda, que usavam também para confeccionar talismãs. O problema é que as runas celtas eram tradicionalmente esculpidas em galhos cortados de macieiras, o que fez com que pouquíssimos exemplares ficassem preservados nos museus. Os nórdicos entalhavam suas runas em pedras, o que fez com que exemplares intactos chegassem até os dias de hoje.
A Magia prática rúnica se assemelha muito à magia ritualística cabalista, sendo (na minha opinião) mais simples para um magista iniciante de trabalhar.

Geomancia, Gematria e Tarock
No Egito, especialmente Alexandria, estava o berço dos Illuminati e os maiores avanços esotéricos e científicos. Quando os Mamelucos tomaram o controle daquela região (vamos ver isso mais em detalhes quando eu chegar nas Cruzadas), eles tomaram muitos dos conhecimentos dos Sufis (os místicos islâmicos), especialmente seus conhecimentos de Astrologia e Oráculos (que já vinham sendo desenvolvidos desde o século XI, com al-Ghazali). Este conhecimento passou posteriormente para os Templários, Cátaros e Rosacruzes.
Da combinação da Gematria (as 22 letras e números do alfabeto hebraico) somados ao conceito dos 4 Mundos (que eram representados simbolicamente pelos 4 elementos, como já vimos anteriormente) e as dez esferas, temos as primeiras impressões de um oráculo que era chamado de “Tarock Mamluk”. Os protótipos dos primeiros conjuntos de Tarot.
O primeiro registro a respeito de um deck de tarot consta de 1376, em Bern, na Suíça (justamente os católicos banindo qualquer tipo de “adivinhações” da cidade). Os decks mais antigos que se tem exemplares são os Visconti-Sforza (produzido por volta de 1450-1490 e já com os tradicionais 78 Arcanos, embora nenhum museu do mundo tenha mais do que trinta deles em sua coleção), da família de ocultistas italianos que foram patronos de ninguém menos que o Grão Mestre Leonardo daVinci (1452-1519); o tarot de Visconti de Modrone (produzido por volta de 1466) e o Brera-Brambilla, confeccionado por Francesco Sforza em 1463 (Francesco Sforza foi mencionado no “Príncipe”, de Maquiavel e serviu como modelo para uma das mais famosas estátuas do Leonardo DaVinci).

O Tarot de Marselha
Ao contrário da crença popular, o “Tarot de Marselha” não faz parte da primeira leva de tarots que apareceram no ocidente nos séculos XIV e XV. Seu nome origina-se no capítulo XI do livro “O Tarot dos Boêmios” em 1889, escrito por ninguém menos que o dr. Gerard Encausse (Papus) e baseado nos tarots de Noblet (1650) e Dodal (1701). Uma das características principais deste tarot é conter a Papisa Joana no lugar da Sacerdotisa.
E do século XVIII até o dia de hoje, milhares de tipos diferentes de tarot foram criados. Uns bons, a imensa maioria cópia ou plágio dos tradicionais e um monte de porcaria… mas isso é assunto para uma coluna só de tarot, e voltarei a abordar este tema quando chegarmos à Arthur Waite, Aleister Crowley e a Golden Dawn.

#Geomancia #Runas

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/geomancia-runas-e-lost

RPGQuest – Diário de Produção – 02

rpgquest-4-elementos

Este conjunto de textos têm a finalidade de comentar sobre as decisões que tomamos na criação e desenvolvimento de um jogo baseado na Kabbalah, na Jornada do Herói e na Árvore da Vida. Quem ainda não conhece o projeto, recomendo ler primeiro o post sobre O Reino de Arcádia.

No RPGQuest, os Heróis farão sua jornada em uma Grande Ilha chamada Arcádia, composta de diversos Reinos baseados nas Esferas da Árvore da Vida. Cada partida será única, pois todo o cenário, castelos, vilas, torres e outros locais de interesse serão sempre diferentes. Uma vez determinado o cenário, vamos voltar nossa atenção para os Heróis.

Os Quatro Elementos

Dentro da Alquimia, os princípios Herméticos são representados pelos Quatro Elementos. A saber, a TERRA, que representa o Mundo Material, a força e o vigor; o AR, que representa a agilidade de pensamento, leveza e conhecimento da escrita, lógica e razão; a ÁGUA, que representa as emoções, cura, caridade e compreensão; e finalmente o FOGO que representa a Vontade.

As Classes e os Quatro Elementos

Sendo um jogo de tabuleiro baseado na Kabbalah, nada mais natural que o RPGQuest ter como suas quatro classes principais os quatro Elementos da Alquimia. No RPGQuest, a TERRA representa a força e a resistência dos Guerreiros; AR representa a agilidade e destreza dos Ladinos; ÁGUA representa a inspiração e poder de cura dos Clérigos e FOGO representa o poder e a vontade dos Magos. Todos os Personagens de RPGQuest possuem em suas classes principais combinações dos 4 Elementos.

A Jornada do Grupo

No RPGQuest, você não controlará apenas um Personagem, mas um GRUPO de Personagens. O Objetivo de uma partida é guiar este Grupo de Aventureiros dentro de Arcádia de modo que eles se tornem os Aventureiros mais famosos de todos os Reinos. E como fazer isso? Através das Missões, Desafios e Aventuras, oras! A Cada aldeia que os Heróis salvam das garras dos Orcs, a cada Dragão derrotado, a cada Dungeon explorada, a cada Artefato descoberto, a cada missão bem sucedida, o Grupo recebe PONTOS DE VITÓRIA, que indicam o quão famoso aquele Grupo é. Quanto mais aventuras o Grupo realizar, mais prósperos e famosos eles se tornam! E com maiores poderes, maiores responsabilidades…

Durante o jogo, o Grupo terá diversos tipos de missões para resolver, dependendo da estratégia de jogo de cada Jogador: Podem enfrentar exércitos de Orcs, Bullywugs, Gnolls, Trolls e outras criaturas malignas que rondam as florestas, desertos e colinas; proteger rotas comerciais ou servirem de guarda-costas de príncipes e princesas; podem investigar antigas ruínas e dungeons atrás de artefatos e tesouros, realizar missões diplomáticas ou investigar crimes cometidos nos Reinos; podem explorar cavernas, investigar portais ou minerar Mana, auxiliar os magos e os anões na fabricação de seus itens mágicos, realizar missões de resgate e muito mais…

A Evolução de Personagem

Na Jornada do Herói, conforme eles vão conquistando as missões, os personagens adquirem experiência e se tornam mais poderosos, aumentando suas capacidades individuais. No RPGQuest isto também ocorre. Conforme os Heróis de seu Grupo vão avançando na Árvore da Vida, você pode direcionar suas habilidades de acordo com sua estratégia de jogo.

Cada Personagem começa a partida como APRENDIZ. Quando chega ao grau de COMPANHEIRO, pode escolher entre os Elementos de Classe que mais tenha afinidade para evoluir. No caso acima, por ser um Warlock, Ironfoot pode aumentar seus poderes como Guerreiro (Terra) ou Mago (Fogo). Ao chegar ao grau de MESTRE, faz novamente uma escolha. E finalmente chegará ao grau de ESPECIALISTA e terá desenvolvido habilidades únicas, tornando a história de cada Herói única e especial na Jornada (e diferente cada vez que você joga uma nova partida!).

E conforme nossos Heróis ficam mais poderosos, também aumentam os desafios. No próximo artigo, falarei sobre as Aventuras e os Grandes Desafios!

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpgquest-di%C3%A1rio-de-produ%C3%A7%C3%A3o-02

Cursos de Hermetismo em EAD

Salve

Desde 2020 estamos realizando apenas os cursos via EAD, na plataforma própria dentro do nosso site, como na netflix.

Os cursos são estruturados em módulos de 6-8h que podem ser divididos e assistidos a qualquer tempo e horário, quantas vezes você quiser, ficando libertados na plataforma de maneira vitalícia para nossos alunos (sabemos que muitos gostam de rever os cursos antigos conforme vão aprendendo novas matérias).

A ordem indicada para começar é a seguinte:

ESSENCIAL

0 – Kabbalah Hermética

Este é a base para entender como funcionam todos os sistemas mágicos e a partir dele você pode escolher quais assuntos te interessam mais para aprofundar os estudos:

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BÁSICOS

1 – Astrologia Hermética

Tudo o que você precisa saber para conseguir interpretar seu Mapa Natal. Planetas, Signos, Casas e Aspectos

1 – Tarot Completo

Arcanos Maiores e Menores e sua correspondência direta com a kabbalah e a astrologia.

Ensina o uso oracular, simbólico e o trabalho ritualístico com os arcanos.

1 – Geomancia

O Oráculo da Terra. Um dos mais simples e apaixonantes métodos, que pode ser feito em qualquer lugar e com quaisquer materiais. Também é a base para o xamanismo urbano e a conversa com os elementos de sincronicidade ao nosso redor.

1 – Runas e Talismãs Rúnicos

As Runas estudadas sob a perspectiva da Árvore da Vida e seu uso magístico, ritualístico e oracular. Você aprenderá como criar e utilizar talismãs e amuletos rúnicos, bem como o uso em conjunto com o tarot e a Kabbalah.

1 – Consagrações (Magia Prática)

O primeiro passo na Magia ritualística é saber como consagrar e imantar objetos, armas e ferramentas para uso dentro do altar pessoal e no dia-a-dia.

1 – Mitologia Grega e a Kabbalah Hermética

Um curso de mitologia amparado pelas bases do hermetismo e pela árvore da vida.

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INTERMEDIÁRIOS

2 – Alquimia

Pré-requisito: Kabbalah

O curso com as bases filosóficas da alquimia, para se compreender os símbolos a partir da Cabala Judaica, com o prof. Rafael Daher.

2 – Especialização em Tarot de Thoth (Curso Completo)

Pré-Requisitos: Kabbalah, Tarot

Como utilizar os Arcanos maiores e menores da obra prima de Aleister Crowley. Uso oracular e magístico. O curso explana as diferenças deste tarot para os outros tarots e como se utilizar das cartas para fins magickos.

2 – Qlipoth, a Árvore da Morte

Pré-Requisitos: Kabbalah

Um dos cursos mais importantes, estuda as cascas da Árvore da Morte e os Túneis de Set. Todo o trabalho de NOX nas Ordens Iniciáticas é pautado pelo estudo da Árvore da Morte. Compreenda as engrenagens pelo qual o mal funciona, como identificá-lo e como trabalhar o abismo dentro do autoconhecimento.

2 – Magia dos Quatro Elementos

Pré-Requisitos: Consagrações

A magia natural e seus quatro elementos: Fogo, terra, Água e Ar em seu uso magístico, prático e utilitário no dia-a-dia. Como criar e utilizar as ferramentas de cada um dos elementos e suas combinações.

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AVANÇADOS

3 – Magia do Ar e Fabricação de Incensos

Pré-Requisitos: Consagrações, Magia dos 4 Elementos

O estudo das ferramentas de trabalho com o elemento ar; plantio, colheita e preparo de ervas para a confecção de incensos para trabalhos planetários

3 – Magia Planetária

Pré-Requisitos: Kabbalah, Astrologia, Consagrações

A Magia Planetária é parte da bruxaria tradicional; este curso ensina como trabalhar os sete planetas na magia, incluindo preparação de ferramentas, horas mágicas, incensos, influências, regências, invocações e como utilizar cada tipo de energia para qual tipo específico de ritual.

3 – Revolução Solar

Pré-Requisitos: Kabbalah, Astrologia, Magia Planetária (não obrigatório mas recomendado)

Este curso lida com a criação e interpretação do horóscopo trabalhando cada planeta de seu mapa astral com os aspectos de cada planeta ao longo do ano. Os trânsitos dos planetas mais afastados para descobrir os períodos benéficos e complicados do ano e os trânsitos dos planetas rápidos para a escolha de datas mágicas para rituais ao longo do mês, para aproveitar completamente os aspectos zodiacais na magia planetária.

3 – Os 72 Nomes de Deus

Pré-Requisitos: Kabbalah, Astrologia, Consagrações, Magia Planetária

Como trabalhar a Teurgia com o Shem Ha-Mephorash, as 72 emanações que regem a Árvore da Vida. Também conhecidos como “Anjos Cabalísticos”, estas entidades regem os aspectos mais puros do universo e podem melhorar as caracteristicas de cada Carta Natal, auxiliando no trabalho da Verdadeira Vontade de cada magista. Evocações angelicais, magia com salmos e seu uso para o autoconhecimento.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-de-hermetismo-em-ead