Resultados da Hospitalaria – Março 2012

Em Março tivemos 38 Mapas e 22 Sigilos.

Entidades auxiliadas:

– Creche Anjos da Guarda

– Cruz Vermelha da França

– Exército da Salvação

– Médicos Sem Fronteiras: www.msf.org.br

– Casas André Luiz: http://www.andreluiz.org.br

e 18 doações de sangue.

E pretendemos continuar o projeto de Hospitalaria. Quem estiver a fim de participar, é só seguir as instruções e pegar seu Mapa Astral ou Sigilo Pessoal via o TdC.

#Hospitalaria

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/resultados-da-hospitalaria-mar%C3%A7o-2012

Resultados da Hospitalaria – Abril 2012

Em Abril tivemos 37 Mapas e 26 Sigilos.

Entidades auxiliadas:

– Creche Anjos da Guarda

– Lar dos Idosos Astrogildo Ribeiro

– Cruz Vermelha – Alemanha

– Médicos Sem Fronteiras: www.msf.org.br

– Casas André Luiz: http://www.andreluiz.org.br

– Caixa de AMRA da AMORC Curitiba

– Caixa de AMRA da AMORC Belo Horizonte

e 18 doações de sangue.

E pretendemos continuar o projeto de Hospitalaria. Quem estiver a fim de participar, é só seguir as instruções e pegar seu Mapa Astral ou Sigilo Pessoal via o TdC.

#Hospitalaria

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/resultados-da-hospitalaria-abril-2012

O verdadeiro pacto com lúcifer

Acaba de cair em minhas mãos uma pérola da ritualística satânica. O único, verdadeiro, exclusivo e obscuro “Pacto Qlifótico com Lúcifer” em pessoa! E comentado pelo tio Del Debbio. O que mais você pode querer?

Eu já havia comentado sobre Pactos com Lucifer e sobre Pactos com o Diabo, Perfumes mágicos de Templo, mas o povo das internets é muito sem noção. A ação destes “pactos” me lembra muito aqueles golpes clássicos de estelionato em que a vítima acha que vai passar a perna no golpista e comprar dele um bilhete premiado de loteria, sabe qual?

From: xxxx.xxxxxxxxx@bol.com.br

Subject: Confirmação/Iniciação

Bom dia;

@MDD – Bom dia.

Sua objetividade e rapidês na resposta denotam certeza na decisão e firme convicção daquilo que desejas, serás muito bem vindo no Reino de Lúcifer onde não há espaço para indecisos e pessoas de caráter duvidoso.

@MDD – opa. Começou bem… eu já estava com um pé esquerdo atrás, porque ninguém que usa email do BOL pode ser sério… mas se você diz que apenas pessoas de convicção serão aceitas no Reino de Lucifer, então eu acredito…

Nosso Templo existe a mais de 60 anos em endereço fíxo, com um longo histórico de aplicação eficáz em Alta Magia, viemos desenvolvendo um transparente trabalho prestado para pessoas do BR e do exterior.

Obedecendo a objetividade deste assunto, segue dados da conta destinada para o envio voluntário do valor referente ao custeio da sua iniciação (R$270.00). Banco do Brasil Ag: xxxx-xx conta xxxxx-xx

@MDD – Sessenta anos? isso dá 1953… voces são mais antigos que a Igreja do Anton LaVey! Então voces sao satanistas antes de inventarem o satanismo. Seems legit.

Reflita sobre sua decisão, decisão esta que deve ser expontanea, irrevogável e sigilosa, sabendo-se que neste momento já és assistido por Lúcifer pois todos os que a Ele buscam ou em seu mundo entram por qual motivo for, são observados em silencio e encaminhados para o sucesso ou para o fracasso se ousarem especular. Se me confirmares o depósito via e-mail ou torpedo (xxxxxxxxxx) até ás 18:00 desta sexta feira serás iniciado na mesma noite e no sábado receberás o seu pacto com todos os detalhes.

@MDD – Iniciação à distância, sem qualquer participação do candidato, escrevendo “expontanea”… sei la… está parecendo meio picareta, não? Por que da confirmação antes das 18h? não tem caixa eletrônico no inferno? O diabo só atende em dias úteis?

Ao se tornar um filho de Lúcifer jamais estará a mercê de dificuldades ou nas mãos de outras pessoas, terás a certeza da conquista do que vier a lhe satisfazer. Tudo no mais absoluto sigilo sem jamais tocar no assunto pacto, o que ocorre é que os iniciados são praticantes do luciferianismo, ok.

Peço que me retorne em seguida com sua resposta assim que receber esta mensagem, pois as iniciações ocorrem em caráter restrito e limitado, assim precisamos reservar seu ritual.

Aguardo sua decisão.

@MDD – entao… acontece que o zé ruela que fez esse pacto está todo fudido na vida, e não contou pra ninguém sobre o pacto. Fez todas as macacadas que você mandou e descobrimos no terreiro que ele está obsediado por uma pequena falange de eguns. Nada de conquistas… virou uma pilha, como vários outros que me escrevem.

OBS: mimimi-codigo/2010 (Esté é um código que lhe servirá para ter acesso á determinados encontros, sites e outros, também serve para sabermos a data em que tivemos contato e os seus demais dados. Se prosseguir ou não, este código é enviado e armazenado por toda a Ordem Luciferianista no BR e Exterior. Os verdadeiros Sacerdotes e Discípulos saberão quem é, ok.

Luz e força!!!

@MDD – Porque “Luz e Força”? Lucifer não é o maioral, mestre das trevas? deseja Luz pra pessoa por quê? Na hora de fazer o pacto, é “forças das trevas isso, forças das trevas aquilo”… na hora de dar tchau é “paz e luz”? não entendi.

“Att: Servo de Lúcifer”

todo o conteúdo deste é de origem e destino privado, a reprodução, alteração e divulgação destas informações sem autorização por escrito poderão ocasionar processos judiciais. ®

@MDD – terei de chamar meus advomagos para lidarem com isso. Sr. dr. Caveira e sr. Dr. tranca Ruas.

———————-

PRIMEIRA ETAPA

Bom dia caríssimo;

Sua iniciação ocorreu noite passada, para o seu conhecimento nos foi revelado tudo sobre sua pessoa, você até então não possui nenhuma ligação concreta com Lúcifer. Estas informações ficarão impressas e arquivadas no Templo.

Pacto com Lúcifer: Este ritual foi o indicado para a vossa pessoa através do Demônio Cemieli com permissão de Lúcifer, algumas palavras são modificadas a fim de terem validade única e exclusivamente para você. Futuramente lhe será revelada as maneiras de invocar o Demônio assim quando precisar. De uma forma ou de outra está buscando por Lúcifer.

@MDD – esse é um demonio tão secreto que eu nunca tinha ouvido falar dele, nem o google. Ficamos felizes de termos o ritual para poder invocá-lo lá no terreiro. Vou adorar tomar um cha com ele qualquer dia.

+Podes iniciar hoje mesmo+

+++Fazer esta oração todas as noites antes de dormir. Durante toda a sua vida luciferiana.

Lúcifer, Lúcifer, Lúcifer. Enquanto eu dormir quero que prepare meu corpo e minha mente para que eu possa ser o seu mais fiel servidor, que assim seja em nome de todos os demônios.

Cloaca Lucifugi mimimi.

Cloaca Lucifugi mimimi.

@MDD – Voce sabe o que “cloaca” quer dizer, ne?

Hodie eternite luciferius.

Ó grande Belzebuth, eu vos peço debaixo da santa pena da obediência, pelas quatro colunas do céu, pelo sangue do messias, Que venhas falar comigo. Começais a habitar a minha mente, o meu corpo e a minha alma.

Fazei de mim o vosso condenado irmão.

Fazei de mim um vencedor supremo neste mundo, dai a mim tudo aquilo que lhe peço e serei seu eterno servo.

Agora me deito para repousar e peço que se abram as portas das trevas para que eu desça as escadas do inferno e chegue diante do trono de Lúcifer para pedir-lhe que me aceite como filho e estenda a mim o seu poder.

Coacla Lucifugi mimimi, Coacla Lucifugi mimimi.

Salve Lúcifer, Ave luciferius excelssis, senhor dos mundos, Ontem, Hoje e Sempre+++

@MDD – deixa eu ver se eu entendi de novo… o chefão é o diabo, mas tem de pedir permissão para deus e para o messias para que o belzebu possa fazer qualquer coisa. Ficar repetindo todos os dias que quer ser um “eterno servo” também me parece uma pegadinha, o que o senhor acha?

1- Precisa ir em um cemitério e acender uma vela branca em 7 sepulturas diferentes onde estejam sepultados homens com menos de 33 anos. (7 velas, uma para cada túmulo). Em qualquer dia e horário.

Ao acender cada vela diga:

“Ofereço esta vela para Egum e peço que me acompãe de agora em diante, sendo meu escravo em nome de Barrabáz, Caifáz, Ferrabrás, Cemieli, Segal, Baal e Seth o Demônio do Egito. Que assim seja.

(Do lado de cada túmulo retire um punhado de terra e guarde em um pote ou lata, longe da luz do sol, neste pote deve ter um pequeno sapo).

@MDD – Ofereço essa vela para “egun”?!?! eu li certo?!? A única coisa que vai acontecer é o idiota voltar para casa carregado de eguns (e garanto que nenhum será escravo dele). Sem contar que a idéia de levar terra dos túmulos dos eguns pra casa parece coisa de gênio… só que ao contrário.

2- – Escrever o Pai Nosso de traz para a frente (letra por letra)

“Méma Lam od son-iarvil sam, oaçatnet me riac siexied son oan e, odidnefo met son meuq a somaodrep són omoc missa, sasnefo sasson sa iaodrep, ejoh iad son aid Adac ed osson õap O. uéc omoc arret an missa, edatnov assov a atief ajes, onier ossov O són a ahnev, emon ossov o ajes odacifitnas, suéc son siatse euq, osson iap.

Ave Lúcifer, Glória a Lúcifer, agora e eternamente”

@MDD – Não tem efeito prático a não ser impregnar o papel com a concentração da pessoa. Vale tanto quanto qualquer papel que tenha o nome dela assinado, mas parece meio cheio de pirulitagem isso…

Ir em uma missa por semana durante três semanas com intervalo de 7 dias e ler esta oração. (este é um ritual de profanação, para mostrar a Lúcifer que vossa pessoa realmente regena a cristandade e o quer como Senhor e Mestre)

Você entra na igreja, pode sentar-se ou ficar em pé e diz:

@MDD – sentado cansa menos.

Eu (fala seu nome) renuncio ao Deus da luz e venero o Príncipe das Trevas, em seguida começa a ler o pai nosso invertido. Após ler, você começa a chamar por Lúcifer dizendo: Lúcifer, Lúcifer, Lúcifer, eu estou aqui em ato de profanação para mostrar-lhe que sou digno de ser seu filho. Eu renuncio tudo o que é sagrado, renego Jesus cristo e todos os anjos e santos. Lúcifer, Lúcifer, Lúcifer retira-te das profundezas do inferno e atenda o meu chamado.

Abram-te, porteiras das trevas, que se Abrão os portões, que venha a mim o supremo imperador ou um demônio por Lúcifer enviado, para me servir e ser servido por mim.

@MDD – Meu… isso deve ser muito engraçado de se ver. Imagina o satanista evil-kid-metallica-666-facebook entrando na igreja com sua jaqueta preta e cabelos compridos, que fala em voz alta igual a um disco riscado da Xuxa… os crente pira!

Na prática, serve para irritar os eguns da igreja e atraí-los para cima do zé ruela.

O PACTO:

3- Iniciar entre 22h numa sexta feira em um local silencioso e isolado de pessoas, deverá estar descalço em solo natural.

– Desenhe um pentagrama no chão, usando sal grosso ou comum. (um círculo com uma estrela de 5 pontas dentro do tamanho que lhe caiba dentro, uma das pontas deve estar direcionada para o Sol)

@MDD – Se enfiar dentro de um círculo fechado de sal grosso… excelente idéia, batman!

– Leve uma garrafa de vinho tinto.

– Acenda uma vela preta em cada ponta (6 velas), e uma no centro, faça um buraco ao lado da vela central.

– Acenda um insenso de sândalo (tipo vareta) ao lado de cada vela.

@MDD – Sândalo ajuda com o contato com o astral… mas sério MESMO que vocês vão fazer um pacto com “Lucifer” (tipo… “O” lucifer, senhor das hostes demoníacas, estrela matutina, e etc etc etc) usando incenso de varetinha?!?! eu estou com vergonha alheia só de ler isso…

– Quebre um ovo crú e deixe no chão ao lado de cada insenso, em cima de cada ovo coloque algo com seu dna, pode ser um fio de cabelo, restos de unha…

@MDD – alguém se lembra do que eu falei sobre não dar pedaços de DNA para estranhos? O ovo cru é a energia que vai fazer a evocação funcionar… coisa de pobre de verdade…

– Entrando dentro e fique voltado ao leste (Sol nascente), sente-se em posição de meditação e diga:

Invocação Universal á Lúcifer: (podes decorar ou levar um rascunho)

“Renich?mimimi Tasa Uberaca Biasa Icar mimimi Lucifer (repita 3 vezes seguidas)

Ao leste Eu chamo, e no ar da iluminação.

Eu (nome completo),

Invoco o teu nome e o teu poder.

Oh, Imperador do Inferno.

Mestre de todos os Espíritos Rebeldes.

Lúcifer, mimimi,

Lúcifer, esteja aqui presente.

Venha a mim, Senhor Lúcifer, manifeste-se,

Dentro deste corpo, dentro deste Templo que eu preparei.

@MDD – Vou ter de interromper… está muito engraçado. O fulano traz do cemitério sete eguns, mais os que ganhou na iCAR, se tranca dentro de um círculo de sal e evoca seja-la-que-egun-da-egregora que for lá pra se manifestar “dentro deste corpo, dentro deste templo que eu preparei”? é sério… é SÉRIO!?!?!?

Venha a mim, Senhor Lúcifer, manifeste-se.

Estou aqui para pedir a sua ajuda.

Abra os Portões do Inferno para que eu possa entrar e poder tornar-me como o Senhor.

Abra o Portão Senhor Lúcifer para que eu possa entrar.

mimimi

Desejo realizar um Pacto.

Venha a mim, Senhor Lúcifer, mimimi.

Lúcifer eu invoco o Teu nome.

xxxxx xxxxxx xxxxxx (repita 3 vezes).

Invoco a presença dos mestres Satan, Leviathan, Belial, Astaroth, Azazel, Baal-Beryth, Segal, Beelzebu, Abbadon, Asmodeus, Verrine e Flereous para testemunhar este pacto.

@MDD – Aqui é a pegadinha do malandro. O camarada chama pelos demonios, mas quem atende são os eguns que estão por perto. Nessa hora eu consigo imaginar que o egun chefe do esquema de pirâmide chega usando o corpo do zé ruela, e propõe para os eguns que estão chamados ali pela terra de cemitério que se juntem ao grupo. Os malucos costumam estar mais perdidos que cego em tiroteio (lembrem-se que sao tumulos de menores de 33 anos, o que quer dizer que geralmente serão mortes violentas ou de acidentes e que os fulanos devem estar perdidos no umbral baixo).

Nas vocare tu Lúcifer,

Parcepts es hic rictus.

Salve Lúcifer, Senhor do Mundo.”

RENUNCIA E PROCLAMAÇÃO

?(Repita-a 3 vezes)

“Eu (nome completo) na presença do Senhor Lúcifer,

Renuncio á Santa Trindade,

Renuncio a Deus,

Renuncio a Jesus Cristo,

@MDD – E se eu for hare-krishna ou budista e não acreditar em nada disso? e se eu for ateu? Rá! aqui entra o nicho do pacto, que são ex-evangélicos quase-neo-ateus, revoltados com as IURDs da vida. Uma pessoa com um pouco mais de cérebro não iria cair nessa roubada…

Nego Jesus Cristo o enganador.

Renuncio o Espírito Santo.

Renuncio os Anjos e Arcanjos,

Nego a Deus o criador da terra e do céu.

Renuncio a Sagrada Igreja Católica e Cristã.

Renuncio a tudo que é sagrado e tudo que é bom.

Renuncio a todos os Deuses.

Proclamo que Lúcifer é Senhor deste Mundo.

Proclamo que Lúcifer é o único Deus da Terra.

@MDD – “Renunciao a tudo que é bom” hummmmmmm… ok… gênio… depois não sabe porque está na merda?

Ave Belfedoor, Ave Azaradel, Ave Ferrabrás, Ave Segal, Ave Musifin, Ave Rael, Ave Errumitael.

Proclamo que Lúcifer é meu Mestre.”

?

Em seguida: Fique de olhos fechados por uns instantes (quanto tempo desejar e mentalize todos os seus desejos)

TEXTO do contrato: Podes já levar escrito de casa, á lápis de cor preta em papel branco.

“MDD – “Lapis de cor?” Sério? Coitado do Lucifer… varinha de incenso, ovo cru e lapis de cor… só falta o cara comprar vinho de 9,90 no Extra e sal grosso de churrasco. Se eu fosse o Lucifer eu apareceria de verdade só pra ferrar a vida do desgraçado!

?

Leia uma vez:

__In Nomine mimimi mimimi mimimi

?? Veni, omnipotens aeternae diabolus, hodie ex eternite.

Eu (nome completo)

Em nome de Lúcifer e pelo poder de X, Y, Z e todos os demónios do inferno,

Faço este pacto contigo Senhor Lúcifer,

Entregando meu corpo,

Entregando minha mente,

Entregando minha alma,

Renego toda a cristandade, rejeito todas as orações que forem feitas em meu nome, renego toda a minha criação.

@MDD – “rejeito todas as orações que forem feitas em meu nome”… Parabéns!

Em troca lhe peço que me dê tudo aquilo que me satisfaça em vida.

Aceito suas leis e suas palavras, será meu eterno Deus e mentor. Tenho a total consciência que serei castigado com uma terrível morte se eu quebrar este pacto. Sei que jamais poderei revelar minha aliança ao mundo. Carregarei mundana gratidão por quem me ajudou a chegar até aqui na sua frente.

Se o Senhor me der as coisas que eu desejo em sete anos, o senhor terá total domínio sobre a minha alma.

Prometo lealdade, nunca quebrarei esta aliança.

A minha carne é a sua carne.

Meu sangue é seu sangue.

Meu corpo é seu corpo, minha mente é sua mente.

Serás o meu eterno Senhor e Deus.

ASS: Escreva seu nome completo e depois na hora, carimbe seu sangue.

@MDD – Isso… carimbe com seu sangue mesmo!

Após tudo feito, coloque o sapo com a terra dentro do buraco, despeje todo o vinho em cima, (coloque mais terra sem deixar que o sapo saia, fure seu dedo indicador direito com uma agulha virgem e carimbe em cima do seu nome, queimando o pacto na vela central de forma que as cinzas caiam dentro do buraco, coloque a agulha fincada para baixo no meio do buraco sobre as cinzas e cubra com terra.

?

?

OBS: Após, poderá deixar que as velas queimem até o fim, podes deixar tudo ali mesmo (por isso a necessidade de ser um local isolado como mata, sítio, praia…)

@MDD 0 isso… deixe as velas acesas na mata…

Importante ler tudo com atenção, se desejar me envie um e-mail com suas dúvidas e somente após compreender tudo inicie. Jamais deixe que estes textos caiam em mãos alheias, pois isso poderia comprometer sua relação com Lúcifer. Imprima ou copie este pacto e apague todas as informações que possibilitem alguém a tomar conhecimento de sua aliança.

Ave Lúcifer!!!

#Fraudes #LHP

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-verdadeiro-pacto-com-l%C3%BAcifer

Curso de Kabbalah e Astrologia em SP e RJ

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

Julho retornamos com os cursos básicos em São Paulo (dias 16/17) e finalmente conseguimos um lugar adequado no Rio de Janeiro (dias 23/24).

KABBALAH

Este é o curso recomendado para se começar a estudar qualquer coisa relacionada com Ocultismo.

A Kabbalah Hermética é baseada na Kabbalah judaica adaptada para a alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Golden Dawn e Ordo Templi Orientis no século XIX. Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística.

O curso abordará as diferenças entre a Kabbalah Judaica e Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre as 10 Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os 22 Caminhos e Daath, além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, arcanos do tarot, runas e símbolos associados a cada um dos caminhos.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– A Árvore da Vida em todas as mitologias.

– Simbolismo e Alegorias na Kabbalah

– Descrição e explicação completa sobre as 10 esferas (sefirot).

– Descrição e explicação completa sobre os 22 caminhos.

– Cruzando o Abismo (Véu de Paroketh).

– Alquimia e sua relação com a Árvore da Vida.

– O Rigor e a Misericórdia.

– A Estrela Setenária e os sete defeitos capitais.

– Cores, metais, incensos,

– Construção do Templo Astral e exercícios relacionados.

– Letras hebraicas, elementos, planetas e signos.

– Sigilações envolvendo a Kabbalah.

Total: 8h de curso

ASTROLOGIA

A Astrologia é uma ciência que visa o Autoconhecimento através da análise do Mapa Astral de cada indivíduo. Conhecido pelos Astrólogos e Alquimistas desde a Antigüidade, é um dos métodos mais importantes do estudo kármico e um conhecimento imprescindível ao estudioso do ocultismo.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– Introdução à Astrologia,

– os 7 planetas da Antigüidade, Ascendente e Nodos

– os 12 Signos,

– as 12 Casas Astrológicas,

– leitura e interpretação básica do próprio Mapa Astral.

Cada aluno recebe seu próprio Mapa Astral (precisa enviar antecipadamente data, hora e local de nascimento) para que possa estudá-lo no decorrer do curso.

Total: 8h de curso

16/07 – Kabbalah (São Paulo)

17/07 – Astrologia Hermética (São Paulo)

23/07 – Kabbalah (Rio de Janeiro)

24/07 – Astrologia Hermética (Rio de Janeiro)

Informações no email marcelo@daemon.com.br

#Astrologia #Cursos #Kabbalah

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-de-kabbalah-e-astrologia-em-sp-e-rj

Maçonaria e Islamismo

A relação entre Islamismo e Maçonaria sempre foi tema obscuro, delicado, polêmico, e por isso evitado por muitos autores. Quando das raras vezes abordado, os autores se restringem em citar Lojas e Obediências que existiram e existem nos países árabes e, de modo geral, param por aí. Uma postura um tanto quanto incoerente se observarmos os objetivos maçônicos da livre pesquisa da verdade, da busca pela justiça e do combate à ignorância, a intolerância e o fanatismo.

O objetivo aqui é tentar apresentar algo diferente do que “mais do mesmo”, fornecendo informação válida e de forma neutra sobre o assunto e abordando as questões que realmente importam.

Após o triste dia de 11/09/01, muito se tem falado sobre o Islamismo, o qual teve sua imagem de certa forma manchada no mundo ocidental com o marcante incidente. Apesar dos esforços das autoridades, uma onda de intolerância e preconceito, reforçada pela ignorância, tem caído sobre o Islã e seus adeptos no Ocidente desde então.

Por isso, faz-se necessário esclarecer alguns pontos:

Símbolo Islã – Lua e Estrela

O Islamismo não é uma religião radical. É apenas uma religião como as demais que, por ter mais de 1,5 bilhão de adeptos, possui algumas vertentes baseadas em diferentes interpretações de diferentes passagens de seu livro sagrado, sendo que apenas uma minoria dessas é radical. O mesmo ocorre no Cristianismo, que também possui suas vertentes minoritárias radicais, fanáticas, baseadas em diferentes interpretações de suas sagradas escrituras. Não é toda mulher muçulmana que usa burca ou véu, assim como não é toda mulher cristã que tem cabelo até o joelho e saia até o calcanhar.

Shriners – Lua e Estrela

Por isso, não se pode julgar 1,5 bilhão de pessoas presentes em dezenas de países com base em grupos terroristas que agem por si próprios e sem a concordância de qualquer país ou mesmo de autoridades religiosas. E no que se refere a autoridade religiosa, o Islamismo não possui uma hierarquia com autoridade constituída, não existindo algo um “Papa” ou algo do gênero. Por esse motivo, dizer que existe uma postura oficial do Islamismo sobre determinado assunto seria, no mínimo, imprudente.

Compreendido tais questões, vejamos o Islamismo perante a Maçonaria:

Alguns maçons podem pensar que a Maçonaria talvez seja incompatível com a fé islâmica por conta de sua simbologia. Afinal de contas, muito da Maçonaria está relacionado ao Templo de Salomão, e em muitos graus de muitos ritos vê-se símbolos como letras em hebraico, cruzes, etc. Deve-se ter em mente que existem dezenas e dezenas de ritos maçônicos, sendo que alguns têm maior influência de uma ou outra religião, cultura ou época. Assim, temos ritos maçônicos com influências católicas, protestantes, judaicas, iluministas, egípcias, muçulmanas, cavaleirescas, nacionalistas, etc.Como já esclarecido, não existe uma autoridade que fale em nome da religião muçulmana. Assim sendo, é impossível que o Islamismo seja oficialmente a favor ou contra a Maçonaria. Diferente disso, outras Igrejas já se declararam oficialmente contrárias à Maçonaria, como a Igreja Católica e algumas outras Igrejas Cristãs de menor porte. Mesmo assim, isso não impediu que muitos dos fiéis dessas, sendo homens livres e de bons costumes, ingressassem na Ordem Maçônica nos últimos séculos.

Ainda nesse sentido, observa-se que a Maçonaria é Ordem voltada a homens livres, e essa liberdade também se refere às amarras da intolerância. Um exemplo claro é que muitos dos ritos maçônicos fazem referência a “São João”, ou aos “Santos de nome João”, enquanto que grande parte de seus adeptos são protestantes. Isso ocorre porque o maçom é homem racional, e compreende que a citação de “São João” não é questão dogmática, e sim referência histórica aos Solstícios.

Já Salomão e a construção de seu templo, tão presentes na Maçonaria, ao contrário do que muitos possam presumir, não se encontram apenas na cultura e religião judaica. Esse importante personagem e evento também estão descritos no Alcorão. Para os maometanos, Salomão era um rei dotado por Deus de toda a prudência e sabedoria, um grande profeta como todos os descendentes de Davi estariam predestinados a ser. E sua importância era tamanha que Deus ordenou que os homens e “gênios” obedecessem a suas ordens e trabalhassem na construção de seu templo e palácio.

Gênios? Que gênios?

Esse é um ponto tão interessante que mereceu esse destaque. Os gênios estão presentes na cultura árabe desde tempos imemoriais. Seriam seres criados por Deus, invisíveis, mas que possuem a habilidade de se materializarem entre os homens e realizarem feitos notáveis. Não são anjos, pois possuem o livre-arbítrio e podem ser castigados ou mesmo aprisionados. Dessas crenças surgiu o famoso “gênio da lâmpada”, tão explorado em contos infantis. Esses gênios teriam, sob as ordens de Salomão, auxiliado os homens na construção de seu templo.

As duas faces da moeda

A questão religiosa está presente na Maçonaria desde seu início e, apesar de não ser discutida nas Lojas, está mais em voga do que nunca. Prova disso é que, nos últimos anos, os Nobres Shriners, instituição maçônica fundada no século XIX com temática e simbologia árabe, vem discutindo sobre a redução dessa influência árabe na instituição. Em contrapartida, as históricas críticas à Ordem dos Cavaleiros Templários, último degrau do Rito de York e restrito aos maçons que professam a fé cristã, continuam mais presentes do que nunca. Qual seria o caminho ideal: a busca pela universalidade ou a promoção das diferenças?

Conclusão

A Maçonaria está para o muçulmano assim como está para o cristão: dependente da ausência de intolerância e fanatismo por parte do fiel, e da ausência de ignorância por parte dos demais integrantes.

A durabilidade e sucesso da Maçonaria sempre se deveu ao fato de sua união ser baseada nos pontos comuns e sua riqueza nos pontos diferentes. Enquanto os diversos Ritos, Ordens internas e Corpos aliados proporcionam ao maçom participar daquilo com que se identifica, cujos valores compartilha, todos os membros dessas instituições se sentem integrantes de uma única família, e constroem a fraternidade sobre os landmarks que tornam a todos iguais: a crença num Ser Supremo e na imortalidade da alma.

O Dr. SM Ghazanfar, professor emérito da Universidade de Idaho, escreveu em um de seus artigos que “alienantes por aqueles que são diferentes, nós acabamos nos afastando e diminuindo nossa própria humanidade”. Que a Maçonaria, essa Sublime Ordem cuja finalidade é a felicidade da humanidade, saiba renovar seu compromisso de unir os diferentes pelo que eles têm em comum.

#Maçonaria #Islã #Islamismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ma%C3%A7onaria-e-islamismo

Curso de Kabbalah e Astrologia em Cuiabá

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

16/6 – Kabbalah

17/6 – Astrologia Hermética

Horário: Das 10h00 as 19h00

Informações: marcelo@daemon.com.br

[OBS] Se você mora em uma capital e tem contato com uma sala para 25-30 pessoas com quadro branco para alugar, me manda um email também, please. Gostaria de ver com o pessoal do Mayhem oportunidades para levar estes cursos para outras cidades.

KABBALAH

Este é o curso recomendado para se começar a estudar qualquer coisa relacionada com Ocultismo.

A Kabbalah Hermética é baseada na Kabbalah judaica adaptada para a alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Golden Dawn e Ordo Templi Orientis no século XIX. Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística.

O curso abordará as diferenças entre a Kabbalah Judaica e Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre as 10 Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os 22 Caminhos e Daath, além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, arcanos do tarot, runas e símbolos associados a cada um dos caminhos.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– A Árvore da Vida em todas as mitologias.

– Simbolismo e Alegorias na Kabbalah

– Descrição e explicação completa sobre as 10 esferas (sefirot).

– Descrição e explicação completa sobre os 22 caminhos.

– Cruzando o Abismo (Véu de Paroketh).

– Alquimia e sua relação com a Árvore da Vida.

– O Rigor e a Misericórdia.

– A Estrela Setenária e os sete defeitos capitais.

– Cores, metais, incensos,

– Construção do Templo Astral e exercícios relacionados.

– Letras hebraicas, elementos, planetas e signos.

– Sigilações envolvendo a Kabbalah.

ASTROLOGIA

A Astrologia é uma ciência que visa o Autoconhecimento através da análise do Mapa Astral de cada indivíduo. Conhecido pelos Astrólogos e Alquimistas desde a Antigüidade, é um dos métodos mais importantes do estudo kármico e um conhecimento imprescindível ao estudioso do ocultismo.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– Introdução à Astrologia,

– os 7 planetas da Antigüidade, Ascendente e Nodos

– os 12 Signos,

– as 12 Casas Astrológicas,

– leitura e interpretação básica do próprio Mapa Astral.

Cada aluno recebe seu próprio Mapa Astral (precisa enviar antecipadamente data, hora e local de nascimento) para que possa estudá-lo no decorrer do curso.

#Astrologia #Kabbalah

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-de-kabbalah-e-astrologia-em-cuiab%C3%A1

do Coração do Magista

No caminho do magista, desde o neófito e do buscador sério até os altos iniciados certas constantes são notáveis. À medida que se estuda e se aprofunda nos mistérios do mundo, se ampliam horizontes e a sabedoria cresce em nossos corações, é impossível deixar de perceber as posturas das pessoas à nossa volta.

Desde os inúmeros e, espero estar errado, número crescente de esquisotéricos e pseudo-ocultistas/intelectuais de Orkut e MSN, há também a proliferação de uma subespécie dentro da magia que infelizmente infesta nossos círculos e decai o nosso santo e suado trabalho esotérico: os magos de fim-de-semana e os falsos-irmãos.

Um é tão menos importante quanto o outro, e que nós, buscadores sérios temos que aprender a lidar, e combater com todas as nossas forças. Desde tempos imemoriais o mundo ocultista se vê infestado de criaturas desprovidas de senso crítico e alto apreço e apego pelo materialismo, poder e o que for de mais baixo na escala de coisas úteis e/ou necessárias.

A falta de preparo de irmãos por muitos séculos, salvo os poucos verdadeiros mestres, foi dando lugar aos charlatães se passando por leitores desorte, oráculos do futuro, fama e poder com promessas das mais extravagantes possíveis, manchando o nome de nossa tão antiga e divina arte. A ganância de homens de coração impressionável deu vazão a esses falsos e pretensos mestres, alimentando o ego de homens poderosos, que abusavam de poder, e não tinham escrúpulos em derramar sangue, mesmo em nome de sua ‘santa’ religião, seja ela qual for. Os séculos passam, os Aeons se amontoam e lá estão eles, seja como andarilhos munidos de um baralho tosco e uma lábia afiada até metaleiros-gothicos-punks que juram de pés juntos que são vampiros, dragões ou vermes (maggots) e que na verdade mal sabem fazer um simples banimento que preste. Deprimente.

O caminho pela informação séria e verdadeira dos caminhos da alta magia sempre foram veladas a poucos escolhidos que tinham sua fé e sua vontade testados à exaustão a fim de se livrar das amarras do mundo profano e galgar os primeiros degraus em uma evolução real e verdadeira, com estreita ligação com seus respectivos Sagrados Anjos Guardiões (SAG) e anos de trabalho.

Magia é uma escolha que se faz para a vida, e sou totalmente a favor da idéia de que a magia deve ser elitizada, nada contra a propagação do conhecimento, mas deve-se provar o devido valor e respeito para adentrar o templo, atravessar o umbral e ter o mais leve vislumbre da verdade da vida, o universo e tudo o mais.

Tive um inicio conturbado nos caminhos do misticismo. Desde criança sabia que tudo o que pensava que via e que sentia eram reais, mesmo que não da forma que uma criança espera, mas ainda assim era novo demais, e não sabia onde procurar, e infelizmente a biblioteca da escola não tinha nenhum material realmente sério. Pretensão infantil talvez, mas que assentou as estruturas de minha mente, me ajudou a entender em um primeiro momento que o que eu queria alcançar não seria fácil.

Se alguém tem interesse nesses conhecimentos, aconselho paciência, dedicação e muito, muito estudo, principalmente a prática constante. Magia é prática, acredito que todo o conhecimento deve ser usado para algo, se não pode ser aplicado em algo útil para a vida, é peso morto, e há muito material para se estudar, assim sendo: uma tarefa de uma vida.

Em um dos muitos dias em que passava sentado em uma cadeira, na sala do Fr. Goya, enquanto passava o tempo perguntando coisas ao acaso, lendo os livros que ele indicava sobre a mesa, um homem entrou em sua sala, entrou fazendo piada, descontraído e totalmente à vontade, decididamente um velho conhecido do Frater (ainda é pratica comum, mesmo com minhas visitas agora esporádicas, fazermos piadas, mantermos um ambiente leve, com conversas descontraídas, e mesmo nas sérias, mas com o sentimento de sinceridade sempre presente), e fez uma pergunta, incrivelmente feita olhando em meus olhos, eu não tinha muita noção da resposta, mas fiquei maravilhado como a forma que fui tratado (e não era nem um projeto de neófito na época, quiçá um iniciado) o que me fez pensar muito. Ao sair perguntei ao Frater se era impressão minha ou todo magista sério que eu via todos, sem exceção tinham um humor afiado, mesmo os mais sérios, o que por sinal era algo que não havia pensado até então, e que não esperava. Ele respondeu apenas que quem faz caras-e-bocas, poses e fala demais deve, no mínimo, não ser levado a sério, o caminho é muito árduo para qualquer um que queira manter banca, e nenhum desses pretensos góticos-vampiros do Largo da Ordem ou qualquer esquisotérico de Orkut tem mais que um conhecimento raso da verdadeira alta-magia, e ainda se dizem detentores de todo o conhecimento dado por Lúcifer direto do inferno. Aham senta lá.

Outra questão é o numero de pretensos autores de astrologia, tarot, wicca ou qualquer cosia que dê dinheiro e que agrade a grande massa ruminante que assola as bancas atrás do ultimo horóscopo de jornal, ou do ultimo exemplar de tarot

cigano/egípcio/draconico sopra dizer que faz leituras de amor e prevê o futuro. Infelizmente há quem siga esse caminho a vida toda e não percebe o erro que cometeu. Sigam os cânones, não tentem mudar quaisquer ritual só porque lhe convém, não pensem que é fácil. Se pensarem assim me desculpem, mas o mundo não precisa de vocês. Já é difícil lutar para ter o conhecimento adequado da própria alma, do próprio eu, e ainda ter que agüentar afagadores de ego que só querem ter parte em um grupinho de amigos.

Há ainda os falsos-irmãos, enganam ordens, e a si mesmos, compram graus e cargos e nem sabem o que o tal grau faz, apenas para ter um símbolo rosa-cruz/druida/wicca/maçom na lapela e fazer bonito frente a algum seleto grupo de ignorantes influenciáveis. Uma pena. Infelizmente isso existe, ainda, e dependemos do bom senso desses irmãos, que mais fazem manchar os nomes e egrégoras que levamos Aeons para formar e fortalecer.

Sou um caminhante romântico, acredito no papel de cada um perante a humanidade, e acredito no valor dos meus esforços, não apenas a mim, mas perante a humanidade toda. Ainda amo essa terra, apesar de tudo, e sei que um dia o que é feito de bom por nós virá à tona. Um dia.

Que no coração do homem bom exista a força e a coragem necessária para repartir o pão perante outros homens como iguais, como irmãos, como partes da mesma essência divina. Somos divindades em treinamento, não joguem essa encarnação fora. Se for para fazer, que façam direito.

Veremo-nos no topo, nos veremos em dias melhores.

#MagiaPrática #Pessoal

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/do-cora%C3%A7%C3%A3o-do-magista

Curso de Kabbalah e Astrologia em Porto Alegre

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

21/4 – Kabbalah

22/4 – Astrologia Hermética

Horário: Das 10h00 as 19h00

Informações: marcelo@daemon.com.br

KABBALAH

Este é o curso recomendado para se começar a estudar qualquer coisa relacionada com Ocultismo.

A Kabbalah Hermética é baseada na Kabbalah judaica adaptada para a alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Golden Dawn e Ordo Templi Orientis no século XIX. Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística.

O curso abordará as diferenças entre a Kabbalah Judaica e Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre as 10 Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os 22 Caminhos e Daath, além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, arcanos do tarot, runas e símbolos associados a cada um dos caminhos.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– A Árvore da Vida em todas as mitologias.

– Simbolismo e Alegorias na Kabbalah

– Descrição e explicação completa sobre as 10 esferas (sefirot).

– Descrição e explicação completa sobre os 22 caminhos.

– Cruzando o Abismo (Véu de Paroketh).

– Alquimia e sua relação com a Árvore da Vida.

– O Rigor e a Misericórdia.

– A Estrela Setenária e os sete defeitos capitais.

– Cores, metais, incensos,

– Construção do Templo Astral e exercícios relacionados.

– Letras hebraicas, elementos, planetas e signos.

– Sigilações envolvendo a Kabbalah.

ASTROLOGIA

A Astrologia é uma ciência que visa o Autoconhecimento através da análise do Mapa Astral de cada indivíduo. Conhecido pelos Astrólogos e Alquimistas desde a Antigüidade, é um dos métodos mais importantes do estudo kármico e um conhecimento imprescindível ao estudioso do ocultismo.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– Introdução à Astrologia,

– os 7 planetas da Antigüidade, Ascendente e Nodos

– os 12 Signos,

– as 12 Casas Astrológicas,

– leitura e interpretação básica do próprio Mapa Astral.

Cada aluno recebe seu próprio Mapa Astral (precisa enviar antecipadamente data, hora e local de nascimento) para que possa estudá-lo no decorrer do curso.

#Astrologia #Cursos #Kabbalah

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Kether

Trecho extraído de “A Cabala Mística”, de Dion Fortune

1. Kether, a Coroa, localiza-se na cabeça do Pilar Medial do Equilíbrio, e nele estão suspensos os Véus Negativos da Existência. Já comentei a utilização desses Véus Negativos como estrutura para o pensamento, de modo que não repetirei esse ponto, mas lembro ao leitor qúe Kether, a Primeira Manifestação, representa a cristalização primordial na manifestação do que era até então imanifesto e, por conseguinte, incognoscível. Nada podemos saber a respeito da raiz da qual brota Kether; mas, quanto à própria Kether, podemos adiantar alguma coisa. Ela pode representar para nós, em nosso estágio de desenvolvimento, o Grande Desconhecido, mas não é o Grande Incognoscível. A mente do mago pode abarcá-la em suas visões mais elevadas. Em minhas próprias experiências com a operação conhecida como Elevação nos Planos, que consiste em elevar a consciência pelo Pilar Médio, por meio da concentração nos sucessivos símbolos a nos Caminhos, Kether, numa ocasião em que lhe toquei as fímbrias, surgiu como uma cegante luz branca, anulando por completo o pensamento.

2. Não existe forma em Kether, apenas puro ser, qualquer que seja ele. Poderíamos dizer que se trata de uma latência que se encontra a apenas um grau da não-existência. Tais conceitos são necessariamente vagos a não estou capacitada para dar-lhes a precisão que devem ter, mas ficarei satisfeita se pudermos reconhecer os graus do devir, compreendendo que a rude diferenciação entre Ser a Não-Ser não representa os fatos. Quando a existência se toma manifesta, os pares de opostos penetram o ser; mas em Kether não existe divisáo nos pares de opostos, pois estes, para se manifestarem, precisam esperar a emanação de Chokmah a Binah.

3. Kether, portanto, é o Um, que existia antes mesmo de dispor de um reflexo de si mesmo, para apresentar-se como imagem na consciência e aí estabelecer a polaridade. Devemos acreditar que ela transcende todas as leis conhecidas da manifestação – apenas existe, sem reação. Cabe lembrar, contudo, que, quando falamos de Kether, não significa uma pessoa, mas um estado de existência, a tal estado de substância existente deve ter sido completamente inerte, puro ser, sem atividade, até iniciar-se a atividade, que emana Chokmah.

4. A mente humana, não conhecendo outro modo de existência além do da forma a da atividade, tem muita dificuldade para conceber um estado inteiramente informe de passividade, o qual é, não obstante, muito distinto do não-ser. Mas precisamos realizar esse esforço, se quisermos compreender os fundamentos da filosofia cósmica. Não devemos lançar os Véus da Existência Negativa à frente de Kether ou nos condenar a uma perpétua dualidade insolúvel; Deus e o demônio lutarão para sempre em nosso cosmo, e não há finalidade em seu conflito. Devemos treinar a mente para conceber o estado de puro ser sem atributos ou atividades; podemos pensar nele como a luz branca cegante, não diferenciada em raios pelo prisma da forma; ou como a escuridão do espaço interestelar, que é nada, embora contenha as potencialidades de todas as coisas. Esses símbolos, sobre os quais repousa o olho interior, constituem um auxilio mais proveitoso para a compreensão de Kether do que todas as definições da filosofia exata. Não podemos definir a Sephirah Kether; só podemos indicá-la.

5. Constitui sempre uma experiência iluminadora descobrir o extraordinário significado das pistas contidas nas tabelas de correspondências, e o modo pelo qual elas conduzem a mente de um conceito a outro. A Primeira Sephirah chama-se Coroa, não cabeça, note-se. A Coroa é um objeto que se põe sobre a cabeça, a esse fato nos dá uma clara indicação de que Kether pertence ao nosso Cosmo, embora não esteja nele.

Descobrimos também a sua correspondência microscómica no Lótus das Mil Pétalas, o chakra Sahamsara, que se localiza na aura, imediatamente acima da cabeça. Penso que isso nos ensina claramente que a essência espiritual mais íntima de alguma coisa, seja no homem ou no mundo, nunca está na manifestação real, sendo antes a base ou raiz subjacente de onde tudo brota a pertencendo, na verdade, a uma dimensão diferente – a uma ordem diferente de ser. Esse conceito dos diferentes tipos de existência é fundamental para a filosofia esotérica a devemos tê-to sempre presente quando consideramos os reinos invisíveis do mago ou do ocultista prático.

6. Na filosofia vedanta, Kether equivaleria sem dúvida a Parabrahmâ; Chokmah, a Brahman; a Binah, a Mulaprakriti. Nos outros grandes sistemas do pensamento humano, Kether equivale ao seu conceito primário, correspondendo ao Pai dos Deuses. Se foram estes que criaram o universo no espaço, então Kether é o Deus do céu. Se o universo se originou na água, Kether é o oceano primordial. Kether relaciona-se sempre com o sentido do informe a do eterno. Os deuses de Kether são deuses terríveis que devoram suas crianças, pois Kether, embora seja o pai de todos, reabsorve o universo ao final de uma época de evolução.

7. Kether é o abismo donde se originam todas as coisas, a para onde estas voltarão ao final de sua era. Nos caminhos exotéricos associados a Kether,descobrimos, por conseguinte, a implicação da não-existência. Nos conceitos esotéricos, contudo, aprendemos que esse conceito é errôneo. Kether é a forma mais intensa de existência, ser puro, não-limitado por forma ou reação; mas essa existência pertence a um tipo diverso daquele a que estamos acostumados, aparecendo-nos, portanto, como não-existência, porque não combina com nenhum dos requisitos que a nosso ver determinam a existência. A idéia da existência de outros modos de ser está implícita em nossa filosofia a devemos tê-la sempre em mente, porquanto é a chave de Kether, a Kether é a chave da Árvore da Vida.

8. O texto yetzirático descritivo de Kether, como todos os dizeres da Sepher Yetzirah, é uma sentença oculta. Afirma ele que Kether se chama Inteligência Oculta, a os diversos títulos conferidos a Kether na literatura cabalística confirmam essa denominação. Kether é o Segredo dos Segredos, a Altura Inescrutável, a Cabeça Que Não É. Temos aqui novamente a confirmaçáo da idéia de que a coroa está acima da cabeça do Homem Celestial, o Adão Cadmo; o ser puro está atrás de toda manifestação, a não é por ela absorvido, sendo antes a causa de sua emanação ou manifestação. Tal como nos expressamos em nossas obras, assim se expressa Kether na manifestação. Mas as obras de um homem não constituem a sua personalidade, sendo, ao contrário, a expressão de sua atividade natural. Ocorre o mesmo com Kether; seu modo de existência não é manifesto, mas constitui a causa da manifestação.

9. Temos até agora considerado Kether em Atziluth, isto é, em sua natureza essencial a primordial. Devemos considerá-la agora tal como aparece nos outros três Reinos distinguidos pelos cabalistas.

10. Cada Reino, ou plano de manifestação, tem sua forma primária: a matéria, por exemplo, é, com toda probabilidade, primariamente elétrica, a essa forma primordial, segundo os esoteristas, consiste no subplano etérico que subjaz aos quatro planos elementais: Terra, Ar, Fogo a Água; ou, em outras palavras, os quatro estados da matéria densa: sólido, líquido, gasoso a etéreo.

11. Os cabalistas concebem a Árvore em cada um dos quatro Reinos, a saber: Atziluth, espírito puro; Briah, mente arquetípica; Yetzirah, consciência imagética astral; a Assiah, o mundo material em seus aspectos densos e mais sutis. As operaçáes das forças de cada Sephirah são representadas em cada mundo sob a presidência de um Nome Divino, ou Mundo do Poder, e esses mundos dão as chaves das operações do ocultismo prático nos diversos planos. O Nome de Deus representa a ação da Sephirah no Mundo de Atziluth, espírito puro; quando o ocultista invoca as forças de uma Sephirah pelo Nome de Deus, isso significa que ele deseja entrar em contato com sua essência mais abstrata, pois está buscando o princípio espiritual que sustenta a condiciona esse modo particular da manifestação. Reza uma máxima do Ocultismo Branco que toda operação deve começar pela invocação do Nome Divino na Esfera em que ocorrerá a operação. Isso assegura que a operação estará em harmonia com a lei cósmica. Nunca se deve descurar o equilíbrio da força natural, pois o equilíbrio é essencial para que o mago conduza em segurança as operações de acordo com a lei cósmica; por conseguinte, o mago deve procurar compreender o princípio espiritual envolvido em cada problema a operá-to convenientemente. Toda operação, por conseguinte, precisa ter sua unificaçâo ou resolução final em Eheieh, o nome de Deus de Kether em Atziluth.

12. A invocação da divindade sob o nome de Eheieh, isto é, a afirmação do ser puro, eterno, imutável, sem atributos ou atividades, que tudo sustém, mantém a condiciona, é a fórmula primária de toda operação mágica. Somente ao ser penetrada pela compreensão desse ser imutável a sem fim, de extraordinária concentração a intensidade, pode a mente ter qualquer compreensão do poder ilimitado. A energia derivada de qualquer outra fonte é uma energia limitada a parcial. A fonte pura de toda energia localiza-se tão-somente em Kether. As operações do mago visando à concentração da energia (e que operação não o faz?) devem sempre começar por Kether, porquanto deparamos nessa Sephirah com a força emergente que brota do Grande Imanifesto, o reservatório do poder ilimitado. É graças a Kether, o Grande Imanifesto oculto atrás dos Véus da Existência Negativa, que o poder tem origem. Se extrairmos poder de qualquer esfera especializada da natureza, estaremos, por assim dizer, tirando de Pedro para dar a Paulo. O poder vem de alguma parte a vai para algum lugar, a deve ser responsável no ajuste de contas final. É por essa razão que se diz que o mago paga com sofrimento o que obtém por meios mágicos. Isso é verdade se sua operação é realizada em qualquer uma das esferas inferiores da natureza; mas se tal operação tem início com Kether em Atziluth, o mago estará extraindo força imanifesta para colocá-la na manifestação; ele aumenta as fontes do universo e, desde que as forças se mantenham em equilíbrio, nenhuma reação rebelde ocorrerá, bem como nenhum pagamento em sofrimento pelo use dos poderes mágicos.

13. Esse é um ponto de extraordinária importância prática. Os estudantes aprenderam que as Três Sephiroth – Kether, Chokmah e Binah estão fora do alcance de qualquer obra prática enquanto estamos encarnados. Na verdade, elas estáo fora do alcance da consciência cerebral, a constituem a base essencial de todos os cálculos mágicos. Se não operamos a partir dessa base, não temos nenhum fundamento cósmico, colocando-nos entre céu e a terra a não encontrando nenhum lugar de repouso seguro. Devemos, ao contrário, manter a tensão mágica que mantém vivas as formas astrais.

14. A grande diferença entre a ciência cristã a as formas mais rudes do novo pensamento e da auto-sugestâo consiste no fato de que a primeira inicia todas as suas operações pela vida divina; e, por mais irracionais que sejam suas tentativas para filosofar o seu sistema, seus métodos são empiricamente sãos. O ocultismo, e especialmente o praticante da Magia Cerimonial, se não foi instruído nessa disciplina, tende a começar sua operação sem qualquer referência à lei cósmica ou ao princípio espiritual; conseqüentemente, as imagens mentais que ele forma são como corpos estranhos no organismo do Homem Celestial, ou Macrocosmo, a todas as forças da natureza se dirigem espontaneamente para a eliminação dá substância estranha e para a restauração do equilíbrio normal das tensões. A natureza luta contra o mago com unhas a dentes; conseqüentemente, todo aquele que recorre à Magia não-consagrada jamais pode descansar sua espada, pois precisa estar sempre na defensiva a fim de manter o que conquistou. Mas o adepto que inicia sua obra com Kether em Atziluth, isto é, no princípio espiritual, e opera esse princípio de cima para baixo a fim de expressá-to nos planos da forma, empregando para esse propósito o poder extraído do Imanifesto, integra sua operação no processo cósmico, e a natureza se coloca a seu lado, em vez de hostilizá-lo.

15. Não podemos esperar entender a natureza de Kether em Atziluth, mas podemos abrir nossa consciência à sua influência, a esta é muito poderosa, conferindo-nos uma estranha sensação de eternidade e imortalidade. Podemos saber quando a invocação de Eheieh em seu puro esplendor branco é efetiva, pois compreendemos, com completa convicção, a impermanência a insignificáncia superior dos planos da forma e a supremá importância da Vida única, que condiciona todas as formas, tal como as mãos do oleiro moldam a argila.

16. A meditação sobre Kether confere-nos a compreensão intuitiva de que o resultado de uma operação tem pouco valor. “Que o sujo brinque com o sujo, se este lhe agrada.” Uma vez obtida essa compreensão, temos domínio sobre as imagens astrais e podemos operá-las à vontade. É apenas quando o operador não tem qualquer interesse pela operapão no plano físico que ele atinge esse completo domínio sobre as imagens astrais. Só a manipulação das forças lhe diz respeito, assim como a sua condução por meio da manifestação na forma; mas ele não cuida da forma que as forças podem finalmente assumir, a as deixa por si mesmas, visto que assumirão a forma mais afim a suas naturezas, sendo assim mais fiéis à lei cósmica do que a qualquer desígnio que seu limitado conhecimento poderia conferir-lhes. Essa é a chave real de todas as operações mágicas, a sua única justificativa, pois não podemos alterar o Universo para adaptá-to ao nosso capricho a conveniência, mas só nos justificamos na operação deliberada da Magia quando operamos com a grande maré da vida evolutiva a fim de chegarmos à plenitude da vida, seja qual for a forma que a experiência ou manifestação possa assumir. “Vim para que eles pudessem ter vida, a para que a tivessem em abundáncia”, disse o Senhor, a essas poderiam ser as palavras do mago.
Vida, a somente a vida, deveria ser a sua divisa, a não qualquer manifestação especializada dela como Sabedoria, Poder ou mesmo Amor.

17. Aqueles que seguiram atentamente a exposição precedente estarão em condições de descobrir algum significado nas palavras criptográficas do Texto Yetzirático atribuído a Kether. As palavras “Inteligência Oculta” dão uma pista da natureza imanifesta da existência de Kether, que é confirmada pela afirmação de que “Nenhum ser criado pode alcançar-lhe à essência”, ou seja, nenhum ser que utiliza, como veículo de consciência, um organismo dos planos da forma. Quando, contudo, a consciência foi exaltada ao ponto de transcender o pensamento, ela recebe da “Glória Primordial” o “poder de compreensão do Primeiro Princípio”; ou, em outras palavras, “Compreenderemos da mesma maneira pela qual somos compreendidos”.

18. Eheieh, Eu Sou O Que Sou, ser puro, é o Nome divino de Kether, e sua imagem mágica é um velho rei barbado visto de pèrfil. O Zohar afirma que o velho rei barbado só tem o lado direito; não vemos a imagem mágica de Kether em sua face plena, isto é, completa, mas apenas uma parte dela. Há um aspecto que deve sempre permanecer oculto para nós, como o lado escuro da lua. Esse lado de Kether é o lado que está voltado para o Imanifesto, que a natureza de nossa consciência manifesta nos impede de compreender, a que constitui um livro selado para nós. Mas, aceitando essa limitação, podemos contemplar o aspecto de Kether, o perfil do velho rei barbado, que se reflete para baixo na forma.

19. Velho é esse rei, o Antigo dos Antigos, o Velho dos Dias, que existe desde o início, quando o rosto não contemplava rosto algum. Ele é um rei, porque governa todas as coisas de acordo com sua suprema e inquestionável verdade. Em outras palavras, é a natureza de Kether que condiciona todas as coisas, porque todas as coisas surgiram dela. Ele é barbado porque, no curioso simbolismo dos rabinos, todo pêlo de sua barba tem um significado.

20. A manifestação das forças de Kether em Briah, o mundo da mente arquetípica, efetua-se por meio do arcanjo Metatron, o Príncipe das Faces, a quem a tradição atribui o papel de mestre de Moisés. A Sepher Yetzirah afirma a respeito do Décimo Caminho, Malkuth, que ele “emana uma influéncia do Príncipe dos Rostos, o arcanjo de Kether, e é a fonte de iluminação de todas as luzes do universo”. Aprendemos, assim, claramente, que não apenas o espírito flui para a manifestação na matéria, mas a matéria, por sua própria energia, lança o espírito na manifestação. Esse é um importante ponto para o praticante da Magia, pois afirma que este tem justificativas para as suas operações a que o homem não precisa esperar a palavra do Senhor, podendo invocar a Deus para ouvi-Lo.

21. Os anjos de Kether, operando no Mundo Yetziático, são os Chaioth ha Qadesh, as Criaturas Vivas a Sagradas, a esse Nome traz à mente a visão do Carro de Fogo de Ezequiel a as Quatro Santas Criaturas diante do Trono. O fato de que os quatro ases do Tarô, atribuídos a Kether, representam as raízes dos quatro elementos, Terra, Ar, Fogo a Água, confirma igualmente essa associação. Podemos, pois, considerar Kether como a fonte primordial dos elementos. Esse conceito esclarece muitas das dificuldades ocultas a metafísicas com que nos deparamos se limitamos sua operação ao plano astral a encaramos os elementais como seres pouco melhores do que os demônios, como parecem fazer algumas escolas de pensamento transcendental.

22. A questão dos anjos, archons a elementais é um tema muito discutido e muito importante no ocultismo, porque a sua aplicação prática à Magia é imediata. O pensamento cristáo pode tolerar com algum esforço a idéia dos arcanjos, mas os espíritos auxiliares, os mensageiros que são as chamas do fogo a os construtores celestes são estranhos à sua Teologia; Deus, sem ajuda a num átimo, fez os céus e a Terra. O Grande Arquiteto do Universo é também o pedreiro. A ciencia esotérica pensa de modo diferente. O iniciado conhece as legiôes de seres espirituais que são agentes da vontade de Deus e os veículos da atividade criativa. É por meio desses que ele opera, pela graça de seu arcanjo dirigente. Mas um arcanjo não pode ser conjurado por nenhum encantamento, por mais potente que este seja. Deveríamos mesmo dizer que, quando efetuamos uma operação da Esfera de uma Sephirah particular, o arcanjo opera por meio de nós para o cumprimento de sua missão. A arte do mago repousa, por conseguinte, em alinhar-se à força cósmica, a fim de que a operação que ele deseja realizar possa produzir-se como parte da operação de atividades cósmicas. Se ele for verdadeiramente puro a devoto, esse será o caso de todos os seus desejos; mas, se ele não for verdadeiramente puro a devoto, não será então um adepto, a sua palavra não será uma Palavra de Poder.

23. É interessante notar que, no Mundo de Assiah, o título da Esfera de Kether é Rashith ha Gilgalim, ou Primeiros Remoinhos, indicando, assim, que os rabinos estavam familiarizados com a teoria das nebulosas antes que a ciência tivesse conhecimento do telescópio. A maneira pela qual os amigos deduziram os fatos básicos da cosmogonia graças a meios puramente intuitivos a mercé da utilização do método de correspondências, séculos antes da invenção a aperfeiçoamento dos instrumentos de precisão que permitiram ao homem moderno realizar as mesmas descobertas de outro ângulo, será sempre um assunto de perpétua perplexidade para todo aquele que estuda a filosofia tradicional sem fanatismo.

24. Como em cima, tal é embaixo. O microcosmo corresponde ao macrocosmo, a precisamos, por conseguinte, buscar no homem a Sephirah Kether que está acima da cabeça que brilha com um puro esplendor branco em Adão Cadmo, o Homem Celeste. Os rabinos a chamam Yechidah, a Centelha Divina; os egípcios a chamam Sah; os hindus a chamam Lótus de Mil Pétalas – o núcleo do espírito puro que emana as múltiplas manifestações nos planos da forma, mas nelas não habita.

25. Enquanto estivermos encarnados, jamais poderemos nos elevar à consciência de Kether em Atziluth e reter o veículo físico intato antes de nosso regresso. Tal como Enoch caminhou com Deus e desapareceu, assim também o homem que tem a visão de Kether se desvanece no que respeita ao veículo da encarnação. Isso se explica facilmente se nos lembrarmos que não podemos entrar num modo de consciência a não ser reproduzindo-o em nós mesmos, assim como uma música nada significa para nós a menos que o coração cante com ela. Se, por conseguinte, reproduzimos em nós mesmos o modo de ser daquilo que não tem forma nem atividade, segue-se que devemos nos livrar da forma a da atividade. Se conseguirmos fazé-lo, o que foi reunido pelo modo de forma da consciencia desaparecerá a voltará aos seus elementos. Assim dissolvido, ele não pode ser reunido ao retornar à consciência. Por conseguinte, quando aspiramos à visão de Kether em Atziluth, devemos estar preparados para penetrar na Luz a nunca mais sair dela.

26. Isso não implica ser o Nirvana aniquilação, tal como uma tradução ignorante da filosofia oriental ensinou ao pensamento europeu; mas também náo implica uma completa mudança de modo ou dimensão. O que seremos, quando nos descobrirmos no mesmo nível das Criaturas Vivas a Sagradas, não o sabemos, a ninguém que alcançou a visão de Kether em Atziluth retomou para contar-nos; mas a tradição afirma que existem aqueles que o fizeram, a que eles estáo intimamente relacionados com a evolução da humanidade a são os protótipos dos super-homens, a respeito dos quais todas as raças têm uma tradição – uma tradição que, infelizmente, tem sido envilecida a degradada nos últimos anos pelos ensinamentos pseudo-ocultistas. O que quer que seja que esses seres possam ser ou não, é seguro dizer que eles não têm nem forma astral nem personalidade humana, mas são como chamas no fogo que é Deus. O estado da alma que atingiu o Nirvana pode ser comparado a uma roda que perdeu seu aro a cujos raios penetram e interpenetram toda a criação; um centro de radiação, a cuja influência não se pode determinar um limite, exceto o de seu próprio dinamismo, a que mantém a sua identidade como um núcleo de energia:

27. A experiência espiritual atribuída a Kether é a união com Deus. Esse é o fim e o objetivo de toda a experiência mística e, se procurarmos qualquer objetivo, seremos como aqueles que edificam uma casa no mundo da ilusão. Tudo o que pode reter o místico em seu caminho direto para esse objetivo produz-lhe a impressão de um grilhão, que o prende, e, que, como tal, deve ser quebrado. Tudo aquilo que sujeita a consciência à forma, todos os desejos que não sejam o da união com Deus são males para ele e, desse ponto de vista, ele está certo; agir de outra maneira invalidaria sua técnica.

28. Mas essa não é a única prova que o místico deve enfrentar; exigese-lhe que satisfaça os requisitos dos planos da forma antes de estar livre para começar sua retirada a escapar da forma. Há o Caminho da Mão Esquerda que conduz a Kether, a Kether das Qliphoth, que é o Reino do Caos. Se o adepto aspirante se aventura pelo Caminho Místico prematuramente, é para lá que ele vai, a não ao Reino da Luz. Para o homem que é naturalmente do Caminho Místico, a disciplina da forma é incompatível. E uma das mais sutis tentações é abandonar a batalha da existência na forma, a qual resiste ao seu domínio, a retirar-se pelos planos antes que o nadir tenha sido atravessado a as lições da forma tenham sido aprendidas. A forma é a matriz na qual a consciência fluídica é mantida até adquirir uma organização à prova de dispersão; até tomar-se um núcleo de individualidade diferenciada do mar amorfo do puro ser. Se a matriz for quebrada muito cedo, antes que a consciência fluídica se tenha formado como um sistema organizado de tensões estereotipadas pela repetição, a consciência se retrairá para o amorfo, assim como a argila retomará à lama se libertada do amparo do molde antes de ser queimada. Se há um místico cujo misticismo produz incapacidade mundana ou qualquer tipo de disposição da consciência, sabemos que o molde se quebrou muito cedo para ele, a ele deve retomar à disciplina da forma até que a sua lição tenha sido aprendida a sua consciência tenha alcançado uma organização coerente a coesa que nenhum Nirvana possa destruir. Que ele corte lenha a carregue água a serviço do Templo, se desejar, mas que não profane o local sagrado com suas patologias a imaturidades.

29. A virtude atribuída a Kether é a da consecução; a realização da Grande Obra, para utilizar um termo pedido de empréstimo aos alquimistas. Sem a realização não há consecução a sem consecução não há realização. Boas intenções pesam pouco na escala da justiça cósmica; é por nossa obra completada que somos conhecidos. Temos, é verdade, toda a eternidade para completá-la, mas devemos fazê-to até o Yod final. Não há misericórdia na justiça perfeita, a não ser a que nos permite tentar novamente.

30. Kether, contemplada do ponto de vista da forma, é a coroa do Reino do Esquecimento. A não ser que compreendamos a natureza vital da Pura Luz Branca, sentiremos pouca tentação de lutar por essa Coroa que não é dessa ordem de ser; e, se tivermos essa compreensão, entáo estaremos livres da limitação da manifestação a poderemos falar a todas as formas como quem realmente tem a autoridade para fazê-lo.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/kether

Arcano 15 – Diabo – Ayin

Três personagens estão representados de pé. No meio, sobre um pedestal vermelho em forma de cálice, um hermafrodita com asas e chifres; embaixo, uma figura feminina e outra masculina, pequenas e dotadas de atributos animais, presas, por uma corda que lhes passa ao pescoço, a um aro que se encontra no centro do pedestal.

O personagem central, despido, veste somente um cinto vermelho; tem na cabeça uma curiosa touca amarela, da qual sobem dois chifres de veado; duas asas amarelas (ou azuis, na ed. Grimaud), de desenho semelhante à dos morcegos, brotam das suas costas. Tudo indica que o personagem é do sexo masculino, mas seus seios estão desenvolvidos como os de uma mulher. Suas mãos e pés apresentam características simiescas; a mão direita, erguida, mostra o dorso; a esquerda segura a haste de uma tocha. O par acorrentado é visto de três quartos. Estão completamente nus, mas têm uma touca vermelha da qual sobem chifres negros.

Têm rabo, patas e orelhas de animal e escondem as mãos atrás das costas. No nível em que se encontram, o chão é preto, mas na altura do pedestal torna-se azul (ou amarelo) com listas negras. O fundo é incolor.

Significados simbólicos

As provas e provações. As tentações e seduções.

Magias. Desordem. Paixão. Luxúria. Dependência.

Intercâmbio, eloqüência, mistério, força emocional.

Interpretações usuais na cartomancia

Paixões indomáveis. Atração sexual. Ação mágica, magnetismo. Capacidade milagreira. Poder oculto, exercício de influências misteriosas. Proteção contra as forças obscuras e os encantamentos.

Mental: Grande atividade, mas totalmente egoísta e sem preocupação pela justiça.

Emocional: Pluralidade, diversidade, avidez, inconstância. Busca em todas as direções para atrair tudo. Sem a menor preocupação com o próximo. Libertinagem.

Físico: Grande irradiação neste plano, em particular no domínio material e nas realizações concretas. Poderosa influência sobre os outros.

Forte atração pelo poder material.

Tem, contudo, uma deficiência: todos os sucessos a que promete serão obtidos por vias censuráveis. Desta forma a fortuna será feita e os delitos permanecerão na impunidade.

Inclui também a punição: de acordo com a sua relação com as outras cartas, pode significar que os sucessos serão efêmeros e que o castigo virá na seqüência.

Do ponto de vista da saúde: grande instabilidade nervosa, transtornos psíquicos; aparição de enfermidades hereditárias.

Sentido negativo: A ação parte de uma base má e seus efeitos podem ser calamitosos. Desordem, inversão de planos, coisas obstruídas. Do ponto de vista da saúde: ampliação do mal, complicações. Disfunção. Superexcitação, sensualidade. Ignorância, intriga. Emprego de meios ilícitos. Enfeitiçamento, fascinação repentina, escravidão e dependência dos sentidos. Debilidade, egoísmo.

História e iconografia
Durante a baixa Idade Média o Diabo era representado freqüentemente como um dragão ou uma serpente, imagem derivada sem dúvida de seu papel no Gênese. Por um processo simbiótico – característico da iconografia – Eva e o Diabo se fundiram com freqüência na figura da serpente com cabeça de mulher: isto pode ser visto quase sempre nas ilustrações dos mistérios franceses que falam da Queda.

O desenvolvimento antropomórfico, que levou o Diabo a se converter na figura que conhecemos tem sua origem, provavelmente, nas tradições talmúdicas e nas lendas pré-cristãs, segundo as quais a serpente edênica teria tido mãos e pés de homem, membros que perdeu como castigo por sua maldita intervenção no drama do Paraíso, ficando condenada a arrastar-se até o fim dos tempos.

De modo similar o Diabo aparece no Apocalipse de Abraão, onde o Tentador é descrito como um homem-serpente, descrição retomada por Josefo e por boa parte dos autores judeus dessa época.

Já no Antigo Testamento (Jó 1,6-12 e 2,1-7) menciona-se esta humanização de Satã, e em Mateus (4, 3-11) aparece com toda clareza o antropomorfismo do personagem. Ele é assim descrito num manuscrito de Gregório de Nicena, onde toma a forma de um homem jovem, alado e nu da cintura para cima.

É somente no fim do primeiro milênio que o Diabo sofre a mais cruel de suas metamorfoses; a que acabou por transformar o mais formoso dos anjos em sinônimo de abominação e horror. Van Rijneberk atribui aos miniaturistas anglo-saxões essa mudança iconográfica, que respondia à simplicidade analógica da época. Se o Diabo continha a soma de todos os pecados e escândalos, seria lógico, dessa forma, que fosse representado como o apogeu de feiúra e pavor.

O homem com garras das figuras mais tênues sofreu a inclusão de chifres, dentes enormes, pêlos, cascos de bode, seios enrugados, rabo que terminava em seta. Assim aparece nos manuscritos alemães dos séculos X e XI, e no Missel Oxonien do bispo Léofric (960-1050). O diabo da lâmina do Tarô – um morcego hermafrodita – mostra-se como herdeiro dessa representação.

Van Rijneberk destaca o sentido metafísico de Satã para os Pais da Igreja, longe ainda dessas representações. Entre os séculos III e IV, Atanásio relatou as fadigas que costumavam acompanhar os tentados: o aspecto do Maligno produzia mais angústia do que repulsa; sua voz era terrível e seu movimento oculto como o de um assassino.

Tanto Cirlot como Wirth – a partir dos seus respectivos planos de observação – evitam entrar no complexo campo da demonologia ao comentarem o Arcano XV.

Assim, o primeiro destes autores se limita a compará-lo ao “Baphomet dos templários, bode na cabeça e nas patas, mulher nos seios e braços” e a mencionar que o personagem tem como finalidade “a regressão ou a paralisação no fragmentado, inferior, diverso e descontínuo”. Wirth, por seu lado, diz que o Diabo é o inimigo do Imperador (IV) na luta política pelo poder no mundo material, e se pergunta quem é “que opõe os mundos ao Mundo, e os seres entre si”. Para Ouspensky, sua figura “completa o triângulo cujos outros dois lados são a morte e o tempo”, no sentido da formalidade do ilusório.

Ele dá origem ao terceiro e último setenário do Tarô, plano do mundo físico ou do corpo perecível do homem. Do ponto de vista da finitude temporal, não é menos importante do que o Prestidigitador para o reino do espírito, ou o triunfal protagonista de O Carro (VII) para a análise psicológica.

“Na medida em que sempre houve áreas sombrias e ainda desconhecidas para o conhecimento e que presumivelmente, os enigmas subsistirão sempre – diz Jaime Rest no seu artigo Satanás, Suas Obras e Sua Pompa —, o demoníaco foi e continuará sendo uma constante de nossa realidade, já que esta experiência parece nutrir-se primariamente de algo que se desdobra além do domínio humano, e cuja índole tremenda e estremecedora suscita em nós este abalo íntimo que os teólogos denominam temor numinoso”.

Baphomet
O estudo dessa figura pode incluir as metamorfoses sofridas pelo Diabo (incluindo a variabilidade do aspecto: da beleza resplandecente com que Milton e William Blake o imaginaram até o horror da sua corte nas telas de Goya) para retornar ao memorável ponto de partida de onde se concebe sem dificuldades a permanência do demonismo: Satã como “um desafio da ordem que os homens atribuíram a Deus”.

A figura do Tentador, por outro lado, é inseparável das legiões que o servem (ou seja, da idéia do Inferno), e o Tarô repete esta associação ao representá-lo junto com o casal acorrentado – seres que podem ser tanto seus prisioneiros como seus colaboradores. A repetição do esquema dantesco é atribuída por Carrouges à paralisia imaginativa dos séculos posteriores em relação ao tema; daí a fixação e o empobrecimento do ciclo mítico na literatura européia.

Esta visão demonológica contemporânea, que faz do Diabo uma metáfora conflitante da dignidade humana, não é menos importante que a tradicional. Impõe-se, ao menos, como mais uma referência para a análise atualizada do Tarô.

Os comentários reunidos até aqui, porém, estão longe de esgotar as indicações para o estudo deste personagem tão ambíguo. Vale a pena conhecer o que diz G. O. Mebes em Os Arcanos Maiores do Tarô, sobre o papel de Baphomet, enquanto representação “da bipolaridade do turbilhão astral”, passagem inevitável no processo evolutivo.

Por Constantino K. Riemma
http://www.clubedotaro.com.br/

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/arcano-15-diabo-ayin