A Crença Elitista e Irônica da Igreja de Satã

NOVA YORK. Um apartamento na área de Manhattan conhecida como Hell’s Kitchen (cozinha do inferno) funciona como ponto de encontro para os adeptos nova-iorquinos da Church of Satan, a congregação regional da Igreja de Satã fundada em 1966 pelo falecido Anton LaVey. É de lá que os satanistas estão assistindo sentados, e com certa dose de escárnio, a toda essa conversa sobre o apocalipse na virada do milênio.

– Para nós é apenas outro ano. Mas é tempo para observar as hordas e ver como elas vão reagir. Elas estão enlouquecendo! – diz o magister Peter Gilmore, um dos líderes nacionais da igreja.

Hordas, no caso, é a forma pela qual os membros dessa religião assumidamente elitista se referem ao resto do mundo. Já o fato de o ponto de encontro ser em Hell’s Kitchen é mera coincidência. Mas a ironia não escapa aos satanistas. Eles ressaltam que têm senso de humor, usando em sua literatura e no dia-a-dia as mais caricaturais imagens do diabo, como explica Gilmore:

– Não somos pessoas circunspectas, sérias. A questão principal é ter alegria. Podemos ser teatrais, interpretar papéis e assustar os outros se quisermos.

Tanto que os rituais satanistas, criados por La Vey, misturam idéias retiradas de filmes e livros de terror. Mas eles são muito sérios em sua crença no resultado desses rituais. Gilmore, de 41 anos, leu a “Bíblia satânica” de La Vey aos 13, e lançou sua primeira maldição, contra um colega que teria destruído quadros pintados por ele. Gilmore diz que, como resultado, o rapaz sofreu um acidente e ficou aleijado. A punição pode parecer radical para o crime, mas não para um satanista:

– Se alguém lhe der um tapa, acabe com a outra face dele!

– A norma cristã cria muita culpa. Quando algo bom acontece a um cristão, ele está sempre com medo de que algo ruim vá acontecer. Quando algo ruim acontece a um inimigo, eles dizem que não deveriam ficar felizes com isso. Nós ficamos – completa Peggy Nadramia, de 40 anos, casada com Gilmore.

Eles têm um ritual de compaixão geralmente praticado nas reuniões, quando acendem velas, arrumam símbolos num altar e, possivelmente, têm um quê de nudez feminina para, nas palavras de Gilmore, “levantar as energias”. Há ainda o ritual de luxúria, que pode ser usado para se encontrar um par e que é praticado individualmente.

– Envolvem masturbação – conta Gilmore.

Os satanistas não acreditam em espíritos, nem em Deus, e sequer em Satã. Eles são uma divisão do ateísmo que usa a parafernália estética que cerca o conceito do diabo para reforçar uma filosofia de vida diametralmente oposta à tradição cristã. Entre as “declarações satânicas”, consta: “Satã representa satisfação em vez de abstinência, experiência vital em vez de sonhos espirituais, e todos os chamados pecados, já que eles levam à gratificação física, mental ou emocional”. Entre os “nove pecados satânicos”, estão estupidez, conformismo e falta de estética.

– A palavra satã, em hebreu, significa adversário, acusador. É apropriada para nós porque somos os grandes adversários de todas as doutrinas espirituais – explica Gilmore. – Usamos os símbolos e metáforas que existem em nossa cultura porque eles despertam nossos sentimentos.

E é bom desfazer logo outro estereótipo: eles não sacrificam animais. Nem moças virgens ou criancinhas. O líder do grupo nova-iorquino, Andreï Schlesinger, cursa mestrado em religião no Hunter College. E tem horror da incompreensão dos professores:

– Eles pensam que somos um bando de garotos que ficam matando gatos no cemitério.

As “hordas” raramente compreendem os satanistas.

– Minha mãe não acredita que eu seja satanista, mas ela também acredita que anjos falam com ela, então… – diz o estudante Christopher Mealie. – Tenho poucos amigos, a maioria é atéia e não se incomoda. Meu único amigo cristão se matou. Conversávamos sobre religião, e é possível que minhas idéias tenham confundido sua cabeça.

À exceção de Christopher e Joseph J. Fogarazzo, de 23 anos, no grupo encontrado pelo GLOBO a idade média é 40 anos. A Igreja de Satã não acredita em conversão. Para ela, ninguém se torna um satanista, nasce-se um.

Existe ainda o aspecto elitista da seita. A maior parte das doutrinas espirituais que eles combatem, sobretudo o cristianismo, defende de alguma forma a igualdade entre os homens. Os satanistas falam em hordas e enfatizam a estratificação social. Na última “The Black Flame”, revista oficial da igreja, há uma reportagem de tom simpático a um cantor de rock defensor da supremacia branca. Mas Gilmore, que também edita a revista, nega que a igreja tenha contornos racistas:

– Temos gente de todas as etnias. Muitos dos membros do grupo nova-iorquino são hispânicos, eles só não estão aqui hoje.

Então a questão não é racial. Mas ainda assim, nem todo homem é igual perante Satã.

– Estratificação é a chave da forma como vemos o mundo. É uma pirâmide, e nós estamos no topo – diz Gilmore.

Por João Ximenes Braga

Postagem original feita no https://mortesubita.net/satanismo/a-crenca-elitista-e-ironica-da-igreja-de-sata/

A Construção de Companheiros Humanos Artificiais

Anton Szandor Lavey

Os meios pelos quais um humanoide pode ser construído são tão diversos quanto à escolha de materiais que permitirão tal feito. No passado, os seres humanos artificiais eram formados a partir de metais, as seções do corpo unidas como em uma armadura, ou então eram formados em tecido emborrachado ou em borracha real esticada sobre uma estrutura esquelética, com o mecanismo de acionamento do robô contido em seu interior.

O androide mais rudimentar precisava ser nada mais do que um substituto visualmente e palpavelmente convincente. Não há nada de errado com isso já que o apelo principal do humano ide reside na aproximação do comprador com sua “outra metade”. Como sua natureza era de nos fazer cair em “amor à primeira vista,” o que era visto com entusiasmo seria entusiasticamente melhor aceito. Companheiros artificiais que são agradavelmente ouvidos, cheirados e sentidos também constitu em pontos de venda positivos. Porém , é necessário que um companheiro artificial pareça certo ao seu comprador, isso é de primordial importância.

Em uma nova indústria estas coisas não possuem necessidade imediata de obsolescência planejada, já que a oportunidade de melhoria constante permanece como uma condição fresca e inexplorada. Quanto mais à concorrência entre as fábricas de produção de humanoides se desenvolvem, maior será a elaboração e a complexidade do androide .

Inicialmente, haverá alguma relutância em admitir o uso de androides, especialmente por parte das pessoas que mais precisam deles. Daí deve ser considerado o desenvolvimento inicial de humanoides. Apesar dos anúncios que se veem na televisão de bonecas infláveis realmente grotescas que acompanham cavalheiros em festas de piscina, duvida-se que os egos dos compradores desses anúncios tenham concretizado um nível de indiferença pública, brincalhões são a exceção. Muitos androides primeiramente serão relegados para a gaveta da cômoda, para as sapateiras ou para um espaço sob a bancada da garagem quando não estiver em em uso, somente trazidos para fora quando “ o caminho estiver livre ” e ninguém estiver vendo.

Antes de embarcar no projeto de construção de um humanoide, deve-se considerar as exigências do fabricante, as necessidades de sigilo, o talento e os materiais disponíveis. Se você quer companhia de natureza puramente visual, podem ser utilizadas técnicas empregadas por escultores modernos . Os valores podem ser esculpidos em madeira, blocos de isopor devidamente colados ou lançar moldes nas muitas variedades de plástico disponíveis. Se você escolher esse método, há vários livros excelentes no mercado que fornecem instrução sobre esculpir figuras em madeira e esculturas com várias resinas de plástico ou fibra de vidro. Papel machê, gesso e outros métodos são facilmente aprendidos. A principal desvantagem de fazer o seu androide a partir de tais materiais é a falta de maleabilidade e maciez, além de uma notável limitação de movimentos do corpo. Na pior das hipóteses, você vai gastar uma grande parte do seu tempo em uma criatura que será, essencialmente, um manequim para exposição quando concluído.

Se suas necessidades são em grande parte como voyeur, você vai economizar muito tempo obtendo um manequim descartado ou danificado em lojas para usar como base sobre aquele que você irá construir. Manequins são geralmente fundidos a partir de pessoas vivas, mas é improvável que você irá encontrar um corpo ideal para suas demandas estéticas. A maioria possui um a camada extremamente fina de modo que a roupa se encaixe melhor para a exibição nas vitrines , e muitos são anormalmente alongados no tronco, pernas, braços e pescoço. Manequins masculinos são, invariavelmente, mais finos do que o normal para facilitar o lojista quando vesti-los. Rostos das mulheres tendem a ser aquilinos ou estéreis, e os dos homens são extremamente sem-graça. Nenhuma loja quer uma mulher com rosto sedutor ou um homem com cara de obrigação em sua janela diminuindo a beleza da roupa pendurada em cima deles. A menos que o seu gosto vá para mulheres que só comem vagens e homens magros como placas, você terá que modificar qualquer manequim.

Apesar de um manequim ser uma base adequada para seu humanoide , seus movimentos são normalmente limitados quanto ao rearranjo de braços e mãos. Descobri para as partes que são intercambiáveis (braços, mãos, as metades superior e inferior do corpo), peças que aumentam sua flexibilidade de posicionamento. Meus primeiros humanoides foram construídos a partir de manequins que eu seccionei, separando os pedaços de pernas, braços, pescoço e torso, e envolvendo – os com fibra de vidro ou elástico , em seguida, adicionando um composto de resina e talco sobre áreas construídas com diversos materiais. Desta forma eu criei algumas pessoas grotescas e belas – assim com o são as pessoas reais.

Se você pretende limitar seu humanoide artificial como um companheiro puramente visual , não importa quão pedregosa seja sua superfície. Ele pode ser pintado, dependendo da sua habilidade, de maneira tão realista quanto qualquer ser vivo possa parecer.

Se você quer apertar a mão de sua criação ou dar-lhe um pequeno aperto, no entanto, é melhor você ter uma imaginação altamente desenvolvida ou sua bolha irá estourar . Flexibilidade e realismo táteis são evidentes através de melhorias na rigidez. Existem três métodos básicos que tenho empregado para atingir estes fins: a pele cheia de ar, uma pele com enchimento e uma substância moldada que é suave ao toque.

Vamos considerar o tipo difundido por empresas de sex-shops apresentando anúncios do que parecem ser criaturas extremamente glamorosas . O comprador animadamente abre o seu pacote para descobrir um vinil fino (PVC, não BVD) com vestido, calcinha rosa, e com uma máscara dura ligada ao seu topo. Ele , tremendo , retira o maiô de plástico da boneca e encontra uma válvula onde passa a soprar para enchê-la, até ficar tonto e sem ar . E ele é recompensado com uma glamorosa menina hidrocefálica e esquálida . Qualquer semelhança com uma donzela voluptuosa é puramente mental. Alguns modelos esportistas oferecem um orifício vaginal (do diâmetro de um relógio de bolso) entre as coxas , e algumas “ melhorias ” entre outras.

Se quiser fazer seu próprio companheiro inflável você pode fazer um trabalho melhor, cortando folhas de vinil em partes e soldando eletricamente as costuras no local desejado. Par a obter um valor razoável, fixe o vinil em um modelo vivo da maneira que uma costureira marca no modelo onde as costuras e articulações serão. Remova os pinos (certifique-se que eles estão fora das linhas que você marcou ) e corte-o, de seguida soldando o vinil. As áreas mais problemáticas neste tipo de construção são a cabeça, mãos e pés. A cabeça e pescoço devem ser construídos separadamente e, em seguida, montados de forma perfeita , em especial na abertura da garganta da pele de vinil , e colado com uma cola especial de cimento plástico para assegurar uma vedação que estanque completamente o ar. Se você tentar fazer a cabeça pelo mesmo método que o resto da figura, ela vai parecer ou hidro ou microcefálica .

O mesmo com as mãos e pés. Eles não devem se assemelhar à presuntos de piquenique ou pequenas nadadeiras. Pare a construção nos pulsos e tornozelos e insira tornozelos rígidos e pés, além de mãos separadas , juntando-as nos pulsos. Estes podem ser moldados a partir de uma pessoa viva ou através de um manequim. Vede as articulações, como você fez com o pescoço. Se você tiver cuidado, as articulações serão quase imperceptíveis, já que as folhas de vinil são extremamente finas . Em um lugar conveniente (eu prefiro a parte de trás do pescoço, já que uma peruca vai cobri-lo) coloque a válvula utilizada para a inflação ou através de solda elétrica ou cimento plástico usado para reparar brinquedos de praia. Qualquer departamento de brinquedos irá produzir um brinquedo inflável barato no qual a válvula pode ser facilmente removida, e assim você poderá arranjar válvulas facilmente em brinquedos como estes.

Não desanime se suas primeiras tentativas não cumprir em com as suas expectativas, pois a experimentação e a inovação serão os seus melhores professores. A principal desvantagem do androide inflável é a sua incapacidade de permanecer em qualquer posição fixa, devido à distribuição igual de ar dentro dele . O corpo humano é constituído por diversos graus de densidade e de tónus musculares , para não mencionar um quadro engenhoso conhecido como o esqueleto. Tendões seguram membros e superfícies, assim o peso é distribuído adequadamente para as ações humanas.

O seguinte método de construção com uma pele preenchida com enchimento permite alguns destes fatores. Sua principal desvantagem é a dificuldade de ocultação . Uma boneca inflável pode ser armazenada em uma pequena caixa, gaveta ou levada em uma sacola de compras até onde seja necessário – um atributo que falta às pessoas reais . Uma figura “ recheada ” ocupa tanto espaço quanto um ser humano genuíno.

Ao contrário do tipo de manequim com superfície rígida, este que você poderá fazer é flexível o suficiente par a comprimi – lo um pouco, mas ainda assim deve ser considerado se você está preocupado com as instalações de armazenamento ou não. Um androide enchido pode ser construído com ou sem um esqueleto, embora uma estrutura interna vá elimi nar a problemática da aparência pouco natural inerente a um produto inflado.

Um esqueleto de base pode ser construído a partir de cavilhas ou de metal , ou também através de um tubo de plástico. Juntas de quadris, cotovelos, joelhos, etc, podem ser formados por rasgos e fixações ou com articulações comercialmente disponíveis . Dois ganchos para a aproximação dos ombros e para a região pélvica podem ser cortados a partir da madeira, a partir do qual os braços e as pernas estarão suspensos. Técnicas de construção de Marionetes são de valor inestimável e deve m ser estudada s da maneira que se estuda a anatomia humana. Descobri que o substituto mais facilmente obtido e eficiente para a coluna vertebral é um comprimento de tubagem flexível, tal como é utilizado para candeeiros ou cabos eléctricos. Uma das extremidades é fixada à placa pélvis e o topo final passa pela placa do ombro direito para dentro da cabeça. Assim, o torso e a cabeça podem ser posicionados em qualquer forma desejada.

A pele exterior pode ser de qualquer tipo de material que possa ser cosido ou colado, como folhas de vinil eletricamente soldadas . No vinil , porém, falta a resiliência da pele humana que as folhas de borracha ou tecido s elásticos proporcionam. Corte o padrão para a parte superior do tronco separado do tronco e das pernas inferiores. Tal como acontece com a boneca inflável, esqueça a cabeça e as mãos até mais tarde, uma vez que esta s podem ser áreas problemáticas. Feche o pescoço e os pulsos com uma extensão que será adicionada a cabeça e às mãos. Tal como acontece com humano ides infláveis, eu descobri que é melhor inserir pés e tornozelos pré – formados rígidos.

Ao construir uma figura de pelúcia, isso deve á ser feito antes do enchimento ser inserido, empurrando os pés que estão ligados às extremidades dos “ossos” dentro da pele exterior que foi formada , sendo esta muito parecida com os pés dormentes das crianças. Eu tenho usado um zíper (ou velcro) para prender as duas secções do corpo, mantendo – a juntas na cintura. Este método não só permite que seja inserido com uma maior facilidade o enchimento em ambas as seções, fechando o zíper gradualmente até que modele bem , mas fornece acesso às entranhas de sua criação, se você desejar adicionar vários “órgãos”, ou algo menos sofisticado. É impressionante o que pode ser feito usando um pouco de criatividade.

Faces podem ser modeladas a partir de pessoas vivas usando procedimentos estabelecidos pela técnica de moulage . A máscara de látex flexível pode ser atada a uma cabeça sem rosto, a peruca escondendo qualquer amarra . Assim, se você está cansado de um rosto ou expressão básico demais , você pode simplesmente substituí – lo por outro com a mesma facilidade como amarrar os sapatos. Se o seu homem ideal ou a mulher ideal não está disponível para fundição, esculpa – o em argila, fazendo um molde e não precisará procurar mais. Perucas podem ser presas à cabeça com fita adesiva dupla – face ou velcro.

Plásticos, que sã o altamente tóxicos, são trabalhados por um amado r com instalações de ventilação e podem ser empregado s em condições industriais. No entanto, a espuma de poliuretano flexível com célula aberta ou fechada é facilmente disponível em folha o u em bloco e pode ser empregada como forma realista da “carne”. E nrole a armadura ou o esqueleto com ele ou com blocos laminados inteiros , e esculpa o molde com uma faca elétrica. Ao corpo acabado pode ser dado uma “pele” de PVC aplicada com fita dupla – face ou recoberto com um órgão de preenchimento adequado.

A eletrônica pode ser facilmente incorporada . Mecanismos de voz não são nenhum desafio. Eu escondi em meus humanoides pequenos gravadores na cabeça, com a abertura do alto – falante sob a peruca. Cassetes pré – gravado s inseridos numa ranhura sob a linha fina proporcionam um efeito audível convincente. Os odores associados com os seres humanos são simples de se fornecer, usando perfumes, colônias ou algo pior.

E todo o congresso de pênis, vulvas, vaginas, saco escrotal, seios, mamilos, etc, podem ser encontrados em qualquer loja de artigos sexuais ou catálogos das mesmas . Com poucas exceções, todos esses objetos são sem corpos . Vamos juntá-los para as formas humanas a que pertencem.

Tenho grande respeito por aqueles pioneiros que fizeram seus próprios companheiros humanos artificiais não importando o quão difícil inicialmente pareceu ser . Eles percorreram um pequeno passo e chegaram o mais perto possível de brincar de ser Deus e criar o homem ou a mulher de acordo com sua imagem deseja da. Com uma saída criativa envolta em tabus antigos como esta, a inovação pode agora correr desenfreada – no ritmo de novas artes de modelagem humana que vê m a ser conhecidas.

O mundo crepuscular e bizarro do ventríloquo, o boneco e seu mestre, talvez possa ser entendido melhor por outras pessoas do que pelas mentes dos psicólogos. O elemento esquizoide aceitável em todos nós – aquele que seleciona nossos companheiros – tem um portal fresco, novo e aberto a se cruzar . Através de substitutos , a raça humana sobreviverá .

Anton Lavey. Excerto de “Devil’ s Notebook ”, 1992 – Tradução: Nathalia Claro

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/satanismo/a-construcao-de-companheiros-humanos-artificiais/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/satanismo/a-construcao-de-companheiros-humanos-artificiais/

Como se tornar uma Súcubo e atacar um homem enquanto ele dorme

Texto Anton LaVey, trecho de Satanic Witch

Uma súcubo é um demônio feminino que visita os homens durante a noite enquanto eles estão dormindo para ter com eles relações sexuais. Um homem sabe que foi atacado por um súcubo quando acorda pela manhã e noite e seu calção está repleto de sêmen seco. É muito provável que ele passe o dia seguinte cheio de pensamentos lascivos em sua mente, geralmente com a mulher cuja aparência é a mesma da  súcubo que o atacou.

Se ele é um “bom homem”, santo e casto, ele não vai deixar isso passar batido. Vai procurar o seu padre para contar sua experiência no pesadelo e pode até levar seu pijama endurecido como prova. Ele vai descrever o sonho que teve com a visita monstruosa e lembrar com toda sua capacidade dos detalhes deste encontro. O padre, um homem sábio, vai entender, ele sabe que esse mal existe e já ouviu muitas histórias parecidas e inspecinou muitos calções incrustados de sêmem. O fato de que muitas dos demônios descritos para ele correspondem aos rostos e corpos de algumas das mulheres da cidade não lhe passa apercebido. Algo deveria ser feito a respeito.

Houve muito barulho quanto a isso séculos atrás. Hoje, finalmente, é seguro se tornar uma súcobo e entrar nos sonhos do homem que você deseja. Tudo que você precisa é uma imagem mental indelével de seus atributos físicos, um desejo ardente, um lugar para trabalhar, e alguma ajuda de outros homens!

Escolha um momento em que ele já esteja dormindo por pelo menos quatro horas. Exercite sua sensualidade saindo mais cedo de forma a excitar os outros homens, mesmo que apenas visualmente, empregando a Lei do Proibido e as Virtudes de Constrangimento. Não dependa apenas do desejo para com o homem, por forte que seja ele  não é o suficiente. É importante que você gere o desejo da energia sexual de outros homens, pois eles fornecerão facilmente a você através de suas fantasias sexuais esta noite, dando o equilíbrio adequado para fechar o círcuito de energia magica necessária.

Entre em sua câmara ritual na hora prescrita e comece a se masturbar. Se você conseguir forçar sua imagem mental no exato momento do clímax é altamente provável que ele receberá a sua visita. Agora, se um homem estiver se masturbando com sua imagem em mente ou se a pessoa que estiver tendo relação com você e também chegar ao climax enquanto você estiver visualizando o objeto do seu desejo, então pode ter certeza que conseguiu visitar sua mente enquanto ele dorme.

Se quiser, pode adicionar alguns encantamentos ou queimar um incenso ou velas para fazer o seu encantamento mais “magico”. Mulheres são em geral românticas e bruxas são, afinal de contas, mulheres, por isso estes acessórios serão sempre muito populares. Em termos de apetrechos, tudo o que faz você se sentir como uma bruxa, lançando um poderoso feitiço, vai fazer a sua magia mais forte. Se o homem que você visitou não vier até você, isso é  só porque ele precisa ser evocado e não porque você já não esteja em sua mente.

Como uma súcobo, a finalidade do seu trabalho é o de entrar em sua mente e corpo enquanto ele dorme, embora tais coisas freqüentemente tirem o sono e faça-o durante o dia sonhar acordado com um nó em seu plexo solar. Depois de ter visitado ele desta maneira e invadir a sua mente, tudo o que você precisa fazer é evocá-lo.

A razão de um feitiço de luxúria falhar para bruxas despreparadas é porque a vítima não foi amaciada corretamente, antes do ritual, que é na verdade uma espécie de evocação. Para esta evocação, muitos rituais podem ser empregadas. Aqui está um exemplo: Poucos dias após a sua visita como  súcubo ou logo no dia seguinte se você estiver ansiosa, realize o ritual, conforme descrito no capítulo sobre “Sex Magic.” (The Satanic Witch). Olhe-se no espelho e se estimule, mas ao invés de conceber a excitação que busca no homem que visitou, fique de frente e imagine a si mesma como sendo o homem que você deseja evocar e conversar no espelho. Conforme ele se apresenta em seu corpo, ele ouve você comanda-lo a vir até você. Torne o momento tão convincente quanto você puder, usando o mesmo procedimento e atingindo seu clímax como você faria se estivesse praticando este ritual como um “reforço” ao invés de uma evocação.

Execute os rituais de súcubo e evocação quantas vezes você desejar. Se perseverar seu “amante dos sonhos” se tornará uma realidade física. Mas ao menos que você conheça a magia menor você não tem nenhum direito se sua evocação durar menos do que gostaria. Lembre-se sempre que existe muito mais mágica na bruxaria do que aquele que acontece durante as cerimônias.

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/satanismo/como-se-tornar-uma-sucubo-e-atacar-um-homem-enquanto-ele-dorme/ […]

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Anton Szandor LaVey

1930 – 1997

Pouco depois do seu nascimento, a família de Anton decide deixar Chicago e mudar-se para a baía de S. Francisco. Em criança, o jovem Anton adorava ler tudo o que tivesse a ver com o sobrenatural e o oculto – incluindo “Frankenstein” de Mary Shelly, “Dracula” de Bram Stoker, e a popular revista “Weird Tales”.

O interesse de Anton pelo lado obscuro da vida foi ainda mais alimentado pela sua avó Cigana, Luba Koltan, que lhe contou histórias e superstições sobre vampiros e magia negra que aprendeu na sua terra natal, Transilvânia.

Depois do começo da 2.ª Guerra Mundial, Anton fascinou-se com os manuais militares e os catálogos de armas. Rapidamente descobriu que se alguém assim o quisesse poderia comprar armas e munições suficientes para criar o seu próprio exército. Isto levou a que Anton percebesse que os fracos nunca podiam herdar a Terra, só os fortes sobreviveriam.

Anos mais tarde, em 1945, um dos tios de LaVey foi contratado para ser Engenheiro Civil no Exército, na Alemanha. Devido ao seu tio ter um visa extra Anton pôde viajar para a Alemanha com ele. Lá, pôde ver filmes de terror Nazis confiscados, dos quais tinha recebido a informação de que continham partes de rituais da Black Order of Satan, que fazia parte do Terceiro Reich (?).

Por esta altura, Anton já tinha descoberto outro dos seus muitos talentos: a música. Na prematura idade de cinco anos, os pais de Anton descobriram o seu talento quando ele numa loja de música tocou uma harmonia numa harpa. Mais tarde, aprendeu a tocar muitos instrumentos, incluindo o violino. Aos 10 anos aprendeu auto-didacticamente a tocar piano, e aos 15 já era o segundo oboísta na Orquestra Sinfónica de Ballet de San Francisco.

Em 1947, LaVey decidiu deixar a escola e juntar-se ao Circo Clyde Beatty. Lá, foi empregue como estivador e guarda de jaulas; a pessoa responsável por alimentar os grandes felinos. Anton rapidamente desenvolveu uma relação com os animais e começou a aprender todos os truques da matéria, como o uso do chicote, stick, revolver e cadeira. Não muito tempo depois, Anton tornou-se domador de oito Leões Nubianos e quatro Tigres de Benguela, numa jaula, todos juntos.

Uma noite, enquanto trabalhava no circo, o tocador de calliope habitual embebedou-se e não podia actuar. LaVey voluntariou-se para o seu lugar e foi um sucesso tão grande que se tornou no tocador de calliope oficial do Circo Beatty.

Quando a temporada do circo acabou em Outubro de 1947, LaVey viu-se desempregado. Seguindo o conselho de alguns dos seus colegas de circo, Anton decidiu procurar trabalho numa feira. Devido aos seus talentos musicais, rapidamente conseguiu emprego tanto a tocar calliope, como órgão Wurlitzer e até mesmo Hammond. Entretanto LaVey passou a tocar em shows de strip femininos nas noites de sábado e aos domingos de manhã, em tendas, para espectáculos religiosos. Foi aqui que ele descobriu em primeira mão a hipocrisia presente na Igreja Cristã. Anton foi citado muitas vezes dizendo que ao sábado à noite via os homens desejando as mulheres semi-nuas na feira, e na manhã seguinte via os mesmos homens na missa, com as suas famílias, pedindo a Deus que perdoassem os seus pecados libidinosos, vendo de novo no fim de semana seguinte as mesmas pessoas no show de strip.

Enquanto trabalhava na feira, Anton também aprendeu os segredos das videntes místicas, das leituras da palma da mão ciganas, das astrólogas, mágicos de palco, e hipnotizadores.

A temporada da feira rapidamente acabou, e LaVey, mais uma vez, viu-se desempregado. Encontrou depois, trabalho em casas burlescas e clubes nocturnos, como tocador de órgão, dentro e na periferia de Los Angeles. Uma noite, enquanto trabalhava no Clube Mayan, conheceu uma actriz que tinha conseguido trabalho como bailarina. Essa actriz era Marilyn Monroe, e ela e Anton vieram a viver um caso amoroso cheio de paixão. Apesar da relação apenas ter durado algumas semanas, deixou no LaVey de 18 anos uma marca muito forte. Anos mais tarde, uma das posses de Anton mais orgulhosas era um calendário de Marilyn nua, onde ela tinha assinado: “Caro Tony, Quantas vezes tu viste isto! Com amor, Marilyn”.

Após o fim da sua relação com Marilyn, Anton decidiu mudar-se para São Francisco. Lá, continuou a tocar orgão para vários shows de strip e reuniões só para homens. Também conseguiu trabalho como fotógrafo na Paramount Photo Sales, onde tirou fotografias a mulheres em várias fases de stripping.

Quando a Guerra Coreana começou, Anton reparou na possibilidade de ser arrastado para o exército. Por isso, em 1949, de modo a poder evitar este possível dilema, LaVey inscreveu-se na Faculdade de São Francisco, no curso de Criminologia, mesmo sem nunca sequer ter acabado o secundário.

Algum tempo depois LaVey conheceu Carole Lansing num parque de diversões na praia de San Francisco. Os pais de Carole de início estavam desconfiados das intensões de Anton, mas rapidamente se habituaram a ele e deram permissão para os dois se casarem.

Anton e Carole casam em 1951 e um ano depois nasce a primeira filha de LaVey, Karla Maritza LaVey.

De modo a poder sustentar a sua família, LaVey decidiu usar os seus talentos de fotografia e a sua educação em Criminologia para conseguir trabalho como fotógrafo na Polícia de São Francisco. Aqui, Anton está de novo exposto ao pior lado da natureza humana, tirando fotografias de assassinatos brutais, acidentes de automóveis, suicídios macabros, incendios, explosões, e outras coisas mais. Depois de um par de anos no terreno, foi dada a LaVey a responsabilidade adicional de tomar conta das “chamadas 800”, que era o código para as chamadas estranhas. Ele investigava de tudo, desde visões de OVNIs a relatos de fantasmas, casas assombradas, e tudo o resto que pertencesse ao sobrenatural. Nos anos seguintes Anton ganhou uma grande reputação como um dos primeiros “caça-fantasmas” da nação.

Em 1955, LaVey cansou-se da Polícia e decidiu deixá-la de modo a ter mais tempo para se concentrar nas Arte Negras. Tornou-se exorcista e hipnotizador, fortalecendo os seus ganhos tocando órgão. Mudou-se também com a sua família para um apartamento perto da praia. Foi nessa altura que Anton recebeu o seu primeiro animal de estimação – um leopardo negro de dez semanas, chamado Zoltan. LaVey costumava levar Zoltan a passear na praia, onde era certo o par excêntrico assustar os pedestres que ali passeavam.

LaVey começou também a receber a imprensa devido às suas práticas singulares e estranho animal de estimação. Ele atraiu muitas personalidades invulgares, juntamente com os seus amigos únicos que fez durante os seus anos de circo e feiras. Quando os rumores sobre o que estava exactamente a acontecer dentro das paredes da sua casa se começaram a espalhar, Anton decidiu mais uma vez que precisava de mudar-se. Na altura desejava uma casa grande longe dos seus vizinhos curiosos, que pudesse decorar e fazer à sua imagem. Anton conseguiu tal lugar na Rua California 6114, o lugar da infame “Black House”, onde LaVey morou até à sua morte em 1997.

Depois de se mudar para a sua nova casa, LaVey rapidamente encontrou um novo emprego tocando órgão Wurlitzer no clube Lost Weekend. Também foi contratado para tocar o maior órgão do mundo no Auditório Cívico de San Francisco. Devido à sua extrema perícia com o instrumento, Anton foi nomeado para organista oficial da cidade de São Francisco, tocando em várias convenções e muitos eventos culturais e desportivos.

Foi também por volta desta altura que LaVey começou a ganhar a reputação de ser o Mágico de Artes Negras de São Francisco. Juntamente com as quatro festas que LaVey fazia todos os anos (Ano Novo, Walpurgisnacht, Solstício de Verão, e Halloween), a Black House era também o lugar de encontro para as reuniões sociais informais que Anton criou. Formado por colegas do circo, amigos das feiras, antigos colegas da Polícia, excêntricos ricos, e iconoclastas literários, o “Círculo Mágico” (Magic Circle) de LaVey, como ele lhe chamava, levava a cabo debates e palestras sobre o Oculto, Magia, encantamentos, rituais, feitiçaria, lobisomens, vampiros, zombies, homúnculos, casas assombradas, PES (Percepção Extra Sensorial), teorias sexuais, e métodos de tortura. Anos mais tarde, LaVey abriu estas reuniões ao público, cobrando $2,50 por pessoa, a quem quisesse ouvir as suas palestras e tomar parte dos seus rituais formais. O Círculo Mágico foi o primeiro passo para o que hoje é a Church of Satan (Igreja de Satan).

Anton ainda tocava órgão várias noites por semana de modo a ganhar algum dinheiro extra. Numa noite de domingo, em 1959, enquanto LaVey tocava na Mori’s Point, uma jovem, linda, loura, de nome Diane Hegarty entrou no clube. Houve uma ligação imediata entre Diane e Anton, e durante os meses seguintes eles começaram a ver-se o maior número de vezes possíveis. No ano seguinte, 1960, Anton e Carole divorciaram-se; e em 1961 Diane não só se tornou na nova esposa de LaVey como também se tornou na anfitriã do Círculo Mágico. Em 1963 Diane deu à luz a segunda filha de Anton: Zeena Galatea LaVey.

Infelizmente, nessa altura, o seu companheiro de longa data Zoltan morreu atropelado por um carro. No entanto, pouco tempo depois Anton recebeu um novo animal de estimação: um leão nubiano que ele chamou de Togare. O Togare viveu na Casa Negra (Black House) por muitos anos com o resto da família LaVey. Foi durante essa altura que ele foi a atracção de um programa de televisão local chamado “The Brother Buzz Show”. Mas depois de muitas queixas e até petições de vizinhos, Anton foi forçado a doar Togare ao Zoo de S. Francisco.

Além do Círculo Mágico, LaVey também criou “Witches Workshops”, para ensinar às mulheres todos os métodos de feitiçaria, e a “The Order of the Trapezoid” (A Ordem do Trapezóide) que era um grupo de magos que, juntamente com o “Council of Nine” (Conselho dos Nove), veio a formar a administração da Church of Satan.

Na noite de Walpurgisnacht, 30 de Abril de 1966, Anton Szandor LaVey cerimoniosamente rapou a sua cabeça, na tradição dos Yezidi, como parte de um ritual que estabeleceu a primeira organização da religião satânica: a Church of Satan. LaVey também declarou o ano 1966 como sendo o I Ano Satanas – o primeiro ano do reino de Satan.

Apesar de terem existido muitos grupos “underground”, como o Hell Fire Club e o Abbey of Thelema, que praticavam os mesmos princípios de LaVey, o nascimento da Church of Satan, que foi a primeira religião organizada, dedicada às filosofias satânicas, foi pública e publicitada.

No espaço de um ano, a Church of Satan recebeu um reconhecimento a nível mundial, devido à cobertura mundial de muitos dos seus eventos. Muitos dos primeiros artigos sobre as “Missas Negras” semanais, apareciam em várias revistas dedicadas ao leitor masculino, devido à Church of Satan usar constantemente uma mulher nua como altar, nos seus rituais. No entanto, no dia 1 de Fevereiro de 1967 a Church of Satan apanhou o mundo de surpresa quando repórteres de todo o mundo juntaram-se em San Francisco para cobrirem o casamento satânico de John Raymond, um jornalista político, com Judith Case, a filha de um conhecido advogado de Nova York. Apesar de este não ser o primeiro casamento satânico a ser feito por Anton LaVey, a fama de John e Judith virem de uma boa família despertou interesse suficiente para o casamento se tornar no evento de San Francisco mais famoso de sempre, maior ainda que a inauguração da Golden Gate Bridge. Os artigos seguintes tornaram LaVey no “Papa Negro”.

Uns meses mais tarde, no dia 23 de Maio de 1967, LaVey achou que era tempo de mostrar ao mundo que o Satanismo não tinha nada a ver com sacrifícios de crianças, conduzindo o primeiro baptismo satânico da sua filha Zeena. Os jornalistas e fotógrafos começaram a fazer fila à porta da Black House tão cedo como 15 horas antes da cerimónia, de modo a conseguirem boas fotografias da menina de 3 anos que estava vestida num robe vermelho vivo completado com o seu medalhão com um Baphomet. Quando o ritual começou a jovem Zeena sentava-se sorridente enquanto o seu pai começava a recitar uma invocação poderosa que veio mais tarde a ser incluída no livro “Satanic Rituals”. Ela adorou toda a atenção que recebeu dos fotógrafos que estavam cativados pela ideia de tanta inocência ser dedicada a Satan.

Em Dezembro de 1967, a Sra. Edward Olsen abordou LaVey com o intuito de lhe perguntar se ele conduziria um funeral para o seu marido, um oficial Naval que tinha sido recentemente vítima de um acidente de automóvel. Apesar dos oficiais Navais terem algumas dúvidas sobre a ideia, acabaram por aceder ao pedido da Sra. Olsen. No funeral, soldados fardados alinharam com Satanistas de túnica negra; e quando o ritual acabou, os guardas Navais dispararam três salvas seguidos de gritos de “Hail Satan! Hail Edward!”. Depois deste evento, o Satanismo foi incluido no Chaplain’s Handbook das Forças Armadas, passando a ser uma religião reconhecida.

No Outono de 1966, a bomba loura de Hollywood, Jayne Mansfield ouviu reportagens desta nova Igreja dedicada a Satan e conheceu o Papa Negro em pessoa. Anton e Jayne entenderam-se imediatamente, e ela rapidamente tornou-se num membro activo e mais tarde numa Sacerdotisa da Church of Satan. No entanto, o namorado/advogado de Jayne, Sam Brody, apercebeu-se que ela estava a apaixonar-se por Anton LaVey. Brody passou então a causar o máximo de problemas possíveis a Jayne e Anton, o que levou LaVey a pôr uma poderosa maldição nele. LaVey avisou Jayne que ela estava em perigo constante sempre que estava com Brody.

Infelizmente Jayne não deu ouvidos a Anton, e a 19 de Junho de 1967, enquanto viajava para Nova Orleans com Sam Brody, o carro que conduziam acidentou-se contra um camião tanque, vitimando ambos. LaVey estava na altura em casa, em San Francisco, a recortar fotografias de uma revista quando reparou que no lado oposto de um recorte tinha cortado uma fotografia de Jayne ao longo do pescoço. Uns minutos depois recebeu uma chamada informando-o que Jayne tinha falecido quase completamente decapitada, num acidente de automóvel.

Esta não foi a única envolvência da Igreja com Hollywood. Em 1968 LaVey fez o papel de Demónio na obra-prima de Roman Polanski: “A Semente do Diabo” (Rosemary’s Baby). Além de actuar, LaVey foi conselheiro técnico e participou em eventos promocionais para o filme. Ao longo dos anos houve um número de membros ligados a Hollywood, como Sammy Davis Jr. e Marilyn Manson.

Em 1969 o número de membros já tinha crescido para 10 mil membros no mundo todo, e LaVey decidiu que estava na altura de publicar o seu maior, mais diabólico, e mais blasfemo trabalho de sempre: “The Satanic Bible” (A Bíblia Satânica). Este livro tornou-se no pilar da Church of Satan daí para a frente. Seguiram-se “The Compleat Witch” em 1970 (mais tarde revisto e re-editado sob o nome “The Satanic Witch”) e em 1972: “The Satanic Rituals”.

Nesta altura a Church of Satan já tinha estabelecido Grottos por todo o mundo e LaVey tentou fazer visitas papais a todos eles, conforme podia. Mas devido às constantes ameaças e agressões que recebia de terceiros, e problemas de segurança para si e para a sua família, LaVey achou que devia cortar com as relações públicas e por volta de 1970 todas as palestras e rituais públicos conduzidos por LaVey deixaram de existir. Depois, em 1972, todas as cerimónias semanais realizadas na Black House cessaram também. A organização e realização de actividades satânicas passou a ser responsabilidade dos Grottos, enquanto que o Grotto Central passou apenas a visionar, aprovar e guiar os membros activos da Church of Satan.

A Church of Satan passou por uma vasta reorganização. LaVey queria que a sua organização se tornasse num cabal “underground” em vez de um Clube de Pen Pal satânico. Mas ao por um alto nas actividades públicas, LaVey levou à alienação de pequeno número de apoiantes. Isto levou a um pequeno cismar em 1975, quando o nº 1 do Grotto de Louisville, KY, Michael Aquino, juntamente com os seus devotos, separaram-se da Church of Satan e formaram uma nova religião e organização chamada Temple of Set.

Enquanto o número de membros da Church of Satan continou a crescer durante os anos 70 e 80, LaVey continou um recluso virtual, raramente dando entrevistas ou aparecendo em público. Ele praticamente contactava com os amigos através do Boletim Informativo oficial da Church of Satan: “The Cloven Hoof”. Quando a “Cloven Hoof” deixou de ser publicada em 1988, outras revistas satânicas como “The Black Flame” pegaram no que a Cloven Hoof deixou.

Diane Hegarty administrou a Church of Satan, como Suma Sacerdotisa (High Priestess) desde 1966 até a sua separação de Anton em 1984. De 1985 a 1990, a filha mais nova de LaVey, Zeena, tomou o lugar da sua mãe como Suma Sacerdotisa. Quando Zeena deixou a sua posição e a Church of Satan em 1990, LaVey apontou Blanche Barton, a sua nova companheira e secretária, para a posição vaga.

Blanche subsequentemente escreveu e publicou dois livros em 1990. Um foi “The Church of Satan”, que detalhava a história da Church of Satan e o segundo foi “The Secret Life of a Satanist”, a biografia autorizada de Anton LaVey. Após a publicação dos livros de Blanche Barton, LaVey publicou então o seu primeiro livro no espaço de 20 anos: “The Devil’s Notebook”, uma colecção de textos e dissertações que tinha vindo a escrever desde os anos 70. No ano seguinte, em 1993, nasceu Satan Xerxes Carnacki LaVey, o primeiro filho varão de LaVey e de Blanche Barton.

Infelizmente, a 29 de Outubro de 1997, o grande líder da Church of Satan e Papa Negro, Anton Szandor LaVey perece devido a um edema pulmonar no Hospital de St. Mary, depois de anos de problemas cardíacos. Dias antes do seu falecimento, LaVey tinha acabado o seu trabalho para o livro “Satan Speaks!”. Foi publicado no ano seguinte, prefaciado por Marilyn Manson e com uma introdução por Blanche Barton.

Apesar de documentos perfeitamente legíveis e assinados à mão por Anton LaVey, indicando o seu filho Xerxes como sendo o seu herdeiro e Blanche Barton como sendo a High Priestess, Blanche acordou trabalhar em parceria com a filha mais velha de Anton, Karla, de modo a preservar o seu legado. Barton até chegou ao ponto de oferecer a Karla a posição de Co-High Priestess. Karla de início aceitou mas mais tarde proclamou ser a única líder da Church of Satan.

Este conflito tornou-se num processo jurídico que resultou num acordo entre Blanche Barton, Karla LaVey e Zeena (LaVey) Schreck, onde Blanche aceitou abdicar dos direitos únicos que Xerxes tinha sobre a herança de LaVey em troca da posição única na liderança da Church of Satan.

Fonte: Associação Portuguesa de Satanismo

 

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/satanismo/anton-szandor-lavey/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/satanismo/anton-szandor-lavey/

As Onze regras Satânicas – Digo Tehute

Bate-Papo Mayhem #236 – 28/09/2021 (Terça) Com Digo Tehute – As 11 Regras Satânicas

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as, 5as e sábados com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados. Além disto, temos grupos fechados no Facebook e Telegram para debater os assuntos tratados aqui.

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#Batepapo

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O Pentagrama

Saudações nobres companheiros, caros ir.: e demais viajantes da senda, é com grande alegria que inicio uma das novas categorias do Blog Hermetic Rose: Símbolos, neste artigo e nos subsequentes tratarei de símbolos, signos, sinais e seus significados, usos, costumes e origens, de forma a desmistificar muito do que se propaga como informação por aí. Para brindar o início deste que é um caminho tão vasto e muitas vezes mal interpretado, trago este que é um dos, se não o símbolo mais conhecido, difundido e mal interpretado de todos: o Pentagrama. Espero com estes pequenos ensaios elucidar um pouco mais sobre o verdadeiro valor dos velhos conhecimentos, trazendo à tona a chama do conhecimento, mantida acesa por sábios ao longo dos aeons. Bom, vamos ao que interessa:

O Pentagrama –

Segundo o dicionário: “Um pentagrama é uma figura de uma estrela composta por 5 retas e que possui 5 pontas. Também significa uma palavra de 5 letras. Em música são as 5 linhas paralelas que compõem a partitura”.

Pode apresentar duas formas: pentagonal ou estrelada (com 10 ângulos), o pentagrama possui simbologia multipla, mas sempre se fundamenta no número cinco, a união dos desiguais, a união do princípio feminino (2), com o princípiomasculino (3), sendo assim uma representação do microcosmo. Simboliza a androginia e da síntese de forças complementares.

Para os pitagóricos era simbolo de saúde e conhecimento, sendo para eles uma forma de reconhecimento mútuo. É uma das chaves da Alta Ciência: abre a via do segredo. O pentagrama pitagórico – que se tornou, na europa, o do Hermes gnóstico – é, além de um simbolo de conhecimento, um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de pentagramas eram utilizados pelos magos para exercer seu poder de várias formas: utilizando a base da figura da estrela de cinco pontas como base de seus sigilos e rituais.

Simboliza o casamento, a felicidade, a realização. Considerado pelos antigos como um símbolo da idéia do perfeito.

Na ciência propriamente dita a estrela pentagrama é um interessante diagrama que descreve várias leis matemáticas: se encontra como representante nos logarítmos, na sucessão de Fibonacci, a espiral logarítmica e por isto também nos fractais, etc.

O pentagrama sob a forma de estrela foi chamado, na tradição maçonica, de Estrela Flamejante. J. Boucher cita, entretanto com reservas, esta intrepretação de Ragon: Ela era (a estrela flamejante) entre os egipcios, a imagem do filho de Isis e do Sol, autor das estações e emblema do movimento; desse Hórus, simbolo dessa matéria primeira, fonte inesgotável de vida, dessa fagulha do fogo sagrado, semente universal de todos os seres. Ela é, para os maçons, o emblema doGênioque eleva a alma a grandes coisas. O autor lembra que o pentagrama era o símbolo favorito dos pitagóricos… Eles traçavam esse simbolo sobre suas cartas como forma de saudação, o que equivalia à palavra latinavale*: passe bem. O Pentagrama era ainda chamdo de higia (de Higia ou Higéia, deusa da saúde)e as colocadas em cada uma das suas pontas.

O Pentagrama como representação do Homem em relação ao Universo, como no Homem Vitruviano de Da Vinci, simboliza o domínio da alma divina do homem sobre os elementos, sendo em cada ponta a representação dos elementos coroados pelo espírito (a quintessência dos Alquimistas e Gnósticos), simbolizando assim o domínio do homem sobre o seu mundo, o homem cumpridor de sua Verdadeira Vontade.

O pentagrama Invertido, ou de ponta para baixo, de forma análoga representa o Homem subjugado pelos 4 elementos, vencido por seus vícíos mundanos. Este por sinal, não é em si um símbolo das forças negativas, ou mesmo simbolo de seitas satanistas, é, por associação uma oposição ao simbolo original (o pentagrama de ponta para cima), representando a dualidade, a contrariedade ao que é propagado pelo simbolo primeiro, adotado por Anton LaVey como emblema da Igreja de Satanás, e antes por Gerald Gardner como simbolo Wicca, viu-se a reação da igreja, considerando o pentagrama, invertido ou não, como simbolo do Diabo, conceito esse difundido entre os cristãos.

Com Eliphas Levi, o pentagrama pela primeira vez, através de uma ilustração, foi associado ao conceito do bem e do mal. Ele ilustra o pentagrama Microcósmico ao lado de um pentagrama invertido (formando a cabeça do bode, Baphomet).

Sua relação com seitas satânicas é tardia, sendo este, em um primeiro momento a quebra de vinculo com as idéias veiculadas pelos clérigos.

Num dos mais antigos significados do pentagrama, os Hebreus designavam como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés).

O pentagrama também é encontrado na cultura chinesa representando o ciclo da destruição, que é a base filosófica de sua medicina tradicional. Neste caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento específico: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado por outro, (a Madeira é gerada pela Terra), o que dará origem a um ciclo de geração ou criação. Para que exista equilíbrio é necessário um elemento inibidor, que neste caso é o oposto (a Água inibe o Fogo).

Este é o pentagrama, e alguns de seus usos, listar todos eles em um primeiro momento seria enfadonho e seria longo demais para o formato do blog, falaremos a respeito de seus outros aspectos nos posts que virão, considero aqui o inicio, que estes breves ensaios sejam a porta de abertura para pesquisas maiores, em fontes que posso por algum motivo ter ignorado. Nas próximas postagens novos símbolos, mistérios e conceitos revelados.

Aqui me despeço, com votos de verdadeira fraternidade, e que vá em paz, seja quem for, e para onde for. Que os ventos do destino cruzem nossos caminhos novamente. Obrigado, e até breve.

*vale – Saudação na lingua latina, que deu origem ao moderno ‘salve’ e suas variações.

Referencia:

CHEVALIER, Jean, Dicionário de Símbolos, 22ª ed. Rio de Janeiro, José Olympio, 2008

Ocultura

Wikipédia

Dicionário de Símbolos

Leia Também:

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O Invisível – ou – O Recomeço

A Valsa das Flores Mortas

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Satanismo de LaVey / O Verdadeiro Satanismo

Depois dessa pequena jornada, finalmente chegamos ao Post que trata do VERDADEIRO Satanismo. Depois de percorrermos esse caminho, tratando de como surgiu a primeira concepção de Satanismo, na época da Idade Média, e de suas bases primordiais (na época do Renascimento), chegamos ao século XX.

Muito se produziu na história desde o fim do Renascimento até os dias atuais.

O Iluminismo foi o movimento mais importante que veio a seguir, no século XVII (em 1650). Dele surgiram (já no século XVIII) os primeiros movimentos empiristas (que se baseavam, exclusivamente, na “autoridade” da experiência) e, os primeiros movimentos Ateístas – que, até aquele momento, não existiam.

Não existiam movimentos que pudessem questionar, abertamente, a existência de Deus – e esse foi um dos passos mais importantes para a libertação intelectual do homem. O próprio surgimento da Maçonaria Moderna (em 1717) foi reflexo desse cenário.

No século seguinte (XIX) surgem outras Ordens, de caráter mais Ocultista, como o Martinismo e a Teosofia, que abrem caminho para que,  a partir desse desenvolvimento ocultista, surgisse o Satanismo de Anton Lavey, no século seguinte.

Não vou tomar muito tempo falando sobre quem foi Anton LaVey, já que, futuramente, haverá um post dedicado a ele. Basta saber, nesse momento, que Anton LaVey foi um grande estudioso do Ocultismo de Aleister Crowley e dos estudos da “Golden Dawn”.

Outros estudos de seu interesse envolviam a filosofia pouco convencional de Friedrich Nietzsche e do Objetivismo, de Ayn Rand. Essas correntes de pensamento o ajudaram a formular melhor os conceitos dessa religião que ele viria a fundar.

Antes de mais nada, é importante deixar bem claro que, apesar dos conceitos ideológicos do Satanismo ficarem bem claros, nas obras de LaVey, existe uma lacuna nos preceitos ocultistas.

Essa lacuna consiste no fato de ocorrerem claras citações e afirmações, sobre as correntes ocultistas, que LaVey partia do pressuposto que o leitor já conhecia. Ele demonstra admitir, como verdade, aquelas premissas – mas não dedica tempo algum para explicá-las.

Pode não parecer, a primeira vista, mas essas doutrinas e correntes de pensamento estão ligados a um caminho, que é chamado de “Caminho da Mão-Esquerda” – que será um assunto bem explorado nesse blog.

Terminamos o último post Satanismo e o Renascimento, falando sobre Shaitan ser a personificação do Humanismo, que era a corrente de pensamento onde o homem era tido como o centro do universo, sendo ela a “doutrina libertária” da época.

Essa é a raiz do Satanismo. Mas vamos entender como tudo isso funciona, a partir do que já vimos até aqui.

Como já foi abordado no Satanismo na Idade Média, nunca existiu a idéia de um Demônio Cristão, até aquele momento – quando foi criado pela Igreja Católica.

Na época do Renascimento passou-se a questionar o verdadeiro Deus, momento em que surge o Humanismo – onde Shaitan já pode ser visto como exemplo, e até, como símbolo.

Nos dias de hoje, no verdadeiro Satanismo, Lúcifer precisa ser o próprio homem (apenas para esclarecer, vou usar o termo Lúcifer, mesmo tendo explicado-o, no Post anterior, por preferência pessoal).

A ideia principal é que o homem esteja liberto e o questionamento esteja sempre presente em seu julgamento. O homem também deve centrar-se primeiro em si, depois nos outros e, por fim, no universo. Ele também deve buscar ser sempre o senhor de si, através da sua vontade (que pode produzir efeito a partir do plano físico e a partir do plano metafísico). Por fim, o homem deve ser o seu próprio Deus.

Sobre o princípio do questionamento, característica fortíssima do personagem Lúcifer, LaVey fala:

Tem sido dito “a verdade vos libertará”. A verdade sozinha não tornará ninguém livre. É somente a dúvida que trará a emancipação mental. Sem o maravilhoso elemento da dúvida, o vão por onde a verdade se move seria firmemente fechado e impenetrável – Anton LaVey

A questão ideológica sobre “o homem ser o seu próprio Deus” também é muito simples de se entender. O Satanista crê que toda personalidade, atribuída aos Deuses até hoje, não são mais do que características exaltadas do próprio homem – e de como ele desejaria ser.  Ou seja, a partir disso, não seria mais fácil venerar a si mesmo do que venerar um Deus que foi criado de acordo com as próprias necessidades emocionais do homem?

Além disso, alguns chegam a questionar porque não utilizar outro nome, ao invés de “Satanismo”?

LaVey fala sobre isso em sua Obra “A Bíblia Satânica”:

“Satanismo é baseado numa filosofia muito sadia”, diz o emancipado. “Mas por que chamá-lo de Satanismo? Porque não chamá-lo de algo como Humanismo ou um nome que poderia ter a conotação de um grupo de magos, ou algo um pouco mais esotérico – algo menos barulhento”.

Há mais de uma razão para isto. Humanismo não é religião. É simplesmente um modo de vida sem nenhuma cerimônia ou dogma. Satanismo tem ambos, Dogma e Cerimônia. Ambos, como  já foi explicado, são necessários.

E o Satanismo é exatamente isso porque não existe, nem nunca existiu, qualquer motivo para que a sociedade acreditasse que existem pessoas que veneram o demônio cristão. Ele foi um personagem criado pela Santa Igreja e foi dessa forma que ele se desenvolveu: Como um personagem!

A partir dessas características é que surgiu essa grande ideologia, na forma de religião, que é o Satanismo.

A concepção de universo, no Satanismo, não é o da existência de um Deus pessoal, porém, também não é a concepção Ateísta.

Para o Satanismo, Deus – ou seja lá o nome que você quiser dar – é uma força poderosa – e impessoal – que permeia e equilibra o universo que, por ser impessoal, não teria como se preocupar com a felicidade ou a tristeza das criaturas que habitam esse planeta.

E a definição não vai muito longe disso. Afinal, eles admitem essa ideia porque admitem a existência de forças metafísicas e de “agentes mágicos” (e essas forças não estão no mundo físico). Portanto, não há porque “povoar” o mundo espiritual com muitos personagens, basta uma força de equilíbrio para o universo.

Entender a concepção de universo do Satanismo é bem simples. Você só precisa lembrar de duas coisas:

Que existe uma força – ou energia – de equilíbrio no universo

Que é possível provocar mudanças no universo através da Vontade

No próximo Post sobre Satanismo vamos entender, mais a fundo, os princípios do Satanismo. Por hora, espero que tenha ficado claro as características essenciais do Satanismo e porque ele é dessa forma.

Dúvidas ou Sugestões? Comente abaixo…

Até a próxima!

#satanismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/satanismo-de-lavey-o-verdadeiro-satanismo

Como Ler o Futuro… e Dar as Más Notícias

“Agnes foi a pior profetiza que jamais existiu. Ela estava SEMPRE certa.” – Neil Gaiman, Good Omens

 

Não é difícil ser um adivinho, mas isso não é o bastante. Ninguém quer simplesmente saber o futuro ou ouvir a verdade. Os bons videntes que dizem o que precisa ser dito são simplesmente ignorados ou acabam marginalizados. O ser humano medíocre não quer saber o próprio futuro porque sabe, no fundo, que este futuro é  tão medíocre quanto ele mesmo. Veja os profetas do antigo testamento sempre sendo perseguidos ou apanhando de alguém.  Quando você vai ler a sorte se coloca  numa encruzilhada entre a dura verdade e as ilusões agradáveis. As duas estradas tem seu preço, mas a da verdade costuma ser mais cara.

Por essa razão  este artigo é dividido em duas partes que se complementam. A primeira parte é dedicada ao que chamamos no satanismo de Alta Magia e vai mostrar como você realmente pode aumentar sua percepção por meio de certas técnicas e eliminando ao máximo esoterismos inúteis. Isso pode ser usado para você e seus amigos próximos e entes queridos. A segunda parte relaciona-se a Baixa Magia e mostra como você deve ler o futuro das pessoas que não tem um. Pessoas que têm medo do seu próprio destino e pessoas vulgares em geral. E porque você faria isso? Entre outras razões, porque com seus “poderes” você pode pode lucrar social e financeiramente e porque encaremos os fatos, as vezes você tem que mentir para dizer a verdade. Todo bom adivinho tem que ser também um bom trapaceiro.

Parte I. Como ler o futuro

 

Divinacão ou adivinhação são palavras com uma mesma raiz: divinare, do latim, “exercer a divindade” ou “ser divino”. É o conjunto de praticas com as quais alguém busca expandir sua percepção para adquirir conhecimentos privilegiados. Um investidor que sabe que uma empresa terá em breve um lucro estupendo será uma espécie de mago para seus companheiros de trabalho. Em outras sociedade um astrônomo pode ser como um profeta que prevê quando o sol ou a lua se apagarão. Um vidente assim é definido não tanto pelo que ele vê, mas por aquilo que as pessoas ao seu redor não enxergam. Portanto como as pessoas em geral não se conhecem e não se aceitam integralmente, todo satanista, por abraçar os aspectos ditos negativos da condição humana e não rejeitar a “parte ruim” é, ele mesmo, uma espécie de vidente. Ele sabe, entre outras coisas que apesar da suposta evolução espiritual o ser humano se comporta de modo animalesco a maior parte do tempo. Sabe que nem sempre pode confiar nas pessoas , mas sempre se pode confiar em seus vícios.  E nem é preciso ser satanista para saber que qualquer um que entenda um pouco de comportamento humano e saiba pensar de forma intuitiva já tem meio caminho andado para praticar divinação.

A questão da mente intuitiva é importantíssima. Arrisco dizer que a arte da divinação nada mais é do que uma forma de tornar a intuição mais eficiente e acessível. Existe um universo não explorado conhecimentos privilegiados dentro de nossa própria mente. Os antigos se referiam a isso como luz astral, ou arquivos akashicos, modernamente chamamos de mente inconsciente. Você pode imaginar que ele é formado de conclusões e relações não declaradas que a mente faz por si só ou que são ondas de possibilidades vibrando do caos primitivo da realidade. Não importa muito o nome que você dê ou a teoria que use.  O dogma que sugiro usar como ferramenta aqui nao precisa ser tão complicado, ele simplesmente afirma que:

A MENTE GUARDA MAIS CONHECIMENTOS DO QUE NOS DAMOS CONTA
.

É por esta razão que os sonhos podem ser tão detalhistas e trazer memórias antigas que aparentemente tinha sido esquecidas. Diversas pesquisas publicadas mostram que esta parte de nossa mente tem inclusive um raciocínio mais rápido e elaborado do que achamos que temos. É por isso que as vezes quando dormimos com um problema para resolver acordamos com uma solução. De fato consciência as vezes parece atrapalhar o cérebro. Se você toca algum instrumento sabe que se prestar atenção demais nos dedos, a música é prejudicada. Da mesma forma travamos em jogos, na direção ou em esportes se racionalizarmos cada passo que dermos. É preciso fluidez.

Mas existe na mente humana algo que podemos chamar de Censor Psíquico. Um mecanismo que parece nos negar acesso a todo conhecimento que nossa mente guarda. Mas não se engane, não se trata de algo ruim. Pelo menos não tão ruim quanto um copo é para a água que contêm. Assim como o copo faz com a água, nosso Censor Psíquico evita que nossa mente se esparrame pelo chão. Ele ao mesmo tempo que nos garante a sanidade, limita o nosso poder de expressão mental. Se não existisse algo como isso teríamos que lidar a todo instante com todas as informações que nosso cérebro vai acumulando a cada segundo. Este é o mecanismo  que nos nega normalmente o acesso aos sonhos que temos a noite e durante o dia nos previne de uma sobrecarga cognitiva poupando-nos de todos os milhões de impressões sensoriais que nos bombardeiam o tempo todo. Embora dificilmente tenhamos uma vida sadia sem ele, pode ser útil poder desligar este Censor Psíquico de vez em quando. Fica claro assim porque durante o século 18 se utilizavam sonâmbulos para fazer previsões, porque no século 19 se hipnotizava pessoas para que fizessem profecias e porque por toda história os estados de transe ou êxtase tem acompanhado os oráculos da humanidade.

A tarefa do vidente é portando aprender a driblar as barreiras criadas por esse Censor Psíquico. Em primeiro lugar essas barreiras podem ser enfraquecidas pelo uso de algumas práticas cotidianas. Isso pode ser feito ao darmos ênfase e registrarmos (para nós mesmos) todas as vezes que nos depararmos com alguma forma de ‘coincidência’. O Censor Psíquico nos acostuma a negligenciá-las como mero acaso, mas ao passar a registrá-las você começara a perceber como são comuns. Sempre que percebemos que sabíamos que alguma coisa ia acontecer ou alguém ia falar ou fazer pouco antes dos fatos ocorrem devemos anotar isso de alguma maneira. Isso aos poucos enfraquecerá o Censor e fará com que as premonições se tornem cada vez mais comuns. O mecanismo é semelhante ao que usamos para fazer alguém lembrar dos sonhos que têm. Quem adquire o hábito de registrar num diário os próprios sonhos desenvolve gradualmente a capacidade de lembrar cada vez melhor deles. Da mesma forma, que, anota suas coincidências desenvolve uma capacidade cada vez melhor de lembrar do futuro.

Mas não apenas a acredite em mim, faça uma experiência de digamos um mês e comprove você mesmo os resultados. Esta prática permitirá você enfraquecer as barreiras mentais para que em seguida possa destruí-las ao menos temporariamente com alguma técnica de divinação. Sinceramente não importa muito qual ferramenta você vai utilizar. Existe um grande arsenal a sua disposição. Runas, bolas de cristal, mapas astrológicos. O importante é que seja um sistema que você conheça e com o qual sinta alguma afinidade. Na minha experiência notei que os meios que não sejam demasiadamente simbólicos nem completamente randômicos são os melhores pois deixam o praticante livre para expressar seu conhecimento inconsciente. Como exemplos deste tipo mais livre de divinacao temos a tabua ouija e a radiestesia. Ainda mais livres são as artes de interpretacao de sonhos e a psicografia (escrita automatica), mas por exigirem uma desenvoltura maior com a mente intuitiva não acho que sejam recomendados para quem estive começando. Se este é o seu caso nada melhor que um bom e velho Tarot, além de ter um bom equilibrio entre complexidade simbolica e liberdade de interpretacao ele é por si só algo que impressiona as pessoas, e se você vai ver na segunda parte deste artigo como isso é importante.

Para o momento da leitura é necessário criar um vínculo com o objeto de divinacao. Este vínculo existe naturalmente entre mãe e filho ou entre um casal que se ama. Obviamente é uma necessidade superada se estiver lendo o seu próprio futuro. Contudo na maioria das vezes este elo precisa ser criado. Isso pode ser feito por meio de uma forte concentração no alvo da divinação, na sua pergunta motivadora ou em uma representação análoga ao objeto de pesquisa como um sigilo sobre a pessoa ou assunto a ser pesquisado ou algo que pertença a esta pessoa ou situação.

Feito isso podemos passar para o próximo passo que é a seleção de respostas do sistema que se resolveu usar. Neste momento se jogas as moedas do I-Ching ou se lança os búzios. O ponto importante é que neste momento a mente intuitiva possa se expressar ao máximo prendendo, distraindo ou adormecendo a consciência normal mas sem cair na armadilha de permitir que o processo se torne puramente aleatório.  Por exemplo ao sortear as lâminas do Tarot você deve primeiro olhar a ordem das cartas e então embaralhá-las de leve ou ao tirar uma runa da bolseira deve apalpá-la antes para sentir se é ela que deve ser tirada. Além disso algumas pessoas podem acompanhar esse momento com alguma forma de gnosis, especialmente em sistemas abertos como cristalomancia, hidromancia ou skrying. Na verdade, qualquer espécie de transe pode ser transformado em um ritual de divinação se nos concentrarmos intensamente em um assunto e então permitirmos que impressões brotem do estado de vacuidade mental adquirido.

Conclui-se a leitura com a interpretação das respostas obtidas do momento anterior. Por ser necessário colocá-las em palavras é impossível não racionalizarmos neste momento. Entretanto se o passo anterior for feito conforme a descrição acima isso não deverá apresentar nenhuma dificuldade ao processo.  Contudo mesmo assim é importante manter-se aberto neste momento para quaisquer impressões que possam surgir em especial se surgirem como uma conclusão que sintetiza todas as respostas e lhe der alguma espécie de conselho. Quem seguir a prática de registro de coincidências dada acima verá que isso é bastante comum. Por fim resta ponderarmos neste momento final o Fator de Equilíbrio. Ou seja, ter em mente que nenhuma técnica de divinação é perfeita e inquestionável. Quanto a isso acho que basta citar Crowley que em Magick, Book 4, cap 18 diz que “ao estimarmos o valor final de uma sentença divinatória, devemos lembrar das inúmeras  fontes de erro inerente ao próprio processo. É naturalmente impossível na maioria dos casos certificar-se que algum fator importante não foi omitido. Não se deve supor portanto que um oráculo seja onisciente.”

Os métodos acima me servem bem para consultas pessoais e de alguns poucos achegados. Não acredito que o futuro esteja escrito ou predeterminado por alguma entidade ou lei inexorável. Meus amigos próximos sabem que duvido até da existência de um tempo linear do tipo passado-presente-futuro. Como Peter Drucker ainda acho que a melhor forma de predizer o futuro é criá-lo. Por isso utilizo a divinação mais para ver os futuros possíveis desta ou daquela decisão e as tendências caso as coisas continuem ou passem por alguma mudança. Por exemplo, não é preciso ser um profeta para saber o que acontece se você destruir uma pessoa (seja lá como fizer isso) ou fizer alguém se apaixonar por você, mas é preciso mais do que mero planejamento para descobri quais as implicações destas mudanças em todos os aspectos da sua vida no longo prazo e em larga escala. Talvez em algum lugar obscuro no fundo da sua mente haja uma informação importante que se fosse trazida a tona mudaria todos os seus planos. Verificar é melhor do que se arrepender.

Parte II. Como dar as más notícias

Treine bastante lendo sua própria sorte. Para o bem da sua própria reputação não tenha pressa de tentar ler a sorte de conhecidos sem estar bastante seguro de sua capacidade. Apenas quando você tiver certeza de que não esta se enganando, estará pronto para enganar as outras pessoas. Não que você não ira lhes dizer a verdade, mas muito rapidamente vai perceber que terá que aprender a mentir para poder fazer isso. Eu disse antes que divinação é a arte de tornar o pensamento intuitivo mais eficiente e que isso pode ser feito enfraquecendo as barreiras do Censor Psíquico e então desviando os pensamentos conscientes de forma a acessar as informações não declaradas do seu objeto de pesquisa. Bom, essa não é toda a verdade, pelo menos não quando esta lendo o futuro de outras pessoas. Assim Divinação deve ser também a arte de dar credibilidade a própria intuição. É aqui que entra a Baixa Magia e talvez ela nunca tenha sido tão baixa.

Anton LaVey disse em The Satanic Witch que as “Forças do Mal” estão sempre perseguindo as pessoas que não são muito competentes como indivíduos. Isso é verdade. Também é verdade que as pessoas não gostam se ouvir que são incompetentes.  Eliphas Levi por exemplo era um mago que abominava as artes de adivinhação. Em Dogma e Ritual da Alma Magia ele diz que a adivinhação não convém ao caráter de um verdadeiro adepto porque ele seria muitas vezes obrigado a recorrer ao charlatanismo para convencer sua clientela e admirar seu público. Levi tinha razão, e é por isso que vou mostrar agora como ser um bom charlatão.

É essencial convencer a pessoa cujo futuro esta sendo lido para que ela acredite completamente no que esta sendo dito. Nos meus primeiros momentos infelizmente irritei algumas pessoas por ser cruelmente sincero no que via e felizmente elas se afastaram de mim por conta disso. Embora a ausência de censura seja importante para não haver bloqueios na mente intuitiva, isso costuma machucar os fracos. E se você deseja explorar os fracos existem métodos que podem ser usados para amenizar este tipo de problema, métodos utilizados há muito tempo por videntes profissionais, para passarem suas mensagens, mas principalmente para garantirem sua clientela.

A verdade geralmente ofende, mas os tolos são mais sensível a manipulação do ego do que a dor da verdade. Honestidade é essencial entre verdadeiros amigos, e mesmo assim com parcimônia, mas com todos os outros você não pode simplesmente ser honesto, precisa parecer honesto. A credibilidade é a melhor política. Para isso a melhor maneira de pescar um trouxa é nuca admitir a frase em letras maiúsculas na primeira parte deste texto. Para o público o futuro deve estar em qualquer outro lugar que não a própria humanidade. Eles não confiarão em outra pessoa mas colocarão toda sua fé em uma borra de café. As cartas não mentem e o futuro está escrito nas estrelas, lembre-se disso.

Felizmente isso não é um problema se a pessoa já esta pedindo sua ajuda. Estando com ela, deixe-a antes de tudo falar. Na maior parte das vezes elas não querem que você leia o futuro só querem que alguém lhes diga o que fazer. Para isso existe um roteiro bem simples, que é garantia de sucesso:

  1. Deixe a pessoa falar o que quiser e o quanto quiser.
  2. Faça sua leitura como sugerido na primeira parte do texto.
  3. Faça um elogio velado.
  4. Diga o resultado da leitura do passo 2
  5. Faça uma ameaça velada.
  6.  Ofereça alguma solução a ameaça do item 5.

Novamente, a partir do passo 2 mantenha tida sua atenção aparente nos seus instrumentos de trabalho e não na pessoa. Isso dará a ela a impressão de que as respostas estão vindo de algum lugar sagrado que ela não tem acesso. Não as machuca deixar que pensem isso. Além disso, isso mostra a importância do que você está fazendo e deixa a pessoa confortável no papel de espectadora em vez de sentir-se um paciente com a barriga aberta em um centro cirúrgico.

No passo 3 sorria e diga alguma coisa boa que ela queira ouvir. Isso amolecerá a pessoa, e a tornará simpática a tudo o que você disser. Veja alguns exemplos de frases quebra-gelo:

  • Há alguém romanticamente interessado em você no seu círculo de amizades. Você tem um senso muito próprio de Justiça e as vezes tem que se segurar para não dar uma de justiceiro.
  • Você não se deixa convencer facilmente e normalmente precisa de bons argumentos par acreditar em alguma coisa.
  • Vejo uma oportunidade se aproximando de você no campo financeiro.
  • Você é destes que gosta de se divertir, dar muita risada, falar bobagens…
  • Você sabe valorizar a amizade, por isso não é qualquer um que você aceita como amigo.

Esse passo 3 é importante para amolecer o ego da pessoa e torná-la receptiva ao que você vai dizer em seguida no passo 4. Como ela já aceitou o elogio as portas do seu intimo estão escancaradas para você e ela se tornará muito mais fácil de ser sugestionada. Nesse passo você pode fazer qualquer tipo de promessa que agrade a pessoa. Por incrível que pareça ela não lhe culpara se sua profecia não se cumprir pois não vai querer perder a esperança de todas as novas ilusões que você pode fornecer.

Depois da leitura normal do passo 4 temperada com massagem no ego, chegamos ao passo 5 da Ameaça Velada. Consulte de novo seus instrumentos e faça uma cara séria. Diga que existem forças atuando contra a pessoa. Isso dará a pessoa uma razão para fracassar. E isso é quase tudo o que elas querem. Diga que algo ruim e preocupante está acontecendo ou acontecerá em breve. Se a pessoa tiver até 20 anos diga que sua vida emocional corre risco. Se tiver até 30 coloque inimigos na carreira e no trabalho. Até os 40 mire no bolso, no patrimônio e na estabilidade familiar. Dos 50 para frente diga que a saúde passará por momentos complicados. E qualquer que seja a idade você pode alertar contra as forças ocultas e espirituais malignas assombrando a vida da pessoa.

Assim como ela não lhe culparia por uma boa profecia frustrada também não lhe culpará se esta maldição não der certo, pois você acabou de virar seu fornecedor oficial de bodes expiatórios. Além disso se nada de ruim aconteceu é porque ela seguiu os preciosos conselhos que você dará no passo 6 de nosso roteiro.

As pessoas não querem apenas ouvir ameaças, elas querem saber  o que devem fazer. O passo 6 dará ao mesmo tempo uma esperança a pessoa e algo para mantê-la ocupada, e mais importante ainda: e mais importante ainda, alguém para obedecer. Isso também de certa forma estreita a ligação com o vidente. É neste momento de fragilidade que os videntes profissionais vendem suas velas, ungüentos, e rituais sob encomenda. De fato, estes podem ser tão lucrativos para eles que a consulta em si pode sair como cortesia. Se em outra ocasião a pessoa disser que seguiu seus conselhos e mesmo assim a maldição ( que você inventou ) por alguma razão improvável virou realidade, não se preocupe. Se ela voltou para falar com você é porque quer ser enganada novamente. Diga que alguma nova força atuante se manifestou. Veja alguns exemplos de conselhos que podem ser usados:

  • Você é o agente das mudanças que quer para sua vida.
  • Você tem que deixar de ser um obstáculo para seus objetivos.
  • Você não precisa acreditar em nada, apenas em você.
  • Preste mais atenção as pessoas que convivem com você.

Os passos 5 e  6 podem ser ignorado caso seja uma pessoa com quem você realmente se importe. Por outro lado os passos 2 e 4 podem ser também ignorados caso você não se importe nem um pouco com a pessoa. O último truque sujo que tenho para ensinar é que a linha que separa a profecia da sugestão é tão tênue que em geral merece ser apagada. A mente do consultor via de regar é muito mais forte do que a do consultante de modo  que logo você perceberá que pode dar algumas ordens ao destino da pessoa.  É como aquela história da cigana que por um preço podia prever o sexo de uma criança que estava para nascer e devolvia o dinheiro caso errasse. Acertava metade das vezes e isso reforçava sua reputação de bruxa. Errava a outra metade e reforçava sua reputação de mulher honesta. E todos saiam ganhando.

Morbitvs

Morbitvs Vividvs é autor de Lex Satanicus: O Manual do Satanista e outros livros sobre satanismo.

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/baixa-magia/como-ler-o-futuro-e-dar-as-mas-noticias/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/baixa-magia/como-ler-o-futuro-e-dar-as-mas-noticias/

A Cerimônia de Avools: em paz com o medo

“Não é uma aranha, não exatamente, desta vez sua forma não foi tirada de nossas mentes; ela é apenas o mais próximo que nossas mentes podem chegar do que quer a coisa realmente seja.” 

– Stephen King, IT 

Assim como com a tristeza e a risada a maneira mais certa de aumentar o medo é reprimi-lo. O medo é parte da natureza humana e tem a função positiva de nos proteger e nos dar respostas rápidas em um mundo ameaçador. Ele só é de fato um problema quando deixa de ser um mensageiro. Em outras palavras quando em vez de ser a aranha que anda pela teia nos tornamos às moscas presos nela. Nos casos mais graves o casulo se fecha nos tornamos prisioneiros de nosso próprio terror. 

Quando o medo vira fobia e a ajuda médica torna necessária. É saudável o medo de um um rottweiler bravo, solto e desconhecido, mas é doentio o medo de um amigável beagle na coleira. A aracnofobia, o medo irracional de aranhas é entre os transtornos do medo um dos mais antigos e universais e isso faz de Avoosl o arquétipo perfeito para ser trabalhado nestas ocasiões. 

(Segundo Michael Aquino, fundador do Temple of Set, a figura de Avoosal foi criada por Anton LaVey como um nome em comum para todos os deuses e deusas aranhas. Seu nome foi tirado de um conto de Clark Ashton Smith “O Estranhamento de Avoosl Wuthoqquan”, publicado na Weird Tales de junho de 1932 no qual uma aranha gigante devora um ladrão. )

Avoosal é o nome a Rainha Aranha que tradicionalmente habita as cavernas escuras do interior da terra. As aranhas domésticas e do campo – assim como todos os insetos rastejantes são súditos de Avoosal e matá-los uma ofensa para ela, pois estas criaturas em geral inofensivas são rejeitadas e banidas para a corte do diabo simplesmente por serem consideradas feias e assustadoras.  

 O Rainha-Aranha vive em cavernas escuras nas quais guarda com zelo seus tesouros. É a versão de oito patas e muitos olhos do nórdico Fafnir e por isso talvez os ciganos digam que sonhar com aranhas é sinal de riqueza. Ela devora e se alimenta dos ladrões, mas por outro lado conquistar a simpatia de Avools  é ter livre acesso a sua câmara dos  tesouros. Quando Avools é respeitada se torna uma grande contadora de história como é na forma de Anansi, seu expressão entre os povos africanos. 

 O ritual a seguir é uma adaptação da Cerimônia de Avools tal como usada na Church of satan mas enriquecido com técnicas mais avançadas de programação neurolinguística e consiste em gradual e repetidamente expor a si mesmo diante do medo de uma forma segura e controlada com o objetivo de superá-lo. 

Requisitos do ritual 

 A câmara ritual é enfeitada com representações aracnídeas e teias de aranha decorativas. 

 Deve ser preparado também um temporizador desses que marcam de cinco minutos a huma hora. 

A  preparação seguinte é por si mesma é uma espécie de ritual e consiste em buscar um mensageiro de Avoosl. Isso deve ser feito obrigatoriamente sozinho, em local ermo e de preferência em contato com a natureza. Deve-se buscar um inseto e colocá-lo dentro de um vidro de bom tamanho. O animal deve ser tratado com todo respeito e de forma alguma ferido. 

 O súdito de Avoosl é imediatamente levado até a câmara ritual é colocado no altar e em seguida a cerimônia começa. 

 O Ritual 

1- Tocar nove vezes o sino e dizer 

In nomine Magni Dei Nostri Satanas. Introibo ad altare Domini Inferi. 

2 – Olhando para o recipiente contendo o inseto deve dizer: 

 

“Meu pequeno amigo, queira chamar o grande rei.” 

 

3 – Em seguida deve programar a cega o temporizador e senta-se de frente para o altar de olhos fechados. Enquanto aguarda a chegada de Avoosl deve permanecer de olhos fechados e respirar apenas pela boca e superficialmente. 

 

4 – Quando o temporizador tocar deve-se abrir os olhos imaginando uma enorme aranha ocupando a câmara. Voltando a respiração normal deve dizer: 

 

““Avoosl! Avoosal! Anansi! Aracne, grande Avó Aranha, Senhora de todos os pavores. 

 

Ouça-me! Em nome de Satã e Belial, me escute oh arquiteta do Inferno.  

 

Seu povo já andava sobre a terra eras antes do surgimento da humanidade. Quem quer que em arrogância roube seus tesouros será provado por seus pedipalpos. Quem ignora suas teias será preso por elas.  

 

Mas eu sou um contigo e me coloco fraternalmente em sua presença. Eu honro seu nome pois somos o mesmo.” 

 

5 – Em seguida deve-se transmitir para Avoosl a forma do seu medo. Faz-se isso lembrando com o máximo de detalhes possíveis alguma memória traumática, ou seja a primeira e mais importante lembrança relacionada e este medo 

 

6 – Em seguida diga 

 

“Avoosl eu lhe peço que capture este medo em sua teia.”   

 

Em seguida a cena é repassada na tela mental, mas desta vez não como participante ativo e sim dentro de uma esfera ou tela na qual você a Aranha Monarca assistem como observadores externos. 

 

6 – Ao término dizer:  

 

“Jogue suas teias Avoosl, não sobre mim mas sobre este medo.” 

 

Após isso a cena é visitada mais uma vez, mas desta vez em branco e preto. 

 

7 – Ao término dizer:  

 

“Mais uma vez Avoosl jogue suas teias.” 

 

A cena é então assistia mais uma vez mas mais embaçada. 

 

8 – Diga então: “Leve este medo embora, que seja alimento para os seus súditos que rastejam.” 

 

A esfera então é imaginada sendo colocada dentro do recipiente onde imediatamente começa a nutrir o inseto em seu interior. 

 

9 – Por fim diga: 

 

“Mostre-me agora mestre dos pavores, qual tesouro estava guardando para mim.” 

 

Agora o celebrante deve imaginar da forma mais realista possível como será sua vida agora que o medo foi levado embora. Deve participar da cena, sentir os gostos, sons e cores envolvidas. Deve também sentir a aprovação de Avools nesta realização. A Deus Aranha foi agradada. 

 

Neste sentimento de satisfação e gratidão deve se despedir: 

 

“Obrigado Avools, que eu seja sempre digno sua amizade.” 

 

10 – Tocar o sino  e então encerrar com as palavras  “Assim está feito” 

 

A criatura capturada deve ser devolvida ao seu ambiente original com todo respeito que merece.. 

Morbitvs Vividvs é autor de Lex Satanicus: O Manual do Satanista e outros livros sobre satanismo.

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A Ordem de Aset Ka e a Popularização do Vampirismo Moderno

Em Hotep,

Tomei conhecimento da Ordem de Aset Ka em 2007 quando a Bíblia Asetiana foi liberada para deleite do publico em geral, em especial os europeus que já tinham alguma noção dos trabalhos vinculados a misteriosa sociedade cuja sede, sabe-se através do autor Luís Marques, se encontra na cidade de Porto, Portugal. É provavel que hajam outros capitulos da mesma espalhados ao redor do globo terrestre, todos estes interligando os adeptos as suas origens vampíricas presentes no Egito Antigo, onde a matriarca divina, Ísis, compartilhou não somente sua sabedoria entre sua descendencia, como sua própria imortalidade.
Por séculos a Ordem tomou a si a regencia do Antigo império egipcio, em um glamoroso reinado de Beleza e Poder, meramente esquecido pelos historiadores de nossa época, sequer reconhecido pelos mesmos.

“Para o seu grupo secreto e silencioso, Aset (Ísis) atribuiu-lhes o nome de Aset Ka, um símbolo direto de suas verdadeiras origens – a essência de Ísis, o Ka de Aset. E assim ela disse te-los vinculados através do sangue, e os fiéis a ela seriam para sempre fiéis para eles próprios, porque eles eram um só. Em seu “Beijo Negro”, ela gravou o sigilo santo no fundo de suas almas, que seria para sempre sua Marca Asetiana, e eles fariam o mesmo com seus seguidores” A Bíblia Asetiana.

A Aset Ka, enquanto ordem iniciática, existia muito antes de qualquer ordem vampírica, tal como Crimson Tongue, Dreaming, House Kheperu, ou até mesmo a notória Black veil, famosa pelos seus roles playing games e fãs de Nox Arcana. É certo que, em contexto de exposição muito diferente e com recursos completamente distantes dos que utiliza hoje em dia, vide o site oficial circulando na Web, mas já à 20 anos atrás haviam serões de palestras sobre manipulação de energia organizadas pela Aset Ka em Londres e Paris. Fatos tais são dificilmente encontrados em textos liberados, mas correm aos sussurros pelos círculos ocultistas, da onde a autora que os expõe aqui, sugou deliberadamente as informações.

Pois bem, antes que tomem notas através do trabalho que aqui se segue, é importante fazer um parecer sobre a pratica do Vampirismo, já muito propagada fora dos círculos ocultos, em especial pelos sujeitos mais problemáticos que são os adolescentes deslumbrados e fãs de qualquer alegoria sombria/sensual. Tais ordens como Aset Ka jamais registraram qualquer indicio de prática canibalista em seus meios como uma questão de obrigatoriedade de sua natureza divina, senão uma alusão ao que seria “sugadores da essência divina”, energia psiquica ou sexual. Fora isto, moldar em mente sujeitos de preto, cabelos longos, pele pálida e feições aquilinas voando entre árvores de um bosque a caçar mocinhas, é apenas uma visão romanceada, figurativa, do que o Vampiro de fato representa. A questão da alimentação sanguinea não é uma condição inerente ao Asetiano, que privado desta dieta, padecerá em uma funesta não-existencia cá entre os vivos. Sobre esta questão, busquei referencias na fonte mais correta da Ordem, sua Bíblia, que nos trás a questão de maneira bem direta:

“O que um vampiro real realmente anseia em seu núcleo é o Ka, a essência da vida, se liberada por um intenso orgasmo sexual, desde o sangue pingando da veia do doador, ou simplesmente pelo toque da carne”

Procede-se então que o Vampiro se comporta de maneira similar a um daemon invocado cujo sigilo necessita ser alimentado pela energia do seu conjurador, seja numa gota de sangue, seja através do fluído sexual. O Vampiro todavia, não é uma condição sobrenatural inalcançavel. Tomando o presuposto que o Vampiro se alimenta da energia exterior, o vampirismo psiquico fora abordado de maneira bastante elucidatoria por autores como Dion Fortune e Anton Lavey.O “Psyvamp” sendo uma condição repassada seja geneticamente ou através de ataques exteriores, PORÉM, não resulta no recrutamento do mesmo para uma Ordem como Aset Ka. Simplesmente porque ser asetiano não é somente ser um vampiro. A questão é mais profunda e essencialmente vinculada a hereditariedade.

Não adianta donativos, puxa-saquismo, sequer seu sangue é interessante a Ordem. Sendo um círcuo estritamente fechado, entende-se bem o porque de poucos conhecerem Aset ka. Esta casa ocultista não é como as casas por ai que dizem serem secretas, e fazem entrevistas até para o Jô Soares se puderem. Não deve-se confundir Ordem restrista com Ordem Secreta, pois nem todas as ordem restritas sobrevivem na obscuridade, por exemplo a famosa Maçonaria. Mas então porque diabos lançar um livro, um site, até uma pagina na Wikipedia, se a palavra de ordem da Aset Ka é Sigilo?

Em dialogos com um possivel conhecedor dos trabalhos asetianos nas terras lusitanas, este me deu a entender que alguns descendentes da Ordem vagavam por ai sem conhecimento de suas origens. As publicações rescentes, por tanto, pretendiam, e pretendem, despertar esses irmãos e levá-los de encontro a suas origens. O reconhecimento se daria de uma maneira profundamente íntima, é deduzível, já que não consta um manual de comportamentos asetianos, senão poucas caracteristicas referentes as linhagens. Obviamente, as publicações atraíram muitos tipos de fanboys e fangirls de RPG, Anne Rice, Saga Crepúsculo e até membros de outras ordens, curiosos acerca desta identidade otherkind presente no asetiano. Mas é provavel que os curiosos não obtiveram sucesso em suas pesquisas, tal como eu que apenas pude me satisfazer com informações minguadas espalhadas entre os círculos.

 

Aset Ka e as Três Linhagens Vampíricas

“Vivemos em segredo. Vivemos em silêncio. E nós vivemos sempre …Que a Serpente beije o infinito de sua beleza fria”

A palavra Asetiana refere-se à linhagem imortal criada por Ísis no Antigo Egito. Em seu ato de criação divina, ela deu sozinha à luz a três crianças para fora de sua essência. Esses são os Asetianos Primordiais, os primeiros de seus parentes, representações perfeitas das Linhagens encontrados em Asetianismo. Isso explica a natureza tríplice da linhagem que é representada por três linhagens distintas: Serpente, a Linhagem dos Viperines, Escorpião, a linhagem dos Guardiões, Escaravelho, a Linhagem dos Concubines.

1 – Linhagem das Serpentes (tambem conhecida como a linhagem de Hórus): Esta linhagem assenta as suas bases na honra, no poder e na força da liderança. Os seres desta linhagem destacam-se por possuir elevados poderes metafisicos, e uma criatividade extraordionária. São habitualmente temidos por aqueles que conhecem os seus poderes. Fisicamente, tem uma aparência frágil (apesar de serem de todas as linhagens os mais poderosos) devido a possuirem um grande desprendimento da Terra em si. São na maioria das vezes pessoas palidas, magras, e tem um olhar profundo que lhes é caracteristico.

2 – Linhagem dos Escorpiões (Guardiões) :os seres desta linhagem denotam-se por uma grande ligação ao amor, e busca do mesmo. Para eles, o amor é a propria razão da vida. São desligados das pessoas em geral, apresentando por diversas vezes pontos de vista divergente da maioria das opinioes da sociedade. São muito ligados á Terra, o que resulta no desenvolvimento de um grande escudo de protecção á sua volta quase constante. São seres notoriamente protetores, contudo só permitem a alguns aproximarem-se de si intimamente. Nao interagem muito facilmente com a energia, devido precisamente ao seu “escudo” quase constante. São donos de uma saude excelente assim como de um ótimo sistema imunologico. São poucos sensiveis á luz solar, e podem ainda ser menos palidos que os asetianos das outras duas linhagens. Tem um metabolismo energetico lento, logo sao raras as vezes em que necessitam de retirar energia dos outros. São avançados na alimentação tantrica. Alimentam-se de energia sexual.

3 – Linhagem dos Escaravelhos (Concubines): Tem uma natureza caótica, e ao mesmo tempo adaptativa. Tem a habilidade de partilhar grandes quantidades de energia, tornando-os excelentes doadores , sobretudo para a linhagem das serpentes. Sao submissos e controlados, mas apenas por aqueles que lhe são bastante proximos. Tem uma grande necessidade de contacto humano social, e por isso mesmo sao das 3 linhagens a que possui uma alma mais humanizada, sendo que o facto de se misturarem com os humanos e agirem muitas vezes como eles emotivamente é um dos seus maiores fardos, uma vez que assim se torna mais dificil de atingir o seu eu interior divino. Umas das suas capacidades mais marcantes é a de conseguirem transformar a dor fisica em prazer, alimentando-se muitas vezes de energia sexualmente liberada. Não tem uma aparencia fisica esteriotipamente definida, a mesma costuma variar imensamente.

Keepers – Crianças de Anubis

São os protetores dos Asetianos, estão a eles ligados através de lealdade, respeito, honra e dedicação. Tal como os Asetianos, tem uma alma imortal nao humana, logo sao conhecidos como otherkins. Alguns possuem uma alma vampirica, outros tem uma alma humanizada. Discípulos de Anubis, sao extremamente avançados no que toca a praticas e ritos de magia e feitiçaria. A sua maior ambiçao é proteger os Asetianos.

“Desenvolvimento e iluminação são processos lentos e persistentes da viagem Asetiana através da vida. Esta iniciação metafísica é um sistema de transmutação. Com esta mudança pura e profunda, significa que o Asetiano consegue alterar de forma,aparência e natureza, que é uma manifestação da força da Chama Violeta em si. Esta transmutação, profundamente conectada com o nascimento vampírico, representa a natureza da alquimia da alma Asetiana, sempre mudando eternamente. De acordo com isto, podemos estabelecer o Asetianos como os alquimistas do alma, criadores e destruidores,catalisadores de mudança e evolução, com o poder de transformar chumbo em ouro. Asetianos são os doadores de vida, os pilares da existência sutil, os proprietários darespiração da imortalidade. ”

Mas então, qual seria o sistema asetiano? Como vivem e o que fazem?

Existem trechos deveras notáveis nas obras de Luis Marques que calam a boca dos insistentes, porém nao conseguem fazer morrer o interesse. Tal como o autor é uma pessoa física E conhecida, os asetianos assim são, habitando entre nós, podendo ser nossos vizinhos ou um apresentador de um talk show na TV.
“Para aqueles fora da Ordem, nós jamais existiremos” (A Biblia Asetiana).

No entando, sabemos que eles sim existem, mas não da maneira extravagante que Hollywood demonstrou.

“Os vampiros e criaturas similares podem ser encontradas em quase todas as culturas ao redor do mundo. Nos contos do Vetalas da Índia encontram-se no folclore sânscrito, chamados demonios vampiricos, tanto que os Lilu são conhecidos desde os mistérios da Babilônia, e mesmo antes, os sanguessugas de Akhkharu foram vistos na mitologia suméria. De fato,um desses demônios do sexo feminino, chamado Lilitu, foi adotado mais tarde pelademonologia judaica, Lilith, sendo um arquétipo ainda atualmente utilizado em algumas tradições ritualísticas do Caminho da Mão Esquerda. Mas a maioria do que é reconhecido do vampiro vem da Romênia e contos eslavos, os Strigoi chamados Nosferatu e Varcolaci, entre outros. No entanto, o Vampiro verdadeiro, como um ser real e não o conceito encontrado em todo o mundo e na história como puro mito criado pelo homem, tem suas raízes no Antigo Egito, sendo ele o Asetiano”. (A Bíblia Asetiana)

Nathalia Claro.

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/vampirismo-e-licantropia/a-ordem-de-aset-ka-e-a-popularizacao-do-vampirismo-… […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/vampirismo-e-licantropia/a-ordem-de-aset-ka-e-a-popularizacao-do-vampirismo-moderno/