Curso de Tarot e História da Arte

Todas as imagens acima representam a figura do “Mago” no Tarot, ao longo de 600 anos de História, abordados em 15 dos principais decks conhecidos. O que elas têm em comum? o que possuem de diferente e por que motivo foram retratadas desta maneira? O que representam cada um dos símbolos destes Arcanos?

Dias 21 e 22 de Janeiro acontece em São Paulo um dos cursos que eu mais gosto de ministrar, sobre tarot e seu estudo dentro da História da Arte e da Magia.

Muita gente têm escrito emails pedindo mais detalhes sobre os cursos de Tarot do Teoria da Conspiração… Bem, em primeiro lugar, se vocês estão procurando um curso para aprender a “prever o futuro”, esqueçam; podem pular fora e procurar esses milhares de “tarólogos” que tem aos baldes por ai no orkut. O Tarot é uma ferramenta simbólica, magística e de auto-conhecimento nobre demais para ser usada apenas dessa maneira tão simplória.

No curso de Arcanos Maiores, utilizo 15 tarots diferentes. Estudamos cada um dos 22 Caminhos da Árvore da Vida e sua correlação simbólica e imagética com cada Arcano do Tarot. Observe as figuras acima, do Mago. O que elas têm de semelhante? no que diferem? por quê? O que representam estes objetos? e as cores? O que eles quiseram dizer no momento histórico em que estavam?

Entendendo os símbolos utilizados no Tarot, compreendemos de uma maneira muito mais profunda a Kabbalah, a Astrologia e o próprio sistema de pensamento humano.

Começamos pelo Visconti-Sforza, do século XIII, que une a simbologia dos Trionfi renascentistas à estrutura da Árvore da Vida. Em seguida, o tradicional Tarot de Marselha (1560), Rider Waite (1909), Golden Dawn (duas versões), Tarot de Papus, Tarot Egípcio e Tarot de Thoth (Crowley), até os modernos Mitológicos e Cabalistas. Isto nos dá uma noção muito clara de como os Arcanos se desenvolveram ao longo da história da magia e da arte e quais são as principais escolas; suas diferenças e semelhanças.

Somente com esta visão de conjunto é possível compreender a magnitude do tarot e as maneiras como ele pode ser utilizado em rituais e no seu altar pessoal.

Claro que não poderia deixar de ensinar a fazer a leitura do Tarot tradicional, pelo método da Cruz Celta; mas normalmente quando se chega nessa parte do curso, a maioria dos alunos já percebeu que existem usos bem mais interessantes e poderosos do tarot do que apenas o de fazer leituras.

Para maiores informações acesse Cursos – Projeto Mayhem

#Tarot #Artes #Cursos

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A Astrologia retornando às Universidades

Por Julio Wizlak.

A história começou com uma ligação telefônica. De Portugal para o Brasil. A portuguesa Teresa Filipa da Costa Sá convidou o astrólogo brasiliense Francisco Seabra para uma palestra na cidade do Porto. Antes de tomar qualquer decisão, Seabra pediu a data, a hora e o local de nascimento de Teresa. Indiscrição e indelicadeza? Não. Seabra queria fazer o mapa astral de sua interlocutora. Vinte e quatro horas depois, outra ligação, dessa vez de Brasília para Porto. Teresa foi pedida em casamento e, quatro meses depois, desembarcava no Brasil. “Impossível não me casar com ela. Os astros mostraram, ela é a minha verdadeira cara-metade”, diz ele. Pode parecer loucura, mas o fato é que atualmente a própria ciência, antes tão refratária a coisas desse tipo, se debruça sobre histórias como essa para explicar a natureza da atração exercida pelos astros. Abre-se assim uma nova vertente da astrologia. E abre-se, também, uma nova polêmica tanto no meio acadêmico quanto nos consultórios astrológicos de sensitivos tradicionais. Grande parte dos profissionais desse ramo acha que entender o movimento dos astros e o impacto deles na vida das pessoas é uma combinação de sensibilidade e arte, jamais uma ciência.

Na Universidade de Brasília (UnB), considerada uma das cinco-estrelas no meio intelectual do País, já existe um curso dedicado ao estudo da astrologia com o objetivo de provar a existência e a dinâmica dos fenômenos astrológicos. “Embora não se conheça o tipo de energia que atua nesse campo, dá para formular uma equação matemática descrevendo as ocorrências astrológicas”, diz Álvaro Luiz Tronconi, professor do Instituto de Física da UnB. Em menos de dois anos de estudo, duas pesquisas desse Núcleo de Astrologia deram conta de validar cientificamente as previsões astrológicas.

Coordenadas pelo engenheiro Paulo Celso dos Reis Gomes, do Instituto de Tecnologia, elas tentaram identificar, entre dois grupos de voluntários, quais estavam às vésperas de se casar e quais estavam angustiados com o exame vestibular. Evidentemente os astrólogos não sabiam quem era quem. Só tinham em mãos os dados necessários à elaboração do mapa astral de cada um dos 200 inscritos. Para dificultar o trabalho, foram incluídas pessoas com curso superior completo no grupo dos vestibulandos e foi incluída gente que nem sequer tinha namorado no time de noivos. O resultado foi surpreendente: 95% de acerto de quem estava mesmo nessa ou naquela situação.

Esses números impressionam, mas não convencem os cientistas em geral. Há quem insista no ponto que a astrologia só poderia ser considerada uma ciência com a descoberta dos princípios que regem a troca de “energia” entre homem, planetas e demais astros do Sistema Solar. “Se é que, ao menos, existe esse princípio de troca de energia”, diz o astrônomo Amauri de Almeida, da Universidade de São Paulo. Os estudiosos do espaço sabem, por exemplo, que a força gravitacional da Lua sobre a Terra interfere na altura das marés. Mas que força lunar influenciaria na forma como uma pessoa administra seus negócios ou no modo como organiza sua vida profissional? “A única troca de energia que a astronomia consegue identificar entre um corpo celeste e os humanos é a energia da radiação solar”, diz Ronaldo Rogério Mourão, um dos astrônomos mais conceituados do País. De fato, pegar um bronzeado é prova irrefutável dessa influência, mas não é disso que falam os astrólogos.

Para eles, a influência dos astros nas pessoas aconteceria em níveis intra-atômicos, um campo da ciência estudado pela física quântica – outra novidade que ganha corpo e irrita os astrólogos ortodoxos. Algumas teorias dessa área sugerem que a transmissão de energia entre os corpos do Universo não se dá por vias tradicionais, mas, isso sim, por um sistema de coordenadas. Seria como se um satélite GPS recebesse um sinal emitido por um corpo na Terra e o retransmitisse para outra parte do espaço.

O astrofísico inglês Percy Seymour acredita que algo parecido aconteça com corpos celestes. Segundo sua teoria, que municia os astrólogos científicos, os astros funcionariam como as emissoras de tevê. Sol, Lua, planetas, asteróides e estrelas emitiriam sinais magnéticos captados pelo sistema nervoso do homem. Cientistas convencionais atiram pedras nessa tese. Mas um experimento recente realizado por físicos do Laboratório de Ciência da IBM, a gigante americana da informática, provou que dois elétrons podem trocar energia livremente se resfriados dentro de um mesmo campo magnético. Seymour defende a teoria de que a energia entre os corpos no espaço se comporta de forma semelhante. Cada ser humano captaria com suas “antenas” pré-ajustadas pela genética os “programas” que lhe dizem respeito.

“Estamos avançando nesse campo de pesquisa”, diz Seabra, um dos idealizadores do núcleo de Astrologia da UnB, que deixara de ser ensinada nos centros universitários desde a morte do francês Jean Baptiste Morin de Villefranche. Autor do livro Astrologia gálica, Villefranche postulou as 25 regras que regem o trabalho da astrologia científica e seus modelos de cálculos são tão sofisticados que permitem fazer previsões de datas. Vale lembrar: Villefranche faleceu no dia 6 de novembro de 1656, às duas horas da madrugada, rigorosamente como ele próprio havia previsto dois anos antes.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-astrologia-retornando-%C3%A0s-universidades

Curso de Geometria Sagrada – Update

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

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Vários alunos me escreveram pedindo que eu mudasse a data do curso e ai percebi a burrice que eu tinha feito… marquei o de Geometria Sagrada ANTES do curso de tarot, que é pre-requisito deste… na minha cabeça, era para ministrar o curso só para os alunos antigos, mas seria sacanagem com quem está estudando agora deixar esse pessoal fazer este curso importante só no ano que vem, então reorganizei as datas de todos os cursos.

O Curso de Geometria Sagrada Envolve todas as Lendas e Contos que permeiam os Arquétipos Universais, através da conexão entre 3 Sephiroth. Como no exemplo Acima, onde Hochma, Binah e Tiferet em Atziluth encontram-se eternizadas na lenda de Perseu e Andrômeda, a destruição do Monstro pelo príncipe e posterior casamento deste com a Princesa e transformação dos dois em Rei e Rainha…

Este é um dos cursos avançados mais importantes para quem quer estudar a fundo a Geometria Pitagórica, organização de templos religiosos, a construção de todos os Principais Mitos da História do Planeta, registrados nas lendas das Constelações, Arcanos do Tarot e correlações mais profundas da Kabbalah Hermética.

Pré-Requisitos: Kabbalah, Astrologia e Tarot.

Seguem as datas de todos os cursos que serão ministrados até o final do Ano.

Outubro

05/10 – Kabbalah – SP

06/10 – Astrologia Hermética I – SP

Novembro/Dezembro

15/11 – Kabbalah – Porto Alegre

16/11 – Astrologia Hermética – Porto Alegre

17/11 – Qlipoth, a Árvore da Morte – Porto Alegre

30/11 – Tarot (Arcanos Maiores) – SP – Vila Mariana

01/12 – Tarot (Arcanos Menores) – SP – Vila Mariana

07/12 – Runas e Magia Rúnica – SP

08/12 – Geometria Sagrada – SP

15/12 – Magia Prática – SP

Informações no email: marcelo@daemon.com.br

#Cursos

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Astrologia – Anna Maria Costa Ribeiro

Bate-Papo Mayhem 226 – 27/08/2021 (Sexta) 21h Com Anna Maria Costa Ribeiro – Astrologia

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as, 5as e sábados com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados. Além disto, temos grupos fechados no Facebook e Telegram para debater os assuntos tratados aqui.

Anna Maria Costa Ribeiro: https://www.instagram.com/annamariacostaribeiro/

Faça parte do Projeto Mayhem aqui:

Site do Projeto Mayhem – https://projetomayhem.com.br/

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Livros de Hermetismo: https://daemoneditora.com.br/

#Batepapo #Podcast

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Curso de Kabbalah e Astrologia em Cuiabá

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16/6 – Kabbalah

17/6 – Astrologia Hermética

Horário: Das 10h00 as 19h00

Informações: marcelo@daemon.com.br

[OBS] Se você mora em uma capital e tem contato com uma sala para 25-30 pessoas com quadro branco para alugar, me manda um email também, please. Gostaria de ver com o pessoal do Mayhem oportunidades para levar estes cursos para outras cidades.

KABBALAH

Este é o curso recomendado para se começar a estudar qualquer coisa relacionada com Ocultismo.

A Kabbalah Hermética é baseada na Kabbalah judaica adaptada para a alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Golden Dawn e Ordo Templi Orientis no século XIX. Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística.

O curso abordará as diferenças entre a Kabbalah Judaica e Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre as 10 Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os 22 Caminhos e Daath, além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, arcanos do tarot, runas e símbolos associados a cada um dos caminhos.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– A Árvore da Vida em todas as mitologias.

– Simbolismo e Alegorias na Kabbalah

– Descrição e explicação completa sobre as 10 esferas (sefirot).

– Descrição e explicação completa sobre os 22 caminhos.

– Cruzando o Abismo (Véu de Paroketh).

– Alquimia e sua relação com a Árvore da Vida.

– O Rigor e a Misericórdia.

– A Estrela Setenária e os sete defeitos capitais.

– Cores, metais, incensos,

– Construção do Templo Astral e exercícios relacionados.

– Letras hebraicas, elementos, planetas e signos.

– Sigilações envolvendo a Kabbalah.

ASTROLOGIA

A Astrologia é uma ciência que visa o Autoconhecimento através da análise do Mapa Astral de cada indivíduo. Conhecido pelos Astrólogos e Alquimistas desde a Antigüidade, é um dos métodos mais importantes do estudo kármico e um conhecimento imprescindível ao estudioso do ocultismo.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– Introdução à Astrologia,

– os 7 planetas da Antigüidade, Ascendente e Nodos

– os 12 Signos,

– as 12 Casas Astrológicas,

– leitura e interpretação básica do próprio Mapa Astral.

Cada aluno recebe seu próprio Mapa Astral (precisa enviar antecipadamente data, hora e local de nascimento) para que possa estudá-lo no decorrer do curso.

#Astrologia #Kabbalah

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Jesus, o ídolo dos Ateus

O termo atheos surgiu durante a Grécia Antiga, em aproximadamente 500 AC, onde o termo significava “sem Deus”, ou “aquele que cortou seus laços com os deuses” e designava um sacerdote que estava rompendo seus laços com seu antigo templo. O termo foi muito usado nos primeiros séculos após as pregações do Avatar Yeshua, em debates entre helenistas (os sacerdotes gregos), essênios e outras facções de cristãos primitivos (antes do Vaticano) onde cada um dos lados usava o termo para designar pejorativamente o outro. Este termo nunca era designado para um membro do povão e seria impensável alguém se auto-proclamar “ateu”. Era o equivalente a um xingamento.

E Jesus, para os helenistas, era o exemplo máximo dos ateus.

Uma das primeiras coisas que eu aprendi quando estudava Religiões e Mitologias comparadas é a de nunca julgar um movimento religioso ou filosófico com os olhos do presente. Para entender o que realmente estava se passando, é necessário nos colocarmos no tempo e no espaço onde cada movimento religioso ou filosófico ocorreu.

E o mesmo vejo acontecer com o dito “movimento ateu” aqui no Brasil. Sempre que leio em algum lugar um alegado ateu que diz “Eu não acredito em Deus” eu penso “Não acredita em Deus ou não acredita no Deus psicopata, vingativo e ao mesmo tempo amoroso e magnânimo (dupla personalidade?) que a Igreja Católica inventou e empurrou goela abaixo durante toda a sua vida?”.

Deus não é um velho sentado na montanha

Entendendo a Kabbalah, podemos perceber que o Jeová (YHVH) bíblico, em suas duas faces, nada mais é do que a representação dual das esferas Geburah (Força, representando a grande restrição e molde das formas) e Chesed (Misericórdia, representando o grande provedor universal) atuando sobre as esferas mais baixas da Árvore da Vida (que é um mapa dos estados de consciência do ser humano). Não há nada que já não estivesse DENTRO do ser humano o tempo todo. Yeshua sabia disso, e o Deus (Keter) que ele pregava é um deus simbólico das arestas que devemos aparar em nós mesmos para atingir o nível de consciência divino. Em outras palavras, Jesus ensinou aos homens como se tornarem deuses (Yeshua era chamado de “O Portador da Luz” em algumas ordens cristãs primitivas… este nome… “Portador da Luz”, lembra alguma coisa para vocês?)..

Outra coisa que precisamos deixar claro é que, hoje em dia, a maioria das pessoas acha que Deuses eram algo como os x-men: criaturas fantásticas cheias de poderes que lançavam raios e trovões, voavam, acertavam flechas a quilômetros de distância e podiam transformar chumbo em ouro. Na verdade, fora dos círculos do povão, os Iniciados sempre souberam que os deuses nada mais são do que grandes egrégoras voltadas para a personificação de forças naturais. São Iniciações nas quais você aprende no Plano físico (Malkuth) a lapidar sua forma de pensar (Hod), sentir (Netzach) e intuir (Yesod) de modo a dominar os seus 4 elementos interiores para permitir o contato com o ser Crístico (e tem cético que acha até hoje que os quatro elementos da alquimia são literais… terra, ar, água e fogo).

Alegorias

Muitos dos ensinamentos da kabbalah são passados adiante através de alegorias, cujas chaves, imagens e desenhos são necessárias para se entender (e principalmente SENTIR) a mensagem que se quer passar. Para os obtusos que não conseguem enxergar nada além do Plano Material, estas alegorias nada mais são do que “contos de fadas”.

Tomemos um exemplo clássico: Todo mundo sabe que os alquimistas são capazes de “transformar chumbo em ouro“. Mas transformamos o chumbo do ego no ouro da essência. Vocês acreditam que outro dia no orkut um dos líderes de comunidades céticas estava em uma discussão exigindo “provas laboratoriais” da transformação de chumbo em ouro? Tem como ser mais patético do que isso?

Vamos pegar um outro exemplo, um conto de fadas clássico: “A princesa está aprisionada em um castelo ou masmorra, protegida por um dragão. Um cavaleiro de armadura reluzente vai até ela, derrota o dragão e salva a princesa, casando-se com ela e, como Rei e Rainha, são felizes para sempre”.

Isto nada mais é do que uma alegoria dentro da Kabbalah para demonstrar o caminho de um iniciado até estar purificado para receber o ser Crístico e tornar-se um boddisathva (ou iluminado, ou christos, ou mestre ascencionado ou qualquer outro nome que queiram dar para isso).

Dentro da simbologia, a princesa representa Yesod, nossa intuição, aprisionado na Pedra Bruta (que é o castelo ou masmorra, representando o plano material de Malkuth).

Através do cavaleiro, que SEMPRE tem uma armadura brilhante e representa todas as sete virtudes, personifica o SOL crístico (Tiferet) da beleza que vai trabalhar esta reforma íntima.

O Dragão representa os 4 elementos (além de ser uma serpente de asas, ele cospe fogo, voa pelo ar, nada na água e caminha sobre a terra) que, por sua vez, representa o caminho de evolução da consciência através das esferas de Hod (razão), Netzach (emoção) e Malkuth (físico), chegando até Tiferet (espiritual). A luta entre o dragão e o cavaleiro representa a essência divina sendo despertada e dominando cada etapa dos 4 elementos (material, intelectual, emocional e espiritual) até que a fagulha divina (princesa) é libertada e se casa com o cavaleiro (no chamado Casamento Alquímico – ver poema de William Blake e música do Bruce Dickinson de mesmo nome) e tornam-se Rei (Hochma) e Rainha (Binah), ultrapassando o Véu de Paroketh e escalando a Árvore da Vida. Falaremos mais sobre isso quando começarem os posts sobre Kabbalah.

Podemos lembrar também da história Perseu e Andrômeda, ou mesmo da alegoria católica para “São Jorge derrotando o dragão” e muitas, muitas outras.

Então, a moral da história é: enquanto as pessoas ficarem procurando por deuses fora de si mesmos, sempre existirá algum pilantra disposto a vendê-los e a dizer o que vocês podem e o que não podem fazer. O Oráculo de Delfos dizia “Conhece a ti mesmo, e conhecerá os deuses e as maravilhas do Universo”. E é disso que se trata a alquimia, astrologia e a kabbalah. Tornar-se você mesmo um deus.

Mas tio Marcelo, e os deuses?

Use os outros Deuses para obter sabedoria. Não os Venere (do latim Venerationem, ou “curvar-se à”), mas os Admire (do latim Admirationem, ou seja “exalte seus sentimentos”). Todos os deuses de todas as mitologias possuem histórias por trás deles e todas estas histórias trazem grandes ensinamentos.

Por outro lado, os deuses formam grandes e poderosas Egrégoras , cheias de energia para serem usadas por aqueles que sabem como acessá-las. Você acha mesmo que pessoas muito mais inteligentes que você iriam venerar um “deus de cabeça de elefante”? A alegoria de Ganesha (meu deus favorito, aliás) é uma das mais lindas e completas lições de vida que já encontrei nas mitologias. Um dia farei um posto apenas sobre ele.

Mas voltando ao assunto: então surge a grande questão “Se todos os deuses estão dentro de seus pensamentos apenas, mas todo pensamento é projetado no astral, então os deuses estão ao mesmo tempo no Universo e dentro de você”, o que nos remete ao Oráculo de Delfos novamente. Parece uma serpente mordendo a própria cauda…

Entendendo os ateus e céticos

Muitas pessoas, lendo esta coluna, devem achar que eu odeio os ateus e céticos ou sou o nêmesis deles, mas nada está mais afastado da verdade. Eu compreendo perfeitamente a posição na Árvore da Vida em que eles estão (da mesma maneira como também compreendo os fanáticos religiosos ou os místicos hippies ou os ateus materialistas).

Tem gente que deve imaginar até que eu e o Kentaro Mori somos inimigos mortais, mas a verdade é que às vezes passamos madrugadas inteiras batendo papo no msn e eu o acho um cara muito inteligente e muito gente boa. Ele tem me ajudado a bolar alguns parâmetros científicos rigorosos para experimentos em alguns laboratórios rosacruzes e eu tenho passado pra ele imagens, fotos e idéias que não tive tempo de pesquisar para ele me ajudar a descobrir se são hoaxs ou não.

Como o ocultista William Blake disse, “Sem opostos não há progresso“.

Todo ocultista é, obrigatoriamente, um cético. Se não for, vai virar um esquisotérico comprador de revistas de horóscopo, amigo dos gnomos de Além da Lenda, abraçador de árvores, entoador de mantras hippies, leitor de revistas de pink wicca e outras modinhas toscas, o que não os tornaria nem um pouco diferentes de um fanático religioso ou de um cético tapado.

Dentro da kabbalah, todos estes casos são desvios do Caminho do Equilíbrio (a título de curiosidade, caminho 25, Arcano XIV, a Temperança): Os materialistas puros (Malkuth), os misticóides (Yesod), os fanáticos céticos (Hod) e os fanáticos religiosos (Netzach). Todos os excessos dos 4 elementos que precisam ser equilibrados na alquimia!

Para entender um ateu, precisamos nos colocar no lugar dele, e acompanhar o desenvolvimento do termo ao longo da história: A partir de Constantino, a religião “oficial” de Roma passou a ser aquele “cristianismo frankenstein” que ainda vamos estudar, mas qualquer pessoa que não estivesse de acordo com a doutrina romana seria considerado um pagão (vindo do latim pagani, ou “pessoa do campo”) ou ateu (“que não possui deuses”).

Esta classificação era meramente filosófica, pois ambos deveriam converter-se ou iriam para a fogueira e nenhum dos dois tipos realmente acabava se convertendo.

No caso dos Pagani, a Igreja bolou formas de absorver, converter seus deuses em diabos e transformar datas festivas em datas católicas (vide 25 de Dezembro). No caso dos ateus, não havia muito o que se fazer a respeito. Uma das curiosidades é que, ironicamente, a imensa maioria das pessoas consideradas atheos pela Igreja encontrava-se dentro das fraternidades rosacruzes (os filósofos iluminados).

Por que “Iluminados”?

Porque dentro destas escolas de pensamento, considera-se que quem está no começo de sua trilha espiritual está “nas trevas da ignorância” e, conforme vai galgando os degraus do autoconhecimento e se lapidando, adquirindo cada vez mais “luz da sabedoria”, até que passa a irradiar esta luz para outras pessoas, ou seja, tornar-se iluminado.

Note que esta “luz” só aparece com muito esforço. Ficar sentado de cabeça baixa esperando alguém te iluminar vai te transformar apenas em uma pedra que recebe luz, mas o brilho precisa vir de dentro para fora, através da lapidação dos defeitos capitais (os tais “7 pecados” que eu vou esmiuçar em colunas futuras). A pessoa precisa “buscar” esta luz através do ceticismo e do ocultismo e, nesta jornada, torna-se um buscador. Note novamente a semelhança com a história de Prometeu/Lúcifer.

Voltando aos Ateus

Posso imaginar um ateu brasileiro como uma pessoa com inteligência acima da média, que tem entre 16 e 40 anos e morou no Brasil por quase toda a sua vida. Esta pessoa foi alimentada com bizarrices durante toda a sua vida: falaram para ele na escola que um sujeito colocou dois animais de cada espécie em um barquinho durante 40 dias para escapar da chuva, falaram que Deus criou o mundo em 7 dias, que a Terra tem 6000 anos de idade, que uma torre desmoronando era a responsável pelas línguas da Terra e por ai vai… e que tudo isso era “a palavra de Deus”. Mais tarde, jogam na nossa cara um Jesus-Apolo com uma história toda picotada e incompreensível e dizem que “ele morreu pelos nossos pecados” ou “morreu para nos salvar”. E pior, que se não acreditarmos nele, este deus bondoso e magnânimo nos lançará nas profundezas do inferno para sermos torturados pela ETERNIDADE.

Qualquer pessoa que tenha um mínimo de inteligência e cultura vai começar a questionar tudo isso.

As pessoas mais velhas, por terem passado 30… 40 anos ouvindo estas histórias em um período sem troca de informações (não havia internet) e onde a dominação educacional, moral e dogmática era MUITO mais pesada do que a nossa certamente terão muito mais dificuldades em largarem este pensamento. Temos de ter paciência e compreender a posição deles: eles nunca tiveram acesso ao conhecimento “oculto”.

Os mais jovens passam pelo estágio da negação: tendo uma inteligência acima da média, escutam essas coisas e assistem ao show de horrores e injustiças que é a cultura do dízimo e pensam “que merda é essa? Isso não pode ser sério!” e passam a se considerar ateus.

É o que eu considero um “ateu estágio 1”. A criação do não-Deus como resposta aos absurdos das Igrejas caça-níqueis. A imensa maioria do pessoal que eu conheço que se denomina “ateu” começa nesta posição.

A partir deste estágio, a pessoa pode se dividir em três categorias: as que adquirem uma revolta interior tão grande com isso que assumem uma forma mais agressiva de contestar esta religião, abraçando qualquer outra coisa que lhe apresentem apenas como resposta direta aos ataques dos crentes… O problema com isso é que estas pessoas geralmente são manipuladas por iniciados em NOX e Goetia para servirem de gado energético com seus “rituais satânicos” disponíveis na internet (um dia eu falo mais sobre satanismo sério) ou montam a sua “religião do não-deus católico” e saem por ai pregando. Esse pessoal, que costumamos chamar de “satanistas de orkut“, leram meia dúzia de livros do Aleister Crowley, não têm a menor idéia de como a ritualística funciona e geralmente são vampirizados e usados como baterias energéticas para iniciados de verdade das Fraternidades Negras.

A segunda categoria é a dos preguiçosos mentais, que decidem parar seu ceticismo por ai. Decidem que “todas as religiões são iguais, não preciso estudar nenhuma, ninguém presta, são todos picaretas e são todas iguais” e normalmente pensam o mesmo das ciências ocultas, fazendo uma mistureba com os charlatões, videntes e afins (e eu também nem vou culpá-los por isso, porque a coisa é realmente suína no ramo misticóide). Eles normalmente consideram efeitos espirituais como fraudes (e também não podemos julgá-los, já que a maioria das coisas que aparecem na TV é mesmo uma palhaçada), mas nunca se deram ao trabalho de buscar pessoalmente qualquer tipo de comprovação, seja para sim, seja para não. Desta categoria surgem os fanáticos-céticos.

Falar “Deus não existe” é, na melhor das hipóteses, uma demonstração de ignorância, arrogância e prepotência, que assumiria que o indivíduo estudou tudo o que há para ser estudado no planeta e, do alto do conhecimento total, poderia tecer algum comentário semelhante. Por outro lado, falar “Deus existe” quando esse “Deus” é aquela aberração fabricada pela Igreja Católica também é um contrasenso… Oh, a ironia.

E percebemos que o comportamento destes céticos é EXATAMENTE IGUAL ao dos fanáticos religiosos. Ambos são “donos totais da verdade suprema e absoluta incontestável”. Discutir com eles é tão ou mais perda de tempo do que discutir com um pastor evangélico.

A terceira categoria é a que eu respeito. Estes buscadores céticos estudam as outras religiões e filosofias (e por estudar não quero dizer “fuçaram na wikipedia”) e entendem os princípios de suas filosofias e doutrinas, chegando até mesmo a absorver e comparar seus ensinamentos sem se deter nos dogmas impostos (Não mentir, não roubar, não matar, ter ética…). Eles podem chegar à conclusão que “nenhuma das religiões que conheci até agora me serve” (esta resposta eu respeito) mas isso não os impede de continuar estudando e respeitando quem ainda não chegou neste estágio.

Eventualmente ele pode encontrar uma filosofia que lhe sirva, OU continuará uma eterna busca. O mesmo vale para os tais “fenômenos sobrenaturais” (e também pode ser estendido para as informações que eu coloco nesta coluna).

Eu, pessoalmente, acredito que não existe nada “sobrenatural”; existem apenas coisas “naturais” que a ciência ortodoxa não teve capacidade para explicar ainda. Incluindo os espíritos e a magia.

Alguns buscadores acabam chegando a um deus-pessoal, ou seja, o chamado EU SOU. Se basta ter um adorador para qualificar um Deus, se você adorar (do latim Adore, ou “conversar, conhecer”) a si mesmo, isto não configuraria o suficiente para classificá-lo como um Deus? Neste estágio, eles deixam de se tornar um “sem-deus” e se tornam a própria divindade, sem necessidade de procurar nada externo (olha o Oráculo de Delfos novamente, crianças).

O Deus-Ciência

Posso afirmar que o universo que conhecemos foi criado no Big Bang (sopro divino), que formou as galáxias, estrelas e planetas, todos compostos dos mesmos átomos originais, apenas combinados de maneira diferente. Os seres humanos são um amontoado de átomos provenientes desta poeira cósmica, que um dia morrerão e serão recombinados em outros átomos para formar outros seres humanos; assim “reencarnando”. Um dia, quando o universo parar de se expandir e passar a se comprimir, ele acabará no Big Crush e todos os átomos retornarão à origem (embora esta teoria ainda esteja sendo intensamente debatida entre os físicos).

Chame o Big Bang de “Deus” e temos: “O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, e um dia retornará ao criador. O homem é Deus”. E a Kabbalah se prova certa mais uma vez, mesmo no maior dos materialismos.

Non nobis, Domine, Domine, non nobis, Domine

Sed nomini, sed nomini, tuo da gloriam.

Marcelo Del Debbio

#Ceticismo

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Curso de Tarot e História da Arte em São Paulo

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

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Muita gente tem escrito emails pedindo mais detalhes sobre os cursos de Tarot em São Paulo nos dias 19 e 20 de Maio. Bem, em primeiro lugar, se vocês estão procurando um curso para aprender a “prever o futuro”, esqueçam; podem pular fora e procurar esses milhares de “tarólogos” que tem aos baldes por ai no orkut. O Tarot é uma ferramenta magística e de auto-conhecimento nobre demais para ser usada dessa maneira tão simplória.

No curso de Arcanos Maiores, utilizo 18 tarots diferentes. Estudamos cada um dos 22 Caminhos da Árvore da Vida e sua correlação simbólica e imagética com cada Arcano do Tarot. Observe as 5 figuras acima, do Mago. O que elas têm de semelhante? no que diferem? por quê? O que representam estes objetos? e as cores?

Começamos pelo Visconti-Sforza, do século XIII, que une a simbologia dos Trionfi renascentistas à estrutura da Árvore da Vida. Em seguida, o tradicional Tarot de Marselha (1560), Rider Waite (1909), Golden Dawn (duas versões), Tarot de Papus, Tarot Egípcio e Tarot de Toth (Crowley). Isto nos dá uma noção muito clara de como os Arcanos se desenvolveram ao longo da história da magia e quais são as principais escolas; suas diferenças e semelhanças.

Também estudamos o Tarot Mitológico, Sephiroth Tarot (cabalístico), Tarot de Lenormand (que originou o que se conhece por “Baralho Cigano” e o Tarot das Bruxas (usado pelas wiccas) e mais quatro ou cinco tarots modernos que eu vario de curso para curso para exemplificar a visão de outras culturas (celta, africano, dos orixás, etc). Somente com esta visão de conjunto é possível compreender a magnitude do tarot e as maneiras como ele pode ser utilizado em rituais e no seu altar pessoal.

Eu também ensino a fazer a leitura do Tarot tradicional, pelo método da Cruz Celta, mas normalmente quando se chega nessa parte do curso, a maioria dos alunos já percebeu que existem usos bem mais interessantes e poderosos do tarot do que apenas o de fazer leituras.

Arcanos Menores

No curso de Arcanos Menores, eu recomendo que a pessoa tenha feito Kabbalah primeiro e, se possível, Astrologia Hermética, pois os Arcanos Menores são praticamente um curso intermediário destas matérias.

É possível fazê-lo sem ter estes pré-requisitos, mas como CADA Arcano Menor é a representação de uma Sephira de um Elemento (10 esferas x 4 elementos = 40 Arcanos menores) e ao mesmo tempo a combinação de um Planeta em um Signo, a compreensão de todo o conjunto da obra hermética, alquimista e astrológica se faz com os 3 cursos (ex. O “Dois de Bastões” é Hochma na Árvore do Fogo/Marte em Áries e os Arcanos da Corte são as energias intermediárias do Zodíaco: Áries-Touro é o Cavaleiro de Moedas, Escorpião-Sagitário é o Rei de Bastões/Ofiúco, e assim por diante, totalizando 12 Arcanos + as 4 Princesas/Pagens, que são as energias elementais puras).

Como a maioria dos tarots utiliza a representação literal nos menores, eu utilizo cinco decks para o Curso de Arcanos Menores (Marselha, Rider-Waite, Mitológico, Crowley e Sephiroth).

Informações e Reservas: marcelo@daemon.com.br

#Cursos #Tarot

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-de-tarot-e-hist%C3%B3ria-da-arte-em-s%C3%A3o-paulo

Cursos no Segundo Semestre

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

Salve,

Copa e Eleições não ajudaram muito este ano, e estas foram as datas que eu consegui para marcar os cursos em SP. Assim que eu reservar local e datas eu aviso de cursos fora de SP.

Julho

19/07 – Kabbalah – SP

20/07 – Astrologia Hermética I – SP

Agosto

02/08 – Runas – SP

03/08 – Astrologia Hermética II – SP

30/08 – Tarot e História da Arte (Arcanos Maiores) – SP

31/08 – Tarot e História da Arte (Arcanos Menores) – SP

Novembro

01/11 – Kabbalah

02/11 – Astrologia Hermética I

29/11 – Tarot e História da Arte (Arcanos Maiores)

30/11 – Tarot e História da Arte (Arcanos Menores)

Aconselho não deixar para a última hora.

informações: marcelo@daemon.com.br

PS: Estou fechando locais para os Cursos de Runas e tarot dias 15-16-17/Agosto em Belo Horizonte e de Tarot dias 06-07/Set em Brasilia. Aviso assim que confirmar.

#Cursos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-no-segundo-semestre

Agradecimento aos Alunos dos cursos de 2013

Fotos-2013

Dia 15/12 encerramos o ano de 2013 com o Curso Avançado de História da Arte em SP. Queria agradecer a todos os alunos de Kabbalah, História da Arte e Tarot, Astrologia, Qlipoth e Imagens da Alquimia.

Ano que vem estaremos juntos novamente.

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

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#Cursos

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do Coração do Magista

No caminho do magista, desde o neófito e do buscador sério até os altos iniciados certas constantes são notáveis. À medida que se estuda e se aprofunda nos mistérios do mundo, se ampliam horizontes e a sabedoria cresce em nossos corações, é impossível deixar de perceber as posturas das pessoas à nossa volta.

Desde os inúmeros e, espero estar errado, número crescente de esquisotéricos e pseudo-ocultistas/intelectuais de Orkut e MSN, há também a proliferação de uma subespécie dentro da magia que infelizmente infesta nossos círculos e decai o nosso santo e suado trabalho esotérico: os magos de fim-de-semana e os falsos-irmãos.

Um é tão menos importante quanto o outro, e que nós, buscadores sérios temos que aprender a lidar, e combater com todas as nossas forças. Desde tempos imemoriais o mundo ocultista se vê infestado de criaturas desprovidas de senso crítico e alto apreço e apego pelo materialismo, poder e o que for de mais baixo na escala de coisas úteis e/ou necessárias.

A falta de preparo de irmãos por muitos séculos, salvo os poucos verdadeiros mestres, foi dando lugar aos charlatães se passando por leitores desorte, oráculos do futuro, fama e poder com promessas das mais extravagantes possíveis, manchando o nome de nossa tão antiga e divina arte. A ganância de homens de coração impressionável deu vazão a esses falsos e pretensos mestres, alimentando o ego de homens poderosos, que abusavam de poder, e não tinham escrúpulos em derramar sangue, mesmo em nome de sua ‘santa’ religião, seja ela qual for. Os séculos passam, os Aeons se amontoam e lá estão eles, seja como andarilhos munidos de um baralho tosco e uma lábia afiada até metaleiros-gothicos-punks que juram de pés juntos que são vampiros, dragões ou vermes (maggots) e que na verdade mal sabem fazer um simples banimento que preste. Deprimente.

O caminho pela informação séria e verdadeira dos caminhos da alta magia sempre foram veladas a poucos escolhidos que tinham sua fé e sua vontade testados à exaustão a fim de se livrar das amarras do mundo profano e galgar os primeiros degraus em uma evolução real e verdadeira, com estreita ligação com seus respectivos Sagrados Anjos Guardiões (SAG) e anos de trabalho.

Magia é uma escolha que se faz para a vida, e sou totalmente a favor da idéia de que a magia deve ser elitizada, nada contra a propagação do conhecimento, mas deve-se provar o devido valor e respeito para adentrar o templo, atravessar o umbral e ter o mais leve vislumbre da verdade da vida, o universo e tudo o mais.

Tive um inicio conturbado nos caminhos do misticismo. Desde criança sabia que tudo o que pensava que via e que sentia eram reais, mesmo que não da forma que uma criança espera, mas ainda assim era novo demais, e não sabia onde procurar, e infelizmente a biblioteca da escola não tinha nenhum material realmente sério. Pretensão infantil talvez, mas que assentou as estruturas de minha mente, me ajudou a entender em um primeiro momento que o que eu queria alcançar não seria fácil.

Se alguém tem interesse nesses conhecimentos, aconselho paciência, dedicação e muito, muito estudo, principalmente a prática constante. Magia é prática, acredito que todo o conhecimento deve ser usado para algo, se não pode ser aplicado em algo útil para a vida, é peso morto, e há muito material para se estudar, assim sendo: uma tarefa de uma vida.

Em um dos muitos dias em que passava sentado em uma cadeira, na sala do Fr. Goya, enquanto passava o tempo perguntando coisas ao acaso, lendo os livros que ele indicava sobre a mesa, um homem entrou em sua sala, entrou fazendo piada, descontraído e totalmente à vontade, decididamente um velho conhecido do Frater (ainda é pratica comum, mesmo com minhas visitas agora esporádicas, fazermos piadas, mantermos um ambiente leve, com conversas descontraídas, e mesmo nas sérias, mas com o sentimento de sinceridade sempre presente), e fez uma pergunta, incrivelmente feita olhando em meus olhos, eu não tinha muita noção da resposta, mas fiquei maravilhado como a forma que fui tratado (e não era nem um projeto de neófito na época, quiçá um iniciado) o que me fez pensar muito. Ao sair perguntei ao Frater se era impressão minha ou todo magista sério que eu via todos, sem exceção tinham um humor afiado, mesmo os mais sérios, o que por sinal era algo que não havia pensado até então, e que não esperava. Ele respondeu apenas que quem faz caras-e-bocas, poses e fala demais deve, no mínimo, não ser levado a sério, o caminho é muito árduo para qualquer um que queira manter banca, e nenhum desses pretensos góticos-vampiros do Largo da Ordem ou qualquer esquisotérico de Orkut tem mais que um conhecimento raso da verdadeira alta-magia, e ainda se dizem detentores de todo o conhecimento dado por Lúcifer direto do inferno. Aham senta lá.

Outra questão é o numero de pretensos autores de astrologia, tarot, wicca ou qualquer cosia que dê dinheiro e que agrade a grande massa ruminante que assola as bancas atrás do ultimo horóscopo de jornal, ou do ultimo exemplar de tarot

cigano/egípcio/draconico sopra dizer que faz leituras de amor e prevê o futuro. Infelizmente há quem siga esse caminho a vida toda e não percebe o erro que cometeu. Sigam os cânones, não tentem mudar quaisquer ritual só porque lhe convém, não pensem que é fácil. Se pensarem assim me desculpem, mas o mundo não precisa de vocês. Já é difícil lutar para ter o conhecimento adequado da própria alma, do próprio eu, e ainda ter que agüentar afagadores de ego que só querem ter parte em um grupinho de amigos.

Há ainda os falsos-irmãos, enganam ordens, e a si mesmos, compram graus e cargos e nem sabem o que o tal grau faz, apenas para ter um símbolo rosa-cruz/druida/wicca/maçom na lapela e fazer bonito frente a algum seleto grupo de ignorantes influenciáveis. Uma pena. Infelizmente isso existe, ainda, e dependemos do bom senso desses irmãos, que mais fazem manchar os nomes e egrégoras que levamos Aeons para formar e fortalecer.

Sou um caminhante romântico, acredito no papel de cada um perante a humanidade, e acredito no valor dos meus esforços, não apenas a mim, mas perante a humanidade toda. Ainda amo essa terra, apesar de tudo, e sei que um dia o que é feito de bom por nós virá à tona. Um dia.

Que no coração do homem bom exista a força e a coragem necessária para repartir o pão perante outros homens como iguais, como irmãos, como partes da mesma essência divina. Somos divindades em treinamento, não joguem essa encarnação fora. Se for para fazer, que façam direito.

Veremo-nos no topo, nos veremos em dias melhores.

#MagiaPrática #Pessoal

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/do-cora%C3%A7%C3%A3o-do-magista