A Velha Magia Conjura

Por Aaron Leitch

Saudações, fiéis buscadores! Como este é meu primeiro post aqui no site, acho que devo aproveitar para me apresentar. Meu nome é Aaron Leitch, e sou estudante e praticante das Artes Salomônicas. Esse é um estilo de magia que era popular na Europa durante a Idade Média e o Renascimento, e de onde tiramos nossas concepções populares de grimórios , ou livros de feitiços mágicos. Se você leu meus Segredos dos Grimórios Mágicos e A Linguagem Angélica, Volumes I e II , então você já tem uma compreensão firme do que é esse tipo de magia.

Então, você pode perguntar, o que há nessa Velha Magia que me chama? Tudo começou anos atrás – na década de 1990 – em Denver, Colorado. Eu era um neopagão , vivendo e trabalhando com outros neopagãos de uma infinidade de origens diferentes. Quando meus amigos descobriram que eu tinha interesse em anjos, demônios e vários pedaços de conhecimento oculto de orientação bíblica , um deles decidiu me emprestar um de seus livros. Ele disse que a magia que ela continha – chamada de Cabala – parecia estar bem no meu beco. Esse livro era Modern Magick de Donald Michael Kraig, e de fato capturou meu interesse!

No entanto, o livro do Sr. Kraig concentra-se principalmente na Cabala Hermética Ocidental, influenciada especialmente pela Golden Dawn e Thelema . Meus amigos me garantiram que havia algo mais, algo muito mais antigo, mais poderoso e muito mais perigoso. Ninguém sabia exatamente como se chamava – eles só sabiam que era magia séria do Antigo Testamento. Seus segredos estavam contidos em um Livro Branco (que ensinava a convocação de Arcanjos ) e em um Livro Negro (que ensinava a conjuração de demônios). A própria ideia me encheu de admiração e admiração, e decidi naquele momento que encontraria esses livros!

Ao longo dos anos que se seguiram, eu os encontrei. Eles não eram preto e branco, nem eram tão antigos quanto os profetas bíblicos. Na verdade, eram manuscritos medievais chamados Chave Maior de Salomão e Chave Menor de Salomão — e eram apenas dois exemplos de um gênero muito maior de literatura oculta medieval.

Esses livros — os grimórios mágicos — não eram o que eu tinha sido levado a acreditar, mas eram muito mais do que eu poderia esperar! Eles desencadearam o Burning Times , viajaram com imigrantes para o Novo Mundo e se tornaram fundamentais para o American Hexcraft e o Hoodoo . Eles até tiveram uma influência importante na fundação das principais correntes de magia de hoje: a Golden Dawn, Thelema, Wicca e outras.

Em suma, esses livros são a fonte do ocultismo ocidental e a herança mágica de nossa cultura. E quando você coloca suas técnicas em prática, elas funcionam – muito bem! No mundo cada vez mais perigoso de hoje, tem havido um ressurgimento do interesse por esses manuscritos antigos e pela Velha Magia em geral. Estou muito honrado por ter um papel a desempenhar neste novo renascimento ocultista. Até a próxima, continue lendo e continue praticando!

Zorge,
Aaron Leitch

Fonte: The Old Magick Calls to Aaron Leitch.

COPYRIGHT (2010) Llewellyn Worldwide, Ltd. All rights reserved.

Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-velha-magia-conjura/

O Diabo não é tão feio quanto se pinta: a História do Satanismo – Com Obito (Morte Súbita)

Bate-Papo Mayhem #031 – Com Obito (Morte Súbita) – O Diabo não é tão feio quanto se pinta: a História do Satanismo

Bate Papo Mayhem é um projeto extra desbloqueado nas Metas do Projeto Mayhem.

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/rqseOAktVmk

Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral duas vezes por semana, às segundas e quintas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados uma vez por semana.

Faça parte do projeto Mayhem:

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-diabo-n%C3%A3o-%C3%A9-t%C3%A3o-feio-quanto-se-pinta-a-hist%C3%B3ria-do-satanismo-com-obito-morte-s%C3%BAbita

A Queda dos Anjos

Embora no Gênesis não esteja claro que os nefilins fossem maus, assim eles foram considerados nos livros apócrifos da época do Segundo Templo. Entre os achados arqueológicos mais importantes nesta área, encontra-se um texto em aramaico, descoberto no inverno de 1896-97 numa genizah de uma comunidade hebraica do Cairo e publicada, pela primeira vez, sob o título de Documento de Damasco, em 1910. Diz o seguinte:

«III – E, agora, ouvi-me, meus filhos, que eu descerrarei os vossos olhos para que possais escolher aquilo que Ele ama e desprezar tudo aquilo que odeia, para poderdes caminhar perfeitamente em todos os Seus caminhos e não errardes seguindo impulsos culposos ou deitando olhares de fornicação. Porque muitos foram os que se desviaram e homens fortes e valorosos aí escorregaram, tanto outrora como hoje. Caminhando com a rebelião nos corações, caíram os próprios guardas dos céus, a tal chegados porque não observavam os mandamentos de Deus, tendo caído também os seus filhos, cuja estatura atingia também a altura dos cedros e cujos corpos se assemelhavam a montanhas. Todo o ser vivo que se encontrava em terra firme, caiu, sim, e morreu, e foram como se não tivessem sido, porque procediam conforme a sua vontade e não observavam os mandamentos do seu Criador, de maneira que a cólera de Deus se inflamou contra eles.»

Vários fragmentos do Livro de Enoch, escritos em aramaico, foram descobertos nas célebres grutas de Qumran, no Mar Morto. Contudo, mesmo depois dos textos terem sido comparados e executado um árduo trabalho de reconstituição, ainda faltaram diversas lacunas. Tentei amenizar este problema tapando os buracos com passagens de uma tradução livre para o etíope quase idêntica ao original aramaico, encontrada na Abissínia (conhecida como Enoch Etíope ou I Enoch):

VI – 1 «Sucedeu que quando se multiplicaram naqueles dias os filhos dos homens, nasceram-lhe filhas formosas e belas. Os Vigilantes, filhos do céu, viram-nas, desejaram-nas e disseram uns aos outros: Vamos e escolhamos mulheres dentre as filhas dos homens e engendremos filhos. Porém Semihaza, que era o seu chefe, lhes disse: Temo que não queiras realizar esta obra, e seja eu sozinho culpável de um grande pecado. Responderam e lhe disseram todos:» «Juremo-nos todos e comprometamo-nos todos sob anátema. Uns com os outros, a não voltarmos atrás neste projeto até que tenhamos realizado esta obra. Então se juramentaram todos em uníssono e se comprometeram uns com os outros. Eram duzentos todos os que desceram no tempo de Jared sobre o cimo do monte Hermon. Chamaram o monte “Hermon”, porque juram e se comprometeram sob anátema uns com os outros nele. Estes são os nomes de seus chefes: Semihazah, que era seu chefe; ‘Ar’teqof, o segundo com relação a ele; Ramt’el, o terceiro com relação a ele; Kokab’el, o quarto com relação a ele; ???’el, o quinto com relação a ele; Ra’ma’el, sexto com relação a ele; Dani’el, sétimo com relação a ele; Zeq’el, oitavo com relação a ele; Baraq’el, nono com relação a ele; ‘Asa’el, décimo com relação a ele; Hermoni, undécimo com relação a ele; Matar’el, duodécimo com relação a ele; ‘Anan’el, décimo terceiro com relação a ele; Sato’el, décimo quarto com relação a ele; Shamsi’el, décimo quinto com relação a ele; Sahari’el, décimo sexto com relação a ele; Tumi’el, décimo sétimo com relação a ele; Turi’el, décimo oitavo com relação a ele; Yomi’el décimo nono com relação a ele; Yehadi’el, vigésimo com relação a ele. Estes são os chefes dos chefes de dezena.»

VI – 1 «Eles e seus chefes, todos tomaram para si mulheres, escolhendo entre todas, e começaram a ir a elas e a contaminar-se com elas, a ensinar-lhes bruxarias, encantos e o corte de raízes, e a revelar-lhes as plantas. Elas ficaram grávidas deles e pariram gigantes, altos uns três mil côvados, que nasceram sobre a terra conforme a sua infância, e cresceram de acordo com seu crescimento, e que devoravam o trabalho de todos os filhos dos homens, sem que os homens pudessem abastecê-los. Os gigantes conspiravam para matar os homens e para devora-los. Começaram a pecar […] contra todos os pássaros e animais da terra e contra os répteis que se movem sobre a terra e nas águas e no céu, e os peixes do mar, e a devorar uns a carne dos outros, e bebiam o sangue. Então a terra acusou os ímpios por tudo o que se havia feito nela.»

VIII – 1. «’Asa’el ensinou os homens a fabricar espadas de ferro e couraças de cobre e lhes mostrou o que se escava e como poderiam trabalhar o ouro para deixa-lo preparado; e quanto à prata, a lavrá-la para braceletes e outros adornos para as mulheres. Às mulheres revelou acerca do antimônio e acerca do sombreado dos olhos e de todas as pedras preciosas e sobre as tinturas [E assim grassava uma grande impiedade; eles promoviam a prostituição, conduziam aos excessos e eram corruptos em todos os sentidos.]» «Semihazah ensinou encantamentos e a cortar raízes; Hermoni ensinou a desencantar, a bruxaria, a magia e habilidades; Baraq’el ensinou os sinais dos raios; Kokab’el ensinou os sinais das estrelas; Zeq’el ensinou os sinais dos relâmpagos; ???’el ensinou os sinais de […]; ‘Ar’teqof ensinou os sinais da terra; Shamsi’el ensinou os sinais do sol; Sahari’el ensinou os sinais da lua. E todos começaram a descobrir segredos à suas mulheres.» «Como estava perecendo uma parte dos homens da terra, seu grito subia até o céu.»

IX -1 «Então Miguel, Sariel, Rafael, e Gabriel olharam para a terra do santuário dos céus e viram muito sangue derramado sobre a terra; e toda a terra estava cheia da maldade e da violência que se pecava sobre ela. Ouvindo isto, os quatro foram e disseram que o grito e o lamento pela destruição dos filhos da terra subia até as portas do céu. E disseram aos santos do céu: É agora a vós, santos do céu, a quem suplicam as almas dos filhos dos homens dizendo: “Levai nosso caso diante do Altíssimo e nossa destruição diante da majestade!” Foram Rafael, Miguel, Sariel e Gabriel, e disseram diante do Senhor do mundo: “Tu és nosso grande Senhor, tu és o Senhor do mundo; Tu és o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores e o Rei dos reis. Os céus são o trono de tua glória por todas as gerações que existem desde sempre, e toda a terra é o escabelo ante ti por toda a eternidade, e teu nome é grande e santo e bendito para sempre. [Tudo foi por Ti criado e conservas o domínio sobre todas as coisas. Tudo é claro e manifestado diante dos teus olhos. Tu vês tudo e nada pode ocultar-se na tua presença. Tu vês o que foi perpetrado por Azazel, como ele ensinou sobre a terra toda espécie de trangreções.]» «pois (eles) ensinaram os mistérios eternos que há no céu para que os praticassem os conhecedores dentre os homens. E (olha) Shemihaza, a quem deste autoridade para reinar sobre todos os seus companheiros. Foram às filhas dos homens da terra e dormiram com aquelas mulheres, contaminando-se com elas [e familiarizaram-nas com toda sorte de pecados. As mulheres pariram gigantes e, em conseqüência, toda a terra encheu-se de sangue e de calamidades. 6. Agora clamam as almas dos que morreram, e o seu lamento chega às portas do céu. Os seus clamores se levantam ao alto, e em face de toda a impiedade que se espalhou sobre a terra não podem cessar os seus queixumes. 7. E Tu sabes de tudo, antes mesmo que aconteça. Tu vês tudo isso e consentes. Não nos dizes o que devemos fazer.]”»

X – 1 «[Então o Altíssimo, o Santo, o Grande, tomou a palavra e enviou Uriel (= Sariel) ao filho de Lamech (Noé), com a ordem seguinte: “Diz-lhe, em meu nome: ‘Esconde-te’, e anuncia-lhe o fim próximo! Pois o mundo inteiro será destruído; um dilúvio cobrirá toda a terra e aniquilará tudo o que sobre ela existe.] Ensina ao justo o que deve fazer, e ao filho de Lamec a preservar sua alma para a vida e a escapar para sempre. E por ele será plantada uma planta e serão estabelecidas todas as gerações do mundo.» «[O Senhor] disse a Rafael: “Vai, pois, Rafael, e ata Azael de pés e mãos e arremessa-o nas trevas! [Cava um buraco no deserto de Dudael e atira-o ao fundo! Deposita pedras ásperas e pontiagudas por baixo dele e cobre-o de escuridão! Deixa-o permanecer lá para sempre e veda-lhe o rosto, para que não veja a luz! 4. No dia do grande Juízo ele deverá ser arremessado ao tremendal de fogo! Purifica a terra, corrompida pelos Anjos, e anuncia-lhe a Salvação, para que terminem seus sofrimentos e não se percam todos os filhos dos homens, em virtude das coisas secretas que os Guardiões revelaram e ensinaram aos seus filhos! Toda a terra está corrompida por causa das obras transmitidas por Azazel. A ele atribui todos os pecados!”]»; «E a Gabriel disse o Senhor: “Vai aos bastardos e aos filhos da fornicação e destrói os filhos dos Vigilantes dentre os filhos dos homens; mete-os em uma guerra de destruição, pois não haverá para eles longos dias. Nenhuma petição a seu favor será concedida a seus pais; pois esperam viver uma vida eterna, ou que cada um deles viverá quinhentos anos”. E a Miguel disse o Senhor: “Vai, Miguel, e anuncia a Shemihaza e a todos os seus amigos que se uniram com mulheres para contaminar-se com elas em sua impureza, que seus filhos perecerão e eles verão a destruição de seus queridos; acorrenta-os durante setenta gerações nos vales da terra até o dia grande de seu juízo. [Nesse dia, eles serão]» (condenados a) «tortura e ao fechamento na prisão eterna. Tudo o que seja condenado estará perdido desde agora; será acorrentado com eles até a destruição de sua geração. E no tempo do juízo com que eu julgarei, perecerão por todas as gerações. Destrói todos os espíritos dos bastardos e dos filhos dos Vigilantes, porque fizeram operar o mal aos homens. Destrói a iniqüidade da face da terra, faz perecer toda obra de impiedade e faz que apareça a planta da justiça; ela será uma bênção e as obras dos justos serão plantadas no gozo para sempre. Naquele tempo todos os justos escaparão e viverão até que engendrem milhares. Todos os dias de vossa juventude e de vossa velhice se completarão em paz.”»

VII – 1. [Enoch havia desaparecido, e nenhum dos filhos dos homens sabia onde ele se encontrava, onde se ocultava e o que era feito dele. O que ocorrera é que ele havia estado junto dos Guardiões e transcorreu os seus dias na companhia dos Santos. 2. Eu, Enoch, ergui-me e louvei o Senhor da Majestade e Rei do mundo. Então os Guardiões (santos) me chamaram, a mim Enoch, o Escriba, e disseram-me: “Enoch, tu, o Escriba da Justiça, vai e anuncia aos Guardiões do céu que perderam as alturas do paraíso e os lugares santos e eternos, que se corromperam com mulheres à moda dos homens, que se casaram com elas, produzindo assim grande desgraça sobre a terra; anuncia-lhes: ‘Não encontrareis nem paz nem perdão’. Da mesma forma como se alegram com seus filhos, presenciarão também o massacre dos seus queridos, e suspirarão com a desgraça. Eles suplicarão sem cessar, mas não obterão nem clemência nem paz!”]

XIII – 1. [Então Enoch encaminhou-se até eles e assim falou a Azazel: “Tu não terás a paz. Uma sentença severa recaiu sobre ti: deverás ser acorrentado. Não alcançarás indulgência nem será aceita a intercessão, por causa dos atos violadores que ensinaste a praticar, e por causa de todas as obras blasfemas, da violência e dos pecados que mostraste aos homens.” Então eu redigi a palavra a todos eles. Todos encheram-se de grande medo e foram tomados de pavor e tremor. Suplicaram-me que lhes escrevesse um rogo intercessório, para que pudessem obter o perdão, e que eu lesse o seu pedido na presença do Senhor dos céus. Pois a partir de então não lhes era mais permitido falar com ele nem levantar seus olhos para o céu, de vergonha pelos seus delitos, pelos quais foram castigados. Assim eu redigi o seu rogo] «com todas as suas petições, por suas almas, por todas e cada uma de suas obras e por todos o que pediam: que houvesse para eles perdão e longevidade. Fui e me sentei junto às águas de Dã, na terra de Dã, que está ao sul do Hermonim, ao seu lado oeste, e estive lendo o livro de anotações de suas petições até que dormi. Eis que me vieram sonhos e caíram sobre mim visões até que levantei minhas pálpebras às portas do palácio do céu […] E vi uma visão do rigor do castigo. E uma voz veio e me disse: Fala aos filhos do céu para repreendê-los. Quando despertei, fui a eles. Todos eles estavam reunidos juntos e sentados e chorando em Abel-Maya (a Fonte do Pranto) que está entre o Líbano e Senir, com os rostos cobertos.»; «Eu contei diante deles todas as visões que havia visto em sonhos e comecei a falar com palavras de justiça e de visão e a repreender os Vigilantes celestes.»

XIV 1. [Este é o] «livro das palavras da verdade e da repreensão dos Vigilantes que eram desde sempre, segundo o que ordenou o Grande Santo no sono que sonhei. Nesta visão eu vi em meu sonho o que agora digo com a língua carnal, com o alento de minha boca, que o Grande deu aos filhos dos homens para que falem com ela e para que compreendam no coração. Assim como Deus destinou e criou os filhos dos homens para que compreendam as palavras do conhecimento, assim me destinou e fez e criou a mim para que repreenda os Vigilantes, os filhos do céu. Eu escrevi vossa petição, Vigilantes, e numa visão me foi revelado que vossa petição não vos será concedida por todos os dias da eternidade, e que haverá juízo por decisão e por decreto contra vós; que a partir de agora não voltareis ao céu e não subireis por todas as idades; e que foi decretada a sentença para acorrentar-vos nas prisões da terra por todos os dias da eternidade; porém que antes vereis que todos os vossos queridos irão à destruição com todos os seus filhos; e as propriedades de vossos queridos e de seus filhos não as desfrutareis; cairão ante vós pela espada de destruição, pois vossa petição por eles não vos será concedida, como não vos é concedida por vós mesmos. Vós continuareis pedindo e suplicando. […] Não pronunciareis nem uma palavra do escrito que eu escrevi.»

Esses Vigilantes que “mudaram suas obras” e resolveram ensinar aos humanos ciências divinas foram responsabilizados não só pelas guerras (que naquele tempo nem sempre eram vistas como algo ruim) mas também por terem iniciado ou aperfeiçoado a própria civilização: Semihazah ensinou “bruxarias, encantos e o corte de raízes, e a revelar-lhes as plantas”. Nisso se incluía a antiga homeopatia (fabricação de remédios naturais), já conhecida e rigorosamente aperfeiçoada pelos egípcios desde tempos remotos; E também a fabricação de venenos – retirados das plantas – que era uma especialidade daquele período, herdada da dominação romana.

Menos eficazes, mas nem por isso menos populares, deveriam ser as “bruxarias” e “encantos”, aos quais alegava-se que serviam para praticamente tudo que se pudesse desejar, principalmente ganhar fama, fortuna e atrair o sexo oposto. Geralmente nessas práticas se ensina que quando o feitiço da errado é 1) porque o praticante não executou como devia ou 2) porque seu inimigo fez um contra feitiço anulando o primeiro. Assim Hermoni (et. Armaros) “ensinou a desencantar, a bruxaria, a magia e habilidades”… Uma segunda versão em etíope fala sobre outros Vigilantes que, juntamente com Semihazah, teriam ensinado magia: Kasdeja “ensinou aos filhos dos homens toda espécie de sortilégios dos espíritos e dos demônios, bem como os malefícios contra o fruto do ventre materno, para sua expulsão, e os contra a alma, feitiços contra a picada de cobra, contra a insolação e contra o filho da serpente, chamado Tabaet. – E esta foi a tarefa de Kasbeel, que desvelara aos Santos o Juramento supremo, quando habitava no alto da Glória e se chamava Bika. Este pedira a Michael para transmitir-lhe o Nome secreto, a fim de que pudesse ser conhecido e empregado nos juramentos, conquanto aqueles que ensinaram as coisas ocultas aos filhos dos homens tremessem em face desse Nome e desse Juramento.” (I Enoch LXIX)

Sobre culinária, alfabetização e leis, é dito que Penemue “ensinou aos filhos dos homens o doce e o amargo, bem como todos os segredos da sua sabedoria. Ele também instruiu os homens na escrita com tinta e sobre papel, e com isso muitos se corromperam, desde os tempos antigos por todas as épocas, até os dias de hoje. Pois os homens não foram criados para fortalecer sua honestidade dessa maneira, por meio de pena e tinta”. (I Enoxh LXIX)

Kokab’el “ensinou os sinais das estrelas. (et. Ciência das constelações)”. Isso sem dúvida é antiga Astrologia, que incorporava elementos da astronomia. Esta “ciência” era muito valorizada pois, na antigüidade, eram os astrólogos que ficavam encarregados de informar sobre a mudança das estações, da configuração de calendários e outras coisas de grande utilidade para a vida rural e economia dos reinos. Ainda no campo da astrologia, parece que Zeq’el, que “ensinou os sinais dos relâmpagos (Et. Observação das nuvens)” e Baraq’el que “ensinou os sinais dos raios” ficaram responsáveis pala previsão do tempo… Para completar o quadro astronômico/astrológico, Shamsi’el “ensinou os sinais do sol” e Sahari’el “ensinou os sinais da lua. (et. Fazes da lua)”.

Em auxílio da agricultura, ‘Ar’teqof “ensinou os sinais da terra”, se era boa ou ruim para o plantio, etc. Tudo isso gerava grandes facilidades na vida humana que, tendo menos trabalho e mais tempo livre podia se dedicar a cuidados pessoais, iniciar uma vida urbana e até mesmo pensar numa expansão através da guerra. É aqui que entra aquele que apesar de não ser o líder parece ter provocado o maior dano de todos: ‘Asa’el (hebr. et. e árabe Azazel) “Ensinou os homens a fabricar espadas de ferro e couraças de cobre e lhes mostrou o que se escava e como poderiam trabalhar o ouro para deixa-lo preparado; e quanto à prata, a lavrá-la para braceletes e outros adornos para as mulheres. Às mulheres revelou acerca do antimônio e acerca do sombreado dos olhos (Kohol) e de todas as pedras preciosas e sobre as tinturas”.

Aparentemente, se não fosse pelos insaciáveis filhos vampiros, parece que os ensinamentos dos Vigilantes não seriam tão condenáveis assim, já que trouxeram para a humanidade mais bem do que mal… Tanto que um dos chefes de dezena, Dani’el (et. Danjal) foi adotado posteriormente como anjo da misericórdia pela tradição cristã, ficando mundialmente conhecido. Outro mencionado em versões posteriores, Uzza, tornou-se anjo benéfico para os árabes. De fato, o livro apocalíptico dos Jubileus conta que os Sentinelas (= Vigilantes) vieram para a Terra e depois pecaram, mas que seu príncipe, Samael, teria tido a permissão de Iahweh para atormentar a humanidade. Entretanto, o judaísmo posterior e quase todos os primeiros escritores eclesiásticos viram nesses “filhos de Deus” anjos culpados.

Sobre a posterior condenação, a Segunda versão de I Enoch limita-se a dizer que «em conseqüência desse Julgamento, eles serão submetidos à angústia e ao estremecimento por terem desvelado aquelas coisas aos habitantes da terra.» (I Enoch LXIX).

Na verdade nenhuma das sete cópias fragmentadas do Livro de Enoch (nem das cinco do Livro dos Gigantes) encontrados nas cavernas de Qumran continha menção ao “abismo de fogo” descrito no Enoch Etíope, o que é significativo pois se trata de textos particularmente grandes. É possível que estes textos sejam acréscimos posteriores de escribas ou tradutores Coptas – mesmo porque eles se assemelham mais à doutrina cristã dos primeiros séculos d.C. do que à mitologia judaica/essênia da época em que foram escritos os Manuscritos do Mar Morto. Uma descrição mais detalhada deste local de condenação aparece no Livro das “Similitudes de Enoch” (II Enoch); Esta versão, descoberta na Rússia em um texto eslavo, foi provavelmente escrita no Egito no princípio da era cristã e fala da viagem de Enoch através das diferentes coortes do Paraíso.

Por Shirley Massapust

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-queda-dos-anjos/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-queda-dos-anjos/

As Muralhas de Paraúna em Goiás

Ruínas de paredes colossais nas faldas de uma serra, uma muralha com cerca de 15 quilômetros , toda construída com paralelepípedos de pedra-ferro, um sistema de túneis com seções de 4 metros de diâmetro, cavados no interior de uma rocha, esculturas zoomorfas e antropomorfas e uma gruta repleta de símbolos das civilizações clássicas do Oriente Médio de há quatro ou cinco mil anos; por incrível que pareça , todas essas coisas existem em Paraúna , no Sudeste de Goiás! O acervo arqueológico existente neste município , transcende toda e qualquer formulação hipotética porque a complexidade dos seus elementos embaraça o observador que procure situa-los no tempo ou no espaço.

O estilo da “grande muralha” possui conotações com alguns aspectos das edificações pré-incaicas do rio Santa no litoral peruano . As esculturas da serra da Arnica lembra certas formas estilísticas, enquanto a gruta do rio ribeirão Encanado apresenta desenhos e relevos que nada tem a ver com qualquer civilização pré-colombiana da América, e sim , com a simbólica das tradições egípcias e judaica!

A muralha de Paraúna se encontra no vale da serra da Portaria , a 35 quilômetros da sede do município. Construída com paralelepípedos de pedra-ferro, ela se desenvolve num alinhamento retilíneo, avançado do paredão principal da serra até o altiplano situado no outro lado do vale. Em alguns pontos, apresenta uma média de 4 a 4,5 m de altura , o que é coerente para a sua largura média que não ultrapassa 1,30 m. Nestes trechos , constata-se pela relação altura-largura que a edificação se encontra intacta , o que não ocorre em outros pontos onde só podemos observar o seu afloramento rente ao solo.

Como o terreno da região é arenoso, não se sabe se a superfície aflorada corresponde ao alicerce ou se se trata do topo , onde o corpo da muralha se encontra soterrado pela sedimentação. Escavações sistemáticas precisariam ser feitas para que se pudesse chegar a uma conclusão definitiva . Os blocos retangulares de pedra , empregados na construção , se apresentam nitidamente trabalhados com encaixes e entalhamentos que traduzem com uma elevada técnica de arquitetura lítica , fato que vem derrubar frontalmente o conceito de que no Brasil pré-histórico , nunca existiram povos construtores em pedra.

A serra da Portaria é um tabuleiro de arenito que apresenta paredões abruptos de 100 ou 120 metros de altura . Seu nome deriva justamente da presença de estranhos portais em vários pontos da escarpa que se encontram como que lacrados com blocos de outros tipos de rocha . Um desses portais , entretanto , não está bloqueado e a sua forma oval se destaca no cenário com uma enorme janela. Aproximando do local , verificamos que se trata de uma abertura de iluminação que converge para um túnel vertical que liga o topo da montanha a uma enorme galeria cavada no interior do rochedo . Desta galeria , tem origem um terceiro túnel obliquo ( mais ou menos 60º de inclinação zenital ) que vai terminar também no platô da grande elevação . Um notável portal , cerca de 25 metros abaixo da “janela de iluminação” completa o conjunto que parece corresponder a um sistema decorredores que suscita analogia com os que existem nas pirâmides egípcias.

Situada a mais ou menos 20 quilômetros do local onde se encontram a muralha e os túneis , existe a “cidadela da serra da Arnica” , assim por nós denominada em face da incrível multiplicidade de remanescentes arquitetônicos concentrados numa área inferior a um hectare.

Enormes blocos de pedra se acham sobrepostos dando a nítida impressão de ruínas de ciclônicas construções . Numa delas , constatamos o delineamento de uma incrível figura zoomorfa, um grande felino ou talvez uma esfinge. outras esculturas também surpreendem , como a “cabeça de touro” onde se notam detalhes como olhos e orelha e que se encontram em um grande pedestal trabalhado. Uma cabeça humana em estilo maia domina o panorama de um dos paredões, sugerindo mesmo uma possível relação entre as singularidades ali existentes e os magníficos tesouros daquela civilização centro-americana.

Na serra da Arnica também existem curiosas colinas como que “feitas de escamas” , muito parecidas com formações encontradas em Sete Cidades no Piauí.

Nos contrafortes da serra dos Caiapós, na fronteira de Parauna com o município de Ivolândia, existe um monumento estranhíssimo que melhor do que sob um prisma arqueológico deve ser apreciado pelo angulo mágico. Uma pequena caverna em um bloco de arenito . Uma pequena caverna em um bloco de arenito vermelho, aparentemente sem nenhuma importância e que no entanto encerra um enigma colossal: toda uma simbologia hermético-cabalistica em pleno sertão brasileiro!

Seria inútil a tentativa de qualquer explicação “racional” para o fato. As imagens ali registradas não oferecem a mínima possibilidade de estarem relacionadas com qualquer índice cultural que se quisesse propor para “um possível povo que tivesse habitado a região”. O conjunto simbólico agrupado num painel situado no teto da gruta surpreende e intriga porque as imagens apresentam traços clássicos e o cinzelamento dos relevos retratam elementos numismáticos do antigo Egito e símbolos cosmo lógicos da Alta Cabala hebraica!

Daí não se poder abordar o enigma com as armas habituais no nosso convencionalismo cultural. No “painel mágico” de Paraúna estão desenhadas as quatro formas da esfinge, o homem , o leão , a águia e o touro e por mais absurdo que possa parecer , todas as 22 figuras do Tarô, algumas exatamente de acordo com as descrições de Eliphas Levy no seu Dogma e Ritual da Alta Magia. Mais do que isto : imagens da demonologia tal como foram concebidas e classificadas pelos magistas da Idade Média.

Curiosamente , debaixo do teto onde se encontra o painel , existe um cavalo , uma espécie de pilão que apresenta as paredes polidas , como que vitrificados e onde se pode anotar a presença dos “florões cabalísticos” , semi-esferas simetricamente em seu interior.

Os elementos existentes nesta gruta podem , com toda a certeza , representar indícios experimentais de uma realidade supranormal, um ponto de partida para uma revisão supranormal, um ponto de partida para uma revisão conceptual sobre o comportamento da natureza em certos locais , pois nos parece , sinceramente, que as figuras desta caverna são naturais , frutos de um processo fenomenal que escapa ao entendimento da ciência moderna e que no entanto se constituía na remota antigüidade como fato sobejamente conhecido e destrinçado pelos iniciados.

A força do conjunto de imagens não possibilita de modo algum qualquer juízo em que se faça um apelo para o termo “coincidência”. Não se pode considerar a existência de dezenas de figuras conhecidas simbolicamente , todas agrupadas num mesmo sistema, como o capricho de uma casualidade . . . Concordamos que é mais provável que os desenhos e os relevos não tenham sido elaborados por mãos humanas, porém , se o fenômeno é natural , não o é num sentido em que a natureza se comportou de maneira exaltada , revelando particularidades insólitas pertencentes a um outro angulo da sua realidade , “criações” não cogitadas pela chamada “Ciência Oficial”, porém , perfeitamente conceptíveis pelos que estão familiarizados com os temas do naturalismo esotérico.

As referencias do ocultismo sobre “o trabalho dos espíritos elementais” muito tem a ver com os traços e o cinzela mento da gruta de Paraúna , mas é provável que em virtude do fantástico simbolismo ali existente , haja algo mais profundo e mais importante.

Depois de observar , comparar e constatar minuciosamente as relações de cada símbolo com as representações hieráticas e mitológicas da antigüidade , nos ocorreu a idéia de que os pentáculos mágicos , tão zelosamente ocultados pelos responsáveis do Santuário da Certeza , talvez tenham sido compilados diretamente de certas revelações espontâneas da natureza , tal como ocorre em Paraúna.

Neste caso , não seria absurdo estabelecer-se também uma relação entre estes símbolos naturais e os “símbolos inerentes” da concepção de Carl Jung sobre as imagens do inconsciente coletivo e os seus afloramentos nos estados oníricos.

Quem sabe se a natureza em sua sabedoria e em seu mutismo não se coloca em intima relação com a subconsciencia humana através de um “método ” ideográfico, atualmente perdido , e que no remoto passado se estabelecia como ponto de partida de todos os oráculos?

Quem sabe se o simbolismo clássico das tradições mágicas outra coisa não é senão as próprias formas criadoras de uma ponte entre a inteligência humana e a inteligência das causas segundas?

Em meados do século 18 , um ocultista francês chamado Oswaldo Crólio lançou a obra O Livro das Assinaturas , em que, com rara originalidade, desenvolveu a tese de que em todos os aspectos da criação , desde as formas de uma constelação às reentrâncias do mais singelo calhau , o principio criador deixou os traços indeléveis do seu pensamento; em outras palavras : interpretando toda a sabedoria da ciência dos magos , Oswaldo Crólio admitia que nada escapa a um sentido teleológico ( de finalidade ) e que em todos os objetos e em todas as formas , existem os sinais de uma correspondência cosmotelúrica.

De acordo com as suas observações ,toda a realidade seria absolutamente clara e precisa para o entendimento humano e o que hoje consideramos como mistério não seria mais do que a conseqüência de uma ausência : a perda da linguagem espontânea da natureza que fez com que o homem precisasse trilhar os caminhos da especulação dedutiva, para , de outro modo , reencontrar a luz.

A natureza não se comportaria segundo as conceituações mecanicistas da nossa cosmovisão “racional” ; para Crólio , nem mesmo uma folha que cai ou uma lasca de pedra , que se desprende do bloco rochoso , teria um sentido arbitrário : tudo acontece de forma integrada e em todos os acontecimentos existe a revelação do aspecto sensível e inteligente da natureza , para ele o “egrégoro planetário” ou “o espirito da Terra”,

Gaffarel , célebre astrólogo , também francês desenvolveu por sua vez a mesma questão com outra obra notável : De Como Observar o Oculto , em que , com uma linguagem menos clara porém mais profunda do que a de entre as formas de certas constelações e os traços de certas rochas e as nervuras de certas folhas com caracteres ideográficos e fonéticos do antigo alfabeto hebraico , base simbológica da cabala clássica.

Para Gaffarel , a origem das letras sagradas teria sido a compilação de sinais da natureza por parte de mestres de incomparável intuição , mestres que teriam visto naqueles sinais os fundamentos de uma linguagem que facultava ao homem o dialogo com a natureza em nível consciente ; da inteligência para inteligência , de ente sensível para ente sensível .

E Gaffarel completou afirmando que “uma vez de posse da compreensão sintética desses sinais e com o consequente alargamento da clarividência simbológica , tudo deixa de ser oculto e incompreensível ; a natureza se abre como o botão que se transforma em flor e se identifica com o iniciado na mesma proporção com que está identificado com o pensamento divino”.

Extraído de um texto de Alódio Továr – cartógrafo, escritor e jornalista – 1976

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/realismo-fantastico/as-muralhas-de-parauna-em-goias/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/realismo-fantastico/as-muralhas-de-parauna-em-goias/

À Queda de Lúcifer!

Muitas pessoas já abriram a boca para falar da queda dos anjos. Mal sabem elas o que dizem, sequer recordam de alguma passagem bíblica de onde retiraram suas fábulas. Todos estão carecas de saber que o Livro de Isaías (14:12-17) não fomenta argumentos para tais assertivas! Hora, este povo não quer saber de retórica, nem de academicismo, mas se envaidecem com seus diabos e deuses supostamente imperiosos… Uma coisa é certa, eles adoram o Capeta, sem ele Jesus não seria nenhum Ungido, por não haver sagrado, nem teria qualquer maior fundamento ou subsistiria qualquer salvação… Enfim, um efeito Dominó! Se Lúcifer é uma lenda ou uma fantasia não importa tanto assim, mas vejamos o que ela nos conta…

Cansado de pastorar num paraíso repleto de alvas nuvens cinzentas, sob as ordens de um senhor pra lá de mimado, Lúcifer ousou cobiçar maiores propósitos. Vislumbrou na criação do próprio mestre uma morada mais afim aos seus desejos incestuosos. Aqui não se sabe se a terra veio antes ou depois, compete que ela existia ou veio a existir. Se Lúcifer foi atirado para lá ou para lá seguiu arbitrariamente, não postulamos ao certo, mas para lá foi. E o que haveria de tão mal nisso?! Não é na terra que vivemos?! Quem há de negar que aqui pode ser um verdadeiro paraíso de oásis tão extensos?!

A Queda de Lúcifer à Terra devia ser meio que uma espécie de purgatório, isso é o que nos contam, uma espécie de castigo! Lúcifer ao contrário do imaginado reverteu todo o processo, fez do seu inferno um lugar paradisíaco, e por ali ainda fez alguns amigos, a humanidade, por quem muito logrou distribuir seu fulgor e saber! Os humanos deixariam de ser assim vassalos da vontade divina pra tomarem contas de suas próprias vidas, vivendo dramas semelhantes aos de Lúcifer e seus anjos errantes!

Quando falamos em Queda, falamos que Lúcifer não era um ser perfeito, apesar de ser “o ser mais perfeito dentre os Querubins de Deus”. Este, no entanto, é um Mito que representa, apesar das aparências, a própria retomada de consciência da humanidade, um arquétipo, que caíu assim como adão e eva no momento em que tomaram consciência de si! Eles então precisam trilhar o caminho de volta pra casa!

Lúcifer não caíu pela eternidade! Ao contrário, ele apenas vive um momento transitório, singrando entre as Espirais do Mahavantara! Lúcifer não é um ser amaldiçoado, como dizem seus opositores. Ele é um ser que trilha sua própria evolução à par dos estigmas de que se faz possuidor, alcançando lentamente sua perfeição “junto” à Deus! Quem conta qualquer outra história escabrosa é porque não conhece de fato esta Entidade tão Linda que é Lúcifer, a beleza mais singela e tocante que alguém poderia expressar em forma de poesia. Lúcifer não aparece para todos, sequer atende a qualquer pedido, é preciso ser merecedor de sua atenção, ser um de seus filhos!

Lúcifer é uma energia, uma sublime esfera de luz “astral” que trás iluminação aos homens! Um ser todo especial em seu Arcano… Deus é um mistério, outrossim, que pode ser alcançado de muitas formas e por intermédio de vários seres e mitos, inclusive na sua forma Luciferiana! No seu levante de Portador da Luz, de Estrela da Manhã, Lúcifer é luz, vida e amor, embora Lúcifer também seja a escuridão e a morte, porque Ele vela em si mesmo sentimentos soberbos e egoístas que o fazem obscuro e insolente ao mesmo tempo! No seu lado “humano”, Ele está muito próximo de nós, numa aparição mais antropomórfica, ao passo que em seu lado divino Ele se mune de características pra lá de magnânimas e exuberantes!

Assim como Lúcifer, nós não merecemos nem precisamos de nenhuma “misericórdia” divina, ao contrário, nós nos doamos misericórdia, sendo apenas humanos, reles mortais, vivendo nossas vidas e dramas… Deus ao seu modo nos oferta indistintamente seu amor e energia, e Lúcifer se tornou neste caso o vetor dela para todos nós, uma espécie de prometeu, de demiurgo! Somos apenas mortais, disso sabemos, mas Lúcifer é um semi-deus! Ele é um Anjo e por isso pode ser o Avatar da humanidade, o Verdadeiro Messias! Aquele que “caiu” por nós!

Doravante o mito segue sua continuidade, e os finais são muitos. Decerto, hoje, mais do que antes, a história de Lúcifer vem sendo recontada de um modo mais promissor. Claro, os tempos são outros, a blasfêmia não é assim mais tão eivada de culpa. Estas reflexões praticamente fazem parte da consciência popular, já estão na boca do mundo. Pelo menos não faltam escudeiros para estas prosas. O que temos de descobrir é se de fato sabemos retirar alguma aprendizagem prática destas tréplicas?!

Se o desenredo da queda de um terço das estrelas do céu alimenta uma miríade de dúvidas, que dirá a vinda do suposto messias chamado “Cristo”! Um homem para lá de vadio, a pregar uma moral “abastarda” no meio de um palco milagroso de mágicas de terceira categoria. Sobrevoar as águas; curar leprosos; levantar defuntos; soerguer paralíticos e moribundos; que coisa mais batida. Isso não soa sobrenatural demais para nossa terra tão absurdamente mundana?! Que há de tão extraordinário nestes repetecos bíblicos?! Não existem meios mais plausíveis de se conseguirem os mesmos feitos?! Para que apelar ao metafísico?!

Bem, falar é fácil já dizia o pinguço meu amigo! Quem é que afinal não se sente ainda culpado e atônico com estas conclusões assim precipitadas, vindas diretamente do inferno! A culpa não é acaso o veneno plantado no coração de Satã, o Diabo?! Será que ele realmente degustou um gole desta taça amarga?!… Porque desgustaríamos nós também?! Não, não Mesmo! Não me parece que Lúcifer reine no Abismo preocupado com o que pensa seu inescrupuloso pai maldito, afinal, ele não foi suficientemente bastardo para sair de casa?! Para bater a porta na cara de seu velho caduco?! Ele não é o famoso malcriado da Apostasia?!

Não chegamos a falar por todos, mas amaldiçoados como somos, Lúcifer não nos soa um “Cidadão Estelar” pra lá de feliz, de (Ir) realizado, por isso mesmo um Eterno Buscador?! Ele que é tão exuberante em sua rebeldia, que sorrir para nós em seus caudalosos ninhos de antros tão “deploráveis”! Não nos atiça o desejo este galã tão sedutor, de olhar tão austero?! Afinal, para quê carregamos sua marca em nossos ombros esquerdos?! Deixemos então que ele nos envolva com suas negras asas, e fechemos os olhos, abraçando sua Escuridão… Lá no mais denso e terrível Pesadelo!… Amém.

Por Cauê de Barros Braga.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-queda-de-lucifer/

A Luta de Israel Contra os Nefelin

Muitos textos sugerem que o dilúvio teria como função acabar com os Nefelin, entretanto, a presença de textos narrando a aparição de nefelins após esta data sugere que pelo menos alguns sobreviveram (ou ouve uma Segunda queda dos anjos após aquela data…)

O livro de Números fala da presença de Nefelins em Canãa – em época bem posterior ao dilúvio. No relato, depois de vagar 40 anos no deserto os Israelitas fizeram uma breve parada em Cades, o principal oásis do norte do Sinai, 75 km a sudoeste de Bersabéia. Então Moisés enviou um príncipe de cada tribo presente ao deserto de Farã para explorar a terra prometida: “Subi ao Negueb, e em seguida escalai a montanha. Vede como é a terra; como é o povo que a habita (…) Sede corajosos. Trazei produtos da terra.” (Números 13:17-20) Então eles subiram desde o deserto de Sin até Roob, a Entrada de Emat no extremo norte da terra prometida. Subiram pelo Negueb e chegaram a Hebrom, onde se achavam Aimã, Sesai e Tolmai, os enacim; e chegaram ao vale de Escol. Lá cortaram um ramo de videiras com um cacho de uvas que levaram sobre uma vara, transportada por dois homens; levaram também romãs e figos. (Números 13:21-24) Após 40 dias voltaram da exploração do lugar trazendo os produtos da terra e relatando o seguinte: “Fomos à terra à qual nos enviaste. Na verdade é terra onde mana leite e mel; eis os seus produtos. Contudo, o povo que a habita é poderoso; as cidades são fortificadas, muito grandes; também vimos ali os filhos de Enac. Os amalecitas ocupam a região do Negueb; os heteus, os amorreus e os jebuseus, a montanha; os caneneus, a orla marítima e ao longo do Jordão.” (Números 13:25-29) Então Caleb, príncipe da tribo de Judá, animou-se e disse ao povo reunido diante de Moisés: “Devemos marchar e conquistar essa terra: realmente podemos fazer isso.” Mas os outros príncipes que o haviam acompanhado se opuseram: “Não podemos marchar contra esse povo, visto que é mais forte do que nós (…) A terra que fomos explorar é terra que devora os seus habitantes. Todos aqueles que lá vimos são homens de grande estatura. Lá também vimos Nefelins -os filhos de Enac são descendência de Nefilim -. Tínhamos a impressão de sermos gafanhotos diante deles e assim também lhes parecíamos.” (Números 13:31-33) Mas os príncipes Josué e Caleb reanimaram a comunidade: “Não tenhais medo do povo daquela terra, pois os devoraremos como um bocado de pão. A sua sombra protetora lhes foi retirada, ao passo que Iahweh está conosco” (Números 14:9)
No Deuteronômio 2:11, os gigantes enacim – descendentes dos nefilim – também são chamados de rafaim, um termo mais geral para os habitantes de Canãa, citados em Números:

«Cruzamos o território de nossos irmãos, os filhos de Esaú que habitam em Seir (Édom), e passamos pelo caminho da Arabá, de Elat e de Asiongaber. Depois viramo-nos, tomando o caminho do deserto de Moab. Disse-me então Iahweh: “Não ataques Moab e não o provoques à luta, pois nada te darei da sua região. Eu dei Ar como propriedade aos filhos de Ló. – Outrora os emim aí habitavam; eram considerados como rafaim, assim como os enacim; os moabitas, porém, chamam-nos de emim. Em Seir habitavam outrora os horreus; os filhos de Esaú, porém, os desalojados e exterminaram, habitação no seu lugar, assim como Israel fez para se apossar da terra que Iahweh lhe dera. – E agora, levantai acampamento e atravessai o ribeiro de Zared!”» (Deuteronômio 2:8-13)

Mais adiante, a narração continua: «Ouve, ó Israel: hoje estás atravessando o Jordão para ires conquistar nações mais numerosas e poderosas do que tu, cidades grandes e fortificadas até o céu. Os enacim são um povo grande e de alta estatura. Tu os conheces, pois ouviste dizer: “Quem poderia resistir aos filhos de Enac?” Portanto, saberás hoje que Iahweh teu Deus vai atravessar à tua frente, como um fogo devorador; é ele quem os exterminará e é ele quem os submeterá a ti. Tu, então, os desalojarás e, rapidamente, os farás perecer (…) é por causa da perversidade dessas nações que Iahweh irá expulsa-las da tua frente (…) e também para cumprir a palavra que ele jurou a teus pais, Abraão, Isaac e Jacó.» (Deuteronômio 9:1-5)

Dois dos mais conhecidos entre os rafaim são o rei Og, de Basã, e o gigante Golias, descrito como descendente de Rafá em Gate (2 Samuel 21,19ss). Segundo o Deuteronômio, o imenso leito de ferro de Og ainda podia ser visto em Rabá: «Pois somente Og, rei de Basã, sobreviverá dos remanescentes dos rafaim; seu leito é o leito de ferro que está em Rabá dos filhos de Amon: tem nove côvados de comprimento e quatro côvados de largura, em côvado comum.» (Deuteronômio 3:11) Note que os gigantescos habitantes nativos de Édom-Seir, Amon e Gaza também são totalmente aniquilados em geral por Iahweh (ver Deuteronômio 20:2-3):

«Mas eu destruíra diante deles o amorreu,
cuja altura era como a altura dos cedros,
e que era forte como os carvalhos!
Destruí seu fruto por cima,
E suas raízes por baixo!» (Amós 2-3)

Os nefilin, portanto, parecem ter sido uma raça de heróis que viveu antes do Dilúvio e também em Canãa, quando os israelitas ainda não haviam conquistado a Terra Prometida. Por esse tempo, os nefilim acabam, como o nome sugere, como “os mortos”. Diz-se que os refaim e enacim foram exterminados por Josué (Josué 11:21-22), Moisés (Josué 12,4-6) e Caleb (Josué 15:14; Juizes 1:20), embora restassem alguns desgarrados, que seriam mortos por Davi e seus homens (2 Samuel 21, 18-22; 1 Crônicas 20:4-8). Josué 11,22 nos diz que: “Nenhum dos enacim sobreviveu na terra de Israel, somente em Gaza, em Gate e em Asdode alguns sobreviveram”.

Segundo Ronal S. Hendel, «a função dos nefilim-rafaim-enacim, (…) é constante em todas essas tradições. Eles existem para serem aniquilados: pelo Dilúvio, por Moisés, por Davi e outros. Na tradição israelita, os nefilim tem uma função: morrer.» Contudo, sempre acaba sobrando algum para ter filhos e continuar a histórias…

Por Shirley Massapust

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-luta-de-israel-contra-os-nefelin/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-luta-de-israel-contra-os-nefelin/

A Originalidade na Magia do Caos

Por Wanju Duli

“Assim como é em cima, é embaixo, e também no meio”

– P.J. Carroll, “The Octavo”

Quando falamos em Magia do Caos, logo vêm à nossa mente nomes como Austin Osman Spare e Peter J. Carroll; o primeiro, idealizador dos sigilos e do Alfabeto do Desejo, enquanto o segundo ocupou-se de elaborar a IOT, uma Ordem particularmente exótica e ousada, tendo como base sua obra “Liber Null”.

Em Liber Null podemos encontrar excertos como Liber MMM e Liber LUX, que constituem as primeiras propostas desse sistema, com uma série de exercícios. Somos apresentados à Caosfera, o Sigilo do Caos, que seria um espelho de escuridão para comunicação entre os adeptos, segundo as palavras do autor. O termo “Caos” é escolhido, pois vocábulos como “Deus” ou “Tao” estariam condicionados às impressões mentais previamente atribuídas a tais expressões.

Nessa mesma obra, Carroll afirma que os Iluminados de Thanateros são os herdeiros mágicos do Zos Kia Cultus de Spare e da A.’.A.’. de Crowley. Ele inclusive cria um diagrama maluco para provar isso, demonstrando em que medida diferentes tradições mágicas se conectam a IOT.

Contudo, a ideia não era apenas desenvolver uma nova tradição mágica com a junção de diferentes elementos previamente existentes, como podemos ver nos seguintes trechos do autor:

“O intelecto é uma espada, e seu uso é para evitar a identificação com qualquer fenômeno particular encontrado. As mentes mais poderosas agarram-se ao menor número de princípios fixos. A única visão clara é do alto da montanha dos seus egos mortos “.

“É um erro considerar qualquer crença mais libertadora que outra. É a possibilidade de mudar que é importante. Cada nova forma de libertação está destinada a eventualmente se tornar outra forma de escravidão para a maioria de seus adeptos. Não há liberdade da dualidade neste plano de existência, mas podemos ao menos aspirar à escolha da dualidade”.

“A energia é liberada quando um indivíduo quebra as regras de condicionamento com algum ato glorioso de desobediência ou blasfêmia. Essa energia fortalece o espírito e dá coragem para atos de insurreição”.

A intenção mais profunda de Carroll era desenvolver uma magia que permitisse a mobilidade de sistemas de crenças, utilizando a crença escolhida somente como uma ferramenta para atingir determinado objetivo, dando mais ênfase ao resultado do que ao processo em si. Isso incluiria até uma possibilidade de inversão ou alteração em princípios éticos clássicos, pois, conforme o próprio autor diz, logo você descobrirá que ideias que nos parecem bizarras, loucas, extremas, arbitrárias e sem sentido são tão malucas quanto aquelas que antes julgávamos como razoáveis, sensíveis e humanitárias.

Com o texto “Truque da Mente em Demonologia”, apresentado em Liber Kaos, podemos sentir essa ideia:

“Liber Boomerang

Um deus ignorado é um demônio nascido.

Pensa você na hipertrofia de alguns egos à custa de outros?

O que é negado ganha poder, e busca formas estranhas e inesperadas de manifestação.

Negue a morte e outras formas de suicídio irão surgir.

Negue o sexo e formas bizarras de sua expressão irá atormentá-lo.

Negue o amor e sentimentalismos absurdos irão incapacitá-lo.

Negue a agressão, apenas para eventualmente fitar a faca ensanguentada em sua mão trêmula.

Negue medos e desejos honestos apenas para criar neuroses e avareza sem sentido.

Negue o riso e o mundo rirá de você.

Negue a magia apenas para se tornar um robô confuso, inexplicável até para si mesmo”.

No entanto, isso não significa que os caoístas destroem completamente a noção de moralidade, como nos relembra Phil Hine, em “Condensed Chaos”:

“Assim, apesar do glamour, os magos do Caos raramente são completamente amorais. Um dos axiomas básicos da filosofia mágica é que a moralidade cresce de dentro, uma vez que se começa a conhecer a diferença entre o que você aprendeu a acreditar e o que você quer acreditar”.

A ideia é quebrar noções pré-estabelecidas para começar a construir seus próprios castelos de areia nesse terreno fértil; estabelecer os fundamentos de suas ideias acerca da realidade; ou perceber que simplesmente não necessita de algo assim.

Isso nos recorda um pouco das três metamorfoses do espírito de Nietzsche:

“Qual é este grande dragão a que o espírito já não quer chamar nem senhor, nem Deus? O nome do grande dragão é ‘Tu deves’. Mas o espírito do leão diz: ‘Eu quero.’”

Inicialmente somos um camelo, que carrega o peso dos valores. Devemos nos converter em leão para destruí-los. E, finalmente, nos tornarmos crianças para criar.

“Na verdade, irmãos, para jogar o jogo dos criadores é preciso ser uma santa afirmação; o espírito quer agora a sua própria vontade; tendo perdido o mundo, conquista o seu próprio mundo”.

Estamos esquentando? Pois bem. Que pegue fogo! Para começarmos a tentar compreender que é a Magia do Caos, sugiro algumas palavras de meu escritor favorito sobre o tema, o cavalheiro chamado Ramsey Dukes, Lionel Snell, o Rato que Gira, ou seja lá qual foi o codinome que esse senhor resolveu adotar dessa vez. Comecemos com SSOTBME (“Sex Secrets of the Black Magicians Exposed”):

“Magia do Caos é, com efeito, o mais seguro sistema mágico que existe. Paradoxalmente, no entanto, ganhou uma reputação vermelha e quente por ser a mais perigosa, sinistra e insana forma da loucura mágica remanescente”.

Quando assumimos a premissa de que “Nada é verdadeiro. Tudo é permitido”, pode ser realmente assustador. Você precisa lidar com sua imaginação e principalmente com um verdadeiro terror: sua liberdade.

“Um magista prático não tem interesse nos problemas filosóficos que atormentam o cientista que pergunta: ‘Tem certeza que foi a sua magia que a curou? Como você sabe que não foi apenas uma coincidência?’ Tal especulação é irrelevante para o Mago. Ele fez o feitiço, ela foi curada. Se fosse uma coincidência, não importa contanto que ele possa trazer tais coincidências “.

Um caoísta está mais preocupado com o resultado prático, as emoções geradas, o chacoalhar de paradigmas, do que em vestir robes, carregar espadas ou enredar-se em paradoxos ontológicos. Para isso, ele realiza uma profunda investigação acerca dos processos mágicos, com a intenção de desvendar os caminhos que o levam a ativar as engrenagens da magia.

Enquanto a magia tradicional possui força pelo peso de seu caráter inveterado, riqueza cerimonial e alto teor filosófico, o poder da Magia do Caos reside em adaptar sistemas conforme o gosto, para que a paixão do magista e sua metamorfose paradigmática inflamem sua vontade e gerem essa carga empírica de transformação.

“Assim, é inútil perguntar a um magista se Deus, anjos ou demônios ‘realmente existem’. Simplesmente ao dizer as palavras você os fez existir! Pergunte novamente se essas entidades abstratas podem produzir qualquer efeito no mundo físico, e eles já produziram – eles fizeram você fazer perguntas “.

Agora, veremos o que Dukes tem a nos dizer em sua obra “BLAST Your Way To Megabuck$ with my SECRET Sex-Power Formula”:

“Nós não podemos acreditar agora na dualidade antiga dos que estão trabalhando para o bem e dos que estão trabalhando para o mal, porque fazer qualquer mudança é invocar a incerteza. A nova dualidade é entre aqueles que desejam manter as coisas como estão, e aqueles que desejam mudá-las”.

“Eu quero ser rico, feliz, sexy, poderoso ….

Ei! Eu descobri essa coisa chamada ‘magia’ que pode torná-lo rico, feliz, sexy, poderoso …

Uau! Estive lendo sobre magia e descobri que é realmente muito simples se tornar rico, feliz, sexy, poderoso … contanto que você faça uma coisa – você deve se tornar perfeito primeiro.

Então, como você sabe quando se tornou perfeito?

Oh merda. Você sabe que é perfeito quando você já não QUER ser rico, feliz, sexy, poderoso …”

E, para finalizar, uma frase de Hugo C. St. J. l’Estrange:

“Quando a humanidade irá crescer fora de seu flerte com a ética cristã, e encarar o fato de que o Grande Princípio Cósmico não é fazer o que é certo e honrado, mas fazer o que é errado com ESTILO”.

Espere, eu disse “finalizar”? Esse é só o começo. Magia do Caos é muito mais do que brincar de utilizar vários estilos de magia previamente existentes e misturar tudo para se revoltar contra a autoridade. Quando você quebra seus conceitos não irá simplesmente preencher o espaço coletando vários pedaços de conceitos aqui e ali, como se estivesse num buffet em self-service, selecionando os pratos que lhe parecem mais saborosos para montar o seu.

Você pode até experimentar os diferentes pratos no começo, para aprender os sabores. Mas em algum momento o caoísta DEVE tornar-se um cozinheiro. Esse é o coração da Magia dos Caos: ser um verdadeiro chef de sistemas do ocultismo. Pois a Magia do Caos não é somente um novo sistema, um destruidor de sistemas ou um agregador deles. Antes, é um “sistema criador de novos sistemas”.

E aqui iremos resgatar alguns excertos do brilhante artigo de Frater Xon, membro da IOT North America, chamado “O Magista Eclético vs. O Magista do Caos”:

“Qualquer um pode ler um livro de magia e cuspir de volta o que está contido nele. Memorize gematria e livros de Crowley, e de repente você é um mago Hermético. Leia um livro de xamanismo, compre um tambor, e de repente você é um místico tribal. Dê algum dinheiro para as pessoas certas, memorize alguns cânticos e orações, e de repente você é um Santero. Maldição, vá em frente e leia Spare, desenhe alguns sigilos e puf! Instantaneamente ‘Magista do Caos’!”

“Estes são todos truques e ilusões mentais inexpressivos. Mesmo um papagaio pode repetir os sons que ouve sem compreendê-los “.

“O verdadeiro caoísta tem a capacidade de dar à luz coisas novas e incomuns. Eles podem criar novos sistemas, novos métodos e novos rituais fora do que já foi criado. O verdadeiro caoísta é essencialmente um artista “.

“Se você não pode criar algo novo para mim, então eu não estou particularmente interessado em você. Eu não me importo se você memorizou todos os livros de magia do planeta. Eu não me importo se você está sentado em seu templo realizando rituais pré-fabricadas doze horas por dia. Se você não consegue pensar numa única coisa nova para me oferecer, o que há de bom em você? Você é apenas um computador dizendo as mesmas coisas antigas que outras pessoas já disseram antes”.

“Mas, se você pode criar uma única coisa simples de pura criatividade que funciona, mesmo se não é a coisa mais incrível do mundo, isso ainda me impressiona muito mais do que todas as bibliotecas de magia do mundo.”

E aqui finalmente concluímos nossa introdução sobre a Magia do Caos, com muitas citações, refrescos e poderosas frases de efeito, para tentar agradar tanto aos mais tradicionais quanto àqueles que estão cansados do velho cadáver mágico, já tão desgastado e apodrecido. A Magia do Caos é uma vertente incrível e muito viva, que está em polvorosa na atualidade, tanto no cenário nacional quanto internacional, com propostas criativas, inovadoras e extraordinárias.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-originalidade-na-magia-do-caos

A História de Lilith no Othijoth ben Sira

Othijoth ben Sira Pergunta # 5 (23a-b)

Traduzido do hebraico para o inglês por Norman Bronznick (com David Stern e Mark Jay Mirsky) (Extraído do livro Rabbinic Fantasies: Imaginative Narratives from Classical Hebrew Literature) 1.

Breve comentário sobre o relato de Lilith no Alfabeto de Ben Sira (Othijoth ben Sira):

“O Alfabeto de Ben Sira é a forma mais antiga que conhecemos da lenda de Lilith, conhecida pela maioria das pessoas (isto é, pela maioria das pessoas que estão familiarizadas com Lilith).

É aqui que encontramos Lilith como a primeira esposa de Adão. Os estudiosos tendem a datar o alfabeto entre os séculos 8 e 10, CE. Se a história em si é mais antiga ou, se for, não é possível dizer quanto mais antiga.

Amuletos como o descrito no primeiro parágrafo são, obviamente, muito mais antigos.

O autor do Zohar , Rabino Moisés de León, estava ciente da versão do Alfabeto de Lilith, pelo menos de acordo com Gershom Scholem ( Principais Tendências no Misticismo Judaico, p. 174), mas ele também conhecia outras tradições de Lilith, provavelmente mais antigas, que não combinam bem com esta.

Nenhuma tentativa é feita, aparentemente, para harmonizá-las.

Para uma dessas outras tradições, e comentários sobre se o autor estava familiarizado com o alfabeto , consulte o Tratado sobre a Emanação Esquerda .

A ideia de Eva ter uma predecessora não surge em Ben Sira tendo em vista que ela pode ser encontrada no Gênesis Rabbah, texto que é mais antigo que o Alfabeto, contudo, essas tradições não fazem menção a Lilith e, de fato, não combinam bem com a versão de Ben Sira da história.”

Segue o relato de Lilith no Alfabeto de Ben Sira:

“Logo depois, o jovem filho do rei adoeceu, disse Nabucodonosor a Ben Sira: “Cure o meu filho. Se não o fizer, eu vou te matar.”

Ben Sira imediatamente se sentou e escreveu um amuleto com o Santo Nome, e ele inscreveu nele os anjos encarregados da medicina por seus
nomes, formas e imagens, e por suas asas, mãos e pés.

Nabucodonosor olhou para o amuleto e perguntou a Ben Sira: “Quem são estes?”

Ben Sira respondeu: ” Estes são os anjos que estão encarregados da medicina: Snvi, Snsvi e Smnglof.

Depois que Deus criou Adão, que estava sozinho, Ele disse: ‘ Não é bom para o homem ficar só'(Gênesis 2:18).

Ele então criou uma mulher para Adão, da terra, como Ele próprio criou Adão, e a chamou de Lilith. No entanto, Adão e Lilith começaram a discutir:

Ela disse: ‘Não vou deitar embaixo’, e ele disse: ‘Não vou deitar embaixo de você, mas apenas em cima. Pois você só serve para ficar na posição inferior, enquanto eu estou na posição superior. ‘

Lilith respondeu: ‘Somos iguais um ao outro, visto que ambos fomos criados da terra.’

Mas eles não quiseram ouvir um ao outro.

Quando Lilith viu isso, ela pronunciou o Nome Inefável e voou pelos ares.

Adão orou diante de seu Criador: ‘Soberano do universo!’ ele disse, ‘a mulher que você me deu fugiu.’

Imediatamente, o Santo, bendito seja Ele, enviou esses três anjos, Snvi, Snsvi e Smnglof, para trazê-la de volta.

“Disse o Santo a Adão: ‘Se ela concordar em voltar, ótimo. Do contrário, ela deve permitir que cem de seus filhos morram todos os dias.’

Os anjos deixaram Deus e perseguiram Lilith, a quem alcançaram no meio do mar, nas poderosas águas em que os egípcios estavam destinados a se afogar.

Disseram-lhe a palavra de Deus, mas ela não quis voltar. Os anjos disseram: ‘Nós afogaremos você no mar. ‘

“‘Deixai-me!’ ela disse. ‘Eu fui criada apenas para causar doenças aos bebês. Se o bebê for do sexo masculino, eu tenho domínio sobre ele
por oito dias após seu nascimento, e se feminino, por vinte dias.’

“Quando os anjos ouviram as palavras de Lilith, eles insistiram para que ela voltasse. Mas ela jurou-lhes pelo nome do Deus vivo e
eterno: ‘Sempre que eu ver você ou seus nomes ou suas formas em um amuleto, não terei poder sobre aquela criança. ‘

Lilith também concordou que cem de seus filhos morressem todos os dias.

Assim, todos os dias cem demônios morrem e, pelo mesmo motivo,
escrevemos os nomes dos anjos nos amuletos das crianças.

Quando Lilith vê seus nomes, ela se lembra do seu juramento, e a criança se recupera. ”

Fim do relato de Lilith conforme consta no Alfabeto de Ben Sira.

Referência:

1. Stern, David and Mirsky, Mark Jay. Rabbinic Fantasies: Imaginative Narratives from Classical Hebrew Literature (Yale Judaica Series). Philadelphia, Jewish Publication Society, 1990. Pp. 183-184. comment

Texto traduzido e adaptado do inglês para o português por Icaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-historia-de-lilith-no-othijoth-ben-sira/

Dungeons & Dragons e o Pânico Satânico

Valerie Etternhoffer

“Stranger Things” está de volta, e sua nova temporada está trocando os shoppings-centers e os fru-frus por algo muito mais sombrio daquela época: o Pânico Satânico. Enquanto a quarta temporada do programa não entre nos detalhes sangrentos da vida real do que foi o pânico moral que varreu a América do Norte na década de 1980, o espectro do Pânico Satânico encontra seu caminho no programa de uma maneira surpreendente: através do clássico jogo de mesa Dungeons & Dragons.

A quarta temporada da série abre com nossos heróis agora no ensino médio. Após parte de seu grupo de amigos que salvou o mundo se mudar para o Ensino Médio, os párias de longa data Mike (Finn Wolfhard) e Dustin (Gaten Matarazzo) tentam encontrar um sentimento de pertencimento na Hawkins High School. Em vez disso, eles encontram um grupo de Dungeons & Dragons chamado The Hellfire Club, liderado pelo punk adolescente melodramático e possível supersênior Eddie Munson (Joseph Quinn).

Eddie, que luta contra o status quo, vive da emoção de assustar pessoas normais e claramente aprecia a má reputação que D&D deu ao seu grupo. Em um ponto do episódio de estreia do programa, ele lê um artigo (aparentemente falso) da Newsweek sobre o jogo, que cita psicólogos dizendo que o jogo “promove adoração satânica, sacrifício ritual, sodomia, suicídio e assassinato”. Mas havia realmente um pânico satânico contra algo tão inócuo quanto Dungeons & Dragons?

O que foi o Pânico Satânico?

Em suma, sim. O Pânico Satânico foi um pânico moral praticamente infundado que varreu os Estados Unidos, Canadá e outros países a partir da década de 1980. Embora o fenômeno envolvendo alegações sem base nenhuma de rituais satânicos secretos e cabalas de bruxas nunca tenha desaparecido completamente, ele ganhou atenção nacional por volta de 1983, depois que uma pré-escola em Manhattan Beach, Califórnia, tornou-se um foco de acusações sobre abuso infantil ritualizado. A história completa do caso da pré-escola McMartin é complicada, envolvendo falsas memórias e técnicas policiais profundamente mal informadas. Mas, como a jornalista e pesquisadora Sarah Marshall observa em uma entrevista ao Vox, o surgimento de pânicos morais infundados geralmente começa com “um caso faísca caindo em um pavio muito seco e pronto para explodir”.

Nesse caso, diz Marshall, os Estados Unidos estavam apenas começando a considerar a ideia de que o abuso sexual infantil existia e era comum, e ao mesmo tempo estava se tornando vulnerável à influência evangélica do governo Reagan. Da mesma forma, na mesma época, um desejo coletivo de entender a violência e a depressão dos jovens levaria Dungeons & Dragons a conversar com o Pânico Satânico. Antes dos videogames violentos, esse divertido jogo de imaginação era o bode expiatório analógico preferido para todos os tipos de mau comportamento.

D&D se torna o novo bode expiatório

O primeiro caso de pânico relacionado a Dungeon & Dragons veio em 1979, quando um adolescente talentoso e jogador de D&D chamado James Dallas Egbert III desapareceu. De acordo com a BBC, Egbert se escondeu nos túneis sob sua universidade durante um episódio depressivo. Ele foi encontrado mais tarde, mas tirou a própria vida em 1980. Dois anos depois, um colegial chamado Irving Lee Pulling também cometeu suicídio. Sua mãe supostamente tentou processar o diretor da escola e os editores de Dungeons & Dragons, insistindo que a jogabilidade resultou em uma maldição da vida real sendo colocada em seu filho. Ela também criou uma organização chamada Bothered About Dungeons and Dragons que fez campanha contra o jogo.

Parte da linguagem dessa organização parece ser o que inspirou a leitura maravilhosamente dramática de Eddie Munson de um discurso contra Dungeons & Dragons no episódio de estréia desta temporada de “Stranger Things”. Conforme citado pela BBC, Pulling acusou o jogo de empregar o seguinte:

“Demonologia, feitiçaria, vodu, assassinato, estupro, blasfêmia, suicídio, assassinato, insanidade, perversão sexual, homossexualidade, prostituição, rituais do tipo satânico, jogos de azar, barbárie, canibalismo, sadismo, profanação, invocação de demônios, necromancia, adivinhação e outros ensinamentos. ”

Qualquer um que tenha chegado a três metros de um conjunto de dados de 20 lados dirá que essa descaracterização de Dungeons & Dragons é risível. Na verdade, as percepções da cultura pop do jogo parecem ter dado uma guinada total desde essa época: hoje em dia, os jogadores de D&D são mais frequentemente retratados como geeks adoráveis ​​que amam histórias sobre dragões e trolls do que como uma fonte de qualquer influência sinistra.

A morte do Pânico

Embora D&D pareça ter recuperado sua credibilidade cultural depois de ser associado ao Pânico Satânico, seu papel na histeria cultural não diminuiu rapidamente. Em 1984, Ronald G. Adcox e Darren Lee Molitor, dois jogadores de D&D, estrangularam um adolescente no Missouri. Embora os pesquisadores não tenham estabelecido nenhuma ligação entre o jogo e uma propensão à violência ou ao suicídio, D&D acabou sendo sussurrado entre pais ansiosos por anos como uma espécie de atividade de porta de entrada para más ações. O redator do New York Times, Clyde Haberman, resume bem essas conclusões simplificadas, dizendo: “Muito do apontar de dedos parecia enraizado em uma falácia clássica da lógica: o Sr. Adcox e o Sr. Molitor jogaram D&D. O Sr. Adcox e o Sr. Molitor tornaram-se assassinos. Pessoas que jogam D&D se tornam assassinos.”

Claro, como todas as falácias lógicas, isso simplesmente não é verdade. Assim como algumas pessoas que jogam D&D machucam as pessoas, também fazem algumas pessoas que jogam Monopólio. Embora as histórias verdadeiras no centro desse fenômeno sejam trágicas, a maioria não parece ter uma única causa raiz. Se o fizessem, provavelmente não seria um jogo de RPG de mesa.

Embora o jogo não seja tão controverso quanto antes, D&D também não parece mais ser tão popular. Mas talvez “Stranger Things” resolva isso. A série tremendamente popular e de grande orçamento da Netflix tem uma longa história de tornar os artefatos dos anos 80 legais novamente, de músicas com sintetizadores a vestidos com estampas de blocos, fitas cassete e walkie-talkies. Talvez, apenas talvez, o Hellfire Club possa trazer o fogo de volta para Dungeons & Dragons – desta vez, sem o medo do inferno.

Fonte: https://www.slashfilm.com/748552/horror-roles-that-changed-actors-forever/

Postagem original feita no https://mortesubita.net/popmagic/dungeons-dragons-e-o-panico-satanico/

A Hierarquia Angelical

Serafins

 

 

São considerados os mais velhos (responsáveis). Constituem do 1º ao 8º gênio, cujo príncipe é METRATON. Para estar em contato chamam-lhe a atenção: livros e limpeza.

 

Os serafins são oito: 1-VEHUIAH, 2-JELIEL, 3-SITAEL, 4-ELEMIAH, 5-MAHASIAH, 6-LELAHEL, 7-ACHAIAH, 8-CAHETHEL


Querubins

 

 

 

São considerados os bebês. Constituem do 9º ao 16º gênio, cujo príncipe é RAZIEL. Para estar em contato chamam-lhe a atenção: doces e crianças.

 

Os querubins são oito: 9-HAZIEL, 10-ALADIAH, 11-LAOVIAH, 12-HAHAHIAH, 13-YESALEL, 14-MEBAHEL, 15-HARIEL, 16-HEKAMIAH

 

Tronos

 

 

 

São considerados os jovens. Constituem do 17º ao 24º gênio, cujo príncipe é TSAPHKIEL(Auriel). Para estar em contato chamam-lhe a atenção: música.

 

Anjos da qualidade trono: 17-LAUVIAH, 18-CALIEL, 19-LEUVIAH, 20-PAHALIAH, 21-NELCHAEL, 22-IEIAIEL, 23-MELAHEL, 24-HAHEUIAH

 

Dominações

 

 

 

São considerados dominantes. Constituem do 25º ao 32º gênio, cujo príncipe é TSADKIEL (Uriel). Para estar em contato chamam-lhe a atenção: velas e oráculos.

Anjos da qualidade das dominações: 25-NITH-HAIAH, 26-HAAIAH, 27-IERATHEL, 28-SEHEIAH, 29-REYEL, 30-OMAEL, 31-LECABEL, 32-VASARIAH

 

Potências

 

 

São considerados guardiões dos animais de qualidade potência. Constituem do 33º ao 40º gênio, cujo príncipe é CAMAEL. Para estar em contato chamam-lhe a atenção: animais.

Anjos da qualidade da potência: 33-IEHUIAH, 34-LEHAHIAH, 35-CHAVAKIAH, 36-MENADEL, 37-ANIEL, 38-HAAMIAH, 39-REHAEL, 40-IEIAZEL

 

Virtudes

 

 

 

São considerados orientadores das pessoas. Constituem do 41º ao 48º gênio, cujo príncipe é RAPHAEL. Para estar em contato chamam-lhe a atenção: aromas.

 

Anjos da qualidade das virtudes: 41-HAHAHEL, 42-MIKAEL, 43-VEULIAH, 44- YELAIAH, 45-SEALIAH, 46-ARIEL, 47-ASALIAH, 48-MIHAEL


Principados

 

 

 

São considerados responsáveis pelos estados, países e reinos; também protegem o reino mineral, a fauna e a flora. Constituem do 49º ao 56º gênio, cujo príncipe é HANIEL. Para estar em contato chamam-lhe a atenção: cristais.

 

Anjos da qualidade dos principados: 49-VEHUEL, 50-DANIEL, 51-HAHASIAH, 52-IMAMAIAH, 53-NANAEL, 54-NITHAEL, 55-MEBAHIAH, 56-POIEL

 

Arcanjos

 

 

São considerados responsáveis pela transmissão de mensagens importantes. Constituem do 57º ao 64º gênio, cujo príncipe é MIKAEL (Miguel). Para estar em contato chamam-lhe a atenção: flores.

 

Anjos da qualidade arcanjos: 57-NEMAMIAH, 58-IEIALEL, 59-HARAHEL, 60-MITZRAEL, 61-UMABEL, 62-IAH-HEL, 63-ANAUEL, 64-MEHIEL

 

Anjos

 

São considerados responsáveis pelos milagres dos quais Deus mais utiliza. Constituem do 65º ao 72º gênio,cujo príncipe é GABRIEL. Para estar em contato chamam-lhe a atenção: frutas.

 

Anjos: 65-DAMABIAH, 66-MANAKEL, 67-AYEL, 68-HABUHIAH, 69-ROCHEL, 70-YABIMIAH, 71-HAIAIEL, 72-MUMIAH

 

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