Histórias de Fantasmas Europeus

 

Na Europa pré-cristã, entre os pagãos, os fantasmas já assombravam as populações bárbaras e tal como em todo o mundo eram, em geral, considerados como desordens da natureza, um desvio das almas que permaneciam no mundo dos vivos quando deveriam estar em seu próprio universo e, na terra, eram responsáveis por toda espécie de males. Tal como em outras nações, os rituais mais primitivos consistiam sacrifícios e cerimônias que buscavam aplacar os rancores e as mágoas das almas penadas. O cristianismo trouxe a associação dos fantasmas com o diabo e logo foram incluídos entre os fenômenos infernais.

No século X [anos 900], a Igreja já tinha se encarregado de definir que os espíritos bons iam para o céu ou para o purgatório enquanto os maus, naturalmente, deveriam estar no inferno. O fenômeno da possessão não era atribuído somente aos servos de Satanás, íncubos e súcubos mas, também, como a tentativa de um fantasma de voltar à vida apropriando-se do corpo de outrem. Na mente do povo, consolidou-se a idéia de que o mundo sobrenatural era dominado pelos espíritos dos santos católicos e pelos espíritos errantes, os fantasmas, tanto quanto pelos anjos e demônios.

O fato de alguém se tornar um fantasma depunha contra sua vida e sua morte não raro suscitando comentários desabonadores sobre o morto ou sobre membros de sua família posto que a condição fantasmagórica devia ter uma causa que somente poderia se enquadrar em circunstâncias específicas. Exceto pelo puro inconformismo do defunto, que poderia ter morrido de repente, ainda apegado aos seus amores e outros afetos, o fantasma deveria ter sofrido vida e/ou morte “ruins”: teria sido profundamente infeliz, guardava mágoas de pessoas próximas, fora assassinado ou suicidara-se. No ambiente puritano do cristianismo medieval essas suspeitas constituíam mancha vergonhosa na reputação dos envolvidos.

No Reino Unido, as crenças e o interesse por fantasmas são tradições cultivadas desde épocas remotas mas no século XIX [anos 1800] o interesse nos fenômenos dos desencarnados se intensificou, com a popularização do fenômeno das mesas girantes e advento espiritismo kardecista, consolidando-se em prestigiadas instituições dedicadas ao assunto como o Ghost Club of Great Britain, fundado em 1862 e que existe até hoje promovendo suas reuniões no The Victory Services Club, centro de Londres.

Entre seus membros, figuram personalidades como Charles Dickens, W.B. Yeats [poeta], Sir William Crookes [químico e físico], A.A. Watts, famoso medium, além de outros acadêmicos e homens da Igreja, como o Reverendo Staiton Moses. Um dado curioso, mas muito natural em uma instituição dessa natureza, é que os membros falecidos continuam sendo considerados membros ativos. Um dos casos de maior repercussão investigados pelo Club foi o da Borley Rectory [Paróquia de Borley], considerada “a casa mais assombrada da Inglaterra” [veja no tópico Europa]. O site do Ghost Club [www.ghostclub.org.uk] mostra que o grupo se encontra em plena atividade e segue investigando casos de fantasmas e assombrações bem atuais, utilizando equipamentos para o registro de imagens, sons e mudanças ambientais.

Em 1882, surgiu a SPR ─ Society For Psychichal Research [Sociedade de Pesquisa Psíquica – www.spr.ac.uk], um grupo de estudiosos notáveis que firmaram o propósito de investigar, com bases científicas, fenômenos como o mesmerismo [hipnose], parapsicologia e espiritualismo. A Sociedade atraiu cientistas não somente no Reino Unido: rapidamente encontrou simpatizantes e afiliados norte-americanos, como o psicólogo William James, que presidiu a Sociedade entre 1894 e 1895. O filósofo francês Henri Bergson também foi presidente da instituição, em 1913. Entre 1963 e 1965, a presidência estava com Donald James West, psiquiatra e criminologista, que voltou a ocupar o posto nas décadas de 1980 e 1990.

Alguns Fantasmas Europeus famosos

A Dama Branca: ou Dama de Branco, é uma assombração de um antigo castelo da Boêmia [República Tcheca, próxima à Alemanha] que pertenceu ao clã dos Rosenberg-Neahaus. De tempos em tempos, ela aparece em outros castelos de famílias amigas, como os Bradenburg, mas também já foi vista em Berlim. Muito alta, veste-se de branco e usa um véu de viúva adornado com fitas através do qual pode-se distinguir uma luz tênue. Ela desliza através dos corredores e aposentos daqueles castelos e lugares onde morreram membros de sua família. Dizem que é o espírito de Perchta Von Rosenberg, nascida em data incerta, entre 1420 e 1430. Foi casada com John Von Lichtensteis, barão rico e libertino. A Dama Branca teve, assim, uma vida infeliz, socorrendo-se com os parentes. Morreu em profundo desgosto, sucumbindo às indescritíveis afrontas que teve de suportar. Em dezembro de 1628, em uma de suas aparições, em Berlim, ouviram-na exclamar: “Veni, judica vivos et mortus: judicium mihi adhus superest!” ─ Venham! Julguem os vivos e os mortos; meu destino ainda não está decidido! [RADCLIFF, 1854].

A Dama Marrom de Raynham Hall [Inglaterra]: A Dama Marrom, The Brown Lady é, além de famosa, o fantasma cuja foto é a mais divulgada na história da fotografia de almas do outro mundo. Ninguém conhece sua identidade; sabe-se, apenas, que está relacionada a Raynham Hall. Sua primeira aparição data de 1835. Foi vista duas vezes por um cavalheiro que visitava a casa, Coronel Loftus cujo relato descreve-a usando um vestido de cetim marrom tendo somente cavidades negras no lugar dos olhos. Em outra ocasião, apareceu para o Capitão Frederick Marryat que, intencionalmente, resolveu dormir no “quarto assombrado” mas encontrou o fantasma no alto da escada onde, percebeu uma fraca luminosidade. Sua descrição, semelhante à de Loftus, acrescenta que na ocasião a Dama tinha na mão uma lanterna [antigo lampião]. Marryat, que tinha uma pistola à mão, disparou na direção da figura mas as balas atravessaram seu diáfano “corpo”. Em 1926, dois garotos também viram a Dama. Em 1932, a célebre fotografia foi obtida por Indre Shira e pelo Capitão Provand que trabalhavam em reportagem sobre o assunto para a revista Country Life. [FAMOUS MONSTROS]

A Mulher de Luto [Klage-weib]: é um tipo de fantasma internacional no se refere a sua conduta. A expressão Klage-weib é alemã, significando “Mulher que se lamenta” e refere-se a uma mulher grande; uma aparição alemã. Quando se aproxima uma tempestade e a lua brilha debilmente, sua sombra gigantesca pode ser vista em roupas esvoaçantes e funéreas, os olhos cavernosos e o olhar congelante. Ela estende seu longo braço e chora sobre as casas marcadas pela morte que se aproxima. Mas a “Mulher de Luto” também existe South Gloucestershire, [PARANORMAL DATABASE] Inglaterra, assombrando o cemitério de Charfield. Na versão inglesa, ela cobre o rosto com as mãos, demonstrando sua tristeza. Teria sido a mãe de duas crianças mortas em um acidente de trem ocorrido em 1929 que fez mais oito vítimas cujos restos mortais não permitiram identificação e, por isso, foram enterradas em uma cova coletiva. Em Tyrol [região entre a Itália e a Áustria], também existe uma mulher de branco cujo vulto pode ser visto nas janelas das casas prenunciando que, ali, alguém vai morrer.

por Ligia Cabús

Postagem original feita no https://mortesubita.net/espiritualismo/historias-de-fantasmas-europeus/

A pergunta de Aristóteles

Tudo começou com uma curta pergunta, algumas palavras em uma frase de simples entendimento, apenas alguns bits de informação; Mas a resposta – ou as inúmeras tentativas de resposta – se estendeu por centenas de posts ao longo dos anos.

E estávamos todos na crista da modernidade, em um fórum sobre física quântica e suas possíveis relações com a espiritualidade, hospedado em algum servidor na Califórnia, num site de redes sociais criado nas horas vagas por um engenheiro turco do Google.

O modo como nos comunicamos e trocamos informações pode ter mudado bastante desde que Aristóteles fez essa mesma pergunta a séculos atrás, mas nossa inquietação perante ela continua praticamente a mesma – afinal, como exatamente o espírito se une ao corpo?

Em um ambiente freqüentado por físicos e simpatizantes da ciência em geral, obviamente primeiro era preciso definir o que diabos era o espírito. Para os céticos de negação, de opinião cristalizada, era fácil zombar de quem aparentemente acreditava em coisas imateriais, não detectadas, fantasmas e assombrações… Outros, porém, de olhos mais atentos, ficaram um tanto curiosos quando alguns de nós falavam em materialidade do espírito, em partículas fluidas, não detectáveis pela luz (como os outros 96% da matéria e energia do universo), a compor corpos dentro de corpos, corpos vestindo corpos, como nós mesmos vestimos alguma roupa.

Mas ainda era necessário compreender de que forma este espírito se manifestava no mundo que conhecemos, que é afinal de contas o mundo que estamos agora, onde fomos colocados, onde bem ou mal precisamos estudar e amar como todos os outros mundos deste Cosmos infinito. Daí a física quântica parecia a princípio deslocada…

Está certo, Feynman já havia dito que ninguém havia entendido nada de física quântica, mas certamente os físicos entendiam pouco mais do que os leigos. E ainda que Hameroff e Penrose tenham um dia postulado que nosso aparente livre-arbítrio na verdade deriva de reações descritas pela mecânica quântica em minúsculos tubos constituídos de proteínas dentro de nosso cérebro, isso não era suficiente para associar a física quântica ao espírito – até mesmo porque esta teoria não dispunha de muita credibilidade no meio acadêmico, a despeito de prestígio de seus criadores.

A ciência moderna envolveu-se neste monumental paradoxo: primeiro, no campo da neurologia, foi obrigada a postular a existência da consciência, para somente então tratar de reduzi-la ao mero tilintar de neurônios no cérebro, a um fruto de reações químicas já estabelecidas, a suprema ilusão de todos os seres – que crêem que possuem efetivamente a capacidade de escolha.

Mas a neurologia não resolveu o problema difícil da consciência, não faz sequer idéia do porque tomamos decisões morais ou imorais, altruístas ou egoístas, enfim, do porque diabos um bombeiro arrisca sua vida para salvar a vida alheia em ambientes inóspitos como um prédio em chamas… Da mesma forma, não é capaz de criar máquinas que interpretem informações, que falem sobre a “vermelhidão” do vermelho, que expliquem por meio de algoritmos porque gostaram mais de uma poesia do que da outra, que determinem o exato valor com que aquela menina ama seu cachorrinho…

Máquinas jamais serão consciências. Nós não somos máquinas, e mesmo que fossemos, ainda estaríamos muito distantes da engenharia reversa – de sermos capazes de construir a nós mesmos.

Então, algo nos escapa, a natureza não nos deixa relaxar. Se fomos criados por um Deus desconhecido ou pelo acaso, pouco importa, porque não compreendemos muito bem nem um nem outro. Se a consciência é mera ilusão e se tudo é definido por uma dança neuronal aleatória, então somos obrigados a seguir tal dança, e uns crêem e outros não, e uns matam e outros não, e uns amam e outros não, simplesmente pelos desígnios da deusa Fortuna.

Mas, se existe a consciência, se existe a alma, se existe o espírito, temos que nos re-conectar a nossa essência, ao nosso inconsciente oculto, para que possamos viver esta vida do aqui e agora, mundana, de maneira mais rica, mais profunda, mais poética, mais espiritual.

Se ainda temos alguma escolha, ainda que vivamos num reino estranho onde partículas ora são onda, ora são pontos, e tem apenas uma probabilidade de estar aqui e acolá, escolhamos compreender o incompreensível, mergulhar no mar revolto da natureza – revolto, mas convidativo.

Sejamos espiritualistas, físicos, ocultistas, céticos, filósofos, ou ainda tudo isso ao mesmo tempo, esta é uma pergunta que não podemos nos dar ao luxo de ignorar.

Rafael Arrais, 13/02/2011

***

Este foi o prefácio que escrevi para o livro “A pergunta de Aristóteles”, do meu amigo Abenides Afonso de Faria, e que foi lançado recentemente pela Editora Baraúna.

O livro é uma grandiosa compilação de uma das mais longevas e interessantes discussões online de que já participei. Abenides foi também o iniciador do tópico “A pergunta de Aristóteles“, que vem sendo discutido na comunidade Física Quântica – A Revolução, do Orkut, desde 25/05/07 (e hoje conta com mais de 15 mil respostas, e contando, apesar do Orkut não ser mais o mesmo de anos atrás).

Eu fico muito feliz de poder dizer que sou um dos “personagens principais” da discussão (apesar de só aparecer inicialmente lá pela página 60); E, se lerem o livro todo, verão que muito do que foi debatido lá serviu de base para inúmeras reflexões que foram posteriormente desenvolvidas em maior profundidade no meu blog (Textos para Reflexão).

Pode parecer estranho eu estar usando minha coluna no TdC para divulgar um livro, mas podem ter certeza que não tenho nenhum interesse comercial nisso, o livro realmente não é meu, sou tão somente um “personagem” dele… Mas acredito que seja uma leitura interessante para a maioria do público do TdC, que afinal de contas está representado pelos “personagens” presentes no livro – cada um com sua crença, ou descrença. Temos físicos ocultistas (sim eles existem, e eu conheço um!), físicos céticos, seguidores da logosofia, espíritas e espiritualistas em geral, curiosos, leigos, filósofos, etc.

***

A pergunta de Aristóteles

O pensamento central do livro é a coleta de informações sobre o que pensa um grupo de pessoas que se propõe a trocar idéias sobre a polêmica aproximação entre a ciência oficial e a espiritualidade. Nos diálogos aparecem opiniões das mais variadas correntes do pensamento representadas por pessoas dos mais variados tipos psicológicos. Até aí nenhuma novidade, mas o que mais impressiona é que a troca de informações vai sendo conduzida de tal forma que se estabelece o respeito e a liberdade entre os membros da comunidade, não sem antes passar por algumas rusgas que se resolvem no decorrer dos diálogos. Observa-se também que a intenção de fazer proselitismo de uma corrente ou outra não tem lugar, pois a essência de um diálogo de alto nível intelectual não admite dogmatismo ou fanatismo.

A pergunta de Aristóteles: Como o espírito se une ao corpo? É o pano de fundo e o combustível para os debates que se traçaram entre o espiritismo, teosofia, ocultismo, ceticismo, logosofia, e até palpites desprovidos de qualquer racionalidade, mas que dão uma pitada de humor. As respostas foram apresentadas de acordo com o que até o momento pensam os representantes de cada corrente. Nenhum dos membros sustentou a imposição de suas opiniões e surgem várias respostas: o espírito se une ao corpo através da glândula pineal, do perispírito, da faculdade de sonhar, do cordão de prata, etc. Inclusive aqueles que se declararam contra qualquer idéia de dualidade. Porém, como o objetivo não é doutrinar, a resposta ficará a cargo do leitor que certamente meditará sobre o assunto. Fica no ar o vazio que surge da necessidade de se desenvolver uma mente mais capaz.

» Comprar o livro no site da Editora Baraúna

» Leia o eBook neste site

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.

» Ver todos os posts da coluna Textos para Reflexão no TdC

#físicaquântica #Ceticismo #espiritualismo #Religião #Ciência

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-pergunta-de-arist%C3%B3teles

Genesis Reload

Em alguns níveis, um sonho privado se insere em temas verdadeiramente míticos e não pode ser interpretado senão em analogia com o mito. Jung fala de duas ordens de sonho, o sonho pessoal e o sonho arquetípico, ou o sonho com dimensão mítica. Você pode interpretar um sonho pessoal por associação, deduzindo o que ele diz sobre sua própria vida, ou em relação a seus problemas pessoais. Mas a qualquer momento surge um sonho que é puro mito, que contém um tema mítico, ou, como se diz, que provém do Cristo interior.

Agora, existe um outro sentido, mais profundo, do tempo do sonho, o de um tempo que é não tempo, apenas um estado de ser que se prolonga. Existe um importante mito, da Indonésia, que fala dessa era mitológica e seu término. No início, de acordo com essa história, os ancestrais não se distinguiam, em termos de sexo. Não havia nascimentos, não havia mortes. Então uma imensa dança coletiva foi celebrada e no seu curso um dos participantes foi pisoteado até a morte, cortado em pedaços, e os pedaços foram enterrados. No momento daquela morte, os sexos se separaram, para que a morte pudesse ser, a partir de então, equilibrada pela procriação, procriação pela morte, pois das partes enterradas do corpo desmembrado nasceram plantas comestíveis. Tinha chegado o tempo de ser, morrer, nascer, e de matar e comer outros seres vivos, para a preservação da vida. O tempo sem tempo, do início, tinha terminado, por meio de um crime comunitário, um assassinato ou sacrifício deliberado.

Pois bem, um dos grandes problemas da mitologia é conciliar a mente com essa pré-condição brutal de toda vida, que sobrevive matando e comendo vidas. Você não consegue se ludibriar comendo apenas vegetais, tampouco, pois eles também são seres vivos. A essência da vida, pois, é esse comer a si mesma! A vida vive de vidas, e a conciliação da mente e da sensibilidade humanas com esse fato fundamental é uma das funções de alguns daqueles ritos brutais, cujo ritual consiste basicamente em matar por imitação daquele primeiro crime primordial, a partir do qual se gestou este mundo temporal, do qual todos participamos. A conciliação entre a mente humana e as condições da vida é fundamental em todas as histórias da criação. Quanto a isso, todas se parecem muito.

Considerando a história da Criação no Gênesis, por exemplo, vemos que ela é semelhante a outras histórias de Criação.

Gênesis: “No início Deus criou os céus e a terra. A terra era sem forma e vazia, e a escuridão vagava sobre a face do abismo”.

Canção do mundo: “No início havia apenas escuridão por toda parte escuridão e água. E a escuridão se reuniu e se tornou espessa em alguns lugares, acumulando se e então separando se, acumulando e separando…”

Gênesis: “E o espírito de Deus se moveu sobre a face das águas. E Deus disse: Faça se a luz, e a luz se fez”.

Upanixades: “No início, havia apenas o grande Uno refletido na forma de uma pessoa. Ao refletir, não encontrou nada além de si mesmo. Então, sua primeira palavra foi: Este sou eu”.

Gênesis: “Então Deus criou o homem à sua própria imagem, à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Sede férteis e multiplicai vos”.

Lenda dos Bassari: “Unumbotte fez um ser humano. Seu nome era Homem. Em seguida, Unumbotte fez um antílope, chamado Antílope. Unumbotte fez uma serpente, chamada Serpente… E Unumbotte lhes disse: A terra ainda não foi preparada. Vocês precisam tornar macia a terra em que estão sentados. Unumbotte deu lhes sementes de todas as espécies e disse: Plantem-nas.”

Gênesis: “Então os céus e a terra ficaram prontos, e todos os seus hóspedes. E no sétimo dia Deus terminou o trabalho que tinha realizado…”

Índios Pima: “Eu faço o mundo e eis que o mundo está terminado. Então eu faço o mundo, e eis! O mundo está terminado”.

Gênesis: “E Deus viu tudo o que tinha feito e eis que tudo era bom”.

Upanixades: “Então ele se deu conta, Eu verdadeiramente, Eu sou esta criação, pois Eu a retirei de mim mesmo. Desse modo, ele se tornou a sua criação. Em verdade, aquele que conhece isso se torna, nessa criação, um criador”.

Aí está a chave. Quando você sabe isso se identifica com o princípio criativo, que é o poder de Deus no mundo, quer dizer, dentro de você. Isso é belo.

Mas o Gênesis continua: “Vós comestes da árvore da qual ordenei que não comêsseis? O homem disse: A mulher que me destes para estar comigo, essa mulher me deu o fruto da árvore e eu comi. Então o Senhor Deus disse à mulher: Que fizestes vós? E a mulher disse: A serpente me enganou e eu comi”.

Isso de transferir responsabilidades começou muito cedo.

A lenda Bassari continua no mesmo caminho: “Um dia a Serpente disse: Nós também devíamos comer desses frutos. Por que devemos ficar com fome? O Antílope disse: Mas não sabemos nada desse fruto. Então o Homem e sua mulher colheram alguns frutos e o comeram. Unumbotte desceu do céu e perguntou: Quem comeu o fruto? Eles responderam: Nós comemos. Unumbotte perguntou: Quem lhes disse que podiam comer desse fruto? Eles responderam: A Serpente disse.”

É praticamente a mesma história. Os protagonistas apontam um terceiro como o iniciador da Queda, e em ambas as histórias, a serpente é o símbolo da vida desfazendo-se do passado e continuando a viver. O poder da vida leva a serpente a se desfazer de sua pele, exatamente como a lua se desfaz da própria sombra, para renascer. São símbolos equivalentes. Às vezes a serpente é representada como um círculo, comendo a própria cauda. É uma imagem da vida. A vida se desfaz de uma geração após outra, para renascer. A serpente representa a energia e a consciência imortais, engajadas na esfera do tempo, constantemente atirando fora a morte e renascendo. Existe algo extremamente horrível na vida, quando você a encara desse modo. Com isso, a serpente carrega em si o sentido da fascinação e do terror da vida, simultaneamente.

Além disso, a serpente representa a função primária da vida, sobretudo comer. A vida consiste em comer outras criaturas. Você não pensa muito a respeito quando faz uma boa refeição, mas o que está fazendo é comer algo que há pouco estava vivo. E quando você olha para a bela natureza e vê os passarinhos saltitando daqui para ali… eles estão comendo coisas. Você vê as vacas pastando, elas estão comendo coisas. A serpente é um canal alimentar que se move, isso é tudo. Ela lhe dá aquela sensação primária de espanto, da vida em sua condição mais primitiva. Este é um dos mistérios que aquelas formas simbólicas, paradoxais, tentam representar. Agora, em muitas culturas é dada uma interpretação positiva à serpente. Na Índia, mesmo a mais venenosa das serpentes, a naja, é um animal sagrado, e a mitológica Serpente Rei é quem está ao lado do Buda. A serpente representa o poder da vida, engajado na esfera do tempo, e o da morte, não obstante eternamente viva. O mundo não é senão a sua sombra – a pele rejeitada.

A serpente também era reverenciada nas tradições dos índios americanos. Era concebida como um meio muito importante de se fazer amigos. Vá aos pueblos, por exemplo, e observe a dança da serpente, dos hopi, em que eles tomam as serpentes na boca, usam-nas para fazer amigos e depois as mandam de volta para as colinas. Elas são mandadas de volta para levar a mensagem humana às colinas, assim como tinham trazido a mensagem das colinas aos homens. A interação do homem com a natureza está representada nessa relação com a serpente. A serpente flui como a água e por isso é aquática, mas sua língua continuamente dispara fogo. Assim você tem aí o par de opostos, reunidos na serpente.

Já na história cristã a serpente é o sedutor. Isso representa a recusa em afirmar a vida. Na tradição bíblica que herdamos, a vida é corrupta e todo impulso natural é pecaminoso, a menos que tenha havido circuncisão ou batismo. A serpente é aquele ser que trouxe o pecado ao mundo. E a mulher é quem ofereceu a maçã ao homem. Essa identificação da mulher com o pecado, da serpente com o pecado, e portanto da vida com o pecado, é um desvio imposto à história da criação, no mito e na doutrina da Queda, segundo a Bíblia. A idéia é que a natureza, como a conhecemos, é corrupta, o sexo em si é corrupto, e a fêmea, como epítome do sexo, é um ser corruptor.

Por que o conhecimento do bem e do mal foi proibido a Adão e Eva? Sem esse conhecimento, seríamos todos um bando de bebês, ainda no Éden, sem nenhuma participação na vida. A mulher traz a vida ao mundo. Eva é a mãe deste mundo temporal. Anteriormente, você tinha um paraíso de sonho, ali no jardim do Éden – sem tempo, sem nascimento, sem morte, sem vida. A serpente, que morre e ressuscita, largando a pele para renovar a vida, é o senhor da árvore primordial, onde tempo e eternidade se reúnem. A serpente, na verdade, é o primeiro deus do jardim do Éden. Jeová, o que caminha por ali no frescor da tarde, é apenas um visitante. O Jardim é o lugar da serpente. Esta é uma velha, velha história. Existem sinetes sumerianos, que remontam a 3500 a.C., mostrando a serpente, a árvore e a deusa, e esta oferecendo o fruto da vida ao visitante masculino. A velha mitologia da deusa está toda aí.

Existe, na realidade, uma explicação histórica para essa imagem negativa da serpente na Bíblia, baseada na chegada dos hebreus a Canaã e na subjugação do povo de Canaã. A principal divindade desse povo era a Deusa, e, associada à Deusa, estava a serpente. Este é o símbolo do mistério da vida. Os hebreus, orientados na direção do deus masculino, rejeitaram isso. Em outras palavras, existe uma rejeição histórica da Deusa Mãe, implícita na história do jardim do Éden.

MOYERS: Que é que o mito de Adão e Eva nos diz sobre os pares de opostos? Que é que significa?

CAMPBELL: A coisa começou com o pecado – em outras palavras, com o abandono do mundo mitológico de sonhos do jardim do Paraíso, onde não há tempo e onde o homem e a mulher sequer sabem que são diferentes um do outro. Ambos são apenas criaturas. Deus e homem são praticamente o mesmo. Deus caminha no frescor da tarde no jardim onde eles estão. Aí eles comem a maçã, o conhecimento dos opostos. E quando descobrem que são diferentes, homem e mulher cobrem suas vergonhas. Como você vê, eles não pensaram em si mesmos como opostos. Macho e fêmea constituem uma oposição. Outra oposição é entre o homem e Deus. Deus e o mal é uma terceira oposição. As oposições primárias são a sexual e aquela entre seres humanos e Deus. Então surge a idéia de bem e mal no mundo. Assim, Adão e Eva se expulsaram a si mesmos do jardim da Unidade Atemporal, você pode dizer assim, pelo simples fato de haverem reconhecido a dualidade. Saindo para o mundo, você tem de agir em termos de pares de opostos. Existe uma imagem hindu (Yantra) que mostra um triângulo, que é a Deusa Mãe, e um ponto no centro do triângulo, que é a energia do transcendente ingressando na esfera do tempo. Então, a partir desse triângulo, formam se pares de triângulos em todas as direções. Do um provêm dois. Todas as coisas, na esfera do tempo, são pares de opostos. Assim, essa é a mudança de consciência, da consciência da identidade para a consciência de participação na dualidade. E então você se encontra na esfera do tempo.

MOYERS: Estará a história tentando dizer que, antes do que aconteceu nesse Jardim para nos destruir, havia a unidade da vida?

CAMPBELL: É uma questão de planos de consciência. Não tem nada a ver com o que tenha acontecido. Existe o plano de consciência em que você pode se identificar com o que transcende os pares de opostos.

MOYERS: Que vem a ser…?

CAMPBELL: Inominável. Inominável. Transcende todos os nomes.

MOYERS: Deus?

CAMPBELL: “Deus” é uma palavra ambígua, em nossa língua, pois parece referir alguma coisa conhecida. Mas o transcendente é desconhecido e incognoscível. Deus, em suma, transcende qualquer coisa, mesmo o nome “Deus”. Deus está além de nomes e formas. Mestre Eckhart disse que a suprema e mais alta renúncia é abandonar Deus por Deus, abandonar a noção de Deus por uma experiência daquilo que transcende a todas as noções. O mistério da vida está além de toda concepção humana. Tudo o que conhecemos é limitado pela terminologia dos conceitos de ser e não ser, plural e singular, verdadeiro e falso. Sempre pensamos em termos de opostos. Mas Deus, o supremo, está além dos pares de opostos, já contém em si tudo.

MOYERS: Por que pensamos em termos de opostos?

CAMPBELL: Porque não podemos pensar de outro modo. Essa é a natureza de nossa experiência da realidade. Homem/mulher, vida/morte, bem/mal, eu/você, verdadeiro/falso – tudo tem o seu oposto. Mas a mitologia sugere que sob essa dualidade existe uma singularidade em relação à qual a dualidade desempenha um papel de jogo de sombras. “A eternidade está apaixonada pela produção do tempo”, diz o poeta Blake. A fonte da vida temporal é a eternidade. A eternidade se derrama a si mesma no mundo. É a idéia mítica, básica, do deus que se torna múltiplo em nós. Na Índia, o deus que repousa em mim é chamado o “habitante” do corpo. Identificar se com esse aspecto divino, imortal, de você mesmo é identificar se com a divindade.

A suprema palavra, em nossa língua, para o transcendente é Deus. Mas aí você tem um conceito, percebe? Você pensa em Deus como o pai. Agora, nas religiões em que o deus ou o criador é a mãe, o mundo inteiro é o corpo dela. Fora daí não há nada. O deus masculino geralmente está em alguma outra parte. Mas masculino e feminino são dois aspectos de um só princípio. A divisão da vida em sexos foi uma divisão tardia. Biologicamente, a ameba não é macho nem fêmea. As células primitivas são apenas células. Elas se dividem e se tornam duas por reprodução assexual. Não sei em que estágio a sexualidade aparece, mas é um estágio tardio. Eis por que é absurdo falar em Deus como deste ou daquele sexo. O poder divino é anterior à separação sexual.

A polaridade (O “ele”, ou “ela”) é um trampolim para lançar você na direção do transcendente, e transcender é ir além da dualidade. Tudo na esfera de tempo e espaço é dual. A encarnação aparece ou como macho ou como fêmea, e cada um de nós é a encarnação de Deus. Você nasce com apenas um aspecto da sua verdadeira dualidade metafísica, pode se dizer.

MOYERS: O que diz o mito a respeito de termos tantas coisas em comum, muitas dessas histórias contendo elementos semelhantes – o fruto proibido, a mulher? Por exemplo, esses mitos, essas histórias da criação, contêm um “não farás”.

CAMPBELL: Há um motivo padrão do conto folclórico chamado “A coisa proibida”. Lembra se do Barba Azul, que diz à mulher: “Não abra aquele armário”? E aí sempre há alguém que desobedece. Na história do Velho Testamento, Deus aponta para a coisa proibida. Ora, Deus com certeza sabia muito bem que o homem ia comer o fruto proibido. Mas só procedendo assim é que o homem poderia se tornar o iniciador de sua própria vida. A vida, na realidade, começou com aquele ato de desobediência.

MOYERS: Como você explica essas similaridades?

CAMPBELL: Há duas explicações. Uma é que a psique humana é essencialmente a mesma, em todo o mundo. A psique é a experiência interior do corpo humano, que é essencialmente o mesmo para todos os seres humanos, com os mesmos órgãos, os mesmos instintos, os mesmos impulsos, os mesmos conflitos, os mesmos medos. A partir desse solo comum, constitui se o que Jung chama de arquétipos, que são as idéias em comum dos mitos.

Agora, existe também a contrateoria da difusão, que pretende dar conta da similaridade dos mitos. Por exemplo, a arte de lavrar o solo avança a partir da área em que se desenvolve primeiro, levando consigo uma mitologia que tem a ver com a fertilização da terra, com plantar e cultivar plantas alimentícias – mitos como aquele antes descrito, de matar uma divindade, cortá-la em pedaços, enterrar as partes, e daí o crescimento das plantas alimentícias. Um mito desse tipo acompanhará uma tradição agrária ou lavradora. Mas você não o encontrará numa cultura voltada para a caça. Assim, há aspectos tanto históricos como psicológicos nessa questão da similaridade dos mitos.

Quando você se dá conta de que Deus é a criação, e que você é uma criatura, percebe que Deus está dentro de você, assim como dentro do homem ou mulher com quem você conversa. Assim se dá a conscientização de dois aspectos de uma divindade. Existe o motivo mitológico básico de que, na origem, tudo era um, e então houve a separação – céu e terra, macho e fêmea, e assim por diante. Como foi que perdemos contato com a unidade? Você pode dizer que a separação foi culpa de alguém – eles comeram o fruto errado ou dirigiram a Deus as palavras erradas, que o deixaram furioso e ele se afastou. Por isso, agora, o eterno de algum modo está longe de nós e temos de encontrar um meio de restabelecer contato com ele.

Há duas ordens de mitos. Os grandes mitos, como o da Bíblia, por exemplo, são os mitos do templo ou dos grandes rituais sagrados. São explicativos dos ritos por meio dos quais as pessoas vivem em harmonia entre si e com o universo. É normal o entendimento dessas histórias como alegóricas.

Em quase todas as culturas, há duas ou três histórias da criação, e não apenas uma. Há duas na Bíblia, embora as pessoas as considerem somente uma. Você se lembra, no jardim do Éden, da história do capítulo 2: Deus pensa numa forma de entreter Adão, que ele tinha criado para ser seu jardineiro, para tomar conta do seu jardim. Esta é uma velha, velha história, tomada de empréstimo aos antigos Sumérios. Mas o jardineiro de Jeová está entediado. Então Deus tenta inventar brinquedos para ele. Cria os animais, mas tudo o que o homem pode fazer é nomeá-los. Aí Deus concebe essa magnífica idéia de extrair do próprio corpo do homem a alma da mulher – que é uma história de criação muito diferente daquela do capítulo 1 do Gênesis, em que Deus criou Adão e Eva, juntos, à sua imagem, como macho e fêmea. Ali, Deus, ele próprio, é o andrógino primordial. A história do capítulo 2 é, de longe, mais antiga, tendo se originado, talvez, por volta do século VIII a.C., enquanto a do capítulo 1 provém de um assim chamado texto sacerdotal, de cerca do século IV a.C., ou mais tarde.

Na história hindu da Identidade que sentiu medo, depois desejo e então dividiu se em dois, temos a contraparte do Gênesis 2. No Gênesis, é o homem, e não Deus, que se divide em dois.

A lenda grega, contada por Aristófanes no Banquete de Platão, é outra história dessa espécie. Aristófanes diz que, no início, havia criaturas compostas de partes que correspondem, agora, a dois seres humanos. Essas criaturas eram de três tipos: macho/fêmea, macho/macho e fêmea/fêmea. Os deuses, então, dividiram a todos em dois. Uma vez separados, tudo o que pensaram fazer foi abraçar se uns aos outros, de novo, a fim de reconstituir as unidades originais. Por isso passamos nossas vidas tentando encontrar, para tornar a abraçar, nossas metades.

MOYERS: Você está sugerindo que a mitologia é o estudo de uma única grande história da espécie humana? Qual é essa grande história única?

CAMPBELL: Que nós procedemos de um só fundamento de ser, como manifestações na esfera do tempo. A esfera do tempo é uma espécie de jogo de sombras sobre um fundamento atemporal. Jogando o jogo na esfera da sombra, você empenha o seu lado da polaridade, com todo o vigor. Mas você sabe que o seu inimigo, por exemplo, é apenas o outro lado do que você poderia ver, enquanto você mesmo, caso pudesse situar se numa posição medial.

MOYERS: Então a grande história única é nosso esforço para encontrar nosso lugar em cena?

CAMPBELL: Para entrar em acordo com a grande sinfonia que é o mundo, para colocar a harmonia do nosso corpo em acordo com essa harmonia.

#espiritualismo #Mitologia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/genesis-reload

Guia para Projeção Astral

A noite, quando nosso corpo físico se prepara para recarregar-se de energia através do sono, nosso corpo astral começa a vibrar para se deslocar no campo astral. A este fenômeno, a ciência oculta chama de Projeção Astral, se caracteriza através dos sonhos ou pesadelos, que são as lembranças das vivências ocorridas nos níveis em que nossa consciência desperta naquele plano. Se tivermos uma vida regrada ao longo do dia e vibramos boas emoções teremos os chamados sonhos. Mas se comermos alimentos pesados e vibramos emoções negativas, ou simplesmente negligenciarmos os pontos de equilíbrio, então, acorrerão os pesadelos, que nada mais são que criaturas do plano astral que se alimentam das angústias, de tristezas, ou de outras vibrações que emitimos quando nos encontramos dentro das ilusões criadas por eles.

A chamada fuga de alguém que nos persegue através de um lugar desconhecido, mas não sabemos quem, ou porque fugimos e apenas fugimos, por exemplo, é um dos exemplos clássicos do vampirismo indireto. Na realidade, este sonho é uma farsa, porque não há nada de ameaçador nos perseguindo, apenas o nosso próprio medo. Trata-se de um exemplo comum de desdobramento inconsciente que ocorre com a maioria das pessoas por não terem consciência do seu corpo astral. Existem também os desdobramentos conscientes que podem ser involuntários, voluntários ou artificiais.

O desdobramento consciente involuntário está ligado ao campo emocional. Se possuímos, por exemplo, um elo afetivo com uma pessoa, mesmo estando acordado, nosso corpo astral pode sair e “ver” se a pessoa está bem ou não, mas neste caso não há controle do desdobramento. No desdobramento consciente voluntário, a projeção ocorre tranqüila, já que a pessoa possui plena consciência do plano astral e de seu corpo, e com os conhecimentos de defesa psíquica ela pode se defender de eventuais ataques das formas que habitam esse plano. Afinal o Astral não é morada somente dos humanos desencarnados e os de passagem.

É assim que muitas vezes a Fraternidade Branca faz contato. Já o desdobramento artificial ocorre através das drogas, o que ocasiona uma projeção forçada no plano astral sem preparo preliminar. Por isto os relatos coincidentes de visões de flores, seres ameaçadores, criaturas plácidas ou agressivas. Este método, o de uso de drogas alucinógenas, só é válida, quando é ritualístico. Mas ele só ocorre em meio às Tradições Xamânicas, e assim mesmo com um sério objetivo, e tão somente por iniciados, Para tanto, é necessário que estes iniciados tenham passado por anos de disciplina e aprendizado, e mesmo assim estão a obedecer a ritos raros e em datas especiais, e sempre sob a supervisão de um instrutor abalizado. Ele observa que o estado de coma também proporciona uma Projeção Astral involuntária, que acarreta um aprendizado da condição de vida após a morte, e da existência de seus corpos.

Os verdadeiros motivos desse estágio intermediário muitas vezes são determinados pelos Mestres para que haja um avanço de consciência para um trabalho na vida física, se o indivíduo vier a despertar do estado de coma, ou na próxima encarnação em caso contrário. A meta prevista de nossa raça raiz, a Quinta, é controlar o corpo astral através do amor compassivo e fraterno, ou seja, deslocar o elo com chacra umbilical para o chacra cardíaco, o que já deveria ter ocorrido no final da Quarta raça raiz, a raça Atlante, onde o mau uso do corpo astral foi uma das causas de sua queda. Por causa desta quebra no plano, a Fraternidade Branca possui uma grande dificuldade de se comunicar com aqueles que buscam o caminho da auto-realização e do mestrado.

Aqueles que procuram estes ensinamentos devem buscá-las com pessoas sérias e que pesquisam as origens e potencialidades do ser humano, e principalmente esteja preparado para o caso de recusa de retorno, como o que aconteceu em uma regressão sob minha responsabilidade em que a pessoa precisou fazer uma projeção astral conduzida, para fins de complementar sua regressão, um caso não muito comum, mas também não raro, e quando de sua busca encontrou um lugar que se enquadrava com suas aspirações, deste modo se recusava a retornar a seu corpo físico, o que foi necessário usar de uma técnica de persuasão para concluir a pesquisa. As técnicas de projeção devem ser usadas também para cura de medos traumáticos, insônia, pesadelos e etc…

Na realidade é uma terapia de cura não só a nível emocional, como físico, na recuperação de energia vampirizada, que aliás pode ser de um ser do astral ou do plano físico, apesar de serem poucas as pessoas que conseguem realizar este tipo de vampirismo, e mental como era aplicada pelos Colégios Druidas. Recentemente uma pessoa perguntou o porquê de não se lembrar de seus sonhos, a explicação pela Ciência Oculta que existem dois casos: as que já possuem um corpo astral apto, mas com a evolução em andamento para um contato com os Mestres, assim durante o sono são recrutados para aliviar o carma da dor nos orfanatos, campos de refugiados, hospitais, asilos, e todos aos quais pediram, assim ao retornar suas memórias astrais são apagadas e acordam sem recordar os horrores pelos quais passam nossos irmão nesta passagem terrena. No segundo caso o corpo astral ainda não possui condições de se afastar muito de seu corpo físico e por isso não possui qualquer registro de ação. No primeiro caso está uma das explicações da memória de lugares que passamos pela primeira vez e achamos que já estivermos naquele local. A projeção astral possui como vimos ao longo dessa reportagem uma função clara e específica, não um programa para aqueles que não acreditam em seu potencial.

Projeção da Consciência

Há muito vem sendo estudado um fenômeno parapsíquico considerado como um dos mais interessantes e importantes: o ato de projetar a consciência para fora do corpo físico. Entretanto, somente a algumas décadas, têm-se dedicado uma pesquisa mais aprofundada e científica sobre o assunto. Antigamente, devido à falta de conhecimento de alguns e ao egocentrismo de outros, as projeções da consciência foram envolvidas em um tom de medo, misticismo e idéias errôneas. Por causa desse desconhecimento, os poucos que estudavam o assunto, ou envolviam a projeção em um clima de perigo e idéias desacertadas, ou evitavam passar o assunto para outras pessoas, ficando o pouco conhecimento dessa faculdade parapsíquica restrita à uma pequena parcela da humanidade. Atualmente, a projeção, por ganhar maior ênfase científico nos seu estudo e pesquisa, é objeto de estudo da ciência Projeciologia (neologismo criado pelo Dr. Waldo Wieira), que é um novo ramo da parapsicologia cujo principal objetivo é pesquisar as projeções da consciência para fora do corpo humano.

 A projeção e suas características

“A projeção consciente permite à criatura substituir a crença pelo conhecimento. Acreditar ou desacreditar nos relatos torna-se secundário. Importante é aceitar a possibilidade dos eventos extrafísicos porque o ideal será a pessoa, interessada, ter a própria experiência.” – Waldo Wieira – ( Criador da ciência Projeciologia é um dos maiores pesquisadores da projeção da consciência)

Como já foi dito anteriormente, a projeção (também chamada de viagem astral, projeção astral, experiência fora do corpo, desdobramento, viagem da alma, projeção do corpo psíquico e emocional) é a exteriorização da consciência para fora da forma orgânica (corpo biológico). Na realidade, todos nós nos desprendemos do corpo humano durante o sono natural, porém, nem todos se projetam lucidamente ou se recordam dessas ocorrências com nitidez. Apesar disso, todos podem sair do corpo humano com lucidez. Para isso, basta ter persistência, vontade firme e utilizar técnicas específicas. Mas, se a projeção é a saída da consciência para fora do corpo físico, para onde vai a consciência? Existem outros corpos que a consciência se utiliza para se manifestar? Porque não enxergamos esses corpos? Afinal de contas, o que é a consciência? Para responder essas perguntas e outras mais, vamos fazer um estudo prévio dos conceitos e definições mais importantes da Projeciologia, para que melhor possamos compreender a própria projeção da consciência.

Consciência: A consciência é o ser pensante, individual, indestrutível, real e imortal. É mais do que a energia e a matéria. É a mente não como efeito biológico, mas como causa. Nós somos consciências, assim como todos os seres autoconscientes ao nosso redor.

Conscin: É a consciência intrafísica (encarnada) que possui um corpo biológico.

Consciex: Consciência extrafísica (desencarnado) que não possui um corpo físico, já passou pela morte do corpo biológico (dessoma).

Holossoma: – conjunto dos veículos de manifestação da conscin: soma, holochacra, psicossoma e mentalsoma; e da consciex: psicossoma e mentalsoma.

Soma: é o nome técnico para o corpo humano do homem e da mulher. É o veículo de manifestação mais denso do holossoma da consciência. Por ser mais sólido, o corpo humano faz o homem e a mulher comuns, sem as noções básicas da multidimensionalidade, julgarem que eles mesmos são tão somente os seus somas, antes e acima de tudo, nada mais.

Holochacra (duplo etérico): paracorpo (para = extrafísico) energético da consciência humana. Conjunto de todos os chacras que formam o paracorpo energético da consciência encarnada. É um invólucro energético vibratório pulsante. O holochacra é uma zona intermediária pela qual passam as correntes energéticas que mantém o corpo humano vivo.

Chacras: distribuídas por todo o soma, existe uma gama de ramificações nervosas constituídas de plexos e gânglios. Estes órgãos, para muitos, não possuem qualquer função biológica, na verdade estão estreitamente ligados e dirigidos pelos respectivos chacras situados no holochacra. Chacra é o núcleo ou campo limitador de energia consciencial, dentro do corpo energético da consciência (holochacra), que se reflete no corpo humano. Tem como principal função a absorção de energia do meio-ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Os chacras principais dividem-se em três grupos e são em número de sete:

Chacras inferiores: – Básico (na base da coluna) – Esplênico (no baço) ?       Chacras médios: – Umbilical (no plexo solar) – Cardíaco (no coração) – Laríngeo (na garganta)

Chacras superiores: – Frontal (na testa) – Coronário (no alto da cabeça)

Energias (fluidos): para sobreviver, o ser humano necessita assimilar mais do que as substâncias corriqueiramente conhecidas: alimento sólido, líquido e ar. O quarto alimento está representado pelas energias. E sabemos que a importância de um alimento varia na ordem inversa da sua densidade. Quer dizer: quanto mais rarefeito mais necessário é. Pode-se passar muitos dias e até um ou dois meses sem comida, mas não se suporta além de poucos dias sem líquido (água). E seria impossível continuar a existência física sem ar (oxigênio), senão por poucos minutos. Finalmente, um indivíduo, qualquer que fosse sua idade e saúde, dessomaria (desencarnaria) instantaneamente caso lhe faltasse o quarto alimento: as energias. A consciex André Luiz, no livro “Evolução em dois mundos”, dá a seguinte definição de energia: ” O fluido (energia) vem a ser um “corpo” cujas moléculas cedem invariavelmente à mínima pressão, movendo-se entre si, quando retidas por um agente de contenção, ou separando-se, quando entregues a si mesmas”.

Energia imanente (cósmica): é a energia primária que penetra mutuamente todo o universo interdimensional. É a fonte de origem de todos os outros tipos de energia. É também uma fonte indispensável de absorção de energia para os seres vivos.

Bioenergias: são as energias vitais de todos os tipos de seres vivos.

Energia consciencial: são as bioenergias e a energia imanente absorvida pela consciência após serem qualificadas e impregnadas pelos pensamento e emoções da própria consciência. É a energia pessoal do indivíduo.

 Psicossoma (perispírito, corpo astral): É o paracorpo emocional da consciência. Cópia exata do corpo físico. Por ser constituído de matéria extrafísica (que vibra numa freqüência mais sutil e é infinitamente mais refinada do que a matéria física que constitui o soma) é normalmente invisível aos olhos físicos (assim como o holochacra). O psicossoma evoluciona e progride com a consciência e é tanto mais “sutil” e menos “material”, quanto mais elevado e perfeito for o indivíduo. Serve de molécula, de substrato orgânico para as novas encarnações. Condensando- se no embrião, agrupa em certa ordem as moléculas materiais e assegura o desenvolvimento normal do organismo. Sem o psicossoma, o resultado da fecundação seria um tumor informe. O psicossoma não está totalmente preso ao corpo biológico; durante o sono, os laços energéticos que mantém o psicossoma unido ao corpo se afrouxam e o psicossoma se destaca do corpo físico (é de se salientar que a consciência, no momento da exteriorização do psicossoma para fora do soma, acompanha o mesmo, não permanecendo no corpo biológico). Essa é uma das formas mais freqüentes de projeção da consciência para fora do soma (mais à frente veremos a segunda e menos freqüente forma de projeção: a projeção pelo mentalsoma). Apesar do psicossoma poder mudar de forma e aparência de acordo com a vontade e o estado mental da consciência, geralmente ele assume a mesma forma e aparência do corpo físico.

O cordão de prata: os laços energéticos anteriormente citados, que mantém o psicossoma unido ao soma, são um emaranhado de filamentos energéticos interligados. Quando ocorre a projeção, esses laços energéticos que antes estavam distribuídos por todo o corpo, se reúnem e formam um só feixe de energias, acompanhando o psicossoma para onde ele for. Este feixe de energias recebe a denominação de cordão de prata. O cordão de prata somente se rompe com o dessoma e, ao contrário do medo de alguns, ele jamais se rompe com a projeção, não importando a distância do psicossoma ao soma. Na projeção, o cordão de prata desempenha também a função de conduzir a energia vital do psicossoma para o soma e vice-versa, impedindo consequentemente o enfraquecimento de um ou ambos corpos de manifestação da consciência (psicossoma e soma).

Faixa de atividade do cordão de prata: quando acontece a projeção, o cordão de prata cria um campo vibracional que envolve todo o soma, se expandindo por 3 a 4 metros: é a faixa de atividade do cordão de prata. Dentro desse campo energético criado pelo cordão de prata, ocorrem muitos sintomas e fenômenos na projeção: tração do cordão de prata, repercussões físicas, catalepsia, ballonnement, oscilações do psicossoma, etc. .Esse campo vibracional também evita que outra consciência se “aposse” do corpo físico da conscin enquanto ela estiver projetada.

Mentalsoma (corpo mental): é a sede da consciência. Ele se localiza dentro da paracabeça (cabeça extrafísica) do psicossoma. Nesse veículo de manifestação, a consciência atua isolada, sem a forma humanóide do psicossoma integral: é a projeção em mentalsoma. Com o decorrer da evolução da consciência humana, o mentalsoma se torna o seu veículo de manifestação (nesse estágio a consciência não precisa mais nem do corpo biológico, nem do psicossoma para evoluir). Nesse estágio, a consciência atingiu tal ápice evolutivo, que não possui mais emoções (oriundas do psicossoma, tais como: ódio, rancor, ciúme e paixão) mas somente sentimentos sublimes (oriundos do mentalsoma, tais como: amor universal, bondade suprema e intensa e constante paz interior) juntamente com uma forte utilização e desenvolvimento do intelecto (também oriundo do mentalsoma). A projeção lúcida pelo mentalsoma produz o fenômeno da cosmoconsciência que ocorre quando a consciência sente a presença viva do universo e se torna una com ele, compondo temporariamente uma unidade indivisível, onde podem ocorrer comunicações interconscienciais com seres mais evoluídos.

Cordão de ouro: é na verdade um campo energético que une o psicossoma ao mentalsoma. Na projeção em mentalsoma, ele mantém a ligação e transmissão energética entre o mentalsoma e o psicossoma, tal qual o cordão de prata.

Os Tipos de projeção:

Projeção inconsciente: não há lucidez alguma e nenhum rememoramento. Infelizmente, é o que acontece com a maioria das pessoas, onde o projetor se torna um verdadeiro sonâmbulo extrafísico.

Projeção semiconsciente: é aquela na qual há lucidez, mas esta é irregular e há pouco rememoramento. Se confunde com o sonho, pois o projetor fica totalmente iludido pelas idéias oníricas.

Projeção consciente: é a projeção lúcida e rememorada. O projetor mantém a sua consciência lúcida durante todo o decorrer da experiência extracorpórea. É a projeção que deve ser alcançada e desenvolvida pelo projetor.

Diferenças entre projeção e sonho:

Sonho:

–       No sonho, a consciência não tem domínio sobre aquilo que está vivenciando. É totalmente dominada pelo onirismo.
–       No sonho, não há coerência.
–       No sonho, a capacidade mental é reduzida.

Projeção:

–       Na projeção, a consciência tem pleno domínio sobre si mesma.
–       Na projeção, a consciência mantém seu padrão normal de coerência, ou até mais ampliado.
–       Na projeção, a consciência mantém seu padrão normal de lógica ou até mais ampliado.
–       Na projeção, a capacidade mental é ampliada.

Objetivos da projeção:

Agora que já foi feita uma introdução e esclarecimentos a respeito da projeção da consciência, vamos passar para uma questão fundamental: quais são os objetivos da projeção consciente? A projeção é um fenômeno que deve ser levado muito a sério. O projetor não deve ter interesses mesquinhos e anticosmoéticos pela projeção, pois essa faculdade capacita ao indivíduo, inúmeras oportunidades para o aprimoramento evolutivo pessoal e de outras consciências, assim como o próprio esclarecimento a respeito da multidimensionalidade (a multidimensionalidade é a noção e conseqüente vivência da consciência lúcida, não só na dimensão física, mas também em outras dimensões conscienciais). Na dimensão extrafísica, predomina a lei em que semelhante atrai semelhante, portanto, aquele projetor que utiliza a projeção para atitudes maléficas e egoístas, atrai para junto de si, consciex de mesmo padrão vibratório (mesmas idéias e pensamentos), o que ocasiona sérios e constantes assédios (obsessão espiritual. É uma intrusão pensênica (pensamento, sentimento e energia) interconsciencial, doentia, podendo até mesmo gerar sérios estados patológicos). Por isso o projetor deve, através da projeção, ter objetivos sadios, tais como: amparo extrafísico (ajuda através da projeção à consciex e conscins doentes, que precisam de uma doação energética [passe] ou mesmo um pouco de amor e esclarecimento); ampliação do conhecimento em relação a multidimensionalidade; o fortalecimento do amor por todas as criaturas; a substituição da crença pelo conhecimento (através da vivência prática e pessoal da projeção); o aprimoramento moral íntimo, por saber o projetor através de suas experiências, que o destino do homem é ser feliz e a felicidade eterna só é alcançada com a perfeição moral e o amor universal. Por fim, terminamos essa parte com um texto do professor e pesquisador Wagner Borges, projetor consciente desde os 15 anos de idade:

Projeção Astral e Maturidade Espiritual

A projeção consciente não é assunto para pessoas pusilânimes e sem força de vontade. É um assunto que exige “fibra de bandeirante espiritual”, para desbravar os tortuosos caminhos que levam à lucidez espiritual.

A projeção consciente não deve ser encarada como fuga dos problemas da vida. Deve ser sempre considerada como um instrumento parapsíquico com o qual a consciência pode amadurecer mais rápido, a fim de enfrentar, com dignidade e sabedoria, os problemas que a vida oferece nos planos físico e extrafísico. Não existe nenhuma técnica de crescimento espiritual baseada na preguiça.

Para desenvolver boa lucidez extrafísica, há que se desenvolver uma ótima lucidez intrafísica, pois uma é a seqüência da outra, isto é: só é lúcido fora do corpo quem já é lúcido dentro dele.

– Wagner Borges –

 Benefícios da projeção:

–       O projetor, fora do corpo, observa eventos físicos e extrafísicos, independentemente do concurso de seus sentidos físicos.
–       Nas horas em que seu corpo físico está adormecido, o projetor observa, trabalha, participa e aprende fora do corpo.
–       O projetor constata, através da experiência pessoal, a realidade do mundo extrafísico (espiritual).
–       Pode encontrar-se com consciex (espíritos desencarnados), comprovando assim, para si mesmo, “IN LOCO”, a sobrevivência da consciência além da morte.
–       Pode substituir a crença pelo conhecimento direto, através da experiência pessoal.
–       Pode ter a retrocognição extrafísica, lembrando assim, de suas vidas anteriores e comprovando, realmente, por si mesmo, a existência da reencarnação.
–       Pode prestar amparo extrafísico, através da exteriorização de energias fora do corpo para conscins e consciex doentes.
–       Pode fazer o desassédio extrafísico (desobsessão extrafísica; trabalho de desativação da obsessão espiritual).
–       Pode encontrar pessoas amadas fora do corpo.

Amparadores (anjos de guarda, guias, mentores): são os benfeitores extrafísicos. Eles auxiliam uma ou várias conscins na sua evolução. Durante a projeção, esses espíritos desencarnados estão sempre presentes, assistindo e orientando o projetor, mesmo que ele não os perceba. Muitas projeções podem ocorrer com o auxílio dos amparadores; são as “projeções assistidas”.

Técnicas projetivas:

Técnica elementar (para os iniciantes):

1.       Deite-se de costas (o rosto para cima) na cama ou assoalho (se for neste, cubra-o com um cobertor convenientemente dobrado). Verifique se está usando roupas cômodas e se a temperatura do ambiente está confortavelmente aquecida.
2.      Mantenha os pés separados por cerca de meio metro e deixe os tornozelos e os dedos dos pés descansando, inclinados para o lado de fora.
3.      Ponha as mãos, com as palmas para baixo, sobre as coxas.
4.      Coloque um travesseiro embaixo da cabeça e outro embaixo dos joelhos (isso evita dores na coluna e auxilia na circulação sangüínea).
5.      Verifique se os ombros estão apoiados no chão (ou cama) e se as nádegas estão relaxadas e apoiadas no assoalho (ou cama).
6.      Mantenha a cabeça em posição confortável.
7.      Solte completamente o peso de seu corpo sobre a cama (ou assoalho).
8.      Comece a concentrar-se nas extremidades superiores e inferiores dos seu corpo (principalmente nos braços e pernas) e, a cada exalação (expiração normal), sinta que seus braços e pernas vão se tornando cada vez mais pesados. Imagine-se afundando no assoalho (ou cama).

Deve-se notar que a concentração nas extremidades permite ao iniciante a maior vantagem da força natural da gravidade. Este relaxamento é preparatório para o seguinte (isso é feito para que o iniciante na projeção não adormeça se partir logo de cara para um relaxamento mais profundo). Este exercício deve ser praticado durante uma semana (apesar de ser um relaxamento simples, as técnicas de mobilização de energias que serão vistas à frente também devem ser praticadas logo depois desse relaxamento),antes da segunda fase: o relaxamento alerta

Técnica avançada (relaxamento alerta):

Para começar, sente-se (ou deite, se for na cama) numa poltrona ou cama confortável, espreguice-se e inspire fundo. Depois imagine que cálidas correntes de energia mental estão subindo, bem lentamente, pelos seu corpo. Aja com muito vagar, permitindo que cada grupo de músculos relaxe inteiramente antes de enviar as correntes imaginárias para a parte seguinte do seu corpo. Sinta os músculos dos pés esquentando e relaxando gradativamente enquanto você imagina as correntes percorrendo-os. Imagine que as correntes continuam movendo-se aos poucos, devagar, através de suas panturrilhas, penetrando nas coxas, através dos quadris e nádegas e invadindo a parte inferior das costas e o abdome. Sinta os músculos da pernas ficando densos, quentes e relaxados enquanto afundam na poltrona em que você está sentado.

Quando sentir as pernas profundamente relaxadas, imagine as correntes movendo-se na direção dos ponteiros do relógio, dentro do seu abdome, depois ao longo da espinha e através do tórax, penetrando no peito e nos ombros. Sinta os  músculos do seu estômago e da parte inferior das costas liberando qualquer rigidez ou tensão enquanto a corrente o percorre. Quando a parte inferior do seu corpo ficar profundamente relaxada, imagine as correntes ascendendo, fluindo pelos seus quadris e ombros, aquecendo e aliviando a parte superior do corpo, deixando costas e peito bem cálidos e libertos de qualquer estresse ou tensão. Imagine as correntes virando-se para lhe descerem pelos braços, na direção das pontas dos dedos, rodopiando pelos dedos e mão, depois subindo novamente e passando pelos braços e pescoço até o alto da cabeça.

Agora sinta os músculos do pescoço e rosto ficando gradativamente quentes e relaxados enquanto as correntes imaginárias os percorrem. Depois sinta as correntes fluindo para fora, pelo alto da sua cabeça, deixando o corpo inteiro confortavelmente cálido, repousado e à vontade. Permita que seu corpo afunde na poltrona(ou cama) em que está sentado(ou deitado, se for cama); ao fazê-lo, talvez note que uma parte interna dele está ficando mais leve, enquanto o corpo como um todo fica cada vez mais pesado. Você pode até começar a sentir uma leve sensação de estar flutuando acima do corpo.

Se estiver tendo tais sensações, não as analise nem tente nelas influir diretamente e, quando se sentir bem relaxado, passe para o exercício de MBE(mesmo que você sinta a sensação de estar fora do corpo). Limite-se a permitir que evoluam por si mesmas. Lembre-se que aqui a chave do sucesso é aprender a entrar num estado de profundo relaxamento físico enquanto se mantém mentalmente alerta. Mas se por acaso pegar no sono enquanto estiver fazendo esse exercício, não se preocupe. No momento em que acordar e perceber o que aconteceu, simplesmente continue o exercício, sem se mexer, do ponto onde parou. Nesta altura você provavelmente estará bem relaxado; portanto, a chave será relaxar ainda mais profundamente, sem voltar a pegar no sono.

*Dica: se você está tendo dificuldade em permanecer acordado durante esses exercícios, existe uma técnica que evita esse problema: antes de começar o relaxamento, com o braço(esquerdo ou direito) ainda deitado, estique o antebraço para cima (sem incliná-lo para frente, lados ou para trás) e mantenha-o assim durante o exercício. Quando estiver adormecendo, o seu antebraço irá cair e você irá despertar (talvez você desperte com o psicossoma um pouco fora do corpo físico).

Técnica da Interiorização de energias:

Esta técnica deve ser praticada logo após o término do exercício de relaxamento. O objetivo dessa técnica é fazer a energia circular plenamente em todo o corpo e dissolver bloqueios que possam estar prejudicando o fluxo de energia. Além do mais, ao “puxar” energia imanente para si, você sutiliza e ajuda na purificação da sua própria energia, auxiliando bastante a lucidez extrafísica e fazendo bem à sua própria saúde(somática, psicossomática e holochacral). Nesse exercício, o pensamento é o poderoso precursor dos fatos e, assim, a energia irá para onde você mentalmente dirigi-la.

A cada inspiração, imagine uma luz branco-dourada, como a do sol, entrando pelo alto da cabeça, vindo de uma fonte ilimitada acima de você. Imagine essa luz enchendo toda a cavidade da cabeça, depois a área do pescoço. Continue respirando normalmente, visualizando a luz enchendo seu corpo. Faça a luz preencher toda a caixa torácica, dedicando especial atenção à área do coração. Veja-a escorrendo por seus braços, enchendo as mãos e finalmente saindo pelas palmas e dedos. Encha todo abdome e o restante do tronco com a bela luz solar envolvendo cada órgão e glândula; dedique especial atenção ao plexo solar. Veja a luz enchendo suas nádegas e órgãos sexuais e depois derramando-se pelas pernas, como se elas fossem canos vazios – coxas, joelhos, barriga das pernas, tornozelos e pés.

EV (estado vibracional, circulação interna de energias):

Essa é uma técnica passada pelos amparadores extrafísicos e deve ser feita logo depois da interiorização de energias. Nesta técnica, através da impulsão da vontade, cria-se uma condição máxima de dinamização das energias do holochacra. As moléculas do holochacra vibram intensamente, o que ocasiona uma soltura do psicossoma em relação ao soma e um desbloqueio holochacral mais intenso.

Visualize mentalmente toda a energia de seu corpo se concentrando dentro da sua cabeça. Imagine uma bola de energia dentro da cabeça e envolvendo a mesma. Concentre- se nessa bola de energia e através da impulsão da vontade, visualize ela descendo. Essa bola de energia vai descendo lentamente pelo pescoço, ombros, tórax, ao mesmo tempo braços, abdome. Ela continua descendo e agora ela desce pelos órgãos sexuais e nádegas, se aproximando das coxas. Agora ela desce pelas coxas, pernas, e chega nos pés. Ao chegar nos pés, visualize agora a energia fazendo o percurso contrário, ou seja, dos pés a cabeça. Quando chegar novamente a cabeça, visualize essa energia descendo novamente até os pés pelo mesmo percurso, só que desta vez mais acelerado. Continue fazendo esse percurso de ida e volta, mas imagine-o acelerando cada vez mais. O “vai-e-vem” vai se acelerando cada vez mais, até ele ficar tão veloz que a energia parece vibrar pelo corpo inteiro. No decorrer dessa técnica, o projetor pode sentir os seguintes sintomas: – movimento de ondas vibratórias pulsantes; – sons fortes; – formigamento intenso; – pulsação em tudo; – pressão intracraniana.

*Obs.: O estado vibracional é uma técnica que também deve e pode ser utilizada em outros momentos. O ideal é fazer a técnica do EV de 10 a 20 vezes por dia, não importa se você está no trabalho, na rua, na escola, faculdade, sentado, deitado, em pé ou andando. O EV além de induzir a projeção é uma técnica de autodefesa energética. Assim, quando se sentir em depressão, em um estado emocional não muito bom, faça a técnica do EV, ela ajuda no processo de restauração do equilíbrio holochacral. É de se deixar claro que, apesar dessas qualidades do EV, ele não é um cura-tudo. O EV não muda os pensamentos, sentimentos e emoções da consciência. Se não nos esforçarmos em fazer uma reforma íntima e autoconhecimento sérios, o EV de nada adianta e pode até mesmo piorar a nossa situação, pois ao desbloquear o holochacra, nós nos tornamos mais sensíveis à captação dos pensenes (pensamento – sentimento – energia) das consciências ao nosso redor (principalmente extrafísicas). Mas se mantivermos um bom padrão pensênico (pensamento, sentimento e energias. A consciência deve ter em mente que ela deve desenvolver e equilibrar ambos e não somente as energias e o intelecto por exemplo), criamos uma psicosfera (aura, somatório das energias dos quatro veículos que envolve a consciência) protetora em volta de nós mesmos, repelindo consciências com um padrão energético inferior ao nosso (tudo isso vale para a técnica de interiorização de energias também).

Exteriorização de energias:

Esta é a última técnica projetiva e deve ser feita logo após o EV. Um dos objetivos desse exercício é criar um cúpula energética dentro do quarto do projetor, onde somente consciex com o mesmo padrão pensênico do projetor conseguirão entrar no quarto. Isso se deve ao que os pesquisadores chamam de choque anímico: uma consciência com um padrão pensênico inferior, ao entrar em contato com energias de um padrão superior, entra em choque e, ou desmaiam e são levados pelos amparadores para serem tratados (não pelo choque, mas sim pela sua má condição pensênica), ou fogem rapidamente. O projetor pode também utilizar o choque anímico como autodefesa energética da seguinte forma: se você estiver projetado e encontrar alguma consciex (ou conscin projetada) que quiser assustá-lo ou lhe fazer algum mal, exteriorize energia na direção dessa consciência (se ela for de um padrão inferior, ela sofrerá o choque anímico, por isso é bom que o projetor esteja com um bom padrão pensênico para que essa técnica dê certo).

Após o EV, concentre-se na energia que está distribuída por todo o seu corpo. Visualize a energia percorrendo um percurso de saída em vez de entrada, na seguinte ordem:

1.       Visualize a energia saindo em forma de fachos de energia pelo alto da cabeça; 2.       Visualize agora a energia saindo pela sola dos pés da mesma forma;
3.       Imagine a energia saindo por todo o seu lado esquerdo;
4.       Imagine a energia saindo por todo os seu lado direito;
5.       Imagine agora a energia saindo por toda a extensão frontal do seu corpo;
6.       E por fim, visualize a energia saindo por toda a extensão da parte de trás do corpo.

No decorrer dessa técnica, o projetor pode sentir os seguintes sintomas:

– Aragem refrescante;
– Coceira, ardência;
– Arrepios, calafrios;
– Batimentos aceleram;
– Calor e rubores;
– Chuveiro de energia;
– Contrações musculares;
– Eletricidade;
– Pelos eriçados;
– Esticamento das extremidades do psicossoma;
– Sensação de desmaiamento;
– Êxtase;
– Fluxos intermitentes;
– Formigamentos;
– Ferroadas;
– Bocejos;
– Latejamento, pulsações;
– Ondas geladas ou quentes;
– Ballonnement (sensação de se estar se inflando como um balão);
– Sensação de ficar muito leve;
– Tremores involuntários nos olhos;
– Zumbidos.

Fatos negativos para a projeção:

– Triunfalismo;
– Susto;
– Posição de bruços;
– Atividade intelectual prolongada;
– Receio de não voltar;
– Café, chá ou alcalóide são prejudiciais à projeção.
– Alimentos muito fortes e muitos pesados prejudicam a saída
– carne vermelha em excesso;
– Subestimação.

*Obs.: Para o projetor voltar para o soma é só pensar em voltar para o mesmo.

Sensação de estar projetado:

– Você pode sentir-se no espaço vazio;
– Você notar que não pode respirar;
– Você observar que o seu braço estica;
– Você se olha no espelho e não se vê;
– Você reparar que passa pelas pessoas e ninguém te dá bola;
– Você perceber que emite luz própria;
– Você perceber que está mais leve e que não faz sombra;
– Perceber que está deslizando;
– Perceber que está com liberdade;
– Perceber que tem a visão melhor;
– Transparência de tudo;
– Se sentir rejuvenescido;
– Observar a si próprio e não ver o corpo (projeção de mentalsoma);
– Você reparar que faz e refaz cenas com maior facilidade.

 

Postagem original feita no https://mortesubita.net/espiritualismo/guia-para-projecao-astral/

Aceitação e Entrega

Essa semana me contaram um caso de uma mulher que, ao visitar a amiga, as plantas ao redor dela murchavam ou morriam. Acho que todo mundo conhece algum caso de “olho de seca pimenteira”, o tipo de pessoa que basta gostar ou elogiar alguma coisa viva de pequeno porte (planta, crianças, animal), que a “vítima” adoece ou fica fraca. É o caso onde a pessoa consciente ou inconscientemente rouba energia vital através do olhar. Daí que dizem pra vítima em potencial usar alguma peça de roupa ou detalhe vermelho-vivo, porque a atenção do “vampiro” (como qualquer outra pessoa) vai ser sempre atraída (ou perturbada) pela cor vermelha.

Esse negócio de planta é muito interessante!! É uma coisa que devia ser estudada pela ciência, pois ocorre NA SUA FRENTE, em pouco tempo. Não sei como funciona, mas deve ser o mesmo princípio pelo qual as plantas “sentem” o ambiente ao seu redor. Uma das plantas mais sensíveis é o manjericão, que, pelo menos na crença popular, atrai a energia ruim pra ela (evitando que vá pra alguma pessoa ou animal). Minha mãe de vez em quando usa na cozinha, onde todo mundo sempre fica tomando café e conversando, e a vida média dela num jarro com água é de alguns poucos dias, mas basta uma pessoa mais “carregada” chegar pra ela murchar COMPLETAMENTE em 1 hora apenas, não importando se ela estava verdinha e saudável 1 hora antes. Até mesmo os evangélicos estão usando essa sabedoria, quando distribuem aos seus fiéis a “rosa ungida” ou alguma coisa assim, pra levar pra casa e deixar num jarro. Eles dizem que deve-se trocar a rosa por uma nova toda vez que ela murchar, pois ela vai “limpando” a casa. É o mesmo princípio: se um parente (ou a própria pessoa) está perturbado (e comumente quem vai a centros religiosos vai em busca de paz na família e na própria vida) a rosa, tadinha, absorve aquilo e morre prematuramente. A pessoa vai continuar com seus problemas, mas pelo menos o ambiente da casa não vai ficando impregnado de fluidos mentais deletérios.

Mas, voltando ao assunto, imaginei que, se aquela mulher – sem sequer prestar atenção ao seu redor – consegue matar várias plantas, ela deve estar totalmente descompensada emocionalmente. O que se revelou uma verdade, já que ela perdeu o filho por suicídio. A dor de perder um filho deve ser a maior de todas, especialmente sendo mãe. A mulher então perdeu sua capacidade de ser auto-suficiente energeticamente e passou a ser um buraco-negro, pois aposto que tudo o que ela absorve se perde em elucubrações mentais e pensamentos que a exaurem. Recomendei então que ela fizesse trilhas, trekking, e tomasse banhos de cachoeira, para que entrasse em contato intensivo com a natureza a fim de poder pegar ao máximo energia (a floresta é GIGANTESCA fonte de energia) e, uma vez repleta (no curto espaço de tempo em que ela estivesse lá estaria “sadia”) o organismo espiritual pudesse se reequilibrar. Mas me disseram que ela detesta o contato com a natureza. Normal. Quem está deprimido só pensa em ficar trancado em casa, longe do sol. É uma forma de auto-sabotagem do ego, que simplesmente adora remoer pensamentos tristes. Por mais que a pessoa queira em sã consciência sair daquela situação, buscar uma luz, uma felicidade, a própria mente (identificada com o ego) vai trazer de volta aqueles pensamentos que você queria esquecer. Por que? Porque aquilo lhe define melhor do que qualquer coisa. A tristeza lhe traz um centramento, um recolhimento, que é o oposto da felicidade. Então, o que acontece aqui? Há um estado de negação, onde a pessoa se recusa a “largar o osso” (no caso, aceitar que deixou de ser a mãe daquele filho aqui na Terra, e tal). A solução é a entrega, a aceitação das coisas como elas são (e pra isso muitas pessoas gastam anos em terapias).

Novamente recorro ao livro de Eckhart Tolle “O poder do Agora” (eu já merecia uns mil reais pelas propagandas constantes) para ilustrar a idéia de entrega:

Para muitas pessoas, a entrega talvez tenha conotações negativas, como uma desistência, certa letargia, etc. A verdadeira entrega, entretanto, é algo completamente diferente. Não significa suportar passivamente uma situação qualquer que nos aconteça e não fazer nada a respeito, nem deixar de fazer planos ou de ter confiança para começar algo novo. A entrega é a sabedoria simples mas profunda de nos submetermos e não de nos opormos ao fluxo da vida. O único lugar em que podemos sentir o fluxo da vida é no Agora. Isso significa que se entregar é aceitar o momento presente sem restrições e sem nenhuma reserva. É abandonar a resistência interior àquilo que é. A resistência interior acontece quando dizemos “não” para aquilo que é, através do nosso julgamento mental e de uma negatividade emocional. Isso se agrava especialmente quando as coisas “vão mal”, o que significa que há um espaço entre as exigências ou expectativas rígidas da nossa mente a aquilo que é. Isso não quer dizer que não possamos fazer alguma coisa no campo exterior para mudar a situação. Na verdade, não é a situação completa que temos de aceitar quando falo de entrega, mas apenas o segmento minúsculo chamado o Agora.
Por exemplo: Você está andando por uma estrada à noite, com uma neblina cerrada, mas possui uma lanterna potente que corta a neblina e cria um espaço estreito e nítido na sua frente. A neblina é a sua situação de vida, que inclui o passado e o futuro. A lanterna é a sua presença consciente, e o espaço nítido é o Agora.

No estado de entrega, você vê claramente o que precisa ser feito e parte para a ação, fazendo uma coisa de cada vez e se concentrando em uma coisa de cada vez. Aprenda com a natureza. Veja como todas as coisas se realizam e como o milagre da vida se desenrola sem insatisfação ou infelicidade. É por isso que Jesus disse: “Olhai os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam”.

Se a sua situação geral é insatisfatória ou desagradável, separe esse instante e entregue-se ao que é. Eis aqui a lanterna cortando através da neblina. O seu estado de consciência deixa então de ser controlado pelas condições externas. Você não age mais a partir de uma resistência ou de uma reação.

Olhe para uma situação específica e pergunte-se: “Existe alguma coisa que eu possa fazer para mudar essa situação, melhorá-la ou me retirar dela?” Se houver, você toma a atitude adequada. Não se prenda às mil coisas que você vai ter que fazer em algum tempo futuro, mas na única coisa que você pode fazer agora. Isso não significa que você não deva traçar um plano. Planejar talvez seja a única coisa que você possa fazer agora. Mas certifique-se de que você não vai começar a rodar “filmes mentais”, se projetar no futuro e, assim, perder o Agora. Talvez a atitude que você tomar não dê frutos imediatamente. Até que ela dê, não resista ao que é.

Não se entregar endurece a casca do ego, e assim cria uma forte sensação de separação. O mundo e as pessoas à sua volta passam a ser vistos como ameaças. Surge uma compulsão inconsciente para destruir os outros através do julgamento e uma necessidade de competir e dominar. Até mesmo a natureza vira sua inimiga e o medo passa a governar a sua percepção e a interpretação das coisas. A doença mental conhecida como paranóia é apenas uma forma ligeiramente mais aguda desse estado normal, embora disfuncional, da consciência.

A resistência faz com que tanto a sua mente quanto o seu corpo fiquem mais “pesados”. A tensão se manifesta em diferentes partes do corpo, que se contrai para se defender. O fluxo de energia vital, essencial para o funcionamento saudável do corpo, fica prejudicado.

A negatividade é completamente antinatural. É um poluente psíquico e existe um vínculo profundo entre o envenenamento e a destruição da natureza e a grande negatividade que vem sendo acumulada na psique coletiva humana. Nenhuma outra forma de vida no planeta conhece a negatividade, somente os seres humanos, assim como nenhuma outra forma de vida violenta e envenena a Terra que a sustenta. Você já viu uma flor infeliz ou um carvalho estressado? Já cruzou com um golfinho deprimido, um sapo com problemas de auto-estima, um gato que não consegue relaxar, ou um pássaro com ódio e ressentimento? Os únicos animais que eventualmente vivenciam alguma coisa semelhante à negatividade, ou mostram sinais de comportamento neurótico, são os que vivem em contato íntimo com os seres humanos e assim se ligam à mente humana e à insanidade deles.

Vivi com alguns mestres zen – todos eles gatos. Até mesmo os patos me ensinaram importantes lições espirituais. Observá-los é uma meditação. Como eles flutuam em paz, de bem com eles mesmos, totalmente presentes no Agora, dignos e perfeitos, tanto quanto uma criatura sem mente pode ser. Eventualmente, no entanto, dois patos vão se envolver em uma briga, algumas vezes sem nenhuma razão aparente ou porque um pato penetrou no espaço particular do outro. A briga geralmente dura só alguns segundos e então os patos se separam, nadam em direções opostas e batem suas asas com força, por algumas vezes. Então continuam a nadar em paz, como se a briga nunca tivesse acontecido. Quando observei isso pela primeira vez, percebi, num relance, que ao bater as asas eles estavam soltando a energia acumulada, evitando assim que ela ficasse aprisionada no corpo e se transformado em negatividade. Isso é sabedoria natural. É fácil para eles porque não têm uma mente para manter vivo o passado, sem necessidade, e então construir uma identidade em volta dele.

#Espiritualidade #espiritualismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/aceita%C3%A7%C3%A3o-e-entrega

Gustav Holst e “Os Planetas”

Esta alusão ao mapa astral tem tudo a ver com a vida e a obra do compositor inglês. Ele mesmo era um entusiasta do assunto e chegou a confeccionar diversos mapas para seus amigos. Sua principal obra, Os Planetas, é resultado dos seus estudos místicos e astrológicos.

Influências Musicais

O Crepúsculo dos Deuses, a quarta ópera da tetralogia O anel dos Nibelungos, de Richard Wagner, impressionou os ouvidos de Holst. Mais tarde, sentiu-se elevado ao “reino dos céus” ao ouvir a Missa em Si menor de Johann Sebastian Bach. As influências de Arnold Shoenberg, Stravinsky, Richard Strauss, Debussy, e sua amizade com o compositor Ralph Vaughan Williams, encerram o arco musical dentro do qual Holst se desenvolveu como compositor.

Apesar da sua formação no Royal College of Music, Holst foi um grande autodidata. Evitava sistemas acadêmicos e estruturas musicais pré-concebidas. Não dava tanto crédito aos livros, mas no lema “aprenda fazendo”. Seguiu seu próprio caminho, e como num laboratório alquímico, realizou inúmeras experiências buscando constantemente as notas certas para suas obras.

Espiritualidade

Holst acreditava nas forças supra-humanas, foi muito influenciado pelas religiões orientais, especialmente nas doutrinas do dharma e reencarnação. Trabalhou na composição de diversos hinos para coral e orquestra sob inspiração de um dos escritos religiosos mais antigos do mundo, o Rig Veda. Escrito na linguagem sânscrita, é um verdadeiro compêndio de hinos, rituais e oferendas às divindades.

Como um bom virgiano, era perfeccionista e tinha o dom para dedicar-se em trabalhos cansativos e minuciosos. Portanto, não satisfeito com as traduções do Rig Veda decidiu aprender sânscrito e traduziu as palavras conforme sua interpretação.

Além dos Choral Hymns, compôs uma ópera chamada Sita, inspirada no épico indiano Ramayana, levou sete anos para sua conclusão, sem jamais encená-la! No caso de Holst, esse dom analítico e a capacidade para empenhar-se em grandes trabalhos, coincidem exatamente com as características de quem possui a lua em virgem no mapa astral.

Com base nos evangelhos apócrifos, escreveu The Hymn of Jesus (Parte I, Parte II, Parte III) Com seu rigor habitual, aprendeu o grego para ler os originais. Além do empenho para conservar o espírito do texto original, combinou em sua música o canto gregoriano, ritmos irregulares, harmonia colorida e uma orquestração grandiosa.

A astrologia e “Os Planetas”

“Os planetas” não se trata de uma obra ortodoxa, sua estrutura não obedece aos padrões convencionais. Não é uma sinfonia, nem poema sinfônico, nem fantasia. Mas sim, uma série de perfis sonoros dos planetas. Nas palavras de Holst: “as sete influências do destino e componentes de nosso espírito.“

Além das referências astrológicas, esta obra nos remete ao conceito de música das esferas, amplamente pesquisada por Pitágoras, Kepler, Kircher, dentre outros. Visto que Holst dedicou sete anos de sua vida nesta obra, vale a pena dedicar alguns minutos para ouvi-la e compreende-la.

Os Planetas

I. Marte, O Portador da Guerra

As cordas, percutidas com a parte de madeira do arco apresentam o motivo marcial onde a música irrompe em ondas orquestrais com intensidade crescente. Este clima bélico e enérgico da música caracteriza o perfil astrológico de Marte: coragem, poder, pioneirismo e o instinto lutador para enfrentar os desafios com bravura. Se estas energias não forem devidamente controladas seu resultado é desastroso: violência, assassinato e todos os subprodutos do defeito relacionado a Marte, a Ira.

Marte, O Portador da Guerra foi composto no início de 1914, antes do começo da Primeira Guerra Mundial. Seus sons militares soaram como uma premonição do conflito mundial que estava por vir.

II. Venus, O Portador da Paz

Fornece uma espécie de resposta para Marte. Contrasta pela placidez e pelo andamento lento. As harpas, madeiras e a celesta realçam a delicadeza desta obra, que nos passa a sensação de harmonia, equilíbrio e paz.

Alan Leo descreve este contraste entre Marte e Venus da seguinte forma: “Marte é o representante da alma animal no homem e Venus da alma humana, em certo sentido, um é o complemento do outro. Mercúrio o mensageiro alado dos deuses voa entre os dois como memória e é, portanto, a alma espiritual humana.”

III. Mercúrio, O Mensageiro Alado

De forma alegre, uma extensa e contínua linha melódica passeia pelos diversos naipes orquestrais transmitindo de instrumento para instrumento a mensagem vinda de outros mundos. Mercúrio, o mensageiro alado dos deuses representa a consciência humana, o intelecto, a aptidão para nos comunicarmos e a nossa busca pelo saber.

IV. Júpiter, O Portador da Jovialidade

Com base numa linha de acompanhamento na região aguda dos violinos, as trompas apresentam o tema enérgico do movimento, é o impulso para a introspecção a nível intelectual, filosófico e religioso, um dos aspectos de Júpiter. Em suma, Júpiter representa a “mente superior” no homem, não como razão pura, mas como sabedoria inata.

V. Saturno, O Portador da Velhice

Começa sombrio, segue com uma marcha nos metais e retorna à serenidade no final. Harpas e flautas estabelecem um padrão de acompanhamento sobre o qual cordas e outros instrumentos de madeira apresentarão breves fragmentos melódicos.

Saturno no horóscopo mostra onde podem ser encontrados os maiores desafios e onde podem ser aprendidas as lições mais difíceis. Segundo alguns biógrafos, Saturno é também a representação do sofrimento de Holst, que devido a sérios problemas na articulação de seu braço, teve que abandonar o piano e o violino.

Alan Leo descreve Saturno como sendo um dos responsáveis por todos os casos de degradação, degenerescência, humilhação e vergonha. Nos aspectos positivos representa a verdadeira humildade, perseverança, sacrifício, entrega e serenidade.

VI. Urano, O Mágico

É um scherzo com uma melodia ágil no fagote que se desenvolve em uma intrincada teia orquestral. O início da música representa o impulso para ser único, para chocar e surpreender. Mais a frente, o som pesado dos metais nos remetem aos acontecimentos repentinos e imprevisíveis. O grandioso tutti representa o que talvez seja a maior influência de Urano: o despertar da consciência.

Em seu livro Art of Synthesis, Alan Leo chama o capítulo sobre Urano de “Uranus, the awakener”. Este, representa a originalidade de pensamento, a independência de espírito, o gênio criador, as avançadas formas de pensamento, a intuição e a capacidade de trazer conhecimento através da consciência desperta adquirida nas esferas internas do ser.

VII. Netuno, O Místico

Aqui Holst explora o pianissimo com enorme habilidade. Harmonias misteriosas e um coral de vozes femininas fazem parecer “música de outro mundo”. Esta obra nos transmite claramente a representação astrológica de netuno: as influências não materiais, os sonhos, o espiritualismo, a teosofia, a dedicação pelo misticismo e a abertura para o divino.

Ele também é o responsável pelo gosto por artes ocultas, habilidades para o mesmerismo, telepatia e sonhos lúcidos. O planeta é muito musical e conduz à composição inspirada em melodias ouvidas em sonhos. Pelo teor, esta obra pode tranquilamente servir como música de fundo para breves meditações.

Epílogo

Holst utilizou-se da música tanto para o seu trabalho profano como para a construção da “grande obra”. Ao mesmo tempo em que compunha melodias “mundanas” para manter-se financeiramente estável, dedicava-se a trabalhos chamados “sérios”, sem qualquer sentimento de incoerência. O único inconveniente é que a maioria de suas obras ficaram ofuscadas devido ao grande sucesso de Os Planetas.

Em maio de 1933, Holst foi internado às pressas devido a uma hemorragia causada por uma úlcera no duodeno. Outro dado curioso é que fisicamente o signo de virgem, possui relações com o aparelho digestivo e há quem diga que os intestinos são o ponto fraco físico dos virgianos. Coincidência ou não, logo após uma cirurgia a fim de erradicar a úlcera no duodeno, Holst não resistiu e deixou este mundo no dia 25 de maio de 1934 aos 59 anos.

Curiosidades

Marte, O Portador da Guerra é amplamente utilizado no cinema, principalmente em filmes que envolvem grandes batalhas. Além disso, é a maior referência musical para os compositores “hollywoodianos” em suas obras bélicas.

Em 2006, a banda inglesa Iron Maiden utilizou a música de Marte para abertura dos seus shows na turnê A Matter of Life and Death.

O tema central de Júpiter tornou-se um hino patriótico inglês.

O ritmo brincalhão de Urano é muito semelhante ao da obra O aprendiz de Feiticeiro de Paul Dukas, do qual Holst certamente recebeu influências.

Referências

Holst Biography, Ian Lace.
Astrologia, Wikipedia de Ocultismo
Art of Synthesis, Alan Leo.
Música Clássica, John Burrows.
Grandes Compositores, João M. Coelho.

Seguir Música & Magia:
YouTube» youtube.com
Facebook» facebook.com/magiaemusica
Twitter» twitter.com/mmusicaemagia
RSS» feeds.feedburner.com/MusicaMagia

#Arte #Astrologia #Música

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/gustav-holst-e-os-planetas

Fotografia Kirlian

Rubellus Petrinus

A fotografia Kirlian foi descoberta por Semyon Davidovitch Kirlian. Semyon Kirlian que nasceu em 25 de Fevereiro de 1898 na cidade de Krasnodar, no Sul da Rússia. Semyon Kirlian pode ter sido inspirado e ter tomado interesse no estudo do invulgar e natural fenómeno por Nikola Tesla que visitou Yekaterinodar antes da revolução de 1917 onde deu uma conferência. Kirlian assistiu a essa conferência e ficou muito impressionado.

Semyon Kirlian usou as experiências e erros para verificar a correcção das suas ideias, e seu obstinado e laborioso método de trabalho, provou sucesso com a criação de um aparelho para fotografia e observação visual por meio de correntes de alta frequência.

A sua esposa e camarada, Valentina Chrisanfovka, foi educada em humanísticas e trabalhou como assistente literária para um comité de uma rádio local.

Depois do seu casamento com Semyon Kirlian em 1930, Valentina Kirlian, também de natureza criativa, tomava parte nas investigações do seu marido e gradualmente começou a ler literatura específica. Marido e mulher diferiam nos seus confrontos no estudo do fenómeno natural, mas estas diferenças unia-os mais que separava.

Semyon Kirlian estava mais interessado em matérias técnicas tais como equipamento ou investigando as características de metais e não condutores. Valentina Kirlian, por outro lado, era mais preocupada com o estudo dos processos da vida.

Em 1939, reparando equipamento de medicina usado no tratamento de Arsonval, Kirlian descobriu que uma descarga eléctrica entre um eléctrodo vitrificado e partículas de pele humana, mudou de cor. Tentando descobrir a causa disto, fotografou a descarga eléctrica sem o uso de uma câmara, isto é, expondo directamente a película fotográfica.

Esta experiência levou-o à invenção de um sistema para fotografia de alta frequência.

Durante dez anos de trabalho em sua casa e na oficina onde reparava equipamento de medicina e outros tipos de equipamentos eléctricos, Semyon e Valentina Kirlian obtiveram repetivamente sucesso fotografando por meio de corrente de alta frequência.

Eles montaram um aparelho simples não standardizado e em 1949 receberam um certificado de autor (patente soviética) por “Um método de fotografar por meio de corrente de alta frequência”.

O seu aparelho simples e o método produzia fotografia por meio de alta frequência de qualidade nunca conseguida pelos seus antecessores.

Semyon e Valentina, consequentemente, receberam centenas de cartas de cientistas e de Instituições de todas as partes da União Soviética.

Semyon Kirlian

A fotografia Kirlian são imagens electrónicas, mais precisamente imagens criadas por “emissão fria de electrões”. O método Kirlian permite registar não só os diversos estados biológicos de plantas e animais, mas também o estado psíquico dos seres humanos.

Isto produziria resultados, por exemplo, em áreas como o estudo do fenómeno parapsicológico onde os tradicionais métodos de investigação muitas vezes tinham sido impotentes.

As dificuldades encontradas no estudo do efeito Kirlian não são somente limitadas ao fenómeno electrónico. Semyon e Valentina Kirlian deram grande importância ao fenómeno de ressonância na fotografia de alta frequência.

O “fantasma” da folha no qual Semyon Kirlian recusou acreditar, está também ligado ao fenómeno de ressonância.

Victor Adamenko, seu assistente, descobriu o efeito da “fantasma” da folha em 1966 e Valentina Kirlian felicitou-o pela descoberta do novo fenómeno, mas Semyon Kirlian recusou-se terminantemente a acreditar na realidade da fotografia.

Foi somente no último ano que começou a inclinar-se para a ideia de que o “fantasma” da folha era uma realidade e Adamenko teve uma conversa com ele sobre este assunto.

Em 1962, com o apoio de Valentina Kirlian venceu o cepticismo de Semyon Kirlian sobre o estudo do fenómeno psíquico e só em 1967 Semyon e Valentina examinaram as mãos do curandeiro Alekxei Kivorotov usando o seu método. Este foi o primeiro objectivo de investigação da cura psíquica na USSR.

Na União Soviética o efeito Kirlian foi sendo estudado individualmente por uma variedade de cientistas e grupos de investigadores não ainda reunidos em nenhuma organização.

Várias centenas de entusiastas desde estudantes do ensino superior a professores, estão agora estudando fotografia Kirlian na USSR.

Uma associação internacional de estudo de efeito Kirlian uniu muitos cientistas de diferentes países, e o vasto desenvolvimento deste novo ramo da ciência que poderá levar a uma mudança da maneira de ver o mundo e nós próprios, seria um apropriado memorial para aqueles humildes mas perseverantes exploradores do desconhecido mundo extra-sensorial – Semyon e Valentina Kirlian.

Extraído de: Memories of Semyon Kirlian by Dr. Victor G. Adamenko, Ph. D., International Journal of Paraphysics, vol. 13, 1979.

Parte 2

O que é, então, a fotografia Kirlian? Sob o ponto de vista técnico, a fotografia Kirlian é a impressão em película a preto e branco ou a cores, ou ainda directamente sobre papel fotográfico a preto e branco, do efeito de “coroa” provocado por uma descarga de alta tensão induzida no sujeito através de uma placa de exposição isolada.

Actualmente, sabe-se que todos os organismos vivos possuem campos eléctricos e, por consequência, campos electromagnéticos de natureza muito complexa. Todos os processos biológicos correspondem a acções electromagnéticas recíprocas.

Se o campo bioenergético do sujeito estiver alterado, o efeito de “coroa” manifesta na fotografia essa alteração da configuração da “coroa”. Assim, fotografando esse efeito quer em plantas ou no ser humano, pode verificar-se qualquer alteração existente no seu campo bioenergético.

No ser humano, fotografando o efeito de “coroa” nos dedos dos pés e das mãos a nível dos respectivos pontos terminais de acupunctura pode ver-se se existe neles alguma alteração bioenergética.

Isto é o que actualmente se faz a nível de fotografia Kirlian com vista ao diagnóstico de doenças que mais adiante explicaremos.

Mas voltemos umas dezenas de anos atrás. Tivemos pela primeira vez conhecimento da fotografia Kirlian ainda estávamos em Angola, por intermédio de um grande amigo que, como nós, era técnico de telecomunicações. Tínhamos alguns interesses comuns. Ambos éramos radioamadores, fazíamos caça submarina juntos e, inclusivamente, construímos equipamento electrónico para escuta dos primeiros satélites artificiais americanos como o Echo I, do qual ainda possuímos, como recordação, uma fita magnética com a gravação dos sinais emitidos na sua passagem pelo céu de Angola.

Infelizmente o nosso amigo já não se encontra no mundo dos vivos porque foi bárbara e traiçoeiramente morto à catanada sem razão aparente que não fosse uma vingança racial.

Este nosso amigo, como tinha muitos contactos internacionais, deve ter sabido algo sobre a existência da fotografia Kirlian e construiu um gerador Tesla para fazer experiências. Solicitámos-lhe o diagrama electrónico e nós construímos também um gerador idêntico que ainda guardamos como recordação.

Naquela altura e para mais em África, não possuíamos a informação técnica necessária que nos permitisse avaliar por meio das fotografias o diagnóstico que hoje se faz, mas nem por isso deixámos de fazer experiências muito interessantes.

Para aqueles que não sabem o que é um gerador Tesla diremos que ele é constituído fundamentalmente por um transformador de alta tensão de 1000 V ou mais (T1) , uma bobine primária com cerca de 10 espiras de fio grosso isolado (L1), outra bobine secundária maior que a primária com milhares de espiras de fio esmaltado muito fino (L2), um condensador de mica de 0.001uf isolado a 5000 V (C), um faiscador e uma placa de exposição (P).

A intensidade da “corona” está em relação directa com a tensão aplicada e a qualidade e espessura do dieléctrico usado na placa.

Na imagem abaixo podereis ver o referido gerador construído por nós há mais de 30 anos e com que fizemos as primeiras fotografias Kirlian que vos iremos mostrar.


Gerador Tesla

Muita gente confunde o efeito de”corona” com a “aura” tal como ela é referida por muitos autores místicos e até de uma maneira mais científica pelo Dr. Walter J. Kilner, no seu livro The Human Aura, The Citadel Press, Secaucus, New Jersey, USA.

A fotografia Kirlian, como dissemos, é provocada por uma descarga de alta tensão a baixa corrente de apenas uns microamperes. O gerador Testa que vos mostramos na imagem gera cerca de 100.000 V.

Para fazer fotografia Kirlian o operador e o sujeito têm de estar numa câmara escura iluminada por uma luz vermelha adequada para não velar a película fotográfica que, neste caso, deverá ser obrigatoriamente ortocromática.

A película é colocada sobre a placa de exposição e sob o sujeito a fotografar. Seguidamente, liga-se o gerador e se não estiver nada sobra a placa de exposição vê-se um fluxo enorme de faíscas muito finas que saem do topo da bobine para o centro, provocando um cheiro muito acentuado a ozono.

Se colocardes um sujeito na placa de exposição como, por exemplo, uma folha de árvore ou os dedos das mãos, verificareis uma “coroa” de faíscas azuis à volta do sujeito. Esta luminosidade irá impressionar a película que depois de exposta durante o tempo adequado, será revelada de imediato. Só depois de fixada, a película poderá “ver” a luz caso contrário ficará velada.

No laboratório devereis colocar tudo facilmente ao vosso alcance como as cuvetes do revelador, água e fixador pois, com uma luz vermelha escuro a visibilidade não é a melhor. Nunca retireis mais que uma película da caixa e voltai a fechá-la de imediato, porque se vos esquecerdes de a fechar quando ligardes a luz branca velareis todo o vosso material fotográfico. Normalmente o lado da película menos brilhante é a parte sensibilizada que deverá ficar virada para cima.

Depois da película impressionada e revelada podereis passá-la para positivo em papel fotográfico onde o que na película se vê a negro no papel ficará a branco. Esta operação para fins de diagnóstico não é necessária.

Parte 3

Tendo montado o gerador Tesla e, como fotógrafo amador, tínhamos por isso, todo o material disponível à mão. Começámos de imediato as nossas experiências nesse fascinante e desconhecido campo. Estávamos ansiosos por ver a tal “aura” de que tanto ouviramos falar e líamos nos nossos livros sobre parapsicologia.

O primeiro objecto que nos ocorreu fotografar foi uma lâmina de barbear, a qual anteriormente tínhamos usado em experiências com uma pirâmide feita de “plexiglass” pois, sendo um objecto inanimado, teria inevitavelmente, uma “aura” (coroa) característica.

Depois de a submetermos durante uns breves segundos à descarga eléctrica, revelámos de imediato a película fotográfica, ainda molhada, a qual trouxemos para o exterior da câmara escura improvisada na casa de banho.

Ficámos um pouco decepcionados porque talvez esperássemos mais. Via-se nitidamente o campo energético à volta da lâmina mas nada nos dizia; era apenas interessante.

Pensámos noutro objecto que tivesse energia e por isso, a “coroa” talvez fosse diferente.

Para isso, como técnico, ocorreu-nos imediatamente à mente um imã permanente. Encontrámos nos nossos “spares” (peças) um pequeno imã permanente tipo ferradura que nos pareceu o ideal para a experiência.

Fomos de imediato para a improvisada câmara escura e fotografámos o imã. Revelada e fixada a película, em menos de 15 minutos estávamos cá fora a observar os resultados.

Oh! Decepção das decepções! Toda a gente sabe que entre os polos de um imã em ferradura existe um forte campo magnético podendo ser vista a sua configuração colocando o imã por baixo de uma folha de cartão e nela espalhardes limalha fina de ferro.

Eram essas linhas de força magnética que nós contávamos ver na fotografia, afinal não eram energia? Mas não, tal como na lâmina de barbear só se via uma “corona” luminosa envolvendo os polos do imã não se tocando, embora muito mais intensa do que na lâmina, dada a sua menor superfície. Então onde estava o campo magnético? Deveria ser imune à radiação e por isso não era mostrado na fotografia.

Uma vez que a “coroa” nos polos do imã era individual em cada um, ocorreu-nos fotografar duas moedas de metais diferentes. A mais pequena de bronze e a outra uma liga de níquel e prata. Dois metais, um mais electronegativo em relação ao outro.

Nova decepção! Via-se nitidamente a cunhagem das moedas mas as respectivas “coroas” mantinham a mesma uniformidade nas duas apenas com uma diferença. Como as moedas tinham ficado quase juntas as respectivas “coroas” repeliam-se, porque?

Até agora só tínhamos fotografado objectos inanimados. Por isso, o passo seguinte, seria fotografar algo com vida. Deveríamos começar pelo reino vegetal e, só depois, fotografaríamos o reino animal.

Infelizmente em Angola não pudemos prosseguir com as nossas experiências porque, entretanto, deu-se a dita “descolonização” e tivemos de enviar à pressa para o nosso país de origem (Portugal) tudo o que pudemos, inclusivamente o gerador Tesla que não seria de qualquer utilidade para aquela gente a não ser, para com o seu suporte em madeira alimentar uma fogueira.

O nosso querido amigo teve menos sorte que nós, porque além de todos os seus haveres e equipamento técnico, deixou lá também a sua vida!

Parte 4

De regresso a Portugal estivemos alguns anos sem nos podermos debruçar sobre Fotografia Kirlian enquanto não conseguimos estabilidade económica.

Trabalhávamos numa firma de telecomunicações em parte-time, porque fomos praticamente obrigados a aposentar-nos das funções que exercêramos em Angola para o Estado Português.

Entretanto, conhecemos outras pessoas com interesses comuns com quem trocávamos impressões frequentemente. Além disso, como entusiasta pela parapsicologia e tudo quanto se relacionasse com as energias subtis, mandámos vir dos EUA livros específicos que nos permitiram aprofundar conhecimentos sobre diversos temas, inclusivamente na Fotografia Kirlian.

Para nos inteirarmos do que se fazia no mundo sobre fotografia Kirlian adquirimos alguns livros da especialidade como The Kirlian Aura, Edited by Stanley Kripner and Daniel Rubin, Anchor Press/Doubleday, Garden City, New York, 1974, The Body Electric, Thelma Moss, Ph.D. J.P.Tarcher, Inc. Los Angeles, 1979.

Em 1978, subscrevemos também uma revista da especialidade IKA, The International Kirlian Research Association publicada nos E.U.A, onde nos foi permitido conhecer diversas investigações feitas nesse campo como adiante veremos.

Informações sobre o que se fazia na Rússia ou nos países “satélites” em fotografia Kirlian era impossível obter, a não ser pela revista International Journal of Paraphysics, publicada na Inglaterra, que traduzia alguns textos que saiam para o exterior trazidos por investigadores autorizados a visitar algumas universidades onde se procedia à investigação sobre fotografia Kirlian.

Como tínhamos trazido de Angola o nosso gerador Tesla, pudemos prosseguir, então, com as experiências mas agora no reino vegetal.

Mesmo à frente da nossa residência existem algumas árvores da família dos choupos. Tirámos uma folha de uma delas e de imediato fizemos a primeira fotografia de uma folha.

A primeira fotografia é de uma folha recentemente colhida. A “corona” é radiante inclusivamente no pecíolo.

Decorridas 12 horas fizemos a segunda fotografia. A radiação é menor e já se vêem pontos de deterioração, principalmente onde foi aplicado o eléctrodo para a fotografar. A “coroa” é mais esbatida inclusivamente no pecíolo.

Como estávamos no Verão, pensámos que isto era divido à falta de humidade retida na folha. Para comprovar esta suposição deixámos secar mais a folha e depois colocámo-la dentro de água para a humedecer convenientemente convencidos de que iríamos obter uma fotografia pelo menos semelhante à segunda.

Como podeis observar, não é a humidade que faz com que a “coroa” seja brilhante tal como a da primeira folha mas sim a bioenergia nela latente. A foto que podeis observar é apenas uma mancha branca embora estivesse completamente humedecida.

Não restam dúvidas de que a “coroa” é provocada pela bioenergia latente no reino vegetal. Depois desta experiência, repetimo-la várias vezes sempre com os mesmos resultados.

Tentámos várias vezes obter o tal “fantasma” de que Semyon Kirlian duvidava e que foi depois conseguido pelo doutor Victor Adamenko como dissemos no início.

Experiências feitas nos E.U.A por Robert M. Wagner, da universidade do estado da Califórnia em Long Beach em 29 de Abril de 1975, mostram o tal “efeito fantasma” raramente obtido. O autor fez mais de 539 tentativas antes de conseguir a almejada fotografia!

A folha recentemente colhida foi exposta 0,7 segundos a uma tensão de 50kV a 330kHz. Estes parâmetros foram sempre os mesmos para cada fotografia.

A primeira fotografia foi feita com a folha recém colhida. Na segunda, a folha foi amputada e, como se pode observar, não se vê nenhum fantasma. Na terceira, à folha foi-lhe amputada a ponta e depois colocada uma régua de plexiglass opaca à frente da parte amputada. A folha inteira nunca tinha estado em contacto com o filme daí se excluir a hipótese de ela ter deixado alguns traços de humidade.

Pelo que nos foi dado verificar, não há duvida que se trata do verdadeiro “efeito fantasma”. Já vimos muitas fotografias cujos autores dizem ser do “fantasma” (ghost) mas são fraudes fáceis de detectar por quem conhece os princípios da fotografia Kirlian.

Tentámos várias vezes fotografar folhas recentemente colhidas e amputadas mas nunca tivemos a sorte de conseguir o “efeito fantasma” como o que podereis observar na terceira fotografia.

O resultado que conseguimos foi sempre o da segunda. Verificámos, também, que é fácil fazer uma fotografia imitando o efeito “ghost”. Para isso, basta expor por uns breves instantes uma folha inteira e depois amputar-lhe a ponta. Em seguida expõe-se por mais tempo.

Esta fraude muito vulgar, é fácil de detectar por um “expert” porque se nota mesmo atenuada a “coroa” correspondente à parte cortada.

Parte 5

Depois de termos feito centenas de fotografias a preto e branco de folhas para ver se obtíamos o almejado “fantasma” nunca o conseguimos. Em boa verdade também não tivemos a paciência de fazer tantas fotos como o autor americano para o conseguir.

Era, então, a altura de começarmos a experimentar fotografar seres vivos principalmente o ser humano.

Tivemos conhecimento que houve investigadores que construíram geradores que permitiam fotografar o corpo humano inteiro. Isso estava fora do nosso alcance e, por isso, começámos por fotografar os dedos das mãos.

Facto curioso foi o que vimos numa revista da especialidade. Uma fotografia a preto e branco tirada quando uma casal se beijava. A corona da fotografia dos dedos das mãos atraia-se. Experimentámos vezes sem conta fazer uma fotografia nessas condições mas as coronas tal como nos casos anteriores repeliam-se tal como podereis observar na fotografia seguinte.

O gerador Tesla não se mostrava muito prático para trabalhar dado o seu tamanho. Como fabricávamos outros aparelhos como o de electroacupunctura, biofeedback e outros e dada a grande procura que havia de aparelhos Kirlian que na altura eram importados, decidimos fabricar um aparelho portátil, funcional, que permitisse fazer fotografias de qualidade a um preço razoável.

Vimos alguns projectos em revistas internacionais da especialidade e decidimos construir um muito simples de manejar mas que tivesse características técnicas necessárias para fazer boas fotografias.

Entretanto, conhecemos alguns aparelhos que nos foram mostrados por alguns dos nossos clientes e que tinham sido obtidos no estrangeiro. Um deles caríssimo feito por uma firma conceituada no campo da electrónica para a aviação e outros mais simples e até de certa maneira “toscos” electronicamente.

Dada a nossa grande experiência nesse ramo da electrónica concebemos um aparelho simples, fácil de manejar e resistente como já era nosso habito com os outros aparelhos.

Para nosso espanto lemos há pouco tempo numa URL internacional em língua portuguesa sobre fotografia Kirlian, em que o autor dizia que havia três padrões de aparelhos. Um alemão, outro Brasileiro e ainda outro Italiano.

Francamente não sabemos a que padrões o autor se refere porque não existem padrões de espécie alguma. Os aparelhos trabalham todos baseados no mesmo princípio, uns mais elaborados que outros conforme o background técnico de quem os projecta.

O aparelho que fabricámos para maior simplicidade Tem apenas um parâmetro variável: o tempo de exposição. Os outros são todos fixos de acordo com a sua finalidade, para fotografia a cor ou para preto e branco.

Basicamente o aparelho é um gerador de Alta Tensão de 6 kV para fotografia a cor e 20 kV para preto e branco. Este e a frequência são os parâmetros fixos apenas o tempo se exposição, como é óbvio, terá de ser variável.

Tal como no antigo aparelho começámos por fazer uma fotografia de um imã e de uma moeda. O efeito é semelhante ao obtido com película a preto e branco só que neste caso se distinguem duas cores fundamentais. Uma magenta e outra azul.

 Seguidamente fizemos uma fotografia de um dedo das mãos. Repetia-se o mesmo efeito das cores.

No inicio isto intrigou-nos porque lemos num livro de um autor brasileiro que essas cores correspondiam o azul ao Yin e o magenta ao Yang. Estranhamos a veracidade de tal afirmação porque em qualquer objecto que se fotografasse a cor apareciam invariavelmente as mesmas cores básicas e outras que mais adiante veremos.

Fizemos centenas de fotografias a cor dos dedos das mãos com vista a fazer um diagnóstico que nos permitisse dar um mínimo de credibilidade ao sistema que já era muito usado em Portugal importado do Brasil, mas que não nos satisfazia tecnicamente.

Lemos sobre alguns trabalhos de pesquisa efectuada no Brasil nesse campo mas também não nos satisfez por não vermos nele um sistema tecnicamente credível e baseado em teorias aceitáveis nos meios médicos.

Os naturopatas que usavam o sistema a cor nas fotografias dos dedos das mãos para diagnóstico, faziam-no de forma “empírica” e, por isso, não tinha credibilidade técnica nos meios médicos dada a sua limitação de diagnóstico.

O que lemos sobre os trabalhos feitos no Brasil limitavam-se, na altura, a diagnósticos no campo da parapsicologia e psicologia por isso, era necessário um sistema de diagnóstico credível que finalmente encontrámos num livro publicado na Europa pelo Dr. Peter Mandel, Energy Emission Analysis, New Application of Kirlian Photography for Holistic Healt, Synthesis Publishing Company Siegmar Gerken, Lutterbecks Busch 9, D-4300 Essen 1, W. Germany.

Este sistema de diagnóstico é, fundamentalmente, baseado na Acupunctura de Vol.

Parte 6

Como dissemos anteriormente, o problema principal da fotografia Kirlian é a sua interpretação. Aqui sim, existem vários métodos de interpretação mas o que nos pareceu mais fiável e que é actualmente mais praticado na Europa, é o método descrito pelo Dr. Peter Mandel, baseado nos pontos de acupunctura terminais dos pés e das mãos pelo sistema Vol. É precisamente, este método que iremos ver mostrando-vos as respectivas fotografias em alguns casos específicos.

É evidente que teremos de nos limitar apenas ao essencial de forma que possais fazer apenas uma ideia do sistema de diagnóstico.

O livro é muito extenso, tem cerca de 200 páginas e nem nos seria permitido fazer uma descrição mesmo sumária do sistema de diagnóstico. O Dr. Peter Mandel considera quatro tipos de fenómenos básicos a saber: Emissão normalDeficiência ou insuficiência num órgão ou sistema, Agressão num sector ou infecção e intoxicação e Degeneração.

Para o ilustrar o autor vale-se de uma topografia baseada na acupunctura de Vol para cada dedo das mãos e dos pés. Para fazerdes uma ideia dessa topografia representamos apenas a topografia respeitante ao dedo indicador da mão esquerda que é igual ao da mão direita.

Cada dedo das mãos e dos pés tem uma topografia específica que permite identificar numa fotografia dos dedos a zona respectiva com deficiência nos órgãos correspondentes aos meridianos em causa.

Este sistema parece-nos racional e tem certa lógica não se limitando a especulações mais ou menos dúbias referidas noutros sistemas de análise praticamente empíricos.

O Dr. Peter Mandel não trabalha com fotografia a cor, porque no seu entender e também no nosso, não é fiável. Verificámos num laboratório fotográfico profissional que as fotografias feitas com uma película Agfa profissional com maior espessura da de um filme normal usado nas câmaras fotográficas usuais as cores eram completamente diferentes vendo-se apenas uma corona azulada.

No início, fabricámos diversos geradores para fotografia a cor porque o mercado o exigia pela ausência de informação técnica do que se fazia na Europa e baseado nos trabalhos feitos no Brasil muito divulgados nessa altura no nosso país.

As quatro fotografias a cor seguintes bem como as a preto e branco representam, na sua sequência, os quatro fenómenos básicos: Emissão normalDeficiência, Agressão e Degeneração.

Desde o momento em que os terapeutas portugueses foram tomando conhecimento do sistema do Dr. Peter Mandel, deram preferência à fotografia a preto e branco, não só pela sua simplicidade operativa porque o trabalho de revelação pode ser feito logo a seguir à exposição pelo próprio operador, numa pequena câmara escura adjacente ao consultório, como também pela facilidade de fotografar simultaneamente todos os dedos de uma mão e do pé. Além disso, o diagnóstico por esse sistema é mais fiável e completo porque há órgãos que só estão representados nos dedos dos pés.

Estas condições não serão possíveis com a fotografia a cor não só porque o sistema não se coaduna com isso por ter sido projectado para fazer uma foto da cada vez dos dedos das mãos. Além disso, o filme depois de exposto, terá de ser entregue a uma casa da especialidade para o revelar.

Na nossa opinião de técnico com muita experiência neste sistema, poderemos dizer-vos que o diagnóstico não é nada fácil. Exige muita prática e conhecimentos inclusivamente do sistema de acupunctura de Vol.

Por isso, sugerimos a todos aqueles que desejaram trabalhar neste campo, estudar profundamente o livro do Dr. Peter Mandel e, sobretudo, praticar muito.

Como em tudo, os conselhos de um terapeuta experiente neste campo ser-vos-ão de grande utilidade.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/espiritualismo/fotografia-kirlian/

Formação Estelar, Planeta e Transição Planetária

Paulo Jacobina

À medida que o Agente Modelador passa a atuar no Tecido Elementar, ele molda, no Grande Plano Mental, o Princípio Inteligente, partícula elementar de tudo que compõe o Grande Plano Mental e, consequentemente, é responsável por toda a manifestação que ocorre no Grande Plano Físico.

No polo oposto, o Eu atua unindo o Princípio Inteligente, dando origem a novas Formas-Pensamentos e, consequentemente, a novas manifestações no Grande Plano Físico.

Ao unir o Princípio Inteligente, o Eu começa o processo de estruturação de Formas-Pensamento que se manifestam, em determinado estágio, no Grande Plano Físico como nuvens de gases. Com a intensificação da ação unificadora, buscando aglutinar todas as Formas-Pensamento que ali se encontram, alcança-se um novo estágio de Consciência, a formação estelar.

Em situações nas quais a ação unificadora do Eu exerce forte predominância sobre a ação do Agente Modelador, origina-se apenas uma estrela, a qual passará por todos os estágios da sua jornada existencial, estudada no campo do Grande Plano Físico amplamente pela Astronomia, até transmutar-se, juntamente com outras Formas-Pensamento similares, e dar origem à Forma-Pensamento que anima o reino mineral.

Porém, raramente a ação unificadora do Eu prevalece de forma tão grande à ação do Agente Modelador, e, por isso, outros caminhos são trilhados, caminhos por meio dos quais se formam, por exemplo, dois núcleos de consciência[1] (em fenômeno conhecido como estrelas binárias), ou mesmo situações nas quais há um núcleo maior de consciência e diversos núcleos menores, em um fenômeno conhecido como Sistema Planetário.

O Sistema Planetário nada mais é do que um único organismo que se encontra em processo de depuração, com as suas nadi, que se apresentam como as eclípticas e demais forças que mantêm o sistema coeso; com seus chakra, que se manifestam como os “buracos de minhoca” ou “Pontes de Einstein-Rosen” e como as outras formas de expulsão de elementos para fora do sistema, e de atração de elementos oriundos de regiões externas ao sistema.

Entretanto, por ainda não se encontrar totalmente integrado, ocorre que algumas partes desse organismo se percebem como organismos únicos, mas que se encontram em um processo de interdependência com os outros organismos do seu sistema[2]. Dessa forma, tal como a Escada de Jacó, cada parte do Sistema Planetário atua de acordo com a sua função e o degrau no qual se encontra, estando o Planeta principal[3] desse Sistema Planetário servindo de guia para os demais Planetas do Sistema.

Conforme se depuram os estágios de consciência dos elementos que compõem o Sistema Planetário, processos de transformação ocorrem e os elementos começam a se fundir, pela ação do Eu, dando forma a novos organismos, novos estágios no processo de transformação e sutilização estelar.

PLANETA

Planeta é o nome dado a um estado de consciência do Eu na formação estelar. Esse estado possui gradações e pode se manifestar como a Estrela em si, em seus diversos estágios existenciais, ou como o que se chama comumente de planetas, em seus diversos estágios.

Independente do estágio no qual se encontra, a formação do Planeta se dá pela atuação de infinitos fatores, dentre os quais se podem destacar alguns:

O mais importante são as situações vivenciadas diretamente pelo Planeta, tendo em vista que a jornada existencial é do Eu que ali se encontra e, por isso, ele deve vivenciá-las de forma a encontrar a ressonância necessária para se deslocar na Consciência.

Um segundo fator de destaque está associado à relação do Planeta com aqueles Planetas que se encontram em degraus superiores e inferiores ao seu.

E por fim, a relação do Planeta com Eus que se encontram em outros estágios de Consciência e que, em virtude destes estágios, necessitam passar por experiências que são proporcionadas pelo Planeta no estágio no qual ele se encontra, manifestando-se nos diversos Corpos Existenciais do Planeta. Da mesma forma com que o Planeta auxilia na jornada desse Eu que ali encarna, este auxilia na jornada do Eu que se manifesta como Planeta, contribuindo para a transformação dos seus Corpos Existenciais[4].

Além desse grupo de Eus, também existe aquele que se encontra em outro estágio de Consciência, no qual, pela utilização do Amor, passa a atuar de forma a organizar e manter a coesão na manifestação de grupos de Eus, no que se chama comumente de Psiquismo Diretor.

Assim como ocorre no Eu que se encontra encarnado como homem, o Planeta também possui Corpos Existenciais[5], sendo criado em seu aspecto mais sutil, passando-se a brutalizar-se pela ação do Agente Modelador e, posteriormente, sutilizando-se novamente[6] até integrar-se com o restante do Sistema Planetário, em um processo denominado de Transição Planetária.

TRANSIÇÃO PLANETÁRIA

Tal qual ocorre com a Existência, o Planeta também tem os seus períodos de sístoles e diástoles que provocam a diminuição e o aumento do fluxo de Vitalidade que recebe pelos chakra e são distribuídos pelas nadi.

A Vitalidade inicia o seu fluxo em um período que recebe o nome de Satya Yuga[7]. À medida que o fluxo de Vitalidade diminui, um novo período se inicia, chamado de Treta Yuga[8]. Continuando a diminuir, dá-se origem a terceiro período, o Dwapara Yuga[9]. E, com a constante diminuição do fluxo, um quarto período se inicia, o Kali Yuga[10], um período no qual a Vitalidade quase não alcança o Planeta.

Atingindo o seu ponto de menor fluxo de Vitalidade no final do Kali Yuga, tem-se início a diástole, fazendo com que o Planeta percorra, agora em sentindo inverso, o Kali Yuga, o Dwapara Yuga, o Treta Yuga e o Satya Yuga, quando, ao final deste último período, alcançará o ponto de maior fluxo de Vitalidade[11] e dará início a uma nova sístole. A esse sucessivo processo de sístoles e diástoles[12] do Planeta dá-se o nome de Transição Planetária[13].

Estes fluxos e refluxos de Vitalidade são os responsáveis por permitir que o Planeta experimente a ilusória transitoriedade do seu estado e se depure, percorrendo a trilha do seu Dharma, naquilo que ele é, o Absoluto manifesto.

O ciclo se inicia no maior estágio do fluxo de Vitalidade, pois, além do fato de o movimento se iniciar no seio do Absoluto, é o momento no qual o Eu tem de captar a Vitalidade que será “colocada à prova” nos períodos posteriores, nos quais o fluxo é menor, de forma a fazer com que o Eu compreenda pelo Planeta por intermédio dos seus chakra e das suas nadi. Durante o período de sístole, uma quantidade maior de Vitalidade deixa o Planeta em comparação com a quantidade de Vitalidade que chega; enquanto no período diástole, uma quantidade maior de Vitalidade chega ao Planeta em comparação com a quantidade que sai.

Essa Vitalidade que transita pelo Planeta se manifesta na forma de Eus que se encontram em estágios de maior ou menor sutilização, e que ainda necessitam de experimentar as situações proporcionadas pelo Planeta no qual irão encarnar.

Assim, durante o Satya Yuga, a aquilo que foi captado[14].

A Vitalidade se deslococorre uma intensa chegada de Eus mais sutilizados, e no polo oposto, durante o Kali Yuga, há menor chegada de Eus mais sutilizados.

O fluxo de Vitalidade chega e deixa o Planeta via Sistema Planetário, tendo em vista que o Planeta é parte integrante de um organismo maior, assim como o próprio Sistema Planetário também o é, bem como tudo o que existe e o que não existe também faz parte de um organismo maior, o Absoluto[15].

[1] Aos estágios da Consciência nos quais o Eu se percebe como esses núcleos de consciência, dão-se o nome de Planeta.

[2] De forma similar ao que acontece com o homem, que, muitas das vezes, se vê como um ser único, mas dentro de um processo de interdependência dos outros homens, sem se dar conta de que ele faz parte de um organismo maior, a Humanidade.

[3] No caso do sistema solar, ao planeta principal desse sistema dá-se o nome de Sol. O Dharma de todo sistema planetário, seja ele qual for, é tornar-se uma única estrela e, por fim, formar o princípio inteligente que se manifesta no reino mineral.

[4] Um exemplo básico dessa contribuição encontra-se no estudo das egrégoras.

[5] “O que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”.

[6] “Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação”.

[7] Também chamada de Sat Yuga ou Krta Yuga ou Krita Yuga ou Era de Ouro.

[8] Também chamado de Trétha Yuga ou Era de Prata.

[9] Também chamado de Dvapara Yuga ou Era de Bronze.

[10] Também chamado de Era de Ferro.

[11] Sabendo que “o que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”, também é possível se verificar este ciclo de sístole e diástole em outras escalas existenciais, como a apresentada com o passar das estações do ano, as etapas do dia, a Roda de Samsara ou ciclo das encarnações etc.

[12] “Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação”.

[13] A Transição Planetária é o conjunto de ciclos de sístoles e diástoles da Vitalidade no Planeta, permitindo a sua transformação de maneira a seguir o seu Dharma e, como “o que está em cima é como o que está embaixo, e o que está embaixo é como o que está em cima”, também é possível se verificar esse conjunto de ciclos em outras escalas existenciais, como a apresentada no reinício do movimento de translação do Planeta.

[14] De forma similar ao que ocorre no processo de se criar uma escultura com argila. Primeiro se utiliza uma porção de argila, que é moldada e o excesso é retirado, deixando apenas a base do que se visa construir. Depois, uma nova porção de argila é acrescentada, moldada e o excesso é retirado, para construir a estrutura da escultura. Esse ciclo de acrescentar argila, moldar e retirar o excesso se repete até o objeto ser finalizado.

[15] Pois “enquanto Tudo está no Todo, é também verdade que o Todo está em Tudo”.


~ Paulo Jacobina mantêm o canal Pedra de Afiar, voltado a filosofia e espiritualidade de uma forma prática e universalista.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/espiritualismo/formacao-estelar-planeta-e-transicao-planetaria/

Fisiologia dos Fantasmas

Fantasmas são desencarnados mas não são incorpóreos ou seja, possuem corpo que  podem tornar visível aos olhos dos vivos densificando um tipo de matéria sutil que os kardecistas identificam como  ectoplasma e os teósofos como matéria astral.

O corpo ou o envoltório material que abriga o espírito fantasmagórico, em seu estado normal, corpo astral [linga-sharira ou “o duplo”] ou perispírito, invisível para o sentido físico da visão comum porém perceptível para os mediuns que, teoricamente, possuem a faculdade da clarividência, uma capacidade de colocar a si mesmos em sintonia com a vibração ontológica [de Ser] do fantasma. Segundo a descrição dos que viram fantasmas, estas entidades têm tamanho e forma semelhante ao humano encarnado mas sua aparência é etérea, definida em termos tais como: nebulosa, semi-transparente, luminosa-prateada, “como uma sombra”, brumosa, enevoada.

Em geral, não possuem densidade suficiente para serem susceptíveis ao toque mas há relatos de fantasmas que puderam tocar e ser tocados como se fossem capazes de se manifestar com uma maior concentração de matéria astral, de modo a se tornarem tangíveis. Nesses casos, supõe-se que estejam utilizando agregado de ectoplasma para obter essa corporeidade perceptível no plano físico. Não raro, são mencionados como figuras assustadoras, especialmente quando aparecem com as marcas das seqüelas dos acidentes ou traumas que causaram sua morte. Sua presença pode ser percebida não apenas visualmente mas, também, por fenômenos como a movimentação de objetos, ruídos, vozes e exsudação de aromas que não têm origem física aparente ou localizável e somente poderiam ser explicados pela força ou ação proveniente destes seres.

Ectoplasma: [do Grego “ektós“: por fora + “plasma“: molde ou substância, resultando no significado “exteriorização substancial” ou material, também denominado atmoplasma, éter vitalizado , hylê, ideoplasma, paquiplasma , primeira matéria, psicoplasma, teleplasma.

Sobretudo no contexto das aparições provocadas em sessões espíritas [kardecismo], onde Espíritos são evocados, chamados e também nas manifestações espontâneas, a matéria ou substância que o Espírito utiliza para se tornar visível ou palpável é o ectoplasma que, segundo a doutrina, é captado e agregado ao períspírito conferindo-lhe maior densidade. Quando à textura  do ectoplasma, é descrita como sendo: filamentosa, “uma massa de gelatina pegajosa, semilíquida e branquíssima”  [ENCICLOPÉDIA ESPÍRITA DIGITAL, 2007].

O termo foi criado pelo cientista Charles Richet que realizou experiências sobre as materializações produzidas pela medium Eva Carrière, Argélia, 1903. O ectoplasma foi analisado e descrito como um tipo de albumina encontrado em células animais e vegetais, situada entre o núcleo e citoplasma, constituído de cloreto de sódio, fosfato de cálcio, leucócitos [glóbulos brancos], tecido epitelial e gorduras, capaz de penetrar todo tipo de matéria terrena mesmo as mais densas o que confere ao espírito o poder de atravessar sem prejuízo os sólidos [por isso, o Espírito manifestado visivelmente pode atravessar paredes], água e fogo. Pode ser sintetizado pelo próprio Espírito a partir de fontes ambientais e/ou retirado de pessoas, conscientes ou não do fato. Sobre Eva Carrièrre e as pesquisas de Charles Richet, escreve Arthur Conan Doyle em sua História do Espiritismo:

O primeiro médium de materializações que se pode dizer que tenha sido investigado com cuidados científicos foi essa moça Eva, ou Eva C., como é geralmente chamada, pois seu nome era Carriere. Em 1903 foi examinada numa série de sessões em Villa Carmen, em Argel, pelo Professor Charles Richet; e foi a sua observação desse material esbranquiçado, que parecia sair do médium, que o levou a cunhar o vocábulo “ectoplasma”. Eva tinha então dezenove anos e estava no auge de suas forças, que foram gradativamente minadas por longos anos de investigação sob constrangimento“.

Os kardecistas cedem voluntariamente suas reservas de ectoplasma e esta é a razão das críticas formuladas ao Espiritismo. H.P. Blavatsky, Eliphas Levi e outros ocultistas que chamam a atenção para o fato dea evocação dos mortos provocar, mais cedo ou mais tarde, debilidade na saúde dos mediuns e a razão para isto é justamente a evasão de energia vital utilizada para produzir e transferir ectoplasma. De fato, há numerosos casos de mediuns que terminaram seus dias extremamente doentes, padecendo de enfermidades do corpo e da mente. Não é preciso ir muito longe para comprovar isso: a biografia de Chico Xavier, o mais famoso medium brasileiro, sua figura frágil e enfermiça é suficiente para, ao menos, fazer pensar sobre a veracidade das advertências. Sobre a saúde dos mediuns, H.P. Blavatsky comenta em A Chave da Teosofia:

O que entendo é que consciente ou inconsciente, todas essas comunicações com os mortos são necromancia e práticas perigosíssimas. …Todos os mediuns, os melhores mais poderosos, sofrem física e moralmente. Recorde-se o triste fim de Charles Foster, que morreu louco furioso em um asilo, de Slade, epilético; Eglinton, sujeito à mesma enfermidade. veja o que foi a vida de D.D. Home… padeceu durante anos com uma terrível enfermidade da medula [onde são produzidos os glóbulos brancos], produzida por suas comunicações com os espíritos. …Enfim, considere as mais antigas mediuns, as fundadoras e primeiras estimuladoras do espiritismo moderno, as irmãs Fox. Depois de mais de quarenta anos de relações com os ‘anjos’, estes permitiram que elas se tornassem imbecis incuráveis…” [BLAVATSKY, 1983, p. 184]

por Ligia Cabús

Postagem original feita no https://mortesubita.net/espiritualismo/fisiologia-dos-fantasmas/

Revista Hermetismo e Projeto Mayhem

E para fechar este Projeto com chave de ouro, como ultrapassamos 25k na pré-venda dos Livros Sagrados de Thelema, anuncio nosso próximo passo: a volta do Projeto Mayhem e a criação de uma revista trimestral nos mesmos moldes do Liber 1… através de um Financiamento Coletivo recorrente. Se os magos de 1929 conseguiam se reunir e separar as matérias mais interessantes para publicar, nós em 2018 também somos capazes de fazer isso.

Para mostrar a qualidade gráfica que podemos alcançar, todos que apoiaram o Projeto Livros Sagrados de Thelema receberão um exemplar do Volume zero, uma revista com 32pgs e matérias escritas por uma galera muito boa sobre diversos assuntos ligados às ciências ocultas… thelema, alquimia, hermetismo, magia prática, umbanda, espiritualismo, etc.

Ao longo deste mês passo os detalhes.

Essa vitória é de todos nós!

Sucesso é a única possibilidade!

#hermetismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/revista-hermetismo-e-projeto-mayhem