Curso em Brasília e Cursos no Carnaval

Este é um post sobre um Curso já ministrado!

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Cursos de Fevereiro/2009

21/02 – SP – Sábado – Kabbalah.

22/02 – SP – Domingo – Astrologia Hermética.

23/02 – SP – Segunda – Tarot (Arcanos Maiores).

24/02 – SP – Terça – Chakras, Kundalini e Magia Sexual.

Uma alternativa para o Ziriguidum dos infernos que toma conta desta República de Bananas. Os interessados escrevam pro marcelo@daemon.com.br

Mais sobre a experiência dos cursos na continuação…

Queria agradecer à galera da Pendragon, que conseguiu o local, e ao pessoal que se dispôs a passar 16 horas estudando sobre coisas que até então faziam parte das suas vidas, mas que parecem estar espalhadas e desconexas… até que tudo faz sentido! Normalmente o pessoal sai com o cérebro zunindo deste curso e demora alguns meses para digerir todas as informações.

Uma vez um aluno me perguntou quanto tempo demorava para aprender toda a Kabbalah. “Algumas vidas” – respondi.

Como tudo começou…

Estou curtindo ministrar esses cursos. Antigamente eles eram abertos apenas para membros da maçonaria ou rosacruz, porque eu não tinha a menor paciência para ensinar estas coisas no método que as pessoas vêem nas “Escolas Ezotéricas” (com Z mesmo, porque nem X de “Exotérica” esse povo está merecendo hoje em dia). Conheci um pessoal de um desses centros holísticos da vida e fiz uma experiência:

ministrei um curso de tarot.

Apareceram umas vinte tias, e o curso era dividido em três meses, uma aula por semana… “tem de ser mastigado, senão o pessoal não entende” – me disse a dona do local – “É mesmo?“.

Nem preciso dizer que as tias apareciam aula sim, aula não.. e davam a impressão que, se o curso fosse de culinária ao invés de tarot, daria na mesma. Para elas, era como se fosse um passatempo.

Como eu gosto das coisas bem feitas, mandei esse esquema à merda e parei de dar aulas para profanos. Dentro das Ordens Iniciáticas, o pessoal que vai fazer estes cursos já sabe o que quer e tem a disciplina e a vontade de aprender, mesmo que não saibam NADA sobre o assunto em questão.

E assim foi durante alguns anos, até que o Eightbits me convidou para escrever a coluna no S&H e o pessoal começou a insistir para abrir estes cursos para os leitores.

Fiz a experiência em Dezembro do ano passado e devo reconhecer que têm sido muito legal. Conheci um pessoal que realmente está a fim de estudar, ler, pesquisar e ir a fundo nestes assuntos. Tanto que boa parte deles acabou se iniciando em ordens filosóficas e iniciáticas e hoje já seguem com as próprias pernas. Fico muito feliz e honrado de poder ter sido a pessoa que abriu estas portas para vocês.

Agora em 2009, com o pessoal mais adiantado, podemos abrir turmas de 72 anjos da Kabbalah, Goécia, Geometria Sagrada, Florais, I-Ching, Runas e Gematria, pois seria impossível ter grupos de estudos pegando um pessoal novato.

Justamente por isso, pensei em fazer a série com os 4 cursos que eu considero mais importantes ao estudante de Ocultismo. Eu já preparei toda a didática para quem não sabe nada a respeito destes assuntos ter as bases para estudar sozinho depois.

Kabbalah vai tratar da Árvore da Vida. A origem e a explicação de todas as escolas filosóficas e religiões, a resposta para a Vida, o Universo e tudo mais…
Astrologia Hermética já traz muitos aspectos práticos de autoconhecimento. Entender como funcionam os ciclos da natureza e como estas forças astrais podem ser utilizadas para impulsionar praticamente qualquer ação realizada no Plano Material é uma ferramenta básica de qualquer iniciado.

O Tarot é o meu oráculo favorito. Dispensa apresentações.

E por fim, Chakras, Kundalini e Magia Sexual eu considero muito importante para qualquer pessoa que já tenha alguma mediunidade, para casais que queiram estudar ocultismo juntos e para quem deseja lidar com aspectos de magia prática no futuro.

Mas já aviso antes… São cursos puxados, de 8h cada e com um volume enorme de material (mas se você prefere tudo mastigadinho, tudo bem, eu posso recomendar umas casas ezotéricas…)

#Cursos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-em-bras%C3%ADlia-e-cursos-no-carnaval

Maçonaria, Templo de Salomão e Geometria Sagrada

Por Hamal

“Sob as aparências de Universo, de Tempo, de Espaço e de Mobilidade está sempre encoberta a Realidade Substancial – a Verdade Fundamental” – O Caibalion, Capítulo IV.

A influência do hermetismo e da alquimia dentro da Maçonaria são muito claras para quem conhece um pouco dessas filosofias.

A Maçonaria parte do princípio de que Deus arquitetou o Universo de maneira harmônica, e o homem como “Pedreiro” é capaz de reproduzir ou continuar sua obra com o devido conhecimento sobre essa “Harmonia Universal” e sobre suas ferramentas de construção, tal como fez Salomão e seus arquitetos na construção do Primeiro Templo em Jerusalém. Mas hoje a Maçonaria se apoia no campo do simbolismo, onde esse Templo está dentro de nós.

O conhecimento de como o Macro se manifesta no Microcosmo está ligado às antigas Artes Liberais descritas na antiga Grécia. Os detentores desses conhecimentos que se dedicavam a construção de Templos eram chamados de Mestre Construtores e tralhavam em seus templos a Geometria Sagrada da Terra.

MACRO E MICROCOSMO

“Depois levantou as colunas no pórtico do templo; e levantando a coluna direita, pôs-lhe o nome de Jaquim; e levantando a coluna esquerda, pôs-lhe o nome de Boaz.” – 1 Reis 7:21.

Assim era no Templo de Salomão, assim são em muitas Catedrais Templárias e assim são nos Templos Maçons: na porta de entrada encontram-se duas colunas que marcam o inicio do Templo.

Mas por que duas? Na tradição da cabalista, da qual Rei Salomão se baseou para construção do Templo, é dito que Deus manifestou tudo em dualidade no nosso Universo para que houvesse sustentação e evolução. Jaquim significa “firme”, “estável”, “ereto” e “Ele estabelecerá”, Boaz significa “forte”, “força”, “fonte de força” ou “Nele está a força”.

A base para a existência é a dualidade. São os átomos com partículas de cargas positivas e negativas que formam a base da matéria, o frio e o calor que são idênticos mas estão em polos opostos, assim como o amor e o ódio, o vício e a virtude que são polos opostos da mesma energia. Tudo que existe é dual e precisa do seu oposto para poder existir e se completar. É o Yin Yang, ou Tai Chi, dos orientais. Se de um lado existe o macrocosmo, do outro temos o microcosmo pelo qual o Macro se manifesta, e vice versa, que são as duas colunas do Templo.

Esse é o Princípio da Polaridade que dá a estabilidade e força da criação, assim como nossas duas pernas nos sustentam.

Rei Salomão chamou arquitetos capazes de construir o Templo nas proporções do Macrocosmo, e dessa maneira reproduziu em menor escala a geometria do macrocosmo.

GEOMETRIA SAGRADA

A arquitetura e geometria na Babilônia e no Antigo Egito, onde a Geometria Sagrada foi iniciada, eram ensinamentos literalmente guardados a sete chaves reservado somente a classe sacerdotal. Ser um Mestre Construtor, Arquiteto, Escultor, Carpinteiro, era estar entre a classe mais elevada do seu reino. A exemplo citamos Imhotep de aproximadamente 2655 a.C do Antigo Egito tido como primeiro Geômetra Sagrado que se tem noticias, além de ter conhecimento em medicina e astronomia. Somente com um amplo conhecimento sobre todas as áreas do homem (micro) e do universo (macro) conseguiria-se reproduzir o macro no microcosmo.

Assim teve inicio as iniciações aos mistérios da arte da construção, onde o iniciado era conduzido através de rituais a entender o mundo que está sua volta e acima dele, como esses mundos funcionam e a como modificá-los.

As iniciações aos mistérios sempre começam com as chaves para que o indivíduo tenha no controle de si mesmo, das suas emoções e atitudes, pois o primeiro dever é ser mestre de si mesmo. A maneira pela qual o iniciado é conduzido a esse auto controle e auto conhecimento varia de tradição em tradição. Uma forte influência que prevaleceu foi a da alquimia que identificou os quatro elementos (terra, ar, água e fogo) como temperamentos do homem, e ao controlar esses elementos, o homem encontraria a Pedra Oculta, ou Filosofal, dentro de si.

O domínio sobre os elementos significa ter controle sobre suas emoções, pois cada um dos elementos representam um grau emocional da psique. Significa que o iniciado para dominar a arte da construção deve em primeiro lugar dominar as suas emoções para não ser escravos delas. Portanto o primeiro aprendizado nas iniciações aos mistérios é o aprendizado e prática do Livre Arbítrio, aquele que não é escravo dos seus estados emocionais altos e baixos.

Após a fase de aprendizado sobre si mesmo, mais chaves eram dadas ao iniciado que o auxiliariam a iniciar o entendimento sobre a construção: a Astronomia, a chave a chave para o Macrocosmo e a Geometria, a chave para o Microcosmo.

Com essa ciência o iniciado descobria que sobre um pilar se apoia a geometria terrestre e em outro a geometria celestial, ambas com os mesmos padrões e regras.

Um dos símbolos que representam o macro e microcosmo é o Hexagrama. No Hexagrama estão contidos a representação dos 4 elementos (terra, ar, água e fogo) que formam a matéria pela intercessão dos dois triângulos, e dos 7 astros errantes do espaço. Seus triângulos entrelaçados referem-se também ao o que está acima (macro) está ligado ao que está abaixo (micro).

O Templo de Salomão que abrigou a Arca da Aliança foi tido como um Templo Perfeito porque seus arquitetos aplicaram nele esse conhecimento geométrico e astronômico.

Muitas Ordens pela história já tiveram o objetivo de sua reconstrução física desse Templo, como os Essênios, Templários e a Maçonaria Operativa. Hoje o mundo precisa, de maneira bem mais urgente, da construção do Templo Perfeito simbólico, que está dentro de nós. Conhecer cada um dos nossos vícios para soterrá-los e erguer Templos a Virtude.

O símbolo da Maçonaria, como vimos no Esoterismo na Maçonaria, tem ainda um outro simbolismo oculto não mencionado, que é o do próprio hexagrama. O Esquadro faz o triângulo com vértice para baixo e o Compasso com o triângulo com o vértice para cima, e o G é o próprio Sol.

Fica de reflexão sobre essa coincidência entre o esquadro, compasso e G com o hexagrama e analisem o painel do inicio do texto com os conhecimentos aqui passados.

Eis o hermetismo na tradição maçônica tão pouco conhecido, mas ainda muito preservado.

Geometria Sagrada foi redescoberta pelos Templários e por isso tem grande importância para o DeMolay que deseja conhecer os mistérios da Ordem dos Cavaleiros Templários, não sendo restrito ao estudo Maçom.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ma%C3%A7onaria-templo-de-salom%C3%A3o-e-geometria-sagrada

Pirâmides parte III – A Câmara dos Reis

Olá crianças,

Apenas respondendo a alguns dos comentários, eu gostaria de dizer que, na verdade, eu sou mais cético do que a imensa maioria dos que se dizem “céticos” que escrevem comentando. A minha formação é a seguinte: fiz engenharia de produção na USP, depois arquitetura, também na USP, com especializações em semiótica (o estudo de símbolos, signos, mensagens subliminares, cores, etc. e como elas afetam as pessoas) e História da Arte (com ênfase em História das Religiões comparadas, de onde resultou um dos meus trabalhos, chamado “Enciclopédia de Mitologia”, com cerca de 7.200 verbetes). Desde 1989 também estou envolvido direta ou indiretamente com fraternidades iniciáticas, filosóficas e religiosas. Segundo os testes da Mensa, meu QI é de 151, embora eu não goste muito deste conceito de “Quociente de Inteligência” porque acredito que existam diversos tipos diferentes de inteligência. Apesar de conhecer e estudar profundamente todas as religiões, a minha religião pessoal é a Filosofia.

Quanto às “ordens secretas”, eu gostaria de dizer que a Maçonaria, Rosacruz, AMORC e outras não são secretas, mas DISCRETAS, pois, como visto acima, possuem sites, emails, CNPJs e estão com as portas abertas a qualquer pessoa que seja um buscador sincero. Quanto à “Ordens Invisíveis”, ai eu não sei do que vocês estão falando, essas coisas não existem…

Bom… vamos ao que interessa: a Câmara dos Reis.

Antes disto, vamos brincar um pouco com a geometria sagrada. Pela imagem ao lado, vocês podem perceber que a pirâmide, além das perfeições milimétricas que comentei no post anterior, possui algumas câmaras internas, que as otoridades chamaram de “Câmara do Rei” e “Câmara da Rainha”.

Para falar sobre elas, primeiro vou ensinar vocês a construírem suas próprias pirâmides com um compasso e um esquadro. Faça da seguinte maneira.

Trace uma linha reta em um papel. Faça com um compasso 2 círculos tangentes sobre esta linha. Em seguida, faça duas linhas perpendiculares ao centro de cada círculo até que elas toquem o ponto superior de cada círculo. Ligue os pontos ABCD da maneira que eu coloquei.

Usando o compasso, coloque a ponta dele no centro obtido pelo X e trace um segundo círculo, com intersecção nestes 4 pontos ABC e D. Usando o esquadro, trace uma reta do topo deste novo círculo até a base e você terá a exata proporção das pirâmides da atlântida.

Os traçados BC e AD “coincidentemente” terão os exatos mesmos ângulos de inclinação das passagens que ligam o exterior da pirâmide às câmaras encontradas (acompanhe as imagens) e estas câmaras e túneis, bem como seus cruzamentos teóricos “coincidem” perfeitamente com as quatro câmaras, 2 do “Rei” e 2 da “Rainha”.

“Opa ! – como assim QUATRO?!?!? As otoridades dizem que só existem DUAS câmaras na pirâmide!!!.”

Desde 1963, as otoridades têm sabotado e bloqueado sistematicamente qualquer investigação nas pirâmides que não fosse estritamente observada e acompanhada de perto por seus agentes religiosos e historiadores que precisam manter suas teorias de “tumba do faraó” intactas. Mas o tio Marcelo conseguiu algumas fotos muito interessantes de 1910 para mostrar para vocês..

Dentro da pirâmide, existem dois conjuntos de câmaras, dispostas lado a lado, como na figura e seguindo alinhamentos perfeitos não apenas em relação ao Norte da Terra mas em relação a certas estrelas e constelações. A estrutura milimétrica da pirâmide bem como sua composição material (o tipo de pedra escolhido) facilitam certos tipos de vibrações harmônicas (a saber, 740 Hz).

A câmara do Rei possui uma série de 3 portas que possuem um intrincado sistema de abertura e fechamento. Para quem é rosacruz eu não preciso explicar o simbolismo dos “3 Atrios”. Para quem estuda apenas a parte prática, podemos entender estas portas como… portas capazes de selar hermeticamente (no sentido mundano) a câmara do rei, para o caso de, digamos, precisar encher a sala com água…

Tendo duas câmaras grudadas uma na outra e toda uma estrutura dupla dentro da pirâmide, podemos pensar em algumas possibilidades… alinhamento com o norte, dois polos (positivo e negativo), cinco “tetos solares internos” sobre as câmaras dos reis (que podiam ser preenchidos internamente com algo), estrutura de ressonância, faixas desenhadas nas paredes dividindo a câmara em oitavas, como se fosse um “regulador” de alguma coisa… dutos de “ventilação” internos que levam a câmaras subterrâneas “alagadas” e externos que se correspondem perfeitamente com certas estrelas em certos períodos do ano, portas para selar a sala…

Aos olhos conspiratórios, isso tudo parece um grande equipamento…cujo coração (o ponto onde está o centro energético da pirâmide) reside justamente no pontos onde estão os sarcófagos dos faraós !!!

Olhe que interessante esta figura que pode ser encontrada em uma inscrição dentro do templo de Hathor, chamada de “pilares de Djed”… Dois pilares… hummmmm

Para completar a conspiração, se existem duas câmaras coladas uma na outra, deveria haver uma ligação entre as duas salas, não é mesmo? Mas quando olhamos esta foto aqui, tirada por um amigo meu em 1993, vemos que não há nada ali. Porém, se olharmos para esta foto dos irmãos Edgar, tirada em 1910, vemos claramente que existia um túnel de conexão ali. Porque as otoridades cimentaram o túnel?

E finalmente chegamos ao “sarcófago” do Faraó, coração energético da pirâmide. As medidas internas oficiais são 1,68m x 68,1cm x 87,4cm. A menos que o faraó fosse bem anãozinho, não poderia ser colocado junto com seu “chapéu de faraó” e “ornamentos de faraó” dentro de um sarcófago tão pequeno. Teriam nossos amigos escravos egípcios, que empurraram tantas pedras tão pesadas ladeira acima e construíram uma pirâmide com erro de 58mm em 230m, errado tão idiotamente logo no “coração” da tumba? Não faz sentido…

Então… o que cabe ali dentro?

Cabe um sacerdote sentado, como se fosse uma “banheira” enquanto outro sacerdote, digamos, ritualisticamente, o mergulha nas águas, afundando-o para que ele “morra” e depois “renasça” como um iniciado (guarde bem essa imagem de um sacerdote egípcio afundando um neófito dentro de um corpo de água para depois retirá-lo das águas renascido… isso será importante nos posts conspiratórios uns 4.000 anos lá para a frente).

Mas o que tem de especial nesta água?

Se a pirâmide era algum tipo de “equipamento”, o que usavam de bateria?

Bem… para responder esta pergunta, podemos dizer que existe uma outra coisa que cabe perfeitamente dentro do “sarcófago”. Vamos olhar na bíblia, crianças…

O que é, o que é? Mede 2,5 x 1,5 x 1,5 cúbitos (1,12m x 67,5cm x 67,5cm), foi retirada do Egito e ficava dentro de um templo construído especialmente para ela com as mesmas proporções da câmara dos reis?

Respostas na próxima semana.

#Matemática #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/pir%C3%A2mides-parte-iii-a-c%C3%A2mara-dos-reis

Curso de Geometria Sagrada – Update

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

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Vários alunos me escreveram pedindo que eu mudasse a data do curso e ai percebi a burrice que eu tinha feito… marquei o de Geometria Sagrada ANTES do curso de tarot, que é pre-requisito deste… na minha cabeça, era para ministrar o curso só para os alunos antigos, mas seria sacanagem com quem está estudando agora deixar esse pessoal fazer este curso importante só no ano que vem, então reorganizei as datas de todos os cursos.

O Curso de Geometria Sagrada Envolve todas as Lendas e Contos que permeiam os Arquétipos Universais, através da conexão entre 3 Sephiroth. Como no exemplo Acima, onde Hochma, Binah e Tiferet em Atziluth encontram-se eternizadas na lenda de Perseu e Andrômeda, a destruição do Monstro pelo príncipe e posterior casamento deste com a Princesa e transformação dos dois em Rei e Rainha…

Este é um dos cursos avançados mais importantes para quem quer estudar a fundo a Geometria Pitagórica, organização de templos religiosos, a construção de todos os Principais Mitos da História do Planeta, registrados nas lendas das Constelações, Arcanos do Tarot e correlações mais profundas da Kabbalah Hermética.

Pré-Requisitos: Kabbalah, Astrologia e Tarot.

Seguem as datas de todos os cursos que serão ministrados até o final do Ano.

Outubro

05/10 – Kabbalah – SP

06/10 – Astrologia Hermética I – SP

Novembro/Dezembro

15/11 – Kabbalah – Porto Alegre

16/11 – Astrologia Hermética – Porto Alegre

17/11 – Qlipoth, a Árvore da Morte – Porto Alegre

30/11 – Tarot (Arcanos Maiores) – SP – Vila Mariana

01/12 – Tarot (Arcanos Menores) – SP – Vila Mariana

07/12 – Runas e Magia Rúnica – SP

08/12 – Geometria Sagrada – SP

15/12 – Magia Prática – SP

Informações no email: marcelo@daemon.com.br

#Cursos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-de-geometria-sagrada-update

Bruxaria, Paganismo e Magia Sexual – parte II

Semana passada falamos sobre as origens da magia sexual, os Ritos na Suméria, o Hieros Gamos egípcio, as três principais divisões dos estudos iniciáticos e de como a Santa Igreja adora pegar expressões sagradas das outras religiões e transformar em palavras sujas.

Hoje vamos continuar nosso passeio através da história da magia sexual, de Roma até os dias de hoje.

Vou seguir com a narrativa por três pontos de vista diferentes: o masculino, do Templo Solar, que regeu basicamente os exércitos e guerreiros, o feminino, do Templo Lunar, que coordenava as sacerdotisas, e as Fraternidades Mistas, que formavam a maioria dos grupos envolvidos nas festividades pagãs do Hieros Gamos.

Prostitutas Sagradas

Muitas famílias nobres enviavam suas filhas para servirem como Harlots (o termo em inglês hoje em dia é utilizado com o sentido de prostituta, sem tradução para o português) por anos. A Harlot entrava em um templo como uma Virgem Vestal e sacrificava sua virgindade ritualisticamente para o sacerdote que a iniciaria nos mistérios do Hieros Gamos. Esta primeira relação era muito importante pois o sacrifício de sangue para Ishtar marcava a iniciação destas sacerdotisas e era algo considerado muito sério e muito importante (até os dias de hoje, dentro de algumas Ordens Invisíveis). O linho na qual ficavam as manchas de sangue era queimado e dedicado às deusas, consagrado em uma grande festa de acolhida.

Mais tarde, de uma maneira completamente deturpada pelos profanos, isto acabaria dando origem a dois costumes medievais: a “Prima Noche”, na qual o Senhor Feudal requisitava o direito de transar com qualquer mulher que fosse se casar e a exibição do lençol sujo de sangue como “prova” da virgindade da “mercadoria” com a qual o nobre havia se casado.

Outra curiosidade era que, se a garota não havia “dedicado” sua virgindade à deusa Ishtar, e transado sem as devidas ritualísticas (ou seja, fora do templo de Innana/Ishtar), dizia-se que havia “perdido” sua virgindade e não podia se tornar uma prostituta sagrada. Seu dote, obviamente, era muito menor do que o das Harlots.

As Harlots eram tão procuradas que, após este período de dedicação ao templo, havia muitos pretendentes que se apresentavam para pagar o dote destas garotas a fim de poder se casar com elas.

Curiosamente, apesar de todo o culto de sexo sagrado, Ishtar é reverenciada com o nome de “a virgem”, implicando com isso que seus poderes e sua criatividade não dependiam de nenhuma influência masculina. As mulheres detinham o poder e o controle. Para os gregos, era conhecida como Afrodite ou Vênus (para os romanos).

A partir do Código de Hamurabi, em aproximadamente 1750 AC, tudo isso mudou. A mulher passou a necessitar da permissão de seu marido ou pai para tudo, o poder das sacerdotisas foi massacrado e Innana e Ishtar perderam muito do prestígio que possuíam, tornando-se divindades menores e, posteriormente, demônios da luxúria. Muitos dos templos, para não serem fechados por ordem dos governantes, precisaram forjar casamentos falsos para que pudessem continuar funcionando, mas as mulheres passaram a ter de obedecer a estes maridos, o que acabou dando origem aos primeiros “cafetões”. Em menos de 100 anos, os Templos de Prazer acabaram se tornando algo muito mais parecido com o que temos hoje, com o afastamento da ritualística e apenas a troca de moedas por sexo (geralmente para as mãos do homem que controlava estes grupos). A adoção de escravas para suprir as necessidades dos homens e a degradação do valor das mulheres acabou jogando estes locais para a margem da sociedade, onde estão até os dias de hoje, infelizmente.

Enquanto isso, no mundo dos machos…

Conforme estávamos discutindo, o Culto Solar era composto apenas por homens e girava em torno do uso da magia para expandir as habilidades de batalha, capacidade de raciocínio matemático, engenharia, construções utilizando a geometria sagrada, táticas de combate e filosofia.

Na medida do possível, eles tentavam proteger as sacerdotisas, mas o próprio fato de não haverem mulheres nos exércitos e as Ordens serem quase totalitariamente militares tornava tudo muito complicado. As Ordens lunares tornaram-se secretas, abrigadas entre os celtas e romanos e bem longe das garras judaico-cristãs. Já as solares haviam adquirido um poder sem precedentes.

Linhas de Ley para marcar os principais locais de rituais e conectar outros monumentos nestas linhas invisíveis. Estes monumentos servem para ajudar a ajustar a Terra para permitir melhores colheitas, paz, harmonia e prosperidade nas regiões ao seu redor. Um Obelisco representa acima de tudo um Raio de Sol Petrificado (isso é bem óbvio, mas é uma coisa que as pessoas nunca param para pensar… ) que cai sobre a terra em um ponto específico.

Uma segunda característica era muito importante dentro dos cultos solares, que era a iniciação de seus principais guerreiros e líderes. Como eu havia dito na outra coluna, esta iniciação dos comandantes era feita enviando-o para algum lugar bastante inóspito armado apenas com uma adaga e esperava-se que ele não apenas sobrevivesse como trouxesse uma prova de suas capacidades de caçador.

Esta prova era a pele do animal (um lobo, urso ou veado). Nos celtas, bretões e druidas, o mais tradicional eram os gamos ou alces, que o iniciado precisava também remover os chifres e traze-los presos em sua cabeça. A capa vermelha do rei simboliza a pele coberta de sangue do animal. As capas dos soldados romanos, dos exércitos de Esparta e dos guerreiros celtas (além das bandeiras nazistas) simbolizavam este poder. Nos nórdicos, eles vestiam as peles de ursos (Bersekir, da onde se originou o termo Berserker para designar os guerreiros imbatíveis do norte que lutavam sob o efeito de poderosos rituais xamânicos).

Os chifres na cabeça representam o deus das florestas encarnando naquele sacerdote/guerreiro, o que seria de vital importância no Hieros Gamos, pois mostraria que aquele iniciado estava apto a incorporar o avatar de Cernunnos/Baco/Dionísio/Dummuz nos rituais.

Tropa de Elite, osso duro de roer…

Estas ordens solares (e conseqüentemente a maioria dos exércitos da Antigüidade) estavam organizadas da seguinte forma: Cada Centurião (também chamado Hekatontharchos em grego) comandava uma Centúria, que era formada por 100 soldados, organizados em 10 conturbernium, e comandada por um Decurion. Estas contubernia eram formadas por 8 combatentes (chamados de octeto) e mais 2 não combatentes (que cuidavam dos cavalos, comidas, armas e armaduras do octeto). Estes grupos eram tão unidos que acabavam sendo punidos ou recompensados como um todo. Caso algum dos membros de um contubernium cometesse algum ato de covardia ou traição, o grupo todo era escolhido para pagar. Neste caso, os dez soldados pegavam palitos de trigo e aquele que tirasse o menor palito era apedrejado pelos nove colegas. Desta prática, chamada Decimatio, surgiu o conceito do “puxar o palito menor” como sinônimo de má sorte, além da origem da palavra “dizimar” como matança.

Cada seis centúrias formavam uma Cohorte e o conjunto destas cohortes formava a Legião. O Grão Mestre destas ordens era chamado de Monos Archen (que significa em grego “Um comandante”). Monosarchen é a origem da palavra Monarca (Monarch em inglês).

Ok… mas o que esta história sobre exércitos romanos têm a ver com a Teoria da Conspiração? MUITO… Mas por enquanto, não vou contar o por quê. No momento, basta que vocês saibam que uma Cohorte nos tempos de Jesus era formada por 600 homens pesadamente armados.

Celtas, Druidas e a Bruxaria

Fora dos cultos altamente secretos das Bacantes ou dos soldados do Templo Solar, o culto à natureza continuava a todo vapor entre os celtas, druidas e bretões.

Os druidas traçam suas raízes em 300 AC. Os primeiros registros deles foram feitos pelo escriba grego Sotion de Alexandria no século II AC. Os pitagóricos os chamavam de Keltois (Aquele que domina o carvalho). Em latim eram chamados de druides (que tem a mesma origem da palavra Dríade, que significam as “ninfas da floresta” na mitologia grega, que nada mais eram que as sacerdotisas celtas que realizavam seus ritos nas florestas).

Do Egito, os ritos migraram tanto para a Grécia quanto para as Ilhas. Da mesma maneira que os sábios gregos construíam panteões, templos e obeliscos utilizando-se da geometria sagrada, os bretões e celtas erguiam círculos de pedra com a mesma função. Enquanto os gregos realizavam as Bacchanalias, os celtas e bretões realizavam os festivais de Solstícios e Equinócios, bem como as Festas de Beltane e Samhain, onde eram celebrados os Hieros Gamos.

Nos ritos sagrados, o aspecto masculino da divindade era representado primariamente por dois deuses: Cernunnos e o “Green Man” (Homem Verde). Cernunnos é o Deus Chifrudo das florestas, representando todas as forças viris da natureza. Seus chifres podiam ser tanto de carneiro (com toda a simbologia fálica que eu comentei semana passada) quanto de gamos (representando a iniciação dos sacerdotes dentro da tradição solar). De qualquer forma, era a personificação do poder masculino do universo. O Grande Deus. Era sempre representado vestindo peles de animais e muitas vezes com o casco de bode. Cernunnos possui as mesmas atribuições do deus Pan (grego) e do deus Pashupati (hindu). A título de curiosidade, o nome Pan vem do grego Paon, que significa “Pastor”… ah, a ironia…

Agora… deus chifrudo? com pés de bode? Aparecendo nos Sabbaths?… onde a gente já ouviu falar disso? Ah, claro! A Igreja Católica espalhou pelo mundo afora que esta era a imagem do diabo !!! do tinhoso !!! do inominável !!! do coisa-ruim !!! que todos deviam temer e fugir. Estes ataques virulentos continuam até os dias de hoje, não apenas pela Santa Igreja mas também por todas as suas descendentes evangélicas. Eles diziam (dizem) até que as bruxas transavam com bodes, com o demônio e com os outros sacerdotes durante os rituais “satânicos”.

Da parte da Deusa, as sacerdotisas representavam o poder feminino. Eu vou falar mais sobre os ritos quando falar especificamente sobre Bruxaria e as origens da Wicca. Por ora, basta dizermos que mulheres peladas dançando ao luar associadas a livres pensadores não agradavam em nada ao controle da Igreja e, desta forma, a nudez e o sexo foram automaticamente associados ao PECADO (até os dias de hoje).

Devemos grande parte disto a um babaca chamado Santo Agostinho, que por volta de 400 DC reescreveu a gênesis associando a expulsão de Adão e Eva do Paraíso ao sexo e ao tal do “pecado original”.

A partir de então, bruxaria foi associada ao satanismo e qualquer desculpa era uma desculpa para mandar estas pessoas para a fogueira, e assim tem sido até os dias de hoje.

O Carnaval

Com a perseguição religiosa, os Hieros Gamos passaram a ser celebrados disfarçados de bailes de máscaras, também conhecidos como Carnavais. A origem do Carnaval remonta das Saturnálias, que eram festas romanas em honra ao deus Saturno, organizadas entre 23 de Dezembro e 6 de Janeiro, regadas a muito sexo, danças, sacrifícios aos deuses e troca de presentes entre as pessoas (Saturnalia et sigillaricia, que deu origem às trocas de presentes no natal). Para não coincidir com as festividades de Solis Invictus, os romanos acabaram jogando esta data mais e mais para a frente no calendário até chegar a janeiro/fevereiro.

Magia sexual homossexual

Para finalizar, infelizmente, sinto dizer que não existem rituais sexuais homossexuais, por uma razão que, se vocês acompanharam estes textos desde o capítulo dos chakras, deve estar evidente. Todo o fluxo de energias sexuais, do tantra ao Hieros Gamos, opera na diferença energética entre os chakras masculinos e femininos, como uma bateria eletromagnética onde os chakras de cada participante fazem as vezes de pólos positivos e negativos. No caso de APENAS pessoas do mesmo sexo (isso não vale, por exemplo, se estiverem duas mulheres e um homem ou dois homens e uma mulher em um ritual tântrico) esta conexão não funciona. É como tentar fazer uma bateria com dois pólos positivos ou negativos.

As mulheres possuem uma vantagem sobre os homens neste aspecto. Durante a magia, a utilização de fluídos corporais potencializa os resultados do ritual. Em ordem de poder temos: a saliva, sêmen, líquidos vaginais, sangue e, finalmente, o mais poderoso de todos: o sangue menstrual (chamado Menstruum).

Por isso, determinados ritos femininos (as Bacantes, por exemplo) eram realizados em certas luas (e as leitoras sabem que quando muitas mulheres convivem juntas, os ciclos menstruais tendem a se alinhar). Desta maneira, as sacerdotisas estariam em seus períodos menstruais em determinados rituais e este “extra” compensa a presença de um homem.

Talvez apenas o Dumbleodore saiba a resposta…

#Bruxaria #Chakras #HierosGamos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/bruxaria-paganismo-e-magia-sexual-parte-ii

A Arca da Aliança, doktor Jones?

Também farão uma arca de madeira ,de acácia;

o seu comprimento será de dois côvados e meio,

e a sua largura de um côvado e meio,

e de um côvado e meio a sua altura.

– Êxodo 25:10

Olá crianças,

A palavra “Arca” vem do hebraico Aron, que significa “caixa” ou “urna”. De acordo com a bíblia, suas dimensões são de 2,5 x1,5 x 1,5 cúbitos (1,12m x 67,5cm x 67,5cm), curiosamente, a mesma medida do “sarcófago” da “tumba do Faraó” que as pessoas conhecem como Pirâmides do Cairo. Este sarcófago foi o único objeto encontrado dentro da pirâmide, pois a arca era o único objeto que ficava dentro daquela estrutura geométrica sagrada.

Uma das coisas que ainda não havia mencionado ainda quando falei sobre as pirâmides (e engraçado que ninguém teve a curiosidade de perguntar) é que a chamada “Câmara dos Reis” possui 10,40m de comprimento por 5,20m de largura (arredondando), na proporção exata de 2×1. Estas são as mesmas proporções do Mar de Bronze do Templo de Salomão, de todos os templos gregos e a base de todas as catedrais construídas pelos templários, além de serem das mesmas proporções de algumas coisas bastante importantes tanto em templos maçônicos quanto em templos rosacruzes.

Porém, curiosamente, a altura da câmara dos reis é de 5,81m (arredondando também) ao invés de ser 5,20 (que seria esperado para perfazer “dois quadrados”). Por quê esta altura extra? O que estes números têm de especial? A resposta estará nas próximas colunas, quando chegarmos a 532 AC… eu adianto que tem a ver com a geometria sagrada. Mas fica o desafio aos físicos e matemáticos que sempre nos prestigiam por aqui.

A Arca do Comprometimento

Existem diversas teorias sobre o que seria exatamente a Arca da Aliança. Certamente não era uma caixinha de ouro onde se guardavam pedaços de pedras com 10 mandamentos escritos pois, como demonstramos, ela já estava acoplada no interior da Pirâmide desde antes do Dilúvio e era parte integrante de um sistema que movimentava massivas quantidades de energia. Existem diversas teorias mas a mais provável é que a chamada “arca da aliança” fosse o receptáculo para um equipamento Atlante capaz de absorver e gerar grandes quantidades de energia Mana, que era usada em conjunto com a geometria sagrada da Grande Pirâmide.

Eu vou propositadamente pular toda a parte do Moisés, porque preciso falar sobre Kabbalah antes de explicar o que são os Dez Mandamentos de verdade. Aquelas regrinhas tipo “Não Matarás”, “não roubarás”, etc… constavam TODAS do código das leis Egípcias, então Moisés as trouxe do Egito… elas não foram recebidas de Deus. Os dez Mandamentos dizem respeito às dez sephiroth da Arvore da Vida. Mas como explicar Árvore da Vida vai demorar umas 3 matérias, e eu não quero deixar nada pela metade na virada do ano, assumam que isso é tudo simbólico: o que havia dentro da Arca era o Mana (acumulador e gerador de energia) e as tábuas e a vara são metáforas para os códigos de disciplina e preparação iniciáticas que permitiriam a um iniciado ativar o poder do que estava realmente dentro daquela estrutura.

Instruções para construir sua própria Arca da Aliança

25:10 Também farão uma arca de madeira ,de acácia; o seu comprimento será de dois côvados e meio, e a sua largura de um côvado e meio, e de um côvado e meio a sua altura. (11) E cobri-la-ás de ouro puro, por dentro e por fora a cobrirás; e farás sobre ela uma moldura de ouro ao redor; (12) e fundirás para ela quatro argolas de ouro, que porás nos quatro cantos dela; duas argolas de um lado e duas do outro. (13) Também farás varais de madeira de acácia, que cobrirás de ouro. (14) Meterás os varais nas argolas, aos lados da arca, para se levar por eles a arca. (15) Os varais permanecerão nas argolas da arca; não serão tirados dela. (16) E porás na arca o testemunho, que eu te darei. (17) Igualmente farás um propiciatório, de ouro puro; o seu comprimento será de dois covados e meio, e a sua largura de um côvado e meio. (18) Farás também dois querubins de ouro; de ouro batido os farás, nas duas extremidades do propiciatório. (19) Farás um querubim numa extremidade e o outro querubim na outra extremidade; de uma só peça com o propiciatório fareis os querubins nas duas extremidades dele. (20) Os querubins estenderão as suas asas por cima do propiciatório, cobrindo-o com as asas, tendo as faces voltadas um para o outro; as faces dos querubins estarão voltadas para o propiciatório.

– Êxodo.

A arca ficava originalmente guardada em Shiloh (Josué 18:1, Samuel 3:3) mas era levada frequentemente à frente de batalha. Chegou a destruir as muralhas da cidade de Jericó e era comumente carregada à frente dos exércitos para limpar o terreno da presença de todos os animais peçonhentos. Os sacerdotes que carregavam a Arca (chamados Arcanitas) eram os únicos que podiam tocar na arca, e eles eram iniciados e usavam vestes protetoras para tocar na arca. Qualquer outra pessoa que a tocasse, era fulminada por algum tipo de “energia divina” (ou a carga de eletricidade gerada pelo Mana).

Uma vez, ela foi capturada pelos Filisteus (1 Samuel 4). Após sua captura, a Arca foi movida para Asdod, onde fez com que todos os soldados da cidade fossem infectados com horrendas chagas e tumores. Em seguida, foi levada para Gath, onde causou os mesmos efeitos, e posteriormente Ekron. Após dizimar estas duas cidades, a arca retornou para os judeus após sete meses capturada.

A partir de então, foi guardada em Beth-Shemesh e, mais tarde, na Casa de Abinadad. Após três meses, foi enviada para a Casa de Obed-Edom e finalmente transferida para Jerusalém.

O Tabernáculo

Antes da Arca ficar permanentemente guardada no Templo, ela era carregada pelos sacerdotes através dos desertos, e de tempos em tempos os israelitas construíam um templo chamado Tabernaculo (a palavra Taverna, onde os maçons se encontravam para suas reuniões na Idade Média, vem desta raiz). O tabernáculo dos hebreus (durante o Êxodo) era uma tenda portátil, organizada com cortinas coloridas, montada de forma retangular e seguindo as mesmas proporções da Câmara dos Reis. Esta estrutura era erguida todas as vezes que o exército fosse acampar, orientada sempre a partir do Leste.

Ao centro desta tenda ficava um santuário retangular envolvido em pele de bode, com o teto formado com pele de carneiro. Dentro desta estrutura, eram estabelecidas duas áreas: O local sagrado e o local mais sagrado de todos, separados por um véu. Dentro desta tenda interna ficavam um candelabro de sete braços ao sul, um altar com doze fatias de pão ao norte, um altar para queima de incenso ao oeste. Qualquer semelhança com os rituais e círculos celtas que eu vou comentar mais para a frente NÃO são meras coincidências…

A disposição das estacas também seguia uma estrutura rígida. Elas precisavam estar espaçadas de modo que totalizassem 60 estacas (20 ao norte, 20 ao sul, 10 ao oeste e 10 ao leste), de acordo com Êxodos 35:18. Dentro da estrutura externa, tudo precisava ser montado seguindo rigidamente a colocação, de acordo com as diagonais traçadas a partir de alguns postes específicos, de modo que a Arca ficasse coincidentemente sobre a mesma posição que ficava (proporcionalmente falando) na Câmara dos Reis na Grande Pirâmide.

Agora, vamos ver o que acontece se eu pintar umas posições chaves de vermelho… opa… lembra bastante um certo diagrama que vocês já viram antes, certo? Agora repitam comigo… “A Barca Solar… ops, Arca da Aliança, vai na mesma posição dentro do tabernáculo que uma certa cidade muito importante ocupa dentro dos pontos de energia do Velho Mundo – deve ser apenas coincidência“. Para os irmãos que acompanham a coluna, se vocês imaginarem o templo como sendo uma réplica simbólica do tabernáculo, a posição da Arca é a mesma do L:.L:. – certamente uma coincidência também.

O sacerdote iniciado cujos (cujos chakras também possuem ressonância com esta estranha estrutura de bolinhas e tracinhos chamada “Árvore da Vida” ) desenvolvia certos ritos que eram amplificados pela estrutura simbólica ao seu redor… mas… imagine que legal seria se levassem esta arca e fizessem um templo especial em um local especial nesta cidade especial que eu mencionei acima… não seria supimpa?

O Primeiro Templo

Antes de falar sobre o Primeiro Templo, umas poucas palavras sobre o rei David. Normalmente o pessoal faz confusão porque o Rei David é sempre retratado jovem e Salomão é retratado velho. Para separar: David foi o que matou Golias com o golpe de funda, ele é o PAI de Salomão. Salomão é o rei sábio que merece um post só para ele. O símbolo de Davi (Conhecido como Magen David ou Selo de Salomão entre os Ocultistas) é o Hexagrama. Guardem bem isso: Hexagrama tem tudo a ver com Árvore da Vida e tudo a ver com o Ankh Egípcio. De acordo com as Otoridades, o Ankh é apenas o desenho da fivela do cinto da deusa Ísis (é rir para não chorar… ).

No início de seu reinado, Davi ordenou que a Arca fosse trazida para Jerusalém, onde ficaria guardada em uma tenda permanente no distrito chamado Cidade de Davi. Então Davi começou a planejar e esquematizar a construção de um grande Templo. Entretanto, esta obra passou às mãos de seu filho Salomão.

No Templo, foi construído um recinto (chamado na Bíblia de oráculo) de cedro, coberto de ouro e entalhes, dois enormes querubins de maneira à semelhança dos que havia na Arca, com um altar no centro onde ela repousaria. O recinto passou a ser vedado aos cidadãos comuns, e somente os levitas e o próprio rei poderiam se colocar em presença da Arca.

Em Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 AC, o Rei Salomão construiu o Templo para abrigar a Arca, seguindo exatamente as mesmas proporções da Câmara dos Reis da Grande Pirâmide.

A Arca ficou depositada em um lugar chamado “O mais sagrado dos locais sagrados” e depois disso nunca mais é mencionada na bíblia aparecendo em festas ou batalhas.

O Primeiro Templo foi destruído em 586 AC, pelos babilônicos, liderados por Nabucodonosor, e muitos dos estudiosos profanos acreditam que a arca tenha sido destruída neste ataque, mas as Ordens Secretas dizem que a Arca da Aliança foi removida para um local seguro, tanto que não consta de nenhuma das listas de itens e tesouros que os babilônios saquearam… e, convenhamos, a Arca da Aliança estaria no topo da lista se eles tivessem colocado as mãos nela.

E onde esta arca estava escondida este tempo todo? Quem a removeu pouco antes dos ataques e a escondeu? Quem a encontrou e quando? A resposta para isso estará em 1108 DC, quando nove cavaleiros vindos da Europa acamparam nos estábulos do Templo durante nove anos e escavaram no local exato onde ela estaria enterrada… mas isto já é outra história, que será contada mais para a frente.

Semana que vem: Enquanto isso, na Grécia…

#Kabbalah #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-arca-da-alian%C3%A7a-doktor-jones

Energia Telúrica, Linha de Ley, Pirâmides e Círculos

Na semana passada falamos sobre as LINHAS DE LEY. Hoje vamos complementar este texto combinando as energias do planeta com as construções de civilizações muito antigas e sábias. Espero que tenha ficado bem claro o conceito de linhas de energia.

Além dos nodos, existe uma segunda classe de linhas energéticas que correm pelo planeta, chamadas “Linhas Telúricas”. ENERGIA TELÚRICA é uma corrente elétrica de baixa freqüência e que percorre grandes áreas do planeta, que se movimenta debaixo da terra e nos oceanos, já fartamente comprovada pelos cientistas (você pode ver o vídeo de uma demonstração de uma BATERIA DE TERRA simples AQUI) mas quase totalmente inexplorada por falta de interesse das otoridades. Afinal de contas, para quê investir em energia gratuita para a população quando se pode cobrar por ela? Nicolai Tesla, um dos maiores gênios que já pisou este planeta, que o diga.

A junção dos centros energéticos das Linhas de Ley com o fluxo das linhas telúricas produz enormes quantidades de energia, que podem ser manipuladas e controladas através de determinados monumentos. A geometria sagrada das pirâmides e dos círculos de pedra é capaz de canalizar e focar todas estas energias para usos específicos, da mesma maneira como as agulhas de acupuntura são utilizadas nos centros energéticos em um ser humano para acionar determinados tipos de energia em nossos corpos.

Estas energias são captadas e projetadas dentro dos círculos, nas câmaras das pirâmides ou dentro de certas cavernas, através de ajustes “fechando” determinados circuitos (lembram-se quando eu expliquei que a Câmara dos Reis podia ser REGULADA?) para gerar campos eletromagnéticos muito fortes e harmônicos, que vibram em ressonância com determinados chakras nos seres humanos, abrindo-os totalmente e desenvolvendo certas faculdades.

O tipo de ressonância era escolhido de acordo com a necessidade ou ritual – no caso das pirâmides e do ritual de iniciação de um faraó ou sacerdote, as forças envolvidas naquele “mergulho” nas águas primordiais em ressonância com a pirâmide em determinadas datas abria totalmente os chakras Anja e Sahashara, despertando no iniciado poderes de clarividência, telepatia, intuição, projeção astral e muitos, muitos outros.

Nós dizemos que os círculos e pirâmides eram observatórios espaciais, mas a verdade é que, dentro de certos campos energéticos gerados nestes locais, os sacerdotes possuíam uma visão astral tão desenvolvida que as visões e cálculos que faziam em transe eram tão avançadas e precisas quanto os melhores observatórios astronômicos do século XX. Isto permitiu a eles construírem tabelas de relações entre planetas, períodos e signos precisas o suficiente para fundamentar a ciência da Astrologia, conforme eu já expliquei em matérias antigas.

Claro que os círculos, pirâmides e cavernas também possuíam funções ritualísticas e de celebrações. Faziam às vezes das igrejas e templos de encontro nas vilas.

Graças ao estudo e conhecimento do O Grande Computador Celeste, das projeções astrais e das rodas astrológicas, os antigos conseguiam prever com exatidão as reencarnações de seus reis, líderes espirituais e Avatares. Preste atenção no que eu disse neste parágrafo e anote com cuidado estas palavras, pois serão muito importantes algumas colunas mais para frente!

Aqui eu preciso fazer um parêntesis. Quando eu digo que os antigos possuíam uma tecnologia sensacional, com VIMANAS, engenharia genética, supercomputadores e tudo mais, você pode se perguntar “mas e os homens das cavernas? E os primitivos?” e a resposta é: a Terra sempre está povoada por regiões de evolução mental, espiritual e cultural MUITO distintas… enquanto os atlantes e lemurianos tinham toda esta tecnologia ao seu dispor, em outras regiões do planeta estavam quase-macacos venerando o sol e a lua como se fossem deuses. Se você achar tão difícil assim compreender este cenário, compare a Noruega com a Serra Leoa nos dias de hoje, século XXI.

Dizem que estes cristais ainda estão por aí, a maioria submersos, mas alguns chegaram até a gente através dos incas, maias, astecas e um ou outro tesouro templário, mas nos falta tecnologia para ativá-los, pois estes cristais não são ativados por aparelhos, mas por ondas mentais específicas que ainda temos de evoluir um tanto para atingir estes patamares…

Hoje em dia, cristais podem ser usados para regular nossa energia. Colocando-os sobre os nossos chakras e fazendo certas respirações e meditações, conseguimos ativar (através das freqüências de nossos pensamentos pela meditação) algumas das características destes cristais. O grande problema é que a imensa maioria das pessoas não tem a disciplina mental necessária para ativar corretamente estes cristais através da visualização (que é uma técnica que existe em praticamente TODAS as ordens iniciáticas – é o be-a-bá da magia) então os resultados são algo muitas vezes falhos e imprevisíveis, o que dá margem pra charlatanismo e especulações, colocando em total descrédito estas técnicas (como trocentas outras coisas sérias que foram estragadas pelos humanos estúpidos).

Mas o que diabos são chakras?

Eu pensei que fosse gastar umas dez páginas para explicar o que é um chakra, mas esta explicação da wikipedia está ótima para que é totalmente iniciante no assunto:

A palavra chakra vem do sânscrito e significa roda, disco, centro, plexo. Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo. Os chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico se manifesta mais intensamente no corpo físico.

Bom… expliquei sobre os cristais, linhas energéticas, pirâmides e suas relações com os chakras do Planeta Terra (as Linhas de Ley) e os monumentos ressonando com os chakras dos seres humanos (mais uma vez: “tudo o que está em cima é igual ao que está embaixo”). Somente quando os cientistas perceberem que TUDO está em sincronicidade e passarem a estudar o planeta como um único e gigantesco mecanismo perfeito é que podemos pensar em “evolução”. Até lá, acupuntura, feng-shui, cristais e astrologia são “pseudo-ciências”, linhas de ley, energias telúricas, triângulo das bermudas e círculos de pedra são “coisas inexplicáveis”, pirâmides são “tumbas do faraó”… e nada disso está relacionado!

Neste ponto eu imagino que vocês já descobriram que a “Arca da Aliança” nada mais é do que algum tipo de fonte de energia altamente poderosa, a ponto de derrubar cidades apenas com “o som de trombetas”. Isto explica porque tantas pessoas, incluindo o tio Adolf Hitler e Cia, tentaram (e tentam) colocar as mãos nela.

Semana que vem eu falo mais detalhadamente sobre os Chakras e começo Árvore da Vida, Arca da Aliança e Templo de Salomão… e porque todas estas coisas estão ligadas com tudo o que eu disse até agora.

Como curiosidade, segue um link com o Mapa da Inglaterra e a maioria dos Círculos de Pedra cadastrados.

Até a semana que vem.

93,93/93

Marcelo Del Debbio

#Astrologia #LinhasdeLey #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/energia-tel%C3%BArica-linha-de-ley-pir%C3%A2mides-e-c%C3%ADrculos

Kabbalah Hermética

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Começa hoje o Projeto do Livro de Kabbalah Hermética! Durante os próximos 60 dias, acompanhando todos os 49 dias do Sefirat ha Omer, faremos a campanha de divulgação deste que será o maior projeto de Kabbalah Hermética já feito em língua portuguesa.

Todos que apoiarem o Projeto nas próximas 48 horas receberão de presente (além das Metas que alcançarmos) um cupom de desconto de 50% para qualquer compra nos meus cursos do EADeptus (o que é uma excelente notícia, pois o Curso de Qlipoth, a Árvore da Morte, começa agora dia 18/04).

A Kabbalah Hermética é baseada na Cabalá judaica, adaptada para a Alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Rosacruz, Maçonaria, Golden Dawn e praticamente todas as Ordens Herméticas a partir do século XIX.

Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística. Em suas quase 700 páginas ricamente ilustradas, o livro aborda as diferenças entre a Cabalá Judaica e Kabbalah Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre os Elementos da Alquimia, Planetas, Números, as Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod, Malkuth e também Daath) e todas as nuances dentro de cada uma das Esferas (A Árvore da Vida dentro de cada uma das Sephiroth); os 22 Caminhos (e suas diversas correlações dentro da Geometria Sagrada), além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, Arcanos do Tarot, runas, principais obras de arte e símbolos associados a cada um dos Caminhos.

Este livro é resultado de mais de 15 anos de pesquisas dentro do Hermetismo e Esoterismo Ocidental. O autor, Marcelo Del Debbio, é um dos mais conceituados nomes no hermetismo brasileiro. Mestre Maçom, é Arquiteto com especializações em Semiótica e História da Arte. Tomou contato com a alquimia, o hermetismo e a Cabalá judaica ao aprofundar os estudos na Arte Renascentista e se apaixonou pela grandiosidade do simbolismo contido nessa estrutura intelectual.

Todos os grandes mestres da humanidade beberam nas fontes da Árvore da Vida. Leonardo DaVinci, Rafael Sanzio, Michelangelo, Giovanni Bellini, Jan van Eyck, Caravaggio, Vasari, Albrecht Dürer, Ticiano, Boticelli, Hieronymus Bosch e inúmeros outros tiveram suas lições vindas dos cabalistas recém convertidos ao cristianismo e deixaram para sempre as marcas destes ensinamentos escondidas em suas pinturas.

Autores de grandes sagas, como George Lucas, Tolkien e J.K.Rowling seguiram passo a passo a “Jornada do Herói”, descrita por Joseph Campbell diretamente da Jornada na Árvore da Vida, explorando cada um dos estados de consciência da humanidade.

Entendendo a Kabbalah Hermética, você conhecerá a origem dos deuses, demônios, heróis, monstros, histórias e mitos de todas as religiões; conhecerá as bases de todas as Ordens Iniciáticas e religiões; os segredos da Geometria Sagrada, do Tarot e da Astrologia.

COMO APOIAR ESTE PROJETO

Na página da Kabbalah Hermética, existem diversas maneiras de se apoiar este projeto:

KABBALAH HERMÉTICA – R$ 250 – Receba na sua casa o Livro e mais todas as metas que conseguirmos conquistar no Projeto.

PATRONO – R$ 300 – Mais do que apenas ter o livro, faça parte dele! Com este apoio, receba em casa o Livro autografado e seu nome nos agradecimentos!

DOIS LIVROS – R$ 500 – Um para você e outro para uma pessoa querida. Receba 2x as metas conquistadas, os dois livros autografados e os 2 nomes nos agradecimentos.

LOJA PATROCINADORA – R$ 1.100 – Se você faz parte de um grupo de estudos, uma Loja Maçônica, um Capítulo Demolay; templo Rosacruz… se tem um site, blog, podcast, loja, banda, HQ, Projeto, artesanato esotérico ou qualquer atividade ligada ao Hermetismo, este Apoio foi feito para você. Receba 5 Livros, 5x as metas atingidas, autógrafos, nomes nos agradecimentos, o Brasão de sua Loja/Capítulo/Projeto na área de Patronos, além de uma pequena descrição sobre o seu grupo.

Estes são os Apoios básicos do projeto, mas você pode adicionar outros Livros com seu Apoio, bastando acrescentar os valores deles nos apoios:

☯ Enciclopédia de Mitologia – R$ 100,00

☯ H.K.T. (Hermetic Kabbalah Tarot 1) – R$ 150,00

☯ H.K.T. 2 (Hermetic Kabbalah Tarot 2) – R$ 75,00

☯ As Aventuras de Lilith – R$ 45,00

☯ As Aventuras de Ísis – R$ 45,00

☯ As Aventuras de Hércules – R$ 45,00

☯ Posters “Arvore da Vida” e “Lamen” – R$ 30,00

METAS

Se conseguirmos os valores estipulados, conseguiremos imprimir e enviar os livros para todos os apoiadores, mas conforme as Metas vão sendo batidas, todos os apoiadores ganham presentes da Editora. Quanto mais gente apoiar, mais presentes todo mundo ganha!

☯ R$ 50k – Projeto Financiado

☯ R$ 60k – Marcador de Página TERRA

☯ R$ 65k – Marcador de Página AR

☯ R$ 70k – Marcador de Página ÁGUA

☯ R$ 75k – Marcador de Página FOGO

☯ R$ 90k – Poster “Rosacruz Hermética”

☯ R$ 100k – Gravaremos um Curso de Mitologia Grega no EADeptus que será gratuito para os apoiadores deste Projeto.

☯ R$ 110k – Marcador de Página MALKUTH

☯ R$ 120k – Marcador de Página YESOD

☯ R$ 130k – Marcador de Página HOD

☯ R$ 140k – Marcador de Página NETZACH

☯ R$ 140k – Marcador de Página TIFERET + Poster “Escada de Jacob”

☯ R$ 150k – Livro dos Salmos Liturgia Mágica – Sepher Shimmush Tehillim”

e mais…

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/kabbalah-herm%C3%A9tica

[parte 5/7] Alquimia, Individuação e Ourobóros: Símbolos e Imagens Arquetípicas

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Vivo minha vida em círculos cada vez maiores que se estendem sobre as coisas. Talvez não possa acabar o último, mas quero tentar.”

– Reiner Rilke

Símbolo

Esta é a quinta parte da série de sete artigos “Alquimia, Individuação e Ourobóros”, que é melhor compreendida se lida na ordem. Caso queira acompanhar desde o começo, leia as parte 1, 2, 3 e 4

A palavra símbolo remete ao do grego symbolon, derivado do verbo sym-ballein, que significa “lançar com, pôr junto com juntar”. A etimologia da palavra remete que símbolo é, a priori, uma dualidade, que se forma uma. A própria definição da palavra já remete a integração dos opostos e pode ser associada com a imagem do Ourobóros.

Os conceitos simbólicos foram desenvolvidos em diversas religiões como reflexo de diferentes concepções do mundo e de novas linguagens.

“No seio da multiplicidade de crenças desenvolvidas pelo ser humano, a primeira distinção efetuada pelo homem foi entre o Bem e o Mal. Nas culturas pagãs, este conceito de dualidade moral poderia ser identificado nos símbolos positivos com o lado masculino, o Sol ou o céu, e nos símbolos negativos como o preto, o lado feminino, a Lua, a água ou o inferno. Da mesma forma, nas religiões, como por exemplo o cristianismo, o poder do Bem encontra-se simbolizado em Deus e em Cristo, e a força do Mal em Satanás. No que respeita a mitologia, tal como acontece no hinduísmo, a luta travada entre as forças superiores e as força inferiores é representada através do conflito entre a ave solar Garuda e as serpentes Nagas, hindus e, na tradição ocidental, entre a águia e o dragão. Na maioria das culturas a verdadeira perfeição apenas poderá ser alcançada através da conciliação e da união das forças opostas do universo. Nesta sequência, o símbolo taoista de Yin-Yang e, na alquimia, a figura do Andrógino representam ambos estes ideais, à semelhança do que acontece na psicologia.” (CHEVALIER, 2008, 10)

Jung (1964) introduz a noção de símbolo como um conjunto de significados que transcendem sua própria imagem concreta. Um símbolo remete a algo maior que o próprio símbolo; um conjunto de ideias orientadas através de um sutil emaranhado de padrões. Como possível gênesis de símbolos, Jung compreende que os sonhos revelam através de suas férteis imagens arquetípicas, grande parte do mistério do símbolo, e que, ao sonhar, o homem bebe da fonte do desconhecido e inicia sua jornada pelo conhecimento.

Compreendendo os sonhos como manifestados também por conteúdos inconscientes, logo se percebe que a busca de conhecimento através dos sonhos, nada mais é do que buscar conhecer a si mesmo. Através de sua consciência, o homem aprendeu a viver através da parcial previsibilidade das coisas, mas seu inconsciente demonstra ao menos metade de um grande escopo de possibilidades antes fora do seu campo de compreensão.

Jung rompe com a escola psicanalítica quando define que o valor do conceito de “libido não está em sua definição sexual, mas no seu ponto de vista energético” (JUNG, 1989, p. 127-8), ou seja, define como energia psíquica todas as pulsões provenientes da psique e do inconsciente, estabelecendo que a libido freudiana é só mais um dos canais de expressão desta energia. O que difere empiricamente na interpretação do fenômeno é que na teoria freudiana parte-se da causa para o efeito, engessando a percepção interpretativa num molde teórico, a teoria da sexualidade. Ao partir dos efeitos para depois compreender as causas, Jung consegue analisar a psique de forma dinâmica, e superar a teoria sexual. A energia psíquica é a fonte de toda a movimentação humana em busca de crescimento.

Ourobóros

Mas o que é um Ourobóros? Quem nunca ouviu a expressão ‘morder a própria cauda’? É normalmente utilizada para descrever o momento em que alguém, inconsciente de si, repete ações sem atingir os objetivos estabelecidos, e por isso, exige um olhar para si, reavaliando seus métodos de ação.

O Ourobóros é a resolução do conflito dialético atingido na busca da individuação à unidade da separação, ou solve et coagula (dissolve e solidifica), representando metaforicamente todo o processo alquímico descrito no capítulo anterior. É uma imagem alquímica presente em diversas esferas sociais e religiosas, na qual uma cobra, ou dragão, morde a sua própria cauda num movimento circular. A imagem revela o paradoxo do infinito, onde tudo se inicia em seu próprio fim, e acaba em seu próprio começo.

Se reduzirmos o símbolo em imagens ainda mais primordiais, como o círculo, o dragão e a serpente começamos a desvelar o significado deste símbolo. Seguem transcrições do “Dicionário de Símbolos”, de Nadia Julien:

Círculo

– Representa “o desenvolvimento contínuo da criação”. E mais, ele representa o ciclo do tempo, o movimento perpétuo de tudo que se move, os planetas em torno do sol (círculo do zodíaco) que se projeta nos tempos circulares, a arena, o circo, a dança circular.

– Símbolo da perfeição para o Islamismo, da divindade (disco solar) e da luz no Egito, expressão do que não tem começo nem fim, simbolizando a eternidade representada pela serpente que morde a cauda, cuja divisa é um, o todo, a substância universal rarefeita até a imperceptibilidade para constituir a essência íntima das coisas, o fundamento imaterial de toda a materialidade, ou a prima matéria dos alquimistas.

– O círculo é também o zero de nossa numeração e representa as potencialidades, o embrião. Comportando um ponto central, o círculo é a representação do ser manifestado, evocando o conceito de ordem, de cosmo e de harmonia. Nos sonhos o círculo é um símbolo do Eu, e indica o fim do processo de individuação, da evolução da personalidade para a sua unidade.

Dragão

– Para os alquimistas, as atitudes do dragão simbolizam as etapas da grande obra.

– Imagem arcaica das energias mais primitivas, o dragão representa o inconsciente durante tanto tempo enquanto não possuirmos acesso a ele, onde as paixões os complexos inconscientes, os desejos ocultos conduzem a uma vida arcaica. Isto que se explica a fundo com os poderes do psiquismo, que luta com o dragão, pode recuperar uma parte das energias inconscientes que pode utilizar para dominar sua vida.

– A luta com o dragão é um símbolo do amadurecimento… então, ele terá ganho o tesouro que os dragões guardam em quase todas as mitologias. Libertará sua alma, esta virgem que o dragão mantinha prisioneira.

Serpente

– A serpente representa o conjunto dos ciclos da manifestação universal. No processo de criação, rodeando o ovo cósmico (o caos), simboliza a fecundação pela incubação do espírito vital divino, semente de todas as coisas, assim liberadas dos elos da matéria inerte pelo poder divino.

– Símbolo da imortalidade, enrolada em torno da árvore de maçãs de ouro do jardim das Hespérides; rodeia o Ônfalo, ou a montanha cósmica (eixos do mundo), simbolizando o conjunto de ciclos da manifestação universal, o Samsara, a cadeia do ser no ciclo indefinido de renascimentos, o percurso indefinido e renovado das existências.

– A serpente do paraíso é o símbolo do conhecimento perigoso (descoberta da sexualidade). Daí transformar-se num símbolo fálico e sexual (a serpente tentadora, portadora de forças perigosas e maléficas cuja a arma é a sedução empregada por Eva, a Anima).

– Em suas relações com o inconsciente coletivo, o ofídio representa num nível inferior a agressividade, e num nível superior o poder e a sabedoria. É a representação do inconsciente, onde se acumulam todos os fatores rejeitados, recalcados, desconhecidos ou ignorados e as possibilidades desmedidas em nós.

– São estas forças muito primitivas, aglomeradas em constelação, que colocam em jogo a serpente no sonho. É a manifestação de uma energia psíquica dormente pronta a se tornar concreta, em positivo ou negativo, em razão da ambivalência do simbolismo deste animal de sangue frio (pavor, angústia), como do melhor (propriedades curativas e salvadoras).

Segundo Erik Hournung (1999), a primeira aparição conhecida do símbolo Ourobóros está no Netherworld, um texto funerário egípcio encontrado na tumba de Tutancâmon, no século 14 AC. Referindo-se a união do deus Ra e Osíris no submundo. Em uma ilustração deste texto, duas serpentes, mordendo as caudas. Ambas as serpentes são manifestações da divindade integrada que representa o início e o fim do tempo.

O texto alquímico “Chrysopoeia de Cleópatra”, datado do século está grafado com o os dizeres ‘hen to pan’, em tradução livre: “o um é o todo” além de uma imagem de uma cobra, metade branca, metade preta, mordendo a própria cauda. Novamente a figura circular ofídia como uma dinâmica polarizada, cíclica que se integra tornando-se Um. O Ourobóros de Chrysopoeia poderia ser interpretado como o equivalente ocidental do símbolo taoista Yin-Yang.

“El signo del Yin-Yang, según la filosofía oriental, simboliza un concepto fundamentado en la dualidad de todo lo existente en el universo. Describe las dos fuerzas fundamentales, aparentemente opuestas y complementarias que se encuentran en todas las cosas” (BADANO, 2010).

Outra alegoria religiosa que podemos associar com a simbologia da serpente e seus movimentos circulares estão na cultura Hindu, através da serpente Kundalini, que em sânscrito significa “serpente enrolada”. Nesta cultura yogue, o corpo humano é divido em sete centros básicos de manifestação de energia, ou Chakras, e Kundalini, a origem desta manifestação energética, estaria ‘adormecida’ no primeiro centro, abaixo da coluna vertebral.

Conforme o indivíduo se purifica e pratica as técnicas que envolvem controle da respiração, postura e meditação, ele ‘desperta’ a ‘serpente’ que sobe pelos centros de energia, fazendo com que o praticante atinja a iluminação, ou individuação. A figura da esquerda representa este processo enquanto a figura da direita ilustra os centros de energia:

Esse mesmo simbolismo pode ser encontrado no Caduceu de Hermes, símbolo da medicina, visto no capítulo anterior. Curioso a correspondência entre as cores dos sete centros de energia com as sete etapas alquímicas que vimos aqui.

Limitemos nossa análise a simbologia religiosa Alquímica, apesar de todos os sincretismo encontrados em diversas culturas religiosas acerca da imagem do Ourobóros. Quem sabe os posts futuros não possam tratar desses assuntos.

“O Ourobóros é um símbolo dinâmico para a integração e assimilação de opostos, i.e., da sombra… Simboliza o Um, que resulta no conflito do opostos, e portanto constitui o segredo da prima matéria…” (JUNG, 2008, 365)

Esta é uma imagem arquetípica bastante rica, contextualizado sob o paradigma de integração, ou conjunção, de aspectos opostos. Fica evidente que a figura representa não só a união dos opostos complementares da psique como todo o potencial do processo alquímico.

“Os alquimistas, de sua própria maneira sabiam mais sobre a natureza do processo de individuação que nós modernos, expressavam este paradoxo através do símbolo do Ourobóros, a cobra que morde a própria cauda. Do Ourobóros é dito ter o significado do infinito ou completude. Na antiga imagem do Ourobóros está o pensamento de se devorar e se transformar em um processo cíclico, pois era claro para os alquimistas mais astutos que a arte da matéria prima era o próprio homem. O Ourobóros é um símbolo dramático para a integração e assimilação dos opostos, ou seja, da sombra. Este processo de “feed-back” é ao mesmo tempo um símbolo da imortalidade, uma vez que é dito dos Ourobóros que ele mata a si mesmo e se traz à vida, fertiliza a si mesmo e dá a luz a si mesmo. Ele simboliza o Um, que procede do choque de opostos, e, portanto, constitui o segredo da prima matéria que […] decorre, sem dúvida, do inconsciente do homem.”(JUNG, 2008, 513)

No livro “A tábua de esmeralda: Alquimia para transformação pessoal”, Dennis Hauck explícita sobre o símbolo ourobórico e o associa com etapas alquímicas:

“Descrições mais alegóricas abundam na literatura medieval e representações, entre as quais estão aqueles que compreendem tanto aspectos “esotéricos”, quanto “exotéricos” da Alquimia. Tal símbolo, cujas origens podem ser traçadas de volta para o Egito Antigo é a dos Ourobóros, a serpente mordendo a cauda, simbolizando a imortalidade, e os ciclos eternos de mudança do mundo. Isso também pode ter significado para refletir a integração e reversibilidade de certas transformações alquímicas como a “destilação” e “condensação”. (HAUCK, 1999, 156)

Ou ainda nas palavras de Von Franz, no livro Introdução a Alquimia:

“O que tem luz se cria na escuridão da luz. Mas quando alcança sua perfeição, recupera-se de suas enfermidades e debilidades e então aparecerá esta grande corrente da cabeça e da cauda. […] É uma luz nova que nasce na escuridão, e então se vão todos os sintomas neuróticos e a enfermidade e a debilidade […]. Aqui é mister recordar ao Ouroboros, que come a cauda, onde os opostos são um: a cabeça está em um extremo e a cauda no outro. São um, mas têm um aspecto oposto e quando a cabeça e a cauda, os opostos, encontram-se, nasce uma corrente, que é ao que os alquimistas se referem […] como uma manifestação do Si mesmo. Tal é o resultado da coniunctio neste caso. Em muitos outros o descreve como a pedra filosofal, mas, como dizem também muitos textos, a água da vida e a pedra são uma mesma coisa” (VON FRANZ, 1985, 134).

A partir deste levantamento bibliográfico e imagético da simbologia do Ourobóros, é possível perceber correspondências encontradas entre a imagem e o processo de individuação, porém, tais associações serão melhor elaboradas no capítulo seguinte, assim como os paralelos dos temas individuação e Ourobóros com os processos alquímicos.

Referências Bibliográficas:

BADANO, Federico. Signo del Yin-Yang. Rev. argent. Radiol., 2010, vol.74, no.4, p.403-405. ISSN 1852-9992

CHEVALIER, Jean e GHEERBRANT, Alain. Dicionário de Símbolos. Rio de Janeiro. Ed. José Olympo. 2008

HAUCK, Dennis Willian. The Emerald Tablet: Alchemy for Personal Transformation. Arkana. Ed.Pengun Group. 1999.

Hornung, Erik. Conceptions of God in Egypt: The One and the Many. Cornell University Press, 1982.

JULIEN, Nadia. Dicionário dos Símbolos. São Paulo. Ed. Rideel. 1989

JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Religião Oriental. Petrópolis: Vozes. 1989.

JUNG, Carl Gustav. Mysterium Coniunctionis. Obras Completas. Vol. XIV/I. Petrópolis. Ed. Vozes. 2008.

JUNG, Carl Gustav. O Homem e seus Símbolos. São Paulo. Ed. Nova Fronteira. 9 edição. 1964.

VON FRANZ, Marie Louise. A Alquimia: Introdução ao Simbolismo e a Psicologia. São Paulo. Ed. Cultrix. 1993.

Imagens:

Primeira gravura do “Uraltes chymisches Werck” de Abraham Eleazar

Cosmic, arte de Geometria Sagrada de Daniel Martin Diaz

Exemplo de um Dragão Ourobóros

Diagrama em círculos dos planetas alquímicos

O Dragão Smaug protegendo seu tesouro na gravura “There He Lay” de Justin Gerard

“De Zondeval” de Cornelis van Harleen

Ourobóros de Chrysopoeia comparado ao símbolo oriental do Yin e Yang

Ilustração da subida de Kundalini e a referência do trajeto pelo “Chakras”

Gravura de “Uma Coleção de Emblemas Antigos e Modernos” de George Whiters (1635)

Gravura encontrada no Castelo de Ptuj, Slovênia (Séc XII)

Ricardo Assarice é Psicólogo, Reikiano e Escritor. 

#Alquimia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/parte-5-7-alquimia-individua%C3%A7%C3%A3o-e-ourob%C3%B3ros-s%C3%ADmbolos-e-imagens-arquet%C3%ADpicas

Psicodelias, Relâmpagos e Catedrais

Continuando nossa série histórica a respeito das origens dos Cavaleiros Templários, dividimos nosso arco histórico em três facções: de um lado, a Igreja Católica e a história de seus papas, até chegar em Urbano II “Porque Deus quis” pode ser lida AQUI, AQUI, AQUI e AQUI. Do outro lado, a história paralela dos Construtores do Templo, as guildas de maçons detentores do conhecimento da geometria sagrada, preservado desde as pirâmides egípcias até os templos romanos (e até os dias de hoje).

Justamente quando estava escrevendo esta coluna, li um texto postado pelo amigo Kentaro a respeito de um estudo feito por cientistas a respeito de padrões psicodélicos encontrados em neurônios em curto-circuito. Por coincidência, acabei de ler um livro chamado “Girando a Chave de Hiram” onde o autor relaciona justamente estas conexões e a ritualística templária e maçônica. Nesta semana, traçarei a relação entre psicotrópicos, mantras, orgasmos, meditações, relâmpagos, limiares da dor, religião, da falta de sono e até mesmo experiências de pós-morte e sua conexão com o Plano Astral e com a estrutura das primeiras catedrais européias.

Antes de mais nada, vamos ao texto original:

Psicodelia explicada por neurônios em curto
“Está cheio de estrelas”, disse o astronauta Bowman enquanto era absorvido pelo Monolito Negro em “2001 – Uma Odisséia no Espaço”. Uma sucessão de imagens psicodélicas (criadas com fotografia slit-scan) representavam então um contato com o Divino, ou o que quer que fosse, já que o próprio Kubrick nunca deixou claro o que diabos aquele final significava. Mas era algo grande, místico, mesmo religioso.
Imagens espirais e túneis de luz afins emergem repetidamente em experiências com drogas alucinógenas, e talvez não por mera coincidência, em iconografias religiosas resultantes de “visões”, como mandalas, arte islâmica ou catedrais cristãs. Não apenas isso, surgem também em experiências de “quase-morte”, alucinações de sinestésicos, cefaléias, epilepsia, distúrbios psicóticos, sífilis avançada, distúrbios do sono, tontura e mesmo em pinturas rupestres de milhares de anos.
Esta universalidade parece indicar algo maior, quiçá contato com planos superiores, ainda que cefaléias, sífilis avançada ou distúrbios psicóticos como meio de se aproximar de deus pareça um tanto bizarro. A neurociência aliada à matemática sugere uma explicação um pouco mais mundana. Porque a ciência já anda investigando o tema.
Nos anos 1920, o neurologista alemão Heinrich Klüver dedicou-se com afinco a estudar os efeitos da mescalina (peyote), e notou como tais padrões geométricos eram repetidamente relatados por diferentes sujeitos (incluindo ele mesmo, mas esta é outra história). Os padrões acabaram classificados no que ele chamou de “constantes de forma”, de quatro tipos: (I) túneis, (II) espirais, (III) colméias e (IV) teias.

Pois estudos recentes, aliando descobertas sobre o funcionamento do córtex visual a modelos do funcionamento de neurônios sugerem que tais padrões podem surgir simplesmente de uma espécie de curto-circuito no cérebro. Perturbações simples no córtex visual, quando mapeadas ao correspondente que o sujeito perceberia, podem gerar padrões notavelmente similares às constantes de forma psicodélicas.

À esquerda, a representação da alucinação de um maconhado. Ao lado, a simulação da percepção gerada pela perturbação do córtex visual. Simples assim. Nada de enxergar deus, e sim um produto da forma como nossos neurônios processam imagens, e como reagem assim a perturbações em seu funcionamento. “Está cheio de estrelas”, mas todas em seu cérebro.
Ou não tão simples, é preciso ressalvar. Neurocientistas, cientistas que são, admitem que ainda não conseguem explicar todas as alucinações relatadas. O próprio exemplo acima envolve uma complexidade maior do que os modelos usados, e a simulação envolve mais especulação. Mesmo o modelo utilizado para simular a percepção dos sujeitos frente às perturbações em seu córtex visual é, ainda, rudimentar, envolvendo diversas simplificações. É uma área ainda em exploração, mas pelo visto, extremamente promissora. Explicaria bem porque tanto religiosos em transe quanto drogados e sifilíticos em estado avançado poderiam partilhar as mesmas alucinações visuais. São seres humanos partilhando a mesma estrutura cerebral submetida a alguma perturbação.

By Kentaro Mori no 100Nexos.

Espirais, Relâmpagos e Teias de Aranha
Uma das sete leis de Hermes Trismegistrus diz que “Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso”.
Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento. Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo. Ela dança.

Os primeiros contatos com o Divino muito provavelmente aconteceram por causa dos relâmpagos. Robert Lomas, em seu livro “Girando a Chave de Hiran” conta que, certa vez, estava passando de automóvel quando quase foi atingido por um raio. O raio havia passado tão perto que, por alguns segundos, não apenas a parte elétrica de seu carro teve problemas, mas ele teve uma “visão de Deus”. Naqueles pequenos instantes, que para ele pareceram uma enternidade, Lomas teve o contato direto com o Cósmico, fundindo-se ao todo, na sensação que os ocultistas chamam de Samadhi ou “pequeno mergulho no Nirvana”. O contato com Kheter.
Durante o livro, com a ajuda de diversos neurocientistas britânicos, ele traça paralelos experimentais entre o “curto-circuito” que experimentou graças ao raio e as descrições de êxtase religioso encontradas em diversas literaturas, bem como experiências de neurocientistas como Michael Persinger, Andrew Newberg e Eugene D´Aquili envolvendo o comportamento do cérebro humano.

Mas voltando aos trovões e relâmpagos… é muito provável que desde os tempos mais remotos, muitos homens tenham passado pela mesma experiência que Lomas. Este “curto circuito” e posterior expansão da mente do indivíduo pelo Cósmico certamente resultariam em uma experiência transcedental, divina. O contato com o TODO, o Grande Arquiteto do Universo. Não é de se estranhar, então, que alguns dos deuses mais importantes de todas as mitologias faziam uso do trovão como arma (Zeus fulminando seus adversários na mitologia grega, por exemplo). Ao quase ser alvejado por um raio e sobreviver, o indivíduo ou grupo de indivíduos passava a ter um legítimo contato com a divindade cósmica, e traduzia esta sensação indescritível com o melhor que seu vocabulário pudesse conceber. Enquanto isso, no plano material, os neurônios e sinapses expostos a campos elétricos causariam a sensação que Walter Leslie Wilmshurts chamou de “Consciência cósmica”. Não é de se estranhar que os antigos construtores de catedrais, trabalhando em campanários e outros locais elevados, sob tempo ruim, invocavam a ajuda de Santa Bárbara.

Tantra e Chakras
A experiência divina não é exclusividade do contato com raios e trovões. Paralelamente a isso, os iniciados conheciam técnicas de magias sexuais derivadas do tantra para atingir o MESMO estado de iluminação, ou Samadhi. Através de orgasmos cada vez mais fortes e intensos, e do fluxo de energias despertando cada um dos chakras dos amantes, através da Kundalini, os iniciados conseguem experimentar o mesmo estado divino descrito pelas experiências acima. Da mesma forma, outros exercícios de meditação, contemplação e masturbação têm sido utilizados para o mesmo fim. A energia canalizada durante este “curto circuito” é muito utilizada na chamada Magia do Caos, desenvolvida por Peter J. Carroll no começo do século XX e não é muito diferente das antigas magias sexuais celtas ou egípcias.
Aposto minhas adagas ritualísticas que, se os neurocientistas medissem o padrão do córtex visual em um casal de sacerdotes durante o Hieros Gamos ou de um casal iniciado tântrico durante o Maythuna, eles encontrariam o mesmo padrão descrito por Heinrich Klüver.

Meditação, Mantras e Mandalas
Outro caminho conhecido para se atingir este estado de “curto circuito” é através da meditação. Exercícios de “desligamento da mente” zen e técnicas envolvendo mandalas, mantras ou orações repetitivas, normalmente trabalhando em um padrão espiral, fazendo com que os sentidos objetivos sejam cada vez mais neutralizados, até que haja o travamento das faculdades objetivas e, como conseqüência, a conexão com os planos superiores.
O mesmo processo explica claramente porque muitos fiéis cristãos, ao envolverem-se demasiadamente com as orações (especialmente no terço, que é uma derivação do japamala budista), entram neste “curto-circuito” durante as orações e chegam ao mesmo estado de consciência. A diferença é que, para estas pessoas, por desconhecerem o que está acontecendo, acreditam que “Jesus falou com elas”, pois não são capazes de explicar este contato com o Cósmico e, assim como os selvagens nas cavernas, tentam explicar ao mundo o que sentiram através de seu vocabulário limitado.
Novamente, se estes padrões cerebrais fossem medidos, teríamos o mesmo padrão, tanto que eles se repetem nos desenhos das mandalas, só que de uma forma invertida. Nas experiências com psicotrópicos, o usuário enxerga os padrões depois de entrar em contato com a droga; nas mandalas, o iniciado procura os padrões ANTES de causar o “curto-circuito”.
Qual padrão é a causa e qual é a consequência?

O limiar da dor
Também é conhecido que estes padrões são encontrados em cefaléias, epilepsia, distúrbios psicóticos, sífilis avançada e outras situações do limiar da dor extrema. Estes estados mentais também causam o “curto-circuito”, resultando os mesmos padrões descritos acima. Isto deu origem a uma série de rituais de iniciação e ritos religiosos envolvendo perfurações e suspensões por meio de ganchos, até os famosos faquires e devotos hindus, capazes de atravessar pregos pelo nariz, anzóis pela pele e ganchos por todo o corpo. Examine o córtex deles e teremos o mesmo padrão.
Este culto à dor pela iniciação existe até os dias de hoje, tanto em iniciações que envolvam suportar a dor, como o ritual de Gkol nas tribos de Vanuatu, que consiste em se jogar do alto de uma árvore ou penhasco amarrado em cipós como prova de iniciação da puberdade para a maioridade até talhar os próprios dentes para deixá-los pontudos ou perfurar a pele com piercings e anzóis, além das flagelações.

Durante a idade Média, existiram muitas ordens monásticas que cultuavam a auto-flagelação. Açoites e chicotes como forma de penitência foram trazidos para a Igreja católica dos templos hindus, que por sua vez traziam este costume da maneira a conectar-se com o divino através da penitência.
Podemos ver resquícios desta ritualística até mesmo no cilício, instrumento composto de espinhos que são amarrados na coxa e apertados de acordo com a vontade do usuário, causando uma dor contínua e muito forte. O cilício ainda é muito utilizado na Opus Dei e em outras ordens religiosas monásticas.

Sexo e a Dor
Os Etruscos possuíam templos destinados a ritos sexuais que envolviam prazer e dor (o mais conhecido é a Tombe de la Fustigazione), que deram origem à Lupercália romana e, mais tarde, ao dia de São Valentino (o “dia dos namorados” gringo). Até os dias de hoje, existem dentro de ordens do caminho da mão esquerda rituais de BDSM até o limiar da dor e do êxtase, onde se consegue chegar ao mesmo “curto circuito” da meditação zen. E aposto meu pantáculo saturnino que quando a iniciada estiver em êxtase, encontraremos nela os mesmos padrões descritos por Heinrich Klüver.

As drogas e os psicotrópicos
Outro aspecto muito comum nas iniciações é o uso de psicotrópicos e libertadores da consciência. Drogas como o haxixe, ópio, peyote, mescalina, folha de coca, LSD ou até mesmo o Santo Daime têm a finalidade de desligar os sentidos objetivos e abrir as portas da percepção. Como foi colocado acima, o efeito resultante no Plano Material é o mesmo das outras experiências. Da mesma maneira, Sinestetas enxergam sons, escutam cheiros, sentem cores e algumas delas (acabei de perguntar a uma amiga sinesteta pelo msn) enxergam espirais e estrelas no momento de um orgasmo. “Mas só dos mais fantásticos” segundo palavras dela. O que comprova nossa teoria a respeito dos orgasmos tântricos e curtos circuitos.

Dança de Roda
Outra maneira de se atingir este “curto circuito” é através da dança ou das artes marciais. Danças sagradas de roda e danças ritualísticas existem em todas as culturas e religiões, muitas das quais com extremos aspectos místicos. Entre as principais eu vou citar os Dervishes, do ocultismo muçulmano (epa, eu escutei certo? Ocultismo muçulmano? Sim crianças… chegaremos aos sufis e dervishes em breve) e suas danças de roda. Note como eles estão em estado de transe. Aposto meu cálice de prata que se você medir os padrões do córtex deles, obterá os MESMOS resultados supracitados.
Também posso citar as dançarinas de dança do ventre ou dança dos sete véus ritualística e, claro, os praticantes de kung fu ou tai chi (especialmente tai chi).

A Árvore da Vida
Dentro da Kabbalah, na Árvore da Vida (diagrama que mapeia todos os estados de consciência do ser humano, do mais mundano até o divino), este processo é o caminho que conecta a décima esfera Malkuth (o mundo da matéria) à nona esfera Yesod (o mundo astral, ou intuitivo e acausal), representado pela letra hebraica “Tav”, que também é o símbolo da Ordem dos Franciscanos. O Tau ou Tav representa a imaginação e todos os processos decorrentes da libertação da mente intuitiva da mente objetiva, que incluem todos os processos criativos e visionários. É o primeiro passo para a iluminação. Não é por acaso que todos os deuses representados em Yesod trabalhem com a intuição e com a conexão com a Consciência superior.

A Geometria Sagrada e os Rituais
Muitos dos Construtores de Templos conheciam as propriedades da geometria sagrada de induzir e promover estes estados psíquicos nos iniciados durante os rituais. Desde as proporções na Pirâmide, nos Templos Gregos e Romanos até chegarmos às catedrais cristãs e, posteriormente, às mesquitas muçulmanas e aos Castelos Templários.
Este conhecimento também permanece na África (o povo sempre se esquece que o Egito fica na África! Quando os muçulmanos tomam o Cairo e Alexandria, eles absorvem muito do conhecimento que estava disponível nas Escolas e bibliotecas), trazendo a geometria sagrada para a Arábia. Com as expansões, levam este conhecimento para o sul da Espanha também.

Mas isso já é outra história…

#ICAR

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/psicodelias-rel%C3%A2mpagos-e-catedrais