II Simpósio Brasileiro de Hermetismo

O II Simpósio Brasileiro de Hermetismo e Ciências Ocultas, que será realizado nos dias 23, 24 e 25 de junho de 2011, tem por objetivo trazer estudos mais aprofundados à Ciência Hermética. Com apoio da Associação Educacional Sirius-Gaia e do Projeto Mayhem, o evento tem como tema geral a discussão sobre as práticas ocultistas.

A Programação deste ano será composta de Palestras e Workshops com alguns dos mais importantes estudiosos de Hermetismo, Ordens Iniciáticas e Magia no Brasil.

PROGRAMAÇÃO
23/jun/2011

08:30 – 08:50 – Abertura Oficial

08:50 – 10:50 – Astrologia Hermética – Marcelo Del Debbio

11:00 – 12:45 – Umbanda, Xamanismo e Magia – Alexandre Cumino

12:45 – 14:00 – Almoço

14:00 – 16:00 – O Tarot de Crowley e a Magia Sexual Thelemica – Frater Goya

16:00 – 16:30 – Coffe Break

16:30 – 18:00 – Magia no Islamismo – Mário Alves da Silva Filho

18:00 – 20:00 – Xamanismo: O Arquétipo do Animal de Poder – Fernando Maiorino

20:00 – Jantar de Confraternização

24/jun/2011

09:00-11:00 – Arquitetura Sagrada: Simbologia, Geometria e o Ser – Márcio Lupion

11:10 – 12:40 – I Ching, do Xamanismo ao Computador – Gilberto Antônio Silva

12:40 – 13:50 – Almoço

13:50 – 15:50 – Magia Egípcia: O Novo Equinócio dos Deuses – Frater Goya

15:50 – 16:10 – Coffe Break

16:10 – 18:10 – Escolas iniciáticas da Kabbalah: Judaica, Cristã, Hermética, Maçônica e Mágica – Edmundo Pellizzari

18:15 – 20:15 – Mesa Redonda – O lado místico das religiões: Sufismo, Hinduismo, Cristianismo e Judaísmo

25/jun/2011

09:00 – 11:00 – A Felicidade segundo a ótica da Magia Cerimonial – André Calladan

11:10 – 12:45 – Magia do Budismo Esotérico – Renan Romão

12:45 – 14:00 – Almoço

14:00 – 14:55 – Visão da Teosofia sobre os 7 raios – Carlos B. Conte

15:00 – 16:00 – As 7 raças humanas – Carlos B. Conte

16:00 – 16:30 – Coffe Break

16:30 – 18:00 – LHP – O Caminho da Mão Esquerda – Adriano Camargo

18:00 – 19:30 – Projeção Astral – Lázaro Freire

PALESTRANTES
Adriano Camargo – Autor do “Sistemagia” e “Cabala Draconiana”, membro da Dragon Rouge e um dos pouquíssimos caras sérios em LHP no Brasil.

Alexandre Cumino – autor de “A História da Umbanda” e editor do “Jornal da Umbanda Sagrada”. Um dos sacerdotes mais respeitados no Brasil.

Carlos Basílio Conte – Membro da Sociedade Teosófica e Secretário de Cultura da Maçonaria, autor dos livros: “Magia Cerimonial” e “Pitagoras- Ciencia e Magia na Antiga Grecia”.

Edmundo Pellizzari – Prof. Edmundo Pellizzari é teologo (BD, BTh, OCR) com formação em estudos biblicos e judaicos.

Durante trinta anos estudou a Mistica Judaica (Kabalah) em institutos internacionais e com mestres tradicionais. E membro da Order of Corporate Reunion, da Order of Christian Renewal e da Apostolic Church of the Divine Mysteries.

Fernando Maiorino – Fundador e Presidente da Associação Educacional Sírius-Gaia (AESG). Orientador Espiritual em Umbanda Natural, vertente filosófica trazida por seus Guias Espirituais há uma década.

Frater Goya – Mais conhecido nos meios internéticos, é o fundador do Círculo Iniciático de Hermes (CIH). Já postei entrevistas com ele.

Gilberto Antônio Silva – Estudioso de filosofias e culturas orientais desde 1977, pesquisou e analisou com profundidade a cultura e o modo de pensar oriental, especialmente o Taoísmo. É atual Coordenador Editorial da revista Medicina Chinesa Brasil e Editor-responsável do jornal Saúde & Longevidade.

Marcelo Del Debbio – Arquiteto com especializações em Semiótica, História da Arte e História das Religiões Comparadas. Autor da Enciclopédia de Mitologia e coordena o blog “Teoria da Conspiração” e o Projeto Mayhem. É autor da Wikipedia de Ocultismo, com cerca de 5.000 verbetes.

Márcio Lupion – Discipulo da Maha Yoga Chegada ao Ramana Ashram do Brasil Swami Sri Maha Krishna – Aprende as 4 yogas, Bakti, Raja, Jnana e Karma Yoga. Iniciado no budismo tibetano com Chagdud Tulku Rinpoche, Templo Odsal Ling, São Paulo, SP.

Mário Alves da Silva Filho – Pratica e estuda o Sufismo ha mais de 15 anos, tendo sido membro das seguintes Ordens Sufis (Turuq): Attasiyya (foi o representante – Muqadam – para o Brasil), Khalwatiyya al-Jerahiyya e Ahmadiyya at-Tijaniyya (é membro desta atualmente). Viajou pela Turquia, Irã, Iraque e Arábia Saudita entrando em contato com diversos Shaykhs da Tradição do Tasawwuf (Sufismo), aprendendo com eles. Dirige o Centro de Estudos Filosóficos e Espirituais Caminho do Oriente (CEFECO). É membro do Grupo de Pesquisas CERAL- Centro de Estudo de Religiões Alternativas de Origem Oriental, Setor de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP.

Renan Romão – Graduando em Psicologia e Letras (FFLCH-USP), estuda Magia e Misticismo atraves de diversas tradicoes ocidentais e orientais sob a luz do Iluminismo Cientifico. Maçom, membro da ARLS “Estrela do Brasil” n°4321 GOB/GOSP, representante do CALEN/SP e membro-fundador da Confraria de Estudos Antigos.

Informações e inscrições:
http://www.simposiohermetismo.com.br/

#Mayhem #Palestras #SiriusGaia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ii-simp%C3%B3sio-brasileiro-de-hermetismo

Diwali – Festival das Luzes

Em muitas partes da Índia, é o Baile do Rei Rama de Ayodhya,que após 14 anos de exílio na floresta derrotou o mal Ravana. O povo de Ayodhya (a capital do seu reino) congratulou-se com Rama por iluminação em fileiras (avali) das lâmpadas (Deepa), dando assim o seu nome: Deepavali. Esta palavra, em devido tempo, se tornou Diwali em hindi. Mas, no sul indiano em algumas línguas, a palavra não sofreu qualquer alteração e, portanto, o festival é chamado Deepavali no sul da Índia. Existem várias observâncias do feriado em toda a Índia.

O Jainismo Diwali é marcado como o nirvana do Lord Mahavira, que ocorreu em 15 de outubro, 527 aC.

Entre os sikhs, o Diwali veio a ter significado especial a partir do dia ao qual houve o retorno a cidade de Amritsar do iluminado Guru Hargobind (1595-1644), que havia sido detido no Forte em Gwalior sob as ordens do imperador Mughal, Jahangir (1570-1627). Como o sexto Guru (professor), do Sikhismo, Guru Hargobind Ji, foi libertado da prisão – juntamente com 53 hindus Kings (que eram mantidos como prisioneiros políticos) a quem o Guru havia organizado sua libertação. Após a sua libertação ele foi para o Darbar Sahib (Templo Dourado) na cidade santa de Amritsar, onde foi saudado pelo povo com tamanha felicidade que acenderam velas e diyas para cumprimentar o Guru. Devido a isto, sikhs referem frequentemente que Diwali também como BANDI Chhorh Divas – “o dia da libertação dos detidos”.

O festival também é comemorado pelos budistas do Nepal, especialmente os Newar budistas.

Na Índia, o Diwali é hoje considerado um festival nacional quanto ao aspecto estético, entretanto, é usufruído pelos hindus, independentemente da fé.

#Hinduismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/diwali-festival-das-luzes

Om Gam Ganapataye Namaha

Este mantra é um dos mais conhecidos da tradição hindu e é muito fácil de pronunciar. É uma invocação a Ganapati (outro nome de Ganesha) e serve para remover os obstáculos, tanto materiais como espirituais. Este mantra atua muito rápido, vale a pena experimentar.

O texto que se segue é de Thomas Ashley Farrand no livro “Mantras que Curam”

Ao longo dos anos, aprendi muitos mantras para resolver os problemas que a vida criou para mim. Para que você tenha uma idéia de como isso pode funcionar, vou contar como a prática de um mantra me ajudou num período particularmente difícil.

Em 1980, ocorreram muitas mudanças na minha vida. Durante oito anos, eu havia sido ministro-residente de um centro espiritual filiado a uma organização espiritual da Índia, mas sediada em Washington, D.C.

Eu gostava de ser útil e minhas responsabilidades em geral eram agradáveis. Entretanto, a forma como o líder indiano estava conduzindo a organização passou a me incomodar cada vez mais, por apresentar um comportamento inadequado em questões referentes a sexo, dinheiro e poder. Eu vacilava entre permanecer ou abandonar a organização e essa preocupação me deixava nervoso.

Um dia, numa de minhas habituais sessões de duas horas de meditação, eu vi um relógio que marcava um quarto para as doze horas. Aquela visão mostrava-me que às doze horas, a relação pela qual eu vinha esperando desde muito tempo atrás chegaria. Resolvi esperar um pouco mais antes de tomar a decisão de deixar o centro. Na realidade, aqueles quinze minutos acabaram sendo mais de seis meses. Depois de seis meses, uma mulher chamada Margalo chegou à organização. Em duas semanas, deixei o centro para ir morar com ela. Um ano depois, já casados, decidimos juntos abandonar totalmente a organização.

Quando me envolvi com a organização, eu trabalhava como produtor de televisão. Logo depois de entrar para ela, passei a lecionar radiofusão, por tempo integral, na George Washington University. Em 1980, entretanto, vencido o prazo do meu contrato temporário e, recém-casado, eu refletia sobre minhas opções profissionais. Margalo sugeriu que deixássemos Washington, D.C., e fôssemos morar em sua antiga casa no sul da Califórnia. Eu não vi nenhum motivo para recusar. Uma vez lá, eu sabia que teria de iniciar uma nova carreira. Mas, apesar de todos os meus esforços para encontrar um trabalho em Los Angeles, a capital da mídia do mundo ocidental, as portas da televisão mantiveram-se fechadas e eu fui obrigado a aceitar trabalhos esporádicos. Eu lutava para encontrar algum tipo de equilíbrio entre minha procura desestimulante de uma nova profissão e minha nova vida feliz com minha mulher.

Durante meus anos de sacerdócio, eu havia usado mantrans quase exclusivamente durante as sessões de meditação para aumentar a concentração e estimular a introversão espiritual. Para qualquer problema secular, eu recorria às orações que havia aprendido em minha formação judaico-cristã nas igrejas Presbiteriana e Metodista. A prática de mantras não requer o abandono da organização religiosa a que pertencemos, nem das nossas raízes ou de outras práticas espirituais. Embora continue me considerando cristão, eu já estudei muitas tradições religiosas e, com o passar dos anos, fui acrescentando novas práticas religiosas de origens hinduísta e budista a meus hábitos diários, para compor uma espiritualidade pessoal voltada para a compaixão e o serviço. O mantra é uma prática espiritual complementar incrivelmente eficaz, que pode enriquecer a sua vida.

No meu caso, os resultados obtidos por meio de orações eram esporádicos, mas eu os havia aceito. Naquele período profissionalmente difícil de minha vida, entretanto, decidi aplicar um mantra à minha situação para ver se me ajudava. Escolhi um mantra que me pareceu apropriado para as minhas dificuldades no plano material e decidi dedicar-me a ele por quarenta dias. Escolhi uma prática de quarenta dias porque quarenta é um número recorrente na literatura religiosa. Jesus andou no deserto por quarenta dias. Noé flutuou sobre as águas por quarenta dias. Moisés errou pelo deserto por quarenta anos. Com Buda foi um pouco diferente, pois permaneceu sentado sob a Árvore Bodhi por 43 dias até alcançar a iluminação. No hinduísmo védico, quarenta dias é o período estipulado para a prática concentrada de um mantra. No catolicismo romano, a novena, uma disciplina diária de oração utilizada pelos fiéis em busca de solução para seus problemas, é, às vezes, praticada durante cinco, quarenta e 54 dias, embora tradicionalmente seja uma prática de nove dias.

Eu achei que precisava de uma quantidade considerável de tempo para que a prática do meu mantra atuasse sobre quaisquer que fossem as forças que estavam me impedindo de encontrar trabalho. A intenção que criei na minha mente era de encontrar um emprego estável no qual eu pudesse dar uma contribuição aos outros e me rendesse um salário para viver. Como muitos mantras para a solução de problemas são genéricos por natureza, o mantra que escolhi foi para a remoção de obstáculos:

Om Gam Ganapataye Namaha

“Om e saudações àquele que remove obstáculos do qual Gam é o som seminal.”

Entre as seitas védicas e hinduístas, este mantra é universalmente reconhecido como extremamente eficaz para a remoção de todos os tipos de obstáculo. Como eu não sabia o que estava me impedindo de encontrar um emprego fixo e remunerado, meu objetivo era remover qualquer obstáculo, interno ou externo, espiritual ou físico, que estivesse no meu caminho.

Nos quarenta dias seguintes, repeti o mantra o máximo de vezes possível, algumas vezes em silêncio, outras em voz alta. Enquanto realizava tarefas domésticas, eu repetia o mantra. Dirigindo, eu ia entoando o mantra no carro. Enquanto comia ou preparava a comida, eu o repetia. Enquanto adormecia, continuava repetindo o mantra pelo máximo de tempo possível. Ao despertar, começava imediatamente a recitá-lo. Se estava com outras pessoas, recitava-o em silêncio. Se estava sozinho, entoava-o em voz moderadamente alta. Tornei-me uma máquina de entoar o mantra Om Gam Ganapataye Namaha.

Eu gostava da sensação que o mantra me proporcionava. Seu ritmo instalou-se rapidamente em minha consciência e, depois de duas semanas, constatei que o mantra se iniciava sozinho quando eu estava ocupado com alguma outra coisa. Quando acordava no meio da noite, podia ouvi-lo ressoando fracamente em algum compartimento nas profundezas da minha mente. Ele se integrara ao meu corpo e à minha mente como um alimento espiritual.

Depois de três semanas trabalhando com o mantra, fui convidado para realizar uma cerimônia védica para um grupo em Santa Ana. A cerimônia durou cerca de uma hora e, quando acabou, circulei entre os convidados para conversar e comer petiscos. Com um pequeno grupo, a conversa acabou indo parar na pergunta “E o que você faz para viver?” Expliquei, um pouco constrangido, que tinha vindo recentemente para a Costa Oeste e que ainda não havia me fixado em nada.

O bate-papo continuou e depois de um tempo uma mulher do grupo disse que sua empresa estava procurando alguém para trabalhar num projeto de marketing pelos próximos três meses. Perguntei o que a empresa fazia e ela respondeu que um serviço de assistência médica que se ocupava de medicina familiar, medicina ocupacional e atendimento de emergência. Eu não tinha nada a ver com a área de saúde e disse isso a ela.

Sem se importar com isso, a mulher insistiu para que eu lhe telefonasse para marcar uma hora na semana seguinte. Concordei, mais por educação e com a consciência de que devia explorar as possibilidades – mas sem nenhuma esperança real de que aquilo resultaria num emprego para mim.

Quando cheguei à empresa, fui recebido pelo chefe da mulher que eu havia conhecido, Rick, que me entrevistou por cerca de dez minutos. Eu achei que estava descartado, uma vez que mostrara não entender nada daquele ramo, mas para grande surpresa minha, ele finalizou sua breve entrevista com: “Eu acho que você vai se dar bem. Mas preciso que os médicos aprovem. Por favor, espere aqui.”

Os médicos me aprovaram e, dentro de alguns minutos, eu já havia preenchido alguns formulários e me tornado um representante de marketing da clínica deles, para realizar trabalho de campo com base num contrato provisório de três meses. O salário era modesto, mas era melhor do que trabalhar esporadicamente ou aguardar o telefone tocar, de maneira que fiquei agradecido. Durante todo o tempo, eu continuei recitando o mantra em silêncio.

Depois de vários dias dando telefonemas de negócios, eu aprendi o suficiente para perceber que o material de marketing de que dispunha para sustentar meus telefonemas era péssimo. Eu não conseguia tirar isso da cabeça e comecei a me sentir cada vez mais estúpido toda vez que fazia uma chamada. Finalmente, percebi que eu tinha de fazer algo.

Nessa altura, eu estava no trigésimo dia de prática do meu mantra. Nessa noite, refiz todo o material, resumindo-o em três desenhos e usando as cores do prédio e o familiar caduceu, símbolo da medicina. Quando cheguei ao escritório na manhã seguinte, procurei o médico a quem relatei e expus rapidamente o que tinha em mente. Ele parou de repente, fitou-me e disse para encontrá-lo na sala de reunião dentro de uma hora. Quando entrei na sala de reunião, lá estava Rick, junto com a mulher que havia sugerido que me candidatasse ao emprego, o médico que havia me entrevistado e dois outros médicos que eram sócios da empresa. Inseguro, percebi que teria de fazer uma apresentação. O médico que havia convocado a reunião disse, “Mostre-nos o que você fez”.

Depois de dez minutos de apresentação improvisada, os médicos me pediram para deixar a sala por alguns minutos. Nervoso, aquiesci. Quando fui chamado de volta, meu chefe disse, “Parabéns, você é nosso novo diretor de marketing. Mande imprimir alguns cartões e também esse material que você desenhou o mais rapidamente possível”. Eu estava em estado de choque, mas continuava interiormente repetindo o mantra Om Gam Ganapataye Namaha.

Concluí meus quarenta dias de prática do mantra sem nenhum outro incidente. Dentro de trinta dias, eu estava envolvido num projeto de marketing com a participação de um hospital local. A enfermeira que era diretora de marketing do hospital era amistosa e tecnicamente muito competente. Trabalhamos bem juntos. Quando estava quase no final do projeto, ela me perguntou se eu não me importaria em dizer quanto eles me pagavam. Não me importei e disse a verdade. Ela franziu o cenho e disse, “Eles estão lhe pagando uma bagatela”.

Quando o projeto em conjunto foi concluído, meu chefe nos parabenizou a ambos pelo ótimo trabalho. Depois de apertar a mão dele, a enfermeira apontou na minha direção e disse, “Você sabe que esse cara é muitíssimo mal pago. É melhor você tomar alguma providência antes que alguém lhe faça uma proposta e ele vá embora”. Fiquei espantado, mas meu chefe respondeu como o bom profissional que era. Deu uma risadinha e disse: “Não se preocupe, cuidaremos bem dele”. Em trinta dias, tive um aumento de 40%.

Isso foi no início de 1983. Trabalhei nessa empresa durante quase sete anos. Tive inúmeros aumentos e sentia que meu trabalho era valorizado. Finalmente, eu saí quando meu supervisor decidiu abrir seu próprio negócio e fez-me uma proposta para ir com ele.

Eu atribuí o meu êxito na procura de emprego ao mantra que pratiquei. Sua eficácia causou uma profunda impressão em mim e comecei a dar um novo valor ao poder das fórmulas espirituais para a solução de problemas cotidianos. Comecei a recomendar o uso de mantras a outras pessoas com problemas e funcionou surpreendentemente bem.

Indiquei esse mesmo mantra a um amigo meu de Washington, que havia acabado de deixar sua carreira no exército. Ele havia estudado gemologia e estava a fim de encontrar um trabalho nessa área. Entretanto, depois de meses de procura em muitas cidades, ele não conseguira encontrar o emprego que queria. Recomendei a ele que começasse a repetir o mantra Om Gam Ganapataye Namaha o máximo de vezes possível durante dez dias. No décimo primeiro dia, realizei uma cerimônia de limpeza energética para ele. Dentro de três dias, ele recebeu várias propostas de emprego e começou bem sua nova carreira.

#Hinduismo #Mantras

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/om-gam-ganapataye-namaha

O Real Sentido da Meditação

Texto do meu irmão e amigo Dario Djouki, sobre meditação:

A meditação, como conhecemos no ocidente, tem um significado completamente diferente de sua real origem, no oriente, mais especificamente na Índia. Várias práticas espirituais, ao chegaram até o ocidente, foram deturpadas ou mesmo adequadas ao estilo de vida das pessoas, mais voltado ao plano material do que o espiritual, ao dinheiro do que a elevação do ser e a busca de Deus dentro de cada um de nós.

As religiões ocidentais fizeram isto com as pessoas. Através de seus dogmas, sistemas verticalizados de comando, imposições sociais, introduziram na sociedade os conceitos de bem e mal, certo e errado, mantendo-as dentro de seus domínios, pois obviamente é muito mais fácil de se controlar alguém!

Com o próprio advento da espiritualidade “fast-food” com suas soluções práticas de vida e consumismo desenfreado, todos os conceitos orientais foram banalizados, e o resgate dos mesmos como caminhos de evolução do ser humano é muito importante para as pessoas que realmente querem ter uma vida melhor, tanto física como espiritual. Isto tudo pode e deve ser agregado às práticas espirituais ocidentais, sem o menor problema, pois todas as fontes levam à Deus.

Meditação

Por Swami Ritajananda

A palavra meditação não tem na Índia o mesmo significado que no Ocidente. Os hindus usam uma palavra equivalente, pois não existe outra que se aproxime mais dessa idéia. A palavra mais usada por eles é Dhyana, ou Nidihyasana, ou ainda Upasana.

Normalmente, durante a meditação, objetivamos pensar apenas em um Ideal espiritual ou uma idéia próxima deste ideal. Na Dhyana, o pensamento não se ocupa de modo algum com um tema, mas dirige-se intensamente para o Ideal espiritual.

Na Índia, o objetivo buscado é o de se obter uma experiência espiritual que transcenda a mente. Se não se admitisse a possibilidade de atingir um estado mais elevado que o nível da mente, a meditação hindu não teria nenhum significado. Para os hindus, a meditação é suscetível de levar um contato direto com o Supremo.

Por que é necessário meditar? Para buscar o Supremo. Aqueles que meditam desejam encontrar o Supremo. Sabem que a melhor coisa que existe em suas vidas é alcança-lo. É a meta suprema da existência. Na Índia é a salvação. Precisamos dizer também que a meditação deve tornar-se uma concentração intensa, tão fina e aguda quanto possível. Trata-se, portanto de uma intuição penetrante.

Há, por um lado, a intensidade da concentração e , por outro, uma compreensão bem aguçada, bem afinada, dentro da meditação profunda. Ficamos então completamente separados da vida comum.

Normalmente esta prática é difícil, pelo menos no início, porque nossa mente está habituada a afundar-se numa imensa variedade de pensamentos e sentimentos. A isto se acrescenta a lembrança de nossas impressões passadas, ou então aquilo que está próximo, o imediato, tornando a concentração muito difícil. Poucas pessoas consentem em desprender-se de todas as suas atividades mentais para se tornarem capazes de absorver-se em seu Ideal Espiritual.

Existe um meio eficaz para se conseguir purificar a mente de todos os diferentes tipos de pensamentos. Este meio é a introspecção e a análise de si mesmo. Praticando bastante a introspecção, analisando-se a si próprio em seu interior, consegue eliminar todas as más tendências da atividade mental. Mas isto é difícil no começo, porque não somos capazes de julgar-nos imparcialmente e dificilmente aceitamos reconhecer nossos defeitos.

Muitas vezes as pessoas não se dão conta da dificuldade que há em descobrir seus defeitos, porque sua própria mente, em geral, mascara as más tendências. Então, sem compreender que elas próprias estão velando a visão das coisas, não sabem que estão vendo incorretamente e agindo mal. Não sabem que sua apreciação de sua própria atitude mental não é nem clara, nem exata. Por esta mesma razão, tais pessoas não compreendem a crítica de seus defeitos, se lhes acontece ouvi-la, pois julgam-se feridas em seu amor-próprio. Portanto, é muito difícil.

(…) O objetivo supremo da meditação é atingir a Consciência Pura,absolutamente pura, a Luz sem nenhuma nuvem. Mas, antes disto, há diferentes níveis.

(…) A consciência pura é o estado de Samadhi. Se pudermos chegar a este estado, seremos realmente mestres. A mente ficará completamente controlada, descobriremos muitas coisas muito mais nitidamente do que antes. A compreensão habitual é a do mundo, daquilo que vemos. Não é o real. Não é a verdade. O que tomamos por verdadeiro é o produto de nosso pensamento, a criação da mente. Com a mudança da mente, o mundo muda, tudo muda. Nesse momento, pode-se dizer que vocês captaram a meta suprema de suas vidas. Compreendem quem são, compreendem onde estão. Vocês se transformam.

Como verificamos nas palavras do Swami Ritajananda, meditação não é apenas fechar os olhos, ficar em silêncio, praticando respiração. Meditação é algo muito mais profundo, é a busca da consciência suprema, da conexão com Deus, através de práticas, seja entoando mantras, observando imagens, ou outra forma que seja melhor adequada ao praticante. Quando você medita, você se conecta, descobre seu verdadeiro ser.

Meditar não é manter a mente vazia, mas sim preenchida de silêncio. É o equilíbrio absoluto, é a paz interior definitiva, criando uma mente centrada, em paz consigo mesma.

#Hinduismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-real-sentido-da-medita%C3%A7%C3%A3o

A Lenda do Sr. Ganesha

Dizem que o Sr. Shiva saiu para um retiro nos Himalaias e pediu ao seu filho Ganesha para tomar conta da casa. Pediu que ele não deixasse ninguém entrar durante sua ausência. A seguir, ele voou e foi praticar suas austeridades (em sânscrito, tapas) no topo do mundo. Ocorre que suas disciplinas espirituais prolongaram-se demasiadamente e ele permaneceu nas montanhas sagradas por mil anos.

Quando ele voltou para casa, estava barbudo e com um aspecto um tanto quanto severo. Na porta, tomando conta da residência, estava Ganesha. Ele não reconheceu o pai e barrou sua entrada. Os dois discutiram muito, pois Shiva dizia que era seu pai e Ganesha argumentava que seu pai não tinha barba e o tinha alertado de que um demônio disfarçado tentaria passar por ali disfarçado. Os dois entraram em um combate de proporções energéticas incríveis. No decorrer da luta, Shiva levou a melhor e subjugou seu filho. Com raiva, cortou a cabeça do menino e jogou o corpo no mato.

A seguir, foi fazer a barba, tomar um banho e descansar da longa viagem. Quando sua esposa, Párvati, chegou e percebeu a bagunça na entrada da casa e não viu o filho de plantão, logo percebeu que algo terrível havia acontecido. Daí, Shiva disse-lhe o que tinha acontecido. Ela ficou furiosa e ameaçou separar-se dele (sabe como é, fazer uma grevezinha, hehehehe…) caso ele não trouxesse o filho de volta à vida. Temeroso de perder sua consorte divina, a rainha da formosura e da alegria, ele disse-lhe: “Está bem, vou trazê-lo de volta, mas se o seu corpo ainda estiver em boas condições, a cabeça já era, pois um chacal da floresta devorou-a ainda agora. Sei disso porque o meu olho espiritual a tudo vê. O que posso fazer é energizar o cadáver e colocar uma outra cabeça no lugar. Entrarei na floresta e deceparei a cabeça do primeiro animal que eu encontrar. Colocarei sua cabeça no corpo do menino e farei com que o seu corpo espiritual entre na carne novamente. Ele viverá no plano físico mais uma vez, mas com a cabeça de um animal.”

Shiva entrou na floresta e o primeiro animal que ele encontrou foi justamente o elefante. Cortou a cabeça do paquiderme, colou-a no corpo e fez o espírito entrar nele. Daí, a figura do Ganesha passou a ser a do menino com cabeça de elefante. Baseados nisso, os hindus reverenciam a Ganesha como o divino protetor das casas e removedor dos obstáculos.

Se ele não deixou nem o pai entrar, com certeza não deixará nada pernicioso entrar na casa do devoto.

A outra lenda, mais suave, mas sem a intensidade da primeira, conta que Ganesha era um menino muito bonito. Sua beleza era tão mágica e sua presença tão doce, que as pessoas não prestavam atenção na sua sabedoria e nem escutavam seus ensinamentos. Ficavam cativadas pela sua beleza sobrenatural.

Para evitar isso, Shiva cortou sua cabeça e colocou a do elefante no lugar. Dessa forma, todos os que se aproximassem dele seriam libertados por sua sabedoria e não ficariam encantados pela aparência sedutora, mas ilusória. Quem buscasse seu concurso seria pelo objetivo do crescimento espiritual e não mais pelas firulas da vaidade.

As duas lendas revelam lições de sabedoria espiritual e são bem interessantes.

#Hinduismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-lenda-do-sr-ganesha

Vedanta

Vedanta é a tradição espiritual explicada nos Upanishads e que lida com os aspectos da auto-realização, onde procuramos entender a natureza da Realidade Última, chamada Brahman.

A tradução da palavra Vedanta é “o final de todo conhecimento”. No entanto, uma tradução mais profunda pode ser feita, tornando a palavra “conhecimento interior” (ou do Ser).

A tradição da Vedanta é baseada em leis espirituais imutáveis, comuns a todas as religiões ou tradições espirituais e tem como objetivo a conquista da Consciência Cósmica. É portanto, uma filosofia de cunho Universal ou universalista.

De forma mais didática podemos dizer que a palavra Vedanta é composta por duas outras, a saber:

veda = “conhecimento” + anta = “fim, conclusão”: “o ponto culminante do conhecimento”

veda = “conhecimento” + anta = “essência”, “núcleo”, ou ainda “interior”: “a essência dos Vedas” ou “ o conhecimento interior (esotérico)”.

A Vedanta também é conhecida como Uttara Mimamsa, ou a “última” ou “investigação elevada”.

Há também a filosofia conhecida como P?rva Mimamsa, geralmente chamada apenas de Mimamsa e que lida com explicações de sacrifícios e uso dos mantras na parte conhecida como Samhita dos Vedas e dos Brahmanas. Já a Vedanta lida com os ensinamentos esotéricos dos Aranyakas (“escritos da floresta”) e dos Upanishads, compostos aproximadamente entre 9 A.C. e 8 D.C.

A filosofia Vedanta foi formalizada por volta do 200 A.C. com o surgimento do tratado “Vedanta Sutra”, composto pelo grande Sábio Vyasa, também conhecido como Badarayana.

O texto é conhecido por vários outros nomes como “Brahma Sutra”, “Vyasa Sutra”, “Badarayana Sutra” e “Vedanta Darshana”.

Por causa de sua linguagem esotérica, várias interpretações diferentes surgiram com relação ao texto, dando origem a várias sub-escolas de pensamento, cada uma clamando por ser a interpretação correta do texto original. No entanto, todas as sub-escolas concordam em pontos comuns como, por exemplo, o abandono dos rituais secos em favor da prática da meditação, fundamentada no dharma e em um sentimento amoroso, que traz ao praticante a certeza da bem-aventurança vindoura no final do processo discriminativo.

Todas as sub-escolas derivam seus conhecimentos primariamente dos Upanishads.

O foco principal da filosofia contida nos Upanishads, de que a Realidade Última, chamada Brahman, é absoluta, imutável e sempre a mesma, é o núcleo da Vedanta.

Com o passar do tempo, muitos sábios interpretaram a sua maneira os Upanishads e o Vedanta Sutra, escrito pelo sábio Vyasa.

É importante salientar que essas interpretações eram pertinentes ao tempo e contexto em que os sábios viviam.

Dessas interpretações, podemos ressaltar seis como sendo as mais importantes e dessas seis, três como sendo as mais proeminetes: Advaita Vedanta, Vishishtadvaita and Dvaita.

Podemos dizer que a filosofia possui oito subescolas:

Advaita Vedanta

Vishishtadvaita

Dvaita

Dvait?dvaita

Shuddhadvaita

Achintya Bhed?bheda

Purnadvaita ou Advaita Integral

Vedanta Moderna

As seis primeiras são tradicionais e as duas últimas são mais recentes.

Advaita Vedanta.

Essa interpretação foi proposta pelo sábio Adi Shankara e seu Guru Gaudapada.

De acordo com essa escola de Vedanta, Brahman é a única realidade e o mundo, como ele nos aparece, é ilusório. Essa linha de pensamento deu origem ao conceito de Ajativada ou não-criação.

É pela ação de um poder ilusório de Brahman, chamado Maya, que o mundo surge.

Ela afirma que a causa de todo o sofrimento existente no mundo é o esquecimento, através da ignorância, da Realidade Última, Brahman. Sendo assim, apenas o conhecimento de Brahman pode nos trazer a liberação.

Essa filosofia nos explica que, quando tentamos compreender Brahman através da mente, ele (Brahman) aparece a nós como Ishvara (o Senhor, Deus no sentido de Criador, o Pai), separado da criação e dos indivíduos. No entanto, os proponentes da filosofia nos dizem que, em verdade, não há diferença entre a alma individual (muitas vezes chamada de Atman) e Brahman.

A emancipação ou liberação estaria no conhecimento dessa não-dualidade (advaita). Assim, o caminho final rumo à liberação só poderia ser conquistador através de Jñana ou sabedoria.

Vishishtadvaita

Essa subescola foi proposta pelo sábio Ramanuja e tem como principal ensinamento a idéia de que a alma individual, o Atman é uma parte de Brahman, ou a Alma Cósmica. Assim, mesmo sendo similares, ambas não são idênticas.

Enquanto a Advaita Vedanta nega qualquer tipo de atributo à Brahman, essa escola prega a existência de atributos em relação à Brahman, como por exemplo o conceito de almas individuais e o do mundo fenomênico.

Portanto, para a Vishishtadvaita, Brahman, as almas individuais e a material são coisas distintas.

Enquanto a Advaita Vedanta prega a Jñana Yoga como caminho para a liberação, essa escola propõe o caminho de Bhakti ou devoção a Deus como forma de liberação. Na maioria das vezes (mas não em todas, importante frisar) a devoção é direcionada ao segundo aspecto da trindade hindu, chamada Vishnu, e a seus avatares ou encarnações.

Dvaita

O pensamento Dvaita foi proposto por Madhva e relaciona Deus à Brahman e este a Vishnu, mais precisamente na figura de Krishna, que segundo a tradição, é a oitava encarnação de Vishnu.

Para o pensamento Dvaita, Brahman, todas as almas individuais (jivatman) e a matéria são ambos eternos e ao mesmo tempo entidades separadas.

Um aspecto muito interessante dessa filosofia é a negação da existência de Maya (no sentido de não-existência, ilusão), apesar de o próprio Krishna, no Baghavad Gita, pregar a existência dela.

Essa sub-escola também prega o caminho de Bhakti como sendo a senda para a liberação.

Ao contrário do que vemos na escola Advaita, aqui se sutenta que a diferença está na natureza da substância (composta pelos gunas). Por causa disso, muitos chamam essa escola de Tattvavâda.

Segundo essa sub-escola, existem cinco diferenças, a saber:

Entre Brahman e a alma individual

Enrte cada alma individual

Entre Brahman e a matéria (prakriti)

Entre a alma individual e a matéria

Entre os fenômenos materiais (matéria x matéria)

Outro aspecto importante dessa filosofia é a sua visão sobre o sistema de castas exposto nos Vedas.

Segundo o Dvaita, as castas não são determinadas pelo nascimento e sim pela tendência da alma.

Um brâmane pode nascer na casta dos párias e vice-versa.

Em verdade, o sistema de Varna ou castas é determinado pela natureza da alma, e não pelo nascimento.

Hoje o sistema se encontra deturpado e mantido apenas por questões discriminatórias.

Dvait?dvaita

Escola propostas pelo sábio Nimbarka, que viveu por volta do século 13 D.C.. Ele usou como base os ensinamentos de uma escola anterior chamada Bhed?bheda, que era ensinada pelo sábio Bh?skara.

Essa filosofia prega que a alma individual (jivatman) é, ao mesmo tempo, igual e diferente de Brahman.

Essa escola também vê em Krishna a personificação de Deus.

A Dvait?dvaita vê a alma individual como sendo naturalmente Consciência (jñana-svarupa), sendo apta a conhecer sem a ajuda dos sentidos corporais.

Como métodos para se atingir a liberação, a escola propõe quatro sadhanas ou disciplinas:

Karma- ação. – Quando feito conscientemente e com o espírito adequado, de acordo com seu contexto de vida, traz o conhecimento que conduz à salvação.

Vidya- conhecimento.

Upasana ou dhyana – meditação

Ela é de três tipos: A primeira é a meditação na igualdade entre Brahman e a alma individual (dos seres animados). O Segundo tipo é a meditação em Brahman como sendo o controlador interior de todos os objetos não sencientes. A terceira é a meditação em Brahman como sendo diferente dos seres animados e dos objetos inanimados.

Gurupasatti – Devoção e auto-entrega ao guru (mestre spiritual).

Shuddhadvaita

Shuddhadvaita foi proposta por Vallabha (1479-1531).

É um sistema que enfatiza a prática de Bhakti como o único meio para a libertação.

Vallabha pregava que esse mundo era um “passatempo” (leela) de Krishna e que ele (Krishna) é Sat-Chit-Ananda.

Achintya Bhed?bheda

Essa sub-escola foi proposta por Chaitanya Mahaprabhu (1486-1534).

Sua doutrina também prega devoção a Krishna e se baseia em uma tradição antiguíssima, que foi transmitida através de uma linhagem de gurus, cujo primeiro teria sido o próprio Krishna.

Purnadvaita ou Integral Advaita

Foi proposta por Sri Aurobindo, grande sábio do século XX.

Ele sintetizou todos os ensinamentos das escolas de Vedanta e nos forneceu uma compreensiva integração desses conceitos da filosofia oriental com a ciência moderna.

Vedanta moderna ou Neovedanta

Esse nome é dado a interpretação dada a Advaita Vedanta pelo renomado yogue Swami Vivekananda, discípulo de Sri Ramakrishna Paramahansa.

Sua interpretação nos diz:

Por mais que Brahman seja a Realidade Absoluta, o mundo possui uma realidade relativa. Sendo assim, o mundo não deve ser completamente ignorado.

Condições limitantes como a pobreza deve ser removida; somente assim as pessoas serão capazes de voltar à mente na busca e compreensão de Brahman.

Todas as religiões buscam o mesmo objetivo: A Realidade Absoluta. Logo, discussões sectárias devem ser abandonadas e a tolerância religiosa deve ser praticada – seja entre hindus de diferentes denominações, seja entre cristãos, muçulmanos, judeus ou budistas (dentre outras religiões).

Swami Vivekananda foi o primeiro yogue a vir para o ocidente. No ano de 1893 ele participou do Parlamento Mundial das Religiões, em Chicago, EUA.

Desde então se tornou figura de grande influência tanto no oriente como no ocidente.

Vivekananda nos mostrou que a Vedanta não era algo seco e meramente esotérico, mas sim algo vivo e presente em nosso dia-a-dia.

Em sua interpretação da Advaita Vedanta, aceitava o principio de Bhakti (devoção), recomendando primeiro a meditação em Brahman como sendo possuidor de atributos, seja na figura de um guru ou na personificação de sua deidade pessoal.

Só depois de longa prática e entendimento e que recomendava a meditação em Brahman sem atributos.

Swami Vivekananda ainda apresentou ao ocidente os diferentes caminhos, ou yogas (Jnana, Karma, Bhakti, Raja).

Texto de Dario Djouki

#Hinduismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/vedanta

Brahma, Vishnu, Shiva, os Muçulmanos e o Zero

Retornando aos nossos posts históricos, estamos chegando às vésperas da Primeira Cruzada e das origens secretas dos Templários, Hospitalários e Teutônicos (e também das histórias do Rei Arthur, com suas dezenas de versões e adaptações, e a chegada do Tarot na Europa… sim, todos estes assuntos estão interligados e veremos isso em breve).
Hoje falaremos dos hindus, muçulmanos e da origem espiritual do número Zero.

Seja no oriente ou no ocidente, a imagem circular de uma mandala (ou diagrama sagrado) é uma das mais intensas e utilizadas formas presente na história da arte.
A Índia, o Tibete, o Islã e a Europa Medieval produziram círculos em abundância, assim como todas as culturas mais antigas, seja através da pintura, seja através das danças circulares.
A imensa maioria destes diagramas está baseado na divisão dos quatro quadrantes, com todas as partes internas inter relacionadas de uma maneira ou de outra. Estas obras de arte são de alguma maneira cosmológicas; representam um símbolo que é a própria estrutura do universo: o zero.
Para os antigos, a própria arte de edificar estava intimamente ligada com o ser humano e com sua percepção do macrocosmos e do microcosmos; os quatro elementos, as quatro estações, os doze signos atravessados pelo sol em seu percurso nos céus, os círculos de divindades que representam o próprio homem e seus múltiplos aspectos… mas o que mais impressiona nestes diagramas é a expressão da noção do Cosmos, ou seja, da realidade como algo organizado e completo dentro de si mesmo.
A geometria antiga dependia de alguns axiomas; ao contrário da geometria euclidiana e outras mais recentes, o ponto de partida do pensamento geométrico antigo não é uma rede de abstrações intelectuais, mas uma meditação dentro de uma unidade metafísica, seguida de uma tentativa de simbolizar através do visual a ordem pura que brotava através destas experiências divinas e incompreensíveis.

É esta aproximação com o divino que separa a geometria antiga (ou sagrada) da moderna (ou mundana). A geometria antiga começa pelo número um, enquanto a matemática moderna começa pelo número zero.
Antes de avançar até os muçulmanos, eu gostaria de falar mais um pouco sobre estes dois começos simbólicos: Um e Zero, porque eles proporcionam um exemplo fantástico de como os conceitos matemáticos nada mais são do que dinâmicas de pensamento, de estruturas e de ações.

Primeiramente, vamos considerar o zero, que é uma idéia relativamente recente na história do pensamento, apesar de estar tão integrado a nossos pensamentos que mal podemos conceber um mundo sem zero. As origens deste símbolo datam aproximadamente do século VIII depois de Cristo, quando aparecem os primeiros registros em textos matemáticos na Índia. É interessante notar que, paralelamente a estas anotações, florescia na Índia neste mesmo período uma Escola de Pensamento decorrente do hinduísmo (através de Shankhara) e do budismo (através do Navarana). Esta Escola tinha ênfase no objetivo de obter a transcendência através da meditação e escapar do Karma através da renúncia ao mundo material, até mesmo através da mortificação dos corpos físicos através do auto-flagelamento.
Este estado de Nirvana era atingido através do “nada”, um cancelamento total dos movimentos e dos pensamentos dentro da consciência concreta, um estado “zen”. Este aspecto de meditação era o objetivo máximo do desenvolvimento espiritual, a fusão com o “todo” e com o “nada” ao mesmo tempo.
Muitos consideram este período da historia indiana como um retrocesso, um declínio das tradições tântricas que pregavam a união e a harmonização do material e do espiritual.

Foi neste período da devoção ao “vazio” que o conceito do zero apareceu. O resultado disto foi uma manifestação tanto através de um nome específico quanto de um símbolo, tanto na matemática quanto na metafísica. Na matemática, ele acabou se tornando um número, com implicações que falarei mais adiante. Seu nome em sânscrito é “Sunya”, que significa “vazio”.

Até então, como as pessoas se viravam sem o zero?
Na Antiga babilônia, Egito, Grécia e Roma, eram utilizados símbolos que representavam quantidades, como por exemplo, I, V, X, L, C, D e M. Em valores como 1005 (MV) ou 203 (CCIII), não havia a necessidade de um zero pois os numerais eram formados por “caixinhas” que representavam uma determinada quantidade de elementos. V melancias eram 5 melancias… XII camelos eram 12 camelos e ninguém questionava os números. O conceito de “zero” camelos era marcado com um símbolo parecido com duas barras paralelas [ // ] mas existia apenas como resultado de contas, por exemplo XII – XII = // representando “todos os camelos foram vendidos”.
Mas anotar um carregamento vazio é muito diferente de tratar o zero como uma entidade tangível.
Aristóteles e outros matemáticos discutiram o conceito do zero filosoficamente, mas a matemática grega, fortificada pelas influências pitagóricas vindas do Egito, recusavam-se a incorporar o zero em seu sistema.

E chegamos aos muçulmanos…
Os árabes, que do século VI ao XIV funcionaram como os grandes transmissores do conhecimento do oriente para o ocidente, trouxeram com eles o conceito do zero, além de nove outros números que também haviam sido desenvolvidos na Índia. Os números, como os conhecemos, são baseados nos ângulos formados entre os traços, como na figura abaixo:

O responsável pela transformação dos números indianos em arábicos foi o matemático e alquimista Al-Khwrizmi, cujas obras serviram de base para os trabalhos do ocultista, astrólogo, alquimista e matemático chamado Al-Gorisma (da onde vem a palavra Algoritmo), que trouxe estes numerais para os acampamentos árabes na Espanha. Seus trabalhos foram traduzidos para o latim por volta do século XII. Gradualmente, este sistema “árabe” foi introduzido na Europa e começou a alavancar progressos na ciência e no pensamento filosófico. A mente menos mística e mais prática dos comerciantes árabes transformou o conceito espiritual do zero em algo que poderia ter aplicações práticas para facilitar os cálculos, especialmente envolvendo números grandes ou cheios de colunas vazias, como 155.521.972 ou 4.815.162.342 ou 2012, por exemplo.

Silvestre II (que foi papa de 999 a 1003), inventor do relógio mecânico, bem que tentou introduzir os algarismos na Europa, mas foi severamente reprimido e, após sua morte, seus sucessores papais consideravam o zero como sendo o “número do diabo” e mantiveram os números romanos como oficiais até meados do século XII. Apenas com a força dos comerciantes, que achavam o zero muito prático para fazer contas, é que seu uso foi definitivamente implementado na Europa.
As conseqüências para a ciência foram enormes, especialmente na aritmética. Até aquele momento, as adições de números necessariamente resultavam em números maiores que os originais. A partir do zero, chegava-se a operações como

3 + 0 = 3
3 – 0 = 3
30 = 3 x 10

Até que alguém chegou a 0 – 3 = -3… MENOS TRÊS ?!?!?
O que poderia significar aquilo? A lógica começava a quebrar. Matemáticos, rosacruzes e alquimistas se reuniram ao redor desta incrível curiosidade. Apesar de não fazer sentido no mundo real, estes “números negativos” tinham toda uma coerência dentro do sistema e despertaram uma nova gama de artifícios. Estes números eram chamados originalmente de “números espirituais”, pois não poderiam ser verificados materialmente, apesar de seus efeitos serem sentidos dentro da aritmética.
A matemática, que até então estava associada à forma e à geometria, passava a se tornar algo abstrato, mental. Originalmente, o impulso espiritual dos hindus não permitiu que o zero ficasse no início das contagens, então nos textos antigos, o zero é sempre colocado após o nove.

Somente no século XVI, quase na Era da Razão, é que o zero foi finalmente colocado antes do um.
A partir destes conceitos, foram desenvolvidos os números irracionais (como a raiz de dois, que até então era considerado um número mágico usado na geometria sagrada), logaritmos e finalmente os números imaginários (a raiz quadrada de um número negativo), números complexos (um número real adicionado a um número imaginário) e finalmente números literais (substituir números por letras).

Não apenas o zero se tornou indispensável para nossas vidas como seu uso transformou a maneira como vemos a natureza e nossas atitudes a respeito de nós mesmo. Originalmente, o zero representava o vazio (Sunya) mas foi traduzido para o latim como Chiffra (que significava “nada”), mas os conceitos intrínsecos do “vazio” hindu/zen é muito diferente do conceito materialista de “nada”. Naquele período, a palavra “Maya” em sânscrito passou de seu conceito original “véu que divide a realidade” para “ilusão” ou o aspecto ilusório do Plano Material. Durante o materialismo da matemática na Revolução Industrial, o zero tornou-se um objeto material e o Plano Espiritual tornou-se “ilusório”.
A mente racionalista começou a negar o conceito espiritual da unidade. A unidade perdeu sua posição para o zero e o advento do zero permitiu a extrapolação para as bases do ateísmo, ou “zero Deus”, a negação do espiritual.

A noção do zero também teve um efeito em nossos conceitos. Idéias como a finalidade da morte ou o medo da morte, e todas as filosofias baseadas na não-existência após a morte devem sua origem ao zero.

Al Mamum, Al-Hakim
Quando o assunto é história da arte, eu acabo me empolgando e sempre escrevo mais do que pensei a princípio… e acabei desviando do assunto…
Bem… a relação entre o início das cruzadas e a expansão dos conceitos matemáticos estão interligadas na figura dos estudiosos muçulmanos. Esta integração começa em 830 quando o califa Al-Mamum tem um sonho na qual Aristóteles conversa com ele e a partir disso, decide traduzir do grego para o árabe todos os livros de matemática e ciência que conseguissem pilhar na guerra contra os bizantinos.
Desta mistura de textos gregos, árabes e hindus, somado ao uso mais prático possível destas descobertas, que eram controle de estoques dos próprios exércitos muçulmanos… armas, comidas, saques, divisões, etc, etc, etc… sem contar a geometria, afinal de contas, os muçulmanos precisam rezar voltados para Meca, e alguém tem de calcular o ângulo correto durante as marchas dos soldados todos os dias… já parou para pensar nisso? E sem calculadoras…
Todos estes fatores fizeram com que os escribas e sábios acompanhassem a expansão do islã, chegando até a Espanha e até Jerusalém.

Como vimos nos posts anteriores, os muçulmanos tomam Jerusalém em 638, oito anos após a morte do profeta Maomé, com os exércitos do califa Omar. Jerusalém, naquele período, tornou-se um centro de estudos, pois era um ponto intermediário entre Alexandria e o oriente, servindo de passagem dos conhecimentos entre o oriente e o ocidente. Durante mais de 300 anos, a cidade tornou-se um movimentado centro de comércio e estudos.

Jerusalém é considerada a terceira cidade mais sagrada do Islamismo (atrás apenas de Meca e Medina) e neste período chegou a ter mais de 70.000 habitantes. Jerusalém estava atrás apenas de Alexandria e Bagdá em termos de estudos de matemática, astronomia, astrologia e geometria.

O começo do fim ocorre quando o califa Al-Hakim ordena a destruição dos templos e sinagogas não muçulmanos, a partir de 1009, quando ordena a destruição do Santo Sepulcro. A destruição dos outros templos cristãos acabou adiada por conta das revoltas sunitas e, ironicamente, das revoltas xiitas posteriores, que acabaram fazendo com que sua atenção ficasse voltada para as próprias mesquitas destas duas facções. Mas isto foi suficiente para acender uma “luz vermelha” nas Ordens protetoras da Arca da Aliança (ou assim diz a lenda).
Uma noite, em 1021, Al-Hakim saiu para passear nos jardins de seu palácio e desapareceu. No dia seguinte, foram encontrados apenas sua montaria e seu manto, com manchas de sangue. Seu desaparecimento nunca foi solucionado…

Curiosamente, a primeira decisão de seu sucessor, Al-Zahir, foi permitir aos monges que viviam próximos ao Santo sepulcro a reconstrução do que havia sido destruído em 1009. Seu governo durou até 1036, quando faleceu vítima de uma praga. Al-Mustansir, seu filho, tornou-se califa com a idade de 6 anos, sendo assessorado por 40 vizires até atingir a idade adulta. Al-Mustansir teve altos e baixos… no começo de seu reinado, os árabes tiveram um período de prosperidade e expansão, até 1065, quando uma seca terrível, seguida de pestes e fome assolou o Egito de 1065 a 1072, somada à guerra com os turcos e a derrota e perda de diversas cidades na região.
Com a morte de Mustansir e a tomada do poder por Al-Mustali (que muitos consideravam apenas um usurpador do verdadeiro califa, que seria Na-Nizar). Com os turcos ameaçando invadir Jerusalém a qualquer momento e a ameaça de destruição total dos templos, a guerra civil prestes a explodir e a expansão dos fatimidas pelos territórios bizantinos, a região da palestina tornou-se um problema.
A qualquer momento, algum habibs maluco iria tomar o poder e provavelmente mandar destruir todas as relíquias cristãs da cidade.
Estava na hora de fazer alguma coisa…

Semana que vem

Nove homens e um segredo…

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Para quem prefere ler textos mais esotéricos e menos históricos:
– O Bode na Maçonaria
– Biografias: Theodore Reuss, o verdadeiro fundador da OTO
– Inventário da Normalidade, um texto do Paulo Coelho.
– Paganalia
– Faça sua própria pirâmide dos Illuminati
– The Mindscape of Alan Moore
– Arcano 12 – O Enforcado
– Consagrando objetos Mágicos
– A Noite Negra da Alma (alquimia)
– Biografia: Karl Kellner, o fundador da OTO

#Hinduismo #Matemática

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/brahma-vishnu-shiva-os-mu%C3%A7ulmanos-e-o-zero

Os Nove Desconhecidos e o livros do saber universal

A tradição dos Nove Desconhecidos remonta à época do imperador Ashoka, que governou as Índias a partir do ano 273 a.C. Era neto do Chandragunta, primeiro unificador da Índia. Cheio de ambição como o seu antepassado, cuja tarefa quis completar, empreendeu a conquista de Kalinga, que se estendia desde a actual Calcutá até Madras. Os “kalinganeses” resistiram e perderam cem mil homens na batalha. O espectáculo dessa multidão massacrada transtornou Ashoka. Ficou, para todo o sempre, com horror à guerra. Renunciou a prosseguir na integração dos países insubmissos, declarando que a verdadeira conquista consiste em captar a estima dos homens pela lei do dever e da piedade, pois a Majestade Sagrada deseja que todos os seres animados usufruam de segurança, liberdade, paz e felicidade. Convertido ao budismo e devido à sua maneira de agir, Ashoka espalhou esta religião através das Índias e do seu império, que ia até à Malásia, Ceilão e Indonésia. Depois o budismo chegou ao Nepal, Tibete, China e Mongólia. No entanto, Ashoka respeitava todas as seitas religiosas. Aconselhava os homens a serem vegetarianos, aboliu o álcool e o sacrifício de animais. H. G. Wells, no seu sumário da história universal, escreve: “Entre as dezenas de milhares de nomes de monarcas que se amontoam nos pilares da história, o de Asoka brilha quase isolado, como uma estrela”.

Diz-se que, consciente dos horrores da guerra, o imperador Ashoka quis proibir para sempre aos homens que utilizassem a inteligência de uma forma prejudicial. Sob o seu reinado, a ciência da natureza passou a ser secreta, tanto passada como futura.

As pesquisas, indo da estrutura da matéria às técnicas de psicologia coletiva, esconder-se-ão, dali em diante e durante vinte e dois séculos, atrás do rosto místico de um povo que o mundo julga apenas preocupado com o êxtase e o sobrenatural. Ashoka fundou a mais poderosa sociedade secreta do Universo: a dos Nove Desconhecidos. Nove Homens, Nove livros, todo o conhecimento do universo. Possuir um dos livros tornaria um dos nove seres mais fortes do mundo. Os nove, o mais forte da Terra. Todos os segredos residem nos Nove Livros que Ashoka fez questão de ocultar. Entretanto, como o portador de um livro teria um profundo respeito por outro portador, sendo que jamais tentariam roubá-los um do outro. Assim eles eram repassados de geração em geração, exceto pelo portador do livro que possuía a chave da imortalidade, que segundo a lenda continua a ser o mesmo desde o inicio da sociedade secreta.

Continua a dizer-se que os grandes responsáveis pelo atual destino da Índia – e sábios como Bose e Ram acreditam na existência dos Nove Desconhecidos – deles recebiam conselhos e mensagens. Com alguma imaginação, é possível avaliar-se a importância dos segredos que poderiam guardar nove homens beneficiando diretamente das experiências, dos trabalhos, dos documentos acumulados durante mais de duas dezenas de séculos. Quais os objetivos que esses homens têm em vista? Não deixar cair em mãos profanas os meios de destruição. Prosseguir as investigações benéficas para a humanidade. Esses homens seriam renovados por cooptação a fim de defender os segredos técnicos de um passado longínquo.

São raras as manifestações exteriores dos Nove Desconhecidos. Uma delas está ligada ao prodigioso destino de um dos homens mais misteriosos do Ocidente: o papa Silvestre II, conhecido sob o nome de Gerbert d’Aurillac. Nascido em Auvergne no ano 920, falecido em 1003, Gerbert foi monge beneditino, professor da universidade de Reims, arcebispo de Ravena e papa por mercê do imperador Otão III. Teria passado algum tempo em Espanha, depois, uma misteriosa viagem tê-lo-ia levado até às Índias, onde captara diversos conhecimentos que causaram assombro no seu séquito. Também possuía, no seu palácio, uma cabeça de bronze que respondia SIM ou NÃO às perguntas que ele lhe fazia sobre a política e a situação geral da cristandade.

Na opinião de Silvestre II (volume CXXXIX da Patrologia Latina, de Migne), esse processo era muito simples e correspondia ao cálculo feito com dois números. Tratar-se-ia de um autómato análogo às nossas modernas máquinas binárias. Essa cabeça “mágica” foi destruída quando da sua morte, e os conhecimentos trazidos por ele cuidadosamente escondidos. A biblioteca do Vaticano proporcionaria sem dúvida algumas surpresas ao investigador autorizado. O número de Outubro de 1954 de Computers and Automation, revista de cibernética, declara: “Temos de imaginar um homem de um saber extraordinário, de uma destreza e de uma habilidade mecânica fora do comum. Essa cabeça falante teria sido feita “sob determinada conjunção das estrelas que se dá exatamente no momento em que todos os planetas estão prestes a iniciar o seu percurso”. Não se tratava nem de passado, nem de presente, nem de futuro, pois aparentemente essa invenção ultrapassava de longe a importância da sua rival: o perverso “espelho sobre a parede” da rainha, precursor dos nossos modernos cérebros automáticos. Houve quem dissesse, evidentemente, que Gerbert apenas foi capaz de construir semelhante máquina porque mantinha relações com o Diabo e lhe jurara eterna fidelidade”.

Teriam outros europeus estado em contato com essa sociedade dos Nove Desconhecidos? Foi preciso esperar pelo século XIX para que reaparecesse este mistério, através dos livros do escritor francês Jacolliot.

Jacolliot era cônsul de França em Calcutá na época de Napoleão III. Escreveu uma obra de antecipação considerável, comparável, se não superior, à de Jules Verne. Deixou, além disso, várias obras consagradas aos grandes segredos da humanidade. Essa obra extraordinária foi roubada pela maior parte dos ocultistas, profetas e taumaturgos. Completamente esquecida em França, é célebre na Rússia. Jacolliot é formal: a Sociedade dos Nove Desconhecidos é uma realidade. E o mais estranho é que cita a este respeito técnicas absolutamente inimagináveis em 1860, como seja, por exemplo, a libertação da energia, a esterilização por meio de radiações e a guerra psicológica.

Yersin, um dos mais próximos colaboradores de Pasteur e de Roux, teria sido informado de segredos biológicos por ocasião da sua viagem a Madras, em 1890, e, segundo as indicações que lhe teriam sido dadas, preparou o soro contra a peste e a cólera.

A primeira divulgação da história dos Nove Desconhecidos deu-se em 1927, com a publicação do livro de Talbot Mundy, que pertenceu, durante vinte e cinco anos, à polícia inglesa das Índias. Esse livro está a meio caminho entre o romance e a investigação.

Os Nove Desconhecidos utilizariam uma linguagem sintética. Cada um deles estaria de posse de um livro constantemente renovado e contendo o relatório pormenorizado de uma ciência. O primeiro destes livros seria consagrado às técnicas da propaganda e da guerra psicológica. “De todas as ciências, diz Mundy, a mais perigosa seria a do controle do pensamento dos povos, pois permitiria governar o mundo inteiro”.

É de notar que a Semântica Geral, de Korjybski, apenas data de 1937 e que foi necessário aguardar a experiência da última guerra mundial para que principiassem a cristalizar-se no Ocidente as técnicas da psicologia da linguagem, quer dizer, da propaganda.

O primeiro colégio de semântica americano só foi criado em 1950. Em França, apenas conhecemos A Violação das Multidões, de Serge Tchokhotine, cuja influência nos meios intelectuais e políticos foi importante, apesar de só ao de leve tocar no assunto.

O segundo livro seria consagrado à psicologia. Falaria especialmente na maneira de matar um homem ao tocar-lhe, provocando a morte pela inversão do influxo nervoso. Diz-se que o judô deriva de certos trechos dessa obra.

O terceiro estudaria a microbiologia e especialmente os colóides de protecção. O quarto trataria da transmutação dos metais. Diz uma lenda que nas épocas de fome, os templos e os organizações religiosas de proteção recebem de uma fonte secreta enormes quantidades de ouro muito fino.

O quinto incluía o estudo de todos os meios de comunicação, terrenos e extraterrenos.

O sexto continha os segredos da gravitação.

O sétimo seria a mais vasta cosmogonia concebida pela nossa humanidade.

O oitavo trataria da luz, do eletromagnetismo e do magnetismo.

O nono seria consagrado à sociologia, indicaria as leis da evolução das sociedades e permitiria a previsão da queda.

À lenda dos Nove Desconhecidos está ligado o mistério das águas do Ganges. Multidões de peregrinos, portadores das mais pavorosas e diversas doenças, ali se banham sem prejuízo para os de boa saúde. Dizem que as águas sagradas purificam tudo. Pretenderam atribuir essa estranha propriedade do rio à formação de bacteriófagos.

Mas por que motivo não se formariam eles igualmente no Bramaputra, no Amazonas ou no Sena? A hipótese de uma esterilização por meio de radiações aparece na obra de Jacolliot, cem anos antes de se saber possível um tal fenómeno. Essas radiações, segundo Jacolliot, seriam originárias de um templo secreto cavado sob o leito do Ganges. Técnicas conhecidas hoje pela nossa Ciência para profileração e oxidação de microorganismos

Afastados das agitações religiosas, sociais e políticas, resoluta e perfeitamente dissimulados, os Nove Desconhecidos encarnam a imagem da ciência calma, da ciência com consciência. Senhora dos destinos da humanidade, mas abstendo-se de utilizar o seu próprio poder, essa sociedade secreta é a mais bela homenagem possível à liberdade em plena elevação. Vigilantes no âmago da sua glória escondida, esses nove homens vêem fazer-se, desfazer-se e tornar a fazer-se as civilizações, menos indiferentes que tolerantes, prontos a auxiliar, mas sempre sob essa imposição de silêncio que é a base da grandeza humana. Mito ou realidade?

Há aqueles que arriscam uma teoria, uma das mais interessantes é essa:

“O Vedas possui diversos trechos que supostamente demonstram a interferência de um povo alienígena convivendo com os indianos há muito tempo. Eram vistos como deuses por possuir uma tecnologia avançadissima. Esse povo passou para os indianos o seu conhecimento. Porém despreparados, os humanos começaram a utilizar de modo errado, como é o caso dos Vimanas ceifando milhares no campo de batalha com um único ataque. O povo extraterreno (ou intraterreno) cansado dessa destruição, retornou para casa. A matança continuou até o dia que Ashoka decidiu por um fim. Dividiu o conhecimento entre os membros da sociedade e estes foram ocultados para sempre e utilizados apenas quando necessário.”

Texto retirado do livro “O despertar dos Mágicos”, de Louis Pauwels e Jacques Bergier.

#Hinduismo

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Dia de Balarama, o irmão mais velho

O Senhor Balarama é o irmão mais velho de Sri Krishna, a Suprema Personalidade de Deus. Quando o Senhor Krishna veio a Terra há 5 mil anos atrás, Ele veio acompanhado de toda Vrndavana, Sua terra natal, e todos Seus associados, incluindo o Senhor Balarama. O Senhor Balarama (ou Baladeva, ou Balabhadra) é o grande companheiro de aventuras do Senhor Krishna, e os dois irmãos se divertem nas florestas e bosques de Vrndavana, pastoreando os bezerros, brincando com os outros vaqueirinhos Seus amigos, lutando contra as pessoas e/ou animais que venham a pertubar a paz e ameaçar os habitantes da encantadora Vrndavana, e aprontando outras travessuras infantis.

O Senhor Balarama carrega um arado e uma maça (uma espécie de arma), e é conhecido pela Sua grande força, usada sempre de forma correta e justa. Quando o Senhor Sri Krishna aparece como Jagannatha, o Senhor Balarama também se manifesta ao Seu lado, e pode ser visto com Sua pele alva à esquerda no altar. O Senhor Balarama veio como Lakshmana quando o Senhor Krishna apareceu como o grande rei Ramacandra. Esta foi a única vez em que Balaram se manisfestou como irmão mais novo de Krishna, e não mais velho, e, porque tinha sempre que obedecê-lO, mesmo contra Sua vontade, disse que jamais realizaria outro passatempo desta forma! Quando o Senhor Krishna veio como o Senhor Caitanya Mahaprabhu (Gauranga), foi como Nityananda que Sri Baladeva se apresentou, encantando a todos há 520 anos atrás com Seu comportamento impulsivo, doce, cativante, e pleno de amor a Deus. Ele é a primeira expansão pessoal do Senhor Krishna, e todas as outras encarnações se expandem d’Ele. Ele é a representação do Guru Supremo, sem o qual não se pode alcançar a transcendência e a realização de amor puro por Deus.

Aconteceu algo curioso comigo já faz algum tempo, como todos sabem minha família e amigos pertencem a Umbanda e Candomblé.

Eu frequentava durante algum tempo e tinha um conhecimento básico da religião, até que um dia tive um sonho.

Sonhei que estava andando por um vila, um vilarejo e eu dizia algo sobre Balarama……

E tenho o costume de anotar em um caderno os meus sonhos, anotei o sonho e nome e fiquei encucado com aquilo…..

Acabei esquecendo do nome e de ter anotado, até que tive outro sonho e outro e outro……

Perguntei para um amigo que mora em Santos sobre Balarama se ele já tinha escutado falar, ele disse sim, já escutei sim, hoje é o dia do aparecimento dele.

Eu fiquei sem saber o que dizer, ele me contou sobre Balarama, e depois deste dia comecei a conhecer sobre a religião Vaisnava, e estou até agora.

Compartilho este mail com os irmãos.

Lembrando que….. Cada um na sua religião, este mail é só para o conhecimento dos irmãos.

#Festividade #Hinduismo #Mitologia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/dia-de-balarama-o-irm%C3%A3o-mais-velho

O que é Maya?

Certa vez, Narada (um grande sábio) disse a Krishna:

“Senhor, mostre-me Maya (Ilusão Cósmica)”.

Alguns dias se passaram e Krishna convidou Narada para um passeio pelo deserto e, depois de andarem algumas milhas, Krishna disse: “Narada, estou com sede; você pode trazer-me um pouco d’água?“

“Partirei imediatamente, senhor, para buscar sua água.” Assim, Narada partiu.

Não muito longe havia uma aldeia; entrou nela à procura de água e bateu numa porta, que foi aberta por uma linda mocinha. Ao vê-la, ele se esqueceu, imediatamente, que seu Mestre esperava pela água, talvez morrendo de sede.

Esqueceu tudo e começou a conversar com a moça. Decorrido o dia todo, ele não voltou ao seu Mestre. No dia seguinte, lá estava ele de novo a conversar com a mocinha. A conversa transformou-se em amor; ele pediu a garota em casamento e eles se casaram e tiveram filhos. Passaram-se assim doze anos.

Seu sogro faleceu e ele herdou sua propriedade. Vivia, como pensava, uma vida muito feliz com sua esposa e filhos, com seus campos e o gado e assim por diante. Então, houve uma enchente. Certa noite, o rio encheu-se até transbordar e inundar toda a aldeia. As casas caíram, homens e animais foram arrastados e afogados e tudo flutuava na violência da torrente. Narada teve de fugir. Com uma das mãos segurava sua mulher e com a outra dois de seus filhos; outro filho estava em seus ombros e ele tentava atravessar aquela tremenda inundação. Após dar alguns passos, viu que a corrente estava forte demais e a criança que estava em seus ombros caiu e foi carregada pelas águas. Narada soltou um grito de desespero. Ao tentar salvar a criança, largou uma das outras, que também se perdeu. Finalmente, sua mulher, que ele agarrara com toda sua força, foi arrebatada pela torrente e ele foi arremessado às margens, chorando e soluçando com amargas lamentações.

Atrás dele surgiu uma voz delicada: “Meu filho, onde está a água? Você foi procurar um bocado d’água e estou esperando por você. Já faz meia-hora que você partiu.”

“Meia-hora!“, exclamou Narada. Doze anos tinham se passado em sua mente e todas essas cenas aconteceram em meia hora! É isto que é Maya.

Conto hindu.

#Hinduismo

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