Chakras, Kundalini e Tantra parte 3 ½

Em primeiro lugar, queria agradecer as visitações e os links que vocês estão colocando para cá em seus blogs. Coloquei um título mais complicado para ver quanto estavam atraídos apenas pelas “pirâmides e atlantes” e quantos estavam dispostos a acompanhar a coluna a sério e me surpreendi. Agradeço também o pessoal que começou a comentar os textos em seus blogs e debater com os amigos os textos que encontram aqui.

Fiquei impressionado por ter visto esta mencionada coluna até em um blog de surfe! Aliás, queria comentar para este leitor que SIM, a sensação que você tem quando sai do mar depois de surfar, de “paz profunda” em relação ao oceano, é a mesma que os fiéis têm após sair de um culto, os monges após meditarem ou as dançarinas após suas grandes apresentações. É o contato com seu Deus Pessoal, o seu “religare” atuando.

Outra coisa: A coluna desta semana está incompleta. Consegui responder uns 60% das perguntas mas o tempo livre no final de semana foi praticamente zero. As pessoas sempre me perguntam como é fazer parte ativamente de várias ordens iniciáticas. Bem… normalmente dá pra conciliar tudo, exceto em Solstícios e Equinócios. E este final de semana foi Beltane.

Ph, L8cant, Zatraz, Zek, Darkshi – De novo a questão das “provas materiais para os espíritos”? hehehe sério… já deve ser a terceira ou quarta semana seguida… qual parte vocês ainda não entenderam do “esta coluna não possui a necessidade de convencer ninguém de nada”? Eu SEI perfeitamente que estou prejudicado em relação a arrumar “provas” de muitas coisas que escrevo aqui, porque a maioria dos fenômenos envolvendo estas N dimensões não pode ser reproduzido ao bel prazer em quaisquer condições e muitas outras coisas eu estou impedido de comentar.

Quer acreditar acredita, não quer, azar o seu…

Sempre que se fala nesse tipo de fenômeno e suas medições, é necessária a colaboração de um grupo no Plano Material com alguém (ou alguma entidade) no Astral/Extrafísico disposto a colaborar. É muito diferente de jogar uma moeda e ver ela cair para testar a gravidade. Para fazer uma mesa flutuar é necessário que haja alguém “do outro lado” para empurrá-la para cima e fazer com que esta força atue no plano material (não é porque a cadeira “flutua” que as leis da física deixaram de valer!!! Alguém EMPURRA a cadeira para cima no astral e faz esta força ser transferida para o Plano Material). Para fazer com que um médium psicografe uma carta, é obrigatório que haja alguém “do outro lado” para se conectar aos seus chakras e escrever a carta e assim por diante.

Vamos fazer uma brincadeira hipotética. Suponha que o Darkshi e o Zek morram hoje. De acordo com as minhas teorias (que não são “minhas”; elas já existem há 10.000 anos… mas enfim… ), você vão permanecer no seu estado astral/mental mantendo a MESMA forma física que possuíam, mas agora em um estado de vibração que os aparelhos da ciência moderna não são capazes de detectar, vagando por ai (vulgo “fantasmas”).

Como vocês mantém suas inteligências questionadoras, imagino que a primeira coisa que vocês vão fazer quando perceberem esta nova realidade é pensar “caraca, o DD estava certo!” e começar a estudar a sua nova condição. Talvez tentar mexer alguma coisa, conversar com alguém (e não vão conseguir, a menos que tenham a sorte de encontrar alguém com mediunidade próximo de vocês), então o que vocês fariam em seguida?

Boa parte do gado quando morre faz o que adoraria fazer quando descobre que são intangíveis e invisíveis… vão aos motéis espionar as pessoas (é… estou falando sério… vocês não tem noção como estes ambientes são podres astralmente). Outros ficam rondando as igrejas, outros ficam rondando os entes queridos, visitando boates, controlando as ex-namoradas, tentando se vingar dos que aprontaram com ele… etc.

Mas vocês são questionadores… cientistas… então provavelmente procurariam uma maneira de passar as experiências que vocês adquiriram para outros cientistas (estou lembrando que, para vocês, esta vai ser a “novidade científica mais importante que vocês já descobriram” ) mas… como fazer isso?

Mais cedo ou mais tarde, vocês vão lembrar das coisas que aquelas pessoas que vocês ridicularizavam falavam e vão ter de se dirigir até algum centro espírita ou rosacruz (se vocês foram até uma Igreja evangélica, é possível que acabem até apanhando dos pastores no desencapetamento… definitivamente não é uma boa idéia).

Em um centro kardecista, vocês conseguirão encontrar algum médium e ele pode até psicografar uma carta de vocês… mas o que vocês escreveriam? Coisas pessoais para não deixar dúvidas que são vocês que estão escrevendo… endereçadas para uma irmã que seja espírita ou alguém que vai “acreditar”, afinal, de nada vai adiantar mandar estas cartas para o Kentaro ou para o Zatraz ou para os céticos S/A, pois eles vão achar que é algum truque dos “espiritualistas picaretas”. Você até pode convencer sua mãe ou sua irmã, mas o resto da humanidade vai continuar achando que elas são loucas de acreditar nessas besteiras.

Eventualmente algum laboratório rosacruz ou kardecista ou teosófico no astral vai achar vocês e convida-los para estudar estes fenômenos junto com outros cientistas desencarnados. E as informações que vocês tiverem (já que, como céticos, vocês se dedicaram MUITO mais aos detalhes da física do que alguém como eu, que sou ocultista, por exemplo) vão ser úteis para os trabalhos deles. Em algum tempo, vocês estarão trabalhando junto com os membros das ordens secretas, só que “do outro lado” hehehe.

Supondo por hipótese que vocês mantenham suas consciências e inteligências após sua morte, eu narrei alguma coisa absurda? Vocês fariam algo diferente do que eu disse acima?

Bom… este médium AQUI psicografou cerca de 15.000 cartas nestas mesmas condições que eu descrevi, com centenas de testes grafológicos atestando a identidade dos espíritos. O Chico Xavier eu não faço idéia de quantas cartas ele já psicografou e o Waldo Vieira e suas equipes também escreveram outra tonelada de cartas nas mesmas condições, só para ficar em 3 exemplos (entre milhares)… E engraçado que MESMO assim eles não possuem credibilidade nos ditos “meios científicos”. Somando tudo podemos passar fácil de 100.000 experimentos documentados que foram IGNORADOS… cem mil experimentos!!!

Parafraseando Richard Dawkin, “Books about reencarnation are believed not because they are holy. They are believed because they present overwhelming quantities of mutually buttressed evidence”. E, assim como Richard Dawkins, “We believe in reencarnation because the evidence supports it, and we would abandon it overnight if new evidence arose to disprove it”.

A pergunta realmente importante que vocês deveriam estar se fazendo é… POR QUE as “otoridades” insistem em tratar estes assuntos como crendices, absurdos, alucinações, charlatanismo e seitas? A resposta chama-se CONTROLE DO GADO… E não pense que são apenas os ocultistas que são ferrados pelas “otoridades”. Se os céticos tivessem um mínimo de poder, você acha mesmo que coisas como “ensinar criacionismo nas escolas” seriam debatidas da maneira como são?

Entendem por que eu não dou a mínima se vocês acreditam no que eu estou escrevendo ou não?

Porque não faz diferença. Mais cedo ou mais tarde, vocês estarão do meu lado.

E o mais divertido é que em nenhum caso eu vou precisar convencer ninguém de nada…

Se vocês tiverem grana, eu recomendo este livro: 700 experimentos em Conscienciologia, de Waldo Vieira, com mais de mil páginas documentando e comentando muitos dos experimentos que eles realizaram ao longo de 40 anos (que totalizam mais de 100.000 páginas de material documentado disponíveis nas bibliotecas do IPPC). Se você está mesmo disposto a se questionar, este livro é muito mais indicado, pela abordagem científica que ele possui. Caso contrário, vai continuar subestimando os ocultistas e cair no mesmo erro babaca de 99,99% dos ateus/céticos que acham que o espiritualismo parou no século XIX com Kardec.

E, para os outros leitores, peço que evitem comentários agressivos contra eles, pois tanto o Zatraz quanto o Zek e o Darkshi têm mantido a educação e defendido de maneira racional e objetiva o ponto de vista deles… se mesmo depois de toda a argumentação, eles não acreditarem em uma vírgula do que eu escrevi, É UM DIREITO DELES e, como eu disse, não faz a menor diferença para mim.

Darkshi – Sobre o auxílio dos ocultistas para a paz e harmonia. É impossível ajudar quem não quer ser ajudado. Um exemplo simples: estes dois exercícios que eu passei abaixo, especialmente o dos chakras. Se eles fossem feitos pelas crianças das escolas públicas e particulares todos os dias, antes das aulas, elas estariam equilibradas física, mental e espiritualmente e os rendimentos acadêmicos (concentração, imaginação, retenção do que foi estudado) aumentariam consideravelmente. Elas também estariam muito menos sujeitas à doenças e stress (o que significa menos faltas, menos gastos com remédios e melhor disposição física para brincar), diminuição da agressividade e uma visão mais harmoniosa do universo ao seu redor. Tudo isso em troca de menos de 10 minutos de meditação (já comprovados por 5.000 anos de uso na China e Índia).

Mas… todos nós sabemos o que aconteceria se alguém propusesse estes exercícios nas escolas, não é mesmo?

Bolívar – Sim, este SITE que você recomendou também é bem legal sobre projeções astrais conscientes.

Cristian – o problema em fornecer mais links da internet é que são muito poucos os confiáveis. A imensa maioria (pra não dizer tudo) que eu pesquiso para esta coluna vem dos livros, não da net. Quando eu coloco um link, é porque já fucei no site e o conteúdo considerei decente, mas na medida do possível, o que der pra colocar de referências eu estou colocando.

Rodrigo, Spyke, Danilo – Maçonaria, Kabbalah… Chegaremos lá. Mais um pouco de paciência.

Kid Heinrich – Oitavas – Você está na oitava que você quer estar. “Subir” nas oitavas depende exclusivamente do seu empenho em autoconhecimento e sua vontade de evoluir moralmente e espiritualmente. Mas claro que isso exige uma boa dose de autocrítica, humildade e vontade de corrigir e melhorar o seu EU interior… esse é o trabalho da Alquimia… lapidar sua pedra bruta até que o chumbo do ego se torne o ouro da essência.

Numlock – As barras são de aço CA50, com meia polegada de diâmetro, usado em armaduras para concretagem de lajes e colunas. Você compra com 12m e manda cortar em 6 barras com 2m de comprimento.

Chitão – Proporção Áurea – chegaremos nisso com os Pitagóricos.

#Chakras #Tantra

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/chakras-kundalini-e-tantra-parte-3

Diwali – Festival das Luzes

Em muitas partes da Índia, é o Baile do Rei Rama de Ayodhya,que após 14 anos de exílio na floresta derrotou o mal Ravana. O povo de Ayodhya (a capital do seu reino) congratulou-se com Rama por iluminação em fileiras (avali) das lâmpadas (Deepa), dando assim o seu nome: Deepavali. Esta palavra, em devido tempo, se tornou Diwali em hindi. Mas, no sul indiano em algumas línguas, a palavra não sofreu qualquer alteração e, portanto, o festival é chamado Deepavali no sul da Índia. Existem várias observâncias do feriado em toda a Índia.

O Jainismo Diwali é marcado como o nirvana do Lord Mahavira, que ocorreu em 15 de outubro, 527 aC.

Entre os sikhs, o Diwali veio a ter significado especial a partir do dia ao qual houve o retorno a cidade de Amritsar do iluminado Guru Hargobind (1595-1644), que havia sido detido no Forte em Gwalior sob as ordens do imperador Mughal, Jahangir (1570-1627). Como o sexto Guru (professor), do Sikhismo, Guru Hargobind Ji, foi libertado da prisão – juntamente com 53 hindus Kings (que eram mantidos como prisioneiros políticos) a quem o Guru havia organizado sua libertação. Após a sua libertação ele foi para o Darbar Sahib (Templo Dourado) na cidade santa de Amritsar, onde foi saudado pelo povo com tamanha felicidade que acenderam velas e diyas para cumprimentar o Guru. Devido a isto, sikhs referem frequentemente que Diwali também como BANDI Chhorh Divas – “o dia da libertação dos detidos”.

O festival também é comemorado pelos budistas do Nepal, especialmente os Newar budistas.

Na Índia, o Diwali é hoje considerado um festival nacional quanto ao aspecto estético, entretanto, é usufruído pelos hindus, independentemente da fé.

#Hinduismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/diwali-festival-das-luzes

Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei

O dicionário Webster classifica religião como “o serviço e veneração a Deus ou ao sobrenatural; um conjunto de leis ou um sistema institucionalizado de atitudes religiosas, crenças e práticas; a causa, princípio ou sistema de crenças efetuada com ardor e fé”. Ele também coloca a palavra Ritual como sendo “uma forma estabelecida de cerimônia; um ato ou ação cerimonial; qualquer ato formal ou costumeiro realizado de maneira seqüencial”.

Porém, nenhum dicionário vai conseguir dar a vocês a verdadeira definição de Magia. Magia é um processo deliberado no qual eventos do desejo do Mago acontecem sem nenhuma explicação visível ou racional. Os católicos/evangélicos chamam estes eventos de Milagres quando são produzidos por eles e de “coisas do demônio” quando são produzidos por outras pessoas. As religiões ortodoxas acabaram presas em uma armadilha que elas mesmas criaram a respeito dos rituais e da magia. Embora a Igreja Católica (e as Evangélicas por extensão, com seus óleos sagrados, águas do rio Jordão e círculos de 318 pastores) use e abuse de rituais de magia baixa em seus cultos, o mero comentário que seus fiéis estejam usando rituais de magia pode te arrumar confusão.

Então… como os magos definem magia? Um Ritual de Magia é apenas e tão somente a canalização de energias de outros planos de existência, através de pensamentos, gestos, ações e vocalizações específicas, em uma forma manifestada no Plano Físico. O nome que se dá a isso é Weaving (tecer), de onde se originam as palavras Witch (bruxa) e Wiccan (bruxo). Não confundir com a baboseira new age que se difundiu no Brasil e que chamam de “wicca” por aí. Estou falando de coisas sérias.

A idéia por trás da magia é contatar diversas Egrégoras (chamadas de Deuses ou Deusas) que existem em uma dimensão não material. Os magos trabalham deliberadamente estas energias porque as Egrégoras adicionam um poder enorme ao Mago para a manifestação de sua vontade (Thelema, em grego).

O primeiro propósito de um ritual é criar uma mudança, e é muito difícil realizá-las apenas com a combinação dos arquétipos e de nossa vontade solitária. Para isto, precisamos da assistência destas “piscinas de energia” que chamamos de Divindades.

Tudo o que é usado durante a ritualística é um símbolo para uma energia que existe em outro plano. O que define se o contato irá funcionar ou não depende do conhecimento que o Mago possui destas representações simbólicas usadas no Plano Material. O estudo e meditação a respeito da simbologia envolvida nas ritualísticas é vital para o treinamento de um mago dentro do ocultismo.

Para conseguir trazer estas energias das Egrégoras para o Plano Físico, os magos precisam preparar um circuito de comunicação adequado, de maneira a permitir o fluxo destas energias. Isto é feito através da ritualística, do uso de símbolos, da visualização e da meditação.

Para manter este poder fluindo em direção a um objetivo, é necessário criar um Círculo de Proteção ao redor da oficina de trabalho. Este circuito providencia uma área energética neutra que não permitirá que a energia trabalhada escoa ou se dissipe. Este círculo pode ser imaginário, traçado, riscado ou até mesmo representado por cordas (como a famosa “corda de 81 nós” usadas nas irmandades de pedreiros livres na Idade Média).

O círculo de proteção também pode ser usado para limpar um ambiente, para afastar energias negativas ou entidades astrais indesejadas.

Para direcionar este controle e poder, o mago utiliza-se de certas ferramentas de operação, para auxiliar simbolicamente seu subconsciente a guiar os trabalhos no plano mental e espiritual. É por esta razão que a maioria das escolas herméticas utiliza-se dos mesmos instrumentos, como taças, moedas, espadas, adagas, incensos, caldeirões, ervas e velas. O uso de robes e roupas consagradas especialmente para estas cerimônias também é necessário para influenciar e preparar a canalização das energias destas egrégoras.

Para contatar corretamente cada egrégora, o Mago necessita da maior quantidade possível de símbolos para identificar e representar corretamente a divindade, poder ou arquétipo que deseja. Apenas despertando sua mente subconsciente o Mago conseguirá algum resultado prático em seus experimentos. E como o subconsciente conversa apenas através de símbolos, somente símbolos podem atrair sua atenção e fazer com que funcionem adequadamente.

Podemos fazer uma analogia destas egrégoras como sendo cofres protegendo vastas somas de recursos, cujas portas só podem ser abertas pela chave correta. Rezas, orações, práticas mágicas e venerações “carregam” estes cofres e rituais específicos “abrem” estes cofres. Cada desenho, imagem, vela, cor, incenso, plantas, pedras, símbolo, gestos, movimentos e vocalização adicionam “dentes” para esta chave, como um verdadeiro chaveiro astral (qualquer semelhança com o Keymaker do filme Matrix NÃO é mera coincidência). De posse da simbologia correta do ritual e da realização precisa de cada passo da ritualística, o Mago é capaz “girar a chave”, contatar a egrégora e acessar estes recursos.

Ao final do ritual, estes deuses ou formas arquetipais são liberados para que possam manifestar o desejo para qual foram chamados durante o ritual e também permite que o Mago volte a funcionar no mundo normal. Manter os canais de conexão com os poderes ativos após o ritual ter sido completado tornaria impossível para uma pessoa viver uma vida normal.

Os magos enxergam o universo como um organismo infinito no qual a humanidade o moldou à sua imagem. Tudo dentro do universo, incluindo o próprio universo, é chamado de Deus (Keter). Por causa desta interação e interpenetração de energias, os iniciados podem estender sua vontade e influenciar o universo à sua volta.

Para conseguir fazer isto, o iniciado precisa encontrar seu próprio Deus interior (chamado pelos orientais de atmã e pelos ocidentais de EU SOU, ou seja, o seu verdadeiro EU). Este é o verdadeiro significado da “Grande Obra” para a qual nós, alquimistas, nos dedicamos. Tornar-se um mestre da Grande Obra pode demorar uma vida inteira, ou algumas vidas.

A magia ritualística abre as portas para sua mente criativa e para o seu subconsciente. Para conseguir realizar apropriadamente os rituais de magia, o magista precisa desligar o seu lado esquerdo do cérebro (chamado mente objetiva ou consciente, que lida com o que os limitados céticos chamam de realidade) e trabalhar com o lado direito (ou criativo) do cérebro. Isto pode ser conseguido através de meditação, visualização e outras práticas religiosas ou ocultistas para despertar.

O lado esquerdo do cérebro normalmente nos domina. Ele está conectado com a mente objetiva e lida apenas com o mundo material denso (chamado de Malkuth pelos cabalistas). É o lado do cérebro que lida com lógica, matemática e outras funções similares e também o lado do cérebro responsável pela culpa e por criticar tudo o que fazemos ou pretendemos fazer. Na Kabbalah chamamos este estado de consciência de Hod.

O lado criativo do cérebro pertence ao que chamam de “imaginação”. É artístico, visualizador, criativo e capaz de inventar e criar apenas através de uma fagulha de pensamento. Com o desequilíbrio entre as energias da Razão e da Emoção, o indivíduo pode pender tanto para o lado “cético-ateu” quanto para o lado “fanático religioso”. Os verdadeiros ocultistas são aqueles que dominam ambas as partes de sua consciência.

Uma das primeiras coisas que alguém que pretende enveredar por este caminho precisa fazer é aprender a eliminar qualquer sensação de falha, insatisfação ou crença materialista no chamado “mundo real”. Esta é a esfera do gado e dos rebanhos.

Diariamente, todos nós somos bombardeados com estas mensagens negativas na forma de “essas coisas não existem”, “imaginação é faz-de-conta”, “só acredito no que posso tocar”, “magia é coisa de filme”” e outras baboseiras, condicionando o gado desde pequeno a se comportar desta maneira. Esta é a razão pela qual amigos e companheiros devem ser escolhidos cuidadosamente, não importa a idade que você tenha. Diga-me com quem andas e te direi quem és.

Idéias a respeito de limitações ou falhas devem ser mantidas no nível mínimo e, se possível, eliminadas completamente. Para isto, existem certas técnicas de meditação que ensinarei nas colunas futuras.

Desligando o lado esquerdo

Durante um ritual, o lado esquerdo do cérebro é enganado para sua falsa sensação de domínio pelos cantos, gestos, ferramentas, velas e movimentações. Ele acredita que nada ilógico está acontecendo ou envolvido e se torna tão envolvido no processo que esquece de “fiscalizar” o lado direito. Ao mesmo tempo, as ferramentas se tornam os símbolos nas quais nosso lado direito trabalhará.

Existem diversas maneiras de se treinar para “desligar” a mente objetiva durante uma prática mágica. Os mais simples são a meditação, contemplação, rezas e mantras, mas também podemos usar a dança, exercícios físicos até a beira da exaustão, atividades sexuais e orgasmos, rodopios, daydreaming, drogas alucinógenas ou até mesmo bebedeira até o estado de semi-inconsciência. O exercício da Vela que eu passei em uma das primeiras matérias é um ótimo exercício para treinar este desligamento da mente objetiva.

Emoções

O lado esquerdo do cérebro não gosta de emoções (repare que a maioria dos fanáticos céticos parecem robozinhos, ao passo que os fanáticos religiosos parecem alucinados), pois emoção não é lógica. Mas as emoções são de vital importância na realização dos rituais. A menos que você esteja REALMENTE envolvido de maneira emocional e queira atingir os resultados, eu recomendo que você feche este browser e vá procurar uma página com mulheres peladas, porque não vai atingir nenhum resultado prático na magia. Emoções descontroladas também não possuem lugar na verdadeira magia, mas emoções controladas são VITAIS para a realização correta de rituais. O segredo é soltar estas emoções ao final da cerimônia (eu falarei sobre isso mais para a frente).

O primeiro passo para realizar magias é acreditar que você pode fazer as coisas mudarem e acontecerem. A maioria do gado do planeta está tão tolhido de imaginação e visualização que não é capaz nem de dar este primeiro passo, pois acreditam que “estas coisas não existem”. Enquanto você não conseguir quebrar a programação que as otoridades colocaram em você desde criança, as manifestações demorarão muito tempo para acontecer.

É o paradoxo do “eu não acredito que aconteça, então não acontece”.

Para começar a fazer as mudanças que você precisa, é necessário matar hábitos negativos. Falarei sobre a Estrela Setenária e os Sete defeitos capitais da alquimia (ou “sete pecados” da Igreja) mais para a frente. Conforme você for mudando seus hábitos, descobrirá que você gostará mais de você mesmo e os resultados mágicos começarão a fluir.

Esta é a origem dos famosos “livros de auto-ajuda” que nada mais são do que a aplicação destes princípios místicos travestidos de explicações científicas. O livro “O segredo” nada mais é do que uma compilação de ensinamentos iniciáticos desde o Antigo Egito. Ele não funciona para a maioria dos profanos simplesmente porque o gado não possui a disciplina mental, a imaginação e a vontade (Thelema) para executar o que deve ser executado.

O Bem e o Mal

Algumas Escolas iniciáticas, religiões judaico-cristãs e filosofias de botequim irão te dizer que realizar magias para você mesmo é egoísta e “magia negra”. Esqueça estas besteiras… se você não é capaz de operar e manifestar para você mesmo, você nunca conseguirá manifestar nada para os outros.

Não existe “magia branca” ou “magia negra”. O que existe é a INTENÇÃO. A magia é uma ferramenta, como um martelo. Você pode usá-lo para construir uma casa ou para abrir a cabeça de um inocente a pancadas. Quando Aleister Crowley disse “Faze o que tu queres há de ser o todo da Lei”, ele disse isso para iniciados que já tinham total noção do que deviam ou não fazer dentro da Grande Arte, não para um zé mané iniciante. Cansei de ver misticóides do orkut interpretando esta frase como sendo “vou fazer o que minhas paixões de gado me dizem para fazer”, usando as palavras do grande Crowley para justificar suas imbecilidades.

O Karma é uma Lei Imutável. Assim como a Lei da Gravidade, a Lei do Karma não dá a mínima se você acredita nela ou não, ela simplesmente existe: você sofrerá suas ações. Ponto final.

Por esta razão, é essencial pensar nisso quando se fala em magia. Normalmente, utilizar este tipo de conhecimento para causar o mal gratuito não vale o preço kármico a se pagar depois. Simples assim.

Willpower, baby

A força de vontade humana é uma força real e muito poderosa. Ela é possível de ser disciplinada e produzir o que a uma primeira vista parecem resultados sobrenaturais. A força de vontade é direcionada pela imaginação, que é o domínio do lado direito do cérebro. O universo não é aleatório. “Tudo o que está em cima é igual ao que está embaixo”. Ele é constituído de padrões e conexões, como um fractal multidimensional de ações. Através das correspondências, do conhecimento dos padrões e da força de vontade, você será capaz de utilizar as forças arquetipais para seus próprios propósitos, sejam eles bons ou malignos.

Os deuses, demônios, devas, elementais, anjos enochianos, djinns, exús, emanações divinas, qlipoths e entidades astrais são amorais. O poder simplesmente está lá. COMO você vai utilizá-lo é que se torna responsabilidade dos magos. Tanto a magia branca quanto a magia negra trazem resultados, mas no final das contas, todos teremos de nos acertar com a Balança de Anúbis e os preços devem ser pagos. Infelizmente, a maioria das pessoas tem esta idéia errada de que Karma significa “punição” ou “recompensa”. Isto vem de um sincretismo com as religiões judaico-cristãs. Karma significa apenas que cada ação traz uma reação de igual força. E que as pessoas são responsáveis por aquilo que fazem.

A simbologia dos deuses per se são apenas estímulos para serem usados pela humanidade como catalisadores para uma elevação da consciência e a melhoria do ambiente ao redor do mago. Os rituais, em seu senso mais puro, lidam com transformações no mundo. O conhecimento destas ações é o motivo pela qual as Ordens (a maioria delas) trabalha em ações globais além das ações locais. E esta também é a razão pela qual as otoridades tanto temem e perseguem os magos, bruxos e membros de ordens secretas. Eles não querem que o status quo se modifique, pois perderiam todo o poder e o controle sobre o rebanho que possuem.

Carl Jung disse que experiências espirituais são diferentes de experiências pessoais, sendo que a segunda estaria em um nível mais elevado. Isto acontece porque normalmente nem todos em um grupo possuem a concentração ou a dedicação necessária para elevar todo o grupo ao mesmo patamar de consciência (uma corrente é tão forte quanto o mais fraco de seus elos). ESTA é a razão pela qual as ordens secretas (especialmente as invisíveis, já que as discretas já estão sendo contaminadas faz um tempo pelo gado de avental) escolhem com tanto cuidado seus membros.

Muita gente choraminga a respeito do porque as Ordens Iniciáticas serem tão fechadas, e do porquê este conhecimento ficar preso nas mãos de poucas pessoas, mas a verdade é que pessoas perturbadas ou cujo grau de consciência não esteja no mesmo nível do grupo acabarão agindo como sifões de energia ou criarão caos suficiente para estragar a egrégora das oficinas.

Meditação

O conceito de participar de um ritual ou entrar em um templo sagrado (seja ele um círculo de pedra, uma pirâmide ou uma igreja católica) é o de atingir um estado de consciência conhecido na Índia como “a outra mente”. Durante um ritual, todos os participantes são ao mesmo tempo atores e platéia, ativando áreas da mente que não são usadas durante o dia-a-dia. Através deste jogo, conseguimos libertar nossas mentes e espíritos destes grilhões e alcançar que está além.

93, 93/93

#Thelema

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/faze-o-que-tu-queres-h%C3%A1-de-ser-o-todo-da-lei

Kali – A Deusa Cósmica da Vida e da Morte

Por Frater Eradikator

Kali é frequentemente vista como uma Deusa da Morte, Sombria, Negra e Selvagem, e como a destruidora do “poder do tempo eterno”. Entretanto, para seus seguidores, tanto no hinduísmo quanto no tantra, ela é muito mais do que tais concepções e representa uma Grande Deusa de muitos aspectos, responsável por toda a vida desde a concepção até a morte. Sua adoração consiste tanto em festivais de fertilidade quanto em sacrifícios (animais e humanos); e sua iniciação expande a consciência por muitos caminhos, incluindo o medo, sexo ritual e a absorção de várias drogas.

Uma descrição muito completa e poética de Kali foi escrita por Pirsig que escreveu: “Kali, a Divina Mãe, representa a totalidade do plano físico. Ela é o drama, a tragédia, o humor e a tristeza da vida. Ela é irmão, pai, irmã, mãe, amante e amiga. Ela é o demônio, o monstro, a besta e o bruto. Ela é o sol e o oceano. Ela é a grama e o orvalho. Ela é nosso senso de realização e nosso senso de propósito. Nossa emoção da descoberta é uma contrapartida a sua pulseira. Nossas gratificações são uma mancha de cor em sua bochecha. Nosso senso do que é importante é o sino em seu tornozelo. A grande e sedutora, terrível e maravilhosa mãe terra sempre tem algo a oferecer”, Pirsig, Zen na Arte da Manutenção de Motocicletas.

Embora Kali seja adorada em toda a Índia e Nepal, e mesmo na Indonésia, é em Bengala que ela é mais popular, onde também encontramos Kalighat, seu templo mais famoso nos arredores de Calcutá. (Considerando que Calcutá é simplesmente a forma anglicizada de kaligata, a cidade recebeu seu primeiro nome da Deusa). Tem sido dito que Kali é “a divina Shakti representando tanto os aspectos criativos quanto destrutivos da natureza”, e como tal ela é uma deusa que dá vida e traz a morte. Vestida apenas no véu do espaço, sua nudez negra-azul simboliza a noite eterna da inexistência, uma noite livre de ilusões e diferenciação. Kali é assim a realidade pura e primordial, a ordem envolvida, o vazio sem forma rico em potencialidades. Com o tempo, Kali tornou-se uma figura tão dominante no panteão indiano que muitas deusas foram assimiladas a ela, e ela mesma abrangeu um número cada vez maior de aspectos e manifestações.

Muitos destes, por exemplo, os apropriadamente chamados “Cem Nomes de Kali”, são nomes que começam com a letra “k”. Em suas traduções estes nomes definem a Deusa mais íntima e diretamente do que qualquer exposição intelectual poderia definir. Os Cem Nomes aparecem na stotra de adyakali svarupa, um hino a Kali que faz parte do Mahanirvana Tantra.

O que emerge da leitura deste hino é a visão de Kali em uma variedade de aspectos completamente diferentes. Descobrimos Kali como um revelador, um benfeitor e no corpus da escola Kaula Tantra, seus ensinamentos apresentam Kali como um ajudante compassivo, um destruidor do mal, do medo, do orgulho e do pecado. Kali como uma mulher jovem, bonita, sensual e atraente. Kali como a encarnação do desejo e libertadora do desejo, como uma mulher livre que se alegra e se deixa alegrar. Kali que participa do consumo de drogas e afrodisíacos (cânfora, almíscar, vinhos). Kali rejubilando e encorajando a celebração das jovens mulheres (com vinho, drogas e jogos sexuais). Kali como rainha da cidade sagrada de Vanarasi (Benares) e como amante, amada e devoradora de Shiva (o Senhor desta cidade). Kali, a metamorfo (assumindo qualquer forma de acordo com seu desejo). Kali com uma aparência aterradora, usando uma guirlanda de ossos e usando um crânio humano como cálice. Kali a noite negra, mãe e destruidora do tempo, como o fogo da dissolução dos mundos.

Você pode ler uma tradução deste hino em Hino à Deusa por Sir John Woodroffe (1913). Uma tradução revisada (1927) é dada em A Grande Libertação (The Mahanirvana Tantra). Embora estas edições tenham o benefício de incluir os 100 nomes de Kali em sânscrito, elas não podem se comparar em legibilidade e honestidade de tradução com o hino publicado por Philip Rawson em sua Arte do Tantra (1973, página 131).

Kali. Tradução/adaptação: Frater Eradikator.

Referências:

– Rawson, Philip. A Arte do Tantra. Londres: Thames & Hudson, 1973

– Woodroffe, Sir John (também conhecido como Arthur Avalon). Hinos à Deusa e Hinos a Kali (1913).

– Wilmot, WI: Lotus Light, 1981

– Woodroffe, Sir John (também conhecido como Arthur Avalon). A Grande Libertação (Mahanirvana Tantra, 1927)

– Madras, Índia: Ganesh & Co, 1985 (RCC)

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Fonte:

ERRADIKATOR, Frater. Kali. EzoOccut, 2008, 2020. Disponível em: <https://www.esoblogs.net/376/kali/>. Acesso em 6 de março de 2022.

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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/yoga-fire/kali-a-deusa-cosmica-da-vida-e-da-morte/

Magia Sexual: a Alquimia Externa

 

Excerto de Magia Moderna de Donald Michael Kraig

Tradução: Yohan Flaminio

A próxima técnica sobre a qual desejo falar é chamada Alquimia Externa. Das três técnicas de magia sexual, é a mais fácil porque requer o mínimo de autodisciplina. A magia sexual da Alquimia Externa, ao contrário das outras formas de magia sexual, requer o uso de um parceiro do sexo oposto. Assim, por sua própria natureza, não é uma técnica que pode ser adaptada às práticas homossexuais masculinas ou femininas. Isso deve nos levar primeiro a uma breve discussão sobre magia e sexualidade.

Qualquer um pode fazer o Ritual Menor de Banimento do Pentagrama. Não importa se você é judeu, cristão, muçulmano, budista, ateu ou qualquer outra coisa. Tudo o que importa é sua habilidade de realizar o ritual.

Quando realizo o ritual, posso visualizar Deus como um conceito que existe antes dos deuses e deusas da criação. Outros podem ver Deus como a Trindade Cristã. Outros ainda podem ver a fonte de energia no RMBP como Jah dos Rastafarianos (ou mesmo o Monstro de Espaguete Voador dos Pastafarianos!). Se funcionar para você, não importa. O que estou tentando mostrar é que, embora nossas práticas mágicas sejam espirituais, elas não precisam seguir nenhum ponto de vista religioso em particular. É verdade que a Kabalah tem um sabor judaico intrínseco, mas isso ocorre porque foi protegida pelos judeus nos últimos milhares de anos. Uma das coisas que tentei fazer neste curso é tornar os procedimentos gerais na natureza espiritual e, portanto, aplicáveis a qualquer crença religiosa (ou falta dela).

Assim como é possível separar espiritualidade da religião, também, do ponto de vista de um magista do sexo, é possível separar sexo de amor. Observe que não estou dizendo que o sexo deve ser separado do amor, apenas que pode ser. Mas o fato é que, para algumas pessoas, sexo não tem a ver com amor e romance. Em vez disso, é pouco mais do que uma forma de exercício com um final agradável.

Não estou assumindo o ponto de vista de que o sexo deve ser baseado apenas no desejo, luxúria, prazer, etc. A intimidade sexual pode ser baseada no relacionamento, que pode se desenvolver entre duas pessoas apaixonadas. Na verdade, as experiências de magia sexual mais valiosas que tive foram com parceiros que realmente amei. Mas o que estou dizendo é que assim como a espiritualidade pode ser separada da religião, também o sexo da magia sexual pode ser separado do sexo experimentado em um relacionamento amoroso.

Isso não significa que não há problema em fazer sexo com outra pessoa que não seja seu parceiro regular, usando magia sexual como desculpa para trair. Na verdade, eu sugeriria que você não o faça, a menos que tenha contado a seu parceiro sobre isso e tenha a aprovação deste. E essa aprovação não deve vir por meio de dentes cerrados e lábios franzidos devido à raiva e ao ciúme. Lembre-se de que honestidade e integridade são vitais para um magista.

Isso significa que, se você não tiver um parceiro romântico regular ou se tiver a permissão voluntária de seu parceiro, é permitido trabalhar com outra pessoa ou várias pessoas ao fazer magia sexual. Por favor, note que o que estou dizendo aqui não é para ser uma licença para fazer sexo com ninguém porque você está praticando magia. Em vez disso, estou dizendo que certas formas de ritual mágico, incluindo rituais de magia sexual, podem ser feitas com um parceiro diferente daquele com quem você está envolvido em um relacionamento amoroso.

Pessoalmente, considero o amor e os relacionamentos estabelecidos, muito importantes na vida de uma pessoa. Se a sua participação em um ritual, incluindo um ritual de magia sexual, criar uma dificuldade em seu relacionamento, eu o encorajo a reconsiderar sua escolha de realizar tal ritual. Ou talvez você possa ajudar seu parceiro a aprender magia e fazer com que ele participe de rituais de magia sexual com você.

Portanto, se você for homossexual do sexo masculino ou feminino e você e seu parceiro acreditarem que o sexo pode ser separado do amor, você pode realizar a Alquimia Exterior. Isso dependerá da sua natureza e da natureza do seu relacionamento. Talvez a melhor maneira de conceber um ritual de magia sexual seja apenas mais um ritual, um que usa genitais em vez de um Cálice ou uma Varinha.

Muitos magistas acreditam que os textos clássicos da Alquimia Ocidental são informações codificadas para o desempenho da magia sexual. A ideia básica é que o esperma do homem e os fluidos ejaculatórios da mulher têm qualidades mágicas naturais como resultado da direção mental e da estimulação sexual. As instruções alquímicas são simplesmente maneiras de tornar esses fluidos mágicos, mais fortes e poderosos.

Embora eu esteja dando um tipo de ritual de alquimia externa em breve, tentarei limitar algumas das terminologias alquímicas precisas. Práticas alquímicas completas, interpretadas através das ideias de magia sexual, são muito complicadas para discutir em um curso deste tipo.

Se você decidir investigar os textos alquímicos tradicionais como uma fonte para rituais de magia sexual, é importante entender duas coisas:

  1. Algumas das práticas dadas nos textos alquímicos são meramente palha para esconder a verdadeira natureza das técnicas e seu trigo
  2. Várias palavras comumente usadas na alquimia são códigos para ideias

Exemplos:

O Athanor é geralmente descrito como um tipo especial de forno usado para aquecer lentamente o material com o qual você está trabalhando. De acordo com os magistas sexuais, significa o pênis.

Diz-se que a Serpente é o resultado do aquecimento de uma substância no Athanor. Para um magista sexual, é o sêmen.

O Sangue do Leão Vermelho também é sêmen.

A Curcurbita, uma espécie de recipiente alquímico, é a vagina. O mesmo acontece com a Retorta, que geralmente é descrita como outro tipo de recipiente alquímico.

O Mênstruo ou Mênstruo do Glúten é o resultado do aquecimento lento de uma substância no Athanor. Os magistas do sexo acreditam ser os fluidos lubrificantes femininos ou os fluidos ejaculatórios ou ambos, dependendo do magista do sexo com quem você fala.

A Primeira Matéria é descrita como uma mistura da Serpente e do Mênstruo. Embora este seja um tipo de substância um tanto nebulosa para o alquimista físico, seu significado é claro para o magista sexual.

Finalmente, o Amrita ou Elixir é definido como “a Primeira Matéria Transmutada”. Como é transmutado e como é usado é o segredo da Alquimia Exterior.

Um dos segredos tradicionais da alquimia é que o processo de pegar seu material básico e aquecê-lo deve ser muito lento e levar dias ou até semanas para ser realizado. Para um magista do sexo, isso significa que a melhor maneira de trabalhar com os fluidos masculinos e femininos é levar muito tempo em sua preparação, possivelmente horas. Isso envolve ter relações sexuais sem orgasmo ou ejaculação por um longo período. A técnica mental usada para fazer isso é conhecida como Karezza (pronuncia-se “kahr-etz-ah” com o acento na segunda sílaba).

Nas edições anteriores de Magia Moderna, rastreei Karezza até um homem chamado William Lloyd. Ele foi uma pessoa fascinante que escreveu sobre Karezza, mas apenas em 1931 e não no final de 1800, como afirmei incorretamente. Na verdade, a ideia foi criada por uma mulher chamada Alice Bunker Stockham (1833-1912). Ela foi a quinta mulher que se tornou médica nos EUA e teve problemas por promover o controle da natalidade. Seu interesse pelo controle da natalidade não era tanto para impedir o nascimento de crianças (ela era contra o aborto), mas para salvar vidas. Naquela época, a principal causa de morte entre mulheres jovens era o parto.

Ela acabou indo para a Índia e aprendeu sobre as ações físicas do Tantra. Ela trouxe de volta a técnica da relação sexual prolongada sem orgasmo como meio de controle de natalidade. Os efeitos colaterais incluíram relacionamentos melhorados. Seu livro, intitulado Karezza, foi publicado em 1896.

O pensamento metafísico em muitos lugares nessa época acreditava que cada gota de sêmen era igual a dez ou mais gotas de sangue. Portanto, ter menos ejaculações seria melhor para o homem, enquanto o aumento do contato íntimo seria bom para o casal e seu relacionamento.

O problema com isso, como já foi dito, é que, de acordo com Masters e Johnson, o tempo médio para a relação sexual, desde o momento da inserção do pênis até a ejaculação do homem, é de dois minutos e meio. Como esta é uma média, significa que para cada homem que pode durar meros cinco minutos sem ter um orgasmo, existe outro homem que pode durar apenas trinta segundos. Felizmente, há uma variedade de técnicas disponíveis que permitem ao homem atrasar seu orgasmo por várias horas.

A técnica Karezza básica para retardar o orgasmo é concentrar-se no propósito ou objetivo da relação sexual, e não nas sensações físicas. No que estamos fazendo aqui, isso significaria focar no propósito da magia ao invés de obter gratificação sexual, ou seja, orgasmo. Se o homem ou mulher chegar muito perto do orgasmo, ele deve interromper os movimentos físicos e, se necessário, o homem deve retirar o pênis da vagina.

Infelizmente, essa técnica, principalmente mental, de controle da ejaculação não é suficiente para muitos homens que, desde a adolescência, se treinaram para ter a ejaculação como objetivo de suas atividades sexuais. Muitos homens acreditam na mentira de que podem ter problemas físicos se não ejacularem todas as vezes que fizerem amor. Uma mulher me disse que seu namorado sempre insistia que ele deveria ter um orgasmo com ela ou ele ficaria doente. E embora seja verdade que depois de muitos períodos de excitação sexual sem orgasmo um homem pode sentir algum desconforto menor, coloquialmente conhecido como “bolas azuis”, esta não é uma condição perigosa e é aliviada por ter um orgasmo ou pela mera passagem de Tempo.

O que quero enfatizar aqui é que a maioria dos homens precisará de uma combinação de técnicas mentais e físicas para ser capaz de controlar seu orgasmo. Isso é especialmente verdadeiro considerando que alguns homens, como o namorado da mulher que acabamos de mencionar, acreditam que o orgasmo deve ser seu objetivo imediato em todas as experiências sexuais.

Dos métodos físicos, a técnica mais conhecida, e que causa mais problemas enquanto você precisa praticá-la, é a técnica de “squeeze” de Masters e Johnson. Nesta técnica, quando o homem sente que está prestes a ter um orgasmo, mas ainda não ultrapassou o que é chamado de ponto de inevitabilidade ejaculatória (quando ele não consegue parar a ejaculação), ele deve retirar seu pênis da vagina. Então, ele ou seu parceiro devem literalmente agarrar o pênis e aplicar forte pressão na parte inferior do pênis, logo atrás da cabeça do pênis, até que a necessidade de ejaculação passe. Depois de algumas semanas dessa prática, o homem pode desenvolver um bom controle sobre seu orgasmo.

Infelizmente, esta não é a experiência mais agradável para o homem ou sua parceira! Certamente, o parceiro precisa ser muito compreensivo enquanto o homem se treina com a ajuda dela. O seguinte sistema tântrico é muito melhor.

A vantagem da técnica tântrica é que ela usa várias técnicas físicas simultaneamente, e seu parceiro nunca precisa saber que você as está praticando. Primeiro, antes de chegar ao ponto de inevitabilidade ejaculatória, respire fundo e segure por uma contagem lenta até dezesseis. Enquanto faz isso, olhe, com os dois olhos, para a ponta do nariz.

Em segundo lugar, comece a respirar lentamente. Ao fazer isso, role os olhos em um movimento anti-horário. Primeiro suba o mais alto que puderem, depois direto para a esquerda, depois para baixo, depois para a direita, depois para cima e, finalmente, de volta para onde seus olhos começaram. Assim, você não está fazendo um círculo, mas um grande quadrado ou retângulo. Ao fazer isso, contraia o músculo do ânus (o esfíncter) o máximo que puder. Depois de concluir o movimento anti-horário três vezes, solte o músculo do ânus enquanto expira lentamente.

Repita as etapas acima três vezes, mesmo que a sensação de necessidade ejaculatória tenha desaparecido. Observe que é totalmente possível usar essa técnica sem sair da vagina, e sua parceira nunca precisa saber o que você está fazendo.

Mas a técnica que provavelmente é a melhor para controlar o orgasmo é uma técnica taoísta e é principalmente de natureza física. No ponto imediatamente anterior à inevitabilidade ejaculatória, pare os movimentos de introdução e respire fundo três vezes. Em seguida, usando os primeiros dois ou três dedos de cada mão, aplique uma pressão firme no períneo, o ponto intermediário entre os testículos e o ânus. Este ponto, conhecido na acupuntura como Vaso da Concepção Um, é importante para o fluxo de energia do sistema reprodutivo do corpo. Aplicar uma pressão firme aqui muda o padrão de energia, o que tem um efeito resultante nos órgãos físicos. Na verdade, isso causa uma mudança nas válvulas dentro do sistema reprodutor do homem com um efeito semelhante à sucção. A ejaculação não pode ocorrer.

Usando uma ou outra dessas técnicas, você será capaz de controlar seu orgasmo. A técnica taoísta tem um benefício colateral incomum, que não posso aprofundar muito aqui, pois essa técnica controla apenas a ejaculação. Praticar com esta técnica até aprender a exercer pressão mental no Ponto do Vaso da Concepção Um produzirá uma mudança nas energias do corpo para que o homem possa ter um orgasmo sem ejaculação. Como o resultado da ejaculação é a detumescência no homem, o resultado dessa técnica não é apenas uma relação sexual prolongada, mas também o quase lendário orgasmo múltiplo masculino. A sensação é muito parecida com pequenos orgasmos sem ejaculação seguidos por um orgasmo incrivelmente grande quando o homem permite que a ejaculação ocorra. Sua experimentação com esta técnica é convidada.

Agora, vamos supor que o homem tenha a capacidade de controlar seus orgasmos. A próxima parte a entender é a ideia do Amrita, ou Elixir. Como eu disse, é a Primeira Matéria transmutada ou alterada, sendo a Primeira Matéria a combinação do esperma e dos fluidos femininos. Em breve discutirei como a transmutação é feita, mas primeiro discutirei o que é feito com a Primeira Matéria transmutada, o verdadeiro elixir mágico.

A ideia básica deste tipo de Alquimia Exterior é que a combinação dos fluidos sexuais de um homem e uma mulher (a Primeira Matéria) é de natureza mágica (torna-se o Elixir). O Elixir deve então ser reabsorvido pelos magistas que realizam este tipo de magia sexual. A maneira mais fácil de fazer isso é simplesmente permitir que o pênis, agora flácido, permaneça na vagina por um período de quinze minutos. De acordo com algumas tradições tântricas, o esperma perde seus poderes mágicos após quinze minutos, então um período mais longo não é necessário. Esses fluidos, em menor grau, e / ou as energias que eles contêm, serão absorvidos pelos finos tecidos da vagina e da cabeça do pênis. No entanto, nem todos os fluidos são absorvidos dessa maneira.

Embora muitas pessoas criadas em culturas ocidentais possam achar a seguinte ideia desagradável, um grande número de magistas sexuais superou essa fobia e tratou o Elixir como uma Eucaristia mágica. Como um amigo meu gosta de dizer poeticamente:

Primeiro ele a ama, depois Elixir! [ele a lambe]

Em outras palavras, após o orgasmo, o homem pratica sexo oral na mulher, levando os fluidos combinados à boca. Ele pode então manter os fluidos sob a língua, permitindo que sejam absorvidos, para maior eficácia. Alternativamente, ele pode beijar seu parceiro e compartilhar o Elixir. Outra possibilidade é colocar o Elixir em um pequeno Cálice de vinho e compartilhar o Elixir. É essa ideia de engolir os fluidos sexuais que podem desligar algumas pessoas. No entanto, nos últimos quarenta anos, houve um aumento na popularidade do sexo oral, de modo que esse tabu está sendo rapidamente superado. Em alguns casos, apenas uma pequena gota do elixir é usada como uma forma de “carregar” o vinho, assim como uma pequena quantidade de “iniciador” é usada para criar um pão inteiro de fermento.

Também deve ser notado aqui que este tipo de ritual pode ser feito com outras pessoas presentes quando o copo de vinho é usado. O vinho carregado do Elixir pode ser distribuído entre os presentes. Na verdade, em alguns grupos, outro homem ou mulher é escolhido como o “copeiro”. É seu dever obter o Elixir em vez do parceiro sexual da mulher.

Obviamente, existem muitas possibilidades para Alquimia Exterior. A próxima questão é a duração da magia. Como resultado da experiência pessoal minha e de alunos que relataram para mim, bem como através de pesquisas em vários livros, é minha convicção que a relação de magia sexual deve durar um mínimo de quarenta e cinco minutos para ser eficaz, e depois de cerca de três horas, dependendo dos magistas, um ponto de retorno negativo é alcançado. Portanto, como eles abreviam atualmente na Internet, STMPV: “Seu Tempo Médio Pode Variar.”

O ponto final antes de dar um ritual, é o procedimento de transformação, que transforma a Primeira Matéria no Elixir. Isso é feito simplesmente pelo prolongamento do ato sexual enquanto se concentra em um objetivo específico, em vez de mera gratificação física. Isso pode ser realizado por meios semelhantes aos já discutidos, ou seja, por força de vontade ou concentração em sigilos.

Também existe um sistema que alinha os praticantes de magia sexual com as forças da natureza e fortalece a transmutação.

As mulheres têm um ciclo menstrual natural de aproximadamente 28 dias, correspondendo ao ciclo da lua. Segundo a ciência oculta, em cada um dos vinte e oito dias, uma mulher secretará um fluido diferente quando estiver sexualmente excitada e / ou tiver um orgasmo. Portanto, um ritual de magia sexual pode ser realizado em um dia específico do mês para um propósito particular. Ao combinar as forças espirituais dos humanos com as forças da natureza, o Elixir se torna um fluido mágico incrivelmente poderoso.

Aqui está uma cópia de uma lista publicada das habilidades mágicas dos fluidos dos vinte e oito dias, começando com a lua nova da mulher. Ou seja, começando no dia seguinte ao final de seu ciclo menstrual (de uma lista de Sariel):

  1. Boa sorte
  2. Separação e má vontade
  3. Ganhar o favor oficial
  4. Amor
  5. Bem-estar material
  6. Vitória na batalha
  7. Superar a doença
  8. Manter a saúde
  9. Espiritualidade
  10. Infortúnio no amor
  11. Harmonia no casamento
  12. Separação e divórcio
  13. Amizades
  14. Riqueza material
  15. Manter os ladrões afastados
  16. Manter criaturas venenosas longe
  17. Ajudar em partos
  18. Ajudar caçadores
  19. Lidar com inimigos
  20. Lidar com fugitivos
  21. Destruição
  22. Animais domésticos
  23. Vegetação
  24. Ganhar amor e favor
  25. Líquidos e recipientes
  26. Criaturas aquáticas
  27. Destruição
  28. Reconciliação

Observe que alguns itens da lista são tópicos muito amplos. Eles podem ser afetados pela contemplação dos magistas durante o rito mágico. Como exemplo, os magistas podem escolher ajudar ou impedir um fugitivo de um agressor fazendo um ritual de magia sexual Alquímica Externa no vigésimo dia do ciclo. Claro, uma vez que este é um tipo de Magia Cinza, uma divinação deve ser feita antes de um ritual desse tipo.

Devo notar aqui que existem muitas listas das qualidades mágicas associadas a cada dia do ciclo lunar. Às vezes, cada dia é conhecido como um “Dígito da Lua”. Se você encontrar outras listas, poderá compará-las com a lista acima. No entanto, a única maneira de determinar o que é preciso para você é por meio de testes pessoais.

Em seu livro The Tree of Life de Israel Regardie, o autor dá um esboço de um ritual chamado “a Missa do Espírito Santo”. Este é, pura e simplesmente, um ritual de magia sexual da Alquimia Externa. Aqui estão suas instruções traduzidas em termos comuns.

  1. Após as preliminares usuais, o casal deve iniciar seu sexo
  2. “Através do estímulo de calor e fogo espiritual [relação sexual] para o Athanor [pênis] deve haver… uma ascensão da Serpente [esperma] na Curcurbita [vagina].”
  3. A mistura do esperma e dos fluidos da mulher é carregada “por meio de uma invocação contínua do princípio espiritual conforme o trabalho em mãos.”
  4. O ritual é concluído tratando o Elixir como a Eucaristia mágica ou usando-o para ungir e consagrar um talismã.

Como você pode ver, há alguma sobreposição com o tipo anterior de magia sexual descrita nesta lição. No final da “Missa” é descrita uma técnica de carregar um talismã simplesmente aplicando um pouco do Elixir nele. Esta é uma técnica muito poderosa, como sua experiência virá mostrar.

Pelo que você sabe, não deve ser muito difícil criar seu próprio ritual de magia sexual. Primeiro faça a Abertura das Torres de Vigia. Em seguida, faça a magia sexual real. Siga com o fechamento das Torres de Vigia. Se houver outras pessoas presentes, elas podem se sentar, de mãos dadas, em um círculo ao redor do par praticando a magia sexual. Em alguns grupos, eles assistem aos procedimentos, sua própria excitação aumentando a dos dois magistas diretamente envolvidos. Outros grupos têm as pessoas sentadas de costas para o centro do círculo, para que o casal tenha um mínimo de privacidade. Os que estão sentados no círculo devem se concentrar no propósito do ritual. Isso pode ser muito difícil, pois assistir duas pessoas fazendo sexo (mesmo que seja magia sexual) por algumas horas pode se tornar muito enfadonho. Assim, aprender a se concentrar em um assunto ou objetivo desejado torna-se muito importante. Então, como afirmado antes, o Elixir pode ser misturado com vinho pelo ritualista masculino ou por um porta-copo. A mistura vinho-Amrita pode então ser passada ao redor do círculo. O casal realmente envolvido na magia sexual deve ser o último a beber para que receba as últimas gotas da mistura mágica. Cada par pode tomar um pequeno gole, passando o copo para frente e para trás até que o líquido tenha acabado. Então, juntos, eles devem segurar o copo de cabeça para baixo e dizer:

Está consumado.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/magia-sexual/magia-sexual-a-alquimia-externa/

Jainismo – A Religião do Protesto e da Não-Violência

O Jainismo, a religião do protesto e da não-violência na Índia, é originária do século VI a.C. Um de seus líderes foi Jina, o Vencedor, outro foi Mahavira, o Grande Herói. A religião protestava contra o complicado ritualismo e a impessoalidade do Hinduísmo.

Entre as afirmações do Jainismo que ainda existem está a coexistência de duas categorias eternamente independentes conhecidas como Jiva (animado, alma viva: o desfrutador) e Ajiva (objeto inanimado, não vivo: o desfrutado).

Os jainistas acreditam fortemente no karma. Eles afirmam que as ações da mente, fala e corpo produzem sutis partículas infra-atômicas de matéria que causam a escravidão da alma individual. Para evitar essa escravidão ou aprisionamento, a pessoa deve abster-se da violência para não causar sofrimento na vida. Alcança-se a salvação praticando as três “joias”: da fé correta, do conhecimento correto e da conduta correta.

Os espíritos conhecem sua identidade passando por sucessivas encarnações. Depois de nove encarnações vem a obtenção do Nirvana.

Os Yatis (ascetas) atingem o Nirvana com os cinco votos, panca-mahavrata: ahimsa, nunca infligir dano a qualquer criatura; satya, ser sempre verdadeiro; asteya, nunca roubar; brahmacarya, para praticar a contenção sexual; e aparig-raha, para desistir de bens mundanos. Esses votos ajudam a promover o autodomínio.

Os jainistas adoravam muitos dos deuses hindus, além de dois grandes profetas Mahavira e Jina. Eles acreditam que uma sucessão de 24 Tirthankaras (santos) originou sua religião com Mahavira o grande herói e Jina, figuras históricas, sendo o último desses santos.

As duas principais seitas dos jainistas, os monges de Digambara (vestidos de espaço ou nus) e os monges de Svetambara (vestidos de branco, ou vestindo roupas brancas), produziram grandes quantidades de literatura secular e religiosa nas línguas prácrito e sânscrito.

A maior parte da arte jainista foi encontrada principalmente em templos de cavernas elaboradamente decorados com pedras esculpidas e manuscritos ilustrados. Esta arte foi modelada após o budismo, mas era mais rica em textura e fertilidade. A maioria foi destruída no século 12, quando algumas seitas rejeitaram a adoração de imagens. As invasões muçulmanas saquearam muitos dos tesouros de arte também. No século 18, a inspiração da iconoclastia foi rejeitada ainda mais na adoração no templo. Rituais complicados foram substituídos por práticas de culto mais austeras.

Atualmente a religião está localizada principalmente na parte mais ao norte da Índia, na região de Bombaim (Mumbai) e nas maiores cidades da península indiana. Na década de 1960, os jainistas somavam apenas 1.500.000, mas influenciaram predominantemente a religião hindu. Os jainistas são principalmente comerciantes, e sua riqueza e autoridade os tornam muito influentes.

A maioria, se não todos, os jainistas praticam o ahimsa, a não violência, o que levou a referências extremas para a vida animal. Isto é especialmente verdadeiro para os ascetas, os Yatis. Exemplo desses extremos são usar um pano sobre a boca da pessoa para evitar que insetos voem e entrem nela e assim morram, carregar uma escova ou vassoura para varrer o local onde ela está prestes a se sentar e remover o risco de fazer mal a qualquer criatura viva.

Essas práticas de não-violência dos ascetas Yatis influenciaram muito o líder nacionalista indiano Mohandas Karamchand Gandhi, o Mahatma Gandhi, cujas ações geraram ainda o maior movimento não-violento em todo o mundo e continuam influenciando outros movimentos não-violentos até os dias de hoje.

A.G.H.

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Jainism, by A.G.H.

Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/yoga-fire/jainismo-a-religiao-do-protesto-e-da-nao-violencia/

Om Gam Ganapataye Namaha

Este mantra é um dos mais conhecidos da tradição hindu e é muito fácil de pronunciar. É uma invocação a Ganapati (outro nome de Ganesha) e serve para remover os obstáculos, tanto materiais como espirituais. Este mantra atua muito rápido, vale a pena experimentar.

O texto que se segue é de Thomas Ashley Farrand no livro “Mantras que Curam”

Ao longo dos anos, aprendi muitos mantras para resolver os problemas que a vida criou para mim. Para que você tenha uma idéia de como isso pode funcionar, vou contar como a prática de um mantra me ajudou num período particularmente difícil.

Em 1980, ocorreram muitas mudanças na minha vida. Durante oito anos, eu havia sido ministro-residente de um centro espiritual filiado a uma organização espiritual da Índia, mas sediada em Washington, D.C.

Eu gostava de ser útil e minhas responsabilidades em geral eram agradáveis. Entretanto, a forma como o líder indiano estava conduzindo a organização passou a me incomodar cada vez mais, por apresentar um comportamento inadequado em questões referentes a sexo, dinheiro e poder. Eu vacilava entre permanecer ou abandonar a organização e essa preocupação me deixava nervoso.

Um dia, numa de minhas habituais sessões de duas horas de meditação, eu vi um relógio que marcava um quarto para as doze horas. Aquela visão mostrava-me que às doze horas, a relação pela qual eu vinha esperando desde muito tempo atrás chegaria. Resolvi esperar um pouco mais antes de tomar a decisão de deixar o centro. Na realidade, aqueles quinze minutos acabaram sendo mais de seis meses. Depois de seis meses, uma mulher chamada Margalo chegou à organização. Em duas semanas, deixei o centro para ir morar com ela. Um ano depois, já casados, decidimos juntos abandonar totalmente a organização.

Quando me envolvi com a organização, eu trabalhava como produtor de televisão. Logo depois de entrar para ela, passei a lecionar radiofusão, por tempo integral, na George Washington University. Em 1980, entretanto, vencido o prazo do meu contrato temporário e, recém-casado, eu refletia sobre minhas opções profissionais. Margalo sugeriu que deixássemos Washington, D.C., e fôssemos morar em sua antiga casa no sul da Califórnia. Eu não vi nenhum motivo para recusar. Uma vez lá, eu sabia que teria de iniciar uma nova carreira. Mas, apesar de todos os meus esforços para encontrar um trabalho em Los Angeles, a capital da mídia do mundo ocidental, as portas da televisão mantiveram-se fechadas e eu fui obrigado a aceitar trabalhos esporádicos. Eu lutava para encontrar algum tipo de equilíbrio entre minha procura desestimulante de uma nova profissão e minha nova vida feliz com minha mulher.

Durante meus anos de sacerdócio, eu havia usado mantrans quase exclusivamente durante as sessões de meditação para aumentar a concentração e estimular a introversão espiritual. Para qualquer problema secular, eu recorria às orações que havia aprendido em minha formação judaico-cristã nas igrejas Presbiteriana e Metodista. A prática de mantras não requer o abandono da organização religiosa a que pertencemos, nem das nossas raízes ou de outras práticas espirituais. Embora continue me considerando cristão, eu já estudei muitas tradições religiosas e, com o passar dos anos, fui acrescentando novas práticas religiosas de origens hinduísta e budista a meus hábitos diários, para compor uma espiritualidade pessoal voltada para a compaixão e o serviço. O mantra é uma prática espiritual complementar incrivelmente eficaz, que pode enriquecer a sua vida.

No meu caso, os resultados obtidos por meio de orações eram esporádicos, mas eu os havia aceito. Naquele período profissionalmente difícil de minha vida, entretanto, decidi aplicar um mantra à minha situação para ver se me ajudava. Escolhi um mantra que me pareceu apropriado para as minhas dificuldades no plano material e decidi dedicar-me a ele por quarenta dias. Escolhi uma prática de quarenta dias porque quarenta é um número recorrente na literatura religiosa. Jesus andou no deserto por quarenta dias. Noé flutuou sobre as águas por quarenta dias. Moisés errou pelo deserto por quarenta anos. Com Buda foi um pouco diferente, pois permaneceu sentado sob a Árvore Bodhi por 43 dias até alcançar a iluminação. No hinduísmo védico, quarenta dias é o período estipulado para a prática concentrada de um mantra. No catolicismo romano, a novena, uma disciplina diária de oração utilizada pelos fiéis em busca de solução para seus problemas, é, às vezes, praticada durante cinco, quarenta e 54 dias, embora tradicionalmente seja uma prática de nove dias.

Eu achei que precisava de uma quantidade considerável de tempo para que a prática do meu mantra atuasse sobre quaisquer que fossem as forças que estavam me impedindo de encontrar trabalho. A intenção que criei na minha mente era de encontrar um emprego estável no qual eu pudesse dar uma contribuição aos outros e me rendesse um salário para viver. Como muitos mantras para a solução de problemas são genéricos por natureza, o mantra que escolhi foi para a remoção de obstáculos:

Om Gam Ganapataye Namaha

“Om e saudações àquele que remove obstáculos do qual Gam é o som seminal.”

Entre as seitas védicas e hinduístas, este mantra é universalmente reconhecido como extremamente eficaz para a remoção de todos os tipos de obstáculo. Como eu não sabia o que estava me impedindo de encontrar um emprego fixo e remunerado, meu objetivo era remover qualquer obstáculo, interno ou externo, espiritual ou físico, que estivesse no meu caminho.

Nos quarenta dias seguintes, repeti o mantra o máximo de vezes possível, algumas vezes em silêncio, outras em voz alta. Enquanto realizava tarefas domésticas, eu repetia o mantra. Dirigindo, eu ia entoando o mantra no carro. Enquanto comia ou preparava a comida, eu o repetia. Enquanto adormecia, continuava repetindo o mantra pelo máximo de tempo possível. Ao despertar, começava imediatamente a recitá-lo. Se estava com outras pessoas, recitava-o em silêncio. Se estava sozinho, entoava-o em voz moderadamente alta. Tornei-me uma máquina de entoar o mantra Om Gam Ganapataye Namaha.

Eu gostava da sensação que o mantra me proporcionava. Seu ritmo instalou-se rapidamente em minha consciência e, depois de duas semanas, constatei que o mantra se iniciava sozinho quando eu estava ocupado com alguma outra coisa. Quando acordava no meio da noite, podia ouvi-lo ressoando fracamente em algum compartimento nas profundezas da minha mente. Ele se integrara ao meu corpo e à minha mente como um alimento espiritual.

Depois de três semanas trabalhando com o mantra, fui convidado para realizar uma cerimônia védica para um grupo em Santa Ana. A cerimônia durou cerca de uma hora e, quando acabou, circulei entre os convidados para conversar e comer petiscos. Com um pequeno grupo, a conversa acabou indo parar na pergunta “E o que você faz para viver?” Expliquei, um pouco constrangido, que tinha vindo recentemente para a Costa Oeste e que ainda não havia me fixado em nada.

O bate-papo continuou e depois de um tempo uma mulher do grupo disse que sua empresa estava procurando alguém para trabalhar num projeto de marketing pelos próximos três meses. Perguntei o que a empresa fazia e ela respondeu que um serviço de assistência médica que se ocupava de medicina familiar, medicina ocupacional e atendimento de emergência. Eu não tinha nada a ver com a área de saúde e disse isso a ela.

Sem se importar com isso, a mulher insistiu para que eu lhe telefonasse para marcar uma hora na semana seguinte. Concordei, mais por educação e com a consciência de que devia explorar as possibilidades – mas sem nenhuma esperança real de que aquilo resultaria num emprego para mim.

Quando cheguei à empresa, fui recebido pelo chefe da mulher que eu havia conhecido, Rick, que me entrevistou por cerca de dez minutos. Eu achei que estava descartado, uma vez que mostrara não entender nada daquele ramo, mas para grande surpresa minha, ele finalizou sua breve entrevista com: “Eu acho que você vai se dar bem. Mas preciso que os médicos aprovem. Por favor, espere aqui.”

Os médicos me aprovaram e, dentro de alguns minutos, eu já havia preenchido alguns formulários e me tornado um representante de marketing da clínica deles, para realizar trabalho de campo com base num contrato provisório de três meses. O salário era modesto, mas era melhor do que trabalhar esporadicamente ou aguardar o telefone tocar, de maneira que fiquei agradecido. Durante todo o tempo, eu continuei recitando o mantra em silêncio.

Depois de vários dias dando telefonemas de negócios, eu aprendi o suficiente para perceber que o material de marketing de que dispunha para sustentar meus telefonemas era péssimo. Eu não conseguia tirar isso da cabeça e comecei a me sentir cada vez mais estúpido toda vez que fazia uma chamada. Finalmente, percebi que eu tinha de fazer algo.

Nessa altura, eu estava no trigésimo dia de prática do meu mantra. Nessa noite, refiz todo o material, resumindo-o em três desenhos e usando as cores do prédio e o familiar caduceu, símbolo da medicina. Quando cheguei ao escritório na manhã seguinte, procurei o médico a quem relatei e expus rapidamente o que tinha em mente. Ele parou de repente, fitou-me e disse para encontrá-lo na sala de reunião dentro de uma hora. Quando entrei na sala de reunião, lá estava Rick, junto com a mulher que havia sugerido que me candidatasse ao emprego, o médico que havia me entrevistado e dois outros médicos que eram sócios da empresa. Inseguro, percebi que teria de fazer uma apresentação. O médico que havia convocado a reunião disse, “Mostre-nos o que você fez”.

Depois de dez minutos de apresentação improvisada, os médicos me pediram para deixar a sala por alguns minutos. Nervoso, aquiesci. Quando fui chamado de volta, meu chefe disse, “Parabéns, você é nosso novo diretor de marketing. Mande imprimir alguns cartões e também esse material que você desenhou o mais rapidamente possível”. Eu estava em estado de choque, mas continuava interiormente repetindo o mantra Om Gam Ganapataye Namaha.

Concluí meus quarenta dias de prática do mantra sem nenhum outro incidente. Dentro de trinta dias, eu estava envolvido num projeto de marketing com a participação de um hospital local. A enfermeira que era diretora de marketing do hospital era amistosa e tecnicamente muito competente. Trabalhamos bem juntos. Quando estava quase no final do projeto, ela me perguntou se eu não me importaria em dizer quanto eles me pagavam. Não me importei e disse a verdade. Ela franziu o cenho e disse, “Eles estão lhe pagando uma bagatela”.

Quando o projeto em conjunto foi concluído, meu chefe nos parabenizou a ambos pelo ótimo trabalho. Depois de apertar a mão dele, a enfermeira apontou na minha direção e disse, “Você sabe que esse cara é muitíssimo mal pago. É melhor você tomar alguma providência antes que alguém lhe faça uma proposta e ele vá embora”. Fiquei espantado, mas meu chefe respondeu como o bom profissional que era. Deu uma risadinha e disse: “Não se preocupe, cuidaremos bem dele”. Em trinta dias, tive um aumento de 40%.

Isso foi no início de 1983. Trabalhei nessa empresa durante quase sete anos. Tive inúmeros aumentos e sentia que meu trabalho era valorizado. Finalmente, eu saí quando meu supervisor decidiu abrir seu próprio negócio e fez-me uma proposta para ir com ele.

Eu atribuí o meu êxito na procura de emprego ao mantra que pratiquei. Sua eficácia causou uma profunda impressão em mim e comecei a dar um novo valor ao poder das fórmulas espirituais para a solução de problemas cotidianos. Comecei a recomendar o uso de mantras a outras pessoas com problemas e funcionou surpreendentemente bem.

Indiquei esse mesmo mantra a um amigo meu de Washington, que havia acabado de deixar sua carreira no exército. Ele havia estudado gemologia e estava a fim de encontrar um trabalho nessa área. Entretanto, depois de meses de procura em muitas cidades, ele não conseguira encontrar o emprego que queria. Recomendei a ele que começasse a repetir o mantra Om Gam Ganapataye Namaha o máximo de vezes possível durante dez dias. No décimo primeiro dia, realizei uma cerimônia de limpeza energética para ele. Dentro de três dias, ele recebeu várias propostas de emprego e começou bem sua nova carreira.

#Hinduismo #Mantras

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/om-gam-ganapataye-namaha

O Não-Deus

Pergunta: Com Gautama Buda a religião deu um salto. Deus tornou-se sem sentido e somente a meditação era importante. Agora, vinte e cinco séculos após Buda, novamente a religião está dando o salto em sua presença e tornando-se religiosidade. Por favor, fale sobre este fenômeno.

O crédito de trazer um salto na religião regride vinte e cinco séculos antes de Gautama Buda para Adinatha, que foi quem pela primeira vez, pregou religião sem Deus. Isso foi uma tremenda revolução porque em nenhum lugar do mundo nunca havia sido concebido que a religião pudesse existir sem Deus. Deus era uma parte essencial – o centro – de todas as religiões: Cristianismo, Judaísmo, Maometismo. Mas para fazer de Deus o centro da religião torna o homem apenas uma periferia. Conceber Deus como criador do mundo torna o homem apenas um boneco. Eis porque em Hebreu, que é a língua do Judaísmo, o homem é chamado de Adão. “Adão” significa lama. Em Árabe o homem é chamado de “admi”; que vem da palavra Adão, novamente significa lama. Em inglês, que se tornou a língua do cristianismo, a palavra humano vem de “humus”, que significa lama. Se Deus é o criador, naturalmente, ele tem que criar a partir de alguma coisa. Ele teve que fazer o homem como uma estátua, assim, primeiro ele fez o homem da lama e depois soprou a vida nele. Mas se foi assim o homem perde toda sua dignidade e se Deus é o criador do homem e de tudo mais, a idéia toda é cômica porque o que ele esteve fazendo por toda a eternidade antes de criar o homem e o universo? De acordo com o Cristianismo, Deus criou o homem apenas quatro mil e quatro anos antes de Jesus Cristo. Assim, o que ele esteve fazendo por toda a eternidade? Isso parece cômico. Não pode haver nenhuma causa, porque para ter uma causa pela qual Deus tivesse que criar a existência significa que existem poderes acima de Deus, existem causas que podem fazê-lo criar. Ou existe a possibilidade de que subitamente brotou um desejo nele. Isso também não soa bem filosoficamente, porque por toda a eternidade ele sempre foi sem desejos. E ser sem desejos é tão glorioso que é impossível conceber que de uma experiência de eterna bem-aventurança um desejo de criar o mundo brote nele. Desejo é desejo, seja para querer fazer uma casa ou tornar-se primeiro ministro ou criar o mundo. E Deus não pode ser concebido como tendo desejos. Assim a única coisa que resta é que ele é cômico, excêntrico. Então não há necessidade de causa e nenhuma necessidade de desejo – apenas um capricho. Mas, se toda essa existência vem apenas de um capricho ela perde todo sentido, todo significado. E amanhã outro capricho pode surgir nele para destruir, para dissolver todo o universo. Assim somos simplesmente bonecos nas mãos de um Deus ditatorial que tem todos os poderes, mas que não tem uma mente sã, que é caprichoso.

Para conceber isso cinco mil anos atrás, Adinatha deve ter sido um profundo meditador, contemplativo e ele deve ter chegado à conclusão que com Deus, não há sentido no mundo. Se quisermos que o mundo tenha sentido então Deus tem que ser eliminado. Ele deve ter sido um homem de tremenda coragem. As pessoas ainda estão adorando Deus nas igrejas, nas sinagogas, nos templos; mesmo assim este homem Adinatha cinco mil anos atrás chegou a uma conclusão científica precisa de que não existe nada superior ao homem e qualquer evolução que venha a acontecer será no próprio homem e em sua consciência.

Este foi o primeiro salto – Deus foi eliminado. Adinatha é o primeiro mestre do Jainísmo. O crédito não vai para Buda porque Buda vem vinte e cinco séculos depois de Adinatha. Mas outro crédito vai para Buda. Adinatha eliminou Deus, mas não conseguiu pôr a meditação em seu lugar. Pelo contrário, ele criou asceticismo, austeridades, torturando o corpo, jejuando, despindo-se, comendo apenas uma vez por dia, não bebendo à noite, comendo apenas certos alimentos. Ele chegou a uma bela conclusão filosófica, mas parece que a conclusão era somente filosófica, não era meditativa. Quando você depõe Deus você não pode ter nenhum ritual, você não pode ter adoração, você não pode ter oração, algo tem que ser substituído. Ele substituiu por austeridades, porque o homem tornou-se o centro de sua religião e o homem tem que se purificar. Pureza em seu conceito era de que o homem tinha que se separar do mundo, tinha que se separar de seu próprio corpo. Isso distorceu a coisa toda. Ele chegou a uma conclusão muito significativa, mas isso permaneceu apenas um conceito filosófico.

Adinatha depôs Deus mas deixou um vácuo e Buda o preencheu com a meditação. Adinatha criou uma religião sem Deus; Buda criou uma religião meditativa. Meditação é a contribuição de Buda. A questão não é torturar o corpo; a questão é tornar-se mais silencioso, tornar-se mais relaxado, tornar-se mais pacífico. É uma jornada interior até alcançar nosso próprio centro da consciência e o centro de nossa própria consciência é o centro de todo o universo.

Vinte e cinco séculos se passaram novamente. Assim como o conceito revolucionário de Adinatha de uma religião sem Deus perdeu-se no deserto de austeridades e auto-torturas, a idéia de meditação de Buda – algo interior, que ninguém mais pode ver; só você sabe onde você está, só você sabe se você está progredindo ou não – perdeu-se noutro deserto e esse foi no da religião organizada. A religião diz que não pode confiar em simples indivíduos, estejam eles meditando ou não. Eles precisam de comunidades, mestres, monastérios, onde eles possam viver juntos. Aqueles que se encontram num nível mais elevado de consciência podem observar os outros e ajudá-los. Tornou-se essencial que a religião não deve ser deixada nas mãos de indivíduos, elas deveriam ser organizadas e deveriam estar nas mãos daqueles que atingiram o ponto mais elevado da meditação. No começo era bom; quando Buda estava vivo, muitas pessoas atingiram a auto-realização, a iluminação. Mas quando Buda morreu e estas pessoas também morreram, a própria organização que deveria ajudar as pessoas a medita, caiu nas mãos dos sacerdotes e em lugar de ajudar você a meditar eles começaram a criar rituais ao redor da imagem de Buda. Buda tornou-se outro Deus. Adinatha depôs Deus, Buda nunca aceitou a existência de Deus, mas esses sacerdotes não podem existir sem Deus. Assim pode não haver um Deus que seja um criador, mas Buda alcançou a divindade. Para os outros a única coisa é adorar o Buda, ter fé no Buda, seguir os princípios do Buda, viver a vida de acordo com sua doutrina; e Buda se perdeu na organização, na imitação. Mas todos eles esqueceram o básico, que era a meditação.

Todo meu esforço é criar uma religião sem religião. Temos visto o que aconteceu com as religiões que tinham Deus como centro. Temos visto o que aconteceu com o conceito revolucionário de Adinatha, religião sem Deus. Temos visto o que aconteceu com Buda – religião organizada sem Deus. Agora meus esforços são – assim como eles dissolveram Deus – dissolvam também a religião. Deixem apenas a meditação, então ela não poderá ser esquecida de maneira nenhuma. Não há nada que possa substituí-la. Não há nenhum Deus e não há nenhuma religião.

Por religião quero dizer uma doutrina organizada, credo, ritual, sacerdócio. E pela primeira vez, quero que a religião seja absolutamente individual, pois toda a religião organizada, seja com Deus ou sem Deus, tem iludido a humanidade. E a única causa tem sido organização, porque a organização tem seus próprios meios que vão de encontro à meditação. A organização é realmente um fenômeno político, não é religioso. É outro caminho para o poder e de desejo pelo poder. Agora todo padre cristão espera algum dia tornar-se ao menos um bispo, depois tornar-se cardeal, depois tornar-se papa. Essa é a nova hierarquia, uma nova burocracia e porque é espiritual ninguém objeta. Você pode ser um bispo, você pode ser um papa, você pode ser qualquer coisa. Isso não é objetável porque você não vai obstruir a vida de ninguém. É apenas uma idéia abstrata. Meu esforço é para destruir completamente o sacerdócio. Isso permaneceu com Deus, isso permaneceu com a religião sem Deus, o único jeito é que deveríamos depor Deus e a religião juntos para que não haja possibilidade de nenhum sacerdócio.

O homem é absolutamente livre, totalmente responsável por seu próprio crescimento. Meu sentimento é que quanto mais o homem for responsável pelo seu próprio crescimento, mais difícil é para ele adiar o crescimento por mais tempo. Pois isso quer dizer que se você for miserável, você é o responsável. Se você for tenso, você é o responsável. Se você não está relaxado, você é o responsável. Se você está sofrendo, você é a causa disso. Não há nenhum Deus, não há nenhum sacerdócio que você possa ir e pedir algum ritual. Você é deixado sozinho com sua miséria e ninguém deseja ser miserável. Os padres continuam lhes dando ópio, eles vão lhes dando esperança. “Não se preocupem, é apenas um teste da sua fé, de sua confiança e se você pode passar por esta miséria e sofrimento silenciosa e pacientemente, no outro mundo além da morte, você será imensamente recompensado”. Se não existir nenhum sacerdócio você terá que compreender que o que quer que você seja, você é responsável por isso, ninguém mais. E o sentimento de que “Eu sou responsável pela minha miséria” abre a porta.

Depois você começa a procurar por métodos e meios de sair fora desse estado miserável e isso é o que a meditação é. É simplesmente o oposto do estado de miséria, sofrimento, angústia, ansiedade. É um estado de florescimento de um ser pacífico, feliz, tão silencioso e tão intemporal que você não pode conceber que algo melhor seja possível. E não há nada melhor que o estado de uma mente meditativa. Assim você pode dizer que esses são os três saltos: Adinatha depõe Deus porque ele descobre que Deus está ficando pesado demais para o homem; em lugar de ajudá-lo em seu crescimento, ele tornou-se um peso – mas ele esquece de substituí-lo com algo. O homem precisará de algo em seus momentos miseráveis, em seu sofrimento. Ele costumava orar para Deus. Você eliminou Deus, você eliminou a oração deles e agora quando ele se sentir miserável, o que ele fará? No Jainismo não há lugar para a meditação.

Foi um insight de Buda perceber que Deus foi deposto; agora o vazio deve ser preenchido, senão o vazio irá destruir o homem. Ele colocou a meditação – algo realmente autêntico, que pode transformar todo o ser. Mas ele não estava ciente – talvez ele não pudesse estar ciente porque existem coisas que você não pode estar ciente delas a menos que elas aconteçam – de que não houvesse nenhuma organização, de que não houvesse nenhum sacerdócio, de que assim como Deus se foi, a religião também teria que desaparecer. Mas ele pode ser perdoado porque ele não pensou sobre isso e não havia um passado para ajudá-lo a enxergar isso, aconteceu depois dele. O problema real é o sacerdote, e Deus é uma invenção do sacerdote. Se você eliminar o sacerdote, você pode eliminar Deus, mas os padres sempre encontrarão novos rituais, eles criarão novos deuses.

Meu esforço é deixá-lo só com a meditação sem nenhum mediador entre você e a existência. Quando você não está em meditação você está separado da existência e este é o seu sofrimento. É o mesmo que quando você fisga um peixe do oceano e o joga numa caixa – a miséria, o sofrimento e a tortura pela qual ele passa, o desejo e o esforço para voltar ao oceano porque ele é de lá. Ele é parte do oceano e não pode permanecer separado.

Qualquer sofrimento está simplesmente indicando que você não está em comunhão com a existência; que o peixe não está no oceano. A meditação não é nada senão a retirada de todas as barreiras, pensamentos, emoções, sentimentos, que criam um muro entre você e a existência. No momento em que estes são abandonados subitamente você descobre a si mesmo em sintonia com o todo; não somente em sintonia, você realmente descobre que você é o todo. Quando uma gota de orvalho escorrega de uma folha de lótus no oceano, ela não acha que é parte do oceano, ela acha que ela É o oceano. E achar isso é a meta suprema , a suprema realização, não há nada além disso. Portanto, Adinatha depôs Deus, mas não depôs a organização. E porque não havia nenhum Deus, a organização criou o ritual. Buda, vendo o que aconteceu ao Jainísmo, que tinha se tornado um ritualismo, abandonou Deus. Abandonou todos os rituais e simplesmente insistiu na meditação, mas ele esqueceu que os sacerdotes que criaram o ritual no Jainísmo iram fazer o mesmo com a meditação. E eles o fizeram, transformaram o próprio Buda em um Deus. Eles falam sobre meditação mas os Budistas são basicamente adoradores de Buda – Eles vão ao templo e ao invés de Krishna ou Cristo há uma estátua de Buda. Não havia nenhuma estátua de Buda por quinhentos anos depois de Buda. Nos templos budistas eles têm somente a árvore sob a qual Buda tornou-se iluminado, gravada no mármore, apenas um símbolo. Buda não estava lá, somente a árvore.

Você ficará surpreso de saber que a estátua de Buda que vemos hoje não possui nenhuma semelhança com a personalidade de Buda, se assemelha com a personalidade de Alexandre, o Grande. Alexandre, o Grande veio para a Índia trezentos anos depois de Buda. Até então não havia nenhuma estátua de Buda. Os sacerdotes estavam buscando pois não havia nenhuma fotografia, não havia nenhuma pintura, então como fazer uma estátua de Buda? E a face de Alexandre parecia realmente um super-homem, ele tinha uma bela personalidade, a face e a psicologia Grega; eles pegaram a idéia da face de Buda e o corpo de Alexandre. Assim todas as estátuas que estão sendo adoradas nos templos Budistas são estátuas de Alexandre, o Grande, elas não tem nada a ver com Buda. Mas os sacerdotes tinham que criar uma estátua – Deus não estava lá. Rituais eram difíceis. Em torno da meditação os rituais eram difíceis. Eles criaram a estátua e começaram a dizer – do mesmo jeito que todas as religiões estiveram fazendo – tenham fé em Buda, confiem em Buda, e vocês serão salvos. Ambas revoluções ficaram perdidas.

Eu gostaria que o que estou fazendo não se perca. Assim, estou tentando de todas as maneiras possíveis abandonar todas essas coisas que no passado foram barreiras para a revolução continuar e crescer. Não quero que ninguém fique entre o indivíduo e a existência. Nenhuma oração, nenhum sacerdote, você sozinho é suficiente para encarar o nascer do sol, você não precisa de alguém interpretar para você como o nascer do sol é belo.

Dizem que toda manhã Lao Tzu costumava passear nos montes. Um amigo lhe perguntou, Posso ir um dia com você? Eu particularmente gostaria de vir amanhã, porque tenho um hóspede que está muito interessado em você e ele será imensamente grato de ter a oportunidade de estar com você por duas horas nas montanhas. Lao Tzu disse: Não tenho objeções, apenas uma coisa simples deve ser lembrada. Não quero que coisa alguma seja dito porque tenho meus olhos, você tem seus olhos, ele tem os olhos dele, podemos ver. Não há necessidade de falar nada. O amigo concordou, mas no caminho, quando o sol começou a nascer, o hóspede esqueceu. Estava tão bonito ao lado do lago, o reflexo de todas as cores, os pássaros cantando e os lótus florescendo, brotando, ele não pode resistir, ele esqueceu. Ele disse, Que belo nascer do sol. Seu anfitrião ficou chocado porque ele havia quebrado a condição. Lao Tzu não disse nada, nada foi dito então. De volta em casa ele chamou seu amigo e lhe disse, “não traga mais seu hóspede. Ele é muito tagarela”.

O nascer do sol estava lá, eu estava lá, ele estava lá, você estava lá – qual a necessidade de dizer algo, qualquer comentário, qualquer interpretação? E esta é a minha atitude: você está aqui, todo indivíduo está aqui, toda existência está disponível. Tudo que você precisa é apenas ficar em silêncio e escutar a existência. Não há nenhuma necessidade de qualquer religião, não há necessidade de qualquer Deus, não há necessidade de qualquer sacerdócio, não há necessidade de qualquer organização. Eu confio categoricamente no indivíduo. Ninguém até agora tinha confiado no indivíduo dessa maneira. Depois todas as coisas podem ser removidas. Agora tudo que restou para você é um estado de meditação, que simplesmente significa um estado de silêncio absoluto. A palavra meditação a faz parecer mais pesada. É melhor chamá-la apenas de um simples, inocente silêncio, e a existência abre toda sua beleza para você. E à medida que isso vai crescendo, você vai crescendo, e chega o momento quando você alcançou o pico da sua potencialidade – você pode chamar isso de estado Búdico, iluminação, bhagwatta, divindade, qualquer que seja, isso não tem nome, então qualquer nome servirá.

Osho; The Last Testament, Vol. 5, Cap. 16

#Osho

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-n%C3%A3o-deus

Osho: O Não Deus

Pergunta: Com Gautama Buda a religião deu um salto. Deus tornou-se sem sentido e somente a meditação era importante. Agora, vinte e cinco séculos após Buda, novamente a religião está dando o salto em sua presença e tornando-se religiosidade. Por favor, fale sobre este fenômeno.

O crédito de trazer um salto na religião regride vinte e cinco séculos antes de Gautama Buda para Adinatha, que foi quem pela primeira vez, pregou religião sem Deus. Isso foi uma tremenda revolução porque em nenhum lugar do mundo nunca havia sido concebido que a religião pudesse existir sem Deus. Deus era uma parte essencial – o centro – de todas as religiões: Cristianismo, Judaísmo, Maometismo. Mas para fazer de Deus o centro da religião torna o homem apenas uma periferia. Conceber Deus como criador do mundo torna o homem apenas um boneco. Eis porque em Hebreu, que é a língua do Judaísmo, o homem é chamado de Adão. “Adão” significa lama. Em Árabe o homem é chamado de “admi”; que vem da palavra Adão, novamente significa lama. Em inglês, que se tornou a língua do cristianismo, a palavra humano vem de “humus”, que significa lama. Se Deus é o criador, naturalmente, ele tem que criar a partir de alguma coisa. Ele teve que fazer o homem como uma estátua, assim, primeiro ele fez o homem da lama e depois soprou a vida nele. Mas se foi assim o homem perde toda sua dignidade e se Deus é o criador do homem e de tudo mais, a idéia toda é cômica porque o que ele esteve fazendo por toda a eternidade antes de criar o homem e o universo? De acordo com o Cristianismo, Deus criou o homem apenas quatro mil e quatro anos antes de Jesus Cristo. Assim, o que ele esteve fazendo por toda a eternidade? Isso parece cômico. Não pode haver nenhuma causa, porque para ter uma causa pela qual Deus tivesse que criar a existência significa que existem poderes acima de Deus, existem causas que podem fazê-lo criar. Ou existe a possibilidade de que subitamente brotou um desejo nele. Isso também não soa bem filosoficamente, porque por toda a eternidade ele sempre foi sem desejos. E ser sem desejos é tão glorioso que é impossível conceber que de uma experiência de eterna bem-aventurança um desejo de criar o mundo brote nele. Desejo é desejo, seja para querer fazer uma casa ou tornar-se primeiro ministro ou criar o mundo. E Deus não pode ser concebido como tendo desejos. Assim a única coisa que resta é que ele é cômico, excêntrico. Então não há necessidade de causa e nenhuma necessidade de desejo – apenas um capricho. Mas, se toda essa existência vem apenas de um capricho ela perde todo sentido, todo significado. E amanhã outro capricho pode surgir nele para destruir, para dissolver todo o universo. Assim somos simplesmente bonecos nas mãos de um Deus ditatorial que tem todos os poderes, mas que não tem uma mente sã, que é caprichoso.

Para conceber isso cinco mil anos atrás, Adinatha deve ter sido um profundo meditador, contemplativo e ele deve ter chegado à conclusão que com Deus, não há sentido no mundo. Se quisermos que o mundo tenha sentido então Deus tem que ser eliminado. Ele deve ter sido um homem de tremenda coragem. As pessoas ainda estão adorando Deus nas igrejas, nas sinagogas, nos templos; mesmo assim este homem Adinatha cinco mil anos atrás chegou a uma conclusão científica precisa de que não existe nada superior ao homem e qualquer evolução que venha a acontecer será no próprio homem e em sua consciência.

Este foi o primeiro salto – Deus foi eliminado. Adinatha é o primeiro mestre do Jainísmo. O crédito não vai para Buda porque Buda vem vinte e cinco séculos depois de Adinatha. Mas outro crédito vai para Buda. Adinatha eliminou Deus, mas não conseguiu pôr a meditação em seu lugar. Pelo contrário, ele criou asceticismo, austeridades, torturando o corpo, jejuando, despindo-se, comendo apenas uma vez por dia, não bebendo à noite, comendo apenas certos alimentos. Ele chegou a uma bela conclusão filosófica, mas parece que a conclusão era somente filosófica, não era meditativa. Quando você depõe Deus você não pode ter nenhum ritual, você não pode ter adoração, você não pode ter oração, algo tem que ser substituído. Ele substituiu por austeridades, porque o homem tornou-se o centro de sua religião e o homem tem que se purificar. Pureza em seu conceito era de que o homem tinha que se separar do mundo, tinha que se separar de seu próprio corpo. Isso distorceu a coisa toda. Ele chegou a uma conclusão muito significativa, mas isso permaneceu apenas um conceito filosófico.

Adinatha depôs Deus mas deixou um vácuo e Buda o preencheu com a meditação. Adinatha criou uma religião sem Deus; Buda criou uma religião meditativa. Meditação é a contribuição de Buda. A questão não é torturar o corpo; a questão é tornar-se mais silencioso, tornar-se mais relaxado, tornar-se mais pacífico. É uma jornada interior até alcançar nosso próprio centro da consciência e o centro de nossa própria consciência é o centro de todo o universo.

Vinte e cinco séculos se passaram novamente. Assim como o conceito revolucionário de Adinatha de uma religião sem Deus perdeu-se no deserto de austeridades e auto-torturas, a idéia de meditação de Buda – algo interior, que ninguém mais pode ver; só você sabe onde você está, só você sabe se você está progredindo ou não – perdeu-se noutro deserto e esse foi no da religião organizada. A religião diz que não pode confiar em simples indivíduos, estejam eles meditando ou não. Eles precisam de comunidades, mestres, monastérios, onde eles possam viver juntos. Aqueles que se encontram num nível mais elevado de consciência podem observar os outros e ajudá-los. Tornou-se essencial que a religião não deve ser deixada nas mãos de indivíduos, elas deveriam ser organizadas e deveriam estar nas mãos daqueles que atingiram o ponto mais elevado da meditação. No começo era bom; quando Buda estava vivo, muitas pessoas atingiram a auto-realização, a iluminação. Mas quando Buda morreu e estas pessoas também morreram, a própria organização que deveria ajudar as pessoas a medita, caiu nas mãos dos sacerdotes e em lugar de ajudar você a meditar eles começaram a criar rituais ao redor da imagem de Buda. Buda tornou-se outro Deus. Adinatha depôs Deus, Buda nunca aceitou a existência de Deus, mas esses sacerdotes não podem existir sem Deus. Assim pode não haver um Deus que seja um criador, mas Buda alcançou a divindade. Para os outros a única coisa é adorar o Buda, ter fé no Buda, seguir os princípios do Buda, viver a vida de acordo com sua doutrina; e Buda se perdeu na organização, na imitação. Mas todos eles esqueceram o básico, que era a meditação.

Todo meu esforço é criar uma religião sem religião. Temos visto o que aconteceu com as religiões que tinham Deus como centro. Temos visto o que aconteceu com o conceito revolucionário de Adinatha, religião sem Deus. Temos visto o que aconteceu com Buda – religião organizada sem Deus. Agora meus esforços são – assim como eles dissolveram Deus – dissolvam também a religião. Deixem apenas a meditação, então ela não poderá ser esquecida de maneira nenhuma. Não há nada que possa substituí-la. Não há nenhum Deus e não há nenhuma religião.

Por religião quero dizer uma doutrina organizada, credo, ritual, sacerdócio. E pela primeira vez, quero que a religião seja absolutamente individual, pois toda a religião organizada, seja com Deus ou sem Deus, tem iludido a humanidade. E a única causa tem sido organização, porque a organização tem seus próprios meios que vão de encontro à meditação. A organização é realmente um fenômeno político, não é religioso. É outro caminho para o poder e de desejo pelo poder. Agora todo padre cristão espera algum dia tornar-se ao menos um bispo, depois tornar-se cardeal, depois tornar-se papa. Essa é a nova hierarquia, uma nova burocracia e porque é espiritual ninguém objeta. Você pode ser um bispo, você pode ser um papa, você pode ser qualquer coisa. Isso não é objetável porque você não vai obstruir a vida de ninguém. É apenas uma idéia abstrata. Meu esforço é para destruir completamente o sacerdócio. Isso permaneceu com Deus, isso permaneceu com a religião sem Deus, o único jeito é que deveríamos depor Deus e a religião juntos para que não haja possibilidade de nenhum sacerdócio.

O homem é absolutamente livre, totalmente responsável por seu próprio crescimento. Meu sentimento é que quanto mais o homem for responsável pelo seu próprio crescimento, mais difícil é para ele adiar o crescimento por mais tempo. Pois isso quer dizer que se você for miserável, você é o responsável. Se você for tenso, você é o responsável. Se você não está relaxado, você é o responsável. Se você está sofrendo, você é a causa disso. Não há nenhum Deus, não há nenhum sacerdócio que você possa ir e pedir algum ritual. Você é deixado sozinho com sua miséria e ninguém deseja ser miserável. Os padres continuam lhes dando ópio, eles vão lhes dando esperança. “Não se preocupem, é apenas um teste da sua fé, de sua confiança e se você pode passar por esta miséria e sofrimento silenciosa e pacientemente, no outro mundo além da morte, você será imensamente recompensado”. Se não existir nenhum sacerdócio você terá que compreender que o que quer que você seja, você é responsável por isso, ninguém mais. E o sentimento de que “Eu sou responsável pela minha miséria” abre a porta.

Depois você começa a procurar por métodos e meios de sair fora desse estado miserável e isso é o que a meditação é. É simplesmente o oposto do estado de miséria, sofrimento, angústia, ansiedade. É um estado de florescimento de um ser pacífico, feliz, tão silencioso e tão intemporal que você não pode conceber que algo melhor seja possível. E não há nada melhor que o estado de uma mente meditativa. Assim você pode dizer que esses são os três saltos: Adinatha depõe Deus porque ele descobre que Deus está ficando pesado demais para o homem; em lugar de ajudá-lo em seu crescimento, ele tornou-se um peso – mas ele esquece de substituí-lo com algo. O homem precisará de algo em seus momentos miseráveis, em seu sofrimento. Ele costumava orar para Deus. Você eliminou Deus, você eliminou a oração deles e agora quando ele se sentir miserável, o que ele fará? No Jainismo não há lugar para a meditação.

Foi um insight de Buda perceber que Deus foi deposto; agora o vazio deve ser preenchido, senão o vazio irá destruir o homem. Ele colocou a meditação – algo realmente autêntico, que pode transformar todo o ser. Mas ele não estava ciente – talvez ele não pudesse estar ciente porque existem coisas que você não pode estar ciente delas a menos que elas aconteçam – de que não houvesse nenhuma organização, de que não houvesse nenhum sacerdócio, de que assim como Deus se foi, a religião também teria que desaparecer. Mas ele pode ser perdoado porque ele não pensou sobre isso e não havia um passado para ajudá-lo a enxergar isso, aconteceu depois dele. O problema real é o sacerdote, e Deus é uma invenção do sacerdote. Se você eliminar o sacerdote, você pode eliminar Deus, mas os padres sempre encontrarão novos rituais, eles criarão novos deuses.

Meu esforço é deixá-lo só com a meditação sem nenhum mediador entre você e a existência. Quando você não está em meditação você está separado da existência e este é o seu sofrimento. É o mesmo que quando você fisga um peixe do oceano e o joga numa caixa – a miséria, o sofrimento e a tortura pela qual ele passa, o desejo e o esforço para voltar ao oceano porque ele é de lá. Ele é parte do oceano e não pode permanecer separado.

Qualquer sofrimento está simplesmente indicando que você não está em comunhão com a existência; que o peixe não está no oceano. A meditação não é nada senão a retirada de todas as barreiras, pensamentos, emoções, sentimentos, que criam um muro entre você e a existência. No momento em que estes são abandonados subitamente você descobre a si mesmo em sintonia com o todo; não somente em sintonia, você realmente descobre que você é o todo. Quando uma gota de orvalho escorrega de uma folha de lótus no oceano, ela não acha que é parte do oceano, ela acha que ela É o oceano. E achar isso é a meta suprema , a suprema realização, não há nada além disso. Portanto, Adinatha depôs Deus, mas não depôs a organização. E porque não havia nenhum Deus, a organização criou o ritual. Buda, vendo o que aconteceu ao Jainísmo, que tinha se tornado um ritualismo, abandonou Deus. Abandonou todos os rituais e simplesmente insistiu na meditação, mas ele esqueceu que os sacerdotes que criaram o ritual no Jainísmo iram fazer o mesmo com a meditação. E eles o fizeram, transformaram o próprio Buda em um Deus. Eles falam sobre meditação mas os Budistas são basicamente adoradores de Buda – Eles vão ao templo e ao invés de Krishna ou Cristo há uma estátua de Buda. Não havia nenhuma estátua de Buda por quinhentos anos depois de Buda. Nos templos budistas eles têm somente a árvore sob a qual Buda tornou-se iluminado, gravada no mármore, apenas um símbolo. Buda não estava lá, somente a árvore.

Você ficará surpreso de saber que a estátua de Buda que vemos hoje não possui nenhuma semelhança com a personalidade de Buda, se assemelha com a personalidade de Alexandre, o Grande. Alexandre, o Grande veio para a Índia trezentos anos depois de Buda. Até então não havia nenhuma estátua de Buda. Os sacerdotes estavam buscando pois não havia nenhuma fotografia, não havia nenhuma pintura, então como fazer uma estátua de Buda? E a face de Alexandre parecia realmente um super-homem, ele tinha uma bela personalidade, a face e a psicologia Grega; eles pegaram a idéia da face de Buda e o corpo de Alexandre. Assim todas as estátuas que estão sendo adoradas nos templos Budistas são estátuas de Alexandre, o Grande, elas não tem nada a ver com Buda. Mas os sacerdotes tinham que criar uma estátua – Deus não estava lá. Rituais eram difíceis. Em torno da meditação os rituais eram difíceis. Eles criaram a estátua e começaram a dizer – do mesmo jeito que todas as religiões estiveram fazendo – tenham fé em Buda, confiem em Buda, e vocês serão salvos. Ambas revoluções ficaram perdidas.

Eu gostaria que o que estou fazendo não se perca. Assim, estou tentando de todas as maneiras possíveis abandonar todas essas coisas que no passado foram barreiras para a revolução continuar e crescer. Não quero que ninguém fique entre o indivíduo e a existência. Nenhuma oração, nenhum sacerdote, você sozinho é suficiente para encarar o nascer do sol, você não precisa de alguém interpretar para você como o nascer do sol é belo.

Dizem que toda manhã Lao Tzu costumava passear nos montes. Um amigo lhe perguntou, Posso ir um dia com você? Eu particularmente gostaria de vir amanhã, porque tenho um hóspede que está muito interessado em você e ele será imensamente grato de ter a oportunidade de estar com você por duas horas nas montanhas. Lao Tzu disse: Não tenho objeções, apenas uma coisa simples deve ser lembrada. Não quero que coisa alguma seja dito porque tenho meus olhos, você tem seus olhos, ele tem os olhos dele, podemos ver. Não há necessidade de falar nada. O amigo concordou, mas no caminho, quando o sol começou a nascer, o hóspede esqueceu. Estava tão bonito ao lado do lago, o reflexo de todas as cores, os pássaros cantando e os lótus florescendo, brotando, ele não pode resistir, ele esqueceu. Ele disse, Que belo nascer do sol. Seu anfitrião ficou chocado porque ele havia quebrado a condição. Lao Tzu não disse nada, nada foi dito então. De volta em casa ele chamou seu amigo e lhe disse, “não traga mais seu hóspede. Ele é muito tagarela”.

O nascer do sol estava lá, eu estava lá, ele estava lá, você estava lá – qual a necessidade de dizer algo, qualquer comentário, qualquer interpretação? E esta é a minha atitude: você está aqui, todo indivíduo está aqui, toda existência está disponível. Tudo que você precisa é apenas ficar em silêncio e escutar a existência. Não há nenhuma necessidade de qualquer religião, não há necessidade de qualquer Deus, não há necessidade de qualquer sacerdócio, não há necessidade de qualquer organização. Eu confio categoricamente no indivíduo. Ninguém até agora tinha confiado no indivíduo dessa maneira. Depois todas as coisas podem ser removidas. Agora tudo que restou para você é um estado de meditação, que simplesmente significa um estado de silêncio absoluto. A palavra meditação a faz parecer mais pesada. É melhor chamá-la apenas de um simples, inocente silêncio, e a existência abre toda sua beleza para você. E à medida que isso vai crescendo, você vai crescendo, e chega o momento quando você alcançou o pico da sua potencialidade – você pode chamar isso de estado Búdico, iluminação, bhagwatta, divindade, qualquer que seja, isso não tem nome, então qualquer nome servirá.

Osho; The Last Testament, Vol. 5, Cap. 16

#espiritualismo #Osho

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/osho-o-n%C3%A3o-deus

O Poder das Flores: Romance com Lobisomen

Por Denny Sargent.

Quando comecei a pesquisar as raízes históricas da Magia do Lobisomem, fiquei chocado que, desde a pré-história, havia tanto romance quanto coisas de lobos selvagens mencionados. Havia muitos templos de lobisomens antigos com metamorfos e ritos claramente sensuais, como o Monte Lykaion na Grécia. Os festivais de lobisomens eram ainda mais selvagens e eróticos, como a orgia bêbada de quatro dias da Lupercália romana, onde os Luperkal ou “sacerdotes lobisomens” corriam em um frenesi incentivando muito comportamento público fora de controle pelo qual você seria preso hoje. Grande parte dessa festa louca e selvageria era (e ainda é – veja meus livros) sobre invocar a magia do lobisomem para liberar o êxtase de deixar seu Eu Animal primordial livre, de modo a se revitalizar e fortalecer a si mesmo (e, acrescentarei, sua libido também).

Essa conexão sexy do lobisomem não era algo que eu esperava encontrar ao pesquisar, mas logo descobri que era uma coisa porque, para minha surpresa, descobri alguns documentos antigos que literalmente explicam como atrair um amante sexy lobisomem! Embora isso parecesse um pouco arriscado na época para as mulheres (ou homens) vitorianos, aparentemente a crença de que os lobisomens são grandes amantes resistiu ao teste do tempo, começando com os ritos da Roma antiga. O segredo de tais feitiços, é o que se diz, é – espere por isso – flores. Sim está certo. E, se você pensar sobre isso, faz “sentir o cheiro”, já que o cheiro é algo que todos os lobos são muito sensíveis e responsivos. Lobisomens, ainda mais!

Então, se você está procurando um novo amante lobisomem, independentemente de suas preferências, e não está muito preocupado com um pouco de jogo de amor áspero, incluindo algumas marcas de garras, você pode querer experimentar esta magia de flores românticas. Pense em se encontrar com um lobisomem sexy para um encontro romântico com um lobo ou um encontro de lobisomem quente sem usar um aplicativo. Afinal, que ótimo “namorado lobisomem” (ou namorada) para se ter! Tão Querido! Que protetor! Diversão nas festas! Por que não? Nesta era de relacionamentos abertos, furries e poli, por que procurar um novo amigo com pelos e presas reais ou proverbiais deve ser negligenciado, tudo com flores? O folclore nos diz que certas flores realmente atrairão um lobisomem para você com alguns feitiços simples. O fato de tais lendas existirem há muito tempo é a prova de que esse desejo de amor romântico por lobisomem existe há algum tempo. Muitas pessoas amam meninos ou meninas selvagens e selvagens, mas alguns aparentemente os querem rosnando e uivando com angústias. Interessado? Leia.

A seguir estão algumas flores de lobisomem que você precisará encontrar ou comprar com antecedência. Ambos os feitiços devem ser feitos em uma noite quente, o mais próximo possível da lua cheia, melhor quando a lua estiver brilhando no céu. Os feitiços dizem para manter a janela do quarto e a porta da sua casa destrancadas após o feitiço, mas isso é com você. Eu abria a janela e mantinha a porta trancada (qualquer lobisomem decente deveria ser capaz de ignorar a porta e pular pela janela aberta, eu diria). Alguns de vocês que são mais aventureiros podem preferir passear pelos bosques ou campos ou pelo centro segurando seu buquê enquanto fazem o feitiço, ou sentados na varanda bebendo vinho chablis ou talvez pendurados em um clube – sua decisão. Se o seu objetivo for mais intenso, use também um perfume de flores que lhe dê emoção (apenas certifique-se de que é totalmente natural – os lobisomens têm focinhos sensíveis!).

Aqui estão as “flores que atraem lobisomens” listadas que encontrei originalmente em um feitiço antigo. Misture e combine como quiser. Estas flores incluem:

  • Lírios-do-vale: Traz uma profunda amizade de lobisomem ou amor romântico.
  • Tagetes: Traz uma parceria de lobisomem ou interação cheia de aventura e verdade.
  • Azaleias Vermelhas: A melhor para atrair um lobisomem de fortes paixões e emoções.

O Feitiço:

À luz da lua, monte seu buquê de atração de lobisomens e coloque-o no peitoril da janela aberta do seu quarto em um vaso transparente, ou carregue o buquê com você se você planeja sair para passear na floresta ou dançar em um clube. Quando estiver pronto para chamar seu amor de lobisomem para você, espero que com a lua cheia no céu, cante o seguinte feitiço tradicional de atração de lobisomem:

“Oh suavemente venha nas patas das sombras

Com vinho de saudade e mandíbulas ofegantes

Pele de amor e cauda de felicidade

Oh besta do desejo, venha para isso!”

Termine com três uivos sensuais, românticos e cadenciados. Se você for persistente, faça isso por três noites e deixe as flores, sussurrando “Assim seja!” e espere que um amante lupino venha até você. Cuide-se e divirta-se, seja selvagem e despreocupado e evite aquelas presas, ou um lobisomem que você será!

Aqui está outro feitiço tradicional de “Magia do Jardim” para buscar um novo amor selvagem.

Necessário: Flores de phlox para plantar perto de sua porta, o mais vermelho possível, e sete flores de phlox cortadas para deixar na sua porta ou no peitoril da janela do seu quarto aberto.

Faça isso em uma lua cheia, se possível, ou em um dia santo especial, como o Midsummer (o Solstício de Verão) ou Lammas.

Leia o feitiço três dias seguidos, colocando novas flores cortadas a cada dia, dizendo a cada dia com profundo desejo:

“Sobre colinas, através de bosques e ao longo do tempo

Lobo amante eu te chamo, com coração e rima

Três vezes três, assim seja

Ó amor feroz, venha agora a mim!”

Gentilmente, amorosamente, uive três vezes.

Quer mais? Aqui estão algumas plantas que atraem ou fortalecem lobisomens que encontrei em várias fontes diferentes, variando de textos medievais a vitorianos.

Plantas importantes usadas na Magia de Lobisomem: Milefólio, Arruda, Carvalho, Alecrim, Casca de Cedro, Seiva ou Agulhas de Pinheiro.

Estas são flores tradicionais de lobisomem, ervas e óleos naturais.

Para atrair lobisomens ou para aqueles que procuram se tornar um praticante de magia de lobisomem e metamorfose: Girassol, Alfazema, Arruda, Folhas de Louro, Manjericão, Sálvia, Cinquefoil, Tomilho, Musgo de Carvalho.

Sobre o Almíscar: Muitas fontes mais antigas referem-se ao almíscar como o perfume da magia de lobo ou lobisomem. Por causa da maneira horrível como o almíscar tradicional foi (e em alguns lugares, ainda é) tomado, matando cervos almiscarados e removendo suas glândulas, eu digo não. Hoje, a maior parte do almíscar que você pode obter é sintético, inútil para esta magia, já que qualquer coisa artificial está fora. Existem, no entanto, plantas que oferecem um perfume selvagem “almiscarado” semelhante que pode ser útil em qualquer trabalho sexy de lobo; eles incluem a flor de almíscar, almíscar ou sementes de almíscar da Índia. Minha sugestão é que você use a erva de cheiro muito almiscarado Arruda, sagrada para todos os tipos de deuses selvagens como Pan.

Fonte: https://www.llewellyn.com/journal/article/3038

Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/criptozoologia/o-poder-das-flores-romance-com-lobisomen/