Por dentro do Pró-Vida

(publicado em Marie Claire nº 68, novembro de 1996)

Poucas vezes o segredo funcionou tão bem como a alma de um negócio. O Pró-Vida cerca sua atuação de mistério. Apresenta-se como uma escola filosófica de desenvolvimento mental, mas não divulga métodos e conteúdo dos cursos. Quem quiser saber mais deve literalmente pagar para ver. Ou melhor, ingressar no quadro de alunos. É o que constato no primeiro telefonema, após receber de Marie Claire a missão de desvendar os bastidores desse enigmático grupo. Quando começo a frequentar o curso Básico, descubro que não se trata apenas de uma escola filosófica às voltas com as velhas interrogações do espírito humano – quem somos, por que vivemos, para onde iremos. Em muitos pontos, as aulas se assemelham aos cultos da Igreja Universal do Reino de Deus e afins. De maneira mais sutil, o Pró-Vida também envolve, incute idéias, desperta culpas, cobra dízimos. Não falta nem mesmo a revelação da existência de um paraíso na Terra.

Alguma vez na vida você ouviu falar que “um mundo melhor” existe aqui e agora? Para desfrutá-lo, basta entrar para o Pró-Vida e conviver com os “irmãos” do grupo. E não são poucos os que fazem essa opção. Chegam a abandonar outras atividades para marcar presença constante nos cursos, prestar trabalho voluntário e integrar definitivamente o rebanho de eleitos. A comparação é quase inevitável: o Pró-Vida atua como uma versão mais elaborada da igreja do bispo Edir Macedo. Dirige-se à classe média alta e, portanto, utiliza meios mais complexos de persuasão. O discurso dos monitores é articulado. No lugar de trechos bíblicos, supostas referências científicas. De Einstein a Freud e Jung, proliferam citações que procuram emprestar credibilidade aos ensinamentos.

Antes de descobrir esses e outros detalhes, tive de passar por uma entrevista para ser aceita no seleto rebanho. Durante a conversa não revelei, claro, minhas intenções jornalísticas. Criei uma pequena mentira. Disse ser uma publicitária em busca de sucesso profissional. Admito que estava um pouco amedrontada. Se soubessem ler pensamentos, como de fato sugerem, descobririam a farsa. Mas a história convenceu e fui aprovada com a garantia de que, ao final do curso, teria mudanças radicais na minha vida. Que tipo de mudanças? “Você verá os resultados”, desconversou uma educada monitora na faixa dos 50 anos.

A manutenção do suspense tem finalidade. O Pró-Vida funciona como um grupo “iniciático”, segundo a classificação do antropólogo José Guilherme Magnani, professor da Universidade de São Paulo. “É a mesma estrutura de sociedades como a maçonaria e a rosa-cruz”, ele compara. “Nessas organizações, há sempre um segredo mantido pela lealdade dos adeptos. É preciso passar por etapas para ter acesso a certas dimensões do grupo”. Quer dizer, para conhecer o referido “segredo”, é necessário prosseguir na iniciação – o que no Pró-Vida significa pagar mais e mais cursos. Como a meta é conquistar adeptos selecionados, de preferência os financeiramente saudáveis, a propaganda é dirigida. O Pró-Vida mantém uma página na Internet e promove divulgação boca-a-boca – alunos de cursos avançados levam parentes, amigos e conhecidos. Outra ferramenta publicitária é um adesivo para ser colado no vidro do carro. O anúncio traz uma frase que confirma o teor enigmático utilizado pelo grupo: “Se você já estiver preparado, uma força maior o levará ao Pró-Vida”. Quem ler – e não conseguir segurar a curiosidade – irá telefonar.

Logo no primeiro dia, percebo que o marketing do mistério funciona. Cerca de 60 pessoas desembolsaram R$ 350,00 para “aprender a utilizar melhor o cérebro”. A procura é tamanha que a organização promove de dois a quatro cursos iguais a este por mês – não só em São Paulo, mas também em várias cidades do país e em Buenos Aires, na Argentina. Faço uma conta rápida, considerando a presença mínima de 50 alunos em cada um deles, e constato que o Pró-Vida deve faturar pelo menos de R$ 35 mil a R$ 70 mil reais por mês só com essa fonte. E os cursos não são a única forma de ganhar dinheiro. O clube de Campo, situado em Araiçoiaba da Serra, no interior de São Paulo, é outro negócio bastante rentável.

É PROIBIDO ANOTAR

Uma nova sede do Pró-Vida em São Paulo está funcionando desde agosto. Erguido nas imediações da Marginal Pinheiros, o prédio ostenta uma vistosa pirâmide em sua fachada e abriga os cursos ministrados na capital paulista. Substituiu outras duas sedes, situadas nos bairros de Moema e Vila Olímpia. Fiz o Básico na casa da Alameda dos Nhambiquaras, em Moema, pouco tempo antes da inauguração do prédio da Marginal. No primeiro dia, uma segunda-feira, chego 30 minutos antes do horário estipulado. A aula estava marcada para começas às 20h30. Procuro um lugar vago entre as cadeiras enfileiradas, que acomodam homens e mulheres com idades e profissões variadas. Há médicos, engenheiros, professores, estudantes, publicitários, empresários, donas de casa. E também crianças e adolescentes (maiores de 9 anos podem frequentar o curso).

Enquanto espero, converso com uma colega. Ela namora um “avançado” do Pró-Vida e está lá por insistência dele. Tem 24 anos e é muito falante. A aula começa com atraso – o que se repete todos os dias. A monitora fala longamente sobre as agruras do mundo moderno, as guerras, as doenças, as drogas. Fico olhando os rostos atentos e percebo que três alunos avançados estão sentados em posição estratégica para assistir a platéia. Sinto-me vigiada. Tento decifrar o que estariam observando. Nessa primeira aula, a monitora garante que aquela semana mudará a nossa vida e promete algo do tipo: satisfação garantida ou seu dinheiro de volta”.

Durante a minha maratona de “desenvolvimento mental”, ouvi ensinamentos sobre o funcionamento do cérebro, sono, poderes das pirâmides, energia, aura e fenômenos de levitação e materialização. Participei de sessões de relaxamento e pratiquei exercícios comandados pela monitora. Mas, nesses tempos de farta literatura esotérica, cursos de auto-ajuda aos borbotões e familiaridade com anjos, achei que nada poderia ser visto como novidade.

O entusiasmo dos meus colegas, no entanto, confirmou não ser essa a opinião da maioria. Boa parte parecia estarrecida. Mas será o conteúdo que conquista os alunos ou a forma como ele é transmitido? Para se ter uma idéia, somos instruídos a “sentir” o que está sendo falado. Não temos autorização de fazer qualquer anotação. O professor do Departamento de Psicologia Social da Universidade de São Paulo, Esdras Guerreiro Vasconcellos, explica por que esse detalhe é tão importante, “O ensinamento da primeira noite é internalizado no nível da consciência, mas uma parte se perde. Na noite seguinte, outra leva de conhecimentos é internalizada da mesma forma e só uma parte fica – e assim sucessivamente”, afirma. Como nossa memória possui capacidade limitada, segundo o professor, a internalização torna-se um processo inconsciente. Com um agravante: o curso compacto não oferece tempo para elaborar o aprendizado. Conclusão: “A pessoa guarda essencialmente aquilo que tem valor emocional”. Em conversas durante os intervalos, percebo que muitos chegam ao Pró-Vida em busca do genérico “algo mais”. Ou estão embalados por crises conjugais, dificuldades profissionais, estresse acumulado.

A aula de terça-feira trata do sono e sonhos. Freud e Jung, os mais badalados estudiosos do tema, não são esquecidos. O bê-a-bá das teorias de ambos faz parte do menu de ensinamentos do dia. Depois, aprendemos a programar nosso cérebro para acordar no horário desejado, lembrar dos sonhos ou ter um sono revitalizante. Basta, antes de adormecer, em estado de relaxamento, emitir uma ordem objetiva para ele. Assim, se eu ordenar que “quero acordar às 7 horas”, despertarei. Se só possuo quatro horas disponíveis para dormir, devo apenas dizer com firmeza a meu cérebro que acordarei disposta e descansada. E ponto final.

CONTRABANDO DE EISNTEIN

A aula de quarta-feira é anunciada como especial e ansiosamente aguardada por todos. No encerramento da noite anterior, somos avisados de que teremos um grande dia. Receberemos um ensinamento, cunhado de “chave de prata”, que nos ajudará a abrir portas da felicidade. Durante a explicação, descobrimos que a “chave” em questão leva o nome pomposo de “Verdade Suprema e Absoluta ao nível da Consciência Humana”. Mas rapidamente verifico que o resumo da ópera é menos sofisticado e equivale à difundida idéia de que a energia do pensamento tem poderosa força. Todos são instruiídos a fazer “tela mental” para o que quiserem. Em outras palavras, quem almeja um carro novo precisa, em primeiro lugar, determinar marca, cor e detalhes. Depois, imaginar-se desfrutando da supermáquina, no velho estilo Lair Ribeiro. Se conseguir “eliminar conflitos” – do tipo “será que mereço?”-, vai obter o que pretende. Para convencer sobre a veracidade dessa sabedoria, a aula inclui exemplos de pessoas que alcançaram o desejado. Até mesmo a equação de Einstein – E=mc2 – entra na dança, numa tentativa de provar que a energia do pensamento é capaz de materializar desejos.

Naquele momento, suspeito que a teoria de Einstein foi retirada de seu contexto. O professor do Instituto de Física da USP Luiz Carlos de Menezes confirma minhas suspeitas. “É uma interpretação rastaqüera da ciência”, critica o físico. Ele explica que é possível transformar matéria em energia e vice-versa, desde que sejam observadas “determinadas leis de conservação”. E conclui: “Não desprezo outras formas de conhecimento que não sejam a dos cientistas. Mas tenho grande desconfiança desse contrabando de conceitos Você pode usar a fórmula de Einstein até para vender pasta de dentes”.

A noite da grande apoteose é marcada para sexta-feira. Teremos demonstrações de cura. Alunos avançados promovem uma sessão rápida de imposição de mãos. No melhor estilo Doril, a dor de cabeça de um colega simplesmente sumiu. Outro garante que se livrou do incômodo no estômago e uma terceira sente a inflamação na garganta aliviada. Lembro novamente dos cultos da Universal com suas curas, mas o pior ainda está por vir. Chegou a hora e a vez de despertar culpas e induzir todos a fazerem uma auto-avaliação. “Classifique-se”, ordena a monitora. Ela sugere que cada um faça uma auto-avaliação do seu estágio de evolução. A “evolução” pregada pelo Pró-Vida, a grosso modo, significa migrar do reino “mineral”, formado pelas pessoas menos evoluídas, passar pelo intermediário mundo “vegetal” e atingir o grupo dos “animais superiores”. Esses últimos, segundo eles, são aqueles que praticam “a ajuda verdadeira” e tratam os outros como “irmãos”.

Os últimos momentos da aula reservam mais surpresas. Faremos um exercício para sentir a chamada “harmonia universal”. Estamos relaxados quando a monitora começa a ler um texto escrito pelo fundador do Pró-Vida, o médico Celso Charuri. O texto descreve o ser evoluído como aquele que “conhece-se a si mesmo, tal qual é, e conhece a Deus”. Enquanto isso, uma fita mal gravada, com chiados de fundo, embala a catarse com a versão instrumental do tema da Disneylândia – “Para ser feliz é preciso ver / Este céu azul na imensidão… / Há um mundo bem melhor” etc. Muitos não seguram as lágrimas.

O sábado promove mais catarse. A monitora nos conduz a um castelo imaginário, onde encontraremos o chamado “guardião”ou o “eu maior”. Cada um pode enxergar a imagem que bem quiser. Durante o “encontro”, alguns choram e posso ouvir os soluços. No final, todos os alunos contam o que viram. O campeão absoluto das citações é Jesus Cristo. houve até quem mantivesse contatos imediatos com “um monge”, “um oriental” ou “um hindu”. Da minha parte, confesso que não vi nada.

Na manhã de domingo, estou esgotada. Na reta final da maratona, somos orientados a praticar tudo o que aprendemos nas aulas. Fazemos exercícios “parapsicológicos”em duplas. Imaginem, por exemplo, que meu companheiro fará minha mão levitar. Depois, eu repetirei a dose com a mão dele. Na hora, abro discretamente um dos olhos para conferir se meu colega já eliminou a força gravitacional. Vejo que sim e vou suspendendo vagarosamente minha mão para que ele se sinta feliz e satisfeito.

O destaque da manhã é a sessão de clarividência. Funciona mais ou menos assim: uma das partes da dupla entra em alfa (pratica o relaxamento) e a outra cochicha o nome de alguém de seu rol de amigos, acompanhado de idade e endereço. Quem ouviu não conhece a pessoa, mas deve visitá-la mentalmente e descrevê-la – e, quem sabe, falar algo sobre sua personalidade. Torci para que, pelo menos isso, desse certo. Tive uma clarividência? Claro que não. Quase todos, entretanto, garantem que obtiveram êxito. E quem errou a descrição contou com o apoio do companheiro e da monitora para arriscar uma adaptação convincente do que “viu”. Exemplo: se a “clarividente” enxergou uma morena, e ela é loira, chutavam: mas será que ela não pintou o cabelo? Pior: mas será que não pensa em mudar a cor? E assim por diante. Cada um relata sua história, os outros batem palmas e dão nota dez.

Um mês mais tarde, tenho a oportunidade de repetir o Básico. Os interessados em prosseguir na “iniciação” necessitam cumprir esse procedimento. Precisam assistir de novo às sete aulas e registrar oficialmente a presença. Desta vez, contabilizo mais de cem novatos, além de cerca de 200 “repetentes”. Desde o primeiro momento, percebo que o discurso é igualzinho. Mudou o monitor, mas as aulas continuam as mesmas. Como no primeiro Básico, muitas perguntas ficam sem resposta porque são assunto de cursos mais avançados. Um colega pergunta por que a pirâmide azul é mais indicada para auxiliar curas. A resposta: “Isso você vai saber no Avançado 1”. Nem todos, porém, chegarão lá. no terceiro dia de repetição, constato a desistência da jovem publicitária, que foi minha colega na primeira vez e era uma das mais entusiasmadas. Ao mesmo tempo, outro colega, um empresário de 33 anos, confidencia que não tem certeza se prosseguirá. Passou a fase da empolgação. Um dia, até brincou comigo que estava se sentindo “na igreja do Edir Macedo”.

DÍZIMOS PARA TREINAR O CÉREBRO

Aqueles que resistem à provoção de assistir a todas as aulas novamente – e permanecem entusiasmados – estão fisgados e prontos para se matricular no Avançado 1. E, aí, o céu pode não ser o limite. “Desde o Básico, o aluno vai sendo envolvido aula após aula. Colocam em sua cabeça que harmonia e amigos só se encontram ali. Você acaba se convencendo de que é mais do que os outros”, explica a ex-integrante Elza Aparecida de Castro. Conforme informações de ex-adeptos do grupo, depois do Avançado 1, vem o curso Introdução. Ambos custam igualmente R$ 350 e são seguidos dos Avançados 2 ao 7. Para ser promovido, é preciso passar por uma espécie de comissão julgadora, que escolhe os “eleitos”. Por isso, muitos adeptos permanecem anos no mesmo curso e não são autorizados a seguir adiante. Os que atingem os três últimos níveis são identificados por um crachá com o símbolo ” 4/ ” , que significa “avançados quatro e meio”. Do seleto grupo fazem parte basicamente diretores, conselheiros e monitores.

A exemplo de diversas seitas evangélicas, o Pró-Vida também recolhe dízimo. Não existe uma pressão escancarada para doar dinheiro como nos cultos da Igreja Universal, onde pastores aos berros lembram aos fiéis que “Deus quer dar, mas o demônio segura a carteira”. O convencimento é sutil. Quem colocar os pés na escola será contemplado por uma frase de pretenso efeito sugestivo: “O privilégio de ser nas mãos de quem dá”. Essa mensagem, assinada pela Central Geral do Dízimo e seguida pelo número de uma conta bancária está estampada nos crachás recebidos pelos alunos, nas paredes e até na página da Internet. O lucro, em última análise, é o sabor predominante nesse caldeirão que mistura psicanálise com neurolingüística, princípios de física com jargões de auto-ajuda, retórica evangélica com estrutura de maçonaria, parapsicologia com ficção científica.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/por-dentro-do-pr%C3%B3-vida

Grande Loja Mista de Memphys Misraim

Caros, todos,

Salute e Fratellanza!

A proposta abaixo, procede da “Grande Loja Mista de Memphys Misraim” sediada na cidade de Campo Largo, Estado do Paraná. Por de trás dessa razão social e jurídica, funciona uma maçonaria espúria em razão da sua forma de captação de adeptos que é realizada através de anúncios em jornais e venda de lições maçônicas pelo correio, que antes mesmo de iniciar o seu candidato, esse já recebe o boleto para o pagamento mensal de R$ 39,90 e consequentemente uma carteira de “Maçom”, sinais, toques e palavras. Dessa forma, o infeliz, acreditando que já é maçom, parte em busca de amizades em outras Lojas Maçônicas e lhe tem negado o acesso na forma do Landemark 14, por não ser o mesmo reconhecido como tal.

Na direção de tal “entidade”, encontra-se o indivíduo Samuel Trindade e sua mulher Bianca.

Ele, já foi preso por estelionato e deu golpe em diversas pessoas fazendo desaparecer mais de 30 automóveis que se encontravam sob seus cuidados e em consignação para venda. A prisão desse elemento, deu-se na cidade de Osasco, por volta Abril de 2005. Veja matéria em anexo. Da mesma forma, foi expulso da Grande Loja do Brasil – GLOB, por apropriação indébita do dinheiro da tesouraria da Loja Acácia Curitibana, nº 23.

Inúmeras pessoas, estão sendo enganadas, posto que, maçonaria de verdade, é silenciosa, não faz alarde, não se anuncia em jornais e televisão. Seus usos e costumes, cingem-se na caridade e no conforto aos desvalidos da sorte, na busca por justiça e equidade social. A recepção de membros, se faz unicamente pela forma da recomendação, isto é, pela apresentação de um já membro da Ordem.

Agora, como se não bastasse, e tendo criado um império “a lá Edir Macedo”, enganando os incautos, sedia no seu “Castelo”, uma nova forma de comercialização através de uma prática de ritual de “Alta Magia”, em que promete riquezas e estabilidade econômica para aqueles que aderirem a compra dessa prática charlatã, inclusive, com parcelamento do custo pelo cartão de créditos.

Por São Theobaldo! Até onde, nós maçons vamos ficar calados e omissos quanto a uso do nome da maçonaria em vão, permitindo que esse casal continue a enganar aos menos avisados, que, na esperança de ficarem ricos, se prestarão ao pagamento de R$ 3.000,00 (Três Mil Reais), ao casal espertalhão.

Se queres ficar rico, o segredo não é segredo: “SÓ SE PROSPERA ATRAVÉS DO TRABALHO!”

Que o nosso BPr.’. Jesus Cristo, tenha pena desse perjuro.

Triple Abbraccio.

Veja a matéria completa no blog do Diogo Almeida, Navalha de Poda.

#Fraudes

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/grande-loja-mista-de-memphys-misraim

O verdadeiro pacto com lúcifer

Acaba de cair em minhas mãos uma pérola da ritualística satânica. O único, verdadeiro, exclusivo e obscuro “Pacto Qlifótico com Lúcifer” em pessoa! E comentado pelo tio Del Debbio. O que mais você pode querer?

Eu já havia comentado sobre Pactos com Lucifer e sobre Pactos com o Diabo, Perfumes mágicos de Templo, mas o povo das internets é muito sem noção. A ação destes “pactos” me lembra muito aqueles golpes clássicos de estelionato em que a vítima acha que vai passar a perna no golpista e comprar dele um bilhete premiado de loteria, sabe qual?

From: xxxx.xxxxxxxxx@bol.com.br

Subject: Confirmação/Iniciação

Bom dia;

@MDD – Bom dia.

Sua objetividade e rapidês na resposta denotam certeza na decisão e firme convicção daquilo que desejas, serás muito bem vindo no Reino de Lúcifer onde não há espaço para indecisos e pessoas de caráter duvidoso.

@MDD – opa. Começou bem… eu já estava com um pé esquerdo atrás, porque ninguém que usa email do BOL pode ser sério… mas se você diz que apenas pessoas de convicção serão aceitas no Reino de Lucifer, então eu acredito…

Nosso Templo existe a mais de 60 anos em endereço fíxo, com um longo histórico de aplicação eficáz em Alta Magia, viemos desenvolvendo um transparente trabalho prestado para pessoas do BR e do exterior.

Obedecendo a objetividade deste assunto, segue dados da conta destinada para o envio voluntário do valor referente ao custeio da sua iniciação (R$270.00). Banco do Brasil Ag: xxxx-xx conta xxxxx-xx

@MDD – Sessenta anos? isso dá 1953… voces são mais antigos que a Igreja do Anton LaVey! Então voces sao satanistas antes de inventarem o satanismo. Seems legit.

Reflita sobre sua decisão, decisão esta que deve ser expontanea, irrevogável e sigilosa, sabendo-se que neste momento já és assistido por Lúcifer pois todos os que a Ele buscam ou em seu mundo entram por qual motivo for, são observados em silencio e encaminhados para o sucesso ou para o fracasso se ousarem especular. Se me confirmares o depósito via e-mail ou torpedo (xxxxxxxxxx) até ás 18:00 desta sexta feira serás iniciado na mesma noite e no sábado receberás o seu pacto com todos os detalhes.

@MDD – Iniciação à distância, sem qualquer participação do candidato, escrevendo “expontanea”… sei la… está parecendo meio picareta, não? Por que da confirmação antes das 18h? não tem caixa eletrônico no inferno? O diabo só atende em dias úteis?

Ao se tornar um filho de Lúcifer jamais estará a mercê de dificuldades ou nas mãos de outras pessoas, terás a certeza da conquista do que vier a lhe satisfazer. Tudo no mais absoluto sigilo sem jamais tocar no assunto pacto, o que ocorre é que os iniciados são praticantes do luciferianismo, ok.

Peço que me retorne em seguida com sua resposta assim que receber esta mensagem, pois as iniciações ocorrem em caráter restrito e limitado, assim precisamos reservar seu ritual.

Aguardo sua decisão.

@MDD – entao… acontece que o zé ruela que fez esse pacto está todo fudido na vida, e não contou pra ninguém sobre o pacto. Fez todas as macacadas que você mandou e descobrimos no terreiro que ele está obsediado por uma pequena falange de eguns. Nada de conquistas… virou uma pilha, como vários outros que me escrevem.

OBS: mimimi-codigo/2010 (Esté é um código que lhe servirá para ter acesso á determinados encontros, sites e outros, também serve para sabermos a data em que tivemos contato e os seus demais dados. Se prosseguir ou não, este código é enviado e armazenado por toda a Ordem Luciferianista no BR e Exterior. Os verdadeiros Sacerdotes e Discípulos saberão quem é, ok.

Luz e força!!!

@MDD – Porque “Luz e Força”? Lucifer não é o maioral, mestre das trevas? deseja Luz pra pessoa por quê? Na hora de fazer o pacto, é “forças das trevas isso, forças das trevas aquilo”… na hora de dar tchau é “paz e luz”? não entendi.

“Att: Servo de Lúcifer”

todo o conteúdo deste é de origem e destino privado, a reprodução, alteração e divulgação destas informações sem autorização por escrito poderão ocasionar processos judiciais. ®

@MDD – terei de chamar meus advomagos para lidarem com isso. Sr. dr. Caveira e sr. Dr. tranca Ruas.

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PRIMEIRA ETAPA

Bom dia caríssimo;

Sua iniciação ocorreu noite passada, para o seu conhecimento nos foi revelado tudo sobre sua pessoa, você até então não possui nenhuma ligação concreta com Lúcifer. Estas informações ficarão impressas e arquivadas no Templo.

Pacto com Lúcifer: Este ritual foi o indicado para a vossa pessoa através do Demônio Cemieli com permissão de Lúcifer, algumas palavras são modificadas a fim de terem validade única e exclusivamente para você. Futuramente lhe será revelada as maneiras de invocar o Demônio assim quando precisar. De uma forma ou de outra está buscando por Lúcifer.

@MDD – esse é um demonio tão secreto que eu nunca tinha ouvido falar dele, nem o google. Ficamos felizes de termos o ritual para poder invocá-lo lá no terreiro. Vou adorar tomar um cha com ele qualquer dia.

+Podes iniciar hoje mesmo+

+++Fazer esta oração todas as noites antes de dormir. Durante toda a sua vida luciferiana.

Lúcifer, Lúcifer, Lúcifer. Enquanto eu dormir quero que prepare meu corpo e minha mente para que eu possa ser o seu mais fiel servidor, que assim seja em nome de todos os demônios.

Cloaca Lucifugi mimimi.

Cloaca Lucifugi mimimi.

@MDD – Voce sabe o que “cloaca” quer dizer, ne?

Hodie eternite luciferius.

Ó grande Belzebuth, eu vos peço debaixo da santa pena da obediência, pelas quatro colunas do céu, pelo sangue do messias, Que venhas falar comigo. Começais a habitar a minha mente, o meu corpo e a minha alma.

Fazei de mim o vosso condenado irmão.

Fazei de mim um vencedor supremo neste mundo, dai a mim tudo aquilo que lhe peço e serei seu eterno servo.

Agora me deito para repousar e peço que se abram as portas das trevas para que eu desça as escadas do inferno e chegue diante do trono de Lúcifer para pedir-lhe que me aceite como filho e estenda a mim o seu poder.

Coacla Lucifugi mimimi, Coacla Lucifugi mimimi.

Salve Lúcifer, Ave luciferius excelssis, senhor dos mundos, Ontem, Hoje e Sempre+++

@MDD – deixa eu ver se eu entendi de novo… o chefão é o diabo, mas tem de pedir permissão para deus e para o messias para que o belzebu possa fazer qualquer coisa. Ficar repetindo todos os dias que quer ser um “eterno servo” também me parece uma pegadinha, o que o senhor acha?

1- Precisa ir em um cemitério e acender uma vela branca em 7 sepulturas diferentes onde estejam sepultados homens com menos de 33 anos. (7 velas, uma para cada túmulo). Em qualquer dia e horário.

Ao acender cada vela diga:

“Ofereço esta vela para Egum e peço que me acompãe de agora em diante, sendo meu escravo em nome de Barrabáz, Caifáz, Ferrabrás, Cemieli, Segal, Baal e Seth o Demônio do Egito. Que assim seja.

(Do lado de cada túmulo retire um punhado de terra e guarde em um pote ou lata, longe da luz do sol, neste pote deve ter um pequeno sapo).

@MDD – Ofereço essa vela para “egun”?!?! eu li certo?!? A única coisa que vai acontecer é o idiota voltar para casa carregado de eguns (e garanto que nenhum será escravo dele). Sem contar que a idéia de levar terra dos túmulos dos eguns pra casa parece coisa de gênio… só que ao contrário.

2- – Escrever o Pai Nosso de traz para a frente (letra por letra)

“Méma Lam od son-iarvil sam, oaçatnet me riac siexied son oan e, odidnefo met son meuq a somaodrep són omoc missa, sasnefo sasson sa iaodrep, ejoh iad son aid Adac ed osson õap O. uéc omoc arret an missa, edatnov assov a atief ajes, onier ossov O són a ahnev, emon ossov o ajes odacifitnas, suéc son siatse euq, osson iap.

Ave Lúcifer, Glória a Lúcifer, agora e eternamente”

@MDD – Não tem efeito prático a não ser impregnar o papel com a concentração da pessoa. Vale tanto quanto qualquer papel que tenha o nome dela assinado, mas parece meio cheio de pirulitagem isso…

Ir em uma missa por semana durante três semanas com intervalo de 7 dias e ler esta oração. (este é um ritual de profanação, para mostrar a Lúcifer que vossa pessoa realmente regena a cristandade e o quer como Senhor e Mestre)

Você entra na igreja, pode sentar-se ou ficar em pé e diz:

@MDD – sentado cansa menos.

Eu (fala seu nome) renuncio ao Deus da luz e venero o Príncipe das Trevas, em seguida começa a ler o pai nosso invertido. Após ler, você começa a chamar por Lúcifer dizendo: Lúcifer, Lúcifer, Lúcifer, eu estou aqui em ato de profanação para mostrar-lhe que sou digno de ser seu filho. Eu renuncio tudo o que é sagrado, renego Jesus cristo e todos os anjos e santos. Lúcifer, Lúcifer, Lúcifer retira-te das profundezas do inferno e atenda o meu chamado.

Abram-te, porteiras das trevas, que se Abrão os portões, que venha a mim o supremo imperador ou um demônio por Lúcifer enviado, para me servir e ser servido por mim.

@MDD – Meu… isso deve ser muito engraçado de se ver. Imagina o satanista evil-kid-metallica-666-facebook entrando na igreja com sua jaqueta preta e cabelos compridos, que fala em voz alta igual a um disco riscado da Xuxa… os crente pira!

Na prática, serve para irritar os eguns da igreja e atraí-los para cima do zé ruela.

O PACTO:

3- Iniciar entre 22h numa sexta feira em um local silencioso e isolado de pessoas, deverá estar descalço em solo natural.

– Desenhe um pentagrama no chão, usando sal grosso ou comum. (um círculo com uma estrela de 5 pontas dentro do tamanho que lhe caiba dentro, uma das pontas deve estar direcionada para o Sol)

@MDD – Se enfiar dentro de um círculo fechado de sal grosso… excelente idéia, batman!

– Leve uma garrafa de vinho tinto.

– Acenda uma vela preta em cada ponta (6 velas), e uma no centro, faça um buraco ao lado da vela central.

– Acenda um insenso de sândalo (tipo vareta) ao lado de cada vela.

@MDD – Sândalo ajuda com o contato com o astral… mas sério MESMO que vocês vão fazer um pacto com “Lucifer” (tipo… “O” lucifer, senhor das hostes demoníacas, estrela matutina, e etc etc etc) usando incenso de varetinha?!?! eu estou com vergonha alheia só de ler isso…

– Quebre um ovo crú e deixe no chão ao lado de cada insenso, em cima de cada ovo coloque algo com seu dna, pode ser um fio de cabelo, restos de unha…

@MDD – alguém se lembra do que eu falei sobre não dar pedaços de DNA para estranhos? O ovo cru é a energia que vai fazer a evocação funcionar… coisa de pobre de verdade…

– Entrando dentro e fique voltado ao leste (Sol nascente), sente-se em posição de meditação e diga:

Invocação Universal á Lúcifer: (podes decorar ou levar um rascunho)

“Renich?mimimi Tasa Uberaca Biasa Icar mimimi Lucifer (repita 3 vezes seguidas)

Ao leste Eu chamo, e no ar da iluminação.

Eu (nome completo),

Invoco o teu nome e o teu poder.

Oh, Imperador do Inferno.

Mestre de todos os Espíritos Rebeldes.

Lúcifer, mimimi,

Lúcifer, esteja aqui presente.

Venha a mim, Senhor Lúcifer, manifeste-se,

Dentro deste corpo, dentro deste Templo que eu preparei.

@MDD – Vou ter de interromper… está muito engraçado. O fulano traz do cemitério sete eguns, mais os que ganhou na iCAR, se tranca dentro de um círculo de sal e evoca seja-la-que-egun-da-egregora que for lá pra se manifestar “dentro deste corpo, dentro deste templo que eu preparei”? é sério… é SÉRIO!?!?!?

Venha a mim, Senhor Lúcifer, manifeste-se.

Estou aqui para pedir a sua ajuda.

Abra os Portões do Inferno para que eu possa entrar e poder tornar-me como o Senhor.

Abra o Portão Senhor Lúcifer para que eu possa entrar.

mimimi

Desejo realizar um Pacto.

Venha a mim, Senhor Lúcifer, mimimi.

Lúcifer eu invoco o Teu nome.

xxxxx xxxxxx xxxxxx (repita 3 vezes).

Invoco a presença dos mestres Satan, Leviathan, Belial, Astaroth, Azazel, Baal-Beryth, Segal, Beelzebu, Abbadon, Asmodeus, Verrine e Flereous para testemunhar este pacto.

@MDD – Aqui é a pegadinha do malandro. O camarada chama pelos demonios, mas quem atende são os eguns que estão por perto. Nessa hora eu consigo imaginar que o egun chefe do esquema de pirâmide chega usando o corpo do zé ruela, e propõe para os eguns que estão chamados ali pela terra de cemitério que se juntem ao grupo. Os malucos costumam estar mais perdidos que cego em tiroteio (lembrem-se que sao tumulos de menores de 33 anos, o que quer dizer que geralmente serão mortes violentas ou de acidentes e que os fulanos devem estar perdidos no umbral baixo).

Nas vocare tu Lúcifer,

Parcepts es hic rictus.

Salve Lúcifer, Senhor do Mundo.”

RENUNCIA E PROCLAMAÇÃO

?(Repita-a 3 vezes)

“Eu (nome completo) na presença do Senhor Lúcifer,

Renuncio á Santa Trindade,

Renuncio a Deus,

Renuncio a Jesus Cristo,

@MDD – E se eu for hare-krishna ou budista e não acreditar em nada disso? e se eu for ateu? Rá! aqui entra o nicho do pacto, que são ex-evangélicos quase-neo-ateus, revoltados com as IURDs da vida. Uma pessoa com um pouco mais de cérebro não iria cair nessa roubada…

Nego Jesus Cristo o enganador.

Renuncio o Espírito Santo.

Renuncio os Anjos e Arcanjos,

Nego a Deus o criador da terra e do céu.

Renuncio a Sagrada Igreja Católica e Cristã.

Renuncio a tudo que é sagrado e tudo que é bom.

Renuncio a todos os Deuses.

Proclamo que Lúcifer é Senhor deste Mundo.

Proclamo que Lúcifer é o único Deus da Terra.

@MDD – “Renunciao a tudo que é bom” hummmmmmm… ok… gênio… depois não sabe porque está na merda?

Ave Belfedoor, Ave Azaradel, Ave Ferrabrás, Ave Segal, Ave Musifin, Ave Rael, Ave Errumitael.

Proclamo que Lúcifer é meu Mestre.”

?

Em seguida: Fique de olhos fechados por uns instantes (quanto tempo desejar e mentalize todos os seus desejos)

TEXTO do contrato: Podes já levar escrito de casa, á lápis de cor preta em papel branco.

“MDD – “Lapis de cor?” Sério? Coitado do Lucifer… varinha de incenso, ovo cru e lapis de cor… só falta o cara comprar vinho de 9,90 no Extra e sal grosso de churrasco. Se eu fosse o Lucifer eu apareceria de verdade só pra ferrar a vida do desgraçado!

?

Leia uma vez:

__In Nomine mimimi mimimi mimimi

?? Veni, omnipotens aeternae diabolus, hodie ex eternite.

Eu (nome completo)

Em nome de Lúcifer e pelo poder de X, Y, Z e todos os demónios do inferno,

Faço este pacto contigo Senhor Lúcifer,

Entregando meu corpo,

Entregando minha mente,

Entregando minha alma,

Renego toda a cristandade, rejeito todas as orações que forem feitas em meu nome, renego toda a minha criação.

@MDD – “rejeito todas as orações que forem feitas em meu nome”… Parabéns!

Em troca lhe peço que me dê tudo aquilo que me satisfaça em vida.

Aceito suas leis e suas palavras, será meu eterno Deus e mentor. Tenho a total consciência que serei castigado com uma terrível morte se eu quebrar este pacto. Sei que jamais poderei revelar minha aliança ao mundo. Carregarei mundana gratidão por quem me ajudou a chegar até aqui na sua frente.

Se o Senhor me der as coisas que eu desejo em sete anos, o senhor terá total domínio sobre a minha alma.

Prometo lealdade, nunca quebrarei esta aliança.

A minha carne é a sua carne.

Meu sangue é seu sangue.

Meu corpo é seu corpo, minha mente é sua mente.

Serás o meu eterno Senhor e Deus.

ASS: Escreva seu nome completo e depois na hora, carimbe seu sangue.

@MDD – Isso… carimbe com seu sangue mesmo!

Após tudo feito, coloque o sapo com a terra dentro do buraco, despeje todo o vinho em cima, (coloque mais terra sem deixar que o sapo saia, fure seu dedo indicador direito com uma agulha virgem e carimbe em cima do seu nome, queimando o pacto na vela central de forma que as cinzas caiam dentro do buraco, coloque a agulha fincada para baixo no meio do buraco sobre as cinzas e cubra com terra.

?

?

OBS: Após, poderá deixar que as velas queimem até o fim, podes deixar tudo ali mesmo (por isso a necessidade de ser um local isolado como mata, sítio, praia…)

@MDD 0 isso… deixe as velas acesas na mata…

Importante ler tudo com atenção, se desejar me envie um e-mail com suas dúvidas e somente após compreender tudo inicie. Jamais deixe que estes textos caiam em mãos alheias, pois isso poderia comprometer sua relação com Lúcifer. Imprima ou copie este pacto e apague todas as informações que possibilitem alguém a tomar conhecimento de sua aliança.

Ave Lúcifer!!!

#Fraudes #LHP

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-verdadeiro-pacto-com-l%C3%BAcifer

Linhas de Ley 1 ½ – respondendo dúvidas

Na medida do possível, eu vou procurar, se acumularem muitas dúvidas, organizar uma coluna intermediária para tentar sanar as questões mais pertinentes antes de continuarmos. Estou retomando a partir do post das pirâmides, as dúvidas que ficaram de lá, ok?

Elvis, Bananeira – Eu coloquei “próximos” porque a terra não é uma esfera, mas achatada nos pólos, e descobrimos isso porque pelo mapa no papel os pontos ficam perfeitamente alinhados, mas um colega conspiratório fez um programa pra jogar estas linhas no Google Earth e acabou que elas precisam ser “esticadas” um pouco na proporção para ajustar ao achatamento da Terra. Mas estas (as linhas base) são as realmente poderosas. O restante é, como alguém mencionou, um fractal, de intensidade BEM menor. Imagina por analogia que são como “veias” em um ser humano… você tem as principais artérias, mas tem também os capilares. Putz… não queria fazer outro post só sobre Linhas de Ley… vou tentar acrescentar esses conceitos do feng shui na próxima coluna, ok?

Julien, Nascimento, Tarcizo Ferreira, André, Psycoberto, Dimmm, Lázaro, João, Jean Carlos, Fernando Fenero, eu não vou começar um blog porque eu já tenho um blog… chama-se “Sedentário e Hiperativo”. Aqui eu escrevo os textos, junto as imagens e dou pro eightbits se virar de postar… se eu tivesse de fazer esta parte técnica, o blog não iria durar uma semana porque eu não tenho paciência e nem tempo para diagramar um blog. Se alguém quiser copiar os textos e imagens pra qualquer blog ou orkut ou fórum, fique à vontade, o importante é difundir a informação.

Carlos Magno, ah sim… Grande Apolônio de Tyana!!! falarei mais sobre ele mais para frente, com os outros alquimistas.

Tarcio Zemel – Um próximo do pólo norte e o outro no Cabo da Boa Esperança (ex- Cabo das Tormentas).

CaYo – 33.

Bananeira – sim, há, em menor ou maior intensidade… a maioria é sutil demais para influenciar, mas existem lugares onde determinado tipo de energia se acumula, e isso pode ser equilibrado com elementos opostos ou complementares. É o princípio do feng shui tradicional.

Sherer – pedras de Ica… procura um livro do JJ Benitez chamado “Meus enigmas favoritos”. Vamos falar sobre elas também, afinal, são a prova viva que os Flintstones realmente existiram (e não estou brincando – homens e dinossauros já conviveram juntos no planeta, esta biblioteca de 11.000 pedras esculpidas mostram isto). Procurem “Javier Cabrera darquea” ou “pedras de ica” no google e divirtam-se.

Arumik, normalmente ministro palestras sobre astrologia hermética, ritualística dentro da maçonaria, templarismo, mitologia básica, simbolismo na mitologia grega, esoterismo em templos antigos (gregos, egípcios), história da arte, história das cruzadas, história da maçonaria, rosacrucianismo, martinismo, história da Igreja Católica, Vida mística de Jesus, Linhas de Ley, ritualística dentro do rosacrucianismo, golden dawn, ocultismo no século XIX, tarot, oráculos, sociedades secretas, origens do nazismo, entre outras. Depende do convite que fizerem.

A maioria é fechada para o público “profano” (não se ofendam com isso, é apenas um termo técnico para designar quem não é iniciado) mas geralmente quando tem algum evento de RPG ou Anime o pessoal pede também palestras sobre alguma coisa diferente. De qualquer forma, eu aviso aqui no Sedentário.

Thaty, Rose, Kojak – vai ter um post só sobre estas pirâmides na Amazônia… tudo a seu tempo… e quanto a deixar vocês curiosos, faz parte da brincadeira para ver se vocês tomam a iniciativa de fuçar no google pra ver se descobrem algo sozinhos também. Para aguçar a curiosidade, comecem pelos círculos de pedra amazonenses.

Marcelo – eu não escrevo só RPGs (risos)… suponha que você seja um Mestre Iluminatti daqueles bem poderosos e ricos. E você queira construir sua casa de praia ou mansão cheia de simbolismos e ritualística de acordo com o seu grau, com detalhes de decoração de arquitetura sagrada, ou simbolismo egípcio, grego, celta… ou colocar um pentagrama disfarçado no seu jardim de inverno… que tipo de arquiteto você contrataria? Quantas pessoas capacitadas para atender a este tipo de demanda você acha que existem no Brasil?

Isto é só uma suposição, ok? Todo mundo sabe que os Iluminatti não existem…

Otávio, Bolívar, Victorius, Arthur, Único – esta coluna vai trabalhar justamente com o que as otoridades não reconhecem como ciência, porque lhes falta visão ou simplesmente porque não tem interesse em apoiar. Quer um exemplo? Tenho um amigo pessoal que trabalhou no Egito e lá a coisa funciona da seguinte maneira: o governo egípcio controla TODAS as escavações e fornece autorizações para você escavar e catalogar os achados, e vigia o seu trabalho com “equipes de supervisão”. Qualquer objeto ou descoberta eu você faça que contradiga minimamente o status quo das otoridades resulta na suspensão da sua autorização com uma desculpa esfarrapada e substituição da sua equipe por outra do governo, que “toma as providências necessárias”. E se você decidir brigar, sua carreira como arqueólogo/pesquisador acaba ali mesmo. É este tipo de coisa que me inspirou para escrever esta coluna. Saco cheio de “cientistas” que não tem capacidade nem para estudar e aceitar o fenômeno do mundo espiritual, por exemplo, que já é dominado pelas ordens ocultistas há séculos.

Mesmo os 40 anos de trabalho laboratorial nos melhores padrões técnicos do prof. Waldo Vieira são boicotados pelas otoridades que mantém seus narizes enfiados na areia recitando a sua “bíblia científica” sagrada e morrendo de medo que o seu mundinho ateu/agnóstico caia sobre suas cabeças se passarem a aceitar o mundo extrafísico como realidade.

Thibas – fantástica a entrevista com o Amit Goswami. Recomendo a todos que leiam.

Feliz, Clevanei, Neiz Lune, Pedrof, Vimerson, Fellipe – sim, é claro que falarei sobre a maçonaria e ordem demolay. Mas para entender como ela surgiu e sua importância, preciso começar pelo Egito e caminhar através dos tempos… ainda teremos pitagóricos, PHI, kabbalah, chakras, essênios, ordens hindus e orientais, tantra, Jesus Cristo e sua esposa e filhos, cátaros, criação da Igreja Católica, perseguição aos hereges, Santo Graal e rei arthur, bruxas e wiccans, satanismo e demonização das religiões, templários, catedrais européias, cruzadas, Jacques demolay, Leonardo Davinci e o Priorado do Sião, Rosacruzes e alquimistas, Guildas de construtores, rito escocês, Rosslin e o grande incêndio de 1666 em Londres antes de chegar as origens da Maçonaria, em 1717. Ainda vai demorar um pouco, mas vale a pena esperar.

Pikib – por falar em coisas harmônicas (e desarmônicas) com a natureza, você sabia que existe uma massa de resíduos plásticos flutuando no Oceano Pacífico com duas vezes o tamanho do Texas? A situação de nossos oceanos é muito pior do que as “otoridades” dizem nos noticiários… A destruição que os “sábios” do nosso tempo estão causando já é muito maior do que eles querem que vocês imaginem. Leia esta matéria AQUI e tenta não embrulhar o estômago com a foto da tartaruga.

Camila e Sérgio – eu tento manter os textos curtos e escritos de uma forma simples, como uma “conclusão”. Os posts PARECEM incompletos porque, na verdade, estou colocando apenas as bases para explicar a origem de algumas coisas importantes mais para a frente e explicar o que representam e preciso que vocês saibam de onde vieram estas referências. Citando o exemplo que você colocou (e eu vou estragar uma surpresa, ok?), o ato de imergir o corpo do candidato dentro de um rio ou banheira com água em uma iniciação (“Baptizem” em grego) representa simbolicamente que, apesar das águas terem coberto toda a civilização antiga e destruído tudo, sempre haverá alguém – o iniciado – para guardar e proteger estes segredos. Além disto, está ligado intimamente aos ritos de morte e renascimento (as doutrinas da reencarnação) de Osíris, o deus sol e outras funções ritualísticas e mágicas que envolvem o astral (a água é um grande condutor de energias astrais, mas que não vem ao caso agora)… mas a importância de se citar este ato simbólico de iniciação egípcia será necessário, por exemplo, quando estivermos demonstrando que Jesus, o Cristo, pertencia à Ordem dos Essênios e, como tal, era guardião das tradições egípcias e um mago iniciado, além de Rabino. E que sua iniciação com o Baptizem foi feita por João Batista (São João, padroeiro adivinhem de que ordem secreta?) seguindo a ritualística dos cultos egípcios (e que mais tarde seriam macaqueados pela igreja católica em sua colcha de retalhos religiosa).

Na medida do possível, vou passar links e livros para vocês consultarem também.

Felipedecoy – Não, nenhuma relação.

Leandro – sim, existem. Exatamente da maneira como você descreveu, com cristais ou agulhas. Os pontos principais de energia que passam por nosso corpo chama-se Chakras estas “rodas” energéticas que podem ser estimuladas com exercícios de respiração e meditação ou cristais para equilibrar as energias e também para desenvolver habilidades “sobrenaturais” (vai no youtube e digita meu nome, depois me conta o que você achou).

Vimerson – as três linhas que você citou já são sérias (Giovani Maciocia, Ysao Yamamura [auricular especialmente!], Auteroche), quem as deturpa são os ocidentais picaretas que fazem cursos de final de semana e se autointitulam “médicos” e saem por ai atendendo. Como você sabe, demora pelo menos 6 meses para se ter um domínio suficiente para começar a se aventurar como acupunturista. Pergunta quem é que respeita isso? Mas acupuntura nem é o maior estupro. Acho que os cursos de final de semana de Reiki – módulo I a IV são os piores… Já vi casos que um fulano fez o curso em uma semana e, um mês depois, estava ministrando cursos… é esse tipo de absurdo que me refiro.

Peço desculpas ao pessoal que não lê inglês, mas não existe quase nada a respeito destes temas em português, infelizmente. A maioria destes livros podem ser encontrados na Amazon.

– Study in Pyramidology , 263p., 1986 by E. Raymond Capt, ISBN 0-934666-21-0

– Back in time to the great pyramids – Sócrates G Taseo, (ISBN ISBN 0-9626053-0-1)

– The Orion Mystery: Unlocking the Secrets of the Pyramids , 325 p., 1994 by Robert Bauval and Adrian Gilbert, Crown Publishers, ISBN 0-684-16171-0

– Symbolic Prophecy of the Great Pyramid , H. Spencer Lewis (acho que este tem em Português, pela AMORC)

– The Giza Power Plant , de Christopher Dunn

– The Complete Pyramid , by Mark Lehner (este tem mais de 600 ilustrações).

– The Great Pyramid Speaks : An Adventure in Mathematical Archaeology , by Joseph B. Gill

– Propehcies of Melchi-Zedek in the Great Pyramid and the Seven Temples , by Brown Landone

– Pyramid Prophecies , 368p., 1988 by Max Toth, Destiny Books, VT, ISBN 0-89281-203-6

– The Rape of the Nile , 399p., 1975 by Brian M. Fagan, ISBN 0-684-15058-1

– Qualquer livro do Graham Hancock

http://www.leyman.demon.co.uk/Book,_Safe_As_Houses.html – sobre influências eletromagnéticas no ser humano

– Ley Lines and Earth Energies – por David Cowan

– Ley Lines, a compreensive guide to alighnments, de D.P.Sullivan

– The old straight path – Alfred Watkins

– The Atlantis Mystery – Eleanor Van Zandt

– Gravitational Mystery spots – Doug Vougt (contém relatórios de trocentas experiências com linhas de Ley)

– The world Grid – David Hatcher

– Earth Star Globe – Bethe Hagens (este tem até um globo para montar incluído)

Mapas de Piri Reis

http://serqueira.com.br/mapas/pirireis.htm

Marcelo Del Debbio

#Astrologia #LinhasdeLey #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/linhas-de-ley-1

Os Doze Trabalhos de Hércules e a Iniciação

Excelente texto do Blog Martinismo e Cura. Recomendo a visita ao site.

Ao estudarmos as narrativas de Hércules e seus Doze Trabalhos, inclusive correlacionando-os com a passagem através dos Doze Signos do Zodíaco, podemos abordar a questão do ponto de vista do aspirante espiritual ou iniciado, individualmente, ou do plano da humanidade como um todo.

As provas a que Hércules se submeteu podem ser enfrentadas por milhares de indivíduos que trilham o caminho do desenvolvimento espiritual consciente e da iniciação.

Cada um de nós é um Hércules em embrião; os trabalhos, que ontem foram de Hércules, são de toda a humanidade, ou pelo menos de todos aqueles que mantêm as rédeas de sua evolução em mãos, tendo em vista a iluminação espiritual.

Os trabalhos de Hércules demonstram o caminho que aguarda o aspirante espiritual sincero, aquele estágio do buscador espiritual inteligente, onde, tendo desenvolvido a mente e coordenado suas habilidades mentais, emocionais e físicas, esgotou os interesses no mundo fenomênico e procura expandir sua consciência. Esse estágio sempre foi expresso pelos indivíduos mais evoluídos de todos os tempos.

Enquanto escalamos a montanha da verdadeira Iniciação, vamos eliminando todo medo e aprendendo a controlar as forças inerentes à natureza humana, até que possamos nos tornar um servidor da humanidade, eliminando a competição e os objetivos egoístas.

Ao se aprofundar nos Doze Trabalhos de Hércules, torna-se claro qual deve ser a conduta de cada aspirante e iniciado no Caminho do Discipulado e da Iniciação Real. Um grande desafio é trazer, para nosso dia a dia hoje, novas maneiras de expressar e vivenciar as velhas verdades contidas nestes mitos, de forma a ajudar as velhas fórmulas para o desenvolvimento espiritual a adquirirem nova e pulsante vida para nós.

Este é o desafio de sempre atualizar a luta humana para se superar a natureza animal, fazer desabrochar a natureza humana e revelar a natureza divina oculta em cada um de nós, o que está tão bem configurado nos Trabalhos de Héracles.

Os Doze Trabalhos de Hércules oferecem um quadro sintético do progresso da alma, indo da ignorância à sabedoria, do desejo material à conquista espiritual, de tal modo que o fim possa ser visualizado a partir do início, e a cooperação inteligente com o propósito da alma substitua o esforço feito às cegas.

Verifica-se que a história das dramáticas experiências desse grande e venerável Filho de Deus, Hércules ou Héracles, serviria justamente para focalizar qualquer uma das faces da vida o aspirante espiritual em seu esforço para expansão da consciência e realização espiritual.

Este tema é tão rico e profundo, que todos nós, lutando em nossa atual vida moderna, podemos aplicar a nós mesmos os testes e provas, os fracassos e as conquistas desta figura heróica que lutou valorosamente para atingir a mesma meta que nós almejamos.

Através da cuidadosa e reflexiva leitura deste mito, talvez possam ser despertados na mente do buscador espiritual um novo interesse e um impulso renovado, pois diante de um tal quadro do desenvolvimento e do destino especial do homem, ele pode querer prosseguir com redobrada coragem e determinação na Senda.

Em sua narrativa mítica, podemos acompanhar como Hércules se esforçou e desempenhou o papel de buscador espiritual. Neste Caminho, ele desembaraçou-se de certas tarefas, de natureza simbólica, e viveu certos episódios e acontecimentos que retratam, em qualquer época, a natureza do treinamento e das realizações que caracterizam o homem que se aproxima da libertação pela senda iniciática.

Ele representa um filho de Deus encarnado, mas ainda imperfeito, que definitivamente toma em suas mãos a natureza inferior e, voluntariamente, submete-a a disciplina que finalmente fará emergir o divino. É a partir do ser humano falível, mas que é sinceramente dedicado, inteligentemente consciente do trabalho a ser realizado, que se forma um iniciado ou um Adepto.

Duas grandes e dramáticas histórias têm sido conservadas diante dos olhos dos homens ao longo do tempo. Nos Doze Trabalhos de Hércules, o Caminho da Iniciação é retratado e suas experiências, preparatórias e que conduzem ao grande ciclo de iniciações, podem ser reconhecidas pelo homem que sinceramente aspira a este Caminho. Na vida e obra de Jesus Cristo, radiante e perfeito Filho de Deus, o Reparador, que penetrou o véu por nós, deixando-nos o exemplo para que seguíssemos seus passos, temos retratadas as etapas do Caminho Iniciático de Libertação ou Regeneração e Reintegração, que são os episódios culminantes para os quais os Doze Trabalhos preparam o discípulo.

O oráculo falou e suas palavras ressoam através das eras:

”Homem, conhece-te a ti mesmo.”

Este conhecimento é a mais importante realização no caminho do discipulado e a recompensa de todo o trabalho de Hércules. Sem este conhecimento, não se pode avançar seguramente na senda da Iniciação. Somente assim, o homem pode-se encaminhar firmemente para tornar-se definitivamente auto-consciente e intencionalmente se impõe a vontade da alma – que é essencialmente a vontade de Deus – sobre sua natureza inferior.

Neste caminho, o indivíduo submete-se a um trabalho sobre si mesmo que demanda esforço e dedicação, pureza de coração e caridade, para que a flor da alma possa desabrochar mais rapidamente.

Simbolicamente, é uma obra onde um solvente psíquico (psique = alma) consome toda escória e deixa apenas o ouro puro. É um processo de refinamento, sublimação e de transmutação, continuamente levado adiante até finalmente se alcançar o Monte da Transfiguração e da Iluminação.

Em suma, trata-se de alquimia superior. Os Doze Trabalhos demonstram exatamente este caminho acima, onde os mistérios ocultos e as forças latentes nos seres humanos são descobertos e têm de ser utilizados de maneira divina e de acordo com o divino propósito sabiamente entendido. Quando são utilizados desta maneira, o iniciado vê-se em sintonia com energias e poderes divinos similares, que sustentam as operações do mundo natural.

Torna-se, assim, um trabalhador sob o plano de evolução e um cooperador com aquela “nuvem de testemunhas”, a Igreja Invisível do Cristo, que através do poder de sua supervisão, e do resultado de sua realização, engloba hierarquias espirituais por meio das quais a Vida Una guia a humanidade para sua gloriosa consumação.

Essa é a meta da série de trabalhos de Hércules, e com essa meta, a humanidade como um todo alcançará sua conquista espiritual grupal através das múltiplas perfeições individuais. Outra grande e sábia maneira de se enxergar este mito é apresentá-lo como um aspecto especial da Astrologia.

Acompanhamos a história de Hércules à proporção que ele percorre os doze signos do Zodíaco. Ele expressou, uma a uma, as características de cada signo, e em cada um, ele conquistou um novo conhecimento de si mesmo, e através desse conhecimento, demonstrou o poder do signo e adquiriu os dons que o signo confere.

Em cada signo, vamos encontrá-lo superando suas próprias tendências naturais, controlando e governando seu próprio destino, e demonstrando o fato de que astros predispõem, mas não controlam. Esta visão astrológica do mito é uma apresentação sintética dos acontecimentos cósmicos que se refletem em nossa vida planetária, na vida da humanidade como um todo, e na vida do indivíduo, o qual é sempre o microcosmo do macrocosmo.

Este estudo fornece indicações claras para a compreensão dos propósitos de Deus para a evolução do mundo e do homem. Somente a consciência de que somos partes integrantes de um Todo maior e o conhecimento da divina totalidade, pode revelar o propósito mais vasto.

Hércules representou astrologicamente a história de vida de cada aspirante espiritual e iniciado, e demonstrou o papel que a unidade deve desempenhar na Obra eterna. A analogia astrológica dos Doze Trabalhos de Hércules diz respeito aos doze tipos de energias por meio dos quais a consciência da Realidade divina é obtida.

Através da superação da forma e da subjugação do homem inferior, é-nos mostrado um quadro do desenrolar da auto-realização divina. Hércules, em seu corpo físico, embaraçado e limitado pelas tendências a ele conferidas pelo signo no qual ele cumpria sua tarefa, alcançou a compreensão da sua própria divindade essencial.

As provas a que Hércules voluntariamente se submeteu, e os trabalhos a que, às vezes impensadamente, atirou-se, são aqueles possíveis para muitos de nós ainda hoje. É evidente que, curiosamente, vários detalhes da sua dramática, e às vezes divertida, história dos seus esforços de ascensão podem ser aplicáveis em nossas vidas modernas.

Cada um de nós é mesmo um Hércules em embrião, deparando-nos com idênticos trabalhos; cada um de nós tem a mesma meta a conquistar e o mesmo círculo do Zodíaco a abranger. Hércules aprende a lição de que agarrar-se a qualquer coisa do eu separado não faz parte da missão de um filho de Deus.

Ele descobre que é um indivíduo, apenas para descobrir que o individualismo deve ser sabiamente sacrificado pelo bem do grupo. Ele descobre também que a ambição egoísta não tem lugar na vida do aspirante espiritual que está em busca de libertação dos ciclos recorrentes de existência e da constante crucificação na cruz da matéria.

As características do homem imerso na vida da forma e sob o domínio da matéria são o medo, o individualismo, a competição e a cobiça. Estes têm de ceder lugar à confiança espiritual, à cooperação, à consciência grupal e ao altruísmo.

Esta é a lição que Hércules traz; esta é a demonstração da vida de Deus que está sendo trazida à operação no processo criativo, e que floresce, de maneira sempre mais bela, a cada volta que a vida de Deus faz em torno do Zodíaco.

Esta é a história do Cristo cósmico, crucificado na Cruz Fixa dos céus; esta é a história do Cristo histórico, apresentada nos Evangelhos e representada, na Palestina, há dois mil anos; esta é a história do Cristo individual, crucificado na cruz da matéria e encarnado em cada ser humano.

Este é a história de nosso sistema solar, a história de nosso planeta, a história do ser humano. Assim, ao admirarmos os estrelados céus acima de nós, temos eternamente representado para nós este drama magnífico, o qual é detalhadamente explicado ao homem pelos Doze Trabalhos de Hércules.

Nos próximos posts falaremos um pouco de cada tarefa…

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/os-doze-trabalhos-de-h%C3%A9rcules-e-a-inicia%C3%A7%C3%A3o

Judas, o melhor amigo de Jesus

judas

Parte de um plano secreto

amigo fiel de Jesus

eu fui escolhido por ele

para pregá-lo na cruz

Cristo morreu como um homem

um mártir da salvação

deixando para mim seu amigo

o sinal da traição.

Se eu não tivesse traído

morreria cercado de luz

e o mundo hoje então não teria

a marca sagrada da cruz

e para provar que me amava

pediu outro gesto de amor

pediu que o traísse com um beijo

que minha boca então marcou.

– Raul Seixas, 1979

A música acima foi composta pelo melhor cantor brasileiro de todos os tempos, Raul Seixas, em conjunto com meu irmão alquimista Paulo Coelho, sob a orientação do Mestre Marcelo Motta. Poderia ser apenas, como a Igreja gosta de colocar para cada sujeira que varremos para fora do tapete eclesiástico, “mais uma ficção inspirada por Dan Brown”, se não fosse o detalhe dos Evangelhos de Judas terem sido descobertos e autenticados pela National Geographic em 2006, confirmando cada linha da música do Raulzito acima de qualquer dúvida razoável. Como explicar o fato desta canção ter sido escrita 27 anos antes?

Se você está lendo esta coluna pela primeira vez, sugiro que leia primeiro estes textos AQUI, AQUI, AQUI e AQUI para entender a história de Yeshua Ben Yossef, o Jesus histórico.

Para compreender a história de Judas Iscariotis, precisamos entender a história dos doze apóstolos. Nessa altura do campeonato, vocês já devem ter percebido que Tiago, João, André e Pedro não eram exatamente “pescadores”, mas apenas o grau simbólico destas pessoas dentro da organização de Yeshua. Pescadores, Peixes e outras alegorias referentes ao mar e ao “pescar almas” indicam o sacerdócio dentro da transição da Era de Áries para a Era de Peixes. Como veremos nas próximas colunas, especialmente as lendas do Rei Arthur, a figura do “Rei-Pescador” será muito comum também nas alegorias medievais.

Judas, no original Yehudhah ish Qeryoth ou Iouda Iskariotis (Iouda significa “abençoado” e Iskariotis significa “Sicário”, que é um punhal especial usado por assassinos zelotes denominados Sicários, uma seita judaica contrária ao domínio romano em Jerusalém naquela época). O nome dele, portanto, pode ser traduzido como “Lâmina abençoada”. Judas era ninguém mais, ninguém menos que o guarda-costas pessoal de Yeshua/Jesus.Mas, se ele era considerado o guarda-costas pessoal de Yeshua e um de seus melhores amigos, tão íntimo a ponto de ficar com ciúmes da esposa de Yeshua, Maria Madalena, quando esta realiza o ritual sagrado de perfumar os pés de Jesus, por que ele o trairia?

De acordo com a Bíblia (Mateus 26, 20-23), Jesus teria dito:

Ao anoitecer reclinou-se à mesa com os doze discípulos;

e, enquanto comiam, disse: Em verdade vos digo que um de vós me trairá.

E eles, profundamente contristados, começaram cada um a perguntar-lhe: Porventura sou eu, Senhor?

Respondeu ele: O que mete comigo a mão no prato, esse me trairá.

E um pouco mais para a frente (Mateus 26, 46-48) diz:

Então voltou para os discípulos e disse-lhes: Dormi agora e descansai. Eis que é chegada a hora, e o Filho do homem está sendo entregue nas mãos dos pecadores.

Levantai-vos, vamo-nos; eis que é chegado aquele que me trai.

As otoridades dizem que isso seria uma “premonição” ou uma “profetização”, mas uma explicação muito mais racional nos diria que Jesus não está fazendo previsões, mas sim DANDO UMA ORDEM: “Um de vós me trairá”. Ao contrário da imagem de “cordeiro humilde” pregada pela Igreja (sem trocadilho), Yeshua era um revolucionário, lutando pela libertação do povo judeu do domínio romano. Uma de suas frases célebres: “Eu não vim trazer a paz, mas a espada” (Mt 10, 34 e Luc 12, 51), expressa bem esta posição de Jesus e seus seguidores. Aliado com os Essênios, com os Zelotes e com os Sicários, coisa boa ele não estava querendo, com certeza.

Agora, responda à seguinte pergunta: se você fosse o governador romano responsável pelo domínio de Jerusalém e pelo controle da cidade, você deixaria um legítimo rei dos Judeus mancomunado com zelotes, sicários e essênios, fazendo curas milagrosas e angariando cada vez mais fãs, dando sopa na sua cidade? Nem eu.

Então seria necessário capturar e matar este agitador cabeludo e rebelde.

Em João 18,12, é dito: “Então a coorte, e o tribuno, e os servos dos judeus prenderam a Jesus e o maniataram”. Ora, uma coorte romana é constituída de seis centúrias e cada centúria é constituída de 80 legionários, como já vimos em outros posts (aposto que vocês esqueceram, mas eu avisei que era para lembrar disso pois seria importante para a história). Ou sejam, para que o governador romano enviaria 480 legionários pesadamente armados com lanças e escudos para capturar um carpinteiro? Seria Yeshua um X-men?

Por que a necessidade da traição?

Yeshua estava reunido com cerca de 5.000 pessoas que formavam a vila de Getsemani, formada em sua maioria por camponeses, mulheres e crianças. Estando cercados por quase 500 soldados armados, estas pessoas seriam totalmente massacradas se os zelotes não entregassem seu líder.

Para ter uma noção do que é uma coorte, basta olhar para a imagem ao lado: uma coorte são DOZE VEZES essa quantidade de gente. Um pouco exagerado para capturar “uma dúzia de pescadores”, não é mesmo?

Yeshua avaliou a situação: caso não se entregasse, haveria um massacre de inocentes e uma precipitação da revolta que estavam planejando (que só aconteceria alguns anos depois, na chamada “Revolta dos Judeus”) mas, caso se entregasse, poderia passar como um líder fraco, que entrega sua luta ao menor sinal de problemas. Depois de dar as ordens para a única pessoa que sabia que poderia confiar (Judas), Yeshua, José de Arimathea e Simão Mago começaram a preparar o plano que seria necessário para retirar Yeshua com vida da cruz.

Seguimos com a história como a conhecemos. Os soldados capturam Yeshua e o levam para o sinédrio para ser julgado. Aqui é necessário fazer uma pausa. Graças a Constantino (sempre ele, sempre ele!), o mundo inteiro acredita que foram os JUDEUS que mataram Jesus, o que serviu de base para todo tipo de perseguição a eles durante todos estes últimos 2000 anos, mas a verdade seja dita e é simples de provar: quem crucificou Yeshua foram os ROMANOS.

Se os judeus tivessem matado Yeshua, teria sido através do apedrejamento, tão comum e tão descrito em todo o Velho Testamento. Mas quem crucificava seus inimigos ao longo de suas estradas eram os romanos.

Vocês concordam que ficaria meio complicado para Constantino vender a imagem do Messias para os romanos se os próprios romanos mataram Yeshua? É como tentar vender a imagem de Fidel Castro como líder espiritual para os americanos!

E a coroa de espinhos e o manto vermelho? A Igreja nos ensinou que isso era uma “zombaria” com Jesus, mas ofereço outro ponto de vista: Sabendo que foram os ROMANOS que crucificaram Yeshua, creio que a mensagem que estavam passando para os judeus dominados era bem clara: AQUI ESTÁ O SEU REI. NÓS VAMOS CRUCIFICÁ-LO. Tanto que as iniciais INRI vem do latim (língua dos romanos): Iesua Nazarenus Rex Iudeorum.

Ah, tio Marcelo, mas eu já ouvi que INRI significa “Igni Natura Renovatur Integra” ou as siglas dos 4 elementos “Iam (água), Nour (fogo), Ruach (ar) e Iabeshah (terra)”. Eliphas Levi dizia que INRI significa “Isis Naturae Regina Ineffabilis”… Qual está certo?

Naquele momento histórico, Rei dos Judeus, mas seria um erro achar que havia apenas um significado. Uma das coisas que aprendi nesses 25 anos dentro do ocultismo é que NADA acontece por acaso: nenhuma sigla, nome, cor, símbolo ou mensagem escolhida acontece por causa de um “tempo linear” acausal. Não existem coincidências, existe apenas a ILUSÂO de coincidência. Portanto provavelmente TODAS as alternativas estavam certas ao mesmo tempo, em diferentes “espaços temporais”. Complexo? você ainda não viu nada.

A escolha do local foi providencial: a Gólgota. Terreno pertencente a José de Arimathea, garantiria que a crucificação ocorreria longe dos olhos do povo, que NÃO teve acesso à crucificação, ao contrário da crença popular. Eles acompanharam o cortejo, mas ficaram longe das três cruzes, observando à distância.

Antes de começarmos: quanto tempo vocês acham que os romanos deixavam um condenado preso na cruz? 1 hora? 12 horas? 1 dia? 2 dias? uma semana?

A resposta correta é: até o cadáver se transformar em um esqueleto ou até você colocar outro condenado no seu lugar! A função de uma crucificação é passar uma mensagem clara sobre o que vai acontecer com você se você desafiar a Legião. Não importa se você “morreu na cruz”… os romanos não vão te tirar de lá, ok?

A menos que…

…eles tivessem um plano.

Como já haviamos visto em outros posts, Yeshua dominava completamente sua energia interna, kundalini, chakras e todas as técnicas de regeneração e manipulação de energias conhecidas. Eles estavam certos que ele conseguiria resistir a um dia na cruz e, para seus planos, apenas um dia bastaria.

Cristo é crucificado de manhã. Ele permanece durante o dia com Simão Mago aos pés da cruz, enquanto José de Arimathea consegue com Pilatos autorizações para remover o corpo da cruz. durante o passar do tempo, vamos novamente à bíblia:

“Jesus disse: “tenho sede.” Havia aí uma jarra cheia de vinagre. Amarraram uma esponja ensopada de vinagre na vara, e aproximaram da boca de Jesus. Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está realizado.” (João 19: 28,30)

A Igreja nos diz que isto foi mais uma “maldade” dos “terríveis” judeus. Coitadinho… dar vinagre para o pobre infeliz pregado na cruz… que cruel!

Ora. O líquido que ofereceram para Jesus é chamado de Posca, misturado com um pouco de mirra. O efeito desta bebida é o de um ANESTÉSICO que facilita a projeção astral e também serve para bloquear a dor, conhecido desde a antiguidade pelos alquimistas essênios e rosacruzes (e esse líquido posso garantir para vocês que funciona, porque já experimentei pessoalmente). Não nos esquecemos que Simão Mago não era conhecido como Simão MAGO à toa, certo? Ele estava aos pés da cruz por um motivo…

Yeshua ficaria até a noite na cruz, quando seria retirado, mas no meio da tarde, começou a dar sinais de que não aguentaria o dia todo. Outro detalhe que sempre passa batido era o de que os romanos quebravam as pernas dos condenados para que eles morressem mais rápido, já que, sem a sustentação das pernas, o pulmão seria comprimido com mais força e o condenado morreria mais rápido por sufocamento (daí a expressão “me quebraram as pernas” para indicar um problema que acaba com suas esperanças mais cedo). E ninguém fez isso com Yeshua.

A solução para isso foi “matá-lo” antes, com uma lança, para apressar sua retirada da cruz. Para isso, Yeshua se finge de morto e um dos soldados o perfura com uma lança para mostrar aos outros que ele estava morto. Na mitologia católica, a lança que perfura Jesus Cristo na cruz é conhecida como a Lança do Destino.

Agora começam as curiosidades… vocês não acham estranho uma lança que MATOU o filho de deus ser considerada SAGRADA pela Igreja? Não deveria ser um objeto AMALDIÇOADO? Por que justo os templários veneravam esta lança e tinham um grande cuidado com sua proteção?

A resposta é clara… a Longinus não matou Yeshua, mas o salvou de ter as pernas quebradas pelos outros soldados romanos.

No folclore medieval, São Longinus (sim, o cara que MATA Jesus vira santo na Igreja Católica, vai entender…) é retratado como um cego cujo sangue do messias que espirra sobre seus olhos o cura da cegueira (espera… um soldado CEGO vigiando a cruz?) e ele se converte ao cristianismo… Na verdade, todo este anedotário criado posteriormente, acrescido de outros detalhes, serviu apenas para reforçar a idéia de que os judeus seriam uns traidores da própria raça e assassinos do messia vaticânico.

Removido da cruz, levam Yeshua para o Santo Sepulcro (hummmm cavernas novamente… não teve um post antigo em que eu relacionava cavernas com templos sagrados? procurem) que eram propriedade de José de Arimathea. Neste local, um sacerdote chamado Nicodemus e outros discipulos essênios literalmente “revivem” Yeshua com suas habilidades curativas prânicas. Ao final dos trabalhos, Yeshua se encontra com sua esposa Maria Madalena e são escoltados para um local seguro.

Alguns dias depois, ele reaparece para os discípulos e a história da “ressurreição” começa rapidamente a se espalhar. Sabendo que os governadores romanos não engoliriam aquela história por muito tempo, Yeshua, seu filho e Maria Madalena (na época grávida) foram retirados de Jerusalém.

Yeshua foi para o oriente, José de Arimathea foi junto com o filho de Yeshua, Yossef, para as Ilhas Britânicas, onde chegou a Gastonbury levando o “Cálice Sagrado”. Maria Madalena foi levada para o Egito para dar a luz para Sara, filha de Yeshua.

Após o nascimento, Madalena é escoltada para o Sul da França, onde os essênios (agora com outros nomes, formando outros grupos naquela região) passam a proteger a Linhagem Real. Um detalhe interessante é que Madalena e sua filha contrastavam muito com os habitantes do sul da França, sendo chamadas de “Madonna Negra” por causa de seu tom de pele (não vai me dizer nessa altura do campeonato que você acredita na história do Jesus loiro de olhos azuis, né?).

Os habitantes do Sul da França (Languedoc) fizeram diversas estátuas e o culto à “Virgem Negra” se tornou muito popular entre os Cátaros e entre os Templários. A Igreja dirá durante a Idade Média que imagens da “Virgem Negra” eram uma deturpação SATÂNICA de nossa senhora Aparecida quando queimava os Templários e, mais tarde, dirão para os céticos que a cor negra das estátuas se devia “às velas que eram queimadas aos pés de Nossa Senhora, que escureciam as imagens”. Mas o FATO é que as Virgens Negras representavam (e representam) Maria Madalena carregando em seus braços Santa Sara Kali (Kali = negra), padroeira dos ciganos.

O filho de Yeshua e José de Arimathea chegam à Inglaterra, onde fundam a primeira Igreja Cristã. De acordo com as lendas posteriores, ele chega ao continente levando consigo “o Cálice Sagrado” mas… “um garoto que era rei mas não sabia, acompanhado por um ancião sábio, permanecendo escondido no meio dos profanos até que chegasse o momento de revelar sua descendência real”

Já ouviram esta história antes? vou dar uma dica. Começa com Rei e termina com Arthur.

#Essênios

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/judas-o-melhor-amigo-de-jesus

32 Papas e uma garrafa de Rum – parte II

Postado originalmente em 01.10.2008

Semana passada, começamos a esmiuçar a origem dos Templários, Rosacruzes e da Maçonaria, ligados aos cultos essênios, aos construtores do Templo de Salomão, passando pelos Pitagóricos e faraós egípcios, cuja tradição se estende até mais de 4.000 anos antes de Cristo. Chegamos nos conturbados séculos I ao IV, que formou as bases do que mais tarde seria conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana.

Como é impossível separar a história dos Templários, Druidas, Cátaros e outros hereges da história da ICAR, pretendo intercalar um post a respeito de cada Igreja/religião, para que vocês mesmos possam traçar paralelos do que aconteceu e tirarem suas próprias conclusões.

Semana passada falei sobre o início das revoluções judaicas, da expansão do Império Romano e da guerra entre os Imperadores Romanos (que veneravam os deuses greco-romanos e acreditavam nos preceitos da cultura helenística) e os rebeldes que defendiam o tal do Jesus Cristo (Yeshua).

Acredito que a forma mais prática de entender o que aconteceu é fazer uma breve lista de todos os papas e suas contribuições para o esqueleto desta religião que estava se formando. Começaremos pelo primeiro papa:

Pedro (Petrus I) cuja mitologia católica o coloca como sucessor de Jesus. Na verdade, cada um dos doze apóstolos tomou os ensinamentos e espalharam-se pelo mundo para continuar o trabalho iniciático essênio e espiritualista que Yeshua fazia parte. São Pedro e São Paulo ficaram em Roma, onde Pedro se tornou “Bispo de Roma”, ou seja, o responsável por implantar a religião essênia dentro da boca do leão (literalmente). A palavra Bispo significa “supervisor”. Foi crucificado de cabeça para baixo pelos exércitos do imperador Tiberius Claudius. O símbolo de Pedro passou a ser a cruz de ponta cabeça. Assim como Yeshua, a história de Pedro foi “absorvida” para dar suporte aos interesses do catolicismo. Seus seguidores, porém, ao usar a cruz de ponta cabeça como símbolo, foram taxados de “satanistas”.

Lino I foi o segundo papa, coordenou o bispado de 67 a 76 e foi o responsável pelo decreto que obrigava as mulheres a cobrirem a cabeça dentro de um templo. A ICAR diz que ele morreu como mártir, mas evidências históricas dizem que isto é improvável, Foi substituído por Anacleto I, que teve muita sorte: neste período ocorreu a erupção do Vesúvio (79), com as cidades de Pompéia e Herculano soterradas e os relatos do começo do “fim do mundo” ajudaram a elevar a popularidade do cristianismo. Dele são atribuídos uma série de orientações que condenam o culto de objetos “mágicos e de feitiçaria” e de aceitarem comida oferecidas aos deuses pagãos. Também a ele é atribuída a instauração da “Saudação e Bênção Apostólica” na abertura das mensagens papais. Anacleto é perseguido pelo imperador Domiciano e morre nos leões.

Clemente I assume o bispado em 88. Neste pontificado ocorreu uma segunda perseguição aos cristãos, na época de Domiciano. Mais tarde, Clemente foi preso no reinado de Trajano. Condenado a trabalhos forçados nas minas de cobre de Galípoli, converteu muitos presos e por isso foi atirado ao mar com uma pedra amarrada ao pescoço. Clemente é importante porque foi ele quem primeiro passou a utilizar a palavra “Amém”, de origem dos rituais egipcios (onde significa “Assim seja!”) nas cerimônias cristitas.

O quinto papa, Evaristo (que ficou no bispado de 97 a 105) e o sexto papa Alexandre I (106 a 115) não fizeram grandes coisas e não são muito lembrados. Alexandre foi o bispo que absorveu o costume dos magistas romanos e gregos de utilizar água Lustral em seus rituais, que passou a chamar de “água benta” a partir de seu pontificado.

Durante este período, João Evangelista escreve seu evangelho, que ficou conhecido posteriormente como “Apocalipse” ou “Livro das Revelações”, um dos mais gnósticos e controversos textos da bíblia.

O sétimo papa foi Sisto I. Suas principais contribuições para a igreja cristita foram no sentido de sistematizar e normalizar os vários procedimentos sagrados nas cerimônias religiosas, como o de que qualquer objeto sagrado só poderia ser tocado por ministros sacramentados (este procedimento foi adaptado também dos ocultistas, que trabalham com a consagração de objetos sagrados, que não devem ser tocados por mãos profanas). É atribuída a Sisto a introdução do tríplice canto do Sanctus na missa (adaptado dos ritos de Eleusis), bem como as cartas apócrifas que tratam da doutrina da Trindade e ao Primado da Igreja de Roma. Também entrou em conflito com alguns procedimentos da Igreja da Ásia.

Sisto morreu em Roma e foi sucedido por São Telésforo. Os papas e os vários martirólogos dão-lhe o título do mártir, embora não haja registo histórico de tal evento. Sisto I estava mais para gnóstico do que para um seguidor das doutrinas da ICAR, então é quase um consenso entre historiadores que sua história foi maquiada para servir aos interesses da Igreja.

O papa Telésforo tem um mandato tranquilo, de 126 a 137. O seu reinado, embora desenrolado num período de paz, quando os imperadores Adriano e Antonino não publicaram editos de perseguição aos cristãos, foi marcado por conflitos com as comunidades não cristãs. Boa parte dos costumes católicos usurpados das religiões pagãs foi feito em seu bispado, como por exemplo: a celebração da missa do galo (também conhecida por Missa da Meia Noite, é a missa da Luz. Esta celebração é claramente inspirada nos cultos antigos, nomeadamente celtas, em que se escolhia o solstício do Inverno [22/23 de Dezembro] para prestar culto ao deus Sol. Neste ritual, os sacerdotes sacrificavam um galo em homenagem aos deuses solares), páscoa aos domingos, sete semanas de quaresma antes da páscoa (A Quaresma é uma celebração da morte de Tamuz; a lenda diz que ele foi morto por um javali selvagem aos quarenta anos. Portanto, a Quaresma celebra um dia para cada ano de vida de Tamuz) e o cancionar da Glória normalmente são atribuídos ao seu pontificado.

Em 136, é escolhido Higino como novo bispo. Ele passou maus bocados nas mãos dos gnósticos, especialmente Valentim e Cerdão. Higino mexeu nas estruturas hierárquicas e na cerimônia do batismo (adaptando-as para que ficasse mais próxima do batismo dos iniciados essênios), instituiu as ordens menores para melhorar o serviço da Igreja e preparação do sacerdócio. O décimo papa é chamado de Pio I. O seu pontificado foi marcado por questões envolvendo judeus convertidos e com heresiarcas como os gnósticos Valentino, Cerdão e Marcião, criador do Marcionismo. Procurou o diálogo com os filósofos e estudiosos heresiarcas gregos e egípcios que possuíam versões mais espiritualizadas dos evangelhos sagrados. Foi, provavelmente, martirizado em Roma e foi substituído por São Aniceto, cuja única contribuição foi a de proibir os padres de usarem cabelos compridos.

Em 166 é escolhido Sotero como o décimo-segundo papa. Esse não apenas teve de enfrentar as perseguições de Marco Aurélio como levou uma surra filosófica dos gnósticos, liderados por Montano, que formaram a seita dos Montanistas. A Igreja montanista se espalhou pela Ásia Menor, chegou a Roma e ao norte da África. Seu adepto mais famoso foi, sem dúvida, Tertuliano – o maior teólogo de então.

O papa Eleutério sobe ao poder em 175. Eleutério resolveu a questão de origem judaica, sobre a distinção entre alimentos puros e impuros, libertando os cristãos de restrições alimentares. Quando morre, em 189, Vitor I assume. Vítor I estabeleceu que qualquer tipo de água, quer seja de um rio, mar ou outras fontes, pode ser utilizada no baptismo, no caso de faltar água benta (e começam as acoxambrações da ritualística). Outra contribuição na absorção das crenças alheias foi o estabelecimento do domingo (Dia do Sol, em substituição do sábado) como dia sagrado, copiando os costumes pagãos para anexar suas culturas mais facilmente. Ele também decide fazer as missas em latim ao invés de grego, para popularizar a religião em Roma. Foi substituído por são Zeferino (que introduziu o uso da patena e do cálice de cristal) e em 217 entra São Calixto I. São Calixto era tão picareta que Hipólito, o outro candidato ao papado, se proclama o primeiro Antipapa para combater seus abusos (e fica com a Igreja dividida por 20 anos). Calixto é morto em uma revolta popular que se originou nos próprios fiéis cristãos, tamanhos os desmandos que ele cometeu e é substituído por Urbano I.

Urbano I pegou uma época tranquila, coincidindo com a benevolência do Imperador Alexandre Severo, então passou mais do seu tempo discutindo filosofia com o antipapa do que temendo os romanos. Ponciano tornou-se papa em 230 e deu continuidade pelas brigas filosóficas com o antipapa Hipólito. O que foi uma tremenda burrice, porque eles haviam se acostumado com a moleza de Alexandre e baixaram a guarda…

Quando Maximino Trácio tornou-se imperador de Roma em 235, a primeira coisa que fez foi acabar com as briguinhas entre papas e antipapas e mandar todo mundo para as minas de trabalhos forçados na Sardenha. Ali morreram tanto o papa Ponciano quanto o antipapa Hipólito.
Antero, o décimo-nono papa, ficou pouco mais do que um mês com o poder e O Imperador fez com que se juntasse a seus amiguinhos nas minas de trabalho forçado. O papa seguinte foi um tal de Fabiano I.

Conta-nos Eusébio de Cesaréia que a eleição de Fabiano foi maravilhosa. Voltava ele de fora de Roma, com alguns amigos, quando a assembléia dos Cristãos deliberava sobre a sucessão do papa São Antero. Estavam divididos os votos e não se chegava a um acordo. Foi quando uma pomba branca, vinda não se sabe de onde, pousou sobre a cabeça do admirado Fabiano, que mais admirado ficou, quando, por unanimidade, os Cristãos romanos o apontaram como novo pontífice. Foi obrigado a obedecer. Recebeu ordens sagradas e tornou-se sucessor de São Pedro. Fabiano teve muita sorte, além da pomba… seu papado coincide com as mais sangrentas disputas pelo trono de Roma, e os Imperadores passavam mais tempo protegendo o próprio rabo do que perseguindo os cristãos. Ele sobreviveu a Maximiniano, os dois Górdianos, Pupiero, Balbino, Filipe (o árabe) e Décio.

Fabiano havia batizado o imperador Filipe, o que deu aos cristitas a esperança de uma Roma segura para os cristãos… mas quando o Imperador Décio tomou o poder, a primeira coisa que fez foi picar o papa em pedacinhos e mandá-lo para os leões, só para não perder o costume.

Cornélius I sentou-se no papado por menos de 3 anos. Para variar, a disputa pelo poder da Igreja fez com que o outro candidato, Novaciano, se declarasse papa também (anti-papa na terminologia técnica). Com o poder dividido (de novo), o novo Imperador Treboniano Galo, assim que pega o poder em Roma, manda os dois “papas” brigarem nas minas de trabalhos forçados de Civitavecchia, ondem morrem, para não perder o costume…

O 22º papa, Lucio I, durou cerca de 8 meses no poder. O período do Imperador Valeriano I (253-260) foi um dos mais terríveis para os cristãos (e um dos mais prósperos para os vendedores de pipoca do coliseu). Neste período, mais de 900 cristãos serviram de atração enfrentando gladiadores e leões. Além das perseguições, o papa teve de lidar com os hereges da seita Novaciana (discípulos de Novaciano)

Uma das coisas importantes que devem ficar bem claras é que os mártires acreditavam na REENCARNAÇÃO, de maneira muito semelhante aos kardecistas e espíritas dos dias de hoje. Por esta razão deixavam-se martirizar com tamanho afinco. Eles diziam que não importava quantas vezes os romanos os sacrificassem, eles retornariam para continuar pregando. Mais tarde, quando a ICAR absorveu esse “bônus” de 400 anos no catolicismo, ela “transformou” esses mártires em santos e defensores do catolicismo.

Os papas Estevão I e Sisto II passaram praticamente seus mandatos enfrentando os Novacianos e os romanos e não tiveram tempo hábil para organizar outros projetos.

Somente o 25º papa, São Dionísio, teve um respiro, pois seu papado coincide com os bárbaros tocando o terror no Império romano e os Imperadores mais preocupados com o Asterix e seus gauleses do que com festividades à base de alimentar leões com cristãos. Nos seus quase dez anos de papado, Dionísio conseguiu reorganizar os fiéis em Roma, derrotar os Novacianos e morrer em paz de morte natural, em 268. Note-se o total paganismo no nome do papa.

Felix I, o papa com o mesmo nome do gato do desenho animado, voltou a ter problemas com o Imperador. Juntou-se aos fiéis nas catacumbas, para escapar à perseguição do Imperador Aureliano. Iniciou o sepultamento dos mártires sob o altar e a celebração da missa sobre seu túmulos. Segundo a tradição, o papa de número 26 teria morrido martirizado em 30 de dezembro de 274.

O Papa Eutiquiano, próximo da fila, nasceu em Luni. Foi eleito em 4 de janeiro de 275, governou a Igreja durante oito anos. Ordenou que os mártires fossem cobertos pela “dalmática”, (o manto dos Imperadores Romanos), hoje vestimentas dos diáconos nas cerimônias solenes. Instituiu a benção da colheita nos campos, que é originalmente uma tradição celta e pagã. Ao invés do sexo ritualístico, foi instituída uma missa, trocando o pênis pelo hissope (nome do instrumento que é usado para aspergir água benta) e o sêmen pela água.

Caio I, que reinou de 283 a 296, foi um dos idealizadores do dízimo. Para tentar fazer média com o Imperador, foi o primeiro Papa a conseguir reunir emissários imperiais e fiéis em meio a uma acalorada discussão sobre a legitimidade de se cobrar tributos sobre os cristãos que conseguiu angariar algum tipo de simpatia do poder de Roma.

Tanto Caio I quanto seu sucessor, o papa Marcelino, sofreram perseguições do Imperador e ameaça de divisão da religião, desta vez pelos Donatistas (movimento que surgiu em 304 e condenada qualquer sagração feita por bispos corruptos. Afirmavam que a validade dos sacramentos dependia do mérito daquele que o administrava). Venceu a hipocrisia e Roma decidiu que não importa se o padre seja um pedófilo ou corrupto, seu sacramento continua valendo aos olhos da Igreja.
Marcelo I, meu xará, foi escolhido em 308 e martirizado menos de um ano depois. Decidiu que nenhum concílio poderia ser realizado sem sua presença. Tanto Eusébio (309-310) quanto Melquíades (311-314) tiveram poucos problemas com os Imperadores, pois este período foi marcado por grandes guerras na Europa, Inglaterra e Hispania, contra os celtas e gauleses, o que fez com que os cultos cristãos tivessem relativa paz para se tornarem cada vez mais populares.

Constanino, o marketeiro

O fato de Constantino (272-337) ser um imperador de legitimidade duvidosa foi algo que sempre influiu nas suas preocupações religiosas e ideológicas: enquanto esteve diretamente ligado à Maximiano, ele apresentou-se como o protegido de Hércules, Deus que havia sido apresentado como padroeiro de Maximiano na primeira Tetrarquia; ao romper com seu sogro e eliminá-lo, Constantino passou a colocar-se sob a proteção da divindade padroeira dos imperadores-soldados do século anterior, Deus Sol Invicto.

Constantino acabou, no entanto, por entrar na História como primeiro imperador romano a professar o cristianismo, na seqüência da sua vitória sobre Maxêncio na Batalha da Ponte Mílvio, em 28 de outubro de 312, perto de Roma, que ele mais tarde atribuiu ao Deus cristão: segundo a tradição, na noite anterior à batalha sonhou com uma cruz brilhante nos céus, e nela estava escrito em latim “In hoc signo vinces” (“sob este símbolo vencerás”), e de manhã, um pouco antes da batalha, mandou que pintassem uma cruz nos escudos dos soldados e conseguiu um vitória esmagadora sobre o inimigo.

Claro que isso foi uma pilantragem, para assegurar a simpatia dos cristãos. Assim como o Vidente Juscelino, Constantino comentou sobre suas visões DEPOIS que a batalha foi vencida.

Em 313, o Édito de Milão faz com que os cristãos tivessem legitimidade em Roma e os coloca em pé de igualdade com o Paganismo e com o Mithraísmo. Porém, como eram extremamente numerosos, o Imperador pretendia usá-los como massa de manobra para se legitimar no poder. Vale lembrar que Constantino NUNCA se converteu a nada, mantendo seu status de “Sumo Pontífice” até o dia de sua morte.

O próximo passo no circo foi o de inventar que Helena (mãe de Constantino) havia ido até Jerusalém e encontrado pedaços da Vera Cruz (a cuz onde o Jesus teria sido crucificado). Sobre o local, manda erigir a “Igreja do Santo Sepulcro” e a faz local de peregrinações.

Em 325, ocorre o famigerado Concílio de Nicéia, onde Constantino reune-se com 318 bispos (historiadores dizem que este número pode ter sido modificado para se ajustar com o número de criados de Abraão em genesis 14:14. É daqui que vem o número 318 que a Igreja Universal usa tanto em suas propagandas) e decide “colocar ordem no galinheiro”. A quantidade de seitas, heresias, divagações e subgrupos cristãos existentes beirava uma centena, com diversos escritos de discípulos de Yeshua.

Constantino precisava de um Jesus que agradasse aos romanos, aos membros do senado e aos pagãos que seriam em breve forçados a se converter. Lembram-se que explicamos que Yeshua era um revolucionário judeu que lutava CONTRA o Império Romano e foi crucificado por ordem do governador romano? Seria quase o mesmo que tentar angariar votos para Barak Obama usando como plataforma “o homem que adora Che Guevara”. Constantino precisava de um jesus que fosse palatável aos olhos dos cidadãos romanos.

Para tanto, reuniu todas as escrituras que haviam disponíveis e acabou se decidindo por todos os textos que o aproximavam de um “deus-solar”, como Apolo ou Mithra, muito mais agradáveis do que um “messias humano iniciado nos segredos do oriente que trouxe a busca pelo autoconhecimento”. O papa Silvestre I (de onde vem o nome da corrida de São Silvestre) não assistiu a nenhum dos Concílios, tendo de aceitar o que foi decidido. A partir de então, a Igreja recebe um NOME: Igreja Católica (católica quer dizer “universal”), Apostólica (fundamentada na doutrina dos apóstolos) Romana (porque sua sede ficará em Roma), ou a famigerada ICAR.

O papa Marcos I, que coordenou a reforma e os primeiros anos da nova Igreja “oficial”, começou a compilar a lista dos bispos e mártires, trabalhando para adaptar as necessidades históricas aos interesses do Imperador. Julio I fixa a data do “nascimento de Jesus” no dia 25 de Dezembro…

Com a morte de Constantino, seu poder se divide e surgem as Igrejas do Oriente (com sede em Constantinopla) e do Ocidente (com sede em Roma). Os cristãos que não ficaram satisfeitos com a pilantragem do Imperador começam a ser perseguidos como hereges, juntamente com os judeus, que começam a ganhar (má) fama como “o povo que matou jesus”.

#ICAR

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/32-papas-e-uma-garrafa-de-rum-parte-ii

Santo Daime e Ayahuasca

Por Acid Zero.

Antes de mais nada, “Santo Daime” é o nome de uma doutrina da linha do Mestre Irineu que, segundo eles, faz “uso ritual das plantas expansoras de consciências dentro de um contexto apropriado”. Foi a doutrina que se tornou mais popular no Brasil, e por isso a bebida que eles fazem uso (Ayahuasca), rebatizada por eles de Santo Daime, acabou se tornando sinônimo de Ayahuasca para a maioria leiga (eu incluso), assim como Gillette se tornou sinônimo de lâmina de barbear. Mas chamar a bebida de “Santo Daime” dentro de outras doutrinas que fazem uso da Ayahuasca é como visitar a fábrica da Assolan e chamar de Bombril as esponjas de aço deles… Entretanto, o título do post continua, por uma questão de melhor identificação pra quem busca informações.

INTRODUÇÃO

Certa vez fui convidado a assistir a uma palestra da União do Vegetal (UDV), para escolher se tomaria ou não a Ayahuasca. Foi uma explanação interessante, onde era dito que o chá não criava dependência, não era droga, buscava a evolução espiritual, e tal… Saí de lá confuso, afinal, qualquer coisa que eu tome para deliberadamente alterar minha consciência pra mim é droga. Seja um sonífero, aspirina ou cocaína, estarei brincando perigosamente com meu cérebro.

Resolvi decidir só após consultar Oráculo. Ela não disse pra eu ir ou não ir, mas foi taxativa: aquilo é droga, assim como maconha. Falou pra eu estudar sobre os princípios ativos, e que a maioria das experiências que as pessoas têm lá são alucinações.

Acabei não indo, afinal não tenho a MENOR curiosidade em experimentar drogas alucinógenas. Alguns parentes foram, tiveram experiências boas, outras ruins, e logo deixaram de freqüentar. Pra mim não é através de experiências alucinógenas que uma pessoa alcança a iluminação. Jesus, pelo que se sabe, não usou drogas (e muito menos recomendou-as). Buda também não. Gandhi e Sócrates também não… Ao contrário, participaram ativamente de sua REALIDADE, procurando modificá-la através do Amor, do bom-senso, da responsabilidade para com o mundo e com as pessoas, e principalmente das AÇÕES.

A BEBIDA

A Ayahuasca (Vegetal, Uasca ou Santo Daime) é uma mistura de duas plantas (Cipó Mariri e Chacrona) que, após cozidas, resultam num chá de gosto amargo e alucinógeno, que normalmente evoca visões e imagens religiosas (a chamada “miração”), costumando por vezes provocar vômitos ou diarréia em quem toma (por isso os locais onde a beberagem é consumida são equipados de algum tipo de “vomitório”, e recomenda-se comer pouco nos 3 dias anteriores).

O RITUAL

O Santo Daime preserva o caráter sagrado da festa e da dança, oriundo do catolicismo popular. Convivem no seu panteão mítico Deus, Jesus, a Virgem Maria, os santos católicos, entidades originárias do universo afro-brasileiro e seres da natureza. Também são louvadas as figuras do Mestre Irineu, identificado com Jesus Cristo, e do Padrinho Sebastião, “encarnação de São João Batista” — de onde são derivadas algumas concepções messiânicas e apocalípticas. Do espiritismo kardecista são reelaboradas noções como as de karma e reencarnação. Os indivíduos possuem dentro de si elementos de uma “memória divina”; ao mesmo tempo, podem, através do próprio comportamento, alterar seu karma, “evoluindo espiritualmente” em direção a sua “salvação”. Em consonância com os sistemas xamânicos, verifica-se a existência de uma “guerra mística” entre os homens e os seres espirituais. Os daimistas são concebidos como os “soldados do Exército de Juramidam”, empenhados numa “batalha astral para doutrinar os espíritos sem luz”. Todo o ritual está permeado por um espírito militar com ênfase na ordem, na disciplina.

Na união do Vegetal (UDV) a cerimônia costuma ter a duração de quatro horas e são dirigidas ou pelo Mestre ou por quem tenha ele designado. A presença do Mestre ou do seu delegado é imprescindível para garantir a necessária concentração e o alto nível do ritual. Após terem bebido a Oaska, os participantes da sessão permanecem sentados até o fim da cerimônia. O Mestre faz então as “chamadas” (cantos iniciáticos) de abertura e inicia a doutrinação espiritual, na qual se pode intercalar alguma peça musical, para criar um clima propício a ter boas “mirações”. Nessa ocasião os discípulos têm a oportunidade de ouvir aquilo que eles mais precisam de ouvir, pois o Mestre atua como canal de ligação com a “Força Superior”, da qual provêm todos os ensinamentos espirituais. Encerrada a doutrinação, os participantes têm a oportunidade de se expressar e fazer perguntas ao Mestre. Chegada a hora de encerramento, o Mestre entoa as “chamadas” finais e dá por finda a sessão.

Já no Daime eles acrescentam a isso trabalhos espirituais de concentração (com períodos de meditação) ou bailado (execução de uma coreografia simples), podendo chegar a produzir um verdadeiro êxtase coletivo. Há também trabalhos de missa (para os mortos) e rituais de fardamento (momento em que o indivíduo adere oficialmente ao grupo, passando a usar suas vestimentas). Recentemente, vem ganhando força alguns ritos onde ocorre incorporação de espíritos, produto das influências crescentes da umbanda nesta instituição.

OS EFEITOS

O efeito alucinógeno do chá, embalado pelo ritual e egrégora do local, produzem as “mirações”, imagens contempladas durante a “burracheira” (efeito da bebida) que podem se manifestar de formas variadas: ora são duradouras, ora fugazes; ora nítidas, ora dotadas de tênues contornos; ora de aparência assustadora, ora de grande beleza. Muitas vezes as mirações revelam fatos do passado, às vezes de um passado anterior à atual encarnação. E, segundo eles, até mesmo o futuro pode ser revelado. Na verdade, as mirações constituem recursos de ilustração utilizados pela burracheira para revelar ensinamentos e o estado de espírito de cada um. Em todas é possível encontrar um significado; todas pedem uma decifração. Mas a forma pela qual elas revelam seus conteúdos é também extremamente variável: às vezes são bastante claras e diretas; outras vezes são enigmáticas e oraculares. Por este motivo, os discípulos podem precisar do auxílio do Mestre para conseguir compreender o seu significado.

Algumas vezes pode ocorrer, associada a limpeza (vômitos), uma experiência de intenso sofrimento, que os daimistas chamam de “peia”, ou “surra do Daime”. A peia está associada também a outros processos fisiológicos incômodos ou aparece, ainda, sob forma de pensamentos ou sensações. Apesar de extremamente desagradável — incluindo visões aterradoras de monstros, vermes, trevas, sensação de morte ou medo intenso, enfim, toda classe de tormentos conhecidos ou não — a peia produziria efeitos benéficos, didáticos e transformadores.

Os defensores da planta dizem que ela provoca uma limpeza física ou energética do canal ou instrumento que a usa, “pois luz não habita em templo sujo”. Então, se você estiver com problemas, numa baixa vibração, ou tiver ingerido carne ou comida pesada, vai vomitar copiosamente, ter diarréia de se acabar, ficar enjoado, etc. Só que qualquer pessoa com um mínimo de conhecimento de biologia sabe porque o organismo expulsa e rejeita certas substâncias estranhas, quando ingeridas…

Existem denúncias de que o uso deste chá faz mal, a longo prazo, tendo como um dos efeitos adversos o eventual retorno da “miração” nas horas mais inadequadas, e os mais puristas até alegam que o chá apresenta riscos para a tela búdica dos usuários, ou seja, poderia fazer mal até nas próximas encarnações. Nada disso, entretanto, está confirmado, assim como não se dispõe de estudos científicos sobre os efeitos à longo prazo da ingestão do Daime.

O chá contém dois alcalóides potentes: a harmalina, no cipó, e a dimetiltriptamina (DMT), que vem da chacrona. O DMT é uma substância controlada e foi proscrita para uso humano pelo Escritório Internacional de Controle de Narcóticos, órgão da ONU encarregado de estudar substâncias químicas e aconselhar os países membros quanto à sua regulamentação. O governo dos EUA afirma que seu uso é perigoso mesmo sob supervisão médica, e seu uso é proibido em países que possuem legislação anti-drogas, mas recentemente os EUA liberaram o uso APENAS para uma pequena seita brasileira em território americano, enquanto no Brasil ele é liberado para uso religioso. Advogados da União do Vegetal (UDV) dizem que especialistas atestaram que o chá é inofensivo, mas o CONAD (Conselho Nacional Antidrogas) em seu parecer não fala nada sobre ser inofensivo, e libera apenas seu uso terapêutico, em caráter experimental, e que o “controle administrativo e social do uso religioso da ayahuasca somente poderá se estruturar, adequadamente, com o concurso do saber detido pelos grupos de usuários”. Lembrando que o LSD também já foi permitido legalmente, e que no Canadá a maconha é liberada para uso terapêutico também… o problema não são as drogas, mas o uso que se faz delas…

No site do IPPB, vemos no artigo do Dr. Luiz Otávio Zahar que explica que “a DMT (dimetiltriptamina) é naturalmente excretada pela glândula pineal, e que desempenha um papel no processo de sonhar e possivelmente nas experiências próximas à morte e em outros estados místicos. A mistura das duas plantas potencializa a ação das substâncias ativas, pois o DMT é oxidado pela enzima Monoaminoxidase (MAO), a qual está inibida pela harmina, acarretando um aumento nos níveis de serotonina, o que causa impulsão motora para o sistema límbico no sentido de aumentar a sensação de bem-estar do indivíduo, criando condições de felicidade, contentamento, bom apetite, impulso sexual, equilíbrio psicomotor e alucinações.”

Ou seja, você está ingerindo uma dose cavalar de uma substância que deveria ser naturalmente produzida pelo corpo, afetando uma parte importantíssima como o cérebro.

Lázaro Freire, da lista exotérica Voadores, explica o processo:
Há uma aceleração vibracional desordenada, onde cada chakra entra num estado vibracional de freqüência diferente. Não sei se isso é bom ou mal, se vale a pena ou não (essa resposta depende de cada um, e do que conseguirá com o processo), mas me parece um método estranho que, alterando as freqüências vibracionais / conscienciais das (áreas) corpóreas e cerebrais, só pode mesmo levar a uma saída (expulsão) do corpo físico. Além do mais, encontrei exatamente o que imaginava encontrar, do lado de lá; com detalhes de controle, e influências tanto projetivas reais quanto oníricas aceleradas pelo uso do FORTÍSSIMO alucinógeno.

A ORIGEM

A ingestão ritual de Ayahuasca por parcelas da população urbana inicia-se no Brasil, na década de 30, em Rio Branco, Acre, com o culto ao Santo Daime, sistematizado por Raimundo Irineu Serra, que atribuiu à Ayahuasca a denominação “Santo Daime” e fundou o “Centro de Iluminação Cristã Luz Universal – CICLU Alto Santo”. No final da década de 60, em Porto Velho, Rondônia, José Gabriel da Costa organizou outro grupo ayahuasquero, denominando-o “União do Vegetal” (UDV), visto que nele a Ayahuasca é chamada de “Vegetal”. O processo de divergências e de desdobramentos dos núcleos originais propiciaram a expansão das religiões ayahuasqueras por grande parte do território nacional e mesmo pelo exterior.

As religiões ayahuasqueras estão atualmente divididas em três “linhas”:
Uma, a do Mestre Irineu, fundador da seita. Não admitem incorporação, praticando estritamente o xamanismo, e não aderem e nem mesmo toleram o uso de outros psicoativos que não a Ayahuasca.
Outra, do Mestre Gabriel (União do Vegetal).
Outra ainda, a do Padrinho Sebastião Mota, do CEFLURIS (dissidência do CICLU). Esse grupo atraiu acadêmicos, jornalistas, artistas, estudantes e diferentes categorias de profissionais liberais empenhados em torná-lo objeto de estudo, notícia ou modo de vida. Algumas conseqüências decorreram dessa aliança, entre elas a adoção (não endossada pelo CEFLURIS) de muitos dos costumes e crenças dos jovens urbanos, a exemplo do controvertido uso “ritual” da Cannabis sativa (Maconha, que é chamada por esses usuários de “Santa Maria”) e Cocaína (conhecida por “Santa Clara”). Emiliano Dias Linhares, conhecido como “Gideon Lakota” (do CICLU), fez denúncias graves contra o CEFLURIS neste vídeo, em que acusa a seita de ser ponto de distribuição de drogas ilícitas.

Entretanto, é enorme o número de depoimentos de pessoas que faziam uso de álcool e drogas pesadas, foram atraídas a um desses grupos e ficaram curadas. Mas não sabemos o número de pessoas que continuam dependentes, por isso fica aqui o alerta aos pais: se seu filho(a) enveredar em qualquer um desses grupos, procure ir com ele, mesmo que não beba o chá. Procure conhecer as práticas, e principalmente os freqüentadores destes locais. Um grupo que se reúne regularmente pra tomar alucinógenos, mesmo que em uso ritual e por motivos nobres, por melhor que seja a orientação espiritual da casa, pode acabar atraindo pessoas interessadas APENAS na bebida e seus efeitos, sem nenhum comprometimento espiritual nem interesse em desenvolver-se no autoconhecimento. Pra ilustrar o que estou falando, entre no Orkut e digite “Ayahuasca”. A primeira comunidade que aparece, com o maior número de pessoas, é “Ayahuasca sem dogmas” que, pelas opiniões expostas, procura deslocar a bebida de seu contexto religioso (o que agride frontalmente a liberação do CONAD, baseada no relatório final do GMT), com pessoas oferecendo o chá a quem quiser. O problema não é a doutrina, são as pessoas que se acercam da doutrina com interesses outros, SEM PREPARO, SEM SUPERVISÃO, verdadeiros irresponsáveis que podem acabar influenciando pessoas para o uso de drogas mais pesadas. Tanto isso é verdade que, mesmo na linha de Irineu, que é rígida e não permite quaisquer outras drogas, soube-se que já teve membros presos no exterior por tráfico de drogas.

Lázaro explica os perigos:

No contexto xamânico de vários povos as ervas são usadas em eventos com conotação espiritual, visando uma determinada iniciação dentro daquele nível. Já no contexto urbano, pode ser usado como fuga da realidade. Conheço vários casos assim: as pessoas usavam porque não aguentavam conviver com um nível de realidade duro como a vida física na Terra. A substância acelera o acesso ao inconsciente, com tudo de bom ou de doentio que estiver ali. Pode ser interessante para alguns, sagrado para outros. Mas como tudo que tira a consciência do normal, e/ou altera abruptamente os estados cerebrais, tem seus preços. Neurológicos e, principalmente, psicológicos.
A mente tende sempre à compensação. O uso excessivo de Prozac, por exemplo, leva a pessoa à depressão. Café demais excita, e quando passa o efeito você se sente cansado. Cocaína deixa a pessoa entusiasmada, mas a compensação disso a faz insegura quando não usa a substância. TUDO na mente humana é assim, e o preço do acesso “espiritual” do daime é CARÍSSIMO, em termos psicológicos posteriores. A não ser, claro, que a pessoa tome mais, para ter de novo o acesso e miração, e assim sucessivamente. Dependência psicológica. E depois, sem o “espiritual” miraculoso, a vida “comum” passa a ser mais e mais vulgar. E começa tudo outra vez. Com o agravante de que até mesmo as formas de contato espiritual parecerão fúteis, afinal, como comparar com o barato do Daime? Então, essa é uma droga que rouba do dependente até mesmo o seu direito à conexão espiritual…

#ayahuasca #santodaime

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/santo-daime-e-ayahuasca

Merlin, José de Arimatéia e o bardo Taliesin

Publicado no S&H 27/3/09.

Dando continuidade aos posts a respeito da lenda do Rei Arthur, já falamos anteriormente sobre a água (o Santo Graal) e o ar (Excalibur). Hoje falaremos de outro elemento extremamente importante nas lendas Arthurianas, o Fogo, presente nas alegorias envolvendo a lança Longinus e o Cajado de Merlin.
Fiz a Árvore Genealógica de Yeshua até Arthur.

A história de Merlin começa com ninguém menos do que José de Arimatéia, ou Yossef Rama-Thea. José de Arimatéia aparece nos quatro Evangelhos, que o mencionam no contexto da Paixão e da morte de Cristo. Era oriundo de Arimatéia (Armathahim, em hebreu), um povoado de Judá — a atual Rentis — situado a 10 km a nordeste de Lida, que por sua vez é o provável lugar de nascimento de Samuel (1Sam. 1,1). Homem rico (Mt. 25,57) e membro ilustre do Sinédrio (Mc. 15,43; Lc. 23,50), José tinha em Jerusalém um sepulcro novo, cavado na rocha, próximo do Gólgota. Era discípulo de Jesus, mas mantinha isso em segredo, tal como Nicodemos, por temor às autoridades judaicas (João 15,38).

Lucas afirma que ele esperava o Reino de Deus e que não tinha concordado com o Sinédrio na condenação de Jesus (Lc. 23,51). Nos momentos cruéis da crucificação não teme expor-se e pede a Pilatos o corpo de Jesus (o apócrifo “Evangelho de Pedro”, do século II, diz que esse pedido foi feito antes da crucificação. [2,1; 6,23-24]). Uma vez concedida a permissão pelo governador, José desprega o crucificado, envolve-o num lençol limpo e, com a ajuda de Nicodemos, deposita Jesus no sepulcro de sua propriedade, que ninguém antes havia utilizado. Depois de fechá-lo com uma grande pedra (Mt. 27,57-60, Mc. 15,42-46, Lc. 23,50-53 e João 19,38-42), foram embora. Até aqui, os dados históricos/bíblicos.

A partir do século IV começaram a aparecer tradições essênias envolvendo a figura de José. Em um texto apócrifo do século IV — as “Atas de Pilatos”, também chamadas de “Evangelho de Nicodemos” — narra que os judeus reprovaram o comportamento de José e de Nicodemos em favor de Jesus, e que por isso José foi mandado para a prisão. Libertado milagrosamente, aparece primeiro em Arimatéia e de lá se dirige a Jerusalém, onde conta como foi libertado por Jesus. Mais impressionante ainda é a obra “Vindicta Salvatoris” (“A vingança do Salvador”, também provavelmente do século IV), que teve grande difusão na Inglaterra e na Aquitânia. O livro narra a marcha de Tito à frente das suas legiões para vingar a morte de Cristo. Ao conquistar Jerusalém encontra José preso numa torre, onde fora posto para morrer de fome, mas que sobrevivera graças a um alimento celestial.

Na França e nas Ilhas Britânicas, a lenda sobre José de Arimatéia foi ganhando novos e coloridos detalhes ao longo dos séculos XI a XIII, inserindo-se no ciclo do Santo Graal e do Rei Arthur. Segundo uma dessas lendas, José lavou o corpo de Cristo, recolheu a água e o sangue num recipiente e depois dividiu o conteúdo com Nicodemos. Outras lendas dizem que José, levando consigo esse relicário, evangelizou a França (segundo alguns relatos, desembarcou em Marselha junto com Marta, Maria Madalena e Lázaro), a Espanha (onde foi sagrado bispo por São Tiago), a Inglaterra e Portugal. Na Inglaterra, a figura de José tornou-se muito popular: a lenda atribui a ele a fundação da primeira Igreja em solo britânico, em Glastonbury Tor.
Nesse lugar, o cajado de José teria lançado raízes e florescido enquanto ele dormia. A Abadia de Glastonbury converteu se, então, em um importante lugar de peregrinação até a sua dissolução pela Reforma Protestante em 1539. Na França, uma lenda do século IX refere que, nos tempos de Carlos Magno, o Patriarca de Jerusalém Fortunato fugiu para o Ocidente, levando os ossos de José de Arimatéia, e ingressou no mosteiro templário de Moyenmoutier, do qual chegou a ser abade.

Da história de José de Arimatéia começa a linhagem dos Reis do Graal.
Segundo a lenda, José de Arimatéia casou-se com uma sacerdotisa chamada Ayuba (ou Elyab em alguns textos) e tiveram dois filhos: Anna, a profetisa de Arimatéia e Joshua, além de Josefes de Arimatéia, o primeiro Rei do Graal (que, adivinhem? é muito provavelmente o filho de Yeshua e Maria Madalena).
Josefes tornou-se o primeiro protetor do Graal. Seu filho, Alain “Le Gros” (construtor do Castelo de Corbenic e casado com uma rainha celta chamada Elis), tiveram um filho, Joshua (considerado o terceiro rei do Graal).
A linhagem segue através de casamentos reais:
– Alphanye, 4º Rei do Graal
– Aminadab
– Cathaloys, o 6º Rei do Graal, fundador da Ordem religiosa de Castellor, em 200 DC.
– Emmanuel
– Titurel, que fundou a Ordem Militar do Graal, por volta de 250 DC
– Boaz (ou Anfortas), que ficou conhecido como Rei-Pescador. Sua lenda mescla-se com a do próprio Jesus, dizendo que foi ferido por uma lança e foi levado á presença do Graal, enquanto aguardava o Verdadeiro Buscador (Percival) que faria a pergunta correta e conseguiria curá-lo.

Por quê “Rei Pescador” ?
Está fortemente ligado ao Cristianismo, como símbolo de Jesus Cristo. A palavra “peixe” em grego é ichthys. É interpretada como um acróstico (vocábulo com letras iniciais da frase) de: Iesoûs Christòs Theoû Hyiòs Soter cujo significado é: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador.
Nos primeiros anos do Cristianismo quando os imperadores romanos proibiam a adoração de Jesus os devotos se identificavam tendo a figura de um peixe pintada na palma das mãos.
Então, os Reis Graal e Reis Pescadores eram códigos usados para indicar a linhagem dos Rex Dei (ou Linhagem do Rei Salomão).

– Frotmund – nascida durante o século VI, ficou conhecido como a Princesa do Graal e, com sua morte, o reinado passou para as mãos dos reinos Francos através de seu marido, Marcomir ex Sicamber.
Frotmund teve dois filhos: Faramund, que falaremos mais adiante, e Vivianne de Acqua, rainha de Avallon (que mais tarde seria a base da personagem “Dama do Lago”).
Na linhagem sagrada, os descendentes homens ficaram conhecidos como “Reis Pescadores” e as descendentes mulheres como “Senhoras do Lago”. A descendência das Damas do lago era tão importante que, quando o rei Kenneth McAlpin uniu scotos e pictos em 844, ele fez questão que marcassem nos documentos oficiais que ele pertencia à “Linhagem de Avalon”
Vivianne foi casada com ninguém menos do que TALIESIN, o bardo. Falaremos mais sobre ele mais para a frente, visto que a história de Taliesin e Vivienne foi recontada mais tarde na forma de Merlin e Vivienne e que o bardo foi uma das bases para a criação do personagem Merlin no século XI-XII.

Faramund – filho de Frotmund, ficou conhecido como o “rei dos Francos” e viveu entre 419-430. O filho de Faramund ficou conhecido como Clódio (“aquele de cabelos compridos”). Clódio teve um filho chamado Meroveu, fundador da dinastia dos Merovíngios. Os cabelos compridos eram um costume Essênio, usado até os dias de hoje.

O terceiro filho de Frotmund foi Mazadan, eleito como 11º Rei do Graal e já falaremos sobre esta linhagem.

Os Merovíngios
Os merovíngios foram uma dinastia franca saliana que governou os francos numa região correspondente, grosso modo, à antiga Gália da metade do século V à metade do século VIII. No último século de domínio merovíngio, a dinastia foi progressivamente empurrada para uma função meramente cerimonial. O domínio merovíngio foi encerrado por um golpe de Estado em 751 quando Pepino o Breve formalmente depôs Childerico III, dando início à dinastia Carolíngia.
Eles eram citados às vezes por seus contemporâneos como os “reis de cabelos longos” (em latim reges criniti), por não cortarem simbolicamente os cabelos (tradicionalmente, os líderes tribais dos francos exibiam seus longos cabelos como distinção dos cabelos curtos dos romanos e do clero). O termo “merovíngio” deriva do latim medieval Merovingi ou Merohingi (“filhos de Meroveu”),

E quem foi Meroveu?
Meroveu é o lendário fundador da dinastia merovíngia de reis francos. Ele foi rei dos francos salianos nos anos depois de 450. Sobre ele não existem registros contemporâneos e há pouca informação nas histórias posteriores dos francos. Gregório de Tours registra que possivelmente ele tenha sido filho de Clódio. Ele liderou os francos na Batalha de Chalons (ou Batalha dos Campos Cataláunicos) em 451. Sua história conta que ele era filho de um Quintauro, um monstro-peixe capaz de assumir a forma humana. Meroveu também era chamado de Rei-Peixe ou Rei-Pescador. Como os céticos são incapazes de entender metáforas e analogias, os historiadores ortodoxos levam estas citações ao pé da letra e consideram que “rei peixe = mitologia de monstro do mar”, mas parece óbvio que esta metáfora nos leva diretamente à linhagem sagrada. Esta versão foi exaustivamente pesquisada pelos historiadores Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln e depois usada como pano de fundo pelo Dan Brown no best seller Código Davinci. Mas como vimos aqui, esta história de “descendentes de Jesus” possui mais de 1.000 anos de idade.

A Dinastia dos Merovíngios vai até Childerico III, chamado de “rei-fantasma”, décimo-quarto e último rei de todos os francos da dinastia merovíngia.
Ele não tomou parte nos assuntos públicos, que eram dirigidos, como antes, pelos prefeitos do palácio. Quando, em 747, Carlomano se retirou para um monastério, Pepino resolveu tomar a coroa real para si. Pepino, o breve, enviou cartas ao Papa Zacarias perguntando se o título de rei pertencia a quem exercia o poder ou a alguém com linhagem real. O papa respondeu que quem detivesse o poder de facto deveria também ter o título de rei. Em 751, Childerico foi destronado e teve os cabelos cortados, deposit et detonsit, sob as ordens do sucessor de Zacarias, o Papa Estêvão II, porque, de acordo com Einhard, quia non erat utilis, “ele não era útil”. Seus longos cabelos eram o símbolo de sua dinastia sagrada e assim de seus direitos reais (alguns dizem poderes mágicos) e, pelo corte deles, foram-lhe retiradas todas suas prerrogativas reais.
Agora releiam meus posts sobre a história dos papas para verificarem o contexto histórico deste encontro entre a Igreja do Vaticano e a Linhagem Sagrada.

Voltando à Linhagem dos Grail-Kings
Mazadan casou-se com uma princesa franca e tiveram como filho Lazliez, 12º Rei do Graal. Lazliez teve como sucessor Zamphir (13º), depois Lambor (14º) , Pellam (15º) e finalmente Pelles, do Castelo de Corbenic. Destes, Lambor é um dos mais importantes, pois ele é também pai da rainha Ygleis, que por sua vez foi mãe de Ygerna Del Acqs. Ygerna é a mãe do Rei Arthur real.

Arthur MacAedan of Dalriada
No século VI surge um personagem que se tornaria o protótipo mais conhecido do que seria o “Rei Arthur”. Arthur, filho de Aedan of Dalriada, conhecido como Rei Pendragon em 559 e descendente dos Reis do Graal. Arthur era filho de Ygerna Del Acqs, filha da rainha Vivianne, cujo neto (por parte de sua outra filha, Vivianne II), foi o lendário Lancelot Du Lac.
Ygerna foi considerada a High Queen dos reinos celtas, e sua filha Morgana (Morgaine) foi a sacerdotisa principal de Avalon. Estes foram personagens históricos que deram origem, 500 anos depois aos personagens da história do rei Arthur que conhecemos.
Foi Príncipe de Manann, Rei de Camelot e rei-sacerdote na chamada Távola Redonda (originalmente os círculos de pedra situados próximos a Glastonbury, mas que depois foi cristianizado – falarei sobre isso no próximo post). Morreu em batalha em 582 DC.

Ufa! Quanto nome!
Tem uma lista das dinastias Merovíngias mais organizada AQUI

E uma lista razoavelmente organizada dos Monarcas Britânicos e Reis do Graal AQUI.

Esta lista enorme de Árvores Genealógicas documentadas que vem lá dos tempos do Rei Yeshua e Maria de Magdala é muito importante para a última etapa da nossa matéria, quando fizermos a Associação desta linhagem com a Linhagem de Salomão, através de LANCELOT, que é descrito explicitamente como descendente direto do Rei Salomão nos textos do século XI.

Taliesin
Voltando a José de Arimatéia e Merlin, temos a história do bardo Taliesin.
De acordo com a versão mitológica do nascimento de Taliesin, ele começou a vida como um garoto chamado Gwion Bach, um servo da feiticeira Ceridwen. Ceridwen tinha uma bela filha e um filho horrível chamado Morfran (às vezes Avagddu), cuja aparência não poderia ser curada nem por magia. Sendo assim, ela resolveu dar-lhe o dom da sabedoria em compensação. Usando um caldeirão mágico, Ceridwen cozinhou uma poção que daria inspiração e sabedoria por um ano e um dia. Um homem cego chamado Morda mantinha o fogo sob o caldeirão enquanto Gwion mexia o conteúdo. As três primeiras gotas do líquido davam sabedoria; o resto era um veneno letal.
Três gotinhas quentes espirraram no polegar de Gwion enquanto ele mexia, queimando-o. Instintivamente, o menino levou o dedo à boca e instantaneamente ganhou grande conhecimento e sabedoria. O primeiro pensamento que lhe ocorreu foi que Ceridwen iria ficar muito brava por aquilo. Com medo, ele fugiu, mas logo ouviu da fúria da mulher e o som de sua perseguição.
Enquanto Ceridwen perseguia Gwion, ele se transformou numa lebre. Em resposta, ela virou uma raposa. Ele então virou um peixe e pulou num rio e ela transformou-se numa lontra. Ele se tranformou em um pássaro e ela, em resposta, em um falcão. Finalmente, ele se transformou em um mero grão de milho. Ceridwen virou uma galinha, comeu-o e, ao voltar a sua forma humana, ficou grávida. Resolveu matar a criança assim que nascesse, sabendo que era Gwion, mas o bebê era tão lindo que ela não conseguiu cumprir o que queria. Ao invés disso, jogou-o no mar envolto numa espécie de bolsa de couro. A criança não morreu e foi resgatada por um rei (note a semelhança com a história de Moisés).
A história de Gwion e da poção da sabedoria se parece muito com o conto irlandês de Fionn mac Cumhail e o salmão da sabedoria, indicando que ambas histórias possam ter a mesma fonte – Os Peixes!
Um de seus poemas mais famosos conta como ele nasceu.

Taliesin era descrito com o tradicional cajado e capa dos druidas, que mais tarde seria imortalizado na figura do Merlin das lendas. O Cajado simboliza o elemento fogo. Já comentei várias vezes sobre isto nos posts antigos, sobre a simbologia do Fogo associado ao espírito inspirador dos Deuses, trazido para os mortais por Prometeus, ou Lucifer, e representado pela tocha olímpica e, mais tarde, pelo cajado e lanterna. Taliesin serviu de inspiração para a figura do Eremita (Yod, o Arcano 9 do tarot), cerca de 600 anos antes do surgimento “oficial” do tarot com os Mamelucos.

Semana que vem: Os amantes de Guinevere e a Távola Redonda.

Marcelo Del Debbio

#ReiArthur

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/merlin-jos%C3%A9-de-arimat%C3%A9ia-e-o-bardo-taliesin

Os Quatro Sudários

Este post foi publicado no S&H dia 29/02/2008.

Como esperado, o programa foi bem tumultuado e gerou bastante polêmica. Mas uma coisa é certa: Acho que nunca mais teremos uma oportunidade de ter lado a lado um ocultista, um cético e um pastor evangélico defendendo o mesmo ponto de vista. E que raios de Jesus-cristo-super-explosão-galáctica foi aquela do Padre Quevedo???

O ponto central do programa foi o famoso Sudário de Turim. Todos colocaram várias teorias que aparentemente eram conflitantes, mas que o tio Marcelo irá demonstrar acima de qualquer dúvida razoável que todos os 6 participantes do debate estavam certos (inclusive a “explosão galáctica” do padre Quevedo).

Afinal de contas, quem está ali no sudário?

Para começar, devemos ter em mente que existem QUATRO sudários relacionados com esta história, ao longo do tempo. Vou falar sobre cada um deles e depois traçaremos nossas conclusões:

O Primeiro Sudário, e o único que realmente pode ser chamado de “Sudário”, é um pano com cerca de 60cm de lado, de linho branco, que foi usado para enxugar o sangue no rosto de Yeshua por uma mulher chamada Berenice, enquanto ele caminhava em direção ao calvário. Seu rosto ficou marcado em sangue neste pano e ele ficou de posse dos Essênios e mais tarde passou para a proteção dos Templários. Chamam este pano de “Effigies Domenici vultus quae Veronica nuncupatur’, ou a Efígie da face do senhor que é considerado Vero ico. Vero-ico significa “Vero” (verdade) “Ico” (imagem) ou “Imagem verdadeira”. Desta corruptela surgiu Santa Verônica.

De acordo com a tradição o pano ficou com a impressão da imagem da face de Jesus. Assim a historia de Santa Verônica tornou-se uma das mais populares da tradição Cristã e o seu véu é uma das mais amadas relíquias da Igreja. De acordo com os templários, Verônica levou o véu para fora da Terra Santa e teria usado para curar o Imperador Tibérius de uma doença. O véu foi subseqüentemente visto em Roma no século oitavo e mais tarde foi levado pelos templários, tendo percorrido a Europa inteira junto de seus Grãos Mestres. Quando a Inquisição acusou os templários de “venerar uma cabeça decepada barbada”, era sobre esta imagem sagrada que eles estavam se referindo.

Com a captura dos templários em 1307, o sudário foi levado de Paris em segurança e ninguém sabe onde ele se encontra hoje em dia. As melhores teorias dizem que o paradeiro atual deste sudário está na capela de Rosslyn, na Escócia, sendo protegido por Templários.

O segundo Sudário é, na verdade, um lençol mortuário que foi colocado sobre Yeshua enquanto ele descansava e se recuperava.

O Evangelho de Mateus (27:59) refere que José de Arimateia envolveu o corpo de Jesus com um pano de linho limpo. João (19:38-40) também descreve o evento, e relata que os apóstolos Pedro e João, ao visitar o túmulo de Jesus após a ressurreição, encontraram os lençóis dobrados (Jo 20:6-7). Embora depois desta descrição evangélica o sudário só tenha feito sua aparição definitiva no século XIV, para não mais ser perdido de vista, existem alguns relatos anteriores que contêm indicações bastante consistentes sobre a existência de um tal tecido em tempos mais antigos.

A primeira menção não-evangélica a ele data de 544, quando um pedaço de tecido mostrando uma face que se acreditou ser a de Jesus foi encontrado escondido sobre uma ponte em Edessa. Suas primeiras descrições mencionam um pedaço de pano quadrado, mostrando apenas a face, mas São João Damasceno, em sua obra anti-iconoclasta Sobre as imagens sagradas, falando sobre a mesma relíquia, a descreve como uma faixa comprida de tecido, embora disesse que se tratava de uma imagem transferida para o pano quando Jesus ainda estava vivo (o que mais uma vez serve de evidência para nossa história sobre Yeshua não ter morrido na cruz).

Em 944, quando esta peça foi transferida para Constantinopla, Gregorius Referendarius, arquidiácono de Hagia Sophia pregou um sermão sobre o artefato, que foi dado como perdido. Neste sermão é feita uma descrição do sudário de Edessa como contendo não só a face, mas uma imagem de corpo inteiro, e cita a presença de manchas de sangue. Outra fonte é o Codex Vossianus Latinus, também no Vaticano, que se refere ao sudário de Edessa como sendo uma impressão de corpo inteiro.

Em 1203 o cruzado Robert de Clari afirmou ter visto o sudário em Constantinopla nos seguintes termos: “Lá estava o sudário em que nosso Senhor foi envolto, e que a cada quinta-feira é exposto de modo que todos possam ver a imagem de nosso Senhor nele“. Seguindo-se ao saque de Constantinopla, em 1205 Theodoros Angelos, sobrinho de um dos três imperadores bizantinos, escreveu uma carta de protesto ao papa Inocêncio III, onde menciona o roubo de riquezas e relíquias sagradas da capital pelos cruzados, e dizendo que as jóias ficaram com os venezianos e relíquias haviam sido divididas entre os franceses, citando explicitamente o sudário, que segundo ele havia sido levado para Atenas nesta época. Dali, a partir de testemunhos de época de Geoffrey de Villehardouin e do mesmo Robert de Clari, o sudário teria sido tomado por Otto de la Roche, que se tornou Duque de Atenas. Mas Otto logo o teria transmitido aos Templários, que o teriam levado para a França.

Com a captura dos Templários, o sudário verdadeiro desapareceu nas brumas do tempo e está protegido pelos Templários e pelas Ordens Invisíveis até os dias de hoje.

O Terceiro Sudário tem uma história muito interessante. Quando Jacques deMolay foi capturado pelas tropas de Filipe, o rei da França, ele passou sete anos sendo torturado para entregar os segredos templários e não os entregou. O Grão Mestre sofreu toda sorte de torturas físicas e psicológicas que a Inquisição conhecia, sem ceder um milímetro em sua convicção.

Uma das maiores torturas que sofreu foi ser obrigado a passar por todos os tormentos de Cristo. Colocaram sobre ele a coroa de espinhos, pregaram-no no batente de uma porta, que os inquisidores golpeavam suas costas com muita força, chegando a quase quebrar seus ossos, furaram-no com uma lança e chicotearam suas costas e seu corpo com aquelas armas próprias da Igreja.

Conta-se que durante uma das sessões de tortura, ele esteve a ponto de morrer e precisaram parar com as torturas. Neste dia, uma de suas amas, a condessa de Champagne, preparou um tecido de linho para envolvê-lo, como um lençol mortuário, pois achava que ele iria falecer. Mas Jacques de Molay foi forte e conseguiu agüentar estas terríveis torturas.

Isto explica claramente a posição dos braços do morto, como demonstrada pelo Daniel Sottomaior durante o programa. A imagem do Sudário de Turim (que não é este que estamos falando!) mostra uma pessoa com os braços sobre os genitais, de uma posição que seria impossível para um morto ficar, pois deixaria os braços em uma posição “deformada”. Isto também mostra o porquê da imagem do Sudário ser a de um senhor barbado, com feições européias.

Jacques deMolay morreu queimado na fogueira em 1314, sem nada revelar aos Inquisidores.

O Lençol marcado com a imagem de Jacques deMolay ficou em posse dos Templários do sul da França, guardado como prova das torturas às quais o Grão Mestre havia sido submetido e venerado como objeto de admiração pela coragem e bravura de Jacques, por agüentar o sofrimento sem entregar seus segredos. Então começa a parte da história do sudário que é bem documentada. O Sudário aparece publicamente pela primeira vez em 1357, quando a viúva de Geoffroy de Charny, um templário francês, a exibiu na Igreja de Lirey. Não foi oferecida nenhuma explicação para a súbita aparição, nem a sua veneração como relíquia foi imediatamente aceite. Henrique de Poitiers, arcebispo de Troyes, apoiado mais tarde pelo rei Carlos VI de França, declarou o sudário como uma impostura e proibiu a sua adoração (porque eles sabiam que o Sudário era de Jacques deMolay e não de Jesus).

A peça conseguiu, no entanto, recolher um número considerável de admiradores que lutaram para a manter em exibição nas igrejas. O papa Clemente VII declarou a relíquia sagrada e ofereceu indulgências a quem peregrinasse para ver o sudário.

Em 1418, o sudário entrou na posse de Umberto de Villersexel, Conde de La Roche, que o removeu para o seu castelo de Montfort, sob o argumento de proteger a peça de um eventual roubo. Depois da sua morte, o pároco de Lirey e a viúva travaram uma batalha jurídica pela custódia da relíquia, ganha pela família. A Condessa de La Roche iniciou então uma tournée com o sudário que incluiu as catedrais de Genebra e Liege. Em 1453, o sudário foi trocado por um castelo (não vendido porque a transacção comercial de relíquias é proibida) com o Duque Luís de Sabóia. A nova aquisição do duque tornou-se na atração principal da recém construída catedral de Chambery, de acordo com cronistas contemporâneos, envolvida em veludo carmim e guardada num relicário com pregos de prata e chave de ouro. O sudário foi mais uma vez declarado como relíquia verdadeira pelo Papa Júlio II em 1506. Vamos fazer uma pausa e comentar algumas outras coisas…

O Quarto Sudário possui uma história ainda mais interessante, e ligada ao terceiro sudário: Leonardo di ser Piero da Vinci é considerado um dos maiores gênios da história da Humanidade, além de Grão Mestre de muitas ordens secretas templárias e rosacruzes, incluindo o famoso Priorado do Sião. Não tinha propriamente um sobrenome, sendo “di ser Piero” uma relação ao seu pai, “Messer Piero” (algo como Sr. Pedro), e “da Vinci”, uma relação ao lugar de origem de sua família, significando “vindo de Vinci”. Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido à sua multiplicidade de talentos para ciências e artes, sua engenhosidade e criatividade, além de suas obras polêmicas. Num estudo realizado por Catherine Cox, em 1926, seu QI foi estimado em cerca de 180, trinta pontos acima do tio Marcelo!

Em 1502, ele ficou a serviço de César Bórgia (também chamado de Duque de Valentino e filho do Papa Alexandre VI) como arquiteto militar e engenheiro, nesse mesmo ano ambos viajaram pelo norte da Itália, é nessa viagem que Leonardo conhece Nicolau Maquiavel (guardem esta informação… retornarei a ela em posts futuros sobre ordens secretas); no final do mesmo ano retorna novamente a Florença, onde recebe a encomenda de um retrato: a Mona Lisa.

Em 1506, voltou a Milão, então nas mãos de Maximiliano Sforza depois de mercenários suíços expulsarem os franceses.

Entre 1502 a 1506, César Bórgia (que, a título de curiosidade, serviu como modelo de inspiração para Maquiavel ter escrito “o Príncipe”) estava planejando tomar o sudário das mãos da família Sabóia e esta informação chegou a Leonardo. O Sudário de Jacques deMolay foi entregue ao Grão Mestre templário, que trabalhou cerca de seis meses nele, para que fizesse uma fraude capaz de enganar os Bórgia.

Com o sudário número 3 em mãos, Leonardo trabalhou com diversas técnicas, incluindo tinturas e sangue, mas para atingir a perfeição, Leonardo usou de seus profundos conhecimentos de alquimia com nitratos e outras químicas e preparou uma câmara escura, de onde colocou o sudário de Sabóia e fez uma cópia FOTOGRÁFICA perfeita dele em um tecido mais ou menos da mesma data (o que explica claramente o porquê a imagem no sudário é um negativo e o porquê dela não ter as medidas totalmente corretas, além de explicar da onde vem o efeito “explosão galáctico” que o padre Quevedo e os especialistas católicos afirmam como prova de milagres de ressurreição). Como vocês podem ver, não há nada de sobrenatural, apenas ciência alquímica.

Após a fotografia, Leonardo trabalha com sangue e tintas, até que a farsa fique perfeita, e devolve a falsificação para os Sabóia, que acabam sendo forçados a negociar o sudário com o Vaticano.

O sudário de Jacques Demolay desaparece nas Ordens Invisíveis, sendo protegido dos olhares profanos até os dias de hoje, em algum lugar do Sul da França.

Em 1506, é declarado como relíquia verdadeira pelo Papa Júlio II (que achava ter em mãos o sudário de Jacques de Molay). César Bórgia acaba morrendo em 1507, sem nunca descobrir que foi vítima de uma falsificação.

Em 1532 o sudário (falso) foi danificado por um incêndio que afetou a sua capela e pela água das tentativas de o controlar. Por volta de 1578 a peça foi transferida para Turim em Itália, onde se encontra até aos dias de hoje na Cappella della Sacra Sindone do Palazzo Reale di Torino. A casa de Sabóia foi a proprietária do sudário até 1983, data da sua doação ao Vaticano. A última exibição da peça foi no ano 2000, a próxima está agendada para 2025. Em 2002, o sudário foi submetido a obras de restauro.

Esta é a razão porque os testes de Carbono-14 apontam o sudário para o século 14, esta é a razão pela qual foram encontrados sangue e resquícios de tinta, esta é a razão pela qual a pessoa no sudário está em uma posição que não seria possível para um morto, esta é a razão pela qual muitos livros afirmam que o sudário tem a imagem de Jacques deMolay e esta é a razão pela qual a imagem do sudário é um negativo, como se tivesse sido atingida por uma “explosão galáctica”. TODOS os participantes do programa estavam certos.

Agora, imagina se eu iria conseguir explicar tudo isso no Superpop?

Bem… no final das contas, foi divertido o programa. Ver o padre Quevedo perdendo totalmente a esportiva (a ponto de ter o microfone dele desligado) e ver um ateu, um ocultista e um bispo evangélico defendendo alegremente as mesmas convicções diante de 400.000 televisores não tem preço. Dizem que eu vi as partes íntimas da Luciana Gimenez quando ela deitou sobre o sudário, mas isso eu vou negar até a morte… podem me pregar no batente da porta se quiserem.

“Non nobis, Domine,

Non nobis, sed nomini

Tuo da gloriam”

#Templários

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/os-quatro-sud%C3%A1rios