A História da I.O.T. (Illuminates of Thanateros) – Com Eurico Mesquita

Bate-Papo Mayhem 181 – Com Eurico Mesquita – A História da I.O.T. (Illuminates of Thanateros)

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/M7ig9fJJnUA

Bate Papo Mayhem é um projeto extra desbloqueado nas Metas do Projeto Mayhem.

Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral três vezes por semana, às terças, quartas e quintas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados duas vezes por semana.

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Fast Magic: magia instantânea

Um dos maiores triunfos da Magia do Caos foi a proposta de se obter efeitos mágicos materiais num curto período de tempo. As ferramentas mais populares para se chegar a isso são os sigilos e servidores, que passaram por desenvolvimentos extraordinários nas últimas décadas. A partir de então, não era mais necessário passar por dias ou semanas de preparação ritualística, ou mesmo meses a fio para contatar o seu Sagrado Anjo Guardião, uma vez que existem opções muito mais práticas disponíveis. Na era do fast food, nada mais natural que surgisse a fast magic para acompanhá-la.

Toda novidade surge com seus animados defensores, ansiosos para desafiar a velha guarda, e também com seus adversários e opositores. É bastante óbvio observar que nenhum tipo de sistema é perfeito e, assim como qualquer outro, possui suas vantagens e desvantagens. Resta analisar se os benefícios da fast magic superam seus malefícios. E mesmo que fosse constatado o contrário, será que ela funciona? E será que ela não é útil para um grupo específico de magistas?

Muitos poderão fornecer uma série de bons argumentos para apontar o quanto macarrão instantâneo e hambúrguer com batata frita fazem mal à saúde. Ainda assim, por mais que você espalhe caveiras nas carteiras de cigarro, haverá sempre um número de pessoas que optará por tais meios para matar a fome, obter prazeres e aliviar a ansiedade. Afinal, queremos soluções imediatas: não temos tempo para outra coisa.

O fato é que as pessoas são diferentes e buscam coisas diferentes. Não adianta você clamar que descobriu que o sentido da vida é crescer em moralidade, desenvolver-se espiritualmente, ajudar os outros, conectar-se com a natureza ou dar pão aos patos. Pode ser que você tenha ótimos argumentos para defender que isso funciona para todos, de forma absoluta. E pode até mesmo ser que você esteja certo. Mas não é disso que estamos falando!

No mundo ideal, todos seríamos legais uns com os outros, procuraríamos transformar a realidade ao nosso redor na medida de nossas forças e o que não estivesse ao nosso alcance nós teríamos maturidade emocional e espiritual para aceitar. Porém, a realidade é que a maioria de nós, mesmo aqueles bem maduros e que possuem um longo e estável treinamento espiritual, fruto de anos ou décadas de prática, passamos por momentos difíceis e que exigem pensamentos e soluções rápidas.

Aqueles que são contra a prática da magia em geral, podem argumentar que o mais importante é ter uma religião e aprender a desenvolver sua espiritualidade para aceitar o que nos acontece como aprendizados, sem tentar fazer com que o mundo se dobre aos nossos pés como se fôssemos crianças. Porém, é verdade que até as grandes religiões possuem seus exemplos de “fast magic” como uma reza fervorosa em busca de ajuda num momento difícil.

Em suma, as duas modalidades são necessárias: a slow magic e a fast magic, para serem usadas em diferentes momentos da vida. É desejável desenvolver um treino longo de magia, que nos dê resultados mais duradouros e estáveis. Mas nada impede que, paralelamente a este, nós treinemos outras categorias de magias instantâneas a serem usadas conforme for necessário. Uma não exclui a outra e elas podem coexistir. Inclusive pode-se trabalhar as duas em conjunto.

De vez em quando aparecem magistas que desejam resolver tudo com sigilos e servidores. Se duvidar, usam um sigilo por minuto e são experts neles. No outro extremo, temos os magistas “espiritualistas” que defendem que a alta magia busca desenvolvimento espiritual e tudo que busca resultados palpáveis no plano material é baixa magia.

Acredito que seja possível alcançar um equilíbrio entre os dois modelos. Como foi apontado antes, a própria fast magic não é exclusividade da Magia do Caos. Eu diria até que todo sistema mágico possui magias de duração mais lenta, que geram maior estabilidade, e magias mais rápidas, ideais para situações que exigem agilidade do pensamento e intuição. Ambas são magias com graus particulares de dificuldade e que requerem treinamento específico e diferenciado.

Considero temerário classificar um tipo de magia como superior e outro como inferior. Confesso que meu exemplo anterior, comparando a fast magic com a fast food, não é exato. Ainda assim, cada pessoa possui seu estilo de vida e de magia. Há épocas da vida em que temos mais tempo para sentar, refletir e preparar um ritual mais elaborado. Mas frequentemente não carregamos um altar conosco por aí e vale a pena ter cartas na manga para esse tipo de situação.

No livro “Chaos Craft” Steve Dee aponta algumas vantagens do “slow chaos” (cujo símbolo é um caracol): ele observa que o estilo de treinamento do ocultismo ocidental é o de aprender a fazer o máximo de coisas no mínimo de tempo possível. Isso, de certa forma, reflete nosso atual sistema de ensino, em que a quantidade de coisas que aprendemos superficialmente é mais valorizado do que selecionar poucas coisas importantes para aprender, mas estudá-las a fundo. Por isso, até na Magia do Caos existe um chamado para que os magistas não permaneçam apenas no desenvolvimento de sigilos (que muitas vezes é considerado sinônimo de Magia do Caos), mas tentem se aventurar em magias mais complexas e demoradas.

E para aqueles que defendem apenas as modalidades ritualísticas de magias, deviam tentar experimentar lidar com as magias rápidas. Afinal, uma das propostas do caoísmo é testar novos paradigmas em vez de nos mantermos apenas naquele com o qual já nos acostumamos.

Em “The Book of Baphomet” Nikki Wyrd e Julian Vayne nos lembram que Magia do Caos não é apenas sinônimo de “magia com resultados”, seja ela fast chaos ou slow chaos, através da seguinte passagem:

“Críticos da magia do caos ocasionalmente entendem mal as orientações sobre ‘magia com resultados’ que os praticantes desse estilo comumente defendem. No entanto, um rito como a Missa do Caos B certamente indica um propósito mais amplo para a magia do que simplesmente um truque que tem sido caracterizado por bater punheta para um sigilo num papel de anotações para assegurar que um cheque de benefícios chegue prontamente”.

O que isso tudo significa? Que a Magia do Caos é muito mais ampla e complexa do que alguns porventura possam pensar. Sigilos e servidores são poderosas ferramentas do caoísmo, muitas vezes não devidamente valorizadas por outras correntes de magia. Mas o caoísmo não se resume a isso. É comum a elaboração de rituais e sistemas de magia complexos, para os mais variados fins. Há até mesmo aquele tipo de magia, conforme o exemplo acima, que não busca resultados imediatos. Alguns magistas só gostam de pensar na magia em termos de certo e errado: ou o feitiço funcionou ou não funcionou. É claro que essa classificação é útil para que você possa avaliar o seu progresso, mas não é a única forma de envolver-se com a magia. Como os caoístas costumam dizer, devemos tentar achar um equilíbrio entre a ânsia pelos resultados e o medo do fracasso. Lança-se um sigilo e se esquece dele depois, como recomenda Spare, e assim não nos prendemos à dicotomia “certo ou errado”. Por outro lado, não se deve deixar de lançar feitiços pelo medo de falhar.

O caoísmo não está satisfeito com sistemas fechados, com respostas e objetivos pré-prontos. Queremos imaginar novas possibilidades o tempo todo. Desejamos magia rápida. Desejamos magia lenta. Desejamos magia lenta e rápida ao mesmo tempo, ou até mesmo magia que não é magia. Tudo é permitido para aqueles que acreditam que nós ainda não conhecemos tudo o que há para se saber sobre magia e que ainda há muito para experimentar e desvendar.

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Magia do Caos, Psicologia, Sigilos, Servidores, Egrégoras, Projeto Kaos

Bate-Papo Mayhem #005 – 14/04/2020 (terça)
Com Luis Z Siqueira – Magia do Caos, Psicologia, Sigilos, Servidores, Egrégoras, Projeto Kaos.

Bate Papo Mayhem é um projeto extra desbloqueado nas Metas do Projeto Mayhem.

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/IeHUej53eE0

Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral uma vez por semana, às segundas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados a cada 15 dias.

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Magia do Caos, Servidores e ABRALAS – Rodrigo Vignoli

Bate-Papo Mayhem #040 – gravado dia 04/07/2020 (sabado) Marcelo Del Debbio bate papo com Rodrigo Vignoli – Magia do Caos, Servidores e ABRALAS. Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as e 5as com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados.

Saiba mais sobre o Projeto Mayhem aqui:

#Batepapo #MagiadoCaos

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Entrevistas e Palestras de Abril/2020

Bate-Papo Mayhem 001 – Com Marcelo Del Debbio e Pri Martinelli – Viagem ao Egito, Templos, Pirâmides, Rituais e Espiritualidade.
https://youtu.be/gkgNgW32UYY

Bate-Papo Mayhem 002 – Com Rafael Daher – Sefirat Ha Omer, Cabala Judaica, Árvore da Vida e Sephiroth.
https://youtu.be/ZEDJPbNeUDU

Bate-Papo Mayhem 003 – Com Marcelo Del Debbio – Verdadeira Vontade, Altar Pessoal e Realização da Grande Obra.
https://youtu.be/tbFBDKG5S1s

Bate-Papo Mayhem 004 – Com Raph Arrais – 49 dias antes da Colheita, A Questão Emocional dentro do Sefirat ha Omer.
https://youtu.be/s9IpBBbYOt8

Bate-Papo Mayhem 005 – Com Luis Z Siqueira – Magia do Caos, Psicologia, Sigilos, Servidores, Egrégoras, Projeto Kaos.
https://youtu.be/IeHUej53eE0

Bate-Papo Mayhem 006 – Com Giancarlo Kind Schmid – Evolução Simbólica e Linguística da Cartomancia, do século XV ao XXI.
https://youtu.be/2wHAcSNLMlw

Bate-Papo Mayhem 007 – Com Ricardo Bina – História e fundamentos do Reiki, comparação com outros sistemas herméticos e iniciáticos.
https://youtu.be/bGK_WADt9g0

Bate-Papo Mayhem 008 – Com Eduardo Regis – Origem, lendas, Lwas e rituais do Vodú Haitiano.
https://youtu.be/pS6UzBNK6L0

Bate-Papo Mayhem 009 – Com Frater Aleph – Gurdjieff e o Quarto Caminho: mantenha-se desperto!
https://youtu.be/IZuRBaAaalY

Bate-Papo Mayhem 010 – Com Francisco Tupy – A Jornada do Herói e os Mitos Modernos pelo viés de Krishnamurti.
https://youtu.be/haMZqQt_nSs

Bate-Papo Mayhem 011 – Com Acauã Silva – A História da Ordem Rosacruz, Arnold Krumm-Heller, a FRA e a Igreja Gnóstica.
https://youtu.be/jY77TBJtrMs

Bate-Papo Mayhem 012 – Com Uilian Tadeu Vendramini – Conhecendo um pouco sobre o Candomblé de Angola.
https://youtu.be/YqJO-f0WYGQ

#Batepapo

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Todas as Magias são Magia do Caos – Vinicius de Mello Rosa

Bate-Papo Mayhem #053 – 04/08/2020 (terça) Com Vinicius de Mello Rosa – Todas as Magias são Magia do Caos

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as e 5as com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados.

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Magia do Caos, Servidores e ABRALAS – Com Rodrigo Vignoli

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/CPmB-qmR7d4

Todas as 3as, 5as e Sabados as 21h os coordenadores do Projeto Mayhem batem papo com algum convidado sobre Temas escolhidos pelos membros, que participam ao vivo da conversa, podendo fazer perguntas e colocações. Os vídeos ficam disponíveis para os membros e são liberados para o público em geral duas vezes por semana, às segundas e quintas feiras e os áudios são editados na forma de podcast e liberados uma vez por semana.

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HermetiCAOS – Meditação, Treino Mental

Parte 1: Concentração.

O Caibalion é um pequeno livro de gigantesco conteúdo. Nele afirma-se estar reunida a sabedoria do Antigo Egito e da Grécia, que, no fim das contas, é o cerne do ensinamento de praticamente todas as Escolas da chamada WMT (Western Mystery Tradition), ou seja, o Ocultismo ocidental. O Caibalion nos explica os Sete Princípios sobre os quais se baseia toda essa Sabedoria. O primeiro desses Princípios nos diz: “O TODO é MENTE; o Universo é Mental”. Vou extrair uma pequena possível interpretação desse princípio, para falar sobre o treinamento mental. Pois bem, se o nosso Universo é moldado pela nossa mente, aquilo que se passa na nossa mente constrói a nossa realidade, o nosso Universo. O problema é que não estamos no controle da nossa mente; ela produz pensamentos, dinâmicas e complexos que nos atrapalham e nos levam ao fracasso.

O processo de ganho de consciência de nossa própria mente é semelhante ao do corpo. Para termos maior controle sobre nosso corpo, precisamos praticar exercícios físicos. Qualquer exercício físico nos dá a mesma consciência corporal? Não, alguns parecem ser particularmente eficazes nesse quesito, enquanto outros parecem mais nos desviar do objetivo do que nos conduzir até lá. Existem exercícios que promovem bem-estar, saúde e condicionamento físico; por outro lado, há os que lesionam, desgastam e podem causar enfermidades.

E o treinamento mental? Esse se dá através do exercício que comumente chamamos de “meditação”. Qualquer maneira de “meditar” produz o mesmo resultado? Basta que se sente em silêncio e já se estará criando uma realidade melhor para si? Dificilmente. Somente sentar em silêncio pode não te levar a lugar nenhum. Existem basicamente duas maneiras de meditar. Neste texto vamos tratar da primeira e mais fundamental delas, que podemos inocentemente chamar de “concentração”.

A Concentração ajuda a desenvolver o foco, a capacidade de manter sua atenção no momento presente e é um pré-requisito para desenvolver habilidades mais avançadas em Magia. É como a resistência cardiorrespiratória: sem ela, qualquer atividade física fica mais difícil. Então, assim como, para conseguir bons resultados em atividades físicas, é necessário desenvolver a resistência cardiorrespiratória, para obter bons resultados em Magia, que é necessariamente uma atividade mental, é necessário treinar Concentração. Todo treinamento mágico que eu já conheci começa com esse tipo de exercício. Desde “Magia Prática — O Caminho do Adepto”, do Franz Bardon, até o “Liber Null” de Peter Carroll. Acredito que você irá concordar comigo, a partir de sua própria experiência, quando eu digo que este treino vai servir não só pra Magia, mas pra tudo na vida: melhora sua capacidade de se concentrar no trabalho, nos estudos, no que quer que você queira fazer que envolva a capacidade de estar focado numa atividade mental.

Essa forma de meditação consiste em manter a mente exclusivamente ocupada com uma coisa e uma coisa apenas. Que coisa? Qualquer. Pode ser desde algo material, como um objeto (uma caneta, uma estatueta, uma ilustração, a chama de uma vela, uma parede branca), até a respiração, ou uma imagem mental, qualquer coisa MESMO. Minha única impressão aqui é que, quanto mais simples é o objeto no qual tento me concentrar, mais fácil é. Experimente e veja o que serve melhor para você.

Uma vez que tenha escolhido com o que meditar, sente-se em uma posição confortável. Eu sugiro a postura egípcia, que consiste em apoiar as costas retas no encosto de uma cadeira, com as pernas dobradas em noventa graus e as palmas das mãos apoiadas sobre as coxas. Vou explicar por quê: a posição na qual seu corpo se encontra não importa. Não faz muito sentido, nesse momento, querer sentar em posição de lótus, trançando as duas pernas, segurando as costas eretas apenas pela contração dos músculos do abdômen. Os músculos tendem a se cansar, você perderá a postura e ficará dolorido. Por isso, escolher uma postura na qual não é necessária a preocupação com sua sustentação é sempre uma boa pedida.

Estando na posição correta, concentre-se no seu objeto. Se for uma caneta, uma estatueta, uma ilustração ou uma vela, coloque-a numa superfície lisa à sua frente, ou pregada na parede. Ou simplesmente coloque-se de frente a uma parede branca. Ou então, preste atenção à sua respiração, conforme você inspira e expira. Se escolher uma imagem mental, terá que fechar os olhos; o risco aqui é adormecer. Se você cair no sono, não colherá os benefícios da meditação.

Ok, você está concentrado no seu objeto. E agora? Sempre que passar um pensamento na sua cabeça que desvie sua atenção, simplesmente recupere o foco voltando a atenção para onde ela não deveria ter saído. Procure não sentir nada de ruim pelo pensamento que veio. Apenas recobre a atenção, como se dissesse: “nossa, viajei… onde eu tava mesmo?”. Encare seus pensamentos numa boa, não force nada, deixe as coisas acontecerem naturalmente. Se você se forçar a NÃO PENSAR em algo, aí é que aquilo vai aparecer de novo e de novo na tua paisagem mental; portanto, não precisa se preocupar com o que você NÃO DEVE pensar. Isso virá e, em seguida, irá embora. Ocupe-se com o seu objeto. Concentre-se nele.

Faça isso todos os dias. Comece com pouco tempo e, em seguida, vá aumentando. Tem mínimo e máximo? Não. Comece com o quanto conseguir e vá até quanto conseguir. Assim como no treino físico, você vai perceber que, com a prática, tudo vai ficando mais fácil e mais natural.

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Diferenças básicas entre Magia (ordem) e Magia do Caos

Por: Colorado Teus

Esse post é uma continuação de uma série de textos que começou com Reflexão sobre a Umbanda, passou por Por que religar? e, por fim, o texto que é imprescindível de se entender antes de ler esse: Espaços mágicos e correntes. Volto a lembrar que me refiro à Umbanda Sagrada nesses textos, segmento que foi decodificado por Rubens Saraceni e que tem um sistema simbólico bem diferente da maioria dos outros segmentos de Umbanda.

Apesar da expressão relativamente nova construída por Peter Carroll (com fundamentos muito desenvolvidos por Spare), Magia do Caos é algo que se faz há muito tempo. Na realidade, o mergulho no caos foi feito por praticamente todo mago inovador, que construiu um sistema próprio ou modificou sistemas previamente estruturados. É importante entender que a magia do Caos não é feita em Hockmah, mas sim em Hockmah que existe dentro de Binah (ele chama pelo caos dentro do espaço mágico). A imagem do “mago do Caos” não é a do “Louco” que simplesmente se joga no desconhecido, mas do “Mago” que abre caminhos. Entenda, magia do caos não é simplesmente dar vazão a todo tipo de esquizofrenia, mas sim estudo e dissecação em busca de leis onde não se via antes. O mago do caos é um estudioso, ele transcende a ordem.

Para ilustrar a forma como a Umbanda enxerga a Magia do Caos (sem utilizar esse termo, obviamente), imagine que você queira atravessar uma floresta e chegar do outro lado. Você tem a opção de seguir uma estrada que já esteja pronta ou buscar alternativas, criar novos caminhos.

Um mago que trabalha primordialmente com a Ordem buscará saber como a estrada foi construída, para onde ela leva, por onde ela passa, quais são os perigos e desafios. Buscará conselhos e dicas de pessoas que já passaram por aquela estrada, podendo até mesmo formar um grupo que será guiado por alguém que já tenha alguma experiência com ela.

Um mago que trabalha primordialmente com o Caos pode até estudar essa estrada e tudo mais, mas sentirá que está perdendo muitas das oportunidades que a floresta toda tem a oferecer. Provavelmente embarcará numa aventura de desbravamento e tentará conhecer a floresta profundamente, abrindo novos caminhos. Muitos acabam conhecendo coisas muito legais e até mesmo deixam para lá seu objetivo inicial de quererem atravessar a floresta.

De alguma forma, aquele que atravessa pela estrada, pode querer criar um novo caminho na viagem de volta e se aventurar; da mesma forma, o desbravador pode se cansar e voltar para a estrada para concluir o objetivo. Há dois “caminhos” pelos quais você pode seguir, mas lembre-se, na jornada, ainda haverá tempo de mudar o caminho em que está, citando nossa querida banda Led Zeppelin.

Cada caminho tem sua vantagem e sua desvantagem, seu ônus e seu bônus. Passar pelo caminho da Ordem pode desenvolver mais a disciplina, a diligência, a paciência… pelo Caos mais a independência, a criatividade, o experimento, a inovação… Mas nada impede de andar na estrada um pouco, sair, voltar, sair de novo e por aí vai. É mais fácil você encontrar problemas fora da estrada, mas há seres que ficam próximos à ela justamente por saberem que há maiores chances de passarem pessoas por ali. Aquele que se apega à estrada pode andar com mais velocidade, mas também pode ficar sem saber o que fazer quando há algum problema nela, ou quando fica sozinho porque o guia saiu para resolver alguma outra questão. A estrada indica a força de uma tradição, a qual satisfaz intimamente aqueles que são mais conservadores. Já o caos das matas inspira mais os progressistas.

Talvez os Orixás que melhor representam esse paradoxo sejam Xangô e Oyá, a Pedra e o Furacão (rock and roll), e as qualidades desenvolvidas na Magia da Ordem sejam as de Xangô e as do Caos de Oyá. Mas o importante de um paradoxo é entender que todos eles podem ser reconciliados, pois são duas faces da mesma energia. Creio que não se vive apenas na estrada ou apenas na floresta; o conciliador de qualquer paradoxo, ao meu ver, é o tempo: hora na mata, hora na estrada.

Rubens Saraceni foi mago da ordem ao receber todas as iniciações da Umbanda; mas, depois, foi “mago do caos” quando construiu, com seus mentores, o sistema de Magia Divina e da Umbanda Sagrada em geral. Filho de Ogum, abriu esses novos caminhos para o pessoal da Umbanda que gostaria de atravessar as matas que cercam o espírito de uma forma diferente dos caminhos que já existiam.

A grande questão que fica é: você está preparado para encarar uma mata fechada? Se ainda não se sente preparado, mantenha-se na estrada por um tempo, há muito o que se aprender com os mestres e tradições.

Vai dar certo!

#UmbandaSagrada

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Magia do Caos: a Jornada – Com Luis Z Siqueira

Bate-Papo Mayhem 151 – Com Luis Z Siqueira – Magia do Caos: a Jornada

O vídeo desta conversa está disponível em: https://youtu.be/pWihFXKKNxM

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