A Espiritualidade Queer na China

 

INTRODUÇÃO À ESPIRITUALIDADE QUEER NO LESTE ASIÁTICO:

Como todas as partes do corpo, da mente e do espírito anseiam pela integração do yin e yang, a relação sexual angélica é conduzida pelo espírito e não pelos órgãos sexuais.

O Huahujing, versículo 69.

O Leste Asiático Queer é uma mudança de paradigma em relação a muitas das regiões exploradas até agora. Para os ocidentais, a comunidade LGBT+ é frequentemente mantida sob controle por meio do conceito de culpa. Uma pessoa queer deve se sentir culpada por sua orientação sexual e identidade porque os atos queer são pessoalmente imorais.

Os orientais queer, no entanto, são mantidos sob controle principalmente por vergonha. Enquanto a culpa é um sentimento privado e autonegativo sobre ações pessoais que você fez, a vergonha está mais focada em se sentir mal por causa de como os outros percebem você e suas ações pessoais. No Oriente, uma pessoa não se sente necessariamente culpada por ser LGBT+ porque as ações queer são moralmente erradas, mas sim, elas se sentem envergonhadas porque a natureza queer é socialmente inaceitável. Assim, ser um membro queer de uma família do Leste Asiático é muitas vezes visto como “ruim” porque traz vergonha para a família e, consequentemente, para aqueles que fazem negócios ou têm associações com a família. Portanto, há muita pressão extrafamiliar e externa sobre as pessoas LGBT+ para suprimir sua natureza queer. Mas, como estamos prestes a ver, nem todas as partes do leste da Ásia sempre se sentiram assim.

A ESPIRITUALIDADE QUEER NO TAOÍSMO:

A China é uma das poucas nações do mundo cujas antigas religiões ancestrais ainda são praticadas pela maioria de seus cidadãos modernos. Oficialmente, a República Popular da China é ateísta devido à preferência nietzschiana da ciência e da razão do comunismo sobre as superstições percebidas da religião que têm sido usadas há séculos pela burguesia para manter as classes trabalhadoras subservientes. Mas isso ainda não impede as pessoas comuns da prática religiosa. Para os chineses, predominam três escolas filosóficas de pensamento: o Taoísmo, o Confucionismo e o Budismo Mahayana. Na maioria das vezes, todos eles são misturados para formar uma fé híbrida amalgamada, mas passaremos por cada um individualmente para destacar suas implicações queer, começando com o que se acredita ser o mais antigo: o Taoísmo.

O Taoísmo é frequentemente considerado mais uma filosofia do que uma religião. Seu fundador é Lao Tzu, que, cansado do mundo e cansado de uma vida inteira assistindo a humanidade lutar entre si durante o século VI a.C., foi obrigado a escrever sua sabedoria antes de deixar a China devastada pela guerra para partes desconhecidas. Seus escritos são conhecidos como o Tao Te Ching, um pequeno manual que explica a maneira natural das coisas e como navegar na corrente da vida em vez de remar inutilmente contra ela e tornar a vida difícil para si mesmo. Este modo natural de coisas é conhecido como o Tao; assim, seguir o Tao é essencialmente seguir o caminho natural do universo em geral. 160

Não há divindades, nenhuma discussão sobre o que acontece após a morte, apenas um foco no aqui e agora, e como seguir o exemplo da natureza é a chave para uma vida tranquila. Por causa disso, não há menção à natureza queer ou mesmo à sexualidade. Não há mesmo nenhum ditado para o que é e o que não é moral, mas sim um aviso de que desviar-se do fluxo natural do universo resultará em tempos ruins. E é aí que as coisas ficam complicadas para o taoísta LGBT+: a interpretação do que constitui ser “natural”. A natureza queer pode ser testemunhada na natureza, mas a incapacidade de procriar parece ir contra a forma como a vida se sustenta naturalmente. Como não há mandatos divinos, a resposta à “naturalidade” da comunidade LGBT+ depende muito da perspectiva.

Até mesmo o símbolo taoísta yin-yang (chamado de taijitu) foi interpretado como a favor e contra a “naturalidade” queer. Todos conhecemos o símbolo; é o círculo dividido em duas metades curvas iguais, uma preta (yin) e outra branca/vermelha (yang), e dentro de cada metade há um círculo menor da cor oposta. Juntos, os dois lados representam a dicotomia do universo natural e o fato de que dentro de cada lado existe um pouco do outro. Yin é o lado feminino, passivo, emocional, frio e criativo da natureza, e yang é o lado masculino, ativo, lógico, quente e destrutivo da natureza. Juntos, eles trazem equilíbrio ao mundo, e cada um não pode existir sem o outro.

Para alguns praticantes, o yin-yang prova que ser queer não é natural, pois há uma divisão clara de apenas dois gêneros, e sua união cria a perfeição harmoniosa da vida. Yang não se mistura com yang e yin não se mistura com yin; cada um precisa de seu oposto para ser completo. Para outros praticantes, no entanto, o yin-yang é a prova de que ser queer é bastante natural em dois níveis separados.

No primeiro nível, mais superficial, um casal do mesmo sexo é uma conclusão de yin e yang, pois há um parceiro passivo “receptivo” e um parceiro ativo “dominador” ao fazer amor. Mesmo que ambos sejam versáteis, os dois se revezam sendo o yin passivo e o yang ativo ou estão simultaneamente recebendo e dando e, portanto, cada um sendo o yin e o yang ao mesmo tempo.

No nível mais espiritual, yin e yang não são tão representativos de feminino e masculino, mas da feminilidade e masculinidade do espírito. Os pequenos círculos dentro de cada metade do yin-yang são os principais pontos de referência para este lado do argumento. Individualmente, um homem gay e uma mulher transgênero pré-operatória podem ser vistos como um corpo yang com um yin interno, e uma lésbica e um homem transgênero pré-operatório seriam vistos como um corpo yin com um yang interno. Uma pessoa intersexo seria uma autocompletude do yin-yang expresso em si mesmo, e um bissexual seria uma autocompletude do yin-yang expresso em relação aos outros.

Para dar um passo adiante, argumenta-se que o yin-yang é um símbolo proponente de ser fluido de gênero, uma vez que é representativo da natureza sempre fluida e não estática de todas as coisas. E, em certo sentido, afirma sutilmente que todo mundo é um pouco bissexual, já que tanto o yin quanto o yang não são preto puro nem branco/vermelho puro. Cada lado tem um pouco do outro dentro de seu centro.

Além da simbologia do yin-yang, a filosofia do Taoísmo admite que a verdadeira natureza do Tao espiritual é incognoscível. A lógica é que se os humanos pudessem entender completamente a complexidade espiritual total do Tao, então não seria o Tao. Como a mente humana é limitada e o Tao é ilimitado, é impossível colocar quaisquer limites ou rótulos sobre o que o Tao é ou não. A sexualidade e a identidade humana são semelhantes ao Tao nesse sentido. Há um amplo e ilimitado espectro de possibilidades, mas não importa como nos definamos ou nos identifiquemos ou aos outros, nunca poderá representar toda a amplitude de possibilidades que é a sexualidade e a identidade humana. Além disso, nossos gostos podem mudar, então qualquer resposta que dermos agora nunca será permanente para sempre.

Ainda assim, a filosofia do Taoísmo eventualmente o levou a se tornar uma prática mágica semelhante à alquimia hermética no Ocidente. O ramo mais místico do Taoísmo muitas vezes se concentrava na vida eterna; para isso, a homossexualidade masculina era vista como uma espécie de remédio, ajudando a garantir a imortalidade (a sexualidade das mulheres era vista como sem importância ao longo da história chinesa até o estabelecimento de um governo comunista por Mao Zedong). Em suma, o sêmen de um homem era visto como sua essência de vida, e se ele ejaculasse, ele estava essencialmente disparando parte de seu elixir mágico, sustentador da vida, como “evidenciado” pelo quão cansado um homem ficaria depois de esfregar um (isto é, depois de se masturbar e ejacular). Mas, claro, aquele elixir branco cremoso parecia ser produzido apenas durante a excitação sexual. Portanto, produzir mais elixir da vida através da estimulação sexual sem perder nada através da ejaculação era visto como um método lógico para prolongar a vida. Isso era especialmente importante se a excitação fosse entre dois homens. A energia yang produzida por um amante masculino aumentava a potência yang do elixir da própria vida – desde que ninguém ejaculasse, é claro. 161

A CONTRIBUIÇÃO TAOÍSTA:

Seguindo o Fluxo da Vida:

Facilmente, a lição mais imediata do Taoísmo é seguir o fluxo natural da vida. Ironicamente, embora isso seja literalmente a coisa mais natural do mundo, nós humanos gostamos de complicar as coisas porque não podemos acreditar que as coisas são tão simples ou que nossos problemas não são tão únicos ou tão complexos quanto gostaríamos. pensam que são.

A natureza queer também é uma coisa natural. Muitos de nós desperdiçamos tempo e energia preciosos se preocupando com “Por que sou assim?” ou “Como posso suprimir minhas tendências queer naturais para me encaixar?” Somos como somos por uma razão.

Confie que você é queer por uma razão. A vida sabe o que está fazendo, e se você parar de suprimir suas tendências naturais, você pode descobrir que a vida é mais fácil quando você segue o fluxo natural do universo.

E pense na arte do feitiço, o ato de manipular as forças naturais do mundo para produzir um resultado específico. Muitas vezes não confiamos que a natureza sabe o que está fazendo ou não sentimos que está trabalhando a nosso favor, então temos que interferir e mudar as coisas para nosso benefício pessoal. Mas vou te contar um segredo: a vida está sempre funcionando para um bem maior. Quanto mais você estuda magia e ciências naturais, mais você percebe que a vida tem uma maneira de se desenvolver em seu próprio tempo e de acordo com sua própria vontade. O problema é que queremos as coisas como queremos quando as queremos, e às vezes nossos desejos pessoais são incompatíveis com o bem maior. Mas quanto mais poderosos e sábios nos tornamos em nossa magia, percebemos que a vida tem tudo sob controle e não precisamos microgerenciar tudo com magia o tempo todo. A magia pode ser útil, mas nunca é necessária para uma vida saudável e feliz.

Portanto, para esta atividade mágica, tente evitar a magia na próxima vez que sentir que é necessário recorrer a um problema específico. Sim, a magia é uma ajuda poderosa, mas se formos imediatamente a ela para resolver todos os nossos problemas o tempo todo, perderemos contato com o fluxo natural do universo tentando microgerenciar tudo. E às vezes coagir uma vitória pessoal resulta na perda do bem maior de maneiras que não podemos ver.

A vida envolve dor. Se você nunca luta, experimenta perda pessoal ou sente dor, então você não está realmente experimentando a vida, está apenas vivendo em uma bolha separada do mundo. Então, da próxima vez que você sentir a necessidade instintiva de fazer mágica, espere um segundo, pare e veja não apenas o que a existência do problema está tentando lhe ensinar, mas também como o fluxo natural da vida pode resolvê-lo para um bem maior, sem manipulação mágica.

A ESPIRITUALIDADE QUEER NO CONFUCIONISMO:

O Confucionismo nasceu, como o Taoísmo, de tempos difíceis. Confúcio, seu fundador homônimo, foi profundamente e pessoalmente afetado pelas intermináveis guerras civis que assolam a China. No entanto, ao contrário de Lao Tzu, que deixou a sociedade e usou a natureza como modelo de vida harmoniosa, Confúcio permaneceu no meio das coisas e acreditava que uma hierarquia social rígida que ditava as interações humanas era a chave para a estabilidade harmoniosa. Assim, como uma panaceia para os acontecimentos durante sua vida (551-479 a.C.), Confúcio estabeleceu um código ético e moral que acabaria com o caos e traria a paz de volta à terra se todos o seguissem. Sua falta de divindades, espiritualidade, discussão sobre a vida após a morte e o Divino fazem com que tecnicamente não seja uma religião, ainda menos que o Taoísmo.

A propagação do Confucionismo demorou um pouco para ganhar força e contrastava fortemente com o Taoísmo. O Taoísmo tinha uma atitude mais mística, laissez-faire, interpretativa e moralmente ambígua em relação ao mundo, concentrando-se na natureza. O Confucionismo, como alternativa, deu às pessoas um conjunto direto e direto de regras sociais conservadoras a seguir e a promessa de retornar aos bons velhos tempos. Como os tempos recentes nos mostraram, esse tipo de mensagem em tempos incertos provou ser muito popular.

Deve-se dizer, porém, que Confúcio nunca viveu para ver a popularidade de seus ensinamentos. Ele morreu acreditando ser um fracasso anônimo, e seus ensinamentos nunca foram totalmente compilados até séculos após sua morte. Coincidentemente, nos séculos imediatos após a morte de Confúcio, as guerras internas da China só se intensificaram. Uma vez que a Dinastia Han chegou oficialmente ao poder em 206 a.C., porém, eles prontamente propagaram o pensamento confucionista para ajudar a normalizar a paz e a ordem de volta à sociedade. O conservadorismo social do Confucionismo também teve o benefício de estabelecer um sistema de pseudo castas em que todos sabiam seu lugar; em tal sociedade, a aristocracia han poderia consolidar seu lugar no topo. 162

Então, qual foi a palavra de Confúcio sobre os indivíduos LGBT+? Nada. Mas, ao contrário do silêncio do Taoísmo em relação à comunidade queer geralmente interpretado de forma positiva, o silêncio do Confucionismo tem sido mais frequentemente interpretado de forma negativa. A razão para isso são os nossos velhos amigos e a vergonha da família. Confúcio ensinava que a família era o modelo ideal para a ordem social e, além de delinear o lugar de cada parente na hierarquia familiar patriarcal, ele a usava como metáfora do bom governo.

Tão poderosamente icônico foi o uso do Confucionismo de um bom governo baseado em uma boa estrutura familiar que foi usado pelo juiz Anthony Kennedy na opinião majoritária da Suprema Corte dos EUA sobre a lendária decisão Obergefell v. Hodges em 2015 (a que legalizou o casamento entre pessoas do mesmo sexo os EUA). Especificamente, ele escreveu: “A centralidade do casamento para a condição humana não surpreende que a instituição exista há milênios e entre civilizações…. Confúcio ensinou que o casamento está na base do governo.” 163

Ironicamente, foi essa mesma lógica confucionista que a China pré-comunista usou para suprimir os direitos LGBT+. Uma boa família era aquela que cumpria seus deveres. Para os filhos, era obedecer inquestionavelmente aos pais até se tornarem adultos, quando então se casariam e teriam seus próprios filhos, somando-se à família e fortalecendo-a. Se uma dessas crianças fosse queer, então uma chave seria lançada no sistema por sua relutância em se casar com uma pessoa do sexo oposto e/ou sua incapacidade de gerar filhos se tivessem um amante do mesmo sexo. Uma criança bissexual foi forçada a se casar apenas com o sexo oposto. Ser transgênero estava simplesmente fora de questão, pois desafiava a rígida e conservadora hierarquia de gênero do Confucionismo, onde você fica no seu lugar e não deseja ser outra coisa. E, claro, a vergonha era o chicote que mantinha todos na linha. 164

Embora algo vergonhoso, ser LGBT+ não foi crime em grande parte da história da China. Isso tudo mudou após as Guerras do Ópio de meados do século XIX, quando ficou dolorosamente claro para a derrotada Dinastia Qing que a China precisava se modernizar para ter alguma chance de ser levada a sério pelas potências imperiais ocidentais. Assim, junto com muitas outras coisas, a China adotou a moral ocidental moderna em um esforço para imitar o Ocidente e parecer igualmente moderna. Isso significava que todas as coisas queer não seriam mais toleradas legalmente, assim como na Europa. A homossexualidade permaneceu ilegal na China até que o Partido Comunista a legalizou em 1997 e a removeu da lista oficial de doenças mentais em 2001. 165

A CONTRIBUIÇÃO DO CONFUCIONISMO:

A Prevenção da Guerra Civil:

O objetivo original do Confucionismo para o qual foi criado era um código de conduta para reprimir a guerra civil. Há uma guerra civil semelhante acontecendo em nossa comunidade queer. Brigamos entre nós por tudo. Algumas das reclamações internas são legítimas; alguns são frívolos. Mas há tantas brigas internas de todos os lados que o frívolo às vezes parece legítimo e o legítimo às vezes parece frívolo.

Os direitos civis são um processo longo e lento. A maioria das pessoas neste planeta não vai acordar de repente um dia e perceber que todas as pessoas queer são iguais em todos os sentidos às pessoas não-queer. Em nenhum lugar da história do mundo isso foi o caso de qualquer questão social. Temos que vencer batalha por batalha, mas brigar entre si sobre como cada batalha deveria ser travada ou poderia ter sido melhor vencida só cria animosidade. Temos que apreciar cada vitória; desde que seja uma vitória para a comunidade queer, por menor que seja e por qualquer letra da sigla LGBT+, merece apoio e reconhecimento. O objetivo é vencer a guerra, não apenas a batalha pessoal que resolve o problema para você pessoalmente. A vitória total é uma maratona, não um sprint ou uma corrida de velocidade. Leva tempo. Até lá, todas as vitórias contam e temos de nos manter unidos.

A comunidade mágica está em apuros semelhantes. Certas tradições são tão rápidas em menosprezar outras tradições como não sendo magia real ou magia frívola ou como sendo de uma tradição que não tem raízes antigas ou “autênticas”. Os praticantes de magia já são uma minoria difamada por um grande número de pessoas. Precisamos nos manter unidos e edificar uns aos outros. Contanto que a magia de alguém seja eficaz e funcione para eles, quem se importa se não for do seu agrado ou dos padrões de sua tradição? Deixe as pessoas viverem suas próprias vidas; promulgar uma guerra civil não validará suas próprias opiniões. As guerras civis nunca mudam de opinião, apenas eliminam as mentes do lado perdedor.

Então, para sua próxima atividade mágica, escolha uma tradição mágica com a qual você sente que tem problemas e faça uma pesquisa imparcial sobre ela. Encontre algo sobre essa tradição que ressoe com você e, em seguida, incorpore-o em seu próximo feitiço. Ao encontrar algum terreno comum e realmente provar a si mesmo a eficácia de uma tradição que você não necessariamente gosta, isso ajudará a diminuir a divisão.

A ESPIRITUALIDADE QUEER NO BUDISMO MAHAYANA:

O Budismo foi a última das três principais religiões a se firmar e influenciar grandemente a cultura chinesa, chegando durante o primeiro século d.C. de missionários indianos muitos séculos após o Taoísmo (século VI a.C.) e a morte de Confúcio (479 a.C.). Especificamente, o Budismo Mahayana foi o ramo mais bem sucedido do Budismo. Atraiu a China densamente povoada por causa de sua ênfase na libertação espiritual universal para todos e não simplesmente na iluminação pessoal, que era vista apenas como um meio para ajudar melhor todos a alcançar a iluminação.

Como o Budismo estava atrasado para a festa religiosa, encontrou forte resistência. Sua chegada durante o pró-confucionismo da Dinastia Han o tornou inicialmente impopular, já que o Confucionismo era sobre o lugar e o dever de cada um na sociedade, enquanto o Budismo defendia uma fuga da sociedade por meio do desapego pessoal dos problemas sociais. Os dois não se misturavam muito bem e, como o Budismo era uma religião estrangeira, estava associado à barbárie e ao atraso. Era, no entanto, mais semelhante à religião nativa e antiga favorita do Taoísmo, pois ambas tinham visões de mundo liberais e uma aversão a hierarquias sociais estritas. Assim, os missionários indianos tentaram aumentar as semelhanças entre o Budismo e o Taoísmo. Isso levou o Budismo a se afastar de suas origens mais estoicas e ímpias na Índia e se fundir em uma tradição mais mística com um panteão de bodhisattvas sobrenaturais que, depois de atingir a iluminação, perderam a felicidade do nirvana para ajudar as massas a alcançar a iluminação também. 166

A vastidão da China e sua enorme quantidade de tribos amplamente diferentes de pessoas forçaram o Budismo a se adaptar e mudar quando necessário. É por isso que existem tantas visões únicas da filosofia budista em todo o país. Em relação a onde a comunidade LGBT+ se encaixa no Budismo chinês, a resposta está em todos os lugares e em nenhum lugar. Embora alterado e adaptado aos gostos chineses, o Budismo Mahayana tem as mesmas crenças e filosofias fundamentais originadas pelo próprio Buda na Índia. Tudo existe na mente, e tudo fora da mente são apenas rótulos que colocamos em nosso eu infinito, incluindo sexualidade e gênero. Nós somos o que somos, e qualquer coisa mais é uma rotulação da mente para dar sentido e interagir com o mundo ao nosso redor.

A CONTRIBUIÇÃO DO BUDISMO MAHAYANA:

Precedendo o Nirvana:

O Budismo Mahayana é de longe o mais popular dos três ramos budistas, reivindicando um pouco mais da metade de todos os adeptos globais. Não surpreendentemente, também é o mais popular em nações com grandes centros urbanos e condições de vida densamente povoadas, particularmente China e Japão. Em tais lugares é difícil escapar da sociedade, e só o foco social do Budismo Mahayana é relacionável.

Em um nível queer, nós, às vezes, queremos nos afastar do mundo. Queremos escapar da sociedade problemática e sua discriminação e fugir para viver entre nossa própria espécie, onde todos nos entendem. Mas isso é impossível. Mesmo enclaves altamente populosos de pessoas queer como West Hollywood e Castro District, em São Francisco, não são 100% queer nem tolerantes.

E por isso muitas vezes nos isolamos dentro de nossa comunidade. Só vamos a lugares queer, só permitimos que outras pessoas queer sejam amigas íntimas e só interagimos com pessoas cisgênero no trabalho ou quando necessário. Fabricamos um paraíso isolado para que nunca nos sintamos desconfortáveis.

Mas isso vai contra a mentalidade de libertação universal do Budismo Mahayana. Ao contrário de outros ramos budistas, o objetivo do Mahayana não é fugir do mundo para um paraíso pessoal, mas sim trazer o mundo inteiro para esse paraíso. Estar na linha de frente da defesa LGBT+ e alcançar a heterossociedade pode não ser confortável, mas é a única maneira de trazer toda a nossa comunidade para um mundo melhor. Afinal, é por causa dessas pessoas que renunciam à paz pessoal para estar no meio das batalhas pelos direitos civis que temos o nível de paz e aceitação que desfrutamos hoje.

Na comunidade mágica, estando mais em contato com o mundo natural, há uma fantasia idealizada comum de fugir das cidades e viver em meio à natureza, onde os problemas das cidades densamente povoadas não existem. Por causa disso, muitos de nós menosprezamos a vida urbana entre pessoas não-mágicas como um modo de vida menos idealizado que as circunstâncias nos forçam a viver. Mas isso só funciona contra nós em nossa magia. Como podemos criar um feitiço com as forças naturais ao nosso redor se estamos constantemente derrubando as forças naturais nas quais vivemos nossas vidas cotidianas, as forças do urbanismo?

Então, para sua próxima atividade mágica, entre em contato com o deva espiritual da cidade em que você vive, e então comece um relacionamento com essa entidade. Compreendam-se e comuniquem-se. Praticantes de magia geralmente fazem o mesmo ao entrar em lugares “naturais” como florestas, desertos e corpos d’água, então por que não a cidade em que você vive e passa a maior parte de sua vida? Como qualquer relacionamento, levará tempo para que a confiança e a amizade se desenvolvam, mas quando isso acontecer, você começará a perceber que a cidade e sua sociedade estarão ajudando você proativamente com o que você precisa.

DIVINDADES E LENDAS QUEER:

O Alquimista Raposa:

A história do Alquimista Raposa é um antigo conto popular chinês com uma forte mensagem LGBT+ que combina as filosofias taoísta e budista sobre o amor transcendente. Conforme a história, um estudioso idoso é visitado em sua casa solitária uma noite por um homem vestido de preto pedindo para fazer amor com ele. O estudioso fica desconfiado, mas o estranho explica que eles já foram amantes em uma vida anterior e que ele está procurando por sua alma gêmea desde então.

O estudioso começa a se lembrar de seu amor trágico de uma vida passada – como ele tinha sido uma jovem e o estranho seu jovem marido. Eles juraram amar um ao outro para sempre, mas durou pouco, pois eles se apaixonaram durante uma das guerras civis da China e tiveram um fim horrível ainda jovens. A esposa foi sequestrada por soldados rebeldes e tirou a própria vida para não ser estuprada. O marido juntou-se aos soldados rebeldes e morreu na batalha.

Para cada uma de suas ações, o karma os premia adequadamente. A esposa, por sua lealdade ao marido e imperador ao cometer suicídio antes que os soldados pudessem estuprá-la, foi autorizada a reencarnar como homem — não qualquer homem, mas um sábio literato. (Porque, lembre-se, esta é a China antiga e o valor patriarcal dos homens sobre as mulheres ainda era muito forte.) O homem, por sua deslealdade ao imperador e vontade de lutar pelos soldados rebeldes, reencarnou como um animal menor, uma raposa.

Mesmo sendo uma raposa, o marido ainda amava sua esposa e desejava cumprir seu voto de amá-la para sempre. Então, depois de descobrir que ela havia reencarnado em um estudioso do sexo masculino, ele estudou alquimia taoísta e encontrou a mistura mágica que o transformaria novamente em humano para que pudessem ficar juntos, com a ressalva de que os efeitos da poção durariam apenas um ano.

Agora, com a enxurrada de memórias voltando ao estudioso, ele reconhece seu ex-marido no estranho, mas ele não sabe como eles poderiam fazer amor um com o outro agora que ambos são homens. O estranho garante ao estudioso que confie nele e lhe diz que, enquanto os dois se amarem, sempre haverá um caminho.

Os dois aproveitam o tempo e fazem amor todas as noites durante 365 dias consecutivos. Inicialmente, depois que acabou e o estranho voltou a ser uma raposa, o estudioso idoso se perguntou se tudo não tinha sido um sonho, mas ele lembrou que seu amante lhe disse que a evidência de seu amor estaria para sempre nos pilares de sua casa. E assim ficaram: 365 marcas de mordidas feitas durante a agonia da paixão foram embutidas nos pilares de madeira.

Além da misoginia neste conto, é antigo como o amor não conhece limites. Está além do gênero, da idade física e até do próprio tempo. O conceito do próprio espírito é defendido como fluido de gênero, mas o amor é mostrado como sempre constante. 167

Guanyin:

Guanyin (também escrito Quan Yin ou Kwan Yin) é a bodhisattva da compaixão. De acordo com sua lenda, ela alcançou a iluminação, mas porque ela tinha tanta compaixão pela humanidade, ela se recusou a entrar no nirvana feliz até que todos os humanos pudessem vir com ela. Ela reencarnou como uma bodhisattva e se dedicou a ajudar a acabar com o sofrimento das pessoas em todos os lugares.

Seu lugar entre as divindades queer-positivas vem de ela ser uma mulher transgênero e um ícone do movimento LGBT+ na China. Historicamente, quando os missionários indianos espalharam o Budismo na China, Guanyin era o aspecto feminino do bodhisattva masculino Avalokiteshvara, mas esse aspecto feminino se tornou mais popular entre os chineses, levando Guanyin a se tornar seu próprio bodhisattva folclórico separado.

Sua identidade transgênero, no entanto, foi apoiada e mantida por taoístas e budistas, com os taoístas vendo Guanyin como uma harmonia divina das energias yin femininas e yang masculinas, e os budistas a vendo como a perfeição de um homem que aceitou sua compaixão interior e feminilidade que ele alcançou a plena feminilidade.

Por muitos séculos, Guanyin foi um símbolo sutil adotado pelas lésbicas chinesas, não apenas porque ela era uma protetora das mulheres, mas também porque ela supostamente defendia o casamento heterossexual para buscar uma vida mais espiritual. Para a maioria dos movimentos queer e feministas na China, Guanyin é um símbolo do tipo de paz, felicidade e harmonia que pode ser alcançada se a sociedade não enfatizar seu culto à masculinidade e abraçar sua feminilidade auto-suprimida, bem como amor e amor. compaixão por todas as pessoas, independentemente de quem elas sejam. 168

Os Imperadores Queer:

Enquanto muitos imperadores chineses são registrados como tendo tendências queer, nenhum foi tão lendariamente queer quanto o imperador Wu e o imperador Ai.

O imperador Wu, embora belicista, foi um grande defensor do Confucionismo, estabelecendo as primeiras universidades oficiais do país para ensiná-lo ao povo. Apesar do conservadorismo social do Confucionismo, o imperador Wu teve vários amantes do sexo masculino ao longo de sua vida. Seu amor mais forte era por um ex-colega de classe chamado Han Yun. Eles começaram um caso de amor juntos ainda jovens e, após a ascensão ao imperador, Wu lhe concedeu títulos e cargos de prestígio no governo. O favoritismo óbvio causou muita tensão na corte e fez dele um hipócrita, já que ele era o imperador que havia implementado a regra de promover e outorgar patente com base na excelência acadêmica em vez de nepotismo e ter as conexões certas. Em última análise, a pressão de todos os lados forçou Wu a ordenar que Han Yun tirasse a própria vida, encerrando o caso e o lugar indevido de seu amante no governo. 169

O outro monarca gay da China Han, o imperador Ai, é provavelmente o mais conhecido. Ai não tentou esconder sua preferência sexual por homens e teve um romance público de longa duração com um de seus funcionários menores, Dong Xian. O relacionamento deles acabou levando o eufemismo chinês da homossexualidade a ser referido como “a paixão da manga cortada”. Isso se originou de um famoso incidente em que, enquanto se aconchegava na cama, o imperador Ai queria se levantar, mas isso arriscaria acordar seu amante, que dormia profundamente em cima de uma de suas grandes mangas de corte. Então, em vez de correr esse risco, Ai simplesmente cortou sua manga.

Como o imperador Wu, no entanto, Ai mostrou grande favoritismo a Dong Xian, promovendo-o a comandante das forças armadas. Infelizmente para seu amante, o imperador Ai morreu repentina e inesperadamente, deixando Dong Xian como o oficial de alto escalão socialmente desprezado em uma corte sem imperador. Ele acabou sendo expulso e forçado a cometer suicídio. 170

Bibliografia:

[contents]

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  1. Martin Weber, “Move Over, Confucius!” The Hufftngton Post, Jan. 30, 2012, http://www.huffingtonpost.com/marten-weber/move-overconfucius_b_1240939.html (accessed Nov. 19, 2016).
  1. Associated Press, “China Decides Homosexuality No Longer Mental Illness,” South China Morning Post, Mar. 8, 2001, http://www.hartford-hwp.com/archives/55/325.html (accessed Nov. 19, 2016); Bret Hinsch, Passions of the Cut Sleeve: The Male Homosexual Tradition in China (Berkeley: University of California Press, 1992).
  1. Kang-nam Oh, “The Taoist Influence on Hua-yen Buddhism: A Case of the Sinicization of Buddhism in China,” Chung-Hwa Buddhist Journal 13 (2000), https:// web.archive.org/web/20100323000712/http://www.chibs.edu.tw/publication/chbj/13/chbjl338.htm (accessed Nov. 21, 2016).
  1. Xiaomingxiong, GLBTQ Archives, http://www.glbtqarchive.com/literature/chin ese_myth_L.pdf.
  1. Kayla Wheeler, “Women in Religion: Does Gender Matter?” in Controversies in Contemporary Religion: Education, Law, Politics, Society, and Spirituality, edited by Paul Hedges (Santa Barbara: Praeger, 2014).
  1. Hinsch, Passions of the Cut Sleeve: The Male Homosexual Tradition in China.
  1. Hinsch, Passions of the Cut Sleeve.

Fonte: Queer Magic, por Tomás Prower.

Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/asia-oculta/a-espiritualidade-queer-na-china/

‘Caibalion: A Filosofia Hermética

 

Tradução de ROSABIS CAMAYSAR
Editado por F.’. L.’. FEDRO, 2001

O Caibalion é um livro esotérico e ocultista que resume e ensina sobre a Lei da Atração Hermética e as regras da Transmutação Alquímica. A palavra hebraica Caibalion, significa ‘ensinamentos trazidos por um ente superior.’. esta palavra tem a mesmaraiz que Qabala, Qibul, ou Qibal.

O livro foi escrito por três indivíduos auto-intitulados Os Três Iniciados, e segundo eles o livro contém a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegistus. Foi publicado para o grande público pela primeira vez em  francês em 1908.

ÍNDICE

 

 

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/caibalion-a-filosofia-hermetica/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/caibalion-a-filosofia-hermetica/

12 Plantas das Fadas para o Seu Jardim

Por Sandra Kynes.

Ao longo do folclore, muitas plantas foram associadas às fadas e algumas delas foram notadas como sendo especialmente favorecidas pelas fadas. Cultivar até mesmo uma planta especial em seu jardim pode atrair fadas e ajudá-lo a trabalhar com elas. Claro, as plantas têm usos mágicos e as fadas podem ajudar a guiá-lo.

  1. Dedaleira (Digitalis purpurea): Também conhecida como luvas de duende, sinos de fadas, gorros de fadas, anáguas de fadas e sinos de raposa. Talvez mais do que a maioria, esta planta está intimamente associada às fadas e, em muitas lendas, diz-se que elas ficam especialmente encantadas com as flores. Com sua forma longa e em forma de sino, dizia-se que as flores criavam um som mágico. Para uso mágico: Como se diz ser uma planta favorita, segure uma folha entre as mãos sem removê-la da planta enquanto você sussurra uma saudação às fadas e as recebe em seu jardim.
  1. Bata da Senhora (Cardamine pratensis): Também conhecido como agrião-dos-prados e leiteiras. Acreditava-se que esta planta era sagrada para as fadas e, segundo a lenda, só cresceria em lugares especiais para elas. Parecendo pequenos aventais em um varal, dizia-se que as flores eram vestidos costurados por elfos. Para uso mágico: Coloque um sachê de flores secas em seu altar durante as sessões de adivinhação para orientação.
  1. Lavanda: Lavanda inglesa (Lavandula angustifolia): Também conhecida como folha de elfo. Vestindo uma argola de flores de lavanda na véspera do Solstício de Verão (Midsummer) e jogando alguns raminhos na fogueira, dizia-se que permitia que uma pessoa visse elfos e fadas. Para uso mágico: O aroma de lavanda aumenta a consciência e a intuição para o trabalho dos sonhos e todas as formas de trabalho psíquico. O perfume também ajuda a contatar guias espirituais.
  1. Lilás: Lilás francês (Syringa vulgaris): O cheiro de lilás é tão etéreo que parece ter vindo do reino das fadas. Uma flor lilás branca com cinco pétalas em vez de quatro é chamada de lilás da sorte e diz-se que é um presente das fadas. Para uso mágico: coloque um galho em sua mesa ou em algum lugar em seu espaço de trabalho para estimular a inspiração e aumentar a criatividade. Seque um ou dois cachos de flores para usar como amuleto para atrair o amor.
  1. Lírio-do-Vale (Convallaria majalis): Também conhecido como copos de fadas, escada de fadas, sinos de maio e lírio de maio. Segundo a lenda, as fadas estavam colhendo orvalho e penduravam suas xícaras em folhas de grama quando paravam para dançar. Tendo demorado muito, seus copos ficaram presos na grama e o lírio do vale foi criado. Para uso mágico: Seque algumas raízes, triture-as em pó e use-as em amuletos para superar desafios e alcançar objetivos.
  1. Avenca (Adiantum capillus-veneris): Também conhecida como samambaia de fadas. Segundo a lenda, as fadas usavam coroas de samambaia para importantes ocasiões festivas. Eles também enrolaram as folhas para usar como travesseiros. Para uso mágico: Para aprimorar a magia defensiva, carregue uma pequena bolsa com folhas secas ou em pó. A  Avenca também é fundamental para banir qualquer coisa indesejada de sua vida.
  1. Rosa: Rosa Canina (Rosa canina): Também conhecida como rosa da praia e briar selvagem. Apaixonados por rosas em geral, é dito que as fadas acham especialmente divertido pular em arbustos de rosas caninas. A rosa mosqueta de uma roseira de cachorro é conhecida como pera das fadas. Para uso mágico: Para ajudar a aterrar e centralizar sua energia antes de uma sessão de adivinhação, segure uma folha de rosa ou pétala de flor entre as mãos. Faça isso também antes de dormir para encorajar sonhos proféticos.
  1. Alecrim (Rosmarinus officinalis): Também conhecido como folha de elfo. Na Holanda, acreditava-se que o alecrim marcava um lugar onde os elfos se reuniam. Favorecidas pelas fadas na Sicília, dizia-se que as flores serviam como berços para fadas bebês. Para uso mágico: Pendure um sachê de flores secas na cabeceira da cama para ajudar a lembrar dos sonhos. Rosemary também é eficaz em feitiços de ligação/amarração e banimento.
  1. Erva de São João (Hypericum perforatum): Também conhecida como moeda de João e rosa de resina. Em seu banquete na véspera do solstício de verão, dizia-se que as fadas dançavam ao redor das plantas de erva de São João e as borrifavam com vinho de prímula. A erva de São João é supostamente um disfarce diurno para os cavalos das fadas. Para uso mágico: Queime algumas folhas secas em uma lareira ou caldeirão e deixe sua fumaça pungente purificar sua casa e/ou área ritual.
  1. Tulipa: Tulipa de jardim comum (Tulipa gesneriana): Também conhecida como tulipa de Didier. Dizia-se que as fadas embalavam seus bebês para dormir em tulipas antes de dançar nos prados. Qualquer tulipa que parecia viver mais do que outras flores em um jardim era supostamente um berço de fada. Para uso mágico: carregue um bulbo de tulipa como um amuleto para dar sorte ou coloque um vaso de flores em sua cozinha para convidar a abundância para sua casa.
  1. Anêmona dos bosques: europeia (Anemone nemorosa), norte-americana (A. quinquefolia): Também conhecida como flor de anêmona de fada e flor de anêmona dos bosques. As anêmonas dos bosques têm a reputação de serem as favoritas das fadas. Segundo a lenda, as fadas pintavam as estacas nas flores ao luar. Para uso mágico: Para aumentar a coragem, carregue três sementes em sua bolsa ou bolso. Para dar sorte, sopre na primeira anêmona dos bosques que você vir na primavera e faça um desejo.
  1. Íris Amarela (Iris pseudacorus): Também conhecido como lírio da bandeira, lírio da espada e bandeira amarela. Nas lendas celtas, as fadas eram frequentemente descritas como tendo cabelos da cor da íris amarela. Na Inglaterra, dizia-se que as fadas se aninhavam nas flores durante o dia. Para uso mágico: mantenha uma foto de íris amarela em sua mesa ou em seu espaço de trabalho para servir de musa para inspiração criativa. Queime uma flor seca em um feitiço para trazer sucesso.

Incluir uma ou duas plantas que as fadas gostam em seu jardim  mostra seu interesse e sinceridade e ajudará na construção de um relacionamento. Um jardim não precisa ser grande; pode consistir em vários vasos de flores em uma varanda ou varanda. O importante é torná-lo acolhedor e especial, e eles virão.

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Sobre a autora:

Sandra Kynes (Mid-coast Maine) é membra da Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas e autora de dezessete livros, incluindo Star Magic, Llewellyn’s Complete Book of Correspondences, Mixing Essential Oils for Magic e Sea Magic. Além disso, seu trabalho foi apresentado no Utne Reader, The Portal e Circle Magazine. A escrita de Sandra também aparece regularmente nos populares almanaques e agendas de Llewellyn.

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Fonte:

12 Faery Plants for Your Garden, by Sandra Kynes.

COPYRIGHT (2022) Llewellyn Worldwide, Ltd. All rights reserved.

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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/criptozoologia/12-plantas-das-fadas-para-o-seu-jardim/

‘O Príncipe de Maquiavel

Nicolau Maquiavel escreveu ‘O Príncipe’, um clássico da literatura política, como um presente a Lourenço II de Medici. Era uma época muito diferente. A Itália que conhecemos hoje era ainda uma série de reinos concorrentes. Seus principados eram conquistados e perdidos o tempo todo. Era uma época onde o poder dos papas se confundia com o poder dos imperadores e a Idade Média dava lugar a Renascença.

Maquiavelismo virou sinônimo de maldade, mas não é bem assim. Acima de tudo ele retratou o que via. Ele tinha uma vasta experiência no campo da política. Atuou como diplomata nas cortes europeias por décadas e testemunhou a queda e ascensão das realezas. Estes anos na corte formaram uma visão pessimista do ser humano. Ele acreditava que as pessoas são ingratas, mentirosas, covardes e gananciosas. Como governar sabendo disso?

Os livros de história e sua carreira lhe ensinaram que não podemos confiar em ninguém. Aquele que você ajudou ontem pode te trair amanhã. Para ele quem tentar ser bom com todos o tempo todo naturalmente acabará na ruína pois terminará sendo passado para trás pelas outras pessoas que não são boas. O objetivo deste livro é ser um manual que ajudasse o príncipe a conquistar e manter o poder mediante em um mundo cruel. Ele traz uma série de conselhos, sugestões e exemplos históricos.

Desde 1513, quando o livro foi escrito, muita coisa mudou. Os principados deram lugar a estados nacionais. O feudalismo virou capitalismo. O absolutismo deu lugar a repúblicas. O poder do papa diminuiu e a democracia aumentou. Mas uma coisa não mudou: o espírito humano. Muitas das ideias  deste microbook podem facilmente ser levadas para a atualidade e vistas na política e no mundo dos negócios atuais.

Segue resumo:

Virtude e Fortuna

 

O primeiro conceito importante que Maquiavel nos entrega é que o destino é guiado pela Fortuna e pela Virtude. Estas palavras têm, nesta obra um sentido um pouco diferente do que estamos acostumados. Fortuna seria tudo aquilo que acontece que você não tem nenhum controle, os golpes de sorte e de azar, também chamados de “atos de Deus”.  Virtude por sua vez  é aquilo que você planeja e faz ativamente. Um dos principais problemas dos príncipes segundo o autor é confiar demais na fortuna e não se preparar para ativamente expandir ou manter o seu reinado. É o que chamamos hoje de comodismo.

 

Se você chega ao poder pelo caminho da virtude tem uma base forte e sabe o que precisa fazer para continuar lá. Por outro lado se o seu principado é fruto de um golpe de sorte, seu trono logo será conquistado por aqueles que ativamente querem tomá-lo. Maquiavel afirma ainda que quanto mais a sorte influenciou na chegada ao poder de um príncipe, mais esforços serão necessários para mantê-lo.

 

O segredo do caminho da fortuna é saber reter os golpes de sorte e lidar com os golpes de azar. Mais importante ainda é ser proativo o bastante e não deixar as coisas ao gosto do acaso. A primeira lição que um príncipe deve aprender é não depender da sorte.

Os Novos Principados

 

Maquiavel descreve dois tipos de principados. Os hereditários e os novos. Os hereditários costumam ter menos problemas. Nestes casos basta não desprezar os costumes dos antepassados e saber lidar com os acasos. Um príncipe hereditário não precisa de grandes capacidades estratégicas e se manterá no poder. Só algo extraordinário, como um forte usurpador pode lhe tirar o trono.

 

Os maiores problemas estão com os novos principados , aqueles que acabaram de ser conquistados. Muitas vezes os homens mudam de senhor pensando que podem melhorar de situação e essa crença pode os fazer pegar em armas contra seu senhor atual. Com medo disso, os novos príncipes sempre ocupam seus territórios conquistados com soldados. Essa não é a melhor decisão pois compromete os recursos militares. Também não impede que a família do antigo príncipe se erga em contra ataque. Além disso, mesmo os melhores soldados precisam de apoio dos habitantes locais.

 

Maquiavel sugere nesses casos duas estratégias: em primeiro lugar extinguir completamente a linhagem do antigo príncipe. É importante ter certeza que ela não brotará novamente. A segunda estratégia complementar é não alterar suas leis, costumes, nem impostos deixando o povo seguir com suas vidas. Em pouco tempo o território conquistado passa a ser incorporado ao principado.

Lidando com os estrangeiros

Quando o território ocupado tem idioma, tradições e leis muito diferentes surgem dificuldades. Neste caso um dos mais eficientes remédios é o próprio príncipe ir habitá-lo. Isso evita que o local seja saqueado por subalternos e que algum forasteiro ocupa o vácuo de poder deixado pelo príncipe anterior. Além disso a presença do novo príncipe aumenta para os novos súditos as razões para amá-lo, se forem bons e temê-lo se forem rebeldes.

 

No novo território o príncipe deve cuidar de defender os menos fortes e enfraquecer os poderosos. Temos aqui um duplo benefício. Em primeiro lugar o príncipe ganha prestígio com a maior parte da população que alimenta a crença de que as coisas estão mais favoráveis, por outro lado isso garante que nenhuma das forças locais tenha poder o suficiente para tornar-se um concorrente. Por fim, mudar-se para o novo território permite vigiar de perto as desordens e rebeliões que possam surgir. Evitar a oposição é muito mais fácil quando a pegamos no início do que quando o tempo permite que ela se fortaleça.

Chegando ao poder

Maquiavel descreve quatro formas de se conquistar um Principado: pela virtude, pela fortuna, por golpes de crimes e com o apoio do povo ou das elites. Em seguida ele analisa cada um dos métodos e estratégias. O primeiro deles é o de chegar ao poder pela virtude de suas próprias armas.

 

Criar um novo principado não é fácil e exige muita virtude de seu criador. Mas quando um príncipe é fundador do seu próprio Estado é quase certo que ele se manterá no poder sem grandes dificuldades. Maquiavel usa o exemplo de Moisés da Bíblia e de Rômulo, fundador de Roma, Círio pai dos persas e Teseu fundador de Atenas. O fato destes príncipes só terem um estado para controlar faz com que sejam residentes dos mesmos, o que como já vimos facilita muito as coisas.

 

Sobre o uso da Fortuna

 

Quem ganha um principado por fortuna só com muito esforço se mantêm. É o caso dos muitos líderes gregos que foram feitos príncipes por Dario I. Estes estão sempre vulneráveis a mesma sorte ou vontade externa que lhes deu o poder. Não sabem e não podem fazer nada para manter a sua posição. Destes dois citados modos de vir a ser príncipe, por virtude ou por fortuna, quero apontar dois exemplos ocorridos nos dias de nossa memória: estes são Francisco Sforza e César Bórgia. Em primeiro lugar é necessário extinguir as famílias dos senhores anteriores para evitar que se reergam. Em segundo, é necessário conquistar a população, por meio de um bom governo que dê um pouco de poder aos mais fracos. Em terceiro deve-se conquistar o máximo de poder para que, quando o Príncipe que lhe concedeu o estado for derrubado ou morrer você consiga se manter intacto.

 

Chegando ao poder por meio de crimes

 

Em vez de criar um estado alguns príncipes chegam ao poder por meio de golpes e ações criminosas dentro de sua própria pátria. Maquiavel usa o exemplo de Agátocles que ganhou o principado da Sicília matando seus senadores e homens ricos e Alexandre VI que matou e traiu sua própria família. Nesses casos a violência deve ser rápida e pontual de modo a não precisar renová-la a cada dia. Além disso é necessário conquistar os súditos com benefícios vindos desta violência. Os crimes devem ser feitos de uma vez para que ofendam menos e os benefícios devem ser feito aos poucos para que sejam melhor apreciados.

 

Chegando ao poder pelo prestígio

 

Em todas as cidades existem duas tendências diversas: o povo que não quer ser mandado nem oprimido pelos poderosos e estes desejam governar e oprimir o povo. Destes dois anseios diversos um Príncipe pode ganhar poder. Maquiavel sugere que entre estes dois o príncipe prefira o apoio do povo. Em primeiro lugar ele entende que os anseios do povo são mais legítimos que o dos poderosos. Os poderosos querem oprimir mais enquanto a população só não quer ser oprimida. Mas há razões práticas também: a elite é difícil de manobrar enquanto o povo está acostumado a obedecer. È ainda mais fácil se proteger da inimizade dos grandes porque são poucos e concorrem entre si do que do povo que são muitos e estão em toda parte. Por fim as elites estão sempre mudando ao passo que o povo é sempre o mesmo povo. Seja quem for que o colocar no poder um príncipe deve sempre prezar a amizade do povo. Não apenas isso mas deve pensar sempre em fazer com que seus cidadãos sempre tenham necessidade do Estado e dele mesmo. Para ilustrar este tipo de principado Maquiavel escolheu o exemplo de Nabis, líder dos espartanos que com apoio do povo suportou assédio de toda a Grécia e do exército romano.

 

Milícias e Soldados Mercenários

 

Maquiavel também trata  dos meios ofensivos e defensivos que os principados se fazem valer. Estas armas podem ser suas próprias, auxiliares ou mercenárias. É um grande perigo que a segurança do seu principado dependa de forças auxiliares ou mercenárias. Mercenários são por sua própria natureza ambiciosos, indisciplinados e infiéis. Assim como foram contratadas a você podem ser contratadas por seus inimigos. As tropas auxiliares são igualmente perigosas pois também servem interesses diferentes dos seus. No caso de uma vitória sempre se sai devedor cativo dos principados auxiliares.

 

Um príncipe prudente deve sempre evitar essas alternativas  e lutar com suas próprias forças. È melhor perder com suas próprias armas do que vencer com as dos outros, pois na verdade neste caso não é você que está vencendo. Para Maquiavel a ruína do Império Romano teve início quando começaram a pedir ajuda aos godos. Entre depender de boas armas e bons amigos, é melhor escolher as armas. Sempre que se tem boas armas os amigos aparecem. Sem ter armas próprias nenhum principado está seguro.

A Arte da Guerra

 

Um príncipe não deve ter nenhum objetivo  senão a guerra, sua preparação e disciplina. Essa virtude é o que mantém aqueles que nasceram príncipes e é a que torna homens comuns ao principado. Negligenciar esta arte é o primeiro passo para ser conquistado e deposto. Quando um príncipe pensa mais nas delicadezas da corte do que nas armas, logo perde seu estado. Ciro conquistou o império dos medas quando eles se acostumaram com a paz a ponto de se tornarem frouxos demais para a guerra.

 

O príncipe pode se manter com o pensamento guerreiro de duas formas: pela ação ou pela mente. Pela ação ele mantém suas tropas organizadas, exercitadas e disciplinadas.  Ele sugere a caça e os exercícios de guerra como uma forma dos soldados se acostumarem a fadiga e ao domínio do terreno. O príncipe deve também estar mentalmente pronto para a guerra, conhecendo as histórias e ações dos grandes homens examinando as causas de suas vitórias e derrotas.

 

Um príncipe inteligente nunca deve ficar ocioso em tempos de paz, mas sim com habilidade procurar sempre estar mais forte contra a adversidade. Desta forma quando a fortuna virar ele estará preparado.

Sobre a fama e a Infámia

 

Além das preocupações externas o príncipe deve estar sempre atento aos temores internos por parte dos súditos. Em geral a situação interna estará segura se a externa for estabilizada. Mas mesmos nestes casos deve-se estar atento a conspirações e a única forma de garantir isso é evitando ser odiado ou desprezado e mantendo o povo satisfeito.

 

Quanto mais proeminente for uma pessoa, mais alvo será de julgamentos. Isso coloca o príncipe em uma situação delicada, pois será sempre analisado para a fama ou infâmia aos olhos de todos. O ódio e o desprezo foi a causa da queda de imperadores como Heliogábalo, Macrino, e Juliano,  entre tantos outros. Para evitar isso Maquiavel recomenda que o Príncipe sempre evite a infâmia e buscar as boas qualidades. Mas as boas qualidades para um príncipe não são as mesmas dos demais homens.

 

Para Maquiavel uma qualidade virtuosa é aquela que ajuda o príncipe a conquistar ou manter seu estado. Muitas vezes as boas qualidades do povo são prejudiciais ao príncipe. Por isso Maquiavel enfatiza várias vezes que não se deve ter medo de cair em algo que seja considerado um defeito se isso for salvar ou fortalecer seu principado. Por exemplo, vale mais a pena ser amado ou temido pelos súditos? O ideal, segundo Maquiavel é ser as duas coisas. Mas na falta dessa possibilidade é melhor ser temido do que amado. Isso porque nos momentos da adversidade o medo da punição é mais resistente do que os laços de afeto.

Lidando com o povo

 

Outra implicação prática sobre a questão da fama e infâmia entre o povo é se o príncipe deve buscar a fama de piedoso ou de cruel. Diz Maquiavel que o príncipe deve ser tão piedoso quanto possível mas deve ter cuidado para que essa mesma piedade não o leve a ruína. Um Príncipe não deve ter medo de ser considerado cruel se essa crueldade manter seus súditos unidos e leais. A morte de um bandido apenas faz mal a ele mas o seu perdão, diz o autor, faz mal a toda a comunidade. Outro exemplo. Entre ter fama de miserável ou gastador o príncipe deve escolher o primeiro. É melhor ter fama de parcimonioso do que ter que roubar dos súditos para manter luxos e, o que é ainda pior, não ter recursos para a guerra quando precisar se defender.

 

Entretanto mais importante do que cultivar essas qualidades é cultivar a fama de possuí-las.  Um príncipe deve aparentar ser sempre piedoso, fiel, humano, íntegro, religioso. Deve inclusive se possível sê-lo realmente, mas estar preparado para não ser nada disso quando for necessário para manter o seu poder. Muitas vezes para proteger seu Estado terá que agir contra a fé, a caridade, a humanidade e a religião.

 

O Príncipe deve ainda estimular as virtudes entre o povo, dando oportunidade aos homens virtuosos e honrando os melhores em uma arte. Os cidadãos devem ser incentivados a exercer pacificamente suas atividades em suas ocupações e prêmios devem ser instituídos a aqueles que engrandecem a cidade. Sempre que aparecer alguém que realiza algo extraordinário, para o bem ou para o mal na vida civil, deve buscar meios de premiá-lo ou puni-lo de forma que seja bastante comentada. Em algum momento do ano, sugere Maquiavel, deve-se distrair o povo com festas e espetáculos.

 

Lidando com a corte

Na corte é necessário combater os bajuladores. Não há outro meio de se proteger da adulação do que fazer com que as pessoas entendam que não te ofendem dizendo a verdade. Por outro lado quando todos falam a verdade logo começam a faltar com a reverência. Para superar este dilema Maquiavel sugere que o príncipe escolha uns poucos homens sábios e que apenas a eles seja dada a liberdade de falar a verdade e somente daquilo que se pergunte. Deve-se consultar estes conselheiros em todos os assuntos e ouvir suas opiniões com frequência e então decidir por si mesmo o que fazer. Uma vez que a decisão seja tomada é melhor ser obstinado quanto a ela, a não ser que o cenário mude drasticamente. Quem procede de outra forma abre espaço a bajuladores e a mudança frequente de opinião frente a imensa variedade de pareceres possíveis em cada situação.

O príncipe deve demonstrar aborrecimento quando notar que algum destes conselheiros  por alguma razão não lhe diz a verdade. Deve ainda deixar claro que conselhos são bem aceitos apenas quando ele solicitar e não quando desejarem. Por outro lado ele deve solicitar essas opiniões com frequência, ser grande perguntador e paciente ouvinte das coisas perguntadas.  A todos os demais deve tolher o desejo de dar conselhos que não sejam solicitados.

Na escolha destes conselheiros e de outros possíveis ministros e secretários, Maquiavel sugere os critérios duplos da capacidade e da fidelidade. Após estar certo das boas capacidades práticas e intelectuais dos ministros o autor sugere um método simples para se reconhecer um bom ou um mal subalterno. Basta ver se ele pensa mais em si mesmo do que nos interesses do príncipe. Se for assim  jamais será um bom ministro, pois nele não se pode confiar. O príncipe deve escolher entre os homens aquele que pensa primeiro nos interesses do seu príncipe. Em compensação para conservá-lo sendo um bom ministro deve, por sua vez, pensar nele, honrando-o e fazendo-o rico,  afim de que não ambicione nada maior nem possa se imaginar sem sua proteção.

Como não perder a coroa

Nos capítulos finais de sua obra Maquiavel se dedica ao estudo das razões que levam os príncipes a serem derrubados do poder. As principais razões são a negligência das próprias armas, a inimizade do povo e a inabilidade de se proteger das elites. O autor diz que esses defeitos são muito comuns em príncipes que passam anos no poder e se acostumam com ele. Quando sua incapacidade militar ou política cobra seu preço eles erroneamente acusam a própria falta de sorte. O grande defeito dos homens, diz Maquiavel é na bonança não se preocupar com a tempestade.

A chave para não perder seu estado é saber adaptar-se às mudanças. O cenário político e militar mudam a todo momento e acreditar que o destino e a sorte lhe sorrirá sempre é um grave engano. Ainda que a fortuna varie a lição final de Maquiavel é que a fortuna deve ser dominada ou mesmo contrariada até que se faça vencer pela audácia de um príncipe obstinado.

Resumo do Resumo

  • Não confie na sorte. Estratégia e esforço deve ser a base de seu poder.
  • Esteja sempre preparado para a guerra. Não deixe os períodos de tranquilidade te amolecer.
  • Fortaleça sempre seu principado para não depender da força de aliados e mercenários.
  • O aliado mais poderoso que um Príncipe pode ter é seu próprio povo, mas é necessário estar atento aos movimentos das elites.
  • Entre ser amado ou temido escolha os dois. Mas se tiver que escolher só um caminho é melhor ser temido.
  • Proclame abertamente a importância de ser bom, justo, honesto, piedoso, mas não deixe que as virtudes sejam um obstáculo.
  • Evite bajuladores criando um conselho de poucos homens sábios que sejam honestos com você quando solicitado
  • Para manter sua coroa um príncipe deve saber adaptar-se as constantes mudanças no cenário político e militar.

 

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/baixa-magia/o-principe-de-maquiavel/ […]

[…] O Príncipe, Nicolau Maquiavel […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/baixa-magia/o-principe-de-maquiavel/

Cursos de Kabbalah e 72 Nomes de Deus

Dias 29/06/19 e 30/06/19 serão ministrados os Cursos de Kabbalah Hermética e dos 72 Nomes de Deus.

Informações: marcelo@daemon.com.br

Kabbalah

Pré-Requisitos: Nenhum.

A Kabbalah Hermética é baseada na Kabbalah judaica adaptada para a alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Golden Dawn e Ordo Templi Orientis no século XIX. Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística.

O curso abordará as diferenças entre a Kabbalah Judaica e Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre as 10 Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os 22 Caminhos e Daath, além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, arcanos do tarot, runas e símbolos associados a cada um dos caminhos.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– A Árvore da Vida em todas as mitologias.

– Simbolismo e Alegorias na Kabbalah

– Descrição e explicação completa sobre as 10 esferas (sefirot).

– Descrição e explicação completa sobre os 22 caminhos.

– Cruzando o Abismo (Véu de Paroketh).

– Alquimia e sua relação com a Árvore da Vida.

– O Rigor e a Misericórdia.

– A Estrela Setenária e os sete defeitos capitais.

– Cores, metais, incensos,

– Construção do Templo Astral e exercícios relacionados.

– Letras hebraicas, elementos, planetas e signos.

– Sigilações envolvendo a Kabbalah.

Total: 8h de curso.

72 Nomes de Deus

Shemhamphorash é o nome dado aos 72 Nomes de Deus, estudado principalmente a partir das anotações de Cornellius Agrippa. Ao todo, são especificações zodiacais que possuem atributos antropomórficos, podendo ser utilizados em rituais e evocações.

Os 72 Nomes de Deus não são nomes no sentido comum, são 72 sequências de três letras hebraicas que atuam como um disparador de frequências espirituais específicas. Simplesmente passar os olhos sobre as letras, bem como formar uma imagem mental delas, pode nos conectar com essas diferentes energias que formam a corrente espiritual infinita que flui no Universo.

Inclui o estudo dos 72 nomes/anjos

Imagens Telesmaticas

Estudo dos Anjos no Mapa pessoal

Salmos e meditações

Total: 8h de curso.

#Cursos #Kabbalah

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-de-kabbalah-e-72-nomes-de-deus

‘Autodefesa Psíquica

Dion Fortune

Pela primeira vez na história da tradição hermética uma ocultista explica através de instruções detalhadas, o modo de detectar os ataques psíquicos e como defendé-los. É verdade que por meio dos mecanismos aqui revelados, qualquer pessoa maliciosa poderá fazer uso justamente dos ataques que a autora tentou expor, mas isso não desmerecimento o valor da obra como uma importante ferramenta de defesa contra as artes das trevas.

O texto a seguir contem surpreendentes revelações acerca das Lojas Negras e dos métodos nelas usados para provocar tais ataques. São apresentados, também os motivos destes ataques, suas manifestações a nível físico e as possíveis formas de proteção contra eles. Trata-se de uma obra considerada “muito mais emocionante do que qualquer literatura de terror”, embora seu conteúdo seja mais factual do que sensacionalista.

Índice

Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/autodefesa-psiquica/

‘Baixa Magia: um estudo introdutório

Morbitvs Vividvs

Todo magista que considerar com atenção a definição de magia como “a arte de mudar a realidade conforme sua vontade” será obrigado a expandir o seu campo de atuação para além do traçar dos pentagramas.

Crowley deixou isso muito claro em Magick Without Tears e Anton Szandor LaVey também compreendia isso ao ponto de em sua Bíblia Satânica definir a prática mágica em duas categorias: A Alta Magia, de caráter ritual e natureza cerimonial e a Baixa Magia de caráter não ritual e natureza social. Segundo ele: “Magia não ritual ou manipulativa consiste de um ardil ou fraude obtida através de vários artifícios ou situações planejadas, que, quando utilizados, podem criar “mudança, de acordo com a própria vontade.”

Ele continua: “Muitas vitimas dos julgamentos das bruxas não eram bruxas. As bruxas reais raramente foram executadas, ou mesmo trazidas a julgamento, pois elas foram proficientes na arte do encantamento e podiam enfeitiçar os homens e salvar suas próprias vidas. Muitas das bruxas verdadeiras estavam dormindo com os inquisidores. Esta e a origem da palavra “glamour”. O significado antigo para “glamour” era feitiçaria. A qualidade mais importante para a bruxa moderna e a sua habilidade de ser atraente ou utilizar “glamour”. A palavra “fascinação” tem uma origem oculta similar. Fascinação foi o termo aplicado para o olho do demônio. Manter a atenção fixa da pessoa, em outras palavras, fascinar, era sua maldição com o olho do demônio.”

Em The Crystal Tablet of Set, o livro inicial que todo novo membro do Temple of Set recebe, Michael Aquino define a Baixa Magia como a arte de controlar a atenção e o comportamento das pessoas sem elas perceberem que são controladas. Em primeiro lugar isso envolve o conhecimento das motivações e leis gerais por trás das decisões das pessoas. Em seguida se aplica este conhecimento de forma a guiar as ações das pessoas de forma discreta para não ser flagrado. É em outras palavras Baixa Magia é a arte da trapaça.

Individualmente este tipo de bruxaria se traduz na maestria no traquejo social, na psicologia aplicada e em algumas leis ocultas do ser humano. Já fora do campo individual a Baixa Magia é usada para a manipulação das massas da qual o mago deve também estar atendo para se precaver – cultivando o pensamento crítico – para não cair nestas armadilhas tão comuns e indissociáveis da religião, da propaganda e da política.

Existem vários campos de estudos que podem ser explorados por quem busca a maestria nesse tipo de manipulação da realidade. Vejamos alguns deles:

Leitura das Pessoas

Significa literalmente aprender a ler o ser humano.  Consiste em um conjunto de técnicas que nos permite dizer coisas sobre a vida de uma pessoa, para impressionar, ganhar confiança ou até mesmo criar empatia. Inclui os campos de leitura fria, da leitura corporal, das leis básicas do comportamento humano e principalmente da atenção aos detalhes.

Alguns livros para quem quiser se aperfeiçoar nessa área:

Ilusionismo

Ainda em The Crystal Tablet of Set, Aquino diz que “O ilusionismo deveria ser considerado como hobby por qualquer pessoa interessada na magia de verdade. Em primeiro lugar permite placar a curiosidade daqueles que querem que você “mostre seu poder” e dá a habilidade de  maravilhar e deleitar seus amigos e quebrar o gelo com desconhecidos.

Na Bíblia Satânica LaVey diz que a quantidade de energia necessária para levitar uma xícara de chá (de fato) seria a mesma de se colocar uma ideia em um grupo de líderes mundiais motivando-os a concordar em algo. E mesmo se você tiver sucesso na levitação da xícara deveria admitir que algum tipo de truque foi usado de qualquer modo. Se deseja flutuar objetos no ar, use cordas, espelhos ou outros artifícios e guarde sua energia para coisas importantes. Diz ainda que todos os médiuns e místicos “divinos” praticam sempre a pura e aplicada mágica de palco, com seus olhos vendados e envelopes lacrados, e qualquer ilusionista competente pode duplicar o mesmo efeito.

Assim o ilusionismo é uma excelente maneira de ganhar experiência na chamada Baixa Magia de uma forma prazerosa e com um mínimo risco de ofender suas cobaias. Oferece ainda um ótimo treinamento nas técnicas básicas de controle da atenção e do comportamento humano. O mágico deve aprender a avaliar seu público e guiar sua atenção sem levantar suspeitas de modo a aparentemente realizar coisas impossíveis bem diante de seus olhos.

Embora as ilusões baseadas em prestigiação equipamentos também ajudem no desenvolvimento da habilidade do mago em manipular a plateia nenhum tipo de magia é tão adequado quando o chamado mentalismo. As técnicas do mentalismo são as mais adaptáveis às necessidades do cotidiano humano e as mais facilmente usadas foram do contexto do palco. Nelas se cria ilusão de poder ler a mente, predizer o futuro e determinar as escolhas das pessoas. Além disso as mais impressionantes rotinas de mentalismo requerem rigoroso treino de memória e outras ginásticas mentais por parte do mago que lhe trarão vantagens em várias outras esferas da vida. Ser um bom mágico é um bom começo para ser um bom mago.

Alguns livros clássicos sobre mentalismo:

Sedução

Sedução não inclui apenas o flerte bem sucedido, mas todo uso útil da sua atração pessoal. O termo latim seductione, significa literalmente “levar por outro caminho”. Da mesma forma a palavra “charme” tem origem francesa e significa “fórmula mágica”. Consiste em criar uma personalidade encantadora em todos os sentidos, em fortalecer o próprio carisma e dominar as sutilezas da comunicação não verbal, do poder dos símbolos e da estética pessoal.

Alguns bons livros sobre o tema:

Manipulação Social

Mais poderoso do que escutar espíritos e falar com demônios é saber ouvir e falar com outros seres humanos. Convencer um juiz, um chefe, um cliente ou uma multidão é tão ou mais poderoso do que convencer um espírito dentro de um triângulo.

Este talvez seja o campo mais amplo justamente por ser o próprio coração da Baixa Magia. Trata-se da percepção dos jogos sociais de um nível mais elevado, capaz de antecipar e orquestrar seus movimentos. Inclui o domínio de estratégias políticas, da oratória, da retórica, assim como técnicas de venda, negociação, liderança e propaganda.

Existem vários bons livros que podem ajudar nesse campo:

Auto-aperfeiçoamento

Por fim a Baixa Magia inclui tudo aquilo que pode ajudar a desenvolver o poder pessoal e a prevenir o praticante em não cair nas armadilhas de manipulação – em especial por aquelas praticadas a séculos pelas religiões, pelo estado e pelas grandes corporações.

Auto-Aperfeiçoamento inclui também tudo aquilo que tornará mais provável a transformação da realidade segundo a sua vontade. Fuja de cursos e grupos que simplesmente defendam o pensamento positivo ou sirvam de substituto para uma espiritualidade esvaziada. Os melhores “livros de auto-ajuda” quase nunca estarão nas prateleiras de auto ajuda.  Procure aqueles que o ajudem a desenvolver senso crítico e habilidades reais. Alguns exemplos:

Além de todas as obras indicadas neste artigo estude a biografia de grandes homens e mulheres como Mohammad, Cleópatra, Napoleão, Rainha Vitória. Existem muitos livros e filmes sobre estas e muitas outras personalidades que foram verdadeiros magos transformadores da realidade. Muitos deles como LaVey, Crowley, Rasputin e Cagliostro eram também praticantes da Alta Magia, o que pode dar a você uma compreensão maior de como estas duas modalidades da arte mágica interagem.

No fim das contas a Baixa Magia é simplesmente Magia. Consiste então em desenvolver uma inteligência aguda capaz de ver as coisas como elas realmente são e uma habilidade obstinada em transformá-las para como gostaria que fossem.

Morbitvs Vividvs é autor de Lex Satanicus: O Manual do Satanista e outros livros sobre satanismo.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/baixa-magia/a-baixa-magia-um-estudo-introdutorio/

A arte de Kiotomi – 木偶厭魅の術

Por Robson Bélli

Kiyomi é uma magia negra comum que usa bonecas de madeira para amaldiçoar as pessoas, mas na China, o uso de madeira como material para bonecas era frequentemente destinado a indivíduos específicos. Mokugu Uenmi, que era usado principalmente para amaldiçoar um indivíduo específico.

Bonecos de madeira são parte integrante da magia negra chinesa, que usa bonecos de madeira para amaldiçoar as pessoas. Na China, como em outras partes do mundo, a magia das marionetes é praticada há muito tempo. Existem muitos materiais possíveis para estas bonecas, mas a tendência geral é que as bonecas de madeira sejam frequentemente usadas para amaldiçoar e matar certos indivíduos. Além disso, mas não podia ser de qualquer madeira deveria ser de paulownia (sim este é o nome mesmo!).

Os procedimentos e rituais detalhados da maldição variam de acordo com a região, mas a ideia básica era esculpir em madeira de paulownia em forma humana e enterrá-la no solo (sepultando a vitima). Além disso, se houvesse muito rancor envolvido, deveria se amarrar o boneco e pregar um prego nele (no lugar referente ao seu coração).

Agora, vamos dar uma olhada no método de fascinação com figuras de madeira descrito na literatura chinesa antiga. Kenko Koshu Esta é uma história no livro “Kankyo Hiroshu” de um escritor da dinastia Qing. De acordo com ele, a certa altura, uma pessoa chamada Han Zhuangyuan na província de Zhejiang invadiu a terra da casa do vizinho, e estes por sua vez queriam fazer algo a respeito, mas o estado não o apoiava. Então descobriram um feiticeiro que poderia ajuda-los a obter sua vingança de maneira secreta, imediatamente a família foi a este feiticeiro e pagaram uma enorme quantia de dinheiro. Este então por sua vez foi para fora e voltou com um pedaço de madeira e passou sete dias e sete noites cantando uma formula magica secreta enquanto esculpia o boneco de sete polegadas. Então, ele escreveu a data de nascimento de Zhuangyuan na boneca e a colocou no chão. Então, enquanto lançava um feitiço pediu que se desse marteladas de cima para baixo no boneco até que afunda-se uma polegada por noite, o ritual se seguiu por sete noites até que o boneco estivesse todo embaixo da terra, quando o boneco penetrou sua ultima polegada na terra a pessoa de Zhuangyuan morreu. Sem ar e com fortes dores de cabeça.


Robson Belli, é tarólogo, praticante das artes ocultas com larga experiência em magia enochiana e salomônica, colaborador fixo do projeto Morte Súbita, cohost do Bate-Papo Mayhem e autor de diversos livros sobre ocultismo prático.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/asia-oculta/a-arte-de-kiotomi-%e6%9c%a8%e5%81%b6%e5%8e%ad%e9%ad%85%e3%81%ae%e8%a1%93/

‘A Prática da Evocação Mágica

Franz Bardon

Este é o segundo livro escrito por Franz Bardon. Em termos mágicos aqui ele oferece um guia prático para a comunicação com entidades elementais, espirituais e divinas. É possivelmente um dos mais completos estudos sobre evocação jamais escrito e uma das poucas maneiras de se contatar o que Bardon chamou de mestres universais.

Não apenas isso, mas o Guia de Evocação Mágica abre a porta para um fascinante universo espiritual e tudo aquilo que o adepto se preparou em sua jornada anterior na  Iniciação ao Hermetismo.

Índice

Preparações para a Evocação

O Processo da Evocação

As Entidades

Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/pratica-da-evocacao-magica/

‘A Árvore da Vida: Estudo sobre Magia

ISRAEL REGARDIE

A Árvore da Vida – Um Estudo sobre Magia é a principal obre de Israel Regardie sobre a filosofia e a prática da Magia Cerimonial. Com o esmero de um professor dedicado, o autor revela um estudo sem igual sobre as raizes caldeas e egipcias da magia e percorre os caminhos da yoga, da cabala, da alquimia, da magia sexual, bem como os segredos da invocação, e da viagem astra. Todas estas lições culminam por fim nos tradicionais métodos para entrar em contato com o eu superior do magista.

ÍNDICE

PRIMEIRA PARTE

“A MAGIA É A CIÊNCIA TRADICIONAL DOS SEGREDOS DA NATUREZA QUE A NÓS FOI TRANSMITIDA PELOS MAGOS.” Éliphas Lévi

SEGUNDA PARTE

“SENTADO EM SUA CADEIRA VOCÊ PODE VIAJAR MAIS DO QUE COLOMBO JAMAIS O FEZ E PARA MUNDOS MAIS NOBRES DO QUE AQUELES QUE OS OLHOS DELE CONTEMPLARAM. NÃO ESTÁ CANSADO DE SUPERFÍCIES? VENHA COMIGO E NOS BANHAREMOS NA FONTE DA JUVENTUDE. POSSO INDICAR-LHE O CAMINHO PARA O ELDORADO.” Candle of Vision – A. E .

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/a-arvore-da-vida-um-estudo-sobre-magia/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/a-arvore-da-vida-um-estudo-sobre-magia/