O Anjo Metatron

Texto do frater Matheus Saraiva

Metatron é o anjo supremo que rege a mais alta ordem angelical, sendo líder de todos os outros anjos, tal Hierarquia sendo a original Cabalista chamada de Haioth Hakadosh e que se situa na Sephira de Kether, mas no nosso mundo ocidental sendo conhecida pela nomenclatura dada pelo Pseudo Dionioso o Areopagita em sua Teologia Mística de Serafins. Metatron é o anjo mais misterioso e enigmático de todos, ninguém sabe ao certo quem Ele é e nem a etimologia do seu nome, até mesmo o modo de escrever seu nome. Mas uma coisa é certa Metatron é o Ser que mais se iguala a manifestação da Divindade no Plano Espiritual.

Dentro dos significados de seu nome podemos encontrar, O Príncipe do Mundo, Rei dos Anjos, Anjo da Morte, entre outros, porém um dos mais prováveis seria uma corrupção grega do hebreu (meta ton thronón) “Mais próximo do Trono”. Pela Gematria Metatron é comparado a YHVH, pois a correspondência de seu nome é 314 como o nome Divino Shaday. E assim sendo ele tem um nome como do seu Senhor.

Na leitura Talmúdica feita por Karaíta Kirkisani, Metatron é chamado de YHVH menor. Também no Talmude há um incidente com Elisha ben Abuya, conhecido também como Aher (O Outro), qual se dizia ter entrado no Paraíso e visto sentado no trono Metatron, em uma posição que se permitiria apenas ao próprio YHVH. Os Rabinos então explicam que ele tem a permissão de sentar lá por que ele é o escriba celestial, e cabe ao mesmo escrever todos os fatos de Israel.

O Zohar (O Livro do Esplendor) identifica Metatron como ‘O Jovem’ , e o identifica como o anjo que guiou o povo de Israel no deserto, e o descreve como um sacerdote celestial. Existem varias menções de Metatron também nos Apócrifos.

Ele simplesmente é o preferidoe o primeiro emanado de YHVH, e a sustentação da existência do mundo, ele é o que mais tem e distribui a “our” a Luz. O verdadeiro portador da luz, o verdadeiro Lúcifer, mas que nunca caiu como diz a tola lenda cristã. O verdadeiro Demiurgo, afinal ele é o pequeno Senhor, criador do Mundo. Ele é quem nos empoem em principal os testes para provar nosso interior e nossas virtudes e mantém as Leis Karmicas, e muitos tem o karma como algo ruim assim transformando Metatron naquela figura luciferica e sombria. Inclusive muitas ordens tem erroniamente o ‘Ser’ Lúcifer como Demiurgo, pseudo entidade que não passa de um erro da tradução da bíblia no século VII, se tornando apenas uma alegoria da Luz Astral. E o mais sombrio príncipe das trevas, e ‘rival de Deus’ tem seu trono não no inferno, mas no coração dos Homens, e atravez deste cria egregoras de demónios, do próprio Diabo e Lúcifer, e mais infinitas criações mentais sombrias, que só a Verdade e Força de YHVH e Metatron pode reduzir a nada.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-anjo-metatron

A Origem Pagã do Carnaval

Texto do frater Matheus Saraiva.

O Carnaval é popularmente um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. Vem da Vulgata latina da palavra Carnivale, que quer dizer “adeus à carne” e deu origem a palavra Carnaval. Foi supostamente implantado no século XI pela igreja católica onde vários festejos populares antecediam os 40 dias de jejum da quaresma. E então cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes.

Não diferente de hoje eram festas de muita alegria, folia e sempre que possível orgias. Na renascencia foi marcado pelos fabulosos bailes de mascaras. Na realidade, por mais que dizem que o Carnaval foi só implantado no século XI da era cristã em seus festivais, ele é muito mais antigo e de origem pagã. Como muitos outros festivais pagãos adaptados pela igreja católica.

Desde tempos imemoriais no Egito antigo, realizava-se a festa do boi Apis – animal sagrado. Escolhia-se o boi mais belo e todo branco o qual era pintado com várias cores, hieróglifos e sinais sagrados. O boi era conduzido pelas ruas e levado até o Rio Nilo, onde era afogado. Em procissão, sacerdotes, magistrados, homens, mulheres e crianças, fantasiados grotescamente, iam atrás dele dançando e cantando, até seu afogamento.

Na Grécia, como a origem mais exata, tinha o nome de ‘Festival Dionisíaco’ em honra ao deus do vinho Dionísio, e em Roma, o nome era bacanal em homenagem ao deus Baco, equivalente ao deus grego, e era noramlamente realizados por volta do dia 4 de Outubro. Nessas comemorações, a principio apenas sacerdotisas e sacertodes de Dionísio realizavam suas ritualisticas religiosas em templos fechados, homenageando o deus. Mas com o tempo o povo tomou conhecimento desses festivais e a aristocracia então misturava-se com os pebleus, e os tribunais e estabelecimentos oficiais se fechavam, e se abriam todos os lugares de divertimentos, onde a bebedeira de vinho, orgia e os prazeres sensuais eram inumeráveis.

Até mesmo a figura no Carnaval atual do rei Momo é uma representação de Dionísio ou Baco, o patrono do vinho e do seu cultivo, e isto faz recuar a origem do Carnaval para a Grécia arcaica, para os festejos que honravam a colheita. Sempre uma forma de comemorar, com muita alegria e desenvoltura, os atos de alimentar-se e beber, elementos indispensáveis à vida.

Nem os imperadores de Roma, nem o Papa, depois da cristianização, conseguiram conter e controlar estes festivais, o que levou a igreja adaptar este festival as comemorações católicas. Por fim as orgias e a confusão diminuíram, ainda mais com a inquisição. E ele então se espalhou pela Europa e depois chegou às Américas. Onde pôde se misturar às influências das culturas indígenas e africanas. Por fim como podem ver o Carnaval não passa de mais um festival pagão cristianizado pela igreja.

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