Carta a Hermann Metzger

29 de março de 1963.

Ao chefe dos “Thelemitas” suíços – como vocês se autodenominam.

Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Esta carta é minha Saudação Equinocial a você.

Embora eu tenha pedido que pare de enviar-me sua literatura, você continua e me bombardear com a evidencia de sua tolice – menos tolice, por favor! Eu não sei se isto é um desafio de sua parte. Se for, você foi além de seus desenfreados sonhos, pois em seu últimos sintomas de insanidade – suas traduções das cartas de 666 a uma irmã com um “DU” no sagrado verso – você provou ter caído precisamente ao nível que lhe tenho advertido contra. E portanto, o Cabeça Externa da Ordem fará um último esforço, uma última tentativa, para lhe mostrar o quanto aquilo que você julga ser uma mudança nada mais é do que demonstração de cegueira – cegueira espiritual.

Em resumo, eu pretendo falar com senso comum, senso de cavalo assim – chamado; e esperar assim despertar o que resta do senso de humor – que é o senso de equilíbrio, que é senso “comum” – em você. Você pode – ou não – saber que Karl Germer faleceu no ano passado, uma morte na qual a última gota de sangue deixou o corpo dele. Você pode, ou não, saber o que isto significa, e a que grau aquele Homem atingiu. Eu não sei se você sabia – e não sei mesmo se ele sequer lhe disse – que era o sucessor de A.C., e BAPHOMET para todo mundo. Ele tampouco disse-me; tive de descobrir por mim mesmo. Este era o homem que você desobedeceu, cuja tradução iniciática dos Livros Sagrados de Thelema para a língua alemã você alterou, mas a quem você desejou substituir – eu falo a você, senhor! – neste momento, alguém na América do Sul segura um honesto espelho ante sua tola face.

Você reclamou junto a ele de ter sido acusado de estar de conluio com Oskar Schlag, o que diz ser uma inverdade. Mas o que você não sabe é que a influência de Schlag que tem inflamado seu ego ao ponto de você se tornar, sem o saber, um traidor a toda PALAVRA que pensa manter. Schlag é um “Adepto Maligno” – isto simplesmente significa que ele é um homem que, quando executou o trabalho de 5º = 6º, uniu-se à sua Persona Maligna, ao invés de unir-se à seu Sagrado Anjo Guardião, e é agora um escravo de Choronzon – Dispersão – na forma de um demônio de Abramelim. Ele é, sendo um Adepto, magicamente poderoso – muito mais poderoso do que você pode imaginar – e tem o auxílio, alem do mais, dos Quatro Príncipes, os quais, ao passar do velho Aeon, assumiram liderança e personificaram os fundadores espirituais das principais religiões do Aeon passado: Cristianismo Osiriano, Brahmanismo, Buddhismo e Islamismo.

Pense, por um momento, senhor, o quanto poderosas são estas Entidades que você, indubitavelmente, tem de maneira tola pensado controlar – pequeno servidor deles! É possível – é escassamente possível – ser você realmente a “criança”, e por esta razão eu escrevo esta carta. Pois se você é um filho de BABALON e da BESTA, isto é, se é agora um Bebê do Abismo, é necessário dar-lhe alguns significados pelos quais você possa marcar seu curso, e saia do abismo do Porque para o Portal da Cidade das Pirâmides.

Saiba então, minha pobre criança, que todo simples thelemita que cruza o Abismo, e um grande número daqueles que nunca o realizou, pensa ser aquele “filho” de AL. E com perfeito direito de assim pensar. Nós somos, todos nós, filhos de Therion – o Cristo – nascido da Virgina Mundi, que é o vero nome da Grande Puta, a Mulher Vestida Com O Sol, Nossa Senhora BABALON da Cidade das Pirâmides. Agora, se você é o particular filho que irá decifrar AL II, 76, que somente será provado quando e se o decifrar. Pode ficar certo que o mistério uma vez decifrado, será evidente e simples a todos, do mesmo modo que foi a chave 31, descoberto pelo pobre O.I.V.V.I.O., sobre cujo deplorável caso eu o alertei para ponderar cuidadosamente ante de continuar em seu atual caminho.

Você é – se realmente é um Bebê do Abismo – maior que todos os reis da terra, porque o Magister Templi é realmente – mesmo se o homem no qual ele se manifesta seja um varredor de rua, ou, como Um que conheci, um velho negro sem pernas rolando em um pequeno carrinho de madeira ao longo das ruas, aparentando a todos um mendigo – embora um mendigo responsável pelo trabalho e a visão – visão espiritual – de todos aqueles ligados a ele. Eu lhe refiro LXV: “… e Eu carrego a Taça de Seu regozijo aos fatigados da velha terra cinzenta. “Não se esqueça a seqüência ! Se você é um dos “escolhidos” não é responsabilidade sua, pois Ele não é para ser comprado pelo resgate de todo Universo. Lembre-se de Sir Palamedes o Sarraceno – ele fez prodígios, ele atingiu os mais altos trances, executou as festas máximas – mas somente quando confessou sua falha em “comprá-lo” pelo resgate de todo o Universo a Besta veio acomodar-se a seu lado…. Agora, por favor, meu pobre amigo, deixa-me apontar o sintoma da esquizofrenia – o começo da Dispersão, a qual haja Restrição no Nome de BABALON! – o sintoma de esquizofrenia em seu comportamento: Você não pode fazer o bolo e comê-lo ao mesmo tempo.

Você clama ser a “criança” profetizada em AL. Então isto significa que você aceita AL como um Livro Sagrado, a única Lei e regulador da vida, divinamente inspirado, o trabalho não de um homem mas de um Deus – estou usando esta palavra em seu senso técnico de Iniciação à Divindade, ou o que possa ela significar. Mas, se você realmente aceita AL como tal, como pode você, homem, possivelmente, sempre desobedecer a mais solene injunção do Livro, sempre repetida em cada um dos Capítulos, sob o comando de Nuit, Hadit e Ra-Hoo-Khuit de não mudar mesmo o simples estilo de uma letra. Você só pode ter uma dessas alternativas. Você não pode ter as duas. Isto é simples premissa, meu amigo. AL é um livro razoável.

Qualquer razoável livro não pode ser o trabalho do insano (= ‘ povo da terra’, no senso desses cuja Razão – Daath – ao invés de ser o servidor das altas faculdades – tenta usurpar o lugar do Mais Alto, por isto verdadeiramente tornando-se o “bastardo da Swastika”). Lembre-se que os antigos Reis Teutônicos usavam um colar ao redor do pescoço, o símbolo da escravidão – para significar que Daath – cujo lugar é o pescoço — está encadeado, amarrado e restringido pelas altas faculdades simbolizadas por sua coroas. “Que você faça o mesmo”. Aquele colar é a Linha Verde que circula o Universo – o Cinturão de Astarte a Estrelada. O acima é básico. Eu te peço considerá-lo cuidadosamente, perceber a natureza irracional de seu comportamento, e se você pensa – como certamente o faz – “mas acima do Abismo nada é verdade exceto em termos da contradição implicada”- eu lhe peço lembrar-se que, embora, isto é assim acima do Abismo, é abaixo do Abismo que você tem estado durante longo tempo desfigurado AL ( pense nisto ), a despeito do fato de ter sido avisado pelo O.H.O., Frater Saturnus, que acontece também ser um Magister Templi da A.·.A.·. e Cabeça da Ordem de Thelema. Se ulteriormente, você pensa: “ele está dogmatizando, enquanto estou apenas preocupado com o espírito”, eu aviso muito seriamente a ler os parágrafos 28 e 29, principalmente este último, de Liber CLX Astarté vel Berylli, que cai perfeitamente sobre seu caso.

Passarei agora a outras considerações do porque seu “DU” é uma imprópria tradução da passagem em questão ( devo ainda lembrar-lhe mais uma vez que, acima de tudo, a qualquer verdadeiro Thelemita, é uma blasfêmia). Eu suponho que sua razão, em escreve-lo assim, foi para implicar: “Veja, quando eu digo, faze o que tu queres, eu não quero significar que você deve fazer o que seus sujos, impuros, e malcheirosos eus inferiores desejam fazer: eu quero significar que você deve fazer o que seu Eu Superior quer que você faça”.

Em um senso, fazendo isto, você está se desculpando pela Lei – você está envergonhado dele. Embora deveria lembrar-se que está escrito que, a Mulher Escarlate deve ser desavergonhada ante todos homens – se você é verdadeiramente um Magister Templi, você entenderá o que isto significa, mas eu lhe darei uma pista, lembre-se que a primeira ordália é de prata, lembre-se que a Fundação é chamada uma Pedra, lembre-se que Aspirantes da A.·.A.·. são homens, mas os irmãos da A.·.A.·. são mulheres; relembre que a Nephesh purificado é a Virgem do Mundo, este é um dos símbolos desenhados no livro dos Símbolos Secretos dos Rosacruzes: veja o diagrama 33, “O Jardim do Eden”.

Seguramente você possui isto. Mas, existe outro, e mais importante senso, no qual “DU” é enganador. Como pode possivelmente presumir e determinar como qualquer homem interpretará esta linha? Está você tornando sua interpretação a interpretação para todo povo de língua alemã? Você não percebe que está restringindo seu semelhante? Reprimindo a órbita de outras estrelas? Que está, de fato, projetando a gigantesca sombra de seu inflamado ego sobre o Universo, ao invés de mante-lo no que ele deve ser – o instrumento através o qual você se relaciona com o Universo. Não percebe que isto é uma Síndrome composta de vaidade e medo – o mais claro sintoma de identificação com o – que está por detrás desta sua iniciativa? Pois veja, uma estrela pode escolher interpretar Faze o que tu queres como fazer o que seu pequenino eu deseja fazer. Outra estrela pode interpretar como fazer o que alguém mais deseja que ela faça. Você diz que isto está errado? Não é de sua conta! Todo número é infinito; não existe diferença! “Que não haja diferença feita entre você entre qualquer outra coisa & e qualquer outra coisa…” “… não argumente; não converta; não fales demais”. Pense nos tempos que virão, quando sua errada tradução possa ser a única acessível à outras pessoas, que a traduzirão do alemão para sua próprias línguas, e assim multiplicando o erro. Você pensa os estar libertando! Você os está acorrentando as rodas de seu carro.

Este é o trabalho de um magista negro, não o trabalho de um Cavaleiro da Hoste do Sol. Pensa, além disso, no karma que você está criando. Pense na praga e maldição do Cristianismo quando a Igreja Romana assumiu liderar sobre todas as outras existentes, escolhendo o caminho do crescimento material, e espalhou a infecção de Choronzon e escravidão espiritual em todas as partes do mundo. Pense a respeito de O.I.V.V.I.O. Pense a respeito de Franker, e o que ele fez à ordo templi orientis acreditando estar seguindo instruções de seu Anjo Guardião! Pense a respeito de Krumm-Heller (o pai), e o dano que causou à ordo templi orientis e a qualquer coisa em contato com a Verdadeira Rosacruz, acreditando, ele também, que estava obedecendo seu Anjo Guardião, que ele pensava ser o Conde de Saint Germain – o qual foi uma de minhas passadas encarnações, e que somente é verdadeiramente descrito na excelente biografia feita por M. Paul Charconac, a qual, várias vezes, eu lhe avisei para ler.

Faze o que tu queres é a Lei da Liberdade, embora você tenha que me servir! – você diria alto. Mas, meu amigo, nós não somos livres no senso de ser irresponsáveis. Estamos amarrados por Nosso Juramento de servir. Nós somos servidores da Estrela & da Serpente. Nós somos servidores de Heru-Ra-Ha. Nós somos servidores de V.V.V.V.V. Nós precisamos construir, nós mesmos, pedras que somos, como a grande muralha que protege a humanidade – nossa pequena irmandade – contra o furioso ataque do abismo. Verdade, nós não somos “livres”!

Nós servimos; precisamos humilhar a nós mesmos; necessitamos dar tudo que somos e tudo que temos; necessitamos nos tornar nada; precisamos trabalhar na escuridão e cuidar de nossos jardins; precisamos reprimir nosso egos com a tripla corrente em torno do pescoço, e precisamos esperar a Consumação – a qual virá quando Ele desejar Quem é Destinado a este Fim, e não quando nós pensamos dever ser. Realmente, devemos morrer; mas morrendo, semente que somos, devemos dar muitos frutos. Nós somos Isis Regozijante; nós carregamos o filho, nós o alimentamos com nossa substância; e nosso trabalho é alimentar o filho; nós não somos o filho!

Ele é o filho em nós, ou melhor, de nós. O ego deve morrer. Este é o mistério de Osiris, e porque Osiris é um deus negro. Você deve tornar-se Osiris antes de poder adorar Hoor Você precisa ser crucificado, morto e erguido antes de poder clamar seu júbilo ante o novo Sol nascente. Em resumo, irmão, se você é um Bebê do Abismo, cedo se tornará um Zelator da A.·.A.·., uma Pedra das Torres Universais, um Guardião dos Mistérios. Esta Iniciação transcende Assiah, pela primeira vez, em Yetzirah, o Mundo Angélico. A Iniciação de Adeptus Minor que você julga ter atingido antes de Tiphareth de Malkuth, e em Assiah. O Trabalho de conseguir o Conhecimento e Conversação do Sagrado Anjo Guardião estende-se ante você — não atrás. Você necessita consegui-lo em total no pode e luz descrita no Livro da Sagrada Magia e em “João São João” no Equinócio I,1. A verdadeira Orgia da Theurgia, a Grande Obra, estende-se em Tiphareth de Tiphareth – e não se esqueça que o Magus do Aeon, o CHRISTO, o Senhor THERION, é crucificado em Tiphareth de Chokmah, e o Adeptus bebe Seu sangue e come Sua carne para sustento. E a Grande Obra – o Cruzamento do Abismo entre Kether de Chesed e Malkuth de Binah – ainda se encontra muito longe de você. Ou de mim.

Você entende, criança? Você conseguiu muito; mas será muito pouco se você não perceber o quanto mais falta atingir. Por favor aja a partir da perspectiva de seu novo adquirido ponto de vista. Obedeça seu superior, que agora sou eu. O que ele pede? Pede ele algo repugnante ao seu orgulho como homem?, ou seu direito como irmão? Ele pede que você obedeça, não a ele, mas ao Livro da Lei; ele pede a você que, na próxima vez que editar a Missa Canonica da ordo templi orientis , o encaderne em vermelho e ouro, que são as heraldicas cores da Rosa Cruz (a ordo templi orientis é uma Ordem Rosacruciana, uma das poucas – não sabia?) ao invés do negro dos Romanos e seus bastardos filhos os protestantes. E ele nada mais pede a ti.

Se você não se importa com minha autoridade, eu não tenho a intenção de impo-la com ameaças ou coerções. Mas eu lhe aviso, mais uma vez, que você está errando contra você mesmo e seus seguidores por esquecer AL, e agora também o Mestre THERION. Se continuar assim, certamente será destruido; e desde que vangloriou-se uma vez, em circunstâncias similares ao nosso então Superior, Saturnus, que “suas publicações vão agora em quarenta diferentes países”, ou similar número, eu lhe relembro que acumular bens em Malkuth não é a mesma coisa como tornar-se uma Pedra em Yesod – que a fórmula de manipulação da matéria sobre somente um plano é a fórmula de ALIM, não de ELHIM – e que a Igreja Romana, também cresceu tornando-se o mais forte poder temporal no mundo — e veja o que ela fez à humanidade como resultado disto! ” Que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro se ele perder sua eterna alma? “Você somente pode atuar eficientemente sobre um plano se trabalhar de um plano acima dele. É somente então que você introduz um novo, verdadeiramente criativo fator na equação.

De outra maneira, apenas estará permutando os termos já existentes. Você está preso à Roda de Samsara – saia dela. O karma do homem lunar (veja o Upanishad para este homem “lunar”) é sempre um círculo vicioso. Mas a força serpentina é uma Espiral! A Fraternidade Negra, as Demonícas Legiões e Chorozon somente podem atacar através do ego… Eu repito isto para que você possa entender porque sua desobediência não é sintoma de independência, mas de desordem da personalidade.

Você também está orgulhoso do crescimento material de sua organização; mas nenhuma corrente é mais forte de que seu mais fraco elo. E veja o que você, o líder de seu movimento, está fazendo quando blasfema AL, cita incorretamente o Mestre Therion, e ignora as Cores Heraldicas das Hostes do Sol! Por favor, tente perceber que isto é o efeito das constantes ondas da corrente demoníaca diariamente atacando seu ego; você não percebe que existem padres jesuitas determinados a se aproximarem de ti, tentando submete-lo? Você não sabe que as Missas de “Jesus” – isto é, o Grande Príncipe do Mal deste Mundo que Abramelin chama de Satã – são diáriamente, talvez toda hora, sendo rezada “para sua alma”? Estas forças das águas da morte continuamente assaltam sua personalidade e invadem sua alma? Elas somente são úteis a você no senso em que provocam sintomas indicando que pontos do Ego ainda é necessário destruir, que porção da matéria ainda está unido ao Corpo Solar que por sua aspiração e trabalho você está começando a formar dentro de sua crisalida humana. Mas necessitas passar pelas Águas além da Morte e além da Vida. Não é coincidência que Schlag está vivendo na Suiça. Eu sei que você tem mandado material para ele. Outro exemplo de sua cegueira.Não percebe que isto significa que você voluntariamente formou um elo com ele?

Não percebe que está lhe dando satisfação do que você faz? Ele mandou material dele para você? Ele está fazendo muito mais alarde sobre Thelema do que pode aqui no Brasil; e quando eu comecei meu próprio trabalho aqui, eu desejei colocar pessoas interessadas na ordo templi orientis em contato com você – mas como poderia? Eu fui forçado a avisá-los contra você, por motivo de sua blasfêmia e sua tolice, e porque está fazendo exatamente o que o mundo demoníaco deseja que faça. Eu seu que seu pai foi Chefe da Polícia Secreta Suíça, e que assim você é capaz de manter um fichario sobre as atividades de Schlag. Peço-lhe o favor de me enviar uma cópia deste fichario: eu pretendo publica-lo em um pequeno livro sobre os meios de trabalho da Loja Negra. Schlag anda por aí brandindo uma cópia de AL, feita a mão por A.C., escrita quando A.C. não sabia muito e a deu como presente a um discípulo, dizendo ser o original de AL (Schlag comprou o manuscrito por uma grande quantia – você diz que sabia disto). Por que? Eu lhe indico AL III, 39 e 47.. Como pode ver que Schlag evidencia maior fé em AL – de sua maneira – do que você. Ele deseja corromper o Livro – e você o está ajudando.

Ele deseja destruir Thelema, pois pensa ser ele mesmo a reencarnação de St. Germain – o “Mestre R.” dos Theosofistas – Claro, foi sua “Mala-Persona” que apareceu, em seu corpo astral, para Tranker e Arnold Krumm-Heller, e fingiu ser seu Anjo Guardião. Sobre este assunto, leia o Livro da Magia Sagrada no assunto do “homem de aparência magestosa” que surge no início da Operação e “promete muitas coisas maravilhosas”. Eu repito a você que eu sou a “reencarnação de St. Germain”, e a maioria das “estórias” a respeito de minha vida são na maioria mentiras. O livro de Charconac é o mais honesto sobre o assunto.

Não pense que Schlag, em si mesmo é importante. Ele é somente o ingênuo e a marionete de seu Anjo Maligno – um demônio Abrameliano, como eu ja disse. Em “A Visão e a Voz”, Equinócio I, v, Suplemento, pagina 143, parágrafos 1 e 2, está escrito:

“E Satan é adorado pelos homens sob o nome de Jesus”; e Lúcifer é adorado pelos homens sob o nome de Brahma; e Leviathan é adorado pelos homens sob o nome de de Allah; e Belial é adorado pelos homens sob o nome de Buddha. ” (Este é o significado da passagem em Liber Legis, Cap. III.)

“Medite então, meu amigo, sobre o poder destas quatro Entidades chamadas os Quatro Príncipes do Mal deste Mundo por Abramelin o Mago. Imagine a Tarefa do Adeptus Minor, para sobrepor e sujeitar estas forças através da intercessão de seu Sagrado Anjo Guardião. Pense como estas forças dispostas contra nós incluem praticamente toda a humanidade e os líderes “espirituais” da humanidade; as mais poderosas egrégoras formadas através de gerações e gerações de adorantes; os demônios das Qliphoth; e nossos próprios egos além disso. Como pode alguém suportar o ataque a não ser pela presença e com a bênção de Ra-Hoor-Khuit?

E assim mesmo você blasfema contra Ele e contra o Livro da Lei. Como espera fazer algum bom trabalho para THELEMA nestas circunstâncias? E se isto não fosse o bastante, você tem citado THERION incorretamente. Você é um membro da Ordem Cristã – e você insulta Christo. Você está confundindo os planos em seu presente trabalho – com mortais resultados para a humanidade, a qual – se tu és um Irmão da A.·.A.·. você está jurado a ajudar.

Esta é minha última carta a ti. Não mais escreverei a não ser que receba algum tipo de evidência que você retornou a Si Mesmo – a seu Verdadeiro Eu – finalmente. Lembre-se de que o verdadeiro sintoma da primeira ordália – de prata – é o que está acontecendo com você; e lembre-se que triunfo na ordália é mostrado por desejar servir. Você pode ser de grande valor para Thelema, para Ti Mesmo, e portanto para mim mesmo, se cumprir a sua vontade. Mas esteja certo de não mais citar erradamente Therion, e que insultar o Sangue e Ouro do Sol não pode ser sua vontade, ou a Vontade de seu Anjo Guardião, ou a vontade de qualquer simples coisa vivente no Universo.

Amor é a lei, amor sob vontade.

Fraternalmente (por enquanto),

Marcelo Motta

 

Postagem original feita no https://mortesubita.net/thelema/carta-a-hermann-metzger/

Pirâmides, Pirâmides… – parte II

Olá crianças,

Hoje falaremos sobre a matemática das pirâmides. Recomendo ler o Post sobre as Pirâmides submersas no Japão e Astrologia para não pegar o bonde andando…

Em primeiro lugar, a palavra “pirâmide” vem do grego Pyramidos, ou “medida de luz”. Dentre a centena de pirâmides egípcias, vou começar pelo complexo de Gizé (ou Giza), considerado o mais importante deles, mais especificamente pela pirâmide de Khufu (ou Queops).

Todas as pedras de mesmo peso possuem também o mesmo tamanho, com erro menor que 0,025cm em qualquer medida adotada; possuem ângulos perfeitamente retos em suas 6 faces, com precisão de 0,1 grau e encaixe entre elas que não deixa espaço suficiente para passar uma lâmina de canivete (0,04cm). A precisão de encaixe destas pedras, considerando o conjunto, é de 0,015cm/100m (nem os mais modernos construtores de submarinos chegam neste grau de precisão – a precisão de projeto de um submarino nuclear é de 0,08cm/100m na mesma escala).

Ainda sobre esta estrutura principal, estavam encaixadas 144.000 placas polidas de limestone branca, idênticas em tamanho (precisão de 0,25cm), pesando cerca de 2 toneladas cada, deixando espaço de 0,025cm entre elas. Estas pedras foram recortadas e arrastadas de Tura ou Masada, pedreiras localizadas a cerca de 15-20km do Cairo. Apenas o bloco de granito que forma o piso da Câmara do Rei, com 80 toneladas, e o “sarcófago”, tiveram de ser arrastados de Aswan, que fica a 800km do Cairo.

A pirâmide de Khufu é um quadrado perfeito, com erro de 58mm (em 230 metros!) e erro de ângulo reto de 1 minuto (1/60 de um grau), alinhada perfeitamente com o norte do Planeta. A base da pirâmide é perfeitamente plana, com desnível de apenas 0,075cm/100m (para quem não é arquiteto ou engenheiro esses números não dizem muita coisa, mas para ter uma idéia comparativa do quão preciso foi o nivelamento das pirâmides, basta dizer que edifícios modernos de alta tecnologia chegam a 15-20cm/100m em desnível).

As 3 pirâmides alinham-se com a constelação de Orion com margem de erro de 0,001% quando comparadas com a posição destas estrelas no céu em 10.500 AC.

Além disto, as câmaras interiores foram projetadas ANTES da pirâmide ser construída, sendo deixadas como “buracos” na estrutura da pirâmide (e não “escavadas posteriormente”!), ou seja, os construtores iam empilhando os blocos de pedra e deixando os espaços vazios que seriam cada câmara enquanto iam erguendo as pirâmides.

E eu nem comecei ainda a falar sobre a Câmara do Rei, cuja configuração e proporção das pedras do chão refletem as medidas/translações dos seis primeiros planetas do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno).

Também não falei ainda do “sarcófago” do faraó, que é grande demais para passar pelos dutos da pirâmide, ou seja, ele foi colocado na câmara do rei ANTES da pirâmide ter sido “fechada”. Como disse acima, esta pedra, esculpida em um ÙNICO bloco de 30 toneladas, foi arrastado por 800km de Aswan até o Cairo durante a construção da pirâmide, de modo a poder ser encaixado na posição correta.

(Mais tarde falaremos em detalhes sobre como a Câmara dos Reis e o Templo de Salomão possuem as mesmas proporções, e de como o “sarcófago” possui as mesmas proporções da arca da Aliança).

Um último detalhe é que, apesar de todo este cuidado milimétrico de projeto da pirâmide, o “sarcófago” é PEQUENO DEMAIS para caber uma pessoa deitada dentro dele (pausa para rir).

É importante lembrar disto porque, quando falarmos mais pra frente sobre os ALINHAMENTOS dos dutos das câmaras internas com as principais estrelas e constelações da época, durante determinados períodos do ano, temos de ter em mente que toda a estrutura é um gigantesco observatório astronômico, PROJETADO como tal e não fruto de mero “acaso”. Os dutos são alinhados com perfeição de um centésimo de grau em duas câmaras principais de observação.

Também preciso dizer que as pirâmides não possuem entradas externas. As entradas eram todas subterrâneas, vindas de uma câmara que ficava sob a esfinge, fazendo com que todo o complexo só pudesse ser acessado por dentro. Quando os exploradores ingleses penetraram nas câmaras internas, o fizeram DINAMITANDO os dutos externamente (pois as entradas subterrâneas encontravam-se soterradas). Então nomearam aquilo de “dutos de ventilação” (em uma “tumba”, mas tudo bem… ).

Bom… acho que já deu para ter uma idéia bem clara que mesmo com a tecnologia de HOJE seria quase impossível erguer pirâmides com a qualidade técnica e construtiva das pirâmides egípcias.

A quantidade de “coincidências” matemáticas e sobre a precisão com que as pirâmides foram construídas poderia consumir textos e mais textos. Quem quiser mesmo ver as principais relações matemáticas da pirâmide, pode olhar este site aqui.

Mas afinal de contas, como as pirâmides foram construídas?

Antes de começar com teorias de conspiração, vamos perguntar direto para as otoridades egípcias. E que melhor otoridade que o próprio departamento de turismo egípcio?

Segundo eles, as pirâmides foram construídas durante a 4ª dinastia, para servirem como tumba para o faraó Khufu. Demoraram ao todo cerca de 20 anos para ficarem prontas.

Ok…  Vamos começar com uma conta básica: são 590.712 pedras para serem colocadas em 20 anos (8.760 dias). Fazendo as contas, temos que seria necessário para os egípcios encaixarem aproximadamente 1 pedra a cada 17 minutos (24 horas por dia, 7 dias por semana sem parar um segundo).

Embora experimentos feitos pela universidade Obayashi, no japão, tenham demonstrado que 18 homens conseguem empurrar um bloco de 2,5 toneladas com velocidade máxima de 15m/minuto (demorando, assim, em teoria, 17 horas para empurrá-los da pedreira até a pirâmide, SEM DESCANSO). Claro que esta teoria está furada, pois se arrastassem os blocos por tanto tempo, o atrito com a areia lixaria o fundo das pedras, tornando-as incompatíveis com a precisão matemática que elas apresentam.

A teoria de arrastar sobre troncos de palmeiras também está furada. Os mesmos alunos demonstraram que as palmeiras existentes no Egito seriam esmagadas se submetidas a blocos de mais de 1,5 toneladas.

E isso porque nem entramos no quesito dos quase 5.000 blocos de SETENTA toneladas…

E sempre é bom lembrar, estes valores são para UMA pirâmide… o conjunto é formado por TRÊS pirâmides (e somado a outras 6 pirâmides menores, a esfinge, as mastabas, templos e outras edificações).

As otoridades egípcias afirmam que a pirâmide é a tumba de um faraó.

Embora NUNCA se tenha encontrado sequer uma múmia em NENHUMA das 111 pirâmides catalogadas. Também nunca foram encontrados NENHUM tesouro de faraó algum. Nada, Nicht, Niet, Zero. Todas as múmias foram encontradas em cemitérios localizados aos pés das pirâmides ou em templos adequados para tal (Mastabas). Todos os tesouros encontrados estavam nos templos e antecâmaras, mas nunca dentro das estruturas.

A explicação oficial é que “ladrões de tumbas” saquearam todos os tesouros e as múmias. Embora, voltando a Khufu, os exploradores tiveram de DINAMITAR a passagem para entrar, e nada encontraram lá dentro. Ou seja, se houvessem “ladrões de tumba” eles entraram, levaram TUDO (tudo tudo tudo) e ainda tiveram a paciência de recolocar todas as pedras na entrada de modo a deixá-la do mesmo modo que ela estava antes deles chegarem, com direito a mesma precisão milimétrica dos encaixes (mais uma pausa para rir).

Se você fosse um faraó e gastasse 20 anos da sua vida para construir o seu túmulo, o mínimo que você iria fazer seria colocar o seu nome bem visível em todos os lugares possíveis e imaginários, certo? ERRADO. Não existe NENHUM hieróglifo ou símbolo dentro de NENHUMA das principais pirâmides. Os únicos símbolos encontrados dentro das pirâmides foram colocados lá milhares de anos após sua construção.

As otoridades egípcias afirmam que os dutos que conectam a câmara do rei às laterais da pirâmide são, na verdade, “dutos de ventilação” (mas para que precisamos de dutos de ventilação em uma tumba?). O fato destes dutos alinharem-se perfeitamente com estrelas e constelações que tem profundo simbolismo na mitologia e religião Egípcia é, como tudo mais, uma “coincidência”.

Agora, um pouco de teoria de conspiração.
E se… o faraó, na verdade, não construiu as pirâmides em 20 anos (como demonstramos ser impossível), mas sim REFORMOU algo que já estava pronto, mas parcialmente destruído pelo dilúvio, nesses 20 anos?
E se… as pirâmides escalonadas (aquelas mais toscas e sem grande precisão), que foram construídas em 4.000 AC foram, não “testes de construção” como as otoridades dizem, mas sim IMITAÇÕES das verdadeiras pirâmides, feitas realmente com o máximo que seria possível de tecnologia da época?

Semana que vem, Círculos de Pedra, Pirâmides, Astrologia.e o Dilúvio.

E pra que diabos servem as pirâmides???

Tenet Nosce, Crianças!

#Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/pir%C3%A2mides-pir%C3%A2mides-parte-ii

Psicodelias, Relâmpagos e Catedrais

Continuando nossa série histórica a respeito das origens dos Cavaleiros Templários, dividimos nosso arco histórico em três facções: de um lado, a Igreja Católica e a história de seus papas, até chegar em Urbano II “Porque Deus quis” pode ser lida AQUI, AQUI, AQUI e AQUI. Do outro lado, a história paralela dos Construtores do Templo, as guildas de maçons detentores do conhecimento da geometria sagrada, preservado desde as pirâmides egípcias até os templos romanos (e até os dias de hoje).

Justamente quando estava escrevendo esta coluna, li um texto postado pelo amigo Kentaro a respeito de um estudo feito por cientistas a respeito de padrões psicodélicos encontrados em neurônios em curto-circuito. Por coincidência, acabei de ler um livro chamado “Girando a Chave de Hiram” onde o autor relaciona justamente estas conexões e a ritualística templária e maçônica. Nesta semana, traçarei a relação entre psicotrópicos, mantras, orgasmos, meditações, relâmpagos, limiares da dor, religião, da falta de sono e até mesmo experiências de pós-morte e sua conexão com o Plano Astral e com a estrutura das primeiras catedrais européias.

Antes de mais nada, vamos ao texto original:

Psicodelia explicada por neurônios em curto
“Está cheio de estrelas”, disse o astronauta Bowman enquanto era absorvido pelo Monolito Negro em “2001 – Uma Odisséia no Espaço”. Uma sucessão de imagens psicodélicas (criadas com fotografia slit-scan) representavam então um contato com o Divino, ou o que quer que fosse, já que o próprio Kubrick nunca deixou claro o que diabos aquele final significava. Mas era algo grande, místico, mesmo religioso.
Imagens espirais e túneis de luz afins emergem repetidamente em experiências com drogas alucinógenas, e talvez não por mera coincidência, em iconografias religiosas resultantes de “visões”, como mandalas, arte islâmica ou catedrais cristãs. Não apenas isso, surgem também em experiências de “quase-morte”, alucinações de sinestésicos, cefaléias, epilepsia, distúrbios psicóticos, sífilis avançada, distúrbios do sono, tontura e mesmo em pinturas rupestres de milhares de anos.
Esta universalidade parece indicar algo maior, quiçá contato com planos superiores, ainda que cefaléias, sífilis avançada ou distúrbios psicóticos como meio de se aproximar de deus pareça um tanto bizarro. A neurociência aliada à matemática sugere uma explicação um pouco mais mundana. Porque a ciência já anda investigando o tema.
Nos anos 1920, o neurologista alemão Heinrich Klüver dedicou-se com afinco a estudar os efeitos da mescalina (peyote), e notou como tais padrões geométricos eram repetidamente relatados por diferentes sujeitos (incluindo ele mesmo, mas esta é outra história). Os padrões acabaram classificados no que ele chamou de “constantes de forma”, de quatro tipos: (I) túneis, (II) espirais, (III) colméias e (IV) teias.

Pois estudos recentes, aliando descobertas sobre o funcionamento do córtex visual a modelos do funcionamento de neurônios sugerem que tais padrões podem surgir simplesmente de uma espécie de curto-circuito no cérebro. Perturbações simples no córtex visual, quando mapeadas ao correspondente que o sujeito perceberia, podem gerar padrões notavelmente similares às constantes de forma psicodélicas.

À esquerda, a representação da alucinação de um maconhado. Ao lado, a simulação da percepção gerada pela perturbação do córtex visual. Simples assim. Nada de enxergar deus, e sim um produto da forma como nossos neurônios processam imagens, e como reagem assim a perturbações em seu funcionamento. “Está cheio de estrelas”, mas todas em seu cérebro.
Ou não tão simples, é preciso ressalvar. Neurocientistas, cientistas que são, admitem que ainda não conseguem explicar todas as alucinações relatadas. O próprio exemplo acima envolve uma complexidade maior do que os modelos usados, e a simulação envolve mais especulação. Mesmo o modelo utilizado para simular a percepção dos sujeitos frente às perturbações em seu córtex visual é, ainda, rudimentar, envolvendo diversas simplificações. É uma área ainda em exploração, mas pelo visto, extremamente promissora. Explicaria bem porque tanto religiosos em transe quanto drogados e sifilíticos em estado avançado poderiam partilhar as mesmas alucinações visuais. São seres humanos partilhando a mesma estrutura cerebral submetida a alguma perturbação.

By Kentaro Mori no 100Nexos.

Espirais, Relâmpagos e Teias de Aranha
Uma das sete leis de Hermes Trismegistrus diz que “Todas as coisas se movimentam e vibram com seu próprio regime de vibração. Nada está em repouso”.
Das galáxias às partículas sub-atômicas, tudo é movimento. Todos os objetos materiais são feitos de átomos e a enorme variedade de estruturas moleculares não é rígida ou imóvel, mas oscila de acordo com as temperaturas e com harmonia. A matéria não é passiva ou inerte, como nos pode parecer a nível material, mas cheia de movimento e ritmo. Ela dança.

Os primeiros contatos com o Divino muito provavelmente aconteceram por causa dos relâmpagos. Robert Lomas, em seu livro “Girando a Chave de Hiran” conta que, certa vez, estava passando de automóvel quando quase foi atingido por um raio. O raio havia passado tão perto que, por alguns segundos, não apenas a parte elétrica de seu carro teve problemas, mas ele teve uma “visão de Deus”. Naqueles pequenos instantes, que para ele pareceram uma enternidade, Lomas teve o contato direto com o Cósmico, fundindo-se ao todo, na sensação que os ocultistas chamam de Samadhi ou “pequeno mergulho no Nirvana”. O contato com Kheter.
Durante o livro, com a ajuda de diversos neurocientistas britânicos, ele traça paralelos experimentais entre o “curto-circuito” que experimentou graças ao raio e as descrições de êxtase religioso encontradas em diversas literaturas, bem como experiências de neurocientistas como Michael Persinger, Andrew Newberg e Eugene D´Aquili envolvendo o comportamento do cérebro humano.

Mas voltando aos trovões e relâmpagos… é muito provável que desde os tempos mais remotos, muitos homens tenham passado pela mesma experiência que Lomas. Este “curto circuito” e posterior expansão da mente do indivíduo pelo Cósmico certamente resultariam em uma experiência transcedental, divina. O contato com o TODO, o Grande Arquiteto do Universo. Não é de se estranhar, então, que alguns dos deuses mais importantes de todas as mitologias faziam uso do trovão como arma (Zeus fulminando seus adversários na mitologia grega, por exemplo). Ao quase ser alvejado por um raio e sobreviver, o indivíduo ou grupo de indivíduos passava a ter um legítimo contato com a divindade cósmica, e traduzia esta sensação indescritível com o melhor que seu vocabulário pudesse conceber. Enquanto isso, no plano material, os neurônios e sinapses expostos a campos elétricos causariam a sensação que Walter Leslie Wilmshurts chamou de “Consciência cósmica”. Não é de se estranhar que os antigos construtores de catedrais, trabalhando em campanários e outros locais elevados, sob tempo ruim, invocavam a ajuda de Santa Bárbara.

Tantra e Chakras
A experiência divina não é exclusividade do contato com raios e trovões. Paralelamente a isso, os iniciados conheciam técnicas de magias sexuais derivadas do tantra para atingir o MESMO estado de iluminação, ou Samadhi. Através de orgasmos cada vez mais fortes e intensos, e do fluxo de energias despertando cada um dos chakras dos amantes, através da Kundalini, os iniciados conseguem experimentar o mesmo estado divino descrito pelas experiências acima. Da mesma forma, outros exercícios de meditação, contemplação e masturbação têm sido utilizados para o mesmo fim. A energia canalizada durante este “curto circuito” é muito utilizada na chamada Magia do Caos, desenvolvida por Peter J. Carroll no começo do século XX e não é muito diferente das antigas magias sexuais celtas ou egípcias.
Aposto minhas adagas ritualísticas que, se os neurocientistas medissem o padrão do córtex visual em um casal de sacerdotes durante o Hieros Gamos ou de um casal iniciado tântrico durante o Maythuna, eles encontrariam o mesmo padrão descrito por Heinrich Klüver.

Meditação, Mantras e Mandalas
Outro caminho conhecido para se atingir este estado de “curto circuito” é através da meditação. Exercícios de “desligamento da mente” zen e técnicas envolvendo mandalas, mantras ou orações repetitivas, normalmente trabalhando em um padrão espiral, fazendo com que os sentidos objetivos sejam cada vez mais neutralizados, até que haja o travamento das faculdades objetivas e, como conseqüência, a conexão com os planos superiores.
O mesmo processo explica claramente porque muitos fiéis cristãos, ao envolverem-se demasiadamente com as orações (especialmente no terço, que é uma derivação do japamala budista), entram neste “curto-circuito” durante as orações e chegam ao mesmo estado de consciência. A diferença é que, para estas pessoas, por desconhecerem o que está acontecendo, acreditam que “Jesus falou com elas”, pois não são capazes de explicar este contato com o Cósmico e, assim como os selvagens nas cavernas, tentam explicar ao mundo o que sentiram através de seu vocabulário limitado.
Novamente, se estes padrões cerebrais fossem medidos, teríamos o mesmo padrão, tanto que eles se repetem nos desenhos das mandalas, só que de uma forma invertida. Nas experiências com psicotrópicos, o usuário enxerga os padrões depois de entrar em contato com a droga; nas mandalas, o iniciado procura os padrões ANTES de causar o “curto-circuito”.
Qual padrão é a causa e qual é a consequência?

O limiar da dor
Também é conhecido que estes padrões são encontrados em cefaléias, epilepsia, distúrbios psicóticos, sífilis avançada e outras situações do limiar da dor extrema. Estes estados mentais também causam o “curto-circuito”, resultando os mesmos padrões descritos acima. Isto deu origem a uma série de rituais de iniciação e ritos religiosos envolvendo perfurações e suspensões por meio de ganchos, até os famosos faquires e devotos hindus, capazes de atravessar pregos pelo nariz, anzóis pela pele e ganchos por todo o corpo. Examine o córtex deles e teremos o mesmo padrão.
Este culto à dor pela iniciação existe até os dias de hoje, tanto em iniciações que envolvam suportar a dor, como o ritual de Gkol nas tribos de Vanuatu, que consiste em se jogar do alto de uma árvore ou penhasco amarrado em cipós como prova de iniciação da puberdade para a maioridade até talhar os próprios dentes para deixá-los pontudos ou perfurar a pele com piercings e anzóis, além das flagelações.

Durante a idade Média, existiram muitas ordens monásticas que cultuavam a auto-flagelação. Açoites e chicotes como forma de penitência foram trazidos para a Igreja católica dos templos hindus, que por sua vez traziam este costume da maneira a conectar-se com o divino através da penitência.
Podemos ver resquícios desta ritualística até mesmo no cilício, instrumento composto de espinhos que são amarrados na coxa e apertados de acordo com a vontade do usuário, causando uma dor contínua e muito forte. O cilício ainda é muito utilizado na Opus Dei e em outras ordens religiosas monásticas.

Sexo e a Dor
Os Etruscos possuíam templos destinados a ritos sexuais que envolviam prazer e dor (o mais conhecido é a Tombe de la Fustigazione), que deram origem à Lupercália romana e, mais tarde, ao dia de São Valentino (o “dia dos namorados” gringo). Até os dias de hoje, existem dentro de ordens do caminho da mão esquerda rituais de BDSM até o limiar da dor e do êxtase, onde se consegue chegar ao mesmo “curto circuito” da meditação zen. E aposto meu pantáculo saturnino que quando a iniciada estiver em êxtase, encontraremos nela os mesmos padrões descritos por Heinrich Klüver.

As drogas e os psicotrópicos
Outro aspecto muito comum nas iniciações é o uso de psicotrópicos e libertadores da consciência. Drogas como o haxixe, ópio, peyote, mescalina, folha de coca, LSD ou até mesmo o Santo Daime têm a finalidade de desligar os sentidos objetivos e abrir as portas da percepção. Como foi colocado acima, o efeito resultante no Plano Material é o mesmo das outras experiências. Da mesma maneira, Sinestetas enxergam sons, escutam cheiros, sentem cores e algumas delas (acabei de perguntar a uma amiga sinesteta pelo msn) enxergam espirais e estrelas no momento de um orgasmo. “Mas só dos mais fantásticos” segundo palavras dela. O que comprova nossa teoria a respeito dos orgasmos tântricos e curtos circuitos.

Dança de Roda
Outra maneira de se atingir este “curto circuito” é através da dança ou das artes marciais. Danças sagradas de roda e danças ritualísticas existem em todas as culturas e religiões, muitas das quais com extremos aspectos místicos. Entre as principais eu vou citar os Dervishes, do ocultismo muçulmano (epa, eu escutei certo? Ocultismo muçulmano? Sim crianças… chegaremos aos sufis e dervishes em breve) e suas danças de roda. Note como eles estão em estado de transe. Aposto meu cálice de prata que se você medir os padrões do córtex deles, obterá os MESMOS resultados supracitados.
Também posso citar as dançarinas de dança do ventre ou dança dos sete véus ritualística e, claro, os praticantes de kung fu ou tai chi (especialmente tai chi).

A Árvore da Vida
Dentro da Kabbalah, na Árvore da Vida (diagrama que mapeia todos os estados de consciência do ser humano, do mais mundano até o divino), este processo é o caminho que conecta a décima esfera Malkuth (o mundo da matéria) à nona esfera Yesod (o mundo astral, ou intuitivo e acausal), representado pela letra hebraica “Tav”, que também é o símbolo da Ordem dos Franciscanos. O Tau ou Tav representa a imaginação e todos os processos decorrentes da libertação da mente intuitiva da mente objetiva, que incluem todos os processos criativos e visionários. É o primeiro passo para a iluminação. Não é por acaso que todos os deuses representados em Yesod trabalhem com a intuição e com a conexão com a Consciência superior.

A Geometria Sagrada e os Rituais
Muitos dos Construtores de Templos conheciam as propriedades da geometria sagrada de induzir e promover estes estados psíquicos nos iniciados durante os rituais. Desde as proporções na Pirâmide, nos Templos Gregos e Romanos até chegarmos às catedrais cristãs e, posteriormente, às mesquitas muçulmanas e aos Castelos Templários.
Este conhecimento também permanece na África (o povo sempre se esquece que o Egito fica na África! Quando os muçulmanos tomam o Cairo e Alexandria, eles absorvem muito do conhecimento que estava disponível nas Escolas e bibliotecas), trazendo a geometria sagrada para a Arábia. Com as expansões, levam este conhecimento para o sul da Espanha também.

Mas isso já é outra história…

#ICAR

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/psicodelias-rel%C3%A2mpagos-e-catedrais

Babalon: a Mulher Escarlate e Seu Mistério

Por Spartakus FreeMann

“BABALON é nossa Mãe, mas quem é ela? Ela é simplesmente tudo. O que você está vendo, o que está bebendo, o que está vestindo, a maneira como o cabelo cheira, a maneira como o barulho do lado de fora atinge a janela, o cachorro etc. Tudo isso é Babalon, toda a realidade material. Ela é a Mãe Divina, a portadora da Luz e das Trevas e a Ela somos subjugados por sua autoridade majestosa.”
– Tau Nahash, A Emanação Babalon

A partir do sistema de Magick de Crowley, ela é retratada como a Mulher Escarlate, a Grande Mãe e Mãe das Abominações. Sua forma divina é a da prostituta sagrada e seu principal símbolo é o Cálice do Graal. Seu consorte é o Caos, o ‘Pai da Vida’, a forma masculina do Princípio Criativo. Babalon é frequentemente descrita como uma mulher carregando uma espada e cavalgando a Besta com a qual Aleister Crowley se identificou pessoalmente. Em um sentido mais geral, Babalon representa a mulher liberada e a expressão do impulso sexual.

Tabela de conteúdo:

1. Etimologia e referências Bíblicas
2. Babalon, a Porta de entrada para a Cidade das Pirâmides
3. A Grande Prostituta
4.  O papel da Mulher Escarlate
5. A Grande Mãe
6. A Mulher Escarlate e o Livro da Lei
7. Babalon nos outros escritos de Crowley
8. Jack Parsons e o Liber 49
9. Ecclesia Babalon e literatura adicional

Etimologia e referências bíblicas

Em primeiro lugar, a forma divina de Babalon parece derivar de uma passagem no Apocalipse, uma fonte de grande inspiração para a cosmologia de Crowley. No Apocalipse, encontramos esta passagem:

“3 E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia e tinha sete cabeças e dez chifres. 4 E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição. 5 E, na sua testa, estava escrito o nome: Mistério, a Grande Babilônia, a Mãe das Prostituições e Abominações da Terra. 6 E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.”

Apocalipse 17:3-6 (tradução de Sower).

O nome Babalon pode ser derivado de várias fontes. Primeiro, há uma óbvia semelhança com a Babilônia. Babilônia era uma grande cidade na Mesopotâmia, a fonte da cultura suméria. A divindade Ishtar tem uma semelhança bastante assombrosa com a Babilônia de Crowley. A própria Babilônia é uma cidade frequentemente citada na Bíblia, geralmente como uma imagem do paraíso caída na ruína, um aviso contra a maldição da decadência:

“1 E, depois destas coisas, vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. 2 E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu! Caiu a grande Babilônia e se tornou morada de demônios, e abrigo de todo espírito imundo, e refúgio de toda ave imunda e aborrecível! 3 Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição. Os reis da terra se prostituíram com ela. E os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
4 E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas. 5 Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniquidades dela.” Apocalipse 18:1-5 (tradução Sower).

Outra possibilidade deriva da palavra Enoquiana BABALOND, que é traduzida como “meretriz”. Esta é provavelmente a explicação mais provável desde que a “Visão e Voz” foi obtida por Crowley através de viagens astrais seguindo o sistema de magia Enoquiana.

Crowley provavelmente escolheu a grafia Babalon por seu significado Cabalístico. Ao substituir a letra ‘y’ da Babilônia por um ‘a’, a palavra ‘AL’ aparece no centro da palavra. Tudo se decompõe então da seguinte forma: Bab-al-on. Bab é a palavra árabe para “porta”; “AL” é a Chave da Legislação da Liberdade, e também o nome cabalístico para Deus; “ON” é o nome da cidade egípcia que os gregos chamaram de Heliópolis, a Cidade das Pirâmides. Por gematria, Babalon, באבאלען, é igual a 156, que é o número de quadrados em cada tablete dos elementos do sistema Enoquiano de Dee e Kelly. Estas placas são identificadas com a Cidade das Pirâmides, sendo cada quadrado a base de uma pirâmide.

Babalon, a Porta da Cidade das Pirâmides

No sistema Magick, o adepto chega à etapa final quando deve atravessar o Abismo, aquele lugar selvagem do nada e da dissolução. Choronzon (veja nosso estudo sobre Choronzon) reside neste lugar e seu papel é encurralar o viajante neste mundo de ilusões. Entretanto, Babalon está apenas do outro lado acenando para o adepto. Se o adepto se entrega a Ela – o símbolo deste ato é o derramamento do sangue do adepto em seu Graal – ele então se imbui dela para renascer como mestre e santo que reside na Cidade das Pirâmides. Este processo é lindamente descrito no 15º Aethyr da Visão e da Voz.

O conceito contido na imagem de Babalon é o de um ideal místico, a busca de tornar-se um com o todo. Este processo exige necessariamente a recusa de negar qualquer coisa, de se tornar perfeitamente passivo para o mundo, de permitir que todas as experiências ocorram, de se entregar em uma enxurrada de sensações. Através disto, o místico entra em contato direto com a vida, formulando assim o vinho Graal, sendo o entendimento destilado que é derivado da experiência bruta. Este processo tem sua analogia no trabalho da Senhora da Noite.

Babalon é descrita em vários textos de Thelema, mas seu aspecto mais edificante está na “Visão e Voz” na passagem que explica a função do Cálice:

“Que ele olhe dentro da taça cujo sangue está misturado, pois o vinho da taça é o sangue dos santos. Glória a Mulher Escarlate, Babalon a Mãe das Abominações a qual cavalga a Besta, pois ela derramou o sangue deles em cada um dos cantos da terra e veja! Ela o misturou na taça de sua prostituição.

Com o hálito de seus beijos ela o fermentou e ele se tornou o vinho do Sacramento, o vinho do Sabbath; e da Santa Assembleia ela o verteu para seus adoradores que se embriagaram e assim, face a face, contemplaram meu Pai. Deste modo tornaram-se dignos de compartilhar do Mistério desse cálice sagrado, pois o sangue é a vida.”

(Esse vinho é tal que sua virtude irradia através da taça e cambaleio sob a sua intoxicação. E cada pensamento é ceifado por ele. Ele continua sozinho e seu nome é Compaixão. Por “Compaixão” entendo o sacramento do sofrimento compartilhado pelos verdadeiros adoradores  do Altíssimo. É um êxtase no qual não existe traço de dor. A sua passividade (=paixão) é como a rendição do eu ao amado.)”

A Visão e a Voz, 12th Aethyr, Aleister Crowley.

A grafia de seu nome como ‘Babalon’ só foi revelada na visão do 10º Aethyr, onde este nome é usado para banir as forças de Choronzon. A descoberta da forma do Nome representa a bem sucedida travessia do Abismo por Crowley e a entrada na Esfera de Binah que é atribuída a Babalon.

A Cidade das Pirâmides é o lar místico dos adeptos que atravessaram com sucesso o Grande Abismo, aqueles que derramaram seu sangue no Graal de Babalon. Eles destruíram seu ego, de modo que agora são apenas grãos de poeira. Eles se tornaram crianças dentro de Babalon e lá eles têm o sagrado nome: Nemo. No sistema A∴A∴, eles são chamados de “Mestres do Templo”.

A Grande Prostituta

Babalon leva este título porque não recusa ninguém e ainda exige um grande preço – o sangue do adepto e sua identidade de ego como um ser terreno. Este aspecto de Babalon é descrito com mais detalhes pelo 12º Aethyr:

“Esse é o Mistério de Babilônia, a Mãe das abominações, e esse é o Mistério dos seus adultérios, pois ela se entregou a tudo que vive e assim tornou-se parte desse mistério. E por ter feito a si mesma uma serva de cada um, tornou-se senhora de tudo. Tu não podes compreender sua glória.”

“Bela és tu, Ó Babalon, e desejável, pois tu te entregaste a tudo que vive e tua fraqueza sobrepujou tua força. Pois essa união tu “compreendeste”. Por isso tu és chamada Compreensão, Ó Babilônia, Senhora da Noite!”

O papel da Mulher Escarlate

Embora Crowley escrevesse frequentemente que a Babalon e a Mulher Escarlate são uma só pessoa, também há momentos em que a Mulher Escarlate é vista como uma manifestação representativa ou física do princípio feminino universal. Em uma nota no Liber Reguli, Crowley menciona que dos “Deuses do Éon”, a Mulher Escarlate e a Besta são “os emissários terrestres desses Deuses”. Ele então escreve em seus Comentários:

“É necessário dizer que a Besta parece ser um indivíduo definido; ao perceptivo, o homem Aleister Crowley”. Mas a Mulher Escarlate é um oficial substituível quando surge a necessidade. Assim, até a presente data deste escrito, Anno XVI, Sun in Sagittarius, houve muitos detentores deste título.”

A Grande Mãe

Dentro da Missa Gnóstica, Babalon é mencionada no Credo Gnóstico:

“E eu creio em uma Terra, a Mãe de todos nós, e um Ventre onde todos somos gerados e para onde todos deveremos retornar, Mistério dos Mistérios, de Seu Nome BABALON”.

Babalon é identificada com Binah na Árvore da Vida, a esfera que representa a Grande Mãe e as deusas-mães Ísis, Bhavani e Muat. Além disso, ela representa todas as mães físicas.

Babalon no capítulo 49 do Livro das Mentiras:

“AS FLORES DE WARATAH

Sete são os véus da dançarina do harém d’ELE.

Sete são os nomes, e sete são as lâmpadas ao lado da cama Dela.

Sete eunucos A guardam com espadas desembainhadas; Nenhum
Homem aproxima-se Dela.

Em seu copo de vinho estão as sete torrentes de sangue dos Sete
Espíritos de Deus.

Sete são as cabeças d’A BESTA na qual Ela Cavalga.

A cabeça de um Anjo: a cabeça de um Santo; a cabeça de um Poeta:
a cabeça de Uma Mulher Adúltera: a cabeça de um Homem Valoroso; a
cabeça de um Sátiro; e a cabeça de um Leão-Serpente.

Sete letras tem Seu mais sagrado nome, que é:

BABALON 7 7, 77, 77, 7

Este é o Selo sobre o Anel que está no Indicador d’ELE: e este é o
Selo sobre as Tumbas daqueles a quem Ela assassinou.

Aqui está sabedoria. Que aquele que tem Compreensão conte o
Número de Nossa Senhora; pois que ele é o Número de uma Mulher; e Seu Número é Cento e Cinquenta e Seis.”

Sobre este capítulo, Crowley faz o seguinte comentário:

“49 é o quadrado de 7.

7 é o número passivo e feminino.

O capítulo pode ser lido em conexão com o capítulo 31, pois ELE
(N. Trad.: IT, no original em inglês) reaparece.

O título, a Waratah, é uma voluptuosa flor de cor escarlate, comum
na Austrália, o que conecta este capítulo com os de número 28 e 29; no entanto, isso é apenas uma alusão, pois o assunto do capítulo é NOSSA SENHORA BABALON, a qual é concebida como a contraparte feminina d’ELE.

Isso não confirma muito a teogonia comum ou ortodoxa do capítulo 11; mas deve ser explicado pela natureza ditirâmbica deste capítulo.

No parágrafo 3, NENHUM HOMEM é, claramente, NEMO, o Mestre do Templo. “Liber 418” explicará a maioria das alusões neste capítulo.

Nos parágrafos 5 e 6, o autor identifica-se claramente com a BESTA referida no livro, no Apocalipse e em LIBER LEGIS. No parágrafo 6, a palavra “anjo” talvez se refira à sua missão, e a palavra “leão-serpente” ao sigilo de seu decano ascendente. (Teth = Cobra = espermatozoide e Leo no Zodíaco, o qual tem, como Teth, forma de serpente. θ escrevia-se originalmente {Sol} = Lingam-Yoni e Sol.)

O parágrafo 7 explica a dificuldade teológica referida acima. Há
apenas um único símbolo, mas este símbolo tem muitos nomes: destes nomes BABALON é o mais sagrado. Este é nome ao qual se refere em “Liber Legis” 1, 22.

Repare que a figura de BABALON, ou seu sigilo, é um selo sobre
um anel, e este anel está no dedo d’ELE.

Isto identifica ainda mais o símbolo consigo próprio. Repare que este selo, a não ser pela ausência de margem, é o selo oficial da A.·.A.·.

Compare com o Capítulo 3. Diz-se também ser este o selo sobre as tumbas daqueles que foram por ela assassinados, que são os Mestres do Templo. Conectando com o número 49, ver “Liber 418”, 22o Aethyr; bem como as fontes usuais.”

Livro de Mentiras – Aleister Crowley – Tradução de Philippe Pissier.

A Mulher Escarlate e o Livro da Lei

Capítulo I:

“15. Agora vós sabereis que o sacerdote e apóstolo escolhido do espaço infinito é o príncipe-sacerdote a Besta; e na sua mulher chamada a Mulher Escarlate todo o poder é concedido. Eles deverão reunir minhas crianças em sua congregação: eles deverão trazer a glória das estrelas para os corações dos homens.

16. Pois ele é sempre um sol, e ela uma lua. Mas é para ele a chama alada secreta, e para ela a luz estelar arqueada.”

Capítulo III:

“43. Que a Mulher Escarlate tome cuidado! Se piedade e compaixão e ternura visitarem seu coração; se ela deixar o meu trabalho para brincar com velhas doçuras; então a minha vingança será conhecida. Eu matarei a sua criança: Eu trarei desarmonia ao seu coração; Eu a banirei dentre os homens; como uma rameira encolhida e desprezada ela se arrastará por entre ruas sombrias e úmidas, e morrerá de frio e de fome.

44. Porém que ela se levante em orgulho! Que ela me siga no meu caminho! Que ela trabalhe a obra de perversidade! Que ela mate o seu coração! Que ela seja escandalosa e adúltera! Que ela seja coberta de joias, e ricos vestidos, e que ela seja desprovida de vergonha perante todos os homens!

45. Então Eu a erguerei aos pináculos do poder: então Eu gerarei dela uma criança mais forte do que todos os reis da terra. Eu a satisfarei com prazer: com a minha força ela verá e descobrirá na adoração de Nu: ela alcançará Hadit.”

Babalon nos outros escritos de Crowley

“Nas horas escuras da terra, quando a superstição cristã caiu tão mal sobre os povos da Europa, quando nossa Ordem Santa foi espalhada e a santidade de seus preceitos violados, alguns guardaram a Verdade em seus corações, &, amantes da Luz, eles carregavam a Lâmpada da Virtude sob o manto do sigilo. & estes, em certas estações do ano, foram à noite por caminhos abertos ou escondidos para as charnecas e montanhas, & lá dançaram juntos, & por jantares estranhos e vários feitiços, eles O chamaram, a quem o inimigo na ignorância chamou de Satanás, & que foi na verdade o Grande Deus Pan ou Baco, ou mesmo Bafômetro que os Templários adoraram em segredo, & como os Ilustres Cavaleiros do VI, da Ordem Sagrada Kadosh, aprenderam a adorar todas as Companheiras do Santo Graal, ou Babalon a Bela, ou mesmo o Zeus Apolo dos Gregos.

E cada um, quando introduzido neste santuário, foi feito um companheiro do encarnado pela Consumação do rito do Matrimônio. Considere isto.”

De Nuptiis Secretis, V DO BANHO DOS ADEPS, Aleister Crowley.

Nos emblemas da O.T.O., Babalon está associado ao ovo: “O Ovo é posto pela ‘Águia Branca’ (mulher) e é-lhe atribuído o número 156; é, portanto, a manifestação de Babalon. O Veículo do Ovo é o Fluido Vaginal; portanto, não é o Ovum. Mas é antes o poder de magia da mulher. Ele é fertilizado pelo Esperma, que é congênito à natureza do Ovo. O homem também deve estar em sintonia com a mulher, um elo mágico deve ser desenvolvido entre eles.”

Cada ato de sofrimento, cada ato de sacrifício, cada ato de vida que flui através do homem como a corrente de sangue que rega cada parte do ser, torna-se um fardo para o Adepto. Ele então derrama tudo no copo de BABALON, a Mulher Escarlate, o que ele adquiriu e o que ele se tornou. Em seu Liber Cheth vel Vallum Abiegni, lemos:

“Você derramará seu sangue, que é sua vida, no cálice dourado da fornicação”. Você deve mesclar sua vida com a vida universal. Você não deve guardar uma gota dela. Então seu cérebro ficará mudo e seu coração deixará de bater, e toda a vida se afastará de você..”

Jack Parsons e o Liber 49

Este livro contém a experiência mágica de invocar um Ser Elemental, a Deusa Babalon, e os seus resultados, como interpretado por Jack Parsons, Frater 210, da Ordo Templi Orientis.

Eis o que Parsons escreveu sobre isso em março de 1946 e.v.: “Esta força [a de Hórus] é totalmente cega, dependente dos homens e mulheres em quem se manifesta e a quem guia. É óbvio que esta orientação tende para uma catástrofe. Esta tendência se deve principalmente à nossa falta de compreensão de nossa própria natureza. O desejo reprimido, os medos, o ódio resultante do engano do amor tomaram uma direção homicida e suicida. Este impasse é quebrado pela encarnação de outra força, chamada Babalon. A natureza desta força está relacionada ao amor, compreensão e liberdade dionisíaca e é o contrapeso necessário para a manifestação de Hórus.”

“Deve-se lembrar que toda atividade humana, depois que as funções vitais são cumpridas, surge da necessidade de amar ou da necessidade de ser amado. É verdade, portanto, que na compreensão de todo poder é concedido. Uma compreensão do princípio da bipolaridade deve deixar isso suficientemente claro”.

Para Kazim: “Abyssus abyssum invocat”.

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Ecclesia babalon e Literatura Adicional

A Ecclesia Babalon  (Instagram) é uma organização religiosa internacional independente fundada em 2018 nos Estados Unidos, e atualmente com sede no Brasil e presença em diversos estados. Unindo a tradição gnóstica, o esoterismo sacramental, ocultismo e magia sob a Lei de Thelema, a Ecclesia Babalon é herdeira do sacerdócio gnóstico apostólico das Ordens Esotéricas Gnósticas Sacramentais.

A Ecclesia Babalon se orienta pelo Código Iluminista Livre e defende que:

1. O crescimento espiritual é incompatível com o autoritarismo.
2. A iluminação requer uma abordagem experimental não dogmática.
3. Uma sociedade livre deve buscar estar constantemente atualizada.
4. Somos facilitadores. Nós fazemos o trabalho, não extraímos juramentos ou obrigações, nem exigimos crenças dogmáticas.

Literatura Adicional:
O Credo Gnóstico
O Chamado de Babalon
O Livro da Lei
O Livro de Babalon
Os Escritos de Jack Parsons
Babalon e Therion
A Redenção Feminina
Beijando o Céu: canalizando Babalon

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Fonte:

FREEMANN, Spartakus. Babalon, Sources: Thelemapedia. Traduction & adaptation par Spartakus FreeMann, décembre 2007 e.v., Nadir de Libertalia. Extrait de « Notes pour la compréhension du futur antérieur » de Spartakus FreeMann ☉ in 22° ♐ : ☽ in 18° ♒ : Anno IVxv a.n. EzoOccult, 2007, 2020. Disponível em: <https://www.esoblogs.net/4341/babalon/>. Acesso em 7 de março de 2022.

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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/thelema/babalon-a-mulher-escarlate-e-seu-misterio/

Babalon sem véu

Este artigo é uma resenha abreviada de
Babalon Unveiled! Thelemic Monographs (19th January 2019 e.v.)
© Oliver St. John 2018, 2020

Na região do Cairo Velho, chamada Keraha-Babilon, há restos de um colosso que ficava nas proximidades do antigo templo egípcio de Babilona. A poderosa imagem era de Hathoor, como pode ser determinado pela base intacta de sua coroa arruinada. Por relatos históricos, há uma associação significativa entre Hathoor (ou Ísis) e a esfinge que guarda as pirâmides próximas. A associação se tornará evidente à medida que prosseguirmos com nossa investigação.

A antiga cidade egípcia de Keraha-Babilon fica a leste do planalto de Gizé, ao norte da moderna cidade do Cairo. É de grande significado histórico, pois sua situação no Nilo significava que era tanto porto quanto porta de entrada fortificada para a antiga estrada sagrada para On, ou Heliópolis (Egípcio Aunnu). As pirâmides e a esfinge do planalto de Gizé estão à vista da porta de entrada para On. O templo de Per-Hapi, no porto do Nilo, ao sul de Keraha, continha uma linha de esfinges, entre outras relíquias extraordinárias encontradas espalhadas por toda a região.

O nome da Esfinge do Egito é Harmachis, como também de sua própria estela, chamada de Estela dos Sonhos. A estátua muito antiga que retrata a mulher e o leão em uma imagem é também conhecida como Hrumachis ou Hormaku. A grande estátua de Hathoor, coroada com o sol, contempla eternamente a Esfinge do Egito, sua estrela infantil, consorte e imagem divina. Embora isso possa ser interpretado metaforicamente, foi um fato literal enquanto o colosso, Babilônia, a Grande, estava às portas de On.

Babilônia como catalisador alquímico

Babalon era o nome pré-histórico do grande centro antes mesmo de ser chamado de Keraha. O nome Babilônia deve-se a uma corrupção, ou simplificação linguística, do antigo nome egípcio: pr-hpi-n-iunu, ‘templo do Nilo do nome Aunnu’. Um nomo é um antigo local da terra egípcia considerado como centro sagrado. De acordo com os Textos da Pirâmide, o nome Keraha se refere ao campo de batalha entre Hórus e Set.

A batalha torna-se auto-explicativa quando se considera que Keraha marca a divisão exata ou limite entre as duas terras de Khem, Alto e Baixo Egito. É o encontro geográfico ou união das coroas vermelhas e brancas do Norte e do Sul. Ao longo dos tempos, o simbolismo da união do vermelho e do branco foi incorporado na literatura mágica e alquímica como o casamento místico ou casamento real de Sol e Luna. O templo persa da Babilônia era conhecido pelos árabes como Qubbat Babylon, “cúpula da Babilônia”, um templo do fogo. A cúpula, uma torre quadrada com uma cúpula arredondada, é frequentemente usada na literatura alquímica para significar a fornalha ou o atanor.

Nos tempos modernos, os textos alquímicos foram mal interpretados. Uma explicação rudimentar e falsa dos segredos da alquimia como pertencentes aos mistérios ocultos do sexo físico ou ao “processo” psicológico humano resultou em atribuições ridículas. Por exemplo, o atanor foi associado por Aleister Crowley e outros ao órgão sexual masculino, enquanto na verdade é um símbolo feminino, a “cúpula da Babilônia”. A cucurbitácea, embora aparentemente um emblema da mulher, é melhor compreendida como o princípio de contenção de toda a anatomia oculta.

Babilônia: Palavra Perdida dos Aeons

A racionalização do conhecimento fragmentário que sobreviveu à queda do Egito para ser então filtrado pelo espelho distorcido da erudição não iniciada continuou até os dias atuais. A “palavra perdida”, longe de ser recuperada, está enterrada mais profundamente do que nunca no substrato da consciência humana. No entanto, através da idade das trevas do reinado do homem na terra, a voz viva de Babilônia, a Grande, que conhecemos como BABALON, emerge das profundezas, chamando-nos à verdade e à justiça.

Fui enviada do Mistério,
E irei para aqueles que refletirem sobre mim,
Pois aqueles que me procuram, me encontrarão.
Eis-me, vós que refletis sobre mim,
E ouçam-me, vocês que têm ouvidos para ouvir!
Vós que me esperastes, levai-me para vós,
E não me bana de sua vista.
Não diga coisas odiosas de mim, não as ouça falar.
Não seja ignorante de mim em qualquer lugar ou a qualquer momento.
Esteja vigilante! Não me esqueça.

A antiga escritura gnóstica, Thunder Perfect Mind, foi indubitavelmente recebida de forma oracular. Quando os evangelhos bíblicos do Novo Testamento foram compostos, a língua egípcia foi esquecida junto com os segredos velados por seus hieróglifos. Escritores e editores bíblicos foram influenciados pelo ascetismo militar.

Babilônia, a Caída

A poderosa Babilônia, símbolo gigantesco da autoridade espiritual do antigo sacerdócio egípcio, foi profanada há muito tempo pelos escravos de um rei persa invasor que achava que aquele tesouro poderia estar enterrado embaixo! De acordo com o livro de Apocalipse, 14: 8:
E seguiu outro anjo, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, porque deu de beber a todas as nações

A ironia se aprofunda no livro de Apocalipse, 14: 8. Para os fanáticos religiosos ao longo dos tempos, é Babilônia que simboliza o orgulho e a arrogância do materialismo. Podemos agora levantar o véu tecido da confusão dos escribas das escrituras. A mítica ‘queda’ de Babilônia, a Grande, tem sua origem em fatos literais.

Babalon e Ouarda, a Vidente

Liber AL vel Legis é um oráculo contencioso desde que uma religião foi formada em torno dele, e seu assim chamado profeta, Aleister Crowley. No entanto, certamente havia uma pitonisa que trouxe fragmentos luminosos da antiga sabedoria egípcia, embora fortemente envolta na presunção de Crowley, uma vez que ele determinou que poderia colocar o poder em suas mãos. É provável que Rose Edith Kelly (Rose Crowley) tenha muito mais a ver com a transmissão e escrita de Liber AL do que é evidente no relato dado por Aleister Crowley. Foi sugerido que poderíamos renomear o livro oracular em questão como o Livro de Ouarda, a Vidente, ou de Soror Ouarda, 576, pois esse era o nome mágico de Rose.

Rose foi, segundo todos os relatos, o meio e a inteligência para a transmissão ativada através da Estela da Revelação no museu do Cairo em 1904. Sabemos que Crowley precisou de sua ajuda quando desejou mudar algumas palavras após a transmissão, embora mais tarde tenha alegado ela nem estava presente na sala quando o livro foi recebido! Babalon aparece em dois aspectos no Livro da Lei. Em primeiro lugar, na forma cósmica como Nuit, e em segundo lugar como a Mulher Escarlate ou alma, que pode “cair” ou sofrer ressurreição. As palavras que Crowley queria mudar eram de Nuit, Liber AL, I: 26:

E o sinal será meu êxtase, a consciência da continuidade da existência, o fato não-atômico não fragmentado de minha universalidade.

Crowley recebeu permissão (presumivelmente) para mudar as últimas cinco palavras para “a onipresença do meu corpo”, uma intervenção teológica bastante banal em comparação com a vitalidade da frase original. Embora superficialmente o significado seja o mesmo, o neologismo “não fragmentário”, usado em conjunto com “não-atômico”, declara especificamente a geometria do espaço-tempo como não-euclidiana e o mundo atômico como uma mera ilusão convencional. Desde que Einstein produziu sua teoria da relatividade, os instrumentos da ciência dos materiais provaram, por exemplo, que a luz das estrelas se curva ao redor do campo gravitacional do sol. A curvatura dos raios do sol forma uma esfera de sensação atemporal e adimensional ao redor da estrela. Isso é comparável ao esplendor nu do corpo de Nuit, que é o antigo princípio egípcio de contenção universal.

Babalon: Coração e Alma

Babilônia, a Grande do Egito, nossa Senhora BABALON, como a conhecemos através de nossos ritos e cerimônias, oráculos, sonhos e aspirações, é o coração e a alma da antiga civilização egípcia. Ela fica para sempre no limiar entre as duas terras, união do leão vermelho e da águia branca, o reino da terra e o do céu, corpo e alma, mente e coração. A evidência empírica apóia o ideal, ecoado ao longo dos tempos através de inúmeros exemplos de escritos e pensamentos inspirados, de que aqueles que colocaram em prática a ciência e a arte mágica de Khem não eram humanos, mas uma raça mais antiga da qual muito poucos na terra podem agora suportar o imagem. A continuidade da existência era, portanto, conhecida eras antes de Einstein produzir suas teorias para ajudar na autodestruição do homem.

Os remanescentes sobreviventes das artes egípcias declaram uma doutrina que é racional e não-racional. Muito antes da lei geral da relatividade ser conhecida pela ciência, o sacerdócio de Set entendeu que a geometria do espaço-tempo não é euclidiana. Não é o falo de Osíris que é a “palavra perdida”, mas a alma da Natureza que ainda é desconhecida para aqueles que vivem na escuridão e na ignorância. Chamamos isso de Thelema, que é a semente viva do poder criativo latente dentro da alma anã ou estrela do homem. Enquanto o homem dorme, uma miríade de formas surge para desnorteá-lo e encantá-lo. No entanto, essas formas, cada uma mascarando a realidade sem forma do espaço sem nascimento, podem igualmente escravizar o homem ou iluminar o caminho para a iluminação e a liberação final. Podemos então supor que o motivo para fundar na terra um espelhamento exato das complexidades da natureza foi inspirado pelo amor, que também é Thelema.

O espelho da terra negra do Egito expressa a verdade através da matemática, astronomia, hieróglifos, arte, deuses, ritos mágicos e cerimônias. Esses videntes pré-evais, que perscrutaram eras de tempo, poderiam sem dúvida prever que a raça humana está predestinada a espalhar violência, guerra, contágio e doenças por todo o planeta. Por amor, eles plantaram as sementes da salvação da alma nas profundezas da matriz oculta de nossa existência. A Gnose é em si mesma indestrutível. O colosso da Babilônia-Hathoor foi derrubado e quebrado em fragmentos por um rei louco. Seu templo ainda está de pé, inviolado até o fim dos tempos. O fim está com o começo.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/thelema/babalon-sem-veu/

Homens de Preto – A Realidade por trás da Ficção

“Queimando discos, queimando livros, Soldados sagrados, visual nazista” – Holy Smoke, Iron Maiden

 “Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha a saber.” – Mateus 10:26

Homens de preto e Ufologia

 

Milhões de pessoas ao redor do mundo assistiram ao filme “Homens de Preto” e suas sequências, mas poucas sabem de onde foi tirada a inspiração para fazê-los. Como muitos filmes, ele foi baseado numa HQ, e esta num livro escrito em 1956 pelo estadunidense Gray Barker, intitulado “Eles Sabiam Demais sobre Discos Voadores” . Livro este no qual pela primeira vez o mundo ouve falar dos Homens de Preto, um grupo que “sugere” a indivíduos silenciar sobre suas incomuns experiências. Sua alcunha deve-se não apenas a cor que trajam, mas a seu estranho e total anonimato: não revelariam seus nomes, de onde vieram ou por quem foram enviados, daí nenhuma outra forma de referir-se a eles ou descrevê-los. Os carros que dirigem, contudo, teriam aparência oficial.

Antes de escrever este que foi seu primeiro livro, Barker já escrevia artigos do gênero para a revista Space Review, publicada por Albert K. Bender e seu Escritório Internacional de Discos Voadores. Em 1953, Bender abruptamente dissolveu sua organização, alegando que não poderia continuar a escrever sobre OVNIs devido a “ordens de fonte superior”. Após ser pressionado por Barker a revelar maiores detalhes, Bender relatou seus supostos encontros com os Homens de Preto, o que teria motivado Barker a escrever seu livro. É claro que tudo pode não ter passado de um conluio entre os dois, dizem até que o próprio Barker não acreditava no que escrevia, só queria ganhar dinheiro. Mas isto também pode não passar de um boato forjado e espalhado pelos Homens de Preto.

Seja qual for a verdade, isto foi no meio do século passado, época onde a informação sobre tais assuntos deveria ser escassa em relação a hoje, e a Internet apenas uma utopia para a população global. Então, se os Homens de Preto queriam ocultar da humanidade este tipo de relato, podemos dizer que neste âmbito falharam miseravelmente, pois hoje abundam livros e sites sobre o tema. Perante este fato, é claro que muitos vão pensar algo do tipo: “Bem, se isso aconteceu, estes Homens de Preto não devem existir, pois não teriam permitido.” Mas, ora, se existissem, não seria exatamente isto que iriam querer que você pensasse?

Uma hipótese que não podemos esquecer é que a coisa pode não ter acontecido com a permissão deles; talvez eles simplesmente não puderam controlá-la. Eles podem ser poderosos, mas não invencíveis – e certamente teriam alguns inimigos. Isso sem falar que, entre aqueles que conhecem um segredo, às vezes há os que querem revelá-lo. Além disso, como se pode deduzir o trabalho deles teria sido fácil por muito tempo, portanto talvez não estivessem preparados para enfrentar as novas armas na difusão do conhecimento que surgiram junto com os tempos modernos: a invenção da imprensa[1], fotografia (pois esta também reproduz texto), a já citada Internet, etc. Para não falar na TV, é claro. Ao redor de todo o globo, muitos telejornais e diversos programas já apresentaram relatos de avistamentos, abduções, etc. Mas não se pode hipnotizar, drogar ou matar praticamente um país inteiro (pois através da hipnose ou drogas pode-se causar amnésia, mas logicamente não de modo seguro e matematicamente exato como o prático flash do filme).

Então, perante este quadro, nada restaria aos Homens de Preto e seus superiores senão negar e ridicularizar tais testemunhos, esperando assim desacreditá-los – pois uma das coisas que o homem comum mais teme, além da morte, é cair no ridículo, a opinião alheia importa-lhe mais que a própria. Ademais, o governo e a Aeronáutica dos países onde OVNIs são avistados só poderiam negar mesmo, seria grande ingenuidade esperar que admitissem tal coisa. Que governo assumiria ser incapaz de proteger sua população de incontroláveis e desconhecidos invasores? Afinal, boa parte dos impostos pagos destina-se exatamente a este fim. A única razão de existir da Aeronáutica é proteger o espaço aéreo de seu respectivo país, então ela não pode assumir que não consegue cumprir sua tarefa plenamente, que há invasores contra os quais nada pode fazer. Seria como o zelador de um prédio dizer que há um tipo especial de pessoa a qual ele não pode impedir de entrar e sair ao seu bel-prazer. Também não podemos esquecer a hipótese dos OVNIs não serem nada mais que aeronaves ultra-sofisticadas de determinados países. Qualquer um sabe, por exemplo, que os EUA gastam zilhões de dólares em tecnologia militar, então não seria nenhuma surpresa se eles tivessem coisas que nem imaginamos nesse campo (e tudo indica que tenham, vide Área 51). Nesse caso, alguns se perguntariam por que manter secreta a existência destas fabulosas armas e, ao mesmo tempo, algo com que poderia-se inclusive lucrar muito. Bem, a resposta é simples: para que seus vizinhos não sintam-se ameaçados e tentem desenvolver coisa parecida. Não é preciso ser Maquiavel ou Sun Tzu para perceber que só se deve permitir o acesso a uma arma quando já se dispõe de uma arma superior. E no caso dos OVNIs serem aeronaves comandadas por humanos, admitir uma invasão contra a qual nada pode se fazer seria ainda mais vergonhoso – para ambas as partes.

Portanto, apesar de tantos mistérios e dúvidas, um fato ergue-se e permanece indiscutível: os OVNIs, seja lá o que forem, realmente existem. Aliás, vários pilotos de avião já relataram tê-los avistado. Desnecessário dizer, estes são pessoas instruídas que deveriam saber identificar qualquer coisa que surja nos céus (e astrônomos mais ainda). Alguns destes relatos, é claro, permanecem confidenciais, pois são de pilotos militares. Falando nisso, a edição de setembro de 2013 da revista Super Interessante traz uma matéria de capa sobre a abertura de arquivos no Brasil. Então, já sabemos que OVNIs existem, mas não o que são (ou não teriam esse nome, afinal). A pergunta que fica é: Existirá alguém querendo impedir que saibamos o que são? No caso deles terem origem humana, como na hipótese recém explanada acima, obviamente que sim. E se sua origem não for humana, restam-nos duas hipóteses: ou o homem ainda é simplesmente incapaz de descobrir e explicar o que são os OVNIs, ou alguns descobriram mas não quiseram (ou foram impedidos de) revelar ao mundo.

Quanto a extraterrestres, talvez uma pergunta interessante a ser feita seja: Se eles existem, será que iriam querer que soubéssemos? Provavelmente não, ou já teríamos provas disso.

Mas agora vamos mudar de assunto, pois essa é  só a ponta do iceberg.

 

Escondendo mais do que você imagina… Homens de Preto e outros Segredos

“Existe uma história escrita para gente comum, e outra invisível aos olhos do povo, escrita por nós, que fizemos a história acontecer. Assim é a vida, assim somos nós e vocês: os que fazem a história e os que a aprendem com obediência, como nós desejamos.” – Serrano Suner em “A Fórmula da Eterna Juventude e outros Experimentos Nazistas”, de Carlos Nápoli

“Somente os pequenos segredos precisam ser guardados; os grandes, ninguém acredita.” – Herbert Marshall

De qualquer forma, quer extraterrestres existam ou não, não se pode, como nos mostra a própria História, negar a existência de grupos – interligados ou não – cujo objetivo é suprimir e/ou monopolizar o conhecimento (este, definitivamente, ainda não é e nunca foi livre). Assim, extraterrestres podem até não existir, mas creio que o mesmo não pode ser dito, como veremos a seguir, dos Homens de Preto. “Mas então, o que eles escondem de nós?” Bem, se eu soubesse seria um deles, mas não é preciso ter uma imaginação de Julio Verne para fazer algumas suposições.

Só para citar alguns exemplos, Mussolini assim como Hitler tinha seus conselheiros místicos, e sob ordens de dois deles, em 1944 foram queimados 80.000 (sim, 80 mil, mas espere até ler sobre Alexandria) livros e manuscritos da Sociedade Real do Saber de Nápoles, visando impedir que documentos mágicos importantes caíssem nas mãos dos Aliados. Entre eles, encontravam-se manuscritos inéditos de Leonardo Da Vinci, como também documentos apreendidos de Aleister Crowley na sua abadia em Cefalu, Sicília. Todos já ouviram falar da famosa Biblioteca de Alexandria, segundo a Wikipédia “ela continha praticamente todo o saber da Antiguidade em cerca de 700.000 rolos de papiros e pergaminhos” – também não é para menos, pois seu lema era “adquirir um exemplar de cada manuscrito existente na face da Terra”. Mas ao contrário do que tantos pensam, ela não foi destruída por acidente em decorrência de batalhas. Ela continha inúmeros documentos alquímicos que foram roubados ou destruídos, não só pela cobiça e avareza como também pelo fanatismo religioso dos arábes, que seguiam as absurdas máximas “não há necessidade de outros livros senão O Livro (Alcorão)” e “o livro de Deus é-nos suficiente”. Mas isto, é claro, pode ter sido apenas um pretexto. Afinal, é fácil entender o medo, ou mesmo desespero, dos poderosos perante a Alquimia. Se todos pudessem fabricar ouro em casa, obviamente ele perderia o seu valor e, assim, impérios ruiriam. Portanto, não é difícil entender por que a Igreja Católica combateu tão fortemente a Alquimia. (Sobre a Magia de modo geral, poderia-se dizer que ela supostamente permitiria ao homem comandar a Natureza e seu próprio destino, e às vezes o dos outros também, assim “brincando de deus”.) Em 1897, herdeiros de Stanislas de Guaita foram ameaçados de morte se não destruíssem quatro manuscritos inéditos do autor que versavam sobre “Magia negra”, assim como todo seu arquivo. A instrução foi cumprida.

Em 1971, um russo radicado na França, Jacques Bergier[2] escreveu “Os Livros Malditos”, no qual relata não só os casos acima descritos como também outros semelhantes, e diz estar convencido da existência de uma antiga sociedade secreta destinada a ocultar certos conhecimentos da humanidade. Bergier refere-se a ela como – adivinhe? – “os Homens de Preto”. De sua existência (ou, pelo menos, de algo parecido) há muitos indícios e estou inclinado a concordar com Bergier. A História está cheia de exemplos de livros ou documentos que são censurados ou mesmo avidamente procurados, e a cujos proprietários às vezes acontecem estranhos acidentes – daí também o adjetivo “malditos” para descrever os livros que Bergier aborda em cada capítulo. Parafraseando o próprio, é preciso ler “Os Livros Malditos”, assim, não me estenderei muito sobre seu conteúdo aqui.

Num mundo ignorante como o nosso, certamente será taxado de paranóico ou esquizofrênico quem alegue existir um grupo de homens cujo principal objetivo é esconder certas coisas da humanidade. Mas há uma enorme prova, a qual todos conhecem só não se apercebem, de que um tal grupo, pelo menos, existiu: A Inquisição. E infelizmente, não se pode negar que ainda existe coisa semelhante, pois é bem sabido que os Arquivos do Vaticano contém inúmeros documentos secretos e únicos. E tal supressão do conhecimento é ainda mais evidente em certos cantos mais atrasados do mundo, que parecem continuar na Idade das Trevas ou coisa até pior, chegando ao extremo de proibir as mulheres de aprender a escrever e estudar – às vezes, até de falar. Perante estes fatos, é difícil refutar a existência de uma espécie de “fraternidade negra” inimiga da luz do conhecimento – os místicos e ocultistas chamam-na “a loja negra”. Mas, num mundo feito de cegos, aqueles que enxergam são taxados de loucos.

Veja onde o homem chegou, já querem enviar pessoas a Marte – o que não muito tempo atrás, também seria loucura. Agora considere, por um momento, que nossa civilização tenha sido de alguma forma aniquilada, mas alguns poucos tiveram a sorte – ou o azar, pelas condições em que o mundo se encontraria – de sobreviver (sim, exatamente como naquela imbecil dinâmica de grupo. Aliás qual não é?) Suponha que, com alguma sorte e muito sexo, estes poucos remanescentes tenham conseguido dar continuidade à raça humana. Seus descendentes nasceriam num mundo devastado, onde as coisas que consideramos mais triviais tornariam-se as mais incríveis lendas: televisores, automóveis, aviões, computadores, telefones, armas de fogo e qualquer outro tipo de máquina ou tecnologia. Os primeiros, os que sobreviveram à catástrofe, saberiam que tais coisas um dia existiram e contariam a seus filhos, dos quais talvez alguns acreditariam, outros não. E se ninguém fosse capaz de recriar estas coisas um dia (ou se fossem recriadas mas mantidas em segredo), tais “lendas” passariam de geração em geração tornando-se cada vez mais desacreditadas, podendo até mesmo caírem no esquecimento. E se eles encontrassem qualquer um de nossos “misteriosos artefatos”, não saberiam como nem para que foram feitos – hei, isso não parece familiar? Tal descrição se aplica, por exemplo, aos Crânios de Cristal

Então, quem pode nos garantir que já não aconteceu coisa semelhante?

Ou melhor, e se eu lhe disser que há provas de que existiu uma prodigiosa ciência perdida?

Provas estas, aliás, muito grandes e concretas que todos conhecem.

Do que eu estou falando?

Das Pirâmides do Egito. (Não disse que eram grandes e concretas?)

Mas por que as Pirâmides do Egito seriam provas de que um dia houve uma ciência perdida?

Ora, por uma razão muito simples: curiosamente é um fato pouco divulgado, mas ao menos por enquanto é impossível reproduzí-las com perfeita exatidão. Ainda mais pelo mesmo método, qualquer que tenha sido. Existem variadas teorias sobre como foram construídas as pirâmides, mas nenhuma delas plenamente satisfatória – não à toa, não há nem sombra de consenso. Ou seja, atualmente, o homem é incapaz de repetir um feito de milhares de anos atrás, porque o conhecimento necessário para tal se perdeu (ou foi preservado em segredo). Como se isso não bastasse, também não se sabe POR QUE elas foram construídas, isto é, sua verdadeira finalidade. Não, não foi para servirem de tumba ou cofre de tesouros, como surpreendentemente veremos a seguir. Àqueles interessados em maiores detalhes, recomendo a leitura dos textos de Marcelo Del Debbio sobre o assunto (além daqueles citados aqui, o divertido “A Pirâmide do Faraó Del Debbio I”). Todavia, alguns destes detalhes são tão impressionantes que não poderei deixar de citá-los. É bem conhecida e justificada a predileção dos mais céticos por números, então vamos a eles:

(Dentro das aspas, coloquei meus comentários ou cortes do texto entre colchetes, aqueles entre parênteses são do próprio Del Debbio)

“A base da pirâmide [de Queops] é perfeitamente plana, com desnível de apenas 0,075cm/100m (para quem não é arquiteto ou engenheiro esses números não dizem muita coisa, mas para ter uma idéia comparativa do quão preciso foi o nivelamento das pirâmides, basta dizer que edifícios modernos de alta tecnologia chegam a 15-20cm/100m em desnível). As 3 pirâmides alinham-se com a constelação de Órion [3 Marias] com margem de erro de 0,001% quando comparadas com a posição destas estrelas no céu em 10.500 AC.” – Extraído do texto “Pirâmides, Pirâmides… – parte II”

“Assim como são ‘coincidências’ […] as pirâmides encontradas na China alinharem perfeitamente com a constelação de Gêmeos, os Templos astecas de Tecnochtitlan estarem alinhados com a constelação de Urso, Angkor Wat (aqueles templos que a Lara Croft explora no Cambodja) estarem alinhados com a constelação do Dragão e assim por diante…” – Extraído do texto “Pirâmides Submersas no Japão – parte 1”

“E eu nem comecei ainda a falar sobre a Câmara do Rei, cuja configuração e proporção das pedras do chão refletem as medidas/translações dos seis primeiros planetas do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno). […] apesar de todo este cuidado milimétrico de projeto da pirâmide, o ‘sarcófago’ é PEQUENO DEMAIS para caber uma pessoa deitada dentro dele. […] As otoridades egípcias afirmam que a pirâmide é a tumba de um faraó. Embora NUNCA se tenha encontrado sequer uma múmia em NENHUMA das 111 pirâmides catalogadas. Também nunca foram encontrados NENHUM tesouro de faraó algum. Todas as múmias foram encontradas em cemitérios localizados aos pés das pirâmides ou em templos adequados para tal (Mastabas). Todos os tesouros encontrados estavam nos templos e antecâmaras, mas nunca dentro das estruturas. A explicação oficial é que ‘ladrões de tumbas’ saquearam todos os tesouros e as múmias. Embora, voltando a Khufu [nome egípcio de Queops], os exploradores tiveram de DINAMITAR a passagem para entrar, e nada encontraram lá dentro. Ou seja, se houvessem ‘ladrões de tumba’ eles entraram, levaram TUDO (tudo tudo tudo) e ainda tiveram a paciência de recolocar todas as pedras na entrada de modo a deixá-la do mesmo modo que ela estava antes deles chegarem, com direito a mesma precisão milimétrica dos encaixes.” – Extraído do texto “Pirâmides, Pirâmides… – parte II”

“As medidas internas oficiais [do sarcófago] são 1,68m x 68,1cm x 87,4cm. A menos que o faraó fosse bem anãozinho, não poderia ser colocado junto com seu ‘chapéu de faraó’ e ‘ornamentos de faraó’ dentro de um sarcófago tão pequeno. Teriam nossos amigos escravos egípcios, que empurraram tantas pedras tão pesadas ladeira acima e construíram uma pirâmide com erro de 58mm em 230m, errado tão idiotamente logo no ‘coração’ da tumba?” – Extraído do texto “Pirâmides parte III – A Câmara dos Reis”

Embora o complexo de templos Abu Simbel não tenha nada a ver com as pirâmides, eu também não poderia deixar de citar o estranho caso de sua “mudança” aqui, pois talvez o método usado no transporte de seus blocos tenha sido o mesmo das pirâmides. Se você acha que as coisas não podem ficar mais estranhas, prepare-se para o gran finale:

“…existia um enorme complexo de templos chamados Abu Simbel no Egito. As otoridades precisavam construir uma grande barragem e uma mega-hiper operação mundial foi organizada para desmontar e transportar o templo de Abu Simbel para uma montanha a salvo das águas da barragem. Pois bem. A grande maioria das pedras esculpidas no templo de Ramsés II foi retirada das pedreiras de Assuã, distantes cerca de 120km do templo, incluindo a cabeça do faraó, que foi transportada e esculpida em UM ÙNICO bloco de pedra. Quando os técnicos e engenheiros suíços e alemães foram transportar estes blocos para o local seguro, apesar dos GUINDASTES e HELICÓPTEROS envolvidos na operação, tiveram de fragmentar diversas estátuas e blocos de construção do templo para transportá-los. Vamos escrever mais devagar para os que não entenderam: blocos de pedra que os egípcios (os ‘escravos seminus de 6.000 anos atrás’ haviam conseguido manobrar, esculpir e encaixar intactos) tiveram que ser divididos, pois a tecnologia do século XX não conseguiu repetir o feito.” – Extraído do texto “Dilúvio, Pirâmides e Stonehenge”

As implicações disto são tão óbvias quanto espantosas: ou eles dispunham de guindastes e helicópteros de maior capacidade que os atuais, ou… ou o quê? Que dizer diante disto?

Perante estes fatos, a introdução do misterioso “Livro da Perdição” da O.A.I. já não parece mais tão fantástica:

“1.1. Eons atrás, muito antes da humanidade vagar por este planeta, existe uma irmandade de feiticeiros.

1.2. Eles são mestres em sabedoria, ciência e conhecimento até então ignorado pela história da humanidade.”

Para os mais céticos, é claro que a palavra “feiticeiros” pode ser substituída por “cientistas”. Afinal, que é a ciência aos olhos da ignorância, senão feitiçaria? A Igreja Católica que o diga. “Feitiçaria”, “Magia” e etc. nada mais são do que palavras inventadas para descrever aquilo que não conseguimos compreender COMO e POR QUE acontece, entretanto todo efeito tem sua causa, mesmo que oculta e ignorada. Um homem primitivo, ao ver você apertar uma tecla e acender uma lâmpada consideraria isto Magia, porque ele não compreende e ignora o porquê da lâmpada acender-se. Assim é com todas as coisas. Para produzir determinado efeito, é preciso saber como causá-lo, e os que não sabem consideram-no “mágico” por parecer inexplicável. Mas como todo efeito tem sua causa, não existe NADA realmente inexplicável, apenas coisas cuja explicação desconhecemos.

Laurence Gardner, em seu instigante livro “Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada – Revelações Surpreendentes sobre o Incrível Poder do Ouro” alega que o ouro monoatômico, um pó extraído do ouro, possibilita tornar objetos mais leves, dentre outras propriedades especiais, e seria a verdadeira Pedra Filosofal. (No filme Alone In The Dark, é dito que a humanidade já não se lembra mais do real motivo que torna o ouro tão valioso. Ao contrário do que se comumente pensa ele até tem utilidade prática, não só ornamental, mas nada que justifique seu exacerbado valor aos olhos do bom senso. Outros metais, muito mais úteis e necessários, não deveriam valer mais?)

Antes de prosseguirmos, uma incômoda e desconcertante questão merece ser posta:

Se não há uma espécie de conspiração destinada a esconder estes surpreendentes fatos sobre as pirâmides, por que eles são tão pouco divulgados? Se eles não forem dignos de menção, então eu não sei o que é. Não é o tipo de coisa que deveria inclusive ser ensinado nas escolas?

Somos ensinados que aqueles que habitaram o globo antes de nós eram primitivos, selvagens e ignorantes. Mas este parece ser apenas um lado da História – o que querem que conheçamos. Afinal, nada impede que dois ou mais grupos com diferentes graus de evolução (tanto científica como moral) co-habitem o planeta. Ficou complicado? Não tem problema, Tamosauskas descomplica em “A Improvável História do Macaco que Virou Gente”:

“Quando os Tasmanianos foram contatados pelos europeus no século XVI eles não tinham descoberto o fogo, não tinham escrita, crenças, nem qualquer conceito de música. Era cerca de 1600 depois de Cristo, mas isolados do resto do mundo eles não tinham sequer desenvolvido ferramentas feitas de pedras. E eles tinham o mesmo cérebro e corpo que o nosso e muitas, muitas pedras.”

Este tipo de situação discrepante é uma realidade ainda hoje. Da mesma forma, alguns dos antigos poderiam ser muito evoluídos, mais do que podemos imaginar, e tudo indica que tenham sido mesmo. Aparentemente, e em alguns casos comprovadamente, eles já sabiam de coisas que o homem só descobriu recentemente, ou nem descobriu ainda. No capítulo de “Os Livros Malditos” que aborda o livro “A Dupla Hélice”, Bergier nos chama a atenção para uma coincidência que, não considero exagero descrever como espantosa: A grande semelhança entre a molécula do DNA e o caducéu de Hermes, antigo símbolo da Medicina (anterior ao bastão de Asclépio).

 

(Interessante lembrar que a descoberta do DNA possibilita a engenharia genética, motivo pelo qual segundo algumas lendas Atlântida foi castigada. Alguns chegam a dizer que o porco, animal muito semelhante ao ser humano, foi resultado de experiências deste tipo. Isto também explicaria, é claro, quaisquer seres híbridos da mitologia.)

As duas serpentes representam as forças opostas (embora eu prefira o termo complementares) do Universo em equilíbrio. Afinal, uma pilha com dois pólos positivos ou negativos não funciona, sem vida não haveria morte e sem morte não haveria vida, sem trevas não haveria luz e assim por diante. Não obstante, alguns devem estar se perguntando por que tal figura foi adotada como símbolo da Medicina. A estes respondo com outra pergunta: Não poderíamos dizer que saúde é, numa palavra, equilíbrio?

No caso, o equilíbrio dos elementos presentes em nosso corpo.

Ainda, devido ao fato de trocar de pele, a serpente era considerada um símbolo do rejuvenescimento e saúde. Como as coisas mudam, não? De símbolo da saúde a símbolo do mal, infelizmente parece que Goebbels estava certo: “Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade.” Por isso devemos sempre nos questionar e procurar conhecer a verdade por nós mesmos, ao invés de aceitar tudo que nos empurram goela abaixo como verdadeiro. Claro que isto pode soar paranóico, mas talvez a paranóia ainda seja preferível à ignorância. Aliás, não é exatamente isto que os formadores de opinião desejam que se pense? Ainda sobre a injustiçada serpente, é engraçado como não enxergamos o que está bem embaixo de nosso nariz; poucos notam, mas a serpente é também o símbolo de um famosíssimo herói bastante vigoroso e, digamos, com uma “saúde de aço”:

Alguns podem ter se lembrado da Kundalini, a energia adormecida no chakra mais baixo que, se despertada eleva-se como uma serpente ao longo da coluna vertebral e concederia poderes paranormais ao Iniciado. Talvez isso explique por que os Faraós eram considerados deuses e tinham a cabeça adornada por uma serpente.

E falando nisso, é também extremamente semelhante à molécula do DNA a posição dos canais Ida e Pingala, presentes em nosso corpo sutil segundo a sabedoria oriental:

 

A também extrema semelhança entre o caducéu de Hermes – uma representação do equilíbrio universal – e os três principais nadis, como são chamados estes canais da ilustração, lembra-nos da máxima “o que está acima é como o que está abaixo”. E também da afirmação de que o homem foi criado “à imagem e semelhança de deus”, sendo deus, neste caso, apenas outra palavra para designar o Universo.

Outra coisa que suscita a existência de um antigo saber são os chamados “ooparts”, sigla de Out Of Place Artifacts, artefatos fora de lugar ou época. Há bastante controvérsia sobre eles, mas talvez possamos dizer que o mais famoso e legítimo seja a Máquina de Anticítera (ilha grega), capaz de prever com precisão o movimento de astros e apontada como o primeiro computador do mundo. Sua datação foi estimada em 87 a.C.. Utilizando-se tal máquina, seria possível prever eclipses, então não é preciso muita imaginação para perceber que ela poderia ser usada pela classe dominante para convencer o povo de que ela “conversa com os deuses”. O fato de só ter sido encontrado até hoje apenas UM exemplar da Máquina de Anticítera torna a questão ainda mais embaraçosa. O que eu disse antes sobre Ciência e Magia se aplica muito bem aqui. Enquanto ignoramos como se dá determinado processo, ele permanece (na verdade aparenta ser) simplesmente mágico. Uma arma de fogo, por exemplo, certamente também seria vista como “mágica” por um homem de outra época, ainda mais porque ninguém é capaz de enxergar uma bala percorrendo o ar no momento do disparo. Então você pode imaginar a reação e espanto das pessoas. Você não seria visto como um grande feiticeiro… seria visto como um DEUS. Afinal, como alguém poderia inflingir dor ou mesmo matar alguém a metros de distância sem nem tocá-lo?! Na verdade, poderia alguma coisa ser mais espantosa, assustadora e mágica do que isso? Quem sabe um Theremin, um instrumento musical que emite som sem que seja necessário contato físico direto com ele. Não, você não entendeu errado:

“Obra do Diabo!” Podemos rir da ignorância de nossos antepassados, mas provavelmente também rirão de nós daqui alguns milhares de anos, ou talvez menos. Provavelmente temos “certezas” tão erradas como a de que a Terra era plana.

Mas o exemplo recém exposto nos leva à uma conclusão curiosa, e talvez a própria razão da existência dos Homens de Preto. Quando o conhecimento é compartilhado (no caso o conhecimento de como fabricar e usar uma arma), advém a igualdade. Mas quem disse que a igualdade é sempre boa? Imagine um mundo onde todos tivessem uma arma, e estou falando de uma arma igual (e com munição infinita, para tornar o jogo mais divertido). Será que nesse mundo haveria mais respeito pelo próximo ou mais violência e caos? Disto concluímos algo simples e evidente: A manutenção da ordem depende da desigualdade de poder, esta infelizmente parece ser um mal necessário. Mas aqui nos deparamos com outro sério problema. Se para manter a ordem é preciso que o poder esteja nas mãos de uns em detrimento de outros, o ideal seria que apenas os bons e justos detivessem o poder. Mas são estes que governam o mundo? Ninguém é estúpido o suficiente para crer nisso. Os detentores do poder deveriam usá-lo para defender os desprotegidos que não o possuem, fazer justiça e manter a ordem. Entretanto, o que mais vemos é ele ser usado apenas em benefício próprio, escravizando os mais fracos – às vezes sutilmente, como no caso do dinheiro, a mais poderosa arma de dominação em massa projetada pela mente humana. Disto não há maior exemplo do que o próprio capitalismo, pois seu único objetivo é o aumento do próprio poder, o que não pode ser feito sem tirar de outrem. Para que uns tenham mais, é preciso que outros tenham menos, para um lado da balança subir o outro tem que descer. Talvez até possa ser dito que Cristo profetizou o capitalismo ao dizer que “os ricos ficarão mais ricos e os pobres mais pobres”. A palavra “capital” deriva do latim “caput” que significa “cabeça”, ou seja, capital é aquilo que comanda todo o resto. E como sabemos, capital é apenas um eufemismo para dinheiro, ou seja, o dinheiro comanda o mundo, isto é, aqueles que o possuem em maior quantidade. O que move este mundo é o dinheiro – literalmente, se não fosse por ele as pessoas não sairiam de casa todos os dias para ir ao trabalho. Como diria David Icke com toda razão, a melhor tirania é a invisível, a menos que ela queira ser derrubada.

De qualquer forma, infelizmente alguns seres humanos só respeitam o que temem, o que pode lhes causar dano e é mais poderoso do que eles. Enquanto isto continuar, a desigualdade de poder também continuará extremamente necessária para o bem geral, pois os maus nada respeitam senão a ameaça de uma força maior. Mas o que fazer quando os maus estão no poder? Uma luta desigual vale a pena ser lutada?

Mas dilemas morais à parte, se houve um saber antigo em alguns aspectos igual ou mesmo superior ao atual, como ele se perdeu?

Bem, temos de admitir que nem só de mentiras é feita a Bíblia; pois já foram encontradas o que podemos chamar de provas que o dilúvio, se não total então parcial, realmente aconteceu. Já foram encontradas pirâmides submersas no Japão e próximas à Cuba. Lembremos que certas profundidades do oceano, devido à alta pressão, ainda são inacessíveis para o homem ou qualquer máquina, então talvez ainda haja muito mais lá – Cthullu, você está aí? Veja só como somos ignorantes, não conhecemos nem nossa própria casa por completo. Mas como se isto não bastasse, lembremos que o dilúvio está presente na “mitologia” de muitos povos que nunca tiveram nenhum contato entre si. A Wikipédia nos fornece até mesmo uma “lista de dilúvios”:

  • Dilúvio sumério
  • Dilúvio africano
  • Dilúvio hindu
  • Dilúvio grego
  • Dilúvio mapuche
  • Dilúvio pascuenses
  • Dilúvio maia
  • Dilúvio asteca
  • Dilúvio inca
  • Dilúvio uro

Esqueceram de incluir também o dilúvio nórdico, no qual todas as criaturas choram pela morte do mais amado e belo dos deuses, Balder (ou Baldur). Ainda segundo a Wikipédia:

“Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 (isso mesmo, um milhão!) de narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início destas civilizações.”

Agora, se houve uma Ciência de alguma forma superior à nossa, terá ela se perdido por completo ou tido alguns resquícios preservados? Vejamos o que nos diz Del Debbio:

“…a Bíblia deve ser lida de maneira alegórica. Quando escrevemos que Noé levou dentro da Arca dois elefantes, queremos dizer que ‘os conhecimentos da civilização hindu foram preservados’, quando escrevemos que ele levou duas girafas, quer dizer que ‘os conhecimentos da civilização africana’ foram preservados e assim por diante. Não existe e nem nunca existiu barquinho algum. A ‘Arca’ de Noé é a mesma ‘Arca’ da Aliança, a fuga das águas e a fuga do Egito são apenas metáforas diferentes para a mesma situação: a preservação do conhecimento oculto.” – Extraído do texto “Dilúvio, Pirâmides e Stonehenge”

Ainda segundo ele:

“…o ato de imergir o corpo do candidato dentro de um rio ou banheira com água em uma iniciação (‘Baptizem’ em grego) representa simbolicamente que, apesar das águas terem coberto toda a civilização antiga e destruído tudo, sempre haverá alguém – o iniciado – para guardar e proteger estes segredos. Além disto, está ligado intimamente aos ritos de morte e renascimento (as doutrinas da reencarnação)…”

Mas… por que guardar esse conhecimento em segredo?

Como explanarei a seguir, suspeito de outras nem tão nobres, mas Bergier aponta-nos a possibilidade de uma boa razão:

“…se outras civilizações existiram antes da nossa e foram destruídas por abusos dos poderes da ciência e da técnica, a lembrança delas e de sua morte podem inspirar uma conspiração que visaria evitar que tais catástrofes tornassem a reproduzir-se. Uma ideologia dessa natureza pode, talvez, ser encontrada sem dificuldade nos escritos de Joseph de Maistre, Saint-Yves d’Alveydre ou René Guénon. Tal ideologia consiste em admitir a existência de uma Tradição mais antiga que a História, de centros detentores dessa Tradição e poderosamente protegidos; para ela, a ciência, as técnicas e os conhecimentos de toda natureza constituem um perigo permanente.”

Conclusão – As Duas Faces da Moeda

“…loucos jogam com palavras e fazem todos dançarem sua música
Afinada com milhões de famintos, para criar um tipo melhor de arma
(…) Enquanto os responsáveis pelo massacre cortam sua carne e lambem o molho
Lubrificamos os dentes da máquina de guerra e a alimentamos com nossos filhos” – 2 Minutes To Midnight, Iron Maiden

“Estou persuadido de que é possível escrever cinco linhas apenas que bastariam para destruir a civilização.” – Fred Hoyle, Os Homens e as Galáxias

Portanto, apesar de todos os pesares, devemos enxergar o quadro todo, isto é, ser imparciais e até mesmo fazer o papel de “advogado do Diabo” ou, no caso, dos Homens de Preto. Pois o conhecimento por si só não é mau nem perigoso, mas as pessoas que se apoderam dele podem sê-lo, assim como seu uso ou abuso. Infelizmente, podemos dizer que Hoyle estava certo: é possível “varrer” todo o planeta com armas nucleares, e o número de armas nucleares existentes já é suficiente para fazer isso até mais de uma vez. Então, dizer que o homem pode deflagar o Apocalipse[3] não é uma afirmação simbólica ou exagerada. Isto demonstra o lamentável grau de evolução em que o homem se encontra: ele já inventou algo capaz de fazer o mal a todos, mas ainda não inventou nada que possa beneficiar toda a humanidade (será que um dia inventará?). Mas mais assustador e preocupante do que o fato do homem ter desenvolvido uma arma capaz de aniquilar a si mesmo, é o fato de que ele tende, mais ou cedo ou mais tarde, a utilizar as armas que desenvolve. Uma civilização cujo grau de evolução científica é muito superior a seu grau de evolução moral talvez esteja fadada à auto-destruição. O ideal seria que caminhassem juntas, mas não é o que vemos. A corrida armamentista é um perigoso círculo vicioso onde, uma vez dado o pontapé inicial, não há mais volta. Uma vez que seu semelhante tenha desenvolvido determinada arma, é preciso pelo menos ficar em pé de igualdade para defender-se e não ser subjugado. E quando o conhecimento é usado para subjugar ao invés de beneficiar a todos, talvez ele deva mesmo ser proibido. Bergier também aborda esta importante questão em “Os Livros Malditos”:

“…o problema da aplicação das ciências e das técnicas para a guerra continua. A maior parte dos congressos científicos chegam cada vez mais à conclusão de que é preciso esconder certas descobertas e adotar atitude semelhante a dos antigos alquimistas; senão o mundo perecerá.” (Lembrem-se que isto foi escrito em 1971.)

Logo a seguir, ele vai ainda mais longe:

“Do mesmo modo, é evidente que os segredos da Alquimia não possam ser divulgados. Se é possível fabricar uma bomba de hidrogênio em um forno a gás, o que creio possível, pessoalmente, é preferível que o processo de fabricação não seja dado a público. (…) Não esqueçamos que em nossos dias qualquer um pode, com investimentos mínimos, construir um laboratório que Curie ou Pasteur teriam invejado. Pessoas já fabricam, em suas casas, o LSD ou a fenilciclidina, droga ainda mais perigosa. Se qualquer um, hoje, conhecesse o segredo de Filippov, poderia certamente encontrar no comércio todas as peças necessárias para construir o aparelho e, sem nenhum risco pessoal, fazer explodir, a muitos quilômetros de distância, pessoas (ou coisas) que lhe desagradassem.”

Cientista russo, em 1903 Filippov foi “encontrado morto em seu laboratório. (…) A polícia apreendeu todos os trabalhos do sábio, notadamente o manuscrito de um livro que deveria ser sua 301ª publicação. O Imperador Nicolau II examinou, ele mesmo, o processo, depois o laboratório foi completamente destruído e os papéis queimados.”

Então, quando nos lembramos do quão maligno o homem pode ser (ou, no fundo, é) fica difícil não dar pelo menos um pouco de razão aos Homens de Preto. O que é uma lástima, pois diz-se que tudo tem dois lados, e o conhecimento/poder também é uma faca de dois gumes: pode ser usado em prol do bem geral, ou para escravizar. O mesmo se aplicaria à descoberta de Filippov:

“Gorki publicou uma entrevista que teve com Filippov, e o que marcou o escritor foi a possibilidade de transmitir a energia à distância e industrializar, dessa forma, mais depressa o país que precisasse disso. Glenn Seaborg, presidente da comissão americana de energia atômica, evocou, o ano passado (1970), possibilidades análogas: uma energia que viria do céu sobre um feixe de ondas e que permitiria industrializar quase instantaneamente um país em vias de desenvolvimento, isto sem criar nenhuma poluição.”

Mas, se o conhecimento é uma faca de dois gumes, seu ocultamento também o é. O que nos deixa com a pergunta:

Através da ocultação do conhecimento somos mais protegidos ou dominados? Serão os Homens de Preto protetores da humanidade ou tiranos inescrupulosos que visam o monopólio do conhecimento e, assim, do poder? Talvez um pouco de cada, pois, parafraseando um amigo de Bergier, a porcentagem de cretinos talvez seja a mesma em todos os lugares.

A questão acima lembra-nos do significado de um famoso símbolo frequentemente mal interpretado como “satânico”, o Olho na Pirâmide. Como nos ensina o sábio Sr. Meias: “O cume é a elite, esclarecida pelo olho da consciência que tudo vê, e domina uma base cega feita de tijolos idênticos, que seria a população.” (O que também lembra-nos, é claro, de uma famosa canção de rock progressivo.)

Quem guardará os guardiões?

Para finalizar, é importante deixar claro que o termo “Homens de Preto” não refere-se a um grupo específico, mas é absolutamente genérico designando qualquer grupo cujo objetivo seja suprimir qualquer conhecimento. E agora tome cuidado, porque o Sr. J e o Sr. K podem bater à sua porta. E como nos ensina o Teste de Fidelidade, não confie em ninguém.

Notas:

[1] Na verdade a imprensa (máquina) é mais antiga do que muitos imaginam: segundo a Wikipédia, foi inventada em 1439 pelo alemão Gutenberg. Contudo, a impressão em escala industrial só surgiu no séc. XIX, possibilitada pela substituição da imprensa operada manualmente por prensas rotativas inicialmente movidas a vapor.

[2] Nascido Yakov Mikhailovich Berger, Bergier é mais conhecido por sua obra em parceria com Louis Pauwels, “O Despertar dos Magos”.

[3] Para outras possibilidades apocalípticas, leia “Projeto HAARP: A Máquina do Apocalipse”

Por Fenix Konstant

Postagem original feita no https://mortesubita.net/ufologia/homens-de-preto-a-realidade-por-tras-da-ficcao/

Platão e o Conhecimento Inato

Segundo Platão, conhecer é recordar verdades que já existem em nós – teoria que pode ser atestada sempre que nos deixamos guiar pela voz do inconsciente.

Aprender é descobrir aquilo que você já sabe. Fazer é demonstrar que você o sabe. Ensinar é lembrar aos outros que eles sabem tanto quanto você

Essa máxima, extraída do livro Ilusões, de Richard Bach, sintetiza o inatismo de Platão, doutrina filosófica segundo a qual aprendemos devido a um processo natural de descobertas, capaz de desentranhar conhecimentos racionais e idéias verdadeiras que se encontram, a priori, latentes, guardados em nosso mundo interior.

Platão nasceu em 428-7 a.C., na cidade-estado de Atenas, onde viveu a época de seu apogeu político. Por volta dos 40 anos, o mais importante discípulo de Sócrates fundou sua Academia, dirigindo-a até o fim de seus dias, em 348-7 a.C. Um de seus célebres pupilos foi Aristóteles, que aos 18 anos ingressou na Academia, bebendo da fonte platônica durante as últimas duas décadas de vida de seu mestre. A Academia estenderia seu funcionamento por 900 anos, até hoje a mais longa existência registrada na história das instituições educacionais do Ocidente.

Nascido em berço abastado, numa família que detinha importantes relacionamentos políticos, Platão, após cumprir o serviço militar, pôde aventurar-se pela Magna Grécia. Além de conhecer Euclides em Megara e estudar a matemática de Teodoro em Cirene, estendeu viagem ao Egito, inspirado pelos passos esotéricos de Pitágoras. Ao retornar a Atenas, já tendo escolhido o caminho da ascese espiritual, dedicou-se à poesia, ao teatro e à leitura dos textos clássicos. Aproximou-se dos filósofos e, aos 25 anos, conheceu Sócrates. Acercou-se dele intensamente e com profunda admiração, permitindo que em seu espírito se processasse uma revolução completa ao longo dos três anos seguintes, os quais antecederam a condenação de Sócrates à morte por cicuta.

Platão recebeu notável influência dos grandes pensadores de sua época e soube sintetizar magistralmente suas doutrinas num sistema próprio de compreensão do homem e do universo. De Pitágoras herdou, por exemplo, a vocação para a pedagogia, o amor pela matemática e pela música, assim como o caráter transcendente de sua teoria das idéias e os alicerces órficos de sua filosofia, caso da crença na imortalidade da alma, na metempsicose (teoria que aceita a passagem da alma de um corpo para o outro) e na existência do outro mundo.

De Heráclito aceitou a idéia de que tudo é mudança nesta vida, ao menos neste “mundo sensível” em que vivemos, cercados de ilusões e aparências da verdade, onde nada é permanente. De Parmênides assimilou a crença numa realidade perene e atemporal. Platão situou essa realidade em seu “mundo inteligível”, distinto deste, compreendendo que, para além das realidades ilusórias, a alma (o ser) é una, imutável e permanente.

De Sócrates absorveu o costume de refletir sobre o homem e seus problemas éticos, e apreendeu uma conduta impecável. Dele ainda recebeu a maiêutica (arte de dar à luz a verdade por meio de seguidas perguntas), instrumento valioso para a tese do inatismo. Tal teoria, de que todo conhecimento é reminiscência, assumiu melhores passagens em dois de seus 29 livros: Fédon e Mênon. Neste último diálogo, Sócrates, personagem central do livro, interpela um jovem escravo sem estudos e se põe a fazer-lhe perguntas de crescente complexidade sobre geometria. Por meio de questões precisas, o filósofo extrai respostas claras do rapaz, que consegue espontaneamente resolver um cálculo de área, razoavelmente difícil para alguém ignorante. Ou seja, conforme Sócrates vai dialogando com o escravo no sentido de fazê-lo raciocinar corretamente, as verdades matemáticas vão surgindo na sua mente. Tanto no Fédon quanto no Mênon, chega-se à conclusão de que o conhecimento da alma provém de existências anteriores.

Na República (Livro X), Platão procura fundamentar a teoria da reminiscência por meio da alegoria de Er, um pastor da Panfília que, morto em batalha, após dez dias é encontrado com seu corpo intacto entre centenas de cadáveres putrefatos. Levado para casa a fim de que se cumprissem os ritos funerários, já estendido sobre a pira de cremação, no décimo segundo dia após sua morte, Er acorda, levanta-se e põe-se a narrar o que viu no além. O pastor havia estado entre os juízes que separavam as almas boas das ruins, dando-lhes as sentenças conforme haviam vivido seus dias encarnados. Er estivera entre almas de sábios, heróis, antepassados e amigos. Os juízes o haviam escolhido para que, vendo e ouvindo tudo o que ali se passava, pudesse retornar à Terra e contar aos homens o destino que nos reserva o além. Er aprende que as almas renascem indefinidamente para purificar-se de seus erros passados até que não mais precisem reencarnar, quando então passam a residir na eternidade. Compreende ainda que a morte, mero intervalo entre as existências terrenas, é o período em que as almas podem contemplar o conhecimento verdadeiro e ao menos vislumbrar o mundo perfeito das idéias, proposto pela teoria de Platão. Antes de regressarem à nova encarnação, porém, cabe às almas escolherem o que desejam experimentar entre uma infinidade de sortes ou modelos de vida, que lhes são apresentados por Látesis, uma das três deusas do destino. Há vidas de rei, de guerreiro, de artista, de escravo etc., todas à disposição para que sejam tomadas conforme as necessidades compensatórias do futuro aprendizado.

As almas devem ainda escolher seu próximo sexo e local de nascimento, e se querem retornar feito mineral, vegetal, animal ou ser humano. Em seu caminho de volta, porém, elas atravessam vasta planície desértica, sob calor abrasador, que as força beber das águas de Lethé (“esquecimento” em grego), o rio da despreocupação. Quanto mais bebem, mais esquecem suas vidas anteriores, até que sejam encaminhadas ao local escolhido para o novo nascimento.

Platão se vale dessa metáfora (que até hoje influencia o kardecismo, o rosacrucionismo e várias outras correntes religiosas) para explicar como o conhecimento pode preexistir de modo latente em nossas almas, fadados que estamos a viver esquecidos de nosso caráter divino e das verdades puras contempladas.

Concordamos, porém, com Bertrand Russel (1872-1970), que diz que o argumento platônico de nada vale se aplicado ao conhecimento empírico. O rapaz escravo não saberia “recordar” – nem mesmo com ajuda da indução de Sócrates – quando se deu, por exemplo, a construção das pirâmides, ou o cerco à Tróia. Contra a teoria da reminiscência, considere-se ainda qualquer descoberta no campo científico, como a disseminação de doenças por meio de microorganismos atestada pelas experiências de Pasteur. Um completo ignorante dificilmente chegaria a essas conclusões se levado a pensar no problema pelo método de perguntas e respostas.

Somente o conhecimento que se denomina apriorístico, inato – como as intuições lógicas e matemáticas -, é que pode existir dentro de nós sem qualquer prévia experiência. De fato, o conhecimento a priori é o único que Platão admite como verdadeiro, além das revelações místicas às quais nossas almas estão sempre sujeitas.

Independentemente da crença na reencarnação professada pelo filósofo, podemos indagar: de onde teria vindo o saber do escravo se este não tivesse nascido já dotado dos princípios da racionalidade? O inatismo de Platão aqui se atesta: conhecer é recordar a verdade que já trazemos em nós, inerente ao aparato racional e intuitivo de que somos desde o nascimento dotados. Nesse sentido, aprender é mesmo descobrir o que já sabemos.

Aos defensores do inatismo, como vimos, contrapõem-se os empiristas, que afirmam que a verdade e a razão só podem ser adquiridas por meio da experiência. O empirismo entende a razão como uma “folha em branco”, ou uma tábua rasa, sobre a qual vão sendo gravadas as experiências de vida que agregam conteúdo a nosso saber. Freud, por exemplo, enxergava dessa forma nosso mundo inconsciente. A essa visão reducionista da psicanálise contrapôs-se Jung, para quem o inconsciente não é somente dinâmico, mas dotado de autonomia própria, estando ligado à fonte original do saber inconsciente universal. Sendo assim, ele é capaz de nos antecipar verdades que em tempo oportuno se tornarão conscientes, ou de nos levar a passar por experiências significativas, necessárias à nossa evolução pessoal, que Jung chamou de “sincronicidades”. Portanto, no que se refere à sua maneira de compreender o psiquismo, poderíamos dizer que a psicologia analítica é de natureza iminentemente platônica, já que valoriza as percepções intuitivas em detrimento do saber estritamente racional.

Cumpre lembrar que a história das descobertas (mesmo as científicas) está repleta de casos assim. O químico Friedrich Kekulé, por exemplo, adormeceu em frente de sua lareira, sonhou com uma serpente que mordia o próprio rabo e despertou com a exata noção de que o anel de benzeno tinha estrutura espacial hexagonal fechada em si mesma, o que lhe resolveu um problema que o atormentava havia anos. Famosa também é a história do físico Isaac Newton, que teria derivado a equação da gravitação universal num insight que lhe ocorreu ao observar a queda de maçãs maduras no pomar de Woolsthorpe, onde ele costumava passar suas tardes orando e meditando. Mozart também contou com humor que os temas de suas peças eram-lhe antecipados em sonho, sempre mais sublimes do que ele conseguia compor depois!

Gênios iluminados à parte, nossa vida cotidiana acha-se igualmente tomada de exemplos de descobertas espontâneas pessoais. Basta conferir nossa história biográfica, ou mesmo perguntar aos amigos sobre isso. Não resta dúvida: sempre que nos deixamos levar pelas vozes do inconsciente, descobrimos coisas novas, encontramos verdades escondidas, percebemos virtudes e potenciais a serem trabalhados. Admitindo primeiramente nossa virtual ignorância, e buscando intuitivamente por nossos caminhos, estamos exercitando a nobre arte que une a filosofia ao misticismo em favor do autoconhecimento. Importa, sobretudo, abrir nossos canais às lições dos verdadeiros mestres que habitam esferas transcendentes de nossa realidade interior. Conhecermo-nos a nós mesmos é, pois, nossa humilde obrigação, só assim descobriremos os segredos dos deuses e dos homens. Ao menos é o que nos quer ensinar a grande máxima, que repercute a nos lembrar que ninguém é melhor por saber muito, senão que aprendemos descobrindo que sabemos tanto quanto os outros – um quase nada diante dos mistérios realmente imponderáveis.

#Espiritualidade

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/plat%C3%A3o-e-o-conhecimento-inato

Macacos Cirurgiões e Metalurgicos

A “idade da pedra antiga” ou paleolítica indica aproximadamente o décimo milênio antes de nossa era. O Grande Atlas Mundial do Reader’s Digest, composto com a colaboração de todas as grandes Escolas, das Academias e dos  Serviços Oficiais do mundo inteiro e também da UNESCO , publica à pág. 148:

“O período paleolítico  superior perdura mais ou menos de 35.000 a 8.000 anos antes de nossa era. . . Seguem o mesolítico e o neolítico . . . os machados são de pedra polida . . . Na Europa ocidental a idade do bronze se localiza em volta de 2.500 anos, a idade do bronze por volta de 2.000 anos atrás . O uso do ferro começou com os hititas, aproximadamente 1.500 anos antes de Cristo.

Vocês entenderam direito: os autores das Vedas, os linguistas , os literatos do sanscrito indo-europeu , os construtores dos templos antigos do Egito , os escultores das pedras de Palenque no México e da Porta do Sol na Bolivia , não conheciam o ferro , nem o bronze , nem o cobre!

Eles construiram as pirâmides , cortaram as pedras de Abydos , de carnac e de Luxor com buris e martelos de madeira ou pedra ! Os homens vestidos, gravados nos seixos de Lussac-les-Chateaux , não conheciam o ferro nem em forma de meteoros , e os pintores dos afrescos de Montignac-Lascaux também partilhavam da mesma ignorância!

Há coisas mais estranhas ainda:  os inúmeros povos da Ásia  e da Europa , de Lepenski-Vur e de Chatal-Huyuk , os do norte da Europa , em cujos túmulos foram encontrados objetos de bronze , de ouro e de cobre . . . sim, é isso mesmo! Esses produtores de objetos de bronze de 10.000 anos atrás desconheciam o bronze! Quem disser o contrário, quem mostrar o que é evidente , não passa de um herege!

Mas em se falando de Ancestrais Superiores, o amago do problema é a controvertida origem do homem.

—    Descendemos de macacos , ou pelo menos de animais parecidos ao gibão e ao orangotango. . . isso é que nos ensina nossa pré-história oficial!

Então , o homem descende do macaco? Vamos admitir essa hipótese: e nossa história ficaria parada por uma consideração pouco agradável e que não traria outro beneficio a não ser o de comprovar a teoria darwiniana a respeito da evolução . Por outro lado , uma segunda hipotese muito mais plausivel e muito mais edificante leva-nos a acreditar que o homem terrestre teve Ancestrais Superiores. Nesse caso , a aventura humana torna-se prodigiosa, fecunda , exaltadora!

Descobertas perigosas poderiam explicar a “punição” do Diluvio, a perda do “Paraiso terrestre” e amultidão de tradições distorcidas mas assim mesmo vivas que chegaram até nós. Assim poderiam também ser explicadas os vestigios de civilizações desconhecidas que nos deixam perplexos  e as invenções , as sábias idéias de nossos antepassados egípcios, gregos, hindus , incas e mexicanos.

Não temos o direito de eliminar essa tese na pesquisa de nossa gênese , porque somente ela leva ao passado fantástico e, sem duvida , à verdade.

Foi realmente fantástico esse passado que foi o presente de nossos Antepassados Superiores. 100.000 anos atrás eles faziam transplantes de coração da mesma forma que nossos melhores cirurgiões , aliás melhor do que ele, pois os transplantes eram coroados de exito!

—    Isso é impossivel, dirão os “pré-historiadores”! 100.000 anos atrás estavamos na época do Pitecantropo ( de 100.000 a 500.000 anos ) ou do homem de Mauer, ou então no início do homem de Neandertal!

Será possivel imaginar uma criatura parecida com um macaco , que mal consegue cortar o quartzo  , praticando a mais dificil operação cirúrgica em um corpo humano?

Durante uma exploração na äsia Central, em 1969, o professor soviético Leonidof Marmadjaidjan , que estava dirigindo os trabalhos de um grupos de pesquisadores das universidades de Leningrado e de Achkhabad , descobriu uma necrópole dentrode uma caverna. Abriram uma vala comum que continha trinta esqueletos em perfeito estado de conservação e que, tão logo o grupo chegou em Achkhabad , foram submetidos a testes de radiocarbono.

O carbono 14 acusou uma idade superior a 20.000 anos ( O carbono 14 pode datar fósseis até 10.000 anos ; além disso torna-se inexato).

Análises mais apuradas levaram à conclusão científica de que os esqueletos tinham aproximadamente 100.000 anos . Além disso, apresentavam curiosas marcas de operações no toráx; por causa de sua antiguidade e importancia da descoberta, os cientistas soviéticos começaram a fazer apurados exames osteológicos. Os ossos de nossos antepassados de 100 milenios atrás foram examinados um a um e o resultado do estudo foi publicado com o seguinte titulo:

RELATÓRIO DA EXPEDIÇÃO CIENTIFICA MARMADJAIDJAN NA ASIA CENTRAL SOVIÉTICA EM 1969, PATROCINADA PELA SOCIEDADE UNINAL ( sic! ) DE ANTROPOLOGIA DO TURQUE MENISTÃO.”

Com o benefício de tal sociedade o relatório , em fins de novembro de 1969 , foi enviado à Academia de Ciencia da URSS. O rela’torio especificava que oito dos esqueletos em questão apresentavam sinais de graves lesões ósseas , acontecidas quando os individuos ainda estavam vivos.

Essas lesões pareciam provocadas por lutas contra animais ( ursos, panteras, tigres da Sibéria? ) porque a superfice de alguns ossos trazia claramente marcas de garras. Outros ossos tinham lesões muito profundas provocadas pelas mordidas de feras com presas poderosas. Um dos esqueletos apresentava um “recorte do centro do lugar entalhado por uma trepanação”. A coisa mais estranha porém, é que foram encontrados vestígios de uma intervenção cirúrgica nos ossos em volta da cavidade torácica.

No lado esquerdo dos esqueltos foram encontrados cortes feitos nas costelas por meio de uma pedra afiada ou de outra forma. Um estudo aprofundado das partes operadas permitiu chegar à conclusão de que após a resecção das costelas a abertura fora aumentada por meio de dilatação , para facilitar uma intervenção ciriurgica. Os ossos afetados estavam cobertos de periósteo ( a membrana fibrosa que envolve os ossos e favorece a calcificação) e os cientistas de Achkhabad e Leningrado chegaram à seguinte conclusão : A importante intervenção cirúrgica tivera pleno exito, o paciente sarou e viveu mais três ou cinco anos, como é dado a ver pela espessura do periósteo.

Constataram mais um fato importante : as costelas seccionadas são exatamente aquelas que correspondem à janela cardíaca praticada em nossos dias pelos émulos do Dr. Barnard! Antes disso já tinham sido observadas intervenções praticadas , nos ossos das caixas torácicas de esqueletos encontrados no Oriente Médio ( Palestina, Síria, Irã ) cuja idade fora estimada em 50.000 anos. ( Numa capela da catedral de Valencia ( Espanha ) um retábulo esculpido do século XIV mostra um transplante de perna. O doador é um negro, o receptor um nobre branco. O cirurgião segura o membro que acaba de amputar.)

A mesma coisa foi observada nos restos de uma mulher jovem, em Eyzies , na França . A moça vivera no paleolítico superior, mas as pesquisas foram feitas em fragmentos ósseos , e as conclusões portanto não ultrapassaram a fase das hipoteses.

A descoberta dos  cientistas soviéticos serve para refutar os céticos alunos do finado abade Breuil que afirmava que os homens da pré-história não passavam de seres rústicos e animalescos. De fato, os homens de Neardental que 100.000 anos atrás conseguiram fazer transplantes de coração com pleno sucesso , tinham conhecimentos científicos extraordinariamente desenvolvidos.

Um papiro em idioma copto na biblioteca de Alexandria no Egito, reproduz um texto mais antigo que relata  de que forma sarou um soldado atingido por uma lança no coração.

O homem estava prestando serviço na guarda do rei quando foi atingido.

O faraó que o protegia pediu aos seus médicos que o salvassem. O papiro descreve a operação e explica que o cirurgião foi inspirado a substituir o coração do soldado pelo coração de um jovem touro Ápis. O papiro termina dizendo que a operação teve exito pleno .(Nota do autor : Recebemos a informação do prof. Todericiu. Apesar de todos os nossos esforços não coseguimos indicações certas a respeito do documento. Poderia ser o papiro Ebers, que é um tratado sobre o coração. Os egipcios possuiam uma medicina muito avançada, especializada em afecções das vias respiratórias , do aparelho digestivo, das vias urinárias e da cabeça. Utilizavam supositórios , lavagens e laxantes. Os dentistas obturavam dentes, os oculistas tratavam com sucesso o tracoma, as cataratas e a hemeralopia. O papiro Edwyn Smith prova que os cirurgiões da época dos faraós praticavam a cirurgia óssea em bases cientificas. Hipócrates e galieno não negaram que uma parte de seus conhecimentos vinha de trabalhos por eles consultados no templo de Imhotep , em Memphis.)

É possivel que esse transplante de coração nos tempos dos faraós da mesma forma que a dos homens de Neandertal , foi
possivelmente excepcional e praticado por Estranhos em nosso Planeta.

Se ele aconteceu durante o reino do rei Djéser (III.ª Dinastia ) , quando ainda vivia o sábio e divino Imhotep , poderíamos observar que naquela época , mais ou menos 5.000 anos atrás, os “Iniciadores Venusianos” operavam milagres também na Assiria-Babilonia, na Fenícia e entre os Incas e os Maias.

Nesse sentido, os Ancestrais Superiores , responsáveis pelos transplantes de coração , não poderiam ser autóctones terrestres.  .  .

Qualquer que seja a verdade, apenas mencionada de leve por um pequeno número de homens , os fatos  históricos provam que homens muito evoluidos chegaram à Terra em tempos passados para ensinar aos nossos ancestrais. As escrituras sagradas de todos os povos falam na vinda de Estrangeiros, anjos ou cosmonautas, e as tradições afirmam que eles eram Venusianos.

Cerca de 5.000 anos atrás os Iniciadores fizeram desabrochar a civilização dos maias no México. O mesmo fenomeno aconteceu com os incas no Peru, com os assírios-babilonicos , os fenicios  e os persas.

É impossivel explicar a súbita explosão das respectivas civilizações desses povos sem essa ajuda , e todas as civilizações foram colocadas sob o signo de Venus , com “deuses”, ou seja seres superiores , chamados venusianos : Quetzalcoatl, Orejona, Viracocha , Ishtar , Astarte , Anaita.

Há 10.000 anos atrás um milagre da mesma espécie iniciava a civilização egipcia  com “reis divinos, vindos do céu”. Tudo é um ciclo e tudo começa de novo. Os homens da Terra estão se apontando para se tornar também Iniciadores e “deuses” de algum longinquo planeta. Estaria perfeitamente na linha da ordem universal que, num futuro próximo, outros Extraterrestres viessem ao nosso globo para dar nos uma confirmação fantástica e tranquilizadora de nossa tese.

Os “pré-historiadores” clássicos , e por isso caducos, refutam essa visão profética e a tacham de fantasia. Mas para nós, que ousamos nos intitular homens do amanhã , a pré-história clássica não passa de uma péssima novela, adulterada e tola, inacreditável porque mentirosa.

Extraído ( não cirurgicamente ) do livro  O Mundo dos Livros Esquecidos de Robert Charroux  –  Editora Hemus –  1975

Postagem original feita no https://mortesubita.net/realismo-fantastico/macacos-cirurgioes-e-metalurgicos/

A loucura assassina do teísmo

Um ano após os atentados terroristas de 11/9, eu escrevi o texto abaixo que foi incluído em meu livro, “As Escrituras Satânica”. Acho que minhas palavras ainda soam verdadeiras.

“Hoje, o prefeito Bloomberg, de Nova York determinou que a observação do memorial primário não inclua a representação religiosa, e isso é uma pequena medida ou progresso. Enquanto ” A Torre da Liberdade” ainda está subindo no sul de Manhattan , em todo o mundo podemos facilmente observar a violência promulgada por aqueles que têm fé sobre- abundante em alguma autoridade sobrenatural que os leva a matar outros que não compartilham de suas ilusões .

Para mim, esta data serve como um momento de chamar a atenção para as atrocidades cometidas sob a influência da crença teísta. Enquanto os horrores medonhos da Inquisição espanhola são agora mais forragem para filmes de terror, até mesmo as mutilações grotescas que aparecem no recente gênero de “tortura pornô “, os filmes não podem aproximar as abominações sistemáticas perpetradas contra pessoas que tinham feito nada por aqueles que as exterminaram tendo como motivação ” a vontade de Deus “. Esses crimes não devem ser ignorados, nem esquecidos. A história humana, em muitos aspectos, é uma turnê mundial dentro de um abbatoire (abatedouro público N.T.) inspirado na religião. Essa é a natureza essencial dos templos dedicados a adoração à deidade, que se manifestam como pirâmides do Novo Mundo sobre qual corações vivos foram arrancados dos baús de vítimas contra a vontade, para ornamentar catedrais do Velho Mundo, catedrais da Europa muitas vezes adornadas com imagens de sofrimento e condenação, enaltecendo o ícone principal de um homem açoitado e sangrento, testa rasgada pelos espinhos, crucificado em um dispositivo de execução romano antigo. Os séculos de morte, dor e degradação comemorados aí devem servir como um aviso para qualquer um que celebre sua vida, para que entenda que essas crenças são um veneno virulento.

Para as pessoas sensatas que abraçam a sua existência e compartilham a alegria com aqueles que ama, é necessário que tenham o dever de identificar os adversários que impedem a sua busca da felicidade. É a única maneira de mantê-los sob controle, expondo-os como os monstros invejosos que são. Para você que está corrompido pela loucura do teísmo, independentemente de qualquer Deus ou Diabo que você acredite, você é uma ameaça para todos que valorizam a razão e um inimigo da filosofia racional do satanismo consubstanciado na Igreja de Satanás. Secularistas colegas, peço em nome de suas memórias que sejam longas e vivas, de modo que ambas as posturas intelectuais e emocionais não irão tolerar a peste de tais crenças e as consequências inevitáveis ​​provocadas por seus seguidores lunáticos.

A fé mata. A prova é escrita com sangue em toda as crônicas da civilização humana.

“No primeiro aniversário do 11/9 “

 Por Magus Peter H. Gilmore

Hoje é um dia de recordação. Muitas pessoas estão relembrando os parentes e amigos que foram assassinados por terroristas há um ano atrás em ataques ao Pentágono e ao World Trade Center. Satanistas compreendem e lamentam profundamente seus pesares, pois a perda imerecida da vida é uma parte trágica da existência humana que pode tocar a todos nós. Nossos corações estão com eles.

No entanto, também nos lembramos de algo de maior importância. Entendemos que a origem deste dia de luto é a convicção, realizada por fanáticos fundamentalistas, que qualquer ato de violência contra aqueles que não compartilham sua devoção é defendida por seu Deus. Os acontecimentos de 11/9 são prova absoluta do perigo de tais sistemas de crenças espirituais, que mantêm que apenas algumas pessoas têm uma conexão direta com a divindade, e que qualquer um que não concorde com a sua “verdade” é visto como menos humano, uma ameaça à sua “fé” que sobrenaturalmente sanciona seu extermínio.

Enquanto o hipócrita de muitas religiões espirituais entrará em seus espaços sagrados hoje, agradecendo ao seu Deus ou deuses por atos de heroísmo realizados pelos indivíduos valentes em resposta a essa tragédia, as pessoas presunçosamente se esquecem de que o seu Deus não fez nada para impedir esses desastres humanos iniciados. Responsabilidade por aquilo que julgam ser bom é atribuído à sua divindade, enquanto que a responsabilidade pelo que é considerado mal deve, em sua visão limitada, ser originário de outros países e, provavelmente, daqueles que têm crenças diferentes. Eles vão deixar de ver que tal perspectiva é partilhada pelos terroristas. Mais importante do que isso, essas pessoas também vão deixar de recordar que, ao longo dos séculos, muito mais pessoas têm sido abatidos pelos seguidores de religiões, incluindo espirituais que foram mortos pelos terroristas islâmicos em 11 de setembro de 2001. Há sangue nas mãos dos antepassados ​​de quem reza em seus santuários, hoje, e isso é um fato que deve ser apreciado, tanto quanto nós. Milhões de pessoas já morreram por causa de adoradores fanáticos que se recusaram a permitir que outros valores diferentes dos seus possam ter validade como para aqueles que os possuem.

Nós satanistas, bem como outros que compreendem a importância de manter uma sociedade secular que permita a diversidade de crença e não-crença, vamos lembrar essa triste verdade hoje. Fanáticos fundamentalistas, independentemente de qual divindade que eles adoram, são a maior ameaça à liberdade humana em nossa civilização. 11 de setembro deve ser apoiado como um memorial em todo o mundo para suas vítimas do passado e do presente. Lembre-se deste dia de fúria. Não abaixe a cabeça em gesto de oração, mas erga seu queixo em desafio. Ouça o clangor de bronze do sino funerário. Quebre a complacência, em memória do que aconteceu. Não vamos perdoar, nem devemos esquecer.

Por Magus Peter H. Gilmore. Tradução: Nathalia Claro.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/satanismo/a-loucura-assassina-do-teismo/

Yod-He-Shin-Vav-He e Maria Madalena

Quero avisar que estou acompanhando os comentários, mas que só vou montar um post de respostas depois que as matérias sobre Yeshua terminarem, porque a maioria das perguntas feitas devem ser respondida ao longo dos textos. O que ficar faltando eu faço uma geral depois…

Continuaremos nesta semana a pequena série de matérias sobre Yeshua Ben Yossef, o Jesus, o Cristo, histórico. Como vimos na coluna anterior, Yeshua nunca foi o pobrezinho coitadinho nascido de uma virgem e de um carpinteiro que a Igreja Católica fez as pessoas acreditarem durante a Idade Média, nem nasceu em uma manjedoura porque não havia vagas nos hotéis de Belém por causa do recenseamento e muito menos três reis perdidos no deserto entregavam presentes para qualquer moleque nascido em estábulos que encontrassem pela frente.

Paramos a narrativa quando Yeshua é levado por seus pais para ser educado no Egito; mais precisamente nas Pirâmides do Cairo, e lá permanece estudando. A Bíblia nos dá um hiato de quase 30 anos…

O que aconteceu neste período?

Antes de continuarmos, precisamos explicar algumas coisas que os leitores estavam confundindo:

A primeira é “Se Yeshua é tão fodão quanto os ocultistas falam, porque ele não soltou bolas de fogo pelos olhos e raios elétricos pelo traseiro e matou todos os romanos?”

A resposta para isso é obvia. Yeshua é um humano como qualquer outro. Ele come, dorme, vai no banheiro e solta puns como eu ou você. Seu “poder” vem de sua iluminação e de seu conhecimento e do “ser Crístico” que foi despertado nele, assim como Buda, Krishna, Salomão, Davi, Moisés ou os Faraós. Claro que os conhecimentos alquímicos, astrológicos e místicos que possuía fazem com que Jesus fosse um ser humano muito superior aos demais, tanto física quanto mentalmente… um Mestre de bondade, caridade e iluminação, mas não o torna um super-homem. Cinco soldados com espadas dariam cabo dele com a mesma facilidade com que dariam cabo do Dalai Lama.

Quando Yeshua nasceu, os romanos já dominavam Jerusalém desde 63 AC e Herodes já estava no poder desde 37 AC.

Quando os romanos substituíram os selêucidas no papel de grande potência regional, eles concederam ao rei Hasmoneu Hircano II autoridade limitada, sob o controle do governador romano sediado em Damasco. Os judeus eram hostis ao novo regime e os anos seguintes testemunharam muitas insurreições. Uma última tentativa de reconquistar a antiga glória da dinastia dos Hasmoneus foi feita por Matatias Antígono, cuja derrota e morte trouxe fim ao governo dos Hasmoneus (40 AC); o país tornou-se, então, uma província do Império Romano.

Em 37 AC, Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado Rei da Judéia pelos romanos. Foi-lhe concedida autonomia quase ilimitada nos assuntos internos do país, e ele se tornou um dos mais poderosos monarcas da região oriental do Império Romano. Grande admirador da cultura greco-romana, Herodes lançou-se a um audacioso programa de construções, que incluía as cidades de Cesaréia e Sebástia e as fortalezas em Heródio e Masada.

Dez anos após a morte de Herodes (4 AC), a Judéia caiu sob a administração romana direta. À proporção que aumentava a opressão romana à vida judaica, crescia a insatisfação, que se manifestava por violência esporádica, até que rompeu uma revolta total em 66 DC. As forças romanas, lideradas por Tito, superiores em número e armamento, arrasaram finalmente Jerusalém (70 DC) e posteriormente derrotaram o último baluarte judeu em Massada (73 DC), mas falarei sobre isso mais para a frente.

Portanto, estas Ordens das quais estamos discutindo (Pitagóricas, Essênias… ) das quais Yossef e Maria faziam parte já precisavam se manter “secretas” desde o Tempo de Pitágoras (eu tive de pular algumas partes da história do Ocultismo para chegar a Jesus mas voltarei aos Gregos assim que terminarmos esta série).

A conexão de Yeshua com a Ordem Pitagórica e com os ensinamentos orientais é simples de ser demonstrada. O nome Yeshua representa “Aquele que vem do fogo de Deus” ou, como mais tarde a Igreja colocou, “O Filho de Deus”, representando um sacerdote solar.

Cabalisticamente, Deus é representado pelas letras hebraicas Yod-Heh-Vav-Heh ou o tetragrama YHVH que simbolizam os 4 elementos e toda a Àrvore da Vida. Estas letras são dispostas em um quadrado ou uma cruz. O alfabeto hebraico não possui vogais e o nome de Deus precisava ser passado apenas oralmente de Iniciado para Iniciado. Quando surgia nos textos, os sacerdotes precisavam oculta-lo e usavam outras palavras para designá-lo. Eis o verdadeiro significado do mandamento “Não tomarás o nome de Deus em vão”.

A letra SHIN representa o espírito purificador. O fogo celestial que remove o Impuro (tanto que, como veremos mais adiante, ela representa o Arcano do Julgamento no tarot). Da evolução do quatro vem o número cinco, o pentagrama sagrado dos Pitagóricos, representado pela união dos 4 elementos mais o espírito (SHIN). Note que são os MESMOS elementos utilizados na bruxaria, no xamanismo, nas Ordens Egípcias, na wicca e na magia celta.

O pentagrama será, então, representado pelas letras Yod-Heh-Shin-Vav-Heh, ou YHSVH ou Yeshua. Este título já havia sido usado por Rama, Krishna, Hermes, Orfeu, Buda e outros líderes iluminados do passado.

A Infância de Jesus

De sua infância até seus 30 anos, Jesus viajou por muitos lugares, conhecendo a Índia, a Bretanha e boa parte da África. Sabia falar várias línguas, incluindo o grego, aramaico e o latim. Conhecia astrologia, alquimia, matemática, medicina, tantra, kabbalah e geometria sagrada, além das leis e políticas tanto dos judeus quanto dos gentios.

De toda a sua infância, a Igreja deixou escapar apenas um episódio ocorrido aos 12 anos, quando Jesus discute leis com os sábios e rabinos mais inteligentes de Jerusalém (Lucas 2: 42-50). Todo o restante foi destruído, já que seria embaraçoso para a Igreja ter de explicar onde o Avatar estava aprendendo tudo o que sabia. A versão oficial é que foi a “inteligência divina”, mas a verdade é muito mais óbvia e simples: Yeshua sabia tudo aquilo porque estudou. Conhecimento não vem de “graças dos céus”, mas de estudo e trabalho.

Jesus e Maria Madalena

Depois da febre Dan Brown, na qual a Opus Dei e todas as facções possíveis e imaginárias da Igreja tentaram abafar, criticar ou ridicularizar, sem sucesso, o mundo inteiro ficou sabendo do casamento de Jesus e Maria de Magdala. Foi um belo chute no saco da hipocrisia clerical e muita gente se sentiu finalmente vingada vendo os bispos e pastores desesperados pensando em como varrer tudo isso para debaixo do tapete sem a ajuda das fogueiras da Inquisição.

Para entender como este casamento aconteceu, precisamos passar por algumas explicações. A primeira é o fato de Jesus ser chamado de Rabbi (Rabino, ou Mestre) por todo o Novo Testamento. O titulo de Rabbi é passado de iniciado para iniciado desde Moisés, através de um ritual chamado Semicha (“ordenamento”). No período do Antigo Testamento, de acordo com o Judaísmo, para se tornar Rabbi, uma pessoa precisa obrigatoriamente preencher três requisitos:

1 – Ser um homem,

2 – ter conhecimento profundo do Tora e das Leis judaicas,

3 – ser casado.

Com isso, sabemos que Yeshua, por ser um líder religioso considerado um Rabbi por seus discípulos, era obrigatoriamente CASADO (não importando com quem) ou NUNCA poderia ter recebido este título. Além disso, naqueles tempos, qualquer líder religioso que estivesse na casa dos 30 anos e ainda fosse solteiro certamente seria considerado algo completamente fora dos padrões e digno de nota.

Sabemos, então, que Yeshua era casado… mas com quem?

Que mulher poderia ser digna do Mestre Carpinteiro?

A resposta é uma sacerdotisa vestal chamada Maria de Magdala, irmã de Lázaro e Marta. Assim como Yeshua, ela foi educada e preparada desde criança para ser a companheira do Avatar. Tinha grandes conhecimentos das artes lunares, divinatórias, dança e magia sexual, além de conhecimentos de astrologia, geometria, medicina e matemática. Assim como Maria, mãe de Yeshua, Maria de Magdala também era considerada uma “virgem”.

Lázaro, o irmão de Maria Madalena, é o sacerdote iniciado pelo próprio Yeshua. A bíblia cita isso como a “Ressurreição de Lázaro”, mas claramente percebemos que se trata de uma Iniciação Egípcia, lidando com a morte e renascimento do Sol. Lázaro era um iniciado muito importante em sua época, membro de uma das famílias mais ricas da Betânia, assim como os outros apóstolos também eram pessoas influentes. Passou três dias confinados em uma caverna (o templo religioso mais importante para os Essênios), sendo resgatado do Reino dos Mortos simbólico no terceiro dia por Yeshua.

Repare no mosaico acima, do século V. Note os 4 degraus, duas colunas e pirâmide com um olho que tudo vê na porta da “tumba” de Lázaro. Certamente “coincidências” estranhas…

Vamos ver o que a Bíblia fala de Maria Madalena:

Segundo o Novo Testamento, Jesus de Nazaré expulsou dela sete demônios, argumento bastante para ela pôr fé nele como o predito Messias (Cristo). (Lucas 8:2; 11:26; Marcos 16:9). Esteve presente na crucificação, juntamente com Maria, mãe de Jesus, e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19.25) e do funeral. (Mateus 27:61; Marcos 15.47; Lucas 23:55) Do Calvário, voltou a Jerusalém para comprar e preparar, com outros crentes, certos perfumes, a fim de poder preparar o corpo de Jesus como era costume funerário, quando o dia de Sábado tivesse passado. Todo o dia de Sábado ela se conservou na cidade – e no dia seguinte, de manhã muito cedo “quando ainda estava escuro”, indo ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Jesus Nazareno tinha ressuscitado e devia informar disso aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-5,10,11; Lucas 24:1-10; João 20:1,2; compare com João 20:11-18)
Maria Madalena foi a primeira testemunha ocular da sua ressurreição e foi quem foi usada para anunciar aos apóstolos a ressurreição de Cristo. (Mateus 27:55-56; Marcos 15:40-41; Lucas 23:49; João 19:25).

Ela também aparece como a da pecadora que ungiu os pés de Jesus (Lucas 7:36-39) e como a mulher que derrama óleo perfumado sobre sua cabeça (Mateus 26:6-7), mas a “versão oficial” em nenhum momento afirma que essas mulheres eram a Madalena. Para a Igreja Católica, eram 3 mulheres distintas.

Agora vamos explicar cada uma destas passagens:

Bodas de Caná
Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus;

e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.

E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho.

Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.

Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas.

Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram- nas até em cima.

Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram.

Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo

e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. (João 2: 1,11)

As Bodas de Caná é a passagem do Novo Testamento que narra o Casamento de Jesus com Maria Madalena (e não a Santa Ceia, como Dan Brown afirma).

A versão “oficial” não fala de quem é o casamento mas, pelo bom senso, veremos que não faz muito sentido a versão do papa: Imagine que você convide Jesus e seus amigos para sua festa de casamento e, de repente, a mãe dele começa a dar ordens e palpites para os seus serviçais… não tem muita lógica, não é mesmo? E, se é Jesus quem transforma água em vinho, porque o mestre-sala vai agradecer ao noivo? A resposta é óbvia.

Basta conhecer um pouco de cultura judaica para saber que, em um casamento judeu, e mais especificamente o casamento dinástico, a ÚNICA pessoa que pode dar ordens para os serviçais é a mãe do noivo, que é a pessoa responsável pela organização da festa… e tudo faz muito mais sentido agora. E transformar água em vinho certamente não seria uma dificuldade para um Avatar.

O Ritual Sagrado da Unção com Nardo

Como já vimos, as regras do matrimônio dinástico não eram banais. Parâmetros explicitamente definidos ditavam um estilo de vida celibatário, exceto para a procriação em intervalos regulares.

Um período extenso de noivado era seguido por um Primeiro Casamento em setembro, depois do qual a relação física era permitida em dezembro. Se ocorresse a concepção, havia então uma cerimônia do Segundo Casamento em março para legalizar o matrimônio.

Durante esse período de espera, e até o Segundo Casamento, com ou sem gravidez, a noiva era considerada, segundo a lei, um almah (“jovem mulher” ou, como erroneamente citada, “virgem” ).

Entre os livros mais pitorescos da Bíblia está o Cântico dos Cânticos – uma série de cantigas de amor entre uma noiva soberana e seu noivo. O Cântico identifica a poção simbólica dos esponsais com o ungüento aromático chamado nardo. Era o mesmo bálsamo caro que foi usado por Maria de Betânia para ungir a cabeça de Jesus na casa de Lázaro (Simão Zelote) e um incidente semelhante (narrado em Lucas 7:37-38) havia ocorrido algum tempo antes, quando uma mulher ungiu os pés de Jesus com ungüento, limpando-os depois com os próprios cabelos.

João 11:1-2 também menciona esse evento anterior, explicando depois como o ritual de ungir os pés de Jesus foi realizado novamente pela mesma mulher, em Betânia. Quando Jesus estava sentado à mesa, Maria pegou “uma libra de bálsamo puro de nardo, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo” (João 12:3).

No Cântico dos Cânticos (1:12) há O refrão nupcial: “Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume”. Maria não só ungiu a cabeça de Jesus na casa de Simão (Mateus 26:6-7 e Marcos 14:3), mas também ungiu-lhe os pés e os enxugou depois com os cabelos em março de 33 DC. Dois anos e meio antes, em setembro de 30 DC, ela tinha realizado o mesmo ritual três meses depois das bodas de Caná.

Em ambas as ocasiões, a unção foi feita enquanto Jesus se sentava à mesa (como define o Cântico dos Cânticos). Era uma alusão ao antigo rito no qual uma noiva real preparava a mesa para o seu noivo. Realizar o rito com nardo era maneira de expressar privilégio de uma noiva messiânica, e tal rito só se realizava nas cerimônias do Primeiro e do Segundo Casamento. Somente como esposa de Jesus e sacerdotisa com direitos próprios, Maria poderia ter ungido-lhe a cabeça e os pés com ungüento sagrado.

e check-mate, papa.

Este rito também é narrado no Salmo 23, um dos meus favoritos (só perde para o Salmo 133).

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

O Salmo 23 descreve Deus, na imagem masculina/feminina da época, como pastor e noiva. Da noiva, o salmo diz “Prepara-me uma mesa… Unge-me a cabeça com óleo“.Os De acordo com o rito do Hieros Gamos da antiga Mesopotâmia (a terra de Noé e Abraão), a grande deusa, Inana, tomou como noivo o pastor Dumuzi (ou Tammuz),106 e foi a partir dessa união que o conceito da Sekiná e YHVH evoluiu em Caná por meio das divindades intermediárias Asera e El Eloim.

No Egito, a unção do rei era o dever privilegiado das irmãs/noivas semidivinas dos faraós. Gordura de crocodilo era a substância usada na unção, pois era associada à destreza sexual, e o crocodilo sagrado dos egípcios era o Messeh (que corresponde ao termo hebraico Messias: “Ungido” ). Na antiga Mesopotâmia, o intrépido animal real (um dragão de quatro pernas) era chamado de MushUs.

Era preferível que os faraós desposassem suas irmãs (especialmente suas meio-irmãs maternas com outros pais) porque a verdadeira herança dinástica era passada pela linha feminina.

Alternativamente, primeiros de primeiro grau maternos também eram consideravam. Os reis de Judá não adotavam essa medida como prática geral, mas consideram a linha feminina um meio de transferir realeza e outras posições hereditárias de influência (mesmo hoje, o judeu verdadeiro é aquele nascido de mãe judia). Davi obteve sua realeza, por exemplo, casando-se com Micol, filha do rei Saul. Muito tempo depois, Herodes, o Grande, ganhou seu status real desposando Mariane da casa real sacerdotal.

Assim como os homens que eram designados para várias posições patriarcais assumiam nomes que representavam seus ancestrais – como Isaac, Jacó e José – também as mulheres seguiam sua genealogia e escalão. Seus títulos nominais incluíam Raquel, Rebeca e Sara. As esposas das linhas masculinas de Zadoque e Davi tinham o posto de Elisheba (Elizabeth, ou Isabel) e Miriam (Maria), respectivamente. Por isso a mãe de João Batista é chamada de Isabel e a de Jesus, Maria, nos Evangelhos. Essas mulheres passaram pela cerimônia de seu Segundo Casamento só quando estavam com três meses de gravidez, quando a noiva deixava de ser uma almah e se tomava uma mãe designada.

Ou seja: Através destas passagens bíblicas, sabemos que, além de casada com Jesus, Maria Madalena teve filhos com ele.

Os Sete Demônios

“Expulsou sete demônios” é uma expressão simbólica esotérica e representa que Jesus e Maria Madalena realizaram os rituais sagrados de magia sexual (os sete demônios representam os sete chakras despertos nos rituais sexuais, como eu já havia explicado em colunas anteriores). Estas alegorias são descritas várias vezes na Bíblia, especialmente no Apocalipse, quando se fala de “Sete Igrejas” e “Sete Selos” que precisam ser “rompidos”. Isto nada mais é do que o ser humano desenvolvendo sua energia kundalini e explorando todo o seu potencial divino, aflorando e abrindo os sete chakras.

Maria Madalena foi a principal discípula de Jesus e sua grande companheira. Em lugar algum da Bíblia ela é referida como uma “prostituta” embora eu já tenha conversado com vocês a respeito de como a Igreja Católica (e evangélica) trata as sacerdotisas das outras religiões.

A primeira citação oficial da Igreja a respeito da “prostituta Maria Madalena” foi feita pelo papa Gregório I em 591 DC, para coibir o culto a Maria Madalena (Notre Damme) no Sul da França (falarei sobre o herege “Culto à Virgem Negra” mais tarde).

Maria Madalena é a figura feminina mais sagrada para os Templários e todas as catedrais chamadas de “Notre Damme” na França construídas pelos Templários foram dedicadas a ela (inclusive a Notre damme de Paris, que mereceria uma coluna só para ela de tanto simbolismo que possui escondida nela.

Santa Maria Madalena, a prostituta arrependida, foi canonizada em 886 e transformada em Santa pela Igreja Ortodoxa, que dizia que suas relíquias estavam em Constantinopla. De acordo com a versão oficial, Madalena e Maria (mãe de Jesus) foram até o Éfeso onde passaram o restante de suas vidas e seus ossos foram levados para Constantinopla após sua morte… Mas a inconveniente tradição francesa insistia que Maria Madalena, sua filha Sara (Santa Sara Kali), Lázaro e outros companheiros aportaram em Marseille, vindos do Egito, e se juntaram aos nobres que ali viviam, continuando uma dinastia de reis-pescadores que mais tarde daria origem aos Merovíngios.

A seguir: João Batista, Apóstolos, Crucificação, Mel Gibson, a Fuga de Maria Madalena para o Egito e José de Arimatéia para Glastonbury, a Revolta dos Judeus de 66 DC, Masada e o descanso final na Cachemira.

Marcelo Del Debbio

#Essênios #Gnose #ICAR #Templários

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/yod-he-shin-vav-he-e-maria-madalena