Exercício Prático: Templo Astral

O Templo Astral é uma das primeiras coisas que um estudioso de ocultismo aprende a fazer, em praticamente qualquer Ordem ou Fraternidade que ingresse. Ele é chamado de Oficina Astral, Sanctum, Templo, Local de Descanso, Santuário e muitos outros nomes.

Trata-se de uma construção no Plano Mental e Astral de um refúgio onde o magista pode descansar a mente, preparar uma viagem astral e guardar suas ferramentas. Trata-se de um local onde ele pode até mesmo realizar rituais se não dispor de espaço físico no Plano Material para tal.

Em primeiro lugar, sente-se em um local confortável, mantenha os pés paralelos, a coluna ereta e as mãos relaxadas sobre as coxas. Relaxe e respire bem devagar e profundamente. Mantenha a Respiração 4-4-4 (significa inspirações de 4 tempos, retenção do ar por 4 tempos e expiração em 4 tempos… por exemplo, se você demora 10 segundos para inspirar, segure o ar 10 segundos e expire o ar em 10 segundos… se demora 6 segundos, segure o ar por 6 segundos e assim por diante) e os olhos fechados.

Quando sentir que está bem relaxado, comece a contar lentamente de dez até zero enquanto visualiza os números no ar. Comece a contar bem devagar enquanto relaxa ainda mais o corpo e a mente.
10… relaxe o couro cabeludo. Imagine sua cabeça ficando mais leve, como se estivesse se dissolvendo em uma névoa azulada. Sinta as terminações nervosas desligando e toda a sua cabeça se soltando
9… faça o mesmo para o pescoço. Relaxe todos os músculos do pescoço, externos e internos. Deixe o pescoço completamente relaxado.
8… relaxe os ombros… solte os ombros e deixe-os caírem. Não exerça nenhuma força sobre eles.
7… relaxe o braço esquerdo. Sinta ele se dissolver e deligar-se
6… faça o mesmo com o braço direito.
5… relaxe o abdômen e a barriga. Neste momento, você deve estar com o torso completamente relaxado de desligado, talvez sinta um leve formigamento ou escute um pequeno zumbido. Sensação de calor no corpo também é razoavelmente comum.
4… relaxe completamente sua perna esquerda.
3… relaxe agora a perna direita.
2… relaxe o pé esquerdo. Sinta todos os ossos do pé desligarem e se fundirem ao cósmico.
1… faça o mesmo com o pé direito.
Zero… relaxe os dedos dos dois pés…

Todo este processo deve demorar aproximadamente um ou dois minutos. Em seguida, você deve imaginar o que seria o seu “Templo Astral”, ou seja, sua base de operações no Astral. Lembre-se que ela pode ser QUALQUER COISA: seu quarto de dormir, uma cabana na floresta, uma sala de um castelo, uma ilha, um quarto de Hogwarts, um hotel, um escritório, uma cobertura com vista para a praia, Stonehenge, uma Pirâmide, uma igreja, um templo maçônico, um campo florido, uma mansão vitoriana, um laboratório, um submarino de pedra, uma fortaleza voadora… enfim, QUALQUER COISA que você idealizar. Não há limites para a sua imaginação. Basta que seja um local onde você se sinta bem.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/exerc%C3%ADcio-pr%C3%A1tico-templo-astral

O Evangelho Segundo Johann Sebastian Bach

“Pode ser que nem todos os músicos acreditem em Deus; em Bach, porém, todos acreditam”

Há exatos 334 anos nascia em Eisenach, Alemanha, o Pai da música. Reverenciado por todos os compositores que o sucederam e responsável por abrir um mundo de possibilidades criativas, Johann Sebastian Bach é, sem dúvida alguma, o grande arquiteto da música clássica.

Sua música é uma manifestação clara da divindade. Ouvir sua obra é uma experiência arrebatadora, uma oportunidade de reflexão, de autoconhecimento e, ao mesmo tempo, elevação. Nietzsche, o grande filósofo alemão, não pensava diferente: “Esta semana, ouvi três vezes a Paixão Segundo São Mateus do divino Bach e a cada vez com o mesmo sentimento de infinita admiração. Quem desaprendeu totalmente a cristandade tem a chance de ouvi-la como um Evangelho.”

Apesar do seu temperamento vulcânico, Bach era uma pessoa de natureza bondosa e de postura modesta. Não pensava na posteridade nem se gabava de suas habilidades. Acreditava que tinha muito a aprender com todos. Prova disso foram as transcrições que fez das obras de Vivaldi, o que ajudou a melhorar a sua escrita. Em determinada ocasião, ele percorreu 350 km a pé apenas para ouvir o organista e compositor Buxtehude.

O Gênio

Sua genialidade é comparável a de Shakespeare, Newton e Einstein. O que seus professores ensinaram, foram apenas rudimentos da teoria musical. A excelência no cravo, no órgão e na arte da composição, Bach adquiriu da mesma maneira que um mago com seus grimórios, estudando a luz de velas, tocando e copiando partituras de outros compositores.

Aprender sozinho estes instrumentos e atingir o nível que Bach atingiu é no mínimo impossível para a maioria dos seres humanos. Fica evidente que Bach é um indicio de alma avançada que, por meio de duro esforço em muitas vidas anteriores, desenvolveu em si mesmo algo que vai além das realizações normais da humanidade.

“O gênio não pode ser explicado pela hereditariedade, pois esta se relaciona apenas parcialmente com o corpo denso, não com as qualidades anímicas. Se o gênio pudesse ser explicado pela hereditariedade, por que não há uma longa linhagem comum de mecânicos entre os ancestrais de Thomas Edison, cada qual mais capacitado do que seu predecessor? Por que o gênio não se propaga? (…) Quando a expressão do gênio depende da posse de órgãos especialmente construídos, que requerem longo tempo de desenvolvimento, o Ego renasce naturalmente em uma família de Egos que tenham trabalhado gerações inteiras para construir organismos semelhantes. Esta é a razão de terem nascido, na família Bach, vinte e nove músicos, mais ou menos geniais, durante um período de duzentos e cinqüenta anos. Que o gênio é uma expressão da alma e não do corpo é demonstrado pelo fato de que essa faculdade não se aperfeiçoou gradativamente, alcançando sua  máxima expressão na pessoa de Johann Sebastian Bach. Antes, sua proficiência estava muito acima não só da dos antecessores como dos sucessores. O corpo é simplesmente um instrumento, cujo trabalho depende do Ego que o guia, assim como a qualidade de uma melodia depende da habilidade do músico e do timbre do instrumento. Um bom músico não pode expressar-se plenamente num instrumento pobre, assim como nem todos os músicos podem tocar de modo igual no mesmo instrumento. Que um Ego procure renascer como filho de um grande músico não significa necessariamente que venha a ser um gênio maior que o pai, o que forçosamente sucederia se o gênio fosse herança física e não uma qualidade anímica.” (Max Heindel, Conceito Rosacruz de Cosmos)

Bach e os Rosacruzes

No texto “Johann Sebastian Bach e os Rosacruzes” (Fraternidade Rosacruz) o autor nos demonstra o uso da numerologia bachiana e especula sobre sua possível filiação rosacruciana.

O fato é que Bach foi membro da Sociedade das Ciências Musicais de Leipzig, Alemanha, uma Associação ligada ao caminho iniciático, ingressando desta forma no “mundo oculto da música”.

Segundo consta, conceitos de filosofia e matemática em conjunto com pesquisas cabalísticas e alfabetos mágicos, originaram fórmulas secretas e enigmáticas utilizadas nas composições musicais dos iniciados nesta sociedade. Esta “formulação iniciática” nas músicas eram aplicadas nos intervalos, figurações rítmicas, harmônicas, etc.

É interessante ver que a Ordem Rosacruz (AMORC) intitula a Ária da Suíte nº3 de Sinfonia Mística e a considera como uma obra de elevadíssimos ideais, sugerindo-a como um tema místico para meditação.

De uma forma ou de outra, eu acredito que Bach fora iniciado muito antes de entrar em alguma ordem de caráter iniciático. O sistema de magia musical se cristalizou nas músicas de Bach, construindo catedrais no plano astral que serviu de sustentáculo para toda a música posterior a ele.

“A Paixão de Cristo” pela Música

Bach escreveu três paixões durante sua carreira, a de são Mateus, a de são João e a de são Marcos, embora grande parte desta última tenha se perdido.

A paixão segundo são Mateus, para coro duplo, orquestra dupla, dois órgãos e solistas é uma obra grandiosa, exibida pela primeira vez na Sexta-Feira Santa de  1727.

A estrutura narrativa é a seguinte: o evangelista revela os fatos à medida que acontecem nos recitativos, com ocasionais versos dialogados entoados pelos solistas. O coro ora tem papel participativo direto, p. ex. introduzindo o diálogo no drama pela voz do povo, ora oferece comentários e entoa preces, incluindo corais interpostos.

Parte I – A obra abre com um prólogo no qual o coro lamenta os fatos vindouros. A narrativa começa propriamente em Betânia, com o Cristo prevendo sua própria e iminente crucificação. A trama segue o episódio da cumplicidade de Judas com os fariseus, os apelos de Jesus a Deus e, por fim, a traição e a prisão. Depois de cada seçãoda narrativa, um comentário é inserido na forma de recitativo e ária ou coral.

Parte II – Após outro Prólogo, que lamenta a prisão de Jesus, a segunda parte começa com o interrogatório perante Caiafás, a negação de Pedro e o julgamento por Pilatos. Bach conclui a obra com a crucificação, morte e sepultamento de Jesus, seguindo-se um coro final de lamento

Para narrar o martírio e a morte de Cristo, Bach usa os capítulos 26 e 27 do Evangelho de São Mateus e em alguns trechos ele emprega textos poéticos de Christian Friedrich Henrici, conhecido como Picander.

A igreja onde Bach trabalhava é um aspecto de grande importância, sua estrutura permitia que dois coros se posicionassem um de frente para o outro, possibilitando a criação de um efeito estéreo, fator que contribuiu para a dramaticidade dessa obra.

Outro aspecto interessante é a forma com que Bach tratou os recitativos cantados por Jesus. Diferente do comum, que seria um recitativo seco, acompanhado apenas pelo contínuo, Jesus é acompanhado pelas cordas, criando um efeito de amplidão e doçura, como se Deus ali estivesse amparando seu filho. Somente quando Jesus diz Eli, Eli, lemá sabactháni? (Meu Pai, meu Pai, por que me abandonaste?), esse acompanhamento desaparece.

A escrita dessa obra é perfeita, temos a nítida impressão que Deus a ditou para Bach e ele apenas a transcreveu. Não foi a toa que lhe deram o título de “O Quinto Evangelista”. Bach concordava com Lutero quando este dizia: “Com a exceção da teologia, não há nenhuma arte que possa ser colocada no mesmo nível da música (…) onde há música devocional, Deus está presente”

“As palavras de Cristo são sempre pronunciadas num estilo declamato, carregado de elã místico e verdade profética, acompanhado pelas cordas, quase sempre por sequências de acordes, mas também, com ornamentos independentes da linha do canto, em atmosferas que se movem entre a tristeza, a ternura, o celestial, derivando por instantes até o estilo próprio arioso (…) Podemos imaginar que Bach tinha consciência de ter criado uma obra única, de ter aprofundado a natureza do Cristo como se ele estivesse vivo em seu próprio intelecto, mas o que poderíamos compreender, a respeito dessa obra-prima, será para sempre obscurecido e limitado pela inadequação de nossos esforços e a inferioridade manifesta da teoria diante da verdadeira beleza.” (Basso, pesquisador italiano)

O fato é que nem os ateus mais ferrenhos escapam de serem evangelizados pela musica de Bach, até mesmo Richard Dawkins, ateu de carteirinha, é um convertido confesso da Paixão Segundo São Mateus. E aí, o que vocês acham, Bach era ou não era um mago?

Soli Deo gloria

Para ouvir antes de morrer

O Cravo Bem-Temperado, BWV846-893

Missa em Si Menor, BWV232

Seis suítes para violoncelo Solo, BWV1007-1012

Oratório de Natal, BWV248

Paixão Segundo São Mateus, BWV244

Concertos de Brandenburgo, BWV1046-1051

Oferenda Musical, BWV1079

Links

Mapa Astral de Johann Sebastian Bach
Johann Sebastian Bach e os Rosacruzes
Música: Ciência, Arte ou Magia?

Fabio Almeida é membro do Projeto Mayhem e autor do blog Sinfonia Cósmica.

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#Arte #Biografias #Música #Rosacruz

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-evangelho-segundo-johann-sebastian-bach

Os Habitantes do Plano Astral

Este é um texto básico, mas muito importante, escrito por Beraldo Lopes Figueiredo, que eu considero um dos maiores especialistas em Projeção Astral do Brasil. Não é fácil classificar e ordenar os seres astrais, tal sua variedade e complexidade, mas podemos nos esforçar para isso, começando a dividi-los em 3 grandes categorias: Humanos, os não-humanos e os artificiais.

01.2.1 – HUMANOS:

Os cidadãos humanos do mundo astral, separam-se naturalmente em dois grupos: Os vivos e os Mortos.

01.2.1.1 – VIVOS:

01 – Adeptos e seus discípulos: São os humanos evoluídos, instruídos que operam tanto com o corpo mental como astral, mas muito mais com mental, pertencentes as Lojas, escolas orientais e algumas ocidentais.

02 – Indivíduos Psiquicamente adiantados: Esses não estão sob orientação de um Mestre (amparador), em geral são conscientes fora do corpo físico, mas por falta de necessário treino e experiência estão sujeitos a enganos e apreciação do vêem. Sua lucidez é variável , variam de acordo com seu grau de desenvolvimento e em muitos casos quando voltam ao corpo físico não lembram de sua experiência.

03 – A pessoa Vulgar: Não possuem maturidade astral, flutuam perto do corpo físico durante o sono., num estado mais ou menos inconsciente, em alguns casos numa semi-adormecido, vagueia daqui para ali, deitado seguindo algumas correntes astrais passando por toda espécie de aventuras, umas agradáveis outras desagradáveis. Quando menos evoluído for uma pessoa, mal definida será suas formas astrais, sem contornos definidos, devido a alta densidade do seu duplo etérico.

04 – O mago negro e seus discípulos: É semelhante a primeira, porém voltada para o mal. As ordens que lidam com essas forças ocultas poderosas são várias, mas podemos citar: Dügpas Europeus, Vodoo, Obeah, Magia Negra, etc.

01.2.1.2 – MORTOS:

01 – Os Nirmânakáyas: Seres elevados, no entanto por qualquer necessidade de missão que se julgue necessário descem para o plano Astral.

02 – Discípulos a espera de Reencarnação: Esse não é um habitante comum do mundo astral e sim do mundo mental, mas ocasionalmente pode-se encontrar um ocasionamente por isso é uma população muito reduzida.

03 – Os mortos Vulgares: É uma classe cuja população são de milhares e milhares de almas, também complexa limitar sua estadia no mundo astral, varia de algumas horas, dias, semanas, meses, anos e até séculos.

Todos sem exceção tem que passar por todos as subdivisões do plano astral no seu caminho para o mundo-céu, algumas percorrem essas subdivisões inconscientes, para as pessoas evoluídas com várias reencarnações, essa passagem é extremamente rápida.

04 – As Sombras: Quando a extinção de um indivíduo é completa é sinal que acabou sua vida Astral, ele passa para o plano Mental (Plano Devachânico). Mas, assim como ao passar para o plano físico para o Astral há um abandono do corpo físico, assim também na passagem do corpo astral para o mental, o invólucro astral é abandonado e também irá se desintegrar, neste caso o corpo astral abandonado, é um verdadeiro cadáver. Infelizmente o homem vulgar deixa-se dominar por todos os desejos inferiores, que uma parte da mente inferior se funde com o corpo dos desejos, essas partículas da matéria astral possuem vida própria e animam esse cadáver, gerando uma classe chamada: Sombras Essa sombra não é o indivíduo real, mas conserva hábitos, semelhança física, memória mas sua inteligência é limitada, pois é um farrapo de suas piores qualidades. A duração de uma sombra varia segundo a qualidade da mente inferior que a anima, mas apesar desta astúcia que engana alguns médiuns despreparados em sessões espíritas, na medida que o tempo passa ela vai perdendo a vitalidade e se degradando até cair na classe seguinte: Os invólucros (Cascões Astrais).

05 – Os invólucros (Cascões Astrais): São os cadáveres astrais, o corpo astral abandonado e em estado de desintegração, são desprovidos de qualquer espécie de consciência e de inteligência, vagueiam nas correntes astrais como nuvens impelidas por ventos contrários. {b]Não pode ser confundido com o Duplo Etérico que conserva-se a poucos metros post-mortem do cadáver físico, se desintegrando lentamente são vistos nos cemitérios essas formas azuladas com aparência de vapores, flutuando nos túmulos dos cemitérios daqueles que recentemente deixaram o mundo físico, não é um espetáculo agradável de ver. Mas os Cascões Astrais, que vagam, podem ser usados e manipulados por meio de Magia Negra.

06 – Os invólucros vitalizados: Alguns elementais artificiais, as vezes entram dentro destas cascas astrais e dão uma vida aparente a eles. Geralmente o usam de uma forma malévola,

07 – Vitimas de Morte Súbita e os Suicidas: Todo o indivíduo que for arrancado de sua vida terrena repentinamente, em pleno gozo de sua saúde e energias, vai se encontrar no mundo astral numa situação diferenciada dos demais seres que morreram por doença. No caso de suicídio ou de morte por acidente, desastre, não se realizando os preparativos naturais e graduais, compara-se como retirar o caroço de uma fruta quando esta fruta estiver verde, grande quantidade de perietérico (combustível vital), duplo etérico, alta densidade desta matéria é pertubadora para o indivíduo recém morto, esta alta densidade vibratório levará o indivíduo a cair na sétima zona astral conhecido por baixo astral (Umbral). Porém se o indivíduo for de boa índole ficará insconsciente e por pouco tempo neste mundo trevoso. O fato do suicida, é bem mais difícil, porque interromperam sua vida através do livre arbítrio, embora cada caso tem suas variantes e nem todos os suicídios são consideráveis condenáveis, como o caso de Sócrates.

08 – Vampiros e Lobisomens: É a entidade mais cruel e repelente, mas felizmente muito raras são essa criaturas, essas relíquias horrorosas de um tempo em que o ser humano era mais animalesco, são considerados fábulas da Idade Média, pertenciam a Quarta Raça da terra, como na Rússia e Hungria, apesar das lendas exageradas, no fundo tem uma verdade inquestionável. Essas criaturas apegadas ao extremo a vida terrena usavam seu corpo astral para manter íntegro seu corpo físico, roubando sangue dos vivos com seu corpo astral semi materializado, existindo casos registrados na Europa Central de aberturas de caixão encontrava-se o corpo fresco e sadio, muitas vezes mergulhado num sangue fétido.

Já os lobisomens, também de extrema raridade, nos dias de hoje, eram de uma raça extremamente carnívora que se alimentava de animais vivos, numa extrema violência, quando mortos esses indivíduos semi materializados numa espécie de Lobo e Homem atacavam nas matas outros animais.

Portanto aos estudiosos de Viagens Astrais, não se preocupem pois esses tipos são de extrema raridade nos dias de hoje e geralmente os que existem ainda, agem próximos ao seu corpo físico.

09 – Magos Negros e seus Discípulos: Pertencem ao outro extremo da escala, são espíritos desencarnados, tendem a manter-se o maior tempo possível neste plano, renegando o plano mental, são criaturas extremamente hábeis com os poderes do mundo astral, violam a lei natural da evolução , pois mantém-se no mundo astral pela manipulação de artes mágicas: MAGIA NEGRA. Deve-se frisar que para se conseguir isso, é a custa de outras vidas, roubando de outrem o tempo de vida legítimo.

01.2.2 – NÃO HUMANOS:

01 – Corpos Astrais dos Animais: Apesar de extraordinariamente numerosa, esta classe ocupa um lugar subalterno no plano astral, visto ser muito curta a permanência neste plano dos membros que a compõem. Os animais em sua grande maioria ainda não adquiriram ainda uma individualização permanente e quando morrem a essência monádica que os animava volta ao stratum especial donde vieram. Geralmente essa existência não passa de uma espécie de sonho inconsciente impregnado, ao que parece de uma perfeita felicidade. Quanto aos animais domésticos que já atingiram a individualidade, o caso de alguns gatos e alguns cachorros, esses tem uma vida astral mais longa e mais ativa, mas caindo por fim num estado passivo subjetivo que dura pouco. Dos animais selvagens os que já atingiram a individualização encontra-se os Macacos Antropóides, que forma uma classe interessante, visto que se aproximam de reencarnarem como seres humanos.

02 – Os espíritos Naturais: Compreende-se esta classe subdivisão tão numerosa e tão variada que pode-se dizer não serem totalmente conhecidas em sua integralidade. Classificadas por alguns escritores como ELEMENTAIS, são espíritos da natureza, tendo os da terra, do ar, da água e fogo. São entidades astrais dotadas de inteligência, definidas, que habitam e funcionam cada um desses meios. Na linguagem popular tem uma grande variedade de nomes: Fadas, pixies, brownies, salamandras, duendes, trolls, sátiros, faunos, sacis, etc. São em forma reduzida ou de baixa estatura.

Em geral são invisíveis para a visão física mas alguns possuem a propriedade de se materializarem quando lhes convém.

Em sua maioria evitam os seres humanos, visto não gostarem das emanações fluídicas humanas, os vícios e desejos desordenados põem em ação correntes astrais que os pertubam. Os períodos de vida desses seres variam muito, alguns muito curtos, outros maiores que as nossas vidas.

03 – Os Devas: O mais alto sistema de evolução que tem relação com a terra, são seres que os hindus chamam de Devas, no Ocidente Anjos, “Filhos de Deus”, amparadores, são considerados um reino acima do humano, assim como os animais irracionais um reino inferior aos humanos, chamados também de Regentes da Terra, Anjos Celestiais, são eles agentes do Karma do ser humano. Poucas vezes se manifestam no mundo astral, estão mais presentes no mundo mental, mas quando o fazem são notáveis pela beleza e luz que irradiam, parecendo possuírem asas tal beleza de suas auras, parecem possuir uma aureola tal é a luz do seu chakra coronário.

01.2.3 – ARTIFICIAIS:

01 – Elementais criados inconscientemente: A essência elemental nos rodeia por todos os lados. É flagrante o efeito produzido por um pensamento que quando apodera-se da matéria plástica astral, ele molda instantaneamente um ser vivo, ser que uma vez criado não fica de forma nenhuma sob a influência do seu criador , mas adquire o instinto básico de qualquer réstia de vida que o INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA. A duração de um elemental (Formas-Pensamento) varia muito sendo proporcional a intensidade dos pensamentos de quem o gerou. Alguns minutos, horas, mas o pensamento forte, repetitivo, convicto pode durar alguns dias. Os elementais ficam em volta do seu criador em suspensão, circulando, tendem a provocar a repetição da idéia buscando se fortificar para viver mais tempo. Crianças criam companheiros astrais. Tem como tendência prolongar suas curtas vidas reagindo sobre o seu criador, provocando a renovação do pensamento que o originou. Existem casos de criações encontrarem energias paralelas e se alimentarem de várias ao mesmo tempo, o que prolongaria sua vida por um tempo bem considerável, alguns deixam seus criadores , encontrando essa energia no próprio astral se transformam em demônios errantes. Casos de mães devotas criando para seus filhos anjos da guarda, visto por muitos clarividentes, acompanhando algumas crianças.

02 – Elementais Criados Conscientemente: Tantos os adeptos e ocultistas da Magia Branca e Magia Negra se servem freqüentemente de elementais artificiais nos seus trabalhos, neste caso essas criaturas são como escravas, poucas são as tarefas que não possam ser realizadas por essas criaturas quando cientificamente preparadas e habilmente dirigidas. Não tem sido pouco o mal que essas criaturas espalham pelo mundo. Os elementais formados conscientemente são dotados de uma inteligência superior aos formados inconscientemente, além da duração de suas vidas, serem bem maiores, por isso são mais perigosos. Da mesma forma são mais astutas para prolongar a vida, quer alimentando-se como Vampiros da vitalidade de seres humanos, quer influenciando que façam oferendas, matando animais, cuja vitalidade é direcionada e absorvida pelo elemental. Podem prolongar suas vidas por anos a fio, tem casos que são séculos. Tem um caso na índia que uma entidade protetora das lavouras, quando não lhes era ofertada as oferendas, alimentos, focos de fogos espontâneos rebentavam simultaneamente entre as cabanas, apareciam do nada.

03 – Artificiais Humanos: apesar de ser pouco numerosa esta entidade existe, guardiões de Lojas Brancas, Demônios da Idade Média, líderes que já reencarnaram, mas seu ser artificial ainda continuam vivo no mundo astral e são vistos por clarividentes.

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Charles Webster Leadbeater (Londres, Inglaterra, 16 de fevereiro de 1847 – Perth, Austrália, 1º de março de 1934), foi sacerdote da Igreja Anglicana e Bispo da Igreja Católica Liberal, clarividente, escritor, orador, maçom e uma das mais influentes personalidades da Sociedade Teosófica.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/os-habitantes-do-plano-astral

Vênus-Afrodite: All you need is love!

Olá crianças,

Semana anterior falamos sobre a Razão: um dos 3 pilares da Magia e também dos 3 estados de consciência que precisam ser trabalhados e dominados dentro de cada um de nós. Falei sobre os deuses associados à razão, à lógica e ao entendimento e como os antigos utilizavam-se destas alegorias e representações para facilitar o domínio destes conceitos.

Hoje falaremos sobre o contraponto feminino em nossa mente. Associado ao elemento Água, ao naipe de taças (copas) e ao sagrado feminino, a Emoção está representada na esfera de Netzach.

Antes de prosseguir com a leitura desta matéria, recomendo que vocês leiam (ou releiam) o post sobre Hermes Trismegistrus antes de continuar.

Inanna

A representação mais antiga de Netzach era a deusa Inanna.

Inanna era a deusa do amor, do erotismo, da fecundidade e da fertilidade, entre os antigos Sumérios, sendo associada ao planeta Vênus.

Era especialmente cultuada nos enormes e importantes templos em Ur, mas era alvo de culto em todas as cidades sumérias.

Inanna surge em praticamente todos os mitos, sobretudo pelo seu carácter de deusa do amor (embora seja sempre referida como a virgem Inanna). Inanna representava também a primavera e as festividades relacionadas com o plantio. Sua história conta que como a deusa se tivesse apaixonado pelo jovem Dumuzi (um deus que antes era humano, representante das plantações, que todo ano morria e posteriormente era ressuscitado… já viram este mito em algum lugar antes?). Durante o Inverno, tendo Duzumi morrido, a deusa Inanna desceu aos Infernos para o resgatar dos mortos, para que este pudesse dar vida à humanidade, agora transformado em deus da agricultura e da vegetação no final dos tempos tenebrosos.

É cognata das deusas semitas da Mesopotâmia (Ishtar) e de Canaã (Asterote e Anat), tanto em termos de mitologia como de significado.

Ishtar

Da deusa Inanna, surgiu na suméria o culto a Ishtar.

Ishtar é a deusa mãe dos acádios, herança dos seus antecessores sumérios, cognata da deusa Asterote dos filisteus, de Isis dos egipcios, Inanna dos sumérios e da Astarte dos Gregos. Mais tarde esta deusa foi assumida também na mitologia Nórdica como Easter – a deusa da fertilidade e da primavera.

Esta deusa era irmã gêmea de Shamash (que era o deus solar – preste atenção que isto é importante!) e filha do deus Sin, o deus lunar (e isto também será importante). Até este momento da história, quando os homens não tinham muita certeza sobre como as mulheres geravam os filhos, as principais divindades eram todas matriarcais, e associadas ao Sol.

Assim como Inanna, Ishtar também é representada pelo planeta Vênus.

Eu já havia falado sobre os ritos sexuais do Hieros Gamos AQUI, AQUI e AQUI, então não vou repetir. Além destes rituais, o mais importante festival em honra a Ishtar consistia na Celebração do Equinócio da Primavera.

Neste ritual, os participantes pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam nos campos. Para quem não fez as contas ainda, o Equinócio da Primavera cai aproximadamente dia 21 de Março, inicio do período de plantações.

Estes ovos continham runas e magias de Sigil pintadas cuidadosamente sobre eles (ensinarei sobre magia de Sigil daqui algumas colunas). Estes ovos eram enterradas nos campos e, quando os ovos eram destruídos pelos arados, os desejos escritos nos ovos se realizavam. Esta é a origem dos ovos “coloridos” de “Páscoa” (na verdade, eles não eram apenas “pintados”, mas escritos com runas e sigils de várias cores, representando cada cor e símbolo dos desejos a serem realizados)… calma que chegaremos nos coelhos daqui a pouco.
[um parênteses – hoje em dia, quando alguém vai em um templo de Umbanda e Candomble e recebe uma instrução de um Exú ou Bombo-Gira para acender tantas velas de tal cor para realizar um pedido, ou quando amarramos fitas de cores específicas nos galhos de uma árvore no Japão, no festival de Tanabata, ou quando desligamos nossa mente pintando mandalas com areia colorida, estamos falando do MESMO tipo de magia ritualística, apenas em formas e culturas diferentes – fim do parênteses].

Ísis

Isis é a deusa suprema do panteão egipcio; a grande mãe, a grande deusa, a criadora da vida. Ela era descrita como tendo pele clara, olhos azuis e cabelos negros. Junto com Osíris e Hórus, fazia parte da trindade sagrada dos deuses egípcios.

As lendas diziam que suas sacerdotisas eram capazes de controlar o clima prendendo ou soltando seus cabelos. Seus sacerdotes conheciam como ninguém as artes de trabalhar com metalurgia. Assim como nas culturas anteriores, o culto à deusa-mãe que representava as forças da natureza era muito difundido. Ísis era a deusa da sabedoria, detentora de todos os poderes mágicos dentro nas iniciações das Pirâmides (o chamado “Véu de Ísis”). Repare no “carretel de empinar pipas” que ela carrega em sua mão esquerda. Mais tarde falaremos sobre ele.

Ísis era casada com seu irmão osíris e ambos governavam o Egito. Enquanto Osíris estava espalhando suas idéias de civilização pelo mundo, Isis governava o Egito. Porém, seu irmão Seth era um deus violento e invejoso e queria o trono para si. Quando Osíris retornou a Menphis, Seth convocou 72 auxiliares e o convidou para um banquete. Durante o jantar, ele mostrou um belíssimo baú e disse que qualquer pessoa que coubesse dentro dele seria seu dono. Osíris coube perfeitamente, mas Seth e seus seguidores fecharam o baú com chumbo derretido e jogaram a caixa no Nilo.

A caixa chegou na Fenícia, onde uma árvore de Tâmaras cresceu ao seu redor. Mais tarde, quando esta árvore foi cortada e levada para fazer um pilar de um templo no palácio do rei, o odor da árvore era tão maravilhoso e diferente que a história acabou chegando até os ouvidos de Ísis e Seth.

Seth chegou primeiro ao baú e despedaçou o corpo de Osíris em 14 pedaços, que espalhou pelo Egito. Quando Ísis conseguiu chegar até o baú, ficou desesperada e começou a procurar pelas partes de Osíris por toda a terra, até que conseguiu recuperar todas as partes de seu amado (exceto seu falo, que havia sido devorado por um caranguejo) e levá-lo para os pântanos da deusa cobra Buto. Ali, utilizando-se de magias de Thoth e Anubis, Ísis conseguiu reanimar a essência de seu amado tempo suficiente para gerar um filho (sem contato sexual), chamado Hórus. Ísis era considerada uma deusa-virgem até então, de onde pode-se dizer que Hórus nasceu de uma Virgem.

Hórus simboliza a criança do solstício de Inverno; a esperança que o sol mais uma vez surgirá após o tenebroso inverno.

Em seguida, Ísis realiza os ritos de embalsamar, preparando Osíris para a viagem ao Próximo Mundo. Ísis e Hórus permanecem no pântano de Buto até que Hórus esteja forte o suficiente para desafiar seu tio Seth.

Quando estava em idade adequada, foi chamado um conselho dos deuses e Hórus pediu a eles que recuperasse o trono que era seu por direito. Todos os deuses votaram para que o trono permanecesse com Seth, exceto Toth (a Razão). O trono permanecia com Seth.

Ísis começou a proferir maldições e Seth ficou furioso, ameaçando matar um deus por dia até que os deuses decidissem a seu favor. Para evitar maiores problemas, Rá ordenou que a votação fosse movida para um santuário em uma Ilha e deu instruções ao barqueiro Ani para que nenhuma mulher cruzasse aquelas águas.

Ísis, então, decidiu usar um estratagema: transformou-se em uma linda donzela e, disfarçada, subornou Ani para que a levasse até a ilha de santuário de Seth, onde o seduziu com sua beleza. Quando Seth estava prestes a cair em sua sedução, ísis contou a ele que era uma viúva com um filho, cuja herança em gado havia sido tomada injustamente por seu tio estrangeiro, e perguntou o que ela deveria fazer para ajudar o filho da viúva. Seth disse a ela que o filho dela era o verdadeiro herdeiro.

Ísis foi, então, até o conselho dos deuses onde contou a todos o que havia acontecido e, dado que o julgamento foi proferido pela própria boca de Seth, os deuses não tiveram outra alternativa senão entregar o trono a Hórus.

Seth pediu, então, que o trono fosse disputado em uma batalha entre os dois e o conselho concordou. A partir de então, os dois deuses combatem, sendo responsabilidade de Toth velar para que haja sempre equilíbrio entre as estações.

Ísis era considerada uma deusa LUNAR. Ao contrário de suas predecessoras, que eram divindades solares, a partir do Egito as deusas femininas que possuem as atribuições sexuais e de fertilidade passam a adquirir atributos lunares. Isto se deve, em parte à associação do ciclo menstrual feminino (de 28 dias) com os ciclos lunares e, em parte, com a tomada do poder pelo patriarcado, que elevou o Sol à categoria de deus masculino dominador todo-poderoso.

Afrodite

De acordo com a Teogonia, de Hesíodo, Afrodite nasceu quando Urano (pai dos titãs) foi castrado por seu filho Cronos/Saturno, que atirou os genitais cortados de Urano ao mar, que começou a ferver e a espumar, esse efeito foi a fecundação que ocorreu em Tálassa, deusa primordial do mar. De aphros (“espuma do mar”), ergueu-se Afrodite e o mar a carregou para Chipre. Assim, Afrodite é de uma geração mais antiga que a maioria dos outros deuses olímpicos.

Após destronar Cronos, Zeus ficou ressentido pois tão grande era o poder sedutor de Afrodite que ele e os demais deuses estavam brigando o tempo todo pelos encantos dela, enquanto esta os desprezava a todos. Como vingança e punição, Zeus fê-la casar-se com Hefesto, que usou toda sua perícia para cobri-la com as melhores jóias do mundo, inclusive um cinto mágico do mais fino ouro, entrelaçado com filigranas mágicas. Segundo Homero, Afrodite e Hefesto se amavam mas, pela falta de atenção deste, que estava sempre envolvido com os trabalhos encomendados pelos deuses, Afrodite começou a trair o marido com Ares.

Suas festas eram chamadas de “Festas Afrodisíacas” e eram celebradas por toda a Grécia, especialmente em Atenas e Corinto. Suas sacerdotisas eram consideradas prostitutas sagradas, que representavam a própria Afrodite, e o sexo com elas era considerado um meio de adoração e contato com a Deusa. Com o passar do tempo, e com a substituição da religiosidade matriarcal pela patriarcal, Afrodite passou a ser vista cada vez mais como uma Deusa frívola e promíscua, como resultado de sua sexualidade liberal.

Afrodite/Vênus representa as paixões incontroladas, o espírito deixado levar pelo sentimento, as forças primordiais do SENTIR, incontroláveis. Vênus simboliza a emoção pura. O desejo, ciúmes, amizade, amor, ódio, luxúria, a arte, inspiração, etc… todos os sentimentos que não podem ser controlados pela Razão são de domínio de Vênus. Tudo o que não pode ser contabilizado, quantificado ou racionalizado pertence à Esfera de Vênus… a esfera de Netzach.

Eostre

Eostre ou Ostera é a deusa da fertilidade e do renascimento na mitologia anglo-saxã, na mitologia nórdica e mitologia germânica. A primavera, lebres e ovos pintados com runas eram os símbolos da fertilidade e renovação a ela associados.

A lebre (e NÃO um coelho) era seu símbolo. Suas sacerdotisas eram capazes de prever o futuro observando as entranhas de uma lebre sacrificada (claro que a versão “coelhinho da páscoa, que trazes pra mim?” é bem mais comercialmente interessante do que “Lebre de Eostre, o que suas entranhas trazem de sorte para mim?”, que é a versão original desta rima.

A lebre de Eostre pode ser vista na Lua cheia (vide desenho neste post) e, portanto, era naturalmente associada à Lua e às deusas lunares da fertilidade.

De seus cultos pagãos originou-se a Páscoa (Easter, em inglês e Ostern em alemão), que foi absorvida e misturada pelas comemorações judaico-cristãs. Os antigos povos nórdicos comemoravam o festival de Eostre no dia 30 de Março. Eostre ou Ostera (no alemão mais antigo) significa “a Deusa da Aurora” (ou novamente, o planeta Vênus). É uma Deusa anglo-saxã, teutônica, da Primavera, da Ressurreição e do Renascimento. Ela deu nome ao Sabbat Pagão, que celebra o renascimento chamado de Ostara.

Afrodite/Vênus na Kabbalah

A Árvore da Vida representa um mapa dos estados de consciência humanos. Vamos falar mais detalhadamente sobre isso em posts futuros, mas vou fazer a referência agora e vocês podem retornar e ler novamente este texto mais tarde, ok?

Em razão de sua ligação com o amor incondicional e com as emoções, Vênus está associado na Kabbalah à sétima esfera (sephira), chamada Netzach (Vitória). Netzach representa a emoção pura, o amor, desejo, luxúria, as águas torrentes das paixões. Enquanto Hod, sua contraparte racional, é simbolizada pelos ventos frios do deserto, Netzach é associada ao elemento Água e ao lado feminino de nossos pensamentos.

Netzach está associado ao planeta Vênus, ao metal cobre, ao incenso de benzoin e rosas, às rosas, à cor verde, à esmeraldas, velas e aos cinturões. Netzach influencia os Caminhos de Qof (29), a “antiga bruxa”, a conexão entre o Emocional e o Plano Físico, representado pelo sentimento que deu origem a todas as grandes festividades ao redor das fogueiras; Tzaddi (28) a “Estrela”, que liga as fortes conexões entre o Plano Astral e o Emocional. É um caminho tão importante que Aleister Crowley o substituiu com o caminho de Heh (Imperador) no cruzamento do Abismo (falaremos sobre isto mais adiante, mas por enquanto, lembrem-se da frase “Todo Homem e toda Mulher é uma estrela”). Peh (27), a Torre, o caminho turbulento que conecta a esfera da Razão Pura à esfera da Emoção Pura. Imaginar este estado de consciência é como colocar um fanático cético com um fanático religioso para discutir. Mais cedo ou mais tarde, a estrutura vai rachar ao meio.

Da conexão entre Netzach e Tiferet está Nun (24), a terrível Morte através do sacrifício pela Humanidade, a maneira do caminho da Mão Direita para se chegar a Ascensão. A frase usada ad nauseam pelos católicos e evangélicos (“Jesus morreu para nos salvar”) vem de uma má interpretação ou de uma interpretação literal deste caminho. O quinto caminho, conectando os rituais de fertilidade com a esfera da prosperidade (Hesed) é o caminho de Koph (21), também conhecido como a “Roda da Fortuna”, que rege os ciclos da natureza.

Assim como os excessos de Hod criam os fanáticos-céticos, os excessos de Netzach criam os fanáticos religiosos: Aqueles que acreditam em algo baseados apenas na fé, sem razão nem imaginação. Como eu já disse alguns posts atrás, fanáticos ateus e fanáticos religiosos são duas faces da mesma moeda, e aqui está a demonstração. Sem equilíbrio e domínio dos quatro elementos não vamos a lugar nenhum, ficando perdidos e isolados nestas esferas que, como vocês podem observar, ocupam o mesmo grau dentro do mapa da consciência humana.

Os símbolos de Vênus

O primeiro e mais conhecido deles é o Pentagrama. Observando o céu e anotando a posição da “Estrela Matutina” durante 8 anos, o traçado do chamado “período sinódico” de Vênus forma um Pentagrama (período sinódico é o tempo que um planeta leva para retornar a uma mesma posição em relação ao sol por um observador na Terra – observe o desenho ao lado).

O outro símbolo de Vênus, que também é a sua representação planetária utilizada por cientistas e ocultistas, é este que está representado ao lado. Ele possui a chave para entender o caminho de Nun através da Mão Direita (somente através do amor e do sacrifício pela humanidade é que se consegue atingir a Iluminação).

Examinemos o símbolo de Vênus por um momento: um círculo sobreposto a uma cruz. A cruz representa o Plano Material e o Microcosmos, enquanto o círculo representa o Espírito e o Macrocosmos. A cruz representa o ciclo de reencarnações, os quatro elementos que precisam ser dominados para se chegar até o estado de Iluminado, enquanto o círculo representa o ciclo divino, já fora da Roda de Samsara. O ponto central do símbolo é a esfera de Tiferet – O Sol.

Também quero que vocês prestem atenção na estrutura da Árvore da Vida. Quando estudamos as relações entre o Microcosmo e o Macrocosmo na alquimia, podemos sublinhar alguns dos caminhos mais relevantes para este processo de Autoconhecimento: Aleph, Beth, Vav, Chet, Yod, Lamed, Sameck, Peh e o mais importante de todos: Tav.

Vamos ver o que acontece quando eu seleciono estes caminhos no diagrama:

Vejam só, crianças… que símbolo curioso surgiu!

Não é um prendedor de cinto de Ísis e muito menos um segurador de pipas, como os céticos acreditam. É o símbolo da Árvore da Vida, retratado pelos Antigos Egípcios através do Ankh, o Símbolo da VIDA ETERNA.

E qual seria a razão pela qual o símbolo astronômico de Vênus e o Símbolo da Árvore da Vida e do caminho até Deus serem os mesmos?

Porque… não importa quanto conhecimento você adquira (Hod), não importa o quanto você seja fodão em alquimia e magia (Yesod), não importa o quão rico e bem estruturado você esteja no Plano Material (Malkuth), sem AMOR você não vai chegar a lugar nenhum.

E o Símbolo de Netzach/Vênus representa o “Tudo o que está acima é igual ao que está abaixo”. De nada adianta um mundo com tecnologia melhor que a Atlântida se a humanidade continua fazendo as mesmas merdas… e 2012 está logo ai.

Love, love, love, love, love, love, love, love, love.

There’s nothing you can do that can’t be done.

Nothing you can sing that can’t be sung.

Nothing you can say but you can learn how to play the game

It’s easy.

There’s nothing you can make that can’t be made.

No one you can save that can’t be saved.

Nothing you can do but you can learn how to be in time

It’s easy.

All you need is love, all you need is love,

All you need is love, love, love is all you need.

Love, love, love, love, love, love, love, love, love.

All you need is love, all you need is love,

All you need is love, love, love is all you need.

There’s nothing you can know that isn’t known.

Nothing you can see that isn’t shown.

Nowhere you can be that isn’t where you’re meant to be.

It’s easy.

All you need is love, all you need is love,

All you need is love, love, love is all you need.

All you need is love (all together now)

All you need is love (everybody)

All you need is love, love, love is all you need.

#Alquimia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/v%C3%AAnus-afrodite-all-you-need-is-love

Zaratustra, Mithra e Baphomet – parte III

Publicada originalmente no S&H dia 14/5/2008,

Acompanhando esta série “desvendando a origem dos demônios”, cujos posts iniciais estão AQUI e AQUI, o tio Marcelo explicará hoje sobre como surgiram os conceitos de Bem x Mal, deturpados na Igreja Católica e por conseguinte nas Evangélicas e caça-níqueis afins, para providenciar um campo fértil de “nós versus eles” e permitir que agregassem melhor o gado.

E se existia um deus “do bem”, seria necessário inventar deuses “do mal” para servirem como opositores. Para entender como surgiram os demônios, precisamos entender quem eram os deuses das religiões “adversárias” (Shaitanicas).

E, de quebra, também desvendaremos os mistérios de Baphomet!

Diabo, Diabolos e Daimon

Antes de prosseguir, é necessário fazer um adendo. Muitos religiosos gostam de inventar traduções adaptadas às suas necessidades para certas palavras, normalmente de maneira tosca e grosseira, mas que dependendo da erudição com que são colocadas, acabam enganando os desavisados. Uma das favoritas dos fanáticos religiosos é relacionar Daemon, Diabo ou Diabolos com “Acusador” ou “Caluniador”.

Pois bem: Daimon ou Daemon significa “gênio” ou “espírito”. São os Anjos da Guarda da mitologia católica. A palavra em grego para Daimon é “??????”. Já caluniador se escreve “??????????” e acusador “???’??????”, ou seja, palavras BEM diferentes.

Já Diabo vem de Diabolos, cujo significado está atrelado a outra palavra bem conhecida: Símbolos. Diabolos significa “Aquilo que nos separa” enquanto Símbolos significa “Aquilo que nos une”. Desta maneira, uma seita “diabólica” significa, no sentido correto da palavra, “uma seita que nos separa”. Já a relação entre símbolo e união é bem fácil: basta imaginar um time de futebol. O símbolo do time é o brasão que une os torcedores.

Assim falou Zaratustra

Zaratustra, às vezes chamado de Zoroastro, é o fundador do Zoroastrismo. Ele foi um verdadeiro iniciado, nascido na Pérsia cerca de 1.000 anos antes de Cristo. Desde muito cedo, Zoroastro já demonstrava sabedoria fora do comum; aos 15 anos realizava valiosas obras religiosas e era conhecido e respeitado por sua bondade para com os pobres e pelo sistema religioso-filosófico que criou.

Seus sacerdotes, os Magi (sábios), eram vegetarianos, reencarnacionistas, espiritualistas e conheciam muito bem a astrologia. Zoroastro reformulou uma religião chamada Mazdeísmo, com uma visão mais positiva do mundo.

Para entender melhor esta religião, precisamos estudar a estrutura social da época: os persas estavam divididos em três classes; os sacerdotes, os guerreiros e os camponeses. Os Ahuras (“senhores”) eram venerados apenas pela primeira classe, Mithra era um Ahura venerado na classe dos guerreiros; e os camponeses possuíam seus próprios deuses da fertilidade.

O Zoroastrismo prega a existência de um Deus único, Ahura Mazda (“Divindade Suprema”), a quem se credita o papel de criador e guia do universo (Keter, na Kabbalah). Desta divindade emanam seis espíritos, os Amesas Spenta (Imortais Sagrados), que auxiliam Ahura Mazda em seus desígnios.

São eles: Vohu-Mano (Espírito do bem), Asa-Vahista (Retidão suprema), Khsathra Varya (Governo Ideal), Spenta Armaiti (Piedade sagrada), Haurvatat (Perfeição) e Ameretat (Imortalidade). Estes seres travam uma batalha dentro de cada pessoa contra o princípio do mal: Angra Mainyu, por sua vez acompanhado de entidades malignas: O Mau pensamento, a mentira, a rebelião, o mau governo, a doença e a morte.

A grande questão do bem e do mal, colocada por Zoroastro, se resolve DENTRO da mente humana. O bom pensamento cria e organiza o mundo e a sociedade, enquanto o mau pensamento faz o contrário. Esta opção é feita no dia-a-dia da pessoa e ninguém pode fazer uma opção definitiva, pois este é um processo dinâmico e progressivo.

O nome Mithra (Sol) era visto como o “Deus da Luz”. Os vedas o chamavam de Varuna e os persas de Ahura Mazda.

Zoroastro teve muitos problemas em tentar implementar a religião monoteísta, tentando se opor aos sacerdotes de Mithra e os sacrifícios sangrentos dos touros. Zoroastro foi assassinado por sacerdotes de Mithra no templo de Balkh.

Após este período, o culto a Mithra floresceu. Seu dia sagrado, o Solis Invictus, é comemorado a 25 de Dezembro, mesma data do nascimento de Hórus e celebrando a “vinda da nova luz” (claro que não existia o dia 25 de dezembro com este nome, pois o calendário gregoriano só seria inventado muitos séculos depois; a data era calculada pelas luas e pelos astros para cair no Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano).

Mithra era considerado o “Filho de Deus”; filho de Ahura Mazda, recebeu a incumbência de matar o touro primordial. Mithra nasce em uma gruta (lembram-se do que falamos nas outras colunas sobre cavernas, certo?) e o céu é sua casa. Matar o touro é o motivo principal do culto mitraico.

Isto é tão importante para compreendermos várias coisas dentro de diversas culturas que eu vou repetir: “matar o touro é o motivo principal da religião mitraica”.

E tudo isto tem a ver com Astrologia e as precessões (você assistiu Zeitgeist, certo?). Então Mithra simboliza o signo de Áries (o guerreiro) substituindo o signo de Touro nas Eras Cósmicas.

Nos rituais Mitraicos, o boi era sacrificado e imolado (queimado), e sua carne e sangue eram oferecidos aos sacerdotes como oferendas de poder. Eles também consumiam vinho e realizavam rituais sexuais, onde através do sexo e do vinho, chegavam ao êxtase, ou a comunhão com Deus.

Do culto a Mithra também surge a história do Minotauro, onde a cada ano, sete pares de jovens eram oferecidos em seu sacrifício (representando os sete pecados capitais – falaremos mais sobre isto no futuro). Teseu, o guerreiro (Áries), encontra o caminho do labirinto e mata o minotauro (touro), restaurando a paz. A lenda de Teseu é uma derivação iniciática dos cultos a Mithra.

Outro aspecto cultural derivado do Mitraismo são as touradas. Nela, o guerreiro entra em uma arena (a arena representa a Terra) e precisa derrotar em combate o touro, tal qual Mithra fez com o touro primordial. No final da batalha, o touro é imolado e servido como banquete aos sacerdotes e guerreiros da irmandade.

Na bíblia temos referência ao touro quando Moisés desce do monte Sinai com os mandamentos (Kabbalah) e depara com os sacrifícios ao bezerro de ouro. Outra referência astrológica.

Posteriormente, os Essênios e Yeshua (Jesus) substituem o touro imolado e o sangue pelo pão e vinho egípcios: o pão representando o corpo de Osíris e o vinho o sangue de Osíris (“tomai e comei todos vós; este é o meu corpo e o meu sangue que é derramado por vós” é uma oração EGIPCIA e representa o sacrifício de Osíris). Jesus, como iniciado, estava celebrando o culto ao Deus-Sol na chamada “Santa Ceia”.

Com o tempo, as pessoas passaram a preferir a eucaristia vegetariana de Yeshua ao invés do banquete carnívoro de Mithra e o ritual de culto ao Deus-Sol acabou se transformando no que chamamos hoje de Eucaristia. Embora o ritual original tenha sido modificado e sobrevivido até os dias de hoje, de uma forma ou de outra.

Os celtas também tinham o costume de fazer sacrifícios ao Deus-Sol. Mas ao invés do touro, sacrificavam o Javali, símbolo do sol. Quem já leu as aventuras de Asterix sabe que toda vitória era comemorada com um grande banquete celebrado por toda a vila, em um Ágape Fraternal. O mesmo ocorria nas legiões romanas e entre os sacerdotes Mitraicos. Note que a távola redonda (ops, eu disse “távola”… eu quis dizer “Mesa”) ao redor da fogueira forma justamente o símbolo astrológico do SOL (um círculo com um ponto central).

Outro costume de Batismo de Fogo, muito popular entre os soldados romanos de alta patente, consistia no Taubólio, o ritual de sacrifício do touro. Sobre uma forte estrutura em forma de rede de aço, era imolado um touro pelos sacrificadores e seu sangue escorria sobre o iniciado, que fica abaixo desta estrutura, nu, em uma fossa escavada no chão. Ali recebe o sangue sobre a cabeça e banha com ele todo o seu corpo. Ao sair da fossa, todos se precipitavam à sua frente, saudando-o. Após a imolação, recolhiam-se os órgãos genitais do touro (cojones), que eram cozinhados, preparados e servidos ao iniciado.

Apesar de parecer nojento, o ritual é impressionante…

As tradições Mitraicas permaneceram em Roma até o século IV, coexistindo com o Cristianismo. Em 325 DC, o Concílio de Nicéia fixou o deus “verdadeiro” e iniciou-se a queda do culto a Mithra.
Mithra é o padrinho da Igreja Católica, já que roubaram sua festa de aniversário (25 de dezembro), seu dia de celebração (as missas são celebradas no Domingo de manhã – Dia do Sol e hora do sol), o chapéu que os papas, cardeais e bispos usam chama-se Mitra e o templo maior de Mithra ficava em um lugar conhecido como Colina Vaticano, que também foi “substituído” pela Igreja principal católica.

Tertuliano presenciou as cerimônias de culto à Mithra e chamou este ritual de “Paródia Satânica da Eucaristia”, ou “Missa Negra” e muitas das histórias bizarras inventadas sobre o “satanismo” foram derivadas destes cultos. Da distorção destas festividades surgiram as famosas “missas satânicas” nas quais se “usava uma mulher nua como altar, bebia-se sangue e comia-se carne ao invés de pão e vinho, os sacerdotes vestiam-se de preto e usavam o terrível pentagrama” e por ai vai. Uma mistureba de cultos celtas, gregos e mitraicos, com um pouco de criatividade mórbida para assustar os crentes e voilá.

No Concílio de Toledo, em 447, a Igreja publicou a primeira descrição oficial do diabo, a encarnação do mal: “um ser imenso e escuro, com chifres na cabeça e patas de bode”. Claramente uma mistura de Mithra, Pan e Cernunnus.

Claro que quase todos nós prestamos homenagens a Mithra até os dias de hoje: Festividades realizadas no dia dedicado ao Sol (Domingo – Sun-day), envolvendo sacrifícios de bois imolados cuja carne e sangue são consumidos pelos sacerdotes, junto com vinho ou cerveja. A Igreja Católica chama isso de “Paródia Satânica da Eucaristia”, mas as pessoas costumam chamar estas homenagens a Mithra de “Churrasco de Domingo”.

Baphomet

(agradecimentos ao irmão Cezaretti)

Para entender a criação e a falsa associação desta figura meio homem meio bode com a Maçonaria, teremos que seguir um longo e tortuoso caminho iniciando no século XII.

Depois da Primeira Cruzada, no ano 1119 em Jerusalém, surge um pequeno grupo de militares formando uma ordem religiosa tendo como seu principal objetivo proteger os peregrinos visitantes à Palestina. Ficaram conhecidos como os Cavaleiros Templários.

Falarei muito mais sobre eles em uma série de matérias futuras, mas por enquanto, basta sabermos que, devido à necessidade de enviar dinheiro e materiais regularmente da Europa à Palestina, os Cavaleiros Templários gradualmente desenvolveram um eficiente sistema bancário que nunca existira.

Assim, levando uma vida austera com uma forte disciplina, defendendo com desinteresse as Terras Santas, recebendo doações de benfeitores agradecidos, os Templários acumularam com o passar dos anos grande riqueza. Tais poderes, militar e financeiro, os tornaram respeitados e confiáveis para a população da época.

Os Templários financiavam, através de vultosos empréstimos, muitos reis da época. Porém, por volta de 1300 os Templários sofreram diversas derrotas militares, deixando-os em uma posição vulnerável e assim, suas riquezas se tornaram objeto de ganância e ciúme para muitos.

Na época o Rei francês Felipe IV (Felipe, o Belo) estava envolvido em uma tumultuada disputa política contra o Papa Bonifácio VIII e ameaçava com a possibilidade de embargar seus impostos ao clero. Tal agressividade do Rei contra o sumo pontífice era principalmente devido à corte francesa estar falida. Então o Papa Bonifácio em 1302 editou a Bula Unam Sanctam, uma declaração máxima do papado, que condenava tal atitude. Os partidários de Felipe então aprisionaram Bonifácio que escapou pouco tempo depois, mas veio a falecer logo em seguida. Em 1305 Felipe, com uma trama política e pressão militar, obteve a eleição de um dos seus próprios partidários, inclusive amigo de infância, como Papa Clemente V e o convenceu a residir na França, onde estaria sob seu controle todo movimento eclesiástico. (Este era o começo do denominado “Cativeiro Babilônico do Papado”, de 1309 a 1377, durante o qual os Papas viveram em Avignon e sujeitos a lei francesa).

Novamente, falarei mais sobre isso quando chegar a vez de falar sobre os Templários, mas por ora, basta sabermos que o Papa estava sob o controle total do rei Felipe, o Belo.

Agora com o Papa firmemente sob seu controle Felipe voltou-se para os Cavaleiros Templários e a fortuna deles, então denunciou os Templários à Igreja por heresia e esta aceitou tal denúncia. Então em 1307, com o consentimento do Papa, Felipe ordenou uma perseguição aos Templários prendendo-os e jogando-os em calabouços, incluindo o Grão Mestre Jacques de Molay que foi acusado de sacrilégio e satanismo. Em 1312, o Papa, agora um boneco do Rei, emitiu a ordem que suprimia a ordem militar dos Templários com subseqüente confisco da riqueza por Felipe. (Os recursos ingleses dos Templários foram confiscados de forma semelhante pelo Rei Edward II da Inglaterra, sendo a maior parte desta imensa fortuna para Portugal, onde foi criada mais tarde em 1319, a Ordem de Cristo).

Claro que os Templários já sabiam das intenções de Felipe e, quando seus exércitos invadiram os castelos templários, não acharam nem uma moeda sequer do fabuloso tesouro templário, nem a arca da aliança, nem o Santo Graal, que foram enviados em 12 galeões para fora da França.

Assim, os Templários deixaram de existir daquela data em diante e muitos de seus membros, inclusive Jacques de Molay foram torturados e obrigados a se declararem “réus confessos” para uma miríade de crimes, inclusive uma lista 127 acusações e 9 subitens! Estas incluíram tais coisas como a “reunião noturna secreta”, homossexualismo (embasado no símbolo da Ordem, que é dois soldados montando o mesmo cavalo), cuspir na cruz, negar a Cristo, etc…

Entre as acusações contra os Templários havia uma que haviam produzido algum tipo de “cabeça barbuda”. O tal do Baphomet.

Existem várias teorias, inclusive seria um relicário contendo a cabeça de João Batista ou a cabeça de Cristo, a Mortalha de Turin, uma imagem de Maomé (o pai da religião islâmica) entre outras.

Após ser torturado por 7 anos, o Mestre Jacques de Molay acabou, após sua prisão, queimado vivo em praça pública com fogo brando e muitos templários foram mortos também e outros fugindo para outros países. O que vem a ser exatamente o “Baphomet” nunca foi descrito pela Inquisição, mas é fácil perceber que se trata de uma mistureba feita pela Igreja dos ritos antigos egípcios, gregos e romanos, para variar.

Mas… e aquela imagem demoníaca?

Mais de 500 anos depois dos Templários, em 1810 na França, nasce Alphonse Louis Constant, filho de um sapateiro.

Bem cedo, ainda criança, ganhou as atenções de um padre da paróquia local que providenciou para que Alphonse fosse enviado para o seminário de Saint Nichols du Chardonnet e mais tarde para Saint Sulpice estudando o catolicismo romano com o objetivo ao sacerdócio.

Mas deixou o caminho do catolicismo para se tornar um ocultista. De qualquer forma enquanto vivo seguiu o caminho esotérico e adotou o pseudônimo judeu de Eliphas Lévi, que dizia ser uma versão judaica de seu próprio nome.

O trabalho de sua vida foi escrever volumes enormes sobre Magia que incluiam comentários extensos sobre os Cavaleiros Templários e o Baphomet. De todos seus trabalhos o mais conhecido é o que contém a ilustração (o desenho é cópia do original e observe que está assinado por Eliphas Lévi) e era usado como uma fachada para o livro “A Doutrina da Alta Magia” publicado em 1855. Levi também afirmava que se a pessoa reorganizasse as letras de Baphomet invertendo-as, adquiriria uma frase latina “TEM OHP AB” que é a abreviação de “Templi Omnivm Hominum Pacis Abbas“, ou em português, “O Pai do Templo da Paz de Todos os Homens”. Uma referência ao Templo do Rei Salomão, capaz de levar a paz a todos.

A palavra “Baphomet” em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para “sabedoria”.

E o que esta imagem significa?

Na Alquimia, o uso de alegorias e imagens é muito comum para expressar idéias e conceitos. Vamos analisar com calma a figura do Baphomet:

– A imagem possui a cabeça com características de chacal, touro e bode, representando os chifres da sabedoria, virilidade e abundância. O chacal representa Anúbis (o deus-chacal) e também o “Mercúrio dos Sábios”, o Touro representa o elemento terra e o “Sal dos Filósofos” e o bode representa o Fogo e o “Enxofre fixo”. Juntos, a cabeça da imagem representa os três princípios da Alquimia.

– A tocha entre seus chifres representa a sabedoria divina e a iluminação. Tochas estão associadas ao espírito nos 4 elementos e colocadas sobre a cabeça de uma imagem representam a inspiração divina. Isso pode ser observado até os dias de hoje, em personagens de quadrinhos que, quando tem uma idéia, aparece uma lâmpada sobre suas cabeças (grande Walt Disney!).

– O conjunto dos dois chifres também representam as duas colunas na Árvore da Vida e o fogo sendo o equilíbrio entre elas. A lua branca representa a magnanimidade de Chesed (Júpiter) e a lua negra o rigor de Geburah (Marte).

– O pentagrama na testa de Baphomet representa Netzach (Vênus), o Pentagrama, o símbolo da proteção e da magia. Importante notar que ele se encontra voltado com a ponta para cima. As pernas cruzadas associadas ao cubo representam Malkuth.

– Nos braços do Baphomet estão escritos “Solve” no braço que aponta para cima e “Coagula” no braço que aponta para baixo. Solve representa “dissolver a luz astral” e coagula significa “coagular esta luz astral no plano físico”. Em outras palavras: tudo aquilo que você desejar e mentalizar no plano astral irá se manifestar no plano físico. Alguém ai assistiu ao filme “The Secret?”

– Os braços nesta posição representam o “Tudo o que está acima é igual ao que está abaixo”, ou “O microcosmo é igual ao macrocosmo”, ou “Assim na Terra como no Céu”. É a mesma posição dos braços representada no Arcano do Mago no tarot.

– a imagem possui escamas, representando o domínio sobre as águas, ou emoções.

– a imagem possui asas, representando o domínio sobre o Ar, ou a razão.

– a imagem possui patas de bode, representando seu domínio sobre a Terra, ou o material. Também representam a escalada espiritual.

– a imagem possui fogo em seus chifres, representando o domínio sobre o Fogo.

– Os seios representam a maternidade e a fertilidade, e também o hermafroditismo, simbolizando que a alma não possui sexo e que não “somos” homens ou mulheres, mas “estamos” homens ou mulheres.

– a imagem está parcialmente coberta, parcialmente vestida (atenção, irmãos e fraters), representando que o corpo não está apenas no plano material (roupas), mas por debaixo da matéria está também o espírito (parte nua). Podemos perceber isto melhor nos arcanos Estrela e Lua no tarot.

– Baphomet está sentado sobre o cubo. O cubo e o número 4 representam o Plano Material, e estar sentado sobre ele representa o domínio sobre o plano material (vide arcanos Imperador e Imperatriz no tarot).

– O falo do Baphomet é o Caduceu de Hermes, representando a Kundalini e as energias sexuais ativadas, a virilidade e todo o desenvolvimento dos chakras.

– Finalmente, a figura representa a Esfinge, aquela que guarda os portais das iniciações, pela qual os covardes não passarão. Aquele que teme uma figura por pura ignorância nunca será um iniciado.

No tarot de Marselha, podemos observar algumas destas representações. O Diabo (Arcano XV) no tarot representa as Paixões, por isso o homem e a mulher acorrentados em Malkuth (a Terra, o gado) aos pés da imagem. No tarot de Rider Waite, no século XX, o diabo já aparece com a estrela invertida, por influência da Ordo Templi Orientalis (e que para os iniciados não significa nada “satânico”… falarei sobre pentagramas invertidos na próxima coluna).

Associações mentirosas com a Maçonaria

Para analisarmos como esta figura foi parar nas mãos dos ignorantes evangélicos e católicos, precisamos explicar quem foi Leo Taxil (seu verdadeiro nome era Gabriel Antoine Jogand Pagès).

Taxil havia sido iniciado na Maçonaria, mas fora expulso ainda como aprendiz. Por vingança, acabou por inventar uma ordem maçônica “altamente secreta” chamada Palladium (que só existia na imaginação fértil de Taxil) supostamente comandada por Albert Pike (o Grão Mestre da Maçonaria na época). Seu objetivo, então, era revelar à sociedade tal misteriosa e maléfica Ordem.

Ficou famoso com isso e ganhou uma audiência com o Papa em 1887. Assim, a Igreja Católica alegremente patrocinou e financiou a campanha de Taxil, inclusive a edição de seus livros.

Albert Pike (1809-1891) era um Brigadeiro General da Confederação na Guerra Civil Americana que, quase sozinho, foi responsável pela criação da forma moderna do Rito Escocês Antigo e Aceito. Abastado, literato e detentor de uma extensa biblioteca, foi o Líder Supremo da Ordem de 1859 até à data da sua morte em 1891, tendo escrito diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso “Moral e Dogma”.

O panfleto de lançamento do livro de Taxil pode-se ver Baphomet com algumas modificações e um avental maçônico cobrindo o falo. O livro “Os Mistérios da Franco Maçonaria” (lado esquerdo) descreve um grupo de maçons endiabrados que dançam ao redor do Baphomet puxado por um ex-padre, nada mais nada menos, que o famoso e falecido “Pai do Baphomet”, Eliphas Lévi (falecido em 1875). Leo Taxil ganhou muito dinheiro, inclusive do Vaticano, enganado todo tipo de crédulos.

Finalmente, em 19 de abril de 1897 em um salão de leitura, Taxil iria apresentar uma tal senhorita Vaughan, que na verdade nunca existiu, renunciando a Satã e convertendo-se ao catolicismo. A igreja ansiosamente aguardou tal apresentação. Na data o salão lotou de pessoas do clero católico, maçons e jornalistas. Depois de um palavreado enorme, cheio de volteios, Taxil então finalmente revelou que nada tinha a revelar, porque nunca havia existido tal “Ordem Palladium”. Foi um tumulto imenso. De fato, Gabriel Jogand tinha fabricado a história inteira como uma farsa monumental às custas da igreja. No final, foi chamada a polícia para os ânimos fossem controlados e tudo não acabasse em uma imensa briga e quebra-quebra. (Para ler a A Conferência de Leo Taxil na íntegra, clique AQUI). Taxil morreu dez anos depois, em 1907, com 53 anos.

Em suma, Baphomet nasceu de uma lenda dos Templários, ganhou forma nas mãos de Eliphas Leví e foi associado à Maçonaria por Leo Taxil.

E daqui, o resto é história. A fraude, apesar de ter sido revelada por seu criador, continua e é aceita como “verdade absoluta e incontestável” por novas gerações de religiosos ignorantes (ou de má-fé).

A Maçonaria é difamada por uma acusação absurda e também por aqueles que pensam ser religiosos corretos e acabam por perpetuar uma mentira inconscientemente.

#ICAR

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/zaratustra-mithra-e-baphomet-parte-iii

O que são Sigilos Pessoais?

Eu já havia postado este texto anteriormente, mas como estamos com muitos leitores novos e boa parte deles não sabe sobre a hospitalaria ou sobre o que são e para que servem os sigilos, resolvi repostar este texto.

No mundo profano, as pessoas utilizam um instrumento chamado Assinatura para marcarem documentos e outros papéis importantes com um símbolo que é reconhecido como sendo seu. Contratos, cheques, documentos, certidões e diplomas só são reconhecidos se estiverem assinados, e muitas vezes esta assinatura precisa ter a Firma reconhecida para ter validade.

No Plano Astral existe algo semelhante.

O Uso de Sigilos sempre existiu. Desde os menores elementais aos maiores e mais poderosos anjos e demônios, todos os magos, iniciados, adeptos e leigos, todos os construtos e entidades astrais… todos os seres conscientes possuem a sua marca pessoal astral.

A Goécia

Desde a Antiguidade, magistas utilizam-se destes sigilos para evocar e invocar estes seres. Os mais famosos de todos os sigilos são, sem dúvida, os sigilos conhecidos como Goécios, usados na Idade Média (e nos dias de hoje) para conjurar demônios que servem (ou dominam) os magistas que os evocam.

Estes sigilos de cada um dos 72 demônios deve ser traçado no círculo que será usado na conjuração. É uma maneira de se chamar a entidade para manifestar-se naquele tempo-espaço. O mesmo ocorre com os Anjos Cabalísticos, através das fórmulas enochianas.

Estes círculos de conjuração são chamados de Sigilos (do latim Sigillum, que significa “Selo”). Além das entidades, existem sigilos planetários, astrológicos, alquímicos e cabalísticos. Cada um deles é utilizado para trazer estas energias para o magista.

Os Símbolos

Cada tipo de entidade possui suas particularidades de acordo com aspectos culturais, temporais e sua função. No desenho ao lado, pode-se perceber três tipos de círculos de Invocação:

O primeiro data de aproximadamente 700 DC, e era utilizado por magos islâmicos para invocar os poderosos Djinns, ou os famosos “Gênios da Lâmpada” das lendas. Criaturas capazes de conceder desejos ou causarem grandes problemas.

O segundo é um sigilo goécio, que serve para a evocação de Murmur (Murmux ou Murmus, dependendo para quem você pergunta), um dos 72 demônios da Goécia. A versão ao lado é a de Matthers, de 1904).

O terceiro é o Ponto Riscado de um Exu Capa Preta, utilizado na Umbanda e no Candomblé.

Estes círculos pertencem a entidades diferentes, mas podemos reparar em seus traços, na maneira como são dispostos e nos elementos utilizados (pontas, luas, tridentes, circulos, cruzes), que estas imagens possuem muitas características comuns.

O Sigilo Pessoal

Assim como estas entidades, todos nós também possuímos nossas assinaturas astrais, que é a maneira pela qual estas entidades nos reconhecem. Desenhar um sigilo pessoal é uma tarefa complexa, que deve ser feita somente por alguém que você confie muito dentro da magia. Carregar com você um sigilo errado é tão útil quanto andar por aí com uma chave que não encaixa em lugar nenhum…

Em primeiro lugar, você precisa que um rabino de sua confiança escreva seu nome em hebraico. Em seguida, faz a sigilização de acordo com o método enochiano e, finalmente, alinha os traços do sigilo de acordo com a sua carta natal. Cada sigilo pessoal é único.

Usos do Sigilo Pessoal

Assim como a sua assinatura, o Sigilo Pessoal é utilizado pelo mago para personificar todos os seus objetos mágicos, ferramentas e aparelhos, além de reforçar todo e qualquer tipo de ritual, especialmente se traçados dentro de Círculos de Proteção, do Ritual Menor do Pentagrama, Ritual Maior do Pentagrama, Ritual do Hexagrama, Ritual Rubi Estrela ou Ritual Estrela Safira (O RMP eu vou ensinar aqui na coluna. Os outros eu não posso, mas vocês são espertos e sabem usar o google). Também pode ser traçado dentro da Cruz Cabalística, na cera de velas usadas em rituais ou usado em anéis ou selos.

Ao lado temos um exemplo de amuleto de proteção com sigilo pessoal traçado.

#Kabbalah #MagiaPrática

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-que-s%C3%A3o-sigilos-pessoais

O Novo Signo do Zodíaco… NOT!

De tempos em tempos aparece na Grande Mídia algum espertalhão esquisotérico ou astrônomo completamente leigo para falar algum absurdo sobre o que eles imaginam que seja a Astrologia. A bola da vez são uns astrônomos do Planetário de Minnesota, nos EUA, que afirmam que, por causa da atração gravitacional que a Lua exerce sobre a Terra, o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês.

“Quando [os astrólogos] dizem que o sol está em Peixes, não está realmente em Peixes”, disse Parke Kunkle, um dos integrantes do Minnesota Planetarium Society à revista “Time”. O signo astrológico é determinado pela posição do sol no dia em que a pessoa nasceu, o que significa que, de acordo com os astrônomos, tudo o que se sabia sobre horóscopo está errado“… Uma grande imbecilidade que tem sido repetida por céticos e esquisotéricos.

A imagem abaixo mostra o que os esquisotéricos, “Astrólogos do Braziu”, céticos e pseudo-céticos pensam que a astrologia é… um conjunto de 12 caixinhas fechadas onde se uma pessoa nasce às 23h59 de um dia é do “signo” de Áries e se nascer as 00h00 será do signo de Touro. Uma completa besteira; a Natureza não usa relógio. Mas, entendendo o que eles acreditam que seja a Astrologia, a afirmação dos astrônomos poderia até fazer algum sentido… afinal, se “apareceu outro signo na passagem do sol pelas estrelas, então deve ter aparecido outro signo no zodíaco”… Como diriam Pen and Teller… Bullshit!

A Segunda imagem mostra a divisão das energias da maneira como elas poderiam ser representadas em um aspecto cromático. Os “signos” nada mais são do que as imagens simbólicas e arquetipais que os povos antigos escolheram para representar este fluxo energético através do astro que lhes era mais acessível: o Sol.

A Astrologia Hermética, ou Científica (aquela que é estudada na Maçonaria, na Rosacruz e em Ordens Iniciáticas), não tem nem nunca teve nada a ver com Estrelas e Constelações. Os Planetas não “influenciam” nada; eles apenas servem como ponteiros para que possamos observar os efeitos destas energias.

Planetas não influenciam as pessoas, da mesma maneira que os ponteiros do seu relógio não fabricam as horas, eles apenas as MOSTRAM. Não existem “emanações planetárias”: O médico que faz o parto exerce mais influencia gravitacional sobre a criança na hora do nascimento do que a Lua ou Marte…

O que são as Astrologias?

Fazendo uma analogia com o Tempo, as diversas “astrologias” nada mais são do que diferentes designs de “relógios” adaptados aos costumes e ao tempo de cada cultura. Em umas culturas chamam de “touro”, em outras de “elefante”, em outras de “moedas”, mas signos são apenas SÍMBOLOS… da mesma maneira que escolhemos arbitrariamente medir as horas em nossos relógios a partir de Greenwich. Se o seu relógio está desregulado ou se adiantamos uma hora no horário de verão, ou mesmo se girarmos aquele anel que marca os minutos para frente ou para trás, isso NÂO MUDA o tempo real.

Assim como o Tempo, que é uma dimensão abstrata, precisa de um veículo para que possamos medí-lo, as emanações astrais (ou Luz Astral, como Eliphas Levi a chamou) às quais o Sistema Solar está submetido também precisam de uma representação concreta para ser compreendida pelos menos eruditos. Podemos observar os resultados práticos disto nas personalidades e vocações das pessoas (a combinação das reverberações destas energias nas DEZ Esferas de consciência de cada ser humano do planeta).

Desta forma, o que chamamos de “Mapa Astral” (o completo com os dez planetas/ponteiros… ESQUEÇA de uma vez por todas aquela maluquice de horóscopo de jornal e signos solares, pelo amor de Zeus) nada mais é do que os parâmetros de configuração de software de nossa biomáquina (nosso corpo físico e cérebro de carne), que é o veículo da nossa Vontade enquanto Pensamentos Encarnados no Plano Físico. Ele é um “manual de instruções” das configurações que você mesmo escolheu antes de encarnar, usando o seu livre arbítrio, para facilitar a realização do que quer que você tenha se proposto a fazer aqui.

Parece complexo? Isso porque você sabe o que é hardware e software… agora tenta explicar isso para alguém nascido no século XIX… mesmo gênios como Isaac Newton, Fernando Pessoa, Carl Jung e Aleister Crowley passaram décadas estudando a Astrologia Hermética e apenas conseguiam corresponder os efeitos e os ponteiros do relógio, mas faltava a eles o conhecimento de psicologia, a facilidade de cálculos astronômicos que temos hoje com computadores e o contato com as entidades do Plano Astral, que utilizam-se destas energias de maneira prática e ativa em seus trabalhos. Como toda ciência, a astrologia avançou muito nestas últimas décadas… pena que céticos e esquisotéricos ainda se apeguem a textos de dois séculos atrás.

Mas como a natureza não dá saltos, temos que cada intervalo entre dois signos possui também sua própria energia, que combina atributos destas duas energias. Basta dividir e arredontar… No Esoterismo, isto está representado pelos ARCANOS DA CORTE DO TAROT (Rei, Rainha e Cavaleiro dos 4 Naipes, totalizando 12 combinações). Ofiúco é o Rei de Bastões, a energia que possui as características mescladas de Escorpião e Sagitário… ficou famoso porque Nostradamus possuía alguns planetas nessa configuração e escreveu sobre eles e, como tudo o que Nostradamus escreve os esquisotéricos adoram, temos essa polêmica do 13o signo desde o século XVI… Eu até achei estranho que não falaram nada sobre Baleia (Cetus) que é uma Constelação que apareceu entre Peixes e Áries por um tempo…

No Oriente, são 64 divisões, chamadas Hexagramas, mas representam as mesmas energias psicológicas, mentais e astrais, divididas em outras proporções. Ou na Babilônia, os chamados 88 Anjos Enochianos, que trabalham as mesmas energias. Enquanto místicos de orkut e pseudo-cético ficam brigando para saber se eles são “seres de verdade” ou “amigos imaginários”, os Ocultistas sempre souberam que estas imagens são SÍMBOLOS de energias que nos permeiam astralmente.

E as Constelações? Onde os Astrônomos enfiam?

Constelações são apenas pontos luminosos usados como referência para estes ponteiros pelos Antigos. Os egipcios faziam outras divisões de períodos de tempo e atribuíam deuses a elas… deuses com características Mistas dos dois “signos” que faziam parte. Mas podemos dividir estas partes em quantas quisermos… se optarmos por 36 partes de 10 graus cada, teremos o que os astrólogos chamam de DECANATOS.

Se dividirmos estes decanatos por 2, chegando a 72 partes de 5 graus cada, chegaremos ao que os judeus chamavam de NOMES DE DEUS ou, se antropomorfizarmos estas energias, transformando-as em qualidades e atributos, teremos os 72 Anjos Cabalísticos (voce não achou que eu postei 3 matérias sobre Anjos Cabalísticos à toa, achou?)… fazendo os cálculos matemáticos de em que posição está cada Planeta, temos a origem dos tai “Anjos Protetores de cada dia” que os esquisotéricos adoram (o que também é um arredondamento, visto que são 365 dias e 72 anjos… então cada “anjo” não rege um dia, mas sim um período de tempo).

Desta maneira, podemos dividir as estrelinhas do céu em quantas combinações quisermos… as 12 constelações do zódiaco eram agrupamentos de estrelas que estavam alinhadas com os estratos de 30 graus quando as primeiras observações surgiram. Hoje, se quiséssemos mesmo ser corretos, teríamos de dividir o céu novamente nestes estratos, recolocar as estrelas que estivessem dentro destas faixas e renomeá-las para atributos mais modernos, organizando-as a partir dos Solstícios e Equinócios, que são os pontos utilizados para definir estas divisões.

Se os esquisotéricos e os céticos querem incluir Ofiúco, tudo bem… então vamos fazer do jeito certo e trabalhar com as VINTE QUATRO energias usadas no Hermetismo… só que ai vamos fazer TUDO direito e trabalhar também com as DEZ Sephiroth, não apenas o Sol…

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-novo-signo-do-zod%C3%ADaco-not

Física Quântica, Chakras,Plano Astral 1 ½

chikung

Acho que tem gente que precisava ler primeiro a coluna do Mori sobre argumentar a respeito de algo que não leu. De onde vocês tiraram que o post anterior tinha alguma coisa a ver com religião? Vocês estão confundindo Religiosidade (o ato de “religare”, de se unir ao seu Eu divino e interior), com Religião, o ópio do povo. É claro que a religião quer tomar para si estas duas palavras como se fossem sinônimos, mas elas NÃO são sinônimos de maneira nenhuma!

Planos vibratórios invisíveis, plano astral, mental, reencarnação… isso são leis naturais que regem nosso universo causal e acausal e não faz a menor diferença se você acredita nelas ou não para que elas funcionem e atuem sobre você. É como a lei da gravidade. Não acreditar ou não ter conhecimento dela não vai fazer com que você saia por ai voando…

Religiosidade implica em buscar o seu EU superior, em buscar conceitos éticos, morais e íntegros para si mesmo e aplicá-los na sua vida… implica em se conectar com sua própria divindade, este ser superior que habita dentro de você mesmo, implica em buscar o autoconhecimento. Não tem nada a ver com rezar ou acender velinhas.

Posso dar como exemplo um amigo cético e blogueiro chamado Douglas Donin, que é ateu até a raiz dos cabelos. Sempre que eu viajo pra Porto Alegre a gente conversa e eu nunca consegui convencê-lo de um “a” sobre deuses, astrologia ou o que quer que fosse, mas ele é uma das pessoas mais íntegras, honradas e éticas que eu conheço, que está sempre buscando o autoconhecimento, da maneira dele, que é diferente da minha. Neste ponto, ele é MUITO mais religioso do que qualquer crente que acha que rezando dez Ave Marias vai comprar sua passagem para os céus…

Meneghetti, Tácio Zemel, abc, deathbotelho, Terugo – Sobre freqüências musicais e subir as oitavas. Bem, eu falarei sobre a relação da música com os chakras na próxima coluna, mas basicamente, você acertou. Como dissemos na coluna anterior, as freqüências se harmonizam de acordo com o seu estado de consciência. Cada tipo de tom e cada tipo de batida produzem vibrações que ressoam com as vibrações dos estados de consciência emocional e mental de cada pessoa (vou dar exemplos na coluna também).

Desta forma, pode-se perceber claramente que o nível de evolução espiritual de uma pessoa ou grupo está ligado diretamente ao tipo de música que escuta e se “sente bem”. Eu poderia dar exemplos mas acho que o povo politicamente correto não iria gostar, então cada leitor que use da sua imaginação e suas experiências pessoais para fazer as associações que desejar.

A diferença de opiniões sobre se a mediunidade era um dom ou se poderia ser despertada foi uma das maiores razões da separação do prof. Waldo Vieira do Chico Xavier. Waldo acreditava em uma espiritualidade laica, dissociada de qualquer princípio religioso, e que as pessoas poderiam aprender e treinar, ao contrário de Chico que acreditava em uma conexão de espiritualidade com religiosidade e dons (no sentido que eu expliquei acima).

Existem muitos exercícios práticos para despertar a consciência neste SITE. O Wagner Borges foi um dos alunos do Waldo Vieira e é um dos estudiosos mais sérios dentro deste campo aqui no Brasil.

Zatraz, Alex, Cristian, PH – Sobre o “não fornecer provas”. Cerca de dezenas de milhares de experimentos realizados e documentados em todo o mundo pelos kardecistas, espiritualistas, os 40 anos de documentação do IIPC e do IIPB não contam, porque não interessam? Desde que Kardec começou a examinar os fenômenos de comunicação interdimensionais em 1857 (e antes dele Blavatsky, e antes dela muitos outros, recuando até a comunicação dos xamãs com seus “espíritos ancestrais”). Provas e demonstrações existem… toneladas delas.

Aliás, isso me lembrou justamente uma conversa que eu estava tendo com o oitobits ontem. Ele sugeriu de chamar o Kentaro Mori, parceiro colunista do S&H, para assistir uma demonstração de chi-kung para “provar” que chakras existem e que a manipulação de energias através da mente é capaz de canalizar estas freqüências de outras dimensões mais sutis para o plano material, a ponto de entortar uma lança ou barras de aço. Eu imagino que o Kentaro até deva ser interessado nestas demonstrações, porque já colocou uma delas no CETICISMO ABERTO… então seria legal ir com ele e deixa-lo comprar as barras de aço no lugar que ele quiser, deixá-lo preparar quantas câmeras quisesse no ângulo que quisesse, escolher o local da demonstração, apalpar minha garganta para ver que o ponto da garganta escolhido é bem “molinho” (aquele ponto três dedos abaixo do pomo de adão, onde os médicos gostam de fazer traqueostomia justamente porque é o mais fino possível), posso fazer a demonstração sem camisa e na frente de quantas testemunhas ele quisesse. E se não estivesse satisfeito, conheço pelo menos 6 outros atletas que fazem coisas até mais impressionantes do que eu.

Pois bem… para mim seria fácil, já que, ao contrário do Ademar Gevaerd, eu não dependo de homenzinhos verdes para provar meus pontos.. mas… e daí? O que eu conseguiria com isso? Ele colocaria no site do ceticismo algo assim: “impressionante, mas inexplicável. Sorry”. E ainda apareceria um ignorante lá pra falar “muito provável que o cabo de suspensão esteja na sua mão esquerda”.

E mesmo que ele ficasse completamente convencido e escrevesse mil maravilhas no site, em cinco minutos apareceria outro cético falando: “Kentaro Mori não é otoridade para definir o que é entortar barras de aço na garganta ou não”. Ou seja, todo o trabalho teria sido uma completa perda de tempo e não tenho como “vencer” ou “provar” nada… exceto, talvez, para o próprio Mori (embora ele me pareça gente-boa… eu faria uma demonstração numa boa, sem nenhum clima de “desafio”). Só que eu teria aberto os olhos de UMA pessoa e para UM aspecto do ocultismo… O mesmo teria de ser feito para tarot, astrologia, projeção astral, telepatia, levitação, clarividência, etc etc etc… teria de entrar em contato com as pessoas que fazem as coisas “sobrenaturais”, convencê-las a fazer uma demonstração e teria de pegar pela mãozinha cada cético que me aparecer para “provar” alguma coisa pra ele… HAUAHAUAH fala sério, né?

Como eu disse no primeiro post da coluna… cada leitor é livre para acreditar no que quiser dos textos e não acreditar no que não quiser… fiquem à vontade.

Lucas – sobre não ser capaz de enxergar estes outros planos me lembra dos NEUTRINOS. Até este ano, elas são partículas consideradas “sem massa” porque os equipamentos dos cientistas não são capazes de medir esta grandeza. O que não significa que eles não existam. Eles foram matematicamente teorizados em 1930, mas demoraram outros 26 anos até conseguirem inventar um equipamento capaz de detectá-los e até hoje não conseguiram pesá-lo.

Matematicamente, os cientistas ortodoxos já calcularam a existência de múltiplas dimensões… quem sabe daqui 26 anos exista uma máquina capaz de detectar estas freqüências?

Igor Pereira – Não… infelizmente nunca li nada que considerasse sério a respeito. O povo não acredita nem nas pirâmides da Terra, você quer que eu fale sobre as de Marte?

X, Danilo – Sim, são. Boa parte dos livros que eu recomendo nas colunas foram traduzidos para o português por eles. O site deles é este AQUI. Aliás, aproveitando a deixa, muita gente pergunta sobre Maçonaria. Saiu um livro editado pelo Grande Secretário de Cultura Maçônica, Wagner Veneziani, chamado MAÇONARIA – ESCOLA DE MISTÉRIOS. Ele aprofunda MUITO do que eu escrevo e escreverei nesta coluna a respeito das ligações das ordens templárias com os ritos egípcios e gregos.

Fabiano, Santiago – 2012? Já está logo ai… pra que ficar especulando? É só esperar mais um pouco que vocês descobrem. Apesar de ter lido muito sobre isso, não me convenci ainda de nada do que já li, então não devo falar sobre isso nesta coluna. A menos que encontre alguma fonte que considere realmente confiável no futuro (antes de 2012, claro!)

Matheus – Cara, não conheço não. Dei uma olhada no google e cheguei nestes dois sites: Um sobre o Hendrik Casimir e outro sobre o Efeito Casimir. Talvez alguns dos físicos de plantão possa falar alguma coisa sobre ele. Dependendo como for, conseguimos até a ficha criminal dele pra você.

Owl, Cristian, Pedro Marques, Luis Fernando – Sobre o I-dozer e drogas “destruindo” nosso cérebro. Cara… eu experimentei vários dos sons e os dois únicos que achei que valeram a pena foram o “alpha” e o “lucid dream”. Elas realmente ajudaram a entrar nestes estados de relaxamento. O “marijuana” é relaxante também, mas bem meia-boca. Quanto às outras… bem… não chegam nem aos pés dos produtos originais (e este é um assunto que foi tão deturpado e tem tanta mentira contada pelas otoridades que eu nem quero começar uma polêmica hoje… mas pode ter certeza que um dia conversaremos sobre porque as DROGAS são ilegais).

Guilherme – Por causa das Oitavas. Uma pessoa com Mercúrio em Touro possui uma maneira de pensar voltada para o “acumular bens”. Ele pode ser tanto um grande administrador quanto um pão-duro miserável (ou ambos). O “como” ele vai desenvolver esta energia depende do seu grau evolutivo e do livre arbítrio de cada um. Agora se você multiplicar estas possibilidades de oitavas pelos planetas, ascendente e meio-do-céu, vai ver que é normal gêmeos serem diferentes em vários aspectos (e parecidos em outros) dentro do mesmo mapa astral.

Teddy – Eu concordo com você… acho que um Vidente Jucelino, um Walter Mercado, um João Bidu, uma Mãe Dinah e um John Edwards causam mais estragos aos ocultistas do que quinhentos pastores evangélicos e quinhentos céticos juntos.

Ahoyhoy – Cara, o gado dificilmente chegaria a uma coluna como a minha no Sedentário… ia fugir só de ler o título da coluna… “Astral? Que baboseira… isso não existe!”. Só se caísse sem querer procurando pelas coisas realmente importantes da vida deles, como fotos de mulheres peladas, mp3 de funk ou pagode, ficha de inscrição para algum programa de auditório, resultado de partida de futebol, sinopse dos próximos capítulos da novela ou fofocas de celebridades.

Lucas Leite – sensacional o texto. Vou falar disso esta semana, mas vale a pena dar uma adiantada e ler este texto sobre MÚSICA e “mensagens subliminares”.

a.com – Sim, o livro “O segredo” trata de Leis físicas reais muito usadas na magia, embora eu não tenha curtido o clima de “autoajuda” do filme, e acabou ficando muito voltado pra parte material da vida. Estas leis da afinidade normalmente são usadas para coisas mais nobres. Gandhi dizia “O Mundo pode prover para a necessidade de todos, mas não para a ganância de todos”. Do jeito que ficou, induz a pessoa a pedir ao cósmico muito mais do que necessita realmente e, com isso, certamente não será atendida. Mas se você usar a lei de atração para coisas realmente importantes e éticas, pode ter certeza absoluta que funcionará.

Rafael – desatualização dos signos? Não achei essa pergunta. Posta de novo, please.

Bruno Ferreira, Joanero, Eder Surek – Sonhos e o Astral. O maior problema para quem não tem a mente treinada é ter a lembrança do que ocorreu com o corpo mental/astral durante o sono. Por exemplo, você pode ter trabalhado no astral em um projeto X no período de sono durante uma semana inteira e não se lembrar de nada todas as noites, mas no último dia suas sinapses “conectam” e então você tem um “sonho” onde se recorda que fez um projeto X (como se o trabalho que realizou durante toda a semana fosse apenas UM sonho de uma noite).

O que você LEMBRA do sonho não é exatamente o que você fez enquanto estava fora do corpo (se você não tiver treinamento e disciplina mental), é apenas a conexão que o seu corpo físico acompanhou quando você fez a “reentrada” no corpo material.

Por esta razão, é possível “sonhar” com pessoas que estejam acordadas no período em que você está dormindo. Quando for falar de egrégoras fica mais fácil de explicar como funciona o “sonhei com fulano e ele sonhou comigo também no mesmo dia”. Isto ocorre com muito mais freqüência em iniciados trabalhando no astral sob uma egrégora de proteção do que com “pessoas comuns”.

Tarcizo – Claro que vou falar de xamanismo… não tem como falar de druidismo e celtas sem explicar Xamanismo primeiro… hehehe. É um dos problemas da coluna… o mundo está TODO interligado… história, artes, religiões, ordens ocultas… é impossível falar de uma ciência oculta sem englobar todos os demais aspectos e explicar alguma coisa “inexplicável”.

Rodrigo – Dante Aliguieri é um dos meus poetas favoritos. Aquele local chama-se “Baixo Umbral” e é algo bem real (eu disse REAL, não MATERIAL e nem FÌSICO). Mas para comentar sobre isto seria necessário explicar muita coisa sobre freqüências altas e baixas, padrões de vibração semelhantes, planos mais densos e outras, senão abro brecha para aparecer algum cético imbecil pra falar “o DD acredita que o Inferno é de verdade, que absurdo!” ou piadinhas sobre “alto astral e baixo astral” como esses termos que os profanos sem conhecimento usam por aí e não fazem a menor idéia do que significa.

Claro que há uma segunda maneira. Os grandes artistas e Mestres ocultistas sempre deixam “pistas” para quem sabe interpretá-las. Claro que eu não posso comentar nada sobre isso, mas eu tenho uma maneira de explicar para vocês como isto funciona sem revelar nada. Vamos imaginar, por alegoria, que os fãs de Star Wars fossem uma ordem secreta nos moldes dos Templários e que todos os gestos, emblemas e insígnias, frases e nomes dos filmes fossem secretos. E se alguém da inquisição pegasse um fã do Star Wars o mandaria para a fogueira.

Agora vamos supor que você encontrasse um quadro chamado “Et in Arcadia Ego” e ele tivesse quatro pastores e dois destes pastores estivessem pintados com a cara do Han Solo e da princesa Leia (com o Han solo fazendo o sinal dos vulcanos com os dedos só pra mostrar que o pintor também conhecia a Ordem Star Trek), um símbolo da Rebelião escondido nas árvores e as palavras na lápide formassem um anagrama pra “Han shoot first”, como por exemplo “Starfish oh not” e usassem como símbolo um cálice… ops… um peixe com uma estrela (starfish) para indicar esta verdade que foi escondida 2000 anos atrás quando a Grande Igreja de George Lucas determinou em sua versão “remixada” que o Greedo era uma prostituta que atirou primeiro.

E se este quadro contivesse instruções em código para localizar o esconderijo onde estariam escondidos rolos de filmes com a versão original de Star Wars, provando que Han Solo atirou primeiro?

Se daqui 100 anos todas as cópias da versão original da Trilogia Sagrada forem queimadas e só sobrassem as versões remixadas, a verdade vai ficar escondida dentro das Ordens Secretas, e o quadro “Et in Arcádia Ego” pode ficar pendurado no Louvre debaixo dos narizes dos profanos que eles não vão saber a verdade… mas um iniciado em Star Wars que olhe para o quadro vai reconhecer na hora o símbolo da Rebelião… e um iniciado nas DUAS ordens vai reconhecer o sinal vulcano e entender as chaves que conduzem ao local onde o filme está escondido.

“First, they ignore.

Then they laugh at you.

Then they fight you.

Then you win.”

– Mahatma Gandhi

#Pessoal

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/f%C3%ADsica-qu%C3%A2ntica-chakras-plano-astral-1

A Constante de Boltzman, Chakras e a Física Quântica

Na semana passada, aprendemos que matéria é energia e que o que chamamos de “realidade” na verdade é apenas o que conseguimos compreender em um universo de 3 dimensões físicas e 1 temporal da projeção de vibrações de múltiplas dimensões, cuja maioria nossos cientistas ainda não conseguem mesurar.

Neste texto, vamos tentar explicar alguns destes planos. Para isto, temos de recorrer à sabedoria dos antigos hindus, que já conheciam estes planos de consciência em 5.000 AC.

O ser humano, os demais seres e tudo quanto existe são constituídos de uma infinidade de combinações de matéria-energia, de todos os graus de densidade e complexidade. Cada uma dessas combinações ou graus de matéria-energia representam um nível particular da “Consciência-Energia” em escala cósmica, presente em toda manifestação universal.

A tradição oriental fornece uma visão ordenada e simplificada deste fato, apresentando os diversos níveis de consciência estratificados em camadas. Dessa forma, situa-se o plano mais denso (o físico-material-sólido) em um extremo da escala, caracterizado pela máxima diferenciação de formas, densidade e Ignorância (imersão da Consciência na Matéria) e, no outro extremo, o plano divino, o plano da unidade, caracterizado pela máxima sutilização da matéria-energia, indistinção de formas e máxima plenitude de Ser (emersão da Consciência na Matéria).

Do nível mais denso, diferenciado, para o mais sutil, temos:

Embora todos os fenômenos envolvam processos simultâneos nos diversos planos ou níveis de matéria-energia, cada plano pode ser visto como possuidor de um determinado conjunto de leis ou princípios de operação envolvendo em “seu espaço” todas as realidades energéticas desse plano.

Ok… ok… eu sei que compliquei agora. Estou pensando em como explicar isto sem simplificar demais (para não parecer que estou tirando da cartola estas informações) e ao mesmo tempo sem falar grego (ou hindu).

Tentando em uma linguagem mais simples… é a mesma coisa que dizer que existem 7 planos físicos dimensionais sobrepostos, como “layers” em uma imagem de photoshop, cada um mais sutil que o anterior. E quando se mexe em uma delas acaba afetando a imagem nas outras camadas.

E o homem está imerso nestas sete dimensões. Diz-se, portanto, que o homem possui 7 corpos correspondentes aos respectivos planos de consciência/energia. A Personalidade do homem (“eu inferior” ou EGO) é constituída pelas energias dos planos físico, duplo-etérico (onde ficam os chakras, que fazem a ligação entre o físico e o astral), o vital (ou astral) e mental inferior. Em contrapartida, os planos mental superior, intuicional (ou búdico) e espiritual (ou átmico) fornecem as energias e materiais constitutivos da Tríade Espiritual (que chamaremos “eu superior” ).

As bonecas russas chamadas MATRIOSKA possuíam tradicionalmente 7 “corpos” e eram originalmente utilizadas para explicar este conceito nas Escolas de ocultismo, antes de se tornar um brinquedo popular na Rússia.

Esta parte é mais complicada, porque cada tradição dá nomes diferentes e divide estes corpos agrupando-os de maneira ligeiramente diferente. Para facilitar a compreensão pelos espíritas que acompanham a coluna, o “corpo físico” engloba o físico e o mental inferior (o mental objetivo); entre o físico e o astral temos os chakras fazendo a conexão entre eles e em seguida o “perispírito” (que inclui o astral, conectado ao físico pelo “cordão de prata”) e finalmente o “espírito” (que inclui o mental superior, intuicional e átmico).

Para não me alongar demais, deixo este LINK da teosofia que é bem completo (e complexo) para quem quiser se aprofundar mais no

conceito dos sete corpos

Ok. Até aqui eu entendi… São sete corpos sobrepostos. E daí?

De cara, isto explica facilmente algo “inexplicável” que o Mori mencionou na coluna dele desta semana: Quando alguém decide realizar algum movimento, o seu EU (Atmã) toma uma decisão, esta decisão é passada para seus sentidos subjetivos, depois para seus sentidos objetivos e em seguida para o corpo físico que você está pilotando. E, pelas medidas, a passagem da consciência objetiva (detectada pelos instrumentos) para o corpo físico demora entre 200 a 350 ms. É o caso de uma experiência científica comprovando algo ocultista que ainda não pode ser detectado pelos instrumentos atuais. Claro… isso não prova o que estou dizendo, mas demonstra que EXISTE algo que causa este atraso. E como eu disse anteriormente, é uma questão de tempo até os cientistas ortodoxos descobrirem o que os ocultistas conhecem há séculos.

Projetando seus pensamentos

Da mesma forma que se você soltar uma caneta ela cai no chão, se você parar de pensar nesta maçã, ela deixa de receber seus estímulos e, com o tempo, esta forma-pensamento se dissolverá sozinha no plano mental. Se você colocar emoção neste exercício, a maçã permanecerá por mais tempo e com maior intensidade. Fazendo uma junção do mental com o emocional, conseguiremos trazer esta projeção do plano mental para o plano astral sem grandes dificuldades. Basta colocar “sentimento” na sua visualização. Ok, o exemplo da maçã é simples, mas entender a relação entre emoção e visualização será necessário quando explicarmos qual a razão dos famosos “sacrifícios” na magia negra ou do “ectoplasma” que faz com que entidades do astral possam ser vistas no físico, poltergeists, de “círculos de proteção”, da THELEMA (vontade) e todas as coisas que envolvem passagens de matéria-energia de um plano vibratório para o outro.

O grande mago Aleister Crowley dizia que “a magia é a soma da imaginação com a vontade”. Mais para a frente veremos como ele estava certo.

O ruído mental e a concentração

Pois bem… quando você “pensa que está pensando”, a voz que ecoa na sua mente nada mais é do que uma projeção dos seus pensamentos reais (do seu EU superior) entrando em ressonância com o seu corpo físico (seu cérebro de carne, cheio de SINAPSES que fazem esta conexão entre o plano mental e o físico). Apesar do seu corpo mental subjetivo e do seu Atmã possuírem todo o conhecimento acumulado de todas as suas vidas passadas, a conexão entre o seu corpo superior e o EGO (corpo inferior) é falha e está rompida desde a “queda”.

[não vou falar sobre isto agora, mas para vocês meditarem um pouco… nosso corpo inferior e nosso corpo superior estão atualmente separados. A origem da palavra “religião” vem do latim “Religare”, que é o ato de reconectar o nosso “eu inferior” ou mundano com o nosso “eu superior”, devolvendo ao ser humano a essência divina que todos possuímos e que perdemos um dia – como vocês podem deduzir, religiosidade não tem NADA a ver com ficar rezando e obedecendo o que o pastor/padre diz, muito pelo contrário…tem a ver com a descoberta do deus dentro de cada um de nós – “conhece a ti mesmo”].

Ao contrário da mente subjetiva, que é direta e inspirada pelo seu “eu superior”, a mente objetiva gosta de divagar e flutuar entre diversos pensamentos fúteis e egóicos… vamos fazer outro exercício: experimente relaxar e “não pensar em nada” e verá como isso é difícil: tente “esvaziar a sua mente” e não pensar em nada… em segundos, sua cabeça estará cheia de pensamentos caóticos e desordenados, misturando-se lembranças, imagens, sons, frases repetidas várias vezes… tudo se torna rapidamente um caos. Ainda mais se você estiver com algum problema ou algo que envolva seu emocional (como dissemos, as emoções intensificam as formas-pensamento).

Se você pudesse visualizar o plano Mental, nesta situação veria que, ao redor do seu ser está se formando um verdadeiro “depósito de lixo” mental. Estas imagens vão se desfazendo com o tempo, claro, mas dependendo da situação, permanecem (é de onde vem a expressão “ambiente carregado”) e, dependendo de que tipo de emoções estão associadas a estes pensamentos, estas formas começam a atrair certos seres no plano astral… falaremos mais sobre isso em outros posts.

O Plano Astral

O plano astral é um pouco mais denso do que o plano mental. Nesta faixa de vibração sutil estão todos os chamados “fantasmas”, as projeções astrais, os succubi e Incubi (ou Anima e Animus), os corpos projetado das pessoas que estão dormindo, os Cascões Astrais, etc. Absolutamente todas as pessoas possuem a habilidade de se projetar no astral e o faz durante a noite, enquanto o corpo físico dorme. Infelizmente, a maior parte da população atual (que eu chamo carinhosamente de “gado” quando não estou perto dos ouvidos sensíveis dos politicamente corretos) está tão adormecida que geralmente mantém seus corpos astrais “repousando” ao lado do corpo físico, inertes.

O maior problema é justamente fazer a conexão entre o nosso plano astral e a lembrança no cérebro. Estima-se que 89% das pessoas está com a mente tão pobre e sem treinamento que não consegue sequer lembrar de suas projeções (são os que “não sonham”), cerca de 8% retém alguma lembrança (projeção sem lucidez, chamada de sonho) e finalmente 2% conseguem manter uma projeção completamente lúcida. O REM e os ciclos nada mais são do que meros reflexos no plano físico do que está acontecendo no plano astral/mental.

Como os “fantasmas dos mortos” e os vivos (durante o sono) convivem no mesmo plano, podemos explicar toda a cultura dos povos antigos (orientais, celtas, astecas, maias, incas, hindus, índios… ) em relação aos “Espíritos Ancestrais” pois é literalmente isso que acontece: os ancestrais de um clã se mantém por perto no “outro mundo” auxiliando aquele grupo. Isto também explica os incontáveis relatos de pessoas que sonham com entes queridos que acabaram de falecer e dezenas de milhares de outros casos de encontros entre os vivos e os mortos.

Existe uma documentação gigantesca sobre estes fenômenos mediúnicos. E também uma quantidade astronômica de charlatões e uma igual quantidade de mentiras forjadas de má-fé (como por exemplo, a farsa que DAVID NASSER montou no jornal “O Cruzeiro” contra Chico Xavier, que até hoje alguns céticos-ignorantes tomam por verdadeira). Isso é muito triste, pois além de ter de lidar com a ignorância cética e religiosa generalizada, os médiuns ainda precisam agüentar os embusteiros (sejam por dinheiro ou por má fé das próprias Igrejas caça-níqueis que fabricam ex-pais-de-encosto, ex-bruxos e ex-macumbeiros a torto e a direito para propositadamente minar a credibilidade dos sérios).

Influências do material no astral

Sons (música, mantras), odores, cores e alguns materiais conseguem afetar diretamente estas construções astrais. Como eu expliquei na coluna PASSADA, quando se coloca uma determinada música em um ambiente, as ondas sonoras que varrem o plano físico também possuem uma contraparte que se espalha pelo astral e mental, higienizando o ambiente em uma vibração que se deseja. Os MANTRAS e cantos gregorianos ou o atabaque da umbanda/candomblé possuem freqüências específicas para ativar certos chakras para certas atividades. Vou detalhar isso na parte III deste post semana que vem.

O elemento Ar também afeta o astral. Incensos espalham suas fragrâncias pelo plano físico e possuem sua contraparte mental e astral. Claro que existem incensos e incensos… que variam desde varetas inócuas que ajudam apenas a tornar o ambiente mais agradável até os incensos preparados pelos alquimistas para seus rituais.

Certas drogas também atuam no desligamento do corpo astral/mental do físico, especialmente o LSD e outros ácidos relacionados, muito comuns na década de 70 nos movimentos de contra-cultura. O chá do Santo Daime também funciona, assim como o peyote e outras ervas fumadas no “cachimbo da paz” dos índios. O bafo do dragão (ópio), chá de cogumelo e o haxixe também funcionam bem. De todas as drogas, apenas a cocaína (não o chá de folhas de coca, a droga industrializada) e as anfetaminas (E, balas, doces, speed, etc.) fazem o caminho oposto (travam a conexão com o “eu superior”).
Cores afetam diretamente o plano mental/emocional/astral. Existem diversos estudos psicológicos e de semiótica a respeito de como as cores nos influenciam. Vocês já devem ter visto aquelas imagens onde se coloca um prato de comida sobre um fundo (azul, vermelho, amarelo, etc) e a cada fundo nossa impressão a respeito do prato muda. Fica a sugestão para o Mori fazer uma matéria sobre como as cores influenciam nosso psicológico. Há um campo muito vasto e legal para discutir.

E, finalmente, alguns Materiais como a prata, sal, água e a pólvora afetam diretamente o astral, de onde, por exemplo, surgiram as lendas sobre “matar lobisomens” com prata… lobisomens nada mais são do que projeções astrais zoomórficas, que podem ser rompidas com contato com a prata – nos campos, ou sob influência de linhas de Ley estas criaturas astrais podem ser avistadas no plano físico, o que deu origem a estas histórias. Bruxas voando em vassouras, bichos-papões, elementais (fadas, gnomos, ondinas e salamandras), vampiros, fantasmas, monstros do lago Ness (talvez até OVNIs) surgiram destas faíscas de contato do mundo invisível com o visível.

Os Egípcios

Apenas para retomarmos ao tema principal da coluna, que é a História das Sociedades secretas, vamos falar um pouco da relação disto tudo com os egípcios.

Nas iniciações Egípcias, uma das primeiras etapas consistia em colocar o candidato a iniciação dentro de um sarcófago e deixá-lo “morto” durante três dias.

Neste tempo, os Mestres se reuniriam ao redor do sarcófago e, utilizando-se de mantras e rituais que, em conjunto com as estruturas geométricas das pirâmides, providenciavam uma projeção astral consciente do iniciado, de modo que ele pudesse ver seu próprio corpo deitado no sarcófago e entender que, na realidade, ele não era um “corpo vivendo uma experiência espiritual”, mas seu verdadeiro EU é um “espírito que usa as vestes de carne”.

O nome desta parte do ritual de iniciação ficou conhecido como “Barca de Ísis” porque a sensação que você tem quando se é projetado para o astral desta forma é a de o deslizar de um barco, e os sacerdotes no astral revestiam seus corpos astrais com formas dos deuses conhecidos e os instruíam nas etapas finais do mistério, antes do batismo e renascimento pelas águas.

Mais tarde, nos mistérios Eleusis (Gregos), a barca de Ísis foi substituída pelo “Barqueiro Caronte” e nos ritos judaicos foi substituído pela “Arca da Aliança” e pela “Escada de Jacob”. O ritual de ser enterrado ou morto simbolicamente para renascer (notem a beleza da lenda da FÊNIX – origem grega, certo? hummmmm ) existe até hoje em praticamente todas as tradições ocultistas, às vezes disfarçado de “câmara das reflexões”.

Após este período, o Iniciado “renascia” quando um dos Mestres chegava até o sarcófago onde ele estava “morto” e dizia “Levanta-te e saia”. Na bíblia, existe até uma passagem onde um grande Mestre faz esta iniciação com o irmão de sua esposa.

Ok… acabamos nos empolgando de novo e não falamos nem de chakras nem da Arca da Aliança (na verdade falamos sim, para quem conseguiu ler nas entrelinhas)… Ainda bem que esta é uma matéria em três (ou quatro) partes. Semana que vem: Chakras, Mantras e como colocar abaixo as muralhas de Jericó tocando trombetas.

#Chakras #PlanoAstral

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-constante-de-boltzman-chakras-e-a-f%C3%ADsica-qu%C3%A2ntica-1

Desenvolvendo um Templo Astral

Olá crianças,

Esta semana tivemos pelo menos 20 pessoas adentrando o segundo atrio do Arcanum Arcanorum e muitos me pediram para dar maiores detalhes sobre como funciona um Templo Astral. O Templo Astral é um dos principais exercícios magísticos de todas as Ordens Iniciáticas, xamânicas, rosacruzes e até mesmo católicas… Por quê? Porque ele é uma construção astral/mental que consegue transformar todo o seu subconsciente em algo consciente e compreensível.

Explico: O Templo Astral de um mago representa sua própria mente, organizada e moldada de uma forma onde os símbolos que ali surgem possam ser interpretados conscientemente pelo nosso cérebro.

De acordo com Yuri Motta, “A construção do Templo Astral é um exercício que é sempre indicado após você dominar a visualização e ter desenvolvido uma boa concentração, fora isso é bom saber dominar um estado de relaxamento, que você pode atingir fazendo respirações controladas ou atingindo o Estado Alpha.

Estando em um local confortável como sua cama ou uma poltrona, você se visualiza em um espaço branco, esse é o papel branco da sua mente, lá você vai construir um o local que vai ser ponto de partida para o seu templo astral inteiro, não existe regra, mas você pode começar com um pequeno quarto e ir colocando as coisas que quiser, por exemplo uma mesa, quadros, plantas e etc. Vai ser o lugar que você faria para ficar uma parte do seu tempo e se não existisse limites na forma que você poderia decorar. Se você é ocultista por exemplo, pode colocar estátuas de deuses, objetos com simbolismo, armas e etc, objetos que só uma pessoa milionária poderia colocar”.

Cada um destes objetos pode e deve ter um simbolismo especial para o mago. Por exemplo, no Xamanismo, somos ensinados a construir nosso “local de meditação” como uma clareira dentro de uma floresta, com uma fogueira no centro e uma grande árvore próxima”. Quando construímos esta cena mental, nosso HOD (a bagagem de formas e conceitos de cada um) molda essa descrição em símbolos que trazem certas correspondências. A primeira coisa que o xamã vai pedir é para você identificar qual tipo de árvore é aquela… e pelo tipo de árvore podemos compreender uma parcela de nossa personalidade; pelo tipo de fogueira, podemos compreender como está nossa Vontade (thelema), pelo estado da mata, nossos limites e assim por diante (existe água próxima? é dia ou noite? há animais? quais? etc…).

O dia em que você está desanimado, sua fogueira está fraca, no dia em que você está se sentindo poderoso, sua fogueira reflete isso (mesmo sem você comandar isso! ela simplesmente muda seguindo o que o seu subconsciente faz da leitura das vibrações e codifica isso em um símbolo que seu consciente pode compreender – no caso, intensidade da fogueira). Ela está espiralada em descontrole? sinal que sua vida espiritual está tumultuada… está pendendo ao ateísmo? ela tende a apagar… você faz as regras quando cria os objetos, e eles reagem à sua vontade de maneira inconsciente…

E cada ponto fixo desta construção fica ancorado em seu subconsciente. Ou seja, se você plantou uma árvore para um relacionamento, por exemplo, quando seu relacionamento vai bem, a árvore estará frondosa e saudável… se estiver ruim, a árvore estará murcha, seca, ou até morta… podem aparecer cupins, ou dar frutos… cabe ao mago estudar simbologia e correspondências para conseguir compreender o que aqueles símbolos significam para ele e, com isso, ampliar sua consciência).

Podem aparecer animais, criaturas, até mesmo monstros em seu templo… objetos podem aparecer quebrados (mesmo que você os conserte cada vez que entrar no Templo, eles teimam em continuar quebrados… isso significa alguma coisa: seu inconsciente lhe mandando uma mensagem através de símbolos!)

E como pode ser esta construção básica? Yuri Motta nos descreve o seguinte:

“Obviamente como o espaço é seu, você pode imaginar imaginar algo completamente diferente como uma praia deserta, ou um castelo nas nuvens.

Por exemplo, uma parte do meu Templo Astral é uma ilha, com uma cabana de madeira bem simples, com uma sala ao lado para meditar, fora dela eu coloquei locais para representarem os 4 elementos, o mar é água, terra uma gruta, vento um penhasco e fogo uma piscina de lava no fundo da terra. Também é possível colocar deuses personificados para conversar ou estátuas desses para oferendar algo, emfim, o limite fica na criatividade”.

Existem diversos motivos para se ter um templo astral, é um lugar onde pode se relaxar a mente e ao mesmo tempo treiná-la, pois a visualização é um exercício também.

Dentro do templo astral, após deixar tudo “firme” chega a parte mais interessante, enquanto você cria e explora esse mundo criado por você, podem aparecer coisas novas com o passar do tempo, muitas vezes símbolos que sua mente cria e você deve desvendar o significado, não podem aparecer apenas objetos, como também seres vivos, como a mente trabalha com símbolos é importante procurar colocar coisas que tenham algum significado para você.

Quanto mais se pratica a construção e criação de um Templo astral, mais se treina visualização e criatividade e maior se torna sua capacidade de moldar pensamentos no Plano Astral. Inclusive, uma das perguntas que mais me fazem é a seguinte: “eu faço parte das ordens X, Y e Z e cada uma tem um Templo astral… devo fazê-los juntos ou separados?” e a resposta é “Junte TUDO. Sua mente deve ser unificada”. Você faz parte da AMORC? tenha um templo da AMORC que possa acessar dentro de seu Templo Astral, e portais que o levem direto ao Colégio Invisível, faz parte da demolay? tenha um Capítulo pronto com todos os paramentos montados; tenha um templo maçônico, um círculo de pedra, as quatro fortalezas elementais do AA, as firmezas de exu, caboclo, preto-velho… tenha seus animais de poder livres para correr na floresta, próximos da cachoeira!

Em níveis mais avançados você pode usar o templo para guardar informações, pode lançar sigilos dentro do templo, realizar rituais. Se conseguir, pode personificar um trauma, medo ou vicio e em uma batalha épica matar esse problema.

O templo pode ser usado para guardar informações, como uma biblioteca, pode ser utilizado para treinar ações, rituais, treinos esportivos e eventos. Atletas olímpicos costumam repassar suas formas mentalmente dezenas de vezes para cada vez que a executam fisicamente, Tesla construía mecanismos em sua mente e os deixava “funcionando” por semanas. Quando ia examiná-los, sabia exatamente quais peças teriam qualquer gasto e que problemas apresentariam… quando crio jogos de tabuleiro, costumo deixar as regras com seres do templo astral jogando e, quando retorno, eles me mostram eventuais defeitos ou modificações a serem feitas… com a mente treinada, as possibilidades são infinitas!

O treinamento em Qlipoth, em NOX passa necessariamente por ter um Templo Astral desenvolvido e as defesas prontas para se trabalhar seus próprios monstros e demônios internos. É necessário ter todas as defesas, armas, armaduras e preparos mentais e astrais para se poder solidificar um demônio interno e dominá-lo… caso contrário, seus defeitos irão dominar você.

É importante esse exercício ser feito com frequência e diariamente para ter bons resultados, você pode fazer também toda noite antes de dormir.

E não se preocupe com o tamanho dele… como costumo brincar: não se paga IPTU no Astral. Facilita bastante desenhar, moldar, construir ou até, se você tiver facilidade com arquitetura, desenhar a planta básica em CAD ou outro Sketch.

Qualquer dúvida que tiverem, aproveitem o espaço dos comentários.

#MagiaPrática #PlanoAstral #TemploAstral

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/desenvolvendo-um-templo-astral