What is the Matrix? com Lionel Snell

Bate-Papo Mayhem #121 – gravado dia 16/12/2020 (Quarta) 12h Marcelo Del Debbio bate papo com Lionel Snell – What is the Matrix?

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as, 5as e sábados com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados. Além disto, temos grupos fechados no Facebook e Telegram para debater os assuntos tratados aqui.

Lionel Snell/Ramsey Dukes – https://ramseydukes.co.uk/

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#Batepapo #MagiadoCaos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/what-is-the-matrix-com-lionel-snell

What is the Matrix? – Lionel Snell

Bate-Papo Mayhem 121 – gravado dia 16/12/2020 (Quarta) 12h Marcelo Del Debbio bate papo com Lionel Snell – What is the Matrix?

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A Dança dos Paradigmas

Peter J. Carroll, Liber Null

É impossível viver completamente fora de um paradigma. Até mesmo a magia do caos, que é tida como um metassistema, no fundo também é um “sistema de criar sistemas” (já que poderiam ser criados outros metassistemas além da proposta do caoísmo). Por isso, se você considerar como verdade que “nada é verdadeiro, tudo é permitido” em vez de encarar esse pensamento como mais um paradigma dentre muitas outras opções, ele também poderá aprisioná-lo.

É mais ou menos como os cegos diante do elefante: você pode dizer que cada crença ou paradigma toca uma parte do elefante e todas elas, de certa forma, estão certas, dentro de seu respectivo ponto de vista. Mas essa forma de pensar também é um paradigma e você pode correr o risco de considerar que só você está certo ao pensar assim, se tomar isso como verdade absoluta.

Peter Carroll nos diz que é um erro considerar qualquer crença como mais libertadora do que outra, mas isso também é uma crença. Você tem o direito de questionar o pensamento de que uma crença liberta mais que outra, contanto que não considere que essa sua crença liberta mais que as outras. É uma pegadinha, mas a magia do caos está cheia delas. O livro Principia Discordia descreve bem as contradições que permeiam pensamentos como esses. Mas na maior parte das vezes os caoístas vivem à vontade com contradições, principalmente se geram uma boa piada.

Os magistas do caos são extremamente pragmáticos e usam o que funciona. Eles se importam com os resultados, embora possa haver debates sobre o que os termos “funcionar” e “resultados” significam, pois eles dependem do objetivo de cada um.

Os caoístas são artistas, mas eles também possuem um espírito investigativo que flerta com a ciência. Eles gostam de realizar testes e anotar resultados. Em geral, eles não estão em busca da verdade, mas de sensações.

Em Liber Kaos, Peter Carroll nos diz:

“A crença é uma ferramenta para atingir qualquer coisa que se considere importante e prazeroso, e a sensação não tem outro propósito além da sensação”.

O objetivo de criar um sistema não seria simplesmente inventar algo belo e inteligente para ser apreciado, mas para ser sentido: “Como eu me sinto dentro desse sistema que criei? Ele me faz sentir bem? Ele me faz sentir mal? Eu prefiro sempre me sentir bem ou percebo que me sentir mal em certos momentos pode gerar amadurecimento? Então devo incluir sensações ruins no meu sistema? Quais outros resultados ele me traz no mundo mental e material?”

Ninguém nasce com uma mente em branco. Todos somos educados dentro dos sistemas vigentes na época e no lugar em que vivemos. Por exemplo, muitos de nós fomos criados para acreditar no secularismo e no materialismo. Por isso é tão difícil para a maior parte de nós acreditar que magia existe e que ela funciona.

Carroll nos diz em Liber Kaos:

“Muito da parafernália e teoria da magia, incluindo essa teoria, existe parcialmente para convencer o magista de que ele ou ela é um magista, e magia é possível num clima cultural que é fortemente antagonista a tais noções”

O velho rebelde se revoltava contra o paradigma judaico-cristão e se tornava um ateísta. E, de fato, existem muitas possibilidades dentro do paradigma ateísta que o paradigma judaico-cristão não possui. Talvez a questão principal seja enxergá-los pelo que são: paradigmas diferentes, com suas vantagens e desvantagens em vez de classificá-los numa hierarquia e vê-los como um melhor do que outro ou como a verdade. A questão é se perguntar: “O paradigma X é melhor para quê?”. Dependendo do que você quer fazer, dos resultados que busca, pode escolher um deles, depois abandoná-los ou alterná-los, como ferramentas.

O novo rebelde descobre que o paradigma do ateísmo pode ter lá suas utilidades, mas também possui suas limitações, como qualquer outro. Talvez ele esteja entediado e ache mais divertido viver num mundo com unicórnios e fadas do que num universo frio e cinzento. E principalmente se ele é jovem, talvez nem esteja pensando numa religião que lhe dê consolo na morte e na dor. Pode ser que ele deseje fazer experimentos como um cientista, ou queira imaginar como um artista, e para isso deseje testar outras realidades e outros mundos possíveis.

Sendo assim, o novo rebelde é aquele que estuda cabala, tarot, religiões indianas, chinesas, ocultismo ocidental, talvez até qualquer coisa da Nova Era e simplesmente acha que acreditar em Deuses e fadas na vida real é mais interessante do que apenas fingir que eles existem jogando videogames e vendo filmes, sempre sonhando com uma aventura imaginária. Ele pode realmente vivê-la e existem muitos paradigmas inteligentes e interessantes que lhe permitem aceitar essa possibilidade.

O ateísta pode argumentar que a pessoa está “fugindo” da realidade em todos esses paradigmas fantásticos, mas não é a arte também tanto uma fuga quanto uma realização? E que realidade é essa, afinal? Não permite diversas interpretações em vez de apenas uma? E mais de uma interpretação pode permitir que em vez de fugir conheçamos melhor o universo em que vivemos, sob diferentes pontos de vista, um complementando o outro e aprendendo com o outro. E paradigmas diferentes permitem que possamos atingir sensações e objetivos materiais diversos na prática. Isso jamais fica somente na imaginação. Ramsey Dukes diz em SSOTBME:

“É inútil perguntar a um magista se Deus, anjos ou demônios ‘realmente existem’. Simplesmente por dizer as palavras você os fez existir. Pergunte de novo se essas entidades abstratas podem produzir qualquer efeito no mundo físico e elas já fizeram: – elas fizeram você fazer perguntas”

O caoísta não está muito preocupado se Deus existe ou não, ou se ele/ela é monoteísta, panteísta ou politeísta. Ele pode ser um ateísta na segunda-feira, um budista na terça e um wiccano na quarta. Assim como teorias científicas, umas podem ser mais úteis que outras para objetivos diferentes, dependendo do paradigma em que foram criadas. Independente de se aceitar ou não que exista uma verdade, ela está aberta à interpretação. É verdade que eu estava usando um vestido vermelho e curto, mas quão vermelho e quão curto para que eu crie meu paradigma no qual nascerão meus comentários? É verdade que eu estou sentindo dor, mas eu fui criado para esconder minha dor e resistir a ela ou para mostrá-la abertamente em público e reclamar dela? Isso interfere na minha percepção objetiva da dor? E por que raios eu deveria envolver espíritos nessa discussão? Dukes explica:

“Senhor Dukes, por que nesse e em outros escritos você insiste em personificar problemas complexos como ‘demônios’ ou ‘espíritos’? Isso não é um retrocesso a superstições do passado? Isso depende se você acredita que o cérebro do homo sapiens foi desenvolvido para lidar com ferramentas ou relacionamentos sociais. Se você acredita que os processos mais complexos com os quais temos que lidar são nossos companheiros humanos, então um maior poder cerebral está disponível quando você os antropomorfiza”

Diz Peter Carroll em Liber Null:

“Ao buscar ideias que parecem bizarras, loucas, extremas, arbitrárias, contraditórias e nonsense, você irá descobrir que as ideias às quais você previamente se agarrava como razoáveis, sensíveis e humanitárias são na verdade tão bizarras, loucas e assim por diante”

“O intelecto é uma espada, e seu uso é para evitar identificações com qualquer fenômeno particular encontrado. As mentes mais poderosas se apoiam no menor número de princípios fixos. A única visão clara é a do topo da montanha de seus egos mortos”

Talvez a noção de que as coisas se encaixem e tenham um sentido (como na cabala e na magia tradicional em geral, fortemente influenciada pelo sistema judaico-cristão e pelo paganismo) pode ser útil, nem que seja como um jogo. Caso adotemos a perspectiva de que vivemos num mundo caótico e que é nossa mente que nos inclina a pensar que as coisas se encaixem (ou que as coisas tenham causa, como questiona Hume) também é possível fazer coisas divertidas com isso.

Mas esses dois são paradigmas. Pode ser que eu descubra uma teoria científica interessante num paradigma em que acho que as coisas se encaixam, e eu posso descobrir outra teoria ótima num paradigma em que elas não se encaixam. Ou, como costuma se dizer: onde havia ordem, encontrou-se caos; e onde havia caos, achou-se ordem.

Existem vantagens em se optar por permanecer um longo tempo num paradigma só (numa religião, num sistema de crença ateísta, etc) e tomá-lo como verdade. Uma dessas vantagens é que sua fé nesse sistema aumenta e você se torna muito bom em trabalhar nele. Quando você salta de um paradigma para outro não será tão habilidoso em cada um deles individualmente, mas você irá se acostumar a vestir diferentes peles e isso também possui lá suas vantagens, como ajudar a impedir que nosso pensamento se cristalize por muito tempo.

Você quer ser um cristal, uma flor ou uma batata? Fique à vontade para montar sua salada.

“Para aquele treinado por ‘Bob’, a Verdade pode ser encontrada numa batata” (O Livro do SubGenius).

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-dan%C3%A7a-dos-paradigmas

A Originalidade na Magia do Caos

Por Wanju Duli

“Assim como é em cima, é embaixo, e também no meio”

– P.J. Carroll, “The Octavo”

Quando falamos em Magia do Caos, logo vêm à nossa mente nomes como Austin Osman Spare e Peter J. Carroll; o primeiro, idealizador dos sigilos e do Alfabeto do Desejo, enquanto o segundo ocupou-se de elaborar a IOT, uma Ordem particularmente exótica e ousada, tendo como base sua obra “Liber Null”.

Em Liber Null podemos encontrar excertos como Liber MMM e Liber LUX, que constituem as primeiras propostas desse sistema, com uma série de exercícios. Somos apresentados à Caosfera, o Sigilo do Caos, que seria um espelho de escuridão para comunicação entre os adeptos, segundo as palavras do autor. O termo “Caos” é escolhido, pois vocábulos como “Deus” ou “Tao” estariam condicionados às impressões mentais previamente atribuídas a tais expressões.

Nessa mesma obra, Carroll afirma que os Iluminados de Thanateros são os herdeiros mágicos do Zos Kia Cultus de Spare e da A.’.A.’. de Crowley. Ele inclusive cria um diagrama maluco para provar isso, demonstrando em que medida diferentes tradições mágicas se conectam a IOT.

Contudo, a ideia não era apenas desenvolver uma nova tradição mágica com a junção de diferentes elementos previamente existentes, como podemos ver nos seguintes trechos do autor:

“O intelecto é uma espada, e seu uso é para evitar a identificação com qualquer fenômeno particular encontrado. As mentes mais poderosas agarram-se ao menor número de princípios fixos. A única visão clara é do alto da montanha dos seus egos mortos “.

“É um erro considerar qualquer crença mais libertadora que outra. É a possibilidade de mudar que é importante. Cada nova forma de libertação está destinada a eventualmente se tornar outra forma de escravidão para a maioria de seus adeptos. Não há liberdade da dualidade neste plano de existência, mas podemos ao menos aspirar à escolha da dualidade”.

“A energia é liberada quando um indivíduo quebra as regras de condicionamento com algum ato glorioso de desobediência ou blasfêmia. Essa energia fortalece o espírito e dá coragem para atos de insurreição”.

A intenção mais profunda de Carroll era desenvolver uma magia que permitisse a mobilidade de sistemas de crenças, utilizando a crença escolhida somente como uma ferramenta para atingir determinado objetivo, dando mais ênfase ao resultado do que ao processo em si. Isso incluiria até uma possibilidade de inversão ou alteração em princípios éticos clássicos, pois, conforme o próprio autor diz, logo você descobrirá que ideias que nos parecem bizarras, loucas, extremas, arbitrárias e sem sentido são tão malucas quanto aquelas que antes julgávamos como razoáveis, sensíveis e humanitárias.

Com o texto “Truque da Mente em Demonologia”, apresentado em Liber Kaos, podemos sentir essa ideia:

“Liber Boomerang

Um deus ignorado é um demônio nascido.

Pensa você na hipertrofia de alguns egos à custa de outros?

O que é negado ganha poder, e busca formas estranhas e inesperadas de manifestação.

Negue a morte e outras formas de suicídio irão surgir.

Negue o sexo e formas bizarras de sua expressão irá atormentá-lo.

Negue o amor e sentimentalismos absurdos irão incapacitá-lo.

Negue a agressão, apenas para eventualmente fitar a faca ensanguentada em sua mão trêmula.

Negue medos e desejos honestos apenas para criar neuroses e avareza sem sentido.

Negue o riso e o mundo rirá de você.

Negue a magia apenas para se tornar um robô confuso, inexplicável até para si mesmo”.

No entanto, isso não significa que os caoístas destroem completamente a noção de moralidade, como nos relembra Phil Hine, em “Condensed Chaos”:

“Assim, apesar do glamour, os magos do Caos raramente são completamente amorais. Um dos axiomas básicos da filosofia mágica é que a moralidade cresce de dentro, uma vez que se começa a conhecer a diferença entre o que você aprendeu a acreditar e o que você quer acreditar”.

A ideia é quebrar noções pré-estabelecidas para começar a construir seus próprios castelos de areia nesse terreno fértil; estabelecer os fundamentos de suas ideias acerca da realidade; ou perceber que simplesmente não necessita de algo assim.

Isso nos recorda um pouco das três metamorfoses do espírito de Nietzsche:

“Qual é este grande dragão a que o espírito já não quer chamar nem senhor, nem Deus? O nome do grande dragão é ‘Tu deves’. Mas o espírito do leão diz: ‘Eu quero.’”

Inicialmente somos um camelo, que carrega o peso dos valores. Devemos nos converter em leão para destruí-los. E, finalmente, nos tornarmos crianças para criar.

“Na verdade, irmãos, para jogar o jogo dos criadores é preciso ser uma santa afirmação; o espírito quer agora a sua própria vontade; tendo perdido o mundo, conquista o seu próprio mundo”.

Estamos esquentando? Pois bem. Que pegue fogo! Para começarmos a tentar compreender que é a Magia do Caos, sugiro algumas palavras de meu escritor favorito sobre o tema, o cavalheiro chamado Ramsey Dukes, Lionel Snell, o Rato que Gira, ou seja lá qual foi o codinome que esse senhor resolveu adotar dessa vez. Comecemos com SSOTBME (“Sex Secrets of the Black Magicians Exposed”):

“Magia do Caos é, com efeito, o mais seguro sistema mágico que existe. Paradoxalmente, no entanto, ganhou uma reputação vermelha e quente por ser a mais perigosa, sinistra e insana forma da loucura mágica remanescente”.

Quando assumimos a premissa de que “Nada é verdadeiro. Tudo é permitido”, pode ser realmente assustador. Você precisa lidar com sua imaginação e principalmente com um verdadeiro terror: sua liberdade.

“Um magista prático não tem interesse nos problemas filosóficos que atormentam o cientista que pergunta: ‘Tem certeza que foi a sua magia que a curou? Como você sabe que não foi apenas uma coincidência?’ Tal especulação é irrelevante para o Mago. Ele fez o feitiço, ela foi curada. Se fosse uma coincidência, não importa contanto que ele possa trazer tais coincidências “.

Um caoísta está mais preocupado com o resultado prático, as emoções geradas, o chacoalhar de paradigmas, do que em vestir robes, carregar espadas ou enredar-se em paradoxos ontológicos. Para isso, ele realiza uma profunda investigação acerca dos processos mágicos, com a intenção de desvendar os caminhos que o levam a ativar as engrenagens da magia.

Enquanto a magia tradicional possui força pelo peso de seu caráter inveterado, riqueza cerimonial e alto teor filosófico, o poder da Magia do Caos reside em adaptar sistemas conforme o gosto, para que a paixão do magista e sua metamorfose paradigmática inflamem sua vontade e gerem essa carga empírica de transformação.

“Assim, é inútil perguntar a um magista se Deus, anjos ou demônios ‘realmente existem’. Simplesmente ao dizer as palavras você os fez existir! Pergunte novamente se essas entidades abstratas podem produzir qualquer efeito no mundo físico, e eles já produziram – eles fizeram você fazer perguntas “.

Agora, veremos o que Dukes tem a nos dizer em sua obra “BLAST Your Way To Megabuck$ with my SECRET Sex-Power Formula”:

“Nós não podemos acreditar agora na dualidade antiga dos que estão trabalhando para o bem e dos que estão trabalhando para o mal, porque fazer qualquer mudança é invocar a incerteza. A nova dualidade é entre aqueles que desejam manter as coisas como estão, e aqueles que desejam mudá-las”.

“Eu quero ser rico, feliz, sexy, poderoso ….

Ei! Eu descobri essa coisa chamada ‘magia’ que pode torná-lo rico, feliz, sexy, poderoso …

Uau! Estive lendo sobre magia e descobri que é realmente muito simples se tornar rico, feliz, sexy, poderoso … contanto que você faça uma coisa – você deve se tornar perfeito primeiro.

Então, como você sabe quando se tornou perfeito?

Oh merda. Você sabe que é perfeito quando você já não QUER ser rico, feliz, sexy, poderoso …”

E, para finalizar, uma frase de Hugo C. St. J. l’Estrange:

“Quando a humanidade irá crescer fora de seu flerte com a ética cristã, e encarar o fato de que o Grande Princípio Cósmico não é fazer o que é certo e honrado, mas fazer o que é errado com ESTILO”.

Espere, eu disse “finalizar”? Esse é só o começo. Magia do Caos é muito mais do que brincar de utilizar vários estilos de magia previamente existentes e misturar tudo para se revoltar contra a autoridade. Quando você quebra seus conceitos não irá simplesmente preencher o espaço coletando vários pedaços de conceitos aqui e ali, como se estivesse num buffet em self-service, selecionando os pratos que lhe parecem mais saborosos para montar o seu.

Você pode até experimentar os diferentes pratos no começo, para aprender os sabores. Mas em algum momento o caoísta DEVE tornar-se um cozinheiro. Esse é o coração da Magia dos Caos: ser um verdadeiro chef de sistemas do ocultismo. Pois a Magia do Caos não é somente um novo sistema, um destruidor de sistemas ou um agregador deles. Antes, é um “sistema criador de novos sistemas”.

E aqui iremos resgatar alguns excertos do brilhante artigo de Frater Xon, membro da IOT North America, chamado “O Magista Eclético vs. O Magista do Caos”:

“Qualquer um pode ler um livro de magia e cuspir de volta o que está contido nele. Memorize gematria e livros de Crowley, e de repente você é um mago Hermético. Leia um livro de xamanismo, compre um tambor, e de repente você é um místico tribal. Dê algum dinheiro para as pessoas certas, memorize alguns cânticos e orações, e de repente você é um Santero. Maldição, vá em frente e leia Spare, desenhe alguns sigilos e puf! Instantaneamente ‘Magista do Caos’!”

“Estes são todos truques e ilusões mentais inexpressivos. Mesmo um papagaio pode repetir os sons que ouve sem compreendê-los “.

“O verdadeiro caoísta tem a capacidade de dar à luz coisas novas e incomuns. Eles podem criar novos sistemas, novos métodos e novos rituais fora do que já foi criado. O verdadeiro caoísta é essencialmente um artista “.

“Se você não pode criar algo novo para mim, então eu não estou particularmente interessado em você. Eu não me importo se você memorizou todos os livros de magia do planeta. Eu não me importo se você está sentado em seu templo realizando rituais pré-fabricadas doze horas por dia. Se você não consegue pensar numa única coisa nova para me oferecer, o que há de bom em você? Você é apenas um computador dizendo as mesmas coisas antigas que outras pessoas já disseram antes”.

“Mas, se você pode criar uma única coisa simples de pura criatividade que funciona, mesmo se não é a coisa mais incrível do mundo, isso ainda me impressiona muito mais do que todas as bibliotecas de magia do mundo.”

E aqui finalmente concluímos nossa introdução sobre a Magia do Caos, com muitas citações, refrescos e poderosas frases de efeito, para tentar agradar tanto aos mais tradicionais quanto àqueles que estão cansados do velho cadáver mágico, já tão desgastado e apodrecido. A Magia do Caos é uma vertente incrível e muito viva, que está em polvorosa na atualidade, tanto no cenário nacional quanto internacional, com propostas criativas, inovadoras e extraordinárias.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-originalidade-na-magia-do-caos