Diwali – Festival das Luzes

Em muitas partes da Índia, é o Baile do Rei Rama de Ayodhya,que após 14 anos de exílio na floresta derrotou o mal Ravana. O povo de Ayodhya (a capital do seu reino) congratulou-se com Rama por iluminação em fileiras (avali) das lâmpadas (Deepa), dando assim o seu nome: Deepavali. Esta palavra, em devido tempo, se tornou Diwali em hindi. Mas, no sul indiano em algumas línguas, a palavra não sofreu qualquer alteração e, portanto, o festival é chamado Deepavali no sul da Índia. Existem várias observâncias do feriado em toda a Índia.

O Jainismo Diwali é marcado como o nirvana do Lord Mahavira, que ocorreu em 15 de outubro, 527 aC.

Entre os sikhs, o Diwali veio a ter significado especial a partir do dia ao qual houve o retorno a cidade de Amritsar do iluminado Guru Hargobind (1595-1644), que havia sido detido no Forte em Gwalior sob as ordens do imperador Mughal, Jahangir (1570-1627). Como o sexto Guru (professor), do Sikhismo, Guru Hargobind Ji, foi libertado da prisão – juntamente com 53 hindus Kings (que eram mantidos como prisioneiros políticos) a quem o Guru havia organizado sua libertação. Após a sua libertação ele foi para o Darbar Sahib (Templo Dourado) na cidade santa de Amritsar, onde foi saudado pelo povo com tamanha felicidade que acenderam velas e diyas para cumprimentar o Guru. Devido a isto, sikhs referem frequentemente que Diwali também como BANDI Chhorh Divas – “o dia da libertação dos detidos”.

O festival também é comemorado pelos budistas do Nepal, especialmente os Newar budistas.

Na Índia, o Diwali é hoje considerado um festival nacional quanto ao aspecto estético, entretanto, é usufruído pelos hindus, independentemente da fé.

#Hinduismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/diwali-festival-das-luzes

Empoderamento Real Para Mulheres

Por Radhika Krpa Devi Dasi.

Extrato de um discurso dado a um grupo de ONGs na lSKCON de Nova Délhi.

Este foi o tópico sobre o qual tive que falar em um seminário realizado por uma das principais ONGs representantes da ISKCON, era esperado que eu desse um toque espiritual à chamada posição fraca das mulheres. Eu, por outro lado, me sentia totalmente dócil com esta declaração!

Comecei meu discurso diante de uma multidão que glorificava sem pudor as mulheres líderes políticas de alto nível, estrelas do esporte, burocratas, figuras históricas e as modernas representantes das mulheres vencedoras de concursos de beleza. Pois nossa cultura védica foi conquistada nos discursos proferidos pelo ministro honorável e personalidades renunciadas, que defendiam soluções desprovidas de qualquer conhecimento da alma espiritual. Comecei meu discurso lembrando a multidão de nossa cultura há muito esquecida.

Entre as muitas civilizações do mundo, os mais venerados cumprimentos pela tristeza foram encontrados na cultura védica. O nível de civilidade juntamente com os padrões morais e espirituais em uma sociedade pode ser percebido pelo respeito que ela dá a suas mulheres. Não que ela as glorifica pelo papel de “doadoras progressivas” e lhes proporciona toda a liberdade que os homens querem, para que possam ser exploradas e aproveitadas. Mas ela as considera e lhes permite viver em sociedade com respeito, honra e proteção, ao mesmo tempo em que lhes proporciona uma oportunidade de alcançar seu verdadeiro potencial na vida.

A sociedade védica, sendo a sociedade ideal, é baseada nos “Princípios dados diretamente pelo Poder Supremo, Sri Krishna”. Ela acredita em dar proteção às mulheres. Para salvar a sociedade degenerada, manter a segurança das mulheres deve ser a principal preocupação. O Pai protege a criança menina antes do casamento, depois do casamento eu me torno a responsabilidade do marido e mais tarde o filho é confiável para cuidar dela. Esta é a verdadeira sociedade védica.

A sociedade védica enfatiza o papel da mulher em todas as partes do mundo. Os Vedas designam uma mulher ideal como,

Aditi – como ela não é dependente de Brhati – a de grande coração
Candra – a mais feliz
Devakama – a mais piedosa
Ksama – a mais tolerante
Sarasvati- a mais acadêmica
Sumangali – a mais auspiciosa
Visruta – a mais gloriosa
Yoga – pois ela está em relação com o homem, ela não está separada; ela é a ardharangam.

Há muito mais qualidades imbuídas nas mulheres mencionadas nas Escrituras Védicas.

Ela é o cuidado da sociedade; o pivô em torno do qual gira toda a família. As famílias formam a sociedade, que formam a nação e as nações se unem para formar o mundo. Ela é a cuidadora da nova geração. A geração vindoura está completamente em seu guia para seus filhos. As escrituras védicas informam sobre Dhruva Maharaja e Prahlada Maharaja, que seguiram as palavras de suas mães e se tornaram as mais afortunadas por terem “darsana” do Senhor supremo, Sri Krishna, apenas na tenra idade de cinco e sete anos, respectivamente.

Muitas personagens femininas embutidas nas escrituras exibem várias qualidades raramente encontradas. Como a Rainha Kunti, mãe de cinco filhos ilustres, os Pandavas. Sua glorificação espontânea do Senhor Supremo Sri Krishna e sua descrição do caminho espiritual são imortalizadas no Bhagavata Purana Suas orações, como disse Sua Divina Graça A.C Bhaktivedanta Swami Prabhupada, são simples e esclarecedoras efusão de uma grande santa devota. Elas revelam tanto as emoções transcendentais do coração quanto as penetrações teológicas mais profundas do intelecto. Suas palavras têm sido cantadas, recitadas e cantadas por sábios, devotos e filósofos por milhares de anos.

Ela é a epítome da tolerância e da devoção. Ela teve a coragem de rezar pela fortaleza e pelos defeitos para permanecer sempre no abrigo do Senhor.

Draupadi é mais uma personagem forte, impregnada de profunda convicção, cuja fé nunca vacilou no Poder Supremo, apesar de ter passado por momentos muito difíceis. Sua fé profunda e seu forte amor fizeram até mesmo o Senhor do Universo retribuir. Sua compaixão e sua força a fizeram perdoar o assassino de seus cinco filhos. Somente uma mulher tão perfeita poderia fazer isso.

Entretanto, o Criador dos Mundos espirituais e materiais, a fonte de tudo, a Personalidade Suprema da Divindade Sri Krishna, que governa tudo, é governada por sua consorte Srimati Radharani, sua potência interna. Uma devota tem que invocar Sua compaixão, que por sua vez recomenda a devota a Sri Krishna. Ele controla tudo, mas Ela o controla a Ele. Ele é o Poder Supremo, mas Ela é a Mais Suprema.

Mesmo o mundo material do Senhor Supremo Sri Krishna é colocado sob o controle de Sua energia externa Mahamaya, que mantém esta Mrtyuloka (a Terra) e provê gratificação sensata para todos.

Radhika Krpa Devi Dasi de Sua Santidade Gopal Krishna Goswami Maharaja, é a autora de “ensinamentos vaishnava, no sikhismo” e de uma coleção de poemas devocionais.

***

Fonte:

DEVI DASI, Radhika Krpa. Real Empowerment For Women. Back to Godhead, 2008. Disponível em: <https://www.backtogodhead.in/real-empowerment-for-women-by-radhika-krpa-devi-dasi/>. Acesso em 8 de março de 2022.

***

Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/yoga-fire/empoderamento-real-para-mulheres/

Zos-Kia-Cultus: A vida e a obra de Austin Osman Spare – Rogerio Bettoni

Bate-Papo Mayhem #092 – gravado dia 21/10/2020 (Quarta) Marcelo Del Debbio bate papo com Rogerio Bettoni – Zos-Kia-Cultus: A vida e a obra de Austin Osman Spare.

Projeto de Financiamento Coletivo: https://www.catarse.me/magiadocaos Rogério Bettoni (Twitter): https://twitter.com/rbettoni

Editora Palimpsestus: https://www.oficinapalimpsestus.com.br/

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as e 5as com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados.

Saiba mais sobre o Projeto Mayhem aqui:

#Arte #Batepapo #MagiadoCaos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/zos-kia-cultus-a-vida-e-a-obra-de-austin-osman-spare-rogerio-bettoni

Como assim, Zeus nunca traiu Hera?

Zeus: o homem; a lenda. O Deus mais poderoso de todos os deuses, senhor do Olimpo e chefe do Panteão grego, capaz de fulminar qualquer mortal que desejasse com um raio. Filho do Titã Crono e da deusa Réia, Irmão de Poseidon, Rei dos Mares e de Hades, Rei do Subterrâneo. Assim como Cronos era o deus mais novo dos Titãs, assim Zeus também era o mais novo de todos os deuses olímpicos.
Hoje veremos porque, apesar de inúmeras alegações de adultério, o Zeus original nunca traiu Hera e, mais importante… Como isso explica muita coisa a respeito da história de Jesus Cristo.

Esta semana eu deveria continuar a história que comecei AQUI e AQUI sobre o Yeshua ben Yossef, mas achei melhor deixar algumas coisas melhor explicadas antes de prosseguir, pois vi que muita gente estava com dificuldades em entender as razões pelas quais a bíblia é tão confusa em alguns pontos. Semana que vem continuamos…

Zeus

Como todos vocês sabem (ou deveriam saber), Zeus foi o filho mais novo de Saturno (também chamado Cronos, filho de Urano e Gaia). Quando destronou seu pai e chegou ao poder, um oráculo o havia instruído que, assim como ele havia destronado seu pai, seu filho o destronaria também. Para impedir que isto acontecesse, ele decidiu devorar todos os seus filhos. Assim, conforme eles iam nascendo, ele ia devorando-os: Hestia, Demeter, Hera, Hades, Poseidon e Zeus. Mas quando chegou a vez de Zeus, Réia entregou a Cronos uma pedra embrulhada em trapos, que ele engoliu.
Enquanto isso, Zeus estava a salvo, sendo cuidado pelos dáctilos e alimentando-se do leite da cabra Amaltéia e de mel de abelhas até atingir a idade adulta.
Antes de enfrentar seu pai, Zeus pediu a Metis (a prudência) que lhe desenvolvesse um remédio que passaram secretamente para Cronos, fazendo com que ele vomitasse os outros 5 irmãos de Zeus. Com o auxílio de seus irmãos, Zeus ataca Cronos e os titãs em uma luta que demora dez anos. Ao final da batalha, vencedor, Zeus divide com seus irmãos o Reino das Águas, dos Céus e do Subterrâneo, tornando-se assim o Senhor do Olimpo.
Zeus casou-se sete vezes: A primeira com a Oceanida Metis, que ele acabou engolindo para evitar ter um filho com ela (pelo mesmo motivo que não queria ser destronado por um filho homem, como foram seus pai e avô). Mas ele ficou com uma tremenda dor de cabeça quando fez isso e teve de pedir a Prometeus que abrisse um talho em sua cabeça para que a dor passasse. Quando ele fez isso, Atenas nasceu do rasgo que foi feito (em versões posteriores, Hefesto é quem abre um talho em sua cabeça).
A segunda esposa foi Themis, com a qual teve as três Horas (Eunomia, Dike e Eirene) e as três Moiras (Kloto, Lachesis e Atropos).
A terceira esposa foi Eurynome, com a qual teve as três graças,
A quarta esposa foi Demeter, com a qual teve Perséfone,
A quinta esposa foi Mnemosine, com a qual teve as nove Musas (Kleio, Euterpe, Thaleia, Melpomene, Terpsikhore, Erato, Polymnia, Urânia e Calíope).
Sua sexta esposa foi Leto, com a qual teve Apolo e Ártemis,
E finalmente, sua sétima e última esposa foi Hera, com a qual teve Hebe, Ares, Enyo, Hephastios (Hefesto) e Eileithya.

E a história termina aqui. Sem amantes. Como vocês já devem ter percebido, este é um texto iniciático. Os deuses remetem aos planetas (que remetem às virtudes da Alquimia), as sucessões remetem às Eras da humanidade e os casamentos de Zeus são um texto preparatório para o Hieros Gamos. Cada uma de suas esposas remete a um dos sete Chakras que devem ser abertos, bem como cada uma das histórias de suas filhas reflete uma das características que ocorrem com o aflorar destas energias. Por isso são apenas e tão somente SETE esposas e por isso que até a sexta esposa Zeus não possui nenhum filho homem. Apenas Apolo (o Deus-Sol) é o filho que vai destrona-lo (que representa a dualidade atingida pela abertura do sexto chakra na magia sexual).
Com Hera estão abertos todos os sete chakras e montados os seis casais olimpianos do culto Dionísico, para a celebração do Hieros Gamos. Com os outros seis deuses que vão sendo introduzidos ao longo da narrativa, formam-se os 6 casais necessários para a cerimônia.
Independente de se “acreditar” ou não em chakras e Hieros Gamos, creio que todos concordam que estamos falando de uma religião e, portanto, de algo que possui uma liturgia e ritualística própria e, como tais, precisam ser ensinadas para os próximos iniciados.

Mas tio Marcelo, e o Hércules? E as amantes?
Devagar, crianças…
Para entender como tudo isso aconteceu, é muito importante levarmos em conta o TEMPO e o LOCAL em que as coisas acontecem.

As lendas de Hércules não começam com ele se chamando Hércules. Em sua origem, elas narram as histórias de Alcides (sim… não riam… o nome verdadeiro do Hércules é Alcides!) e um ciclo de histórias narrando a passagem do sol através dos doze signos (calma de novo… esses textos NÂO se chamavam “os doze trabalhos de Hércules” ainda!).
Com o tempo, Alcides (cujo nome significa “aquele que possui grande força”) tornou-se tão popular que alguns escritores (profanos) decidiram que um herói deste calibre não poderia ser filho de um mortal, e compilaram estas aventuras colocando que Alcides deveria ser filho de Zeus. Alcides era filho originalmente de Anfitrião e Alcmena. Para burlar a história original, fizeram com que Zeus se disfarçasse de Anfitrião enquanto seu marido estava fora em uma guerra. Deste modo, não iriam irritar os fãs de Alcides maculando sua pobre mãezinha. Note que estas histórias foram escritas cerca de DUZENTOS anos depois do texto sobre o casamento de Zeus e Hera ter sido escrito. Para justificar o novo nome e a nova ascendência divina, Eurípides escreveu “Herakles Furioso” em 460 AC (ou seja, DUZENTOS E QUARENTA anos depois do texto original) onde Alcides se casava com Megara, filha da rainha de Tebas, e tinham filhos, mas que quando Hera descobria da “infidelidade” de Zeus, lançava uma maldição sobre Alcides e fazia com que ele enlouquecesse e matasse sua esposa e filhos. O oráculo de Pítia diz a Alcides que a única maneira de voltar à sanidade seria pedir desculpas a Hera e dedicar-se a ela como servo. Daí o nome: HERA-KLES (ou “Glória de Hera”) e somente então ele realizava os doze trabalhos (astrológicos), conforme conhecemos hoje.
Aescius escreveu “Prometeus” no qual Herakles liberta Prometeus de suas correntes, entre outras aventuras, em cerca de 450 AC (dez anos depois) e vários e vários e vários escritores começaram a contar aventuras de Herakles. Ele se tornou mais famoso que os Beatles e todas as Cidades Estados inventavam histórias sobre ele. Herakles esteve por todas as cidades, derrotou todos os monstros, caçou todos os javalis, participou de todas as batalhas no lado vencedor, comeu todas as menininhas e foi pai de todos os Imperadores e Príncipes. Até duas histórias onde ele tem colegas gays existem… A morte de Herakles é contada por Ovídio em “Metamorfoses”, em 30 AC, ou seja, SEISCENTOS anos depois do texto original sobre o casamento de Zeus e Hera e QUATROCENTOS anos depois da própria história do Alcides!.

MAS… lembremos que estamos na Grécia Antiga… não existe internet, jornais ou televisão. O que REALMENTE acontecia era que cada escritor ou filósofo de cada vilazinha onde Judas perdeu as botas (ops, Judas não tinha nascido ainda… sorry) achava a história do Herakles o máximo e decidia inventar uma lenda local que envolvesse o herói. O ponto é que para todos os efeitos, para aquela Cidade, existia UMA aventura do Herakles, talvez uma segunda aventura narrada por algum comerciante vindo de outro local. Para se ter uma idéia, até em Barcelona existem narrativas de aventuras do herói. Mas estas narrativas NÃO circulavam…
Quando os historiadores europeus passaram a estudar a literatura grega, no século XVIII, eles fizeram o que chamamos de “Empilhamento”, que foi compactar todas as histórias de diferentes tempos e locais como se fossem uma coisa só, procurando uma cronologia coerente… MAS NÃO ERA PARA SER COERENTE !!! NUNCA FOI !!! Por isso este bando de amantes e filhos e aventuras ao redor do mundo.

O mesmo aconteceu com Zeus. Herakles se tornou famoso e, a partir dele, todo mundo queria que o seu herói da sua cidade também fosse “filho de Zeus”. Todo rei queria dizer que sua dinastia era descendente de Zeus… Até o Leônidas dos 300 de Esparta dizia que era da linhagem de Zeus, oras bolas! E ai temos a galeria de amantes: Antiope, Calisto, Danae, Egina, Electra, Europa, Io, Laodamia, Leda (cuja filha com ela foi Helena de Esparta, mais conhecida como Helena de Tróia), Maia, Niobe, Pluto, Semele e outras. Juntando tudo, Zeus deve ter tido uns 50 a 60 filhos).
Mas, assim como Herakles, na cabeça de cada escritor em cada Cidade Estado, suas histórias eram a “única” escapada de Zeus. E os estudiosos empilharam as histórias, tentando juntar algum sentido ou cronologia onde não deveria existir nenhuma.

(estão começando a entender onde eu quero chegar em relação à Bíblia?)

O que chamamos de “Bíblia” é, na verdade, uma coleção de inúmeros textos iniciáticos, históricos, narrativos e astrológicos reunidos pelo critério chamado “Interesses da Igreja Católica”. Ela inclui o Tanak judaico, que por sua vez consiste de três partes: os Ensinamentos (compostos do Pentateuco ou Torah que, como já falamos, trata-se de textos iniciáticos relacionados com a Kabbalah – Gênesis, Exodus, Leviticus, Numerus e Deuteronômio), as Profecias (que vai da chegada dos judeus à Terra Prometida até os Profetas – de Joshua até os 12 profetas) e as Escrituras (Salmos, provérbios, o livro de Jó até Crônicas). O Livro dos Salmos é praticamente um Livro de Magias… cada Salmo é parte de um ritual diferente de Magia Teúrgica, com um poder mântrico ENORME, além de invocações de anjos, proteções, ataques e defesas astrais e afins. Por isso, antes de se achar o revoltadinho e xingar a bíblia, pense duas vezes… TODO ocultista sério que se preze precisa obrigatoriamente conhecer muito bem a bíblia, porque ela traz um monte de coisas legais escondidas. Ela ensina até mesmo a montar o seu próprio deck de tarot !

Já o Novo Testamento é uma salada de frutas criada ao longo de 500 anos de “ajustes” da Igreja. Ele inclui trechos sérios, trechos inventados, trechos truncados, trechos apagados, trechos mexidos… existem até referências a capítulos de livros que NÃO EXISTEM.
Graças a isso, existem mais de DOIS MIL… isso mesmo crianças… DOIS MIL erros históricos, contradições, erros científicos, profecias que não se realizaram, absurdos e injustiças na Bíblia. Pode conferir todos eles AQUI.

Tudo isso porque a Igreja Católica dos séculos III até VIII tentou “consertar” e “encaixar” textos que foram feitos por pessoas diferentes em tempos diferentes falando sobre coisas diferentes para formar uma única história que parecesse coerente.

Só achei necessário fazer esta coluna intermediária para explicar o porquê eu cito as falhas da Bíblia usando a PRÓPRIA bíblia sem que isso seja uma contradição. Porque, por exemplo, os Salmos explicam como é o Casamento Dinástico e mais tarde, quando Constantino e seus bispos pegaram os trechos que explicavam o casamento de Yeshua e Maria Madalena nas Bodas de Caná e nos episódios do óleo e foram apagá-los, provavelmente não sabiam o que fazer com eles, porque Constantino era um SACERDOTE PAGÂO e não tinha a menor idéia das tradições hebraicas ou do que significava aquilo. Tanto que basta olhar o Novo Testamento com calma para ver como os textos das mulheres (oficialmente são duas mulheres diferentes) que lavam os pés de Jesus com óleo não fazem sentido algum… dá pra ver nitidamente que estão truncadas ou jogadas ali no meio sem nexo.

As razões pelas quais a Igreja precisou fazer estas adaptações serão explicadas tim tim por tim tim em colunas futuras. Semana que vem voltamos à nossa programação normal.

Além da Bíblia, as Histórias do REI ARTHUR sofreram o chamado “empilhamento”, mas não vou falar sobre ele agora… quero dedicar umas 2 ou 3 matérias só para Camelot e Avalon, onde explicaremos o por quê da maçã só ter se tornado o fruto proibido a partir do século XVII, porque Guinevere também não traiu Arthur e qual a ligação disto tudo com o Graal…

Marcelo Del Debbio

#Gnose #Mitologia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/como-assim-zeus-nunca-traiu-hera