Poster do Lamen e da Arvore da Vida na Gráfica

Já estão na fase final os posteres do TdC sobre a Árvore da Vida e sobre o Lamen Rosacruz (Arqueômetro contendo todas as correlações entre planetas, signos, arcanos e anjos cabalísticos que pesquisamos). Organizado por Marcelo Del Debbio e ilustrado pelo talentoso Rodrigo Grola, os posters possuem 55x85cm, um tamanho de respeito para alegrar qualquer ambiente de estudos.

Você pode fazer a compra direto na loja da editora Daemon.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/poster-do-lamen-e-da-arvore-da-vida-na-gr%C3%A1fica

ONA – Ordem dos Nove Ângulos

Muita gente escreve no Facebook perguntando a respeito de uma suposta “ordem satânica” chamada ONA e como fazer parte desta super-duper-satânica organização. São conhecidos como “ONAnistas de Facebook”

A Order of Nine Angles (ou Ordem dos Nove Ângulos – ONA) realmente existe e é uma organização secreta tosca satanista muito pequena, formada inicialmente no Reino Unido, tendo aparecido ao publico em geral nos anos de 1980 e 1990, depois de ter sido citada no livro “Black Sun – Aryan Cults” de Richard Goodrich-clark, como uma pequena ordem neonazista inglesa.

A história divulgada conta que A Ordem dos Nove Ângulos foi originalmente formada na Inglaterra em 1960, com a fusão de três templos neopagãos chamados Camlad, The Noctulians, e o Temple of the Sun, que alegadamente “podiam traçar suas origens até 4.000 AC” mas nenhuma evidência ou prova que isso seja remotamente verdade foi apresentada até hoje. Basicamente uma bullshit para impressionar novatos de internets.

Seu fundador, David Myatt [nascido em 1950] expandiu-se em grupos sediados nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Rússia e países da Europa ocidental. Naquela época, Myaat, muito jovem, estava envolvido com o movimento neo-nazista inglês. Para você que prestou atenção, verá que Myatt teria apenas por volta de DEZ ANOS quando começou a participar da tal ordem… muito suspeito ele ser um dos “ciradores” dela… não foi um erro do texto não, essa informação eu achei em diversas fontes “oficiais” da ONA.

A grande sacada (e sorte) da ONA foi o início da internets. No final da década de 90, junto com os primórdios da internets, quando as pessoas acreditavam que tudo o que estava na internet era verdade, apareceu o livro NAOS… espalhado como “um super duper livro de poderes satânicos disponíveis a qualquer idiota, supostamente vazado de uma grande ordem satanicas super-duper-secreta de 4.000 anos chamada ONA”… Seems legit!

O livro trazia um monte de sigilos de eguns e maneiras de você cortar seu dedo e dedicar sua alma ao “Caminho Sinistro”, do autor Anton Long (outro pseudônimo de David Myatt). Muita gente caiu no engodo.

O autor Nick Ryan, caçador de neo-nazistas, afirmou que Myatt viveu na década de 1990 em uma chácara, em Shropshire, com Christos Beest, que havia dado várias entrevistas em nome da ONA e feito uma gravação ao vivo da The Self-Immolation Rite que foi incluída no Vol. 2 N. 3 do zine Fenrir. Junto com Christos Beest publicaram alguns livros e o famigerado “Tarot Sinistro”. Vasculhei alguns fóruns satanicos na deepweb e o que achamos sobre ele foi o seguinte:

Never happy with publicity, and increasingly concentrating on his Art, he withdrew from both the Occult, and right-wing politics, in late 1999 ce, and began pursuing his own spiritual and religious endeavors, which saw him move toward, and eventually embrace, cristianity and in particular catholicism. Thus did he not only not progress beyond Internal Adept, he also renounced his sinister quest and his former political views…..”

Ou seja, Christos Beest, AKA Richard Moult participou da ONA de 1989 a 1990, publicou textos satanicos e esteve envolvido com o movimento neo-nazista inglês. A partir de 1999, ele se afastou cada vez mais da organização até se tornar CRISTÃO CATÓLICO (facepalm!). Quem quiser conhecer a arte do Richard Moult pode acessar seu blog AQUI. Hoje ele renega todo o seu passado, apesar dos ONAnistas falarem dele nos foruns como se fosse um camarada ativista!

Para mim, qualquer pessoa que queira instalar algo chamado “Império Galático” deve ter recebido muito Bullying na escola… eu ia zoar, mas pode ser doença… Seria o “Império Galático” inimigo da “Frota Estelar” de Ashtar Sheron? no NAOS ele faz uma mistureba planetária digna da Grande Fraternidade do Raio Violeta. Cartas à redação…

Convertido ao Islã em 1998, hoje, Mayaat é um ex-neo-nazista-muçulmano, trocou de nome e chama-se Abdul-Aziz ibn Myatt e continua sua pregação anti-judaica disfarçado em vários pseudônimos.

Objetivos da ONA:

“A Ordem postula o Satanismo como uma busca altamente individualizada que visa criar a excelência pessoal e a sabedoria, pela busca de desafios que permitam uma pessoa transcender seus limites físicos e mentais. Ela foi criada para envolver a árdua conquista de auto-domínio e auto-superação nietzschiana., com ênfase no crescimento individual através de atos práticos de risco, destreza e resistência. Os ritos de passagem, muitas vezes ligados à promoção de graduação, incluem viver por três meses de vida áspera em uma floresta desprovida de contato humano, e no pressuposto de que ocupações de difíceis desenvolvem a personalidade e a capacidade de liderança“.

Na teoria é muito bonito. Mas, na prática…

Aqui no Brasil

O que vemos na internet é muito bla bla bla, muito mimimi, mas pouca seriedade… os Satanistas de facebook escondem-se atrás de imagens roubadas de sites dark-metal-from-hell, muita arrogância e pouco conhecimento prático tanto de magia quanto de língua portuguesa. Infelizmente, muitos acabaram caindo em terreiros de kiumbanda onde se ligaram com eguns de terceira categoria, “maiorais” sem poder algum e outros charlatões pactums pactoruns da vida.

Os escritos originais da ONA incentivam o sacrifício humano como um meio de eliminar os mais fracos: Anton Long descreve isso como “um contributo para melhorar o parque humano, eliminando os inúteis, os fracos, e os doentes“. Assim, o Satanismo verdadeiro, eles afirmam, requer uma viagem no reino do proibido e do ilegal, a fim de fazer contato com a “espera do acausal, das forças sinistras e do cosmos.” A presença das energias acausais, através de abate, pretende criar um novo Aeon, cuja energia será usada para criar uma nova civilização“. Na prática, atraiu apenas adolescentes de classe média criados pela avó com leite de pera e que moram com os pais, não aguentariam dez minutos na floresta sem seus ipads e muito menos matar uma reles galinha se precisassem. Na real, se um demônio aparecesse para eles de verdade, cagariam nas calças na hora…

Briga da ONA com todas as ordens luciferianas

Provavelmente por causa da postura extremamente radical da ONA, há animosidade aberta entre a ONA e os satanistas “mainstreamx”, como a Igreja de Satanás. A ONA nega publicamente qualquer ligação à Igreja de Satanás, alegando que a Bíblia Satânica possui uma “filosofia aguada”. A ONA evita qualquer tipo de abordagem religiosa evidente com grupos como o Templo de Set e respeita os outros grupos satânicos, mas trata a Igreja de Satanás com desprezo. O Templo de Set proscreveu a ONA no início de 1980 devido ao seu aval para sacrifício humano.

Resumindo. Cada um dos grupos luciferianos e satanistas da internets se acha a última bolacha do pacote e faz chacota dos outros grupos satânicos. Meia hora em uma lista de discussão satânica na internet nos mostra o baixo nível de discussões e a enorme quantidade de ameaças que fazem uns aos outros ao menor sinal de discussão (ameaças sem resultado prático algum, claro).

Poucos e inexpressivos adeptos

O número reduzido de Adeptos não surpreende: logo nos primeiros níveis de Iniciação na Ordem o candidato é submetido a duras provas que exigem uma compleição física superior e e auto-domínio extraordinário. Por exemplo, o candidato deve passar uma noite sem se mover nem dormir ou passar três meses sozinho em uma cabana na floresta. [NAOS, 1998]. Outros rituais podem ser bem mais inquietantes ou constrangedores. A leitura de um desses manuais de ritos e consagrações explica facilmente porque esse tipo de Sociedade Secreta é secreta e porque tem poucos adeptos fiéis e um balaio de dissidentes envergonhados e wannabes que obviamente nunca nem leram os livros sagrados. Eis, abaixo, um trecho editado do Codex Saerus, organizado pela ONA:

No Rito de Iniciação, realizado ao por do sol, reúnem-se o Mestre do Templo e Senhora da Terra, ambos vestindo robes vermelhos sensuais [alluring scarlet robes]; há também uma princesa, nua; um sacerdote, pelado; um guardião do tempo vestido e mascarado de negro e o resto da congregação, todos usando robes negros…( O candidato começa vestido e vendado mas, evidentemente ficará peladão em pouco tempo.)

…A congregação dança em sentido anti-horário cantando um chamado ao Diabo… [É aí que a Senhora tira a roupa do candidato e oferece-lhe um cálice [sabe Zeus com o quê dentro] …A congregação se reúne em torno do (infeliz) candidato e todos passam a mão na criatura, em todo o corpo… (peraí… uma senhora, um Mestre, um guardião e a galera… eita!)

A Senhora beija o candidato… (O leitor deve ter em mente: apesar do mimimi na internet, a ONA não se compõe de top models; ao contrário, muitas das bruxas famosas contemporâneas são quase 100% barangas, e o manual não fala nada de exames profiláticos preventivos de doenças infecto-contagiosas. E francamente, um sujeito, que se presta a esse papel ridículo, está tendo algum problema de percepção da realidade. Meditemos se os “membros da ONA dos Nexions brasileiros” passaram mesmo por este ritual…)

E a cereja do bolo: Pouco tempo atrás apareceu um ser fake denominado “Satanista da ONA” se apresentando como membro da ONA ha 11 anos, profundo conhecedor do satanismo tradicional, conhecedor do Voodoo e participante de um Hounfort na Louisiana, se metendo a criticar e zoar covens wiccanos, Edie Van Feu, bruxos de facebook e outros personagens caricatos. Arregimentou um pequeno séquito de puxa-sacos, ávidos para entrar nas linhas do “satanismo sério” que ele pregava. Em menos de dois meses, foi desmascarado pelo pessoal do TdC e pelo organizador da página Esquisoterices .

Uma fraude mais picareta que o Rafael Chiconeli…

#Fraudes

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ona-ordem-dos-nove-%C3%A2ngulos

Aleph, o Arcano Zero – O Louco

O Louco é considerado o arcano zero do Tarot.

Cabalisticamente conecta Hochma a Keter.

Um homem anda com um bastão na mão direita. Está de costas, mas seu rosto, bem visível, aparece de três quartos. Sobre o ombro direito leva uma vara em cuja extremidade há uma pequena trouxa.

O personagem está vestido no estilo dos antigos bobos da corte: as calças rasgadas deixam ver parte da coxa direita. Um animal que poderia ser um felino parece arranhar esta parte exposta ou ter provocado o rasgão.

De um chão árido, acidentado, brotam cinco plantas.

O viajante tem a cabeça coberta por um gorro que desce até a nuca e lhe cobre as orelhas; esta estranha touca transforma seu rosto barbudo numa espécie de máscara. Veste uma jaqueta, presa por um cinto amarelo; seus pés estão cobertos por calçados vermelhos.

Significados simbólicos

A busca e o Filho Pródigo. A experiência de ultrapassar os limites.

Espontaneidade, despreocupação, admiração, saudade.

Impulsividade. Inconsciência. Alienação.

Interpretações usuais na cartomancia

Passividade, completo abandono, repouso, deixar de resistir. Irresponsabilidade. Inocência.

Escolha intuitiva acertada. Domínio dos instintos; capacidade mediúnica. Abstenção. O não-fazer.

Mental: Indeterminação devida às múltiplas preocupações que se apresentam e das quais se tem apenas uma vaga consciência. Ideias em processo de transformação. Conselhos incertos.

Emocional: Revezes sentimentais, incerteza frente aos compromissos, sentimentos vulgares e sem duração. Infidelidade.

Físico: Inconsciência, desordem, falta à palavra dada, insegurança, desprazer. Abandono voluntário dos bens materiais. Assunto ou negócio enfraquecido.

Do ponto de vista da saúde: transtornos nervosos, inflamações, abscessos.

Sentido negativo: Enquanto andarilho, o Louco significa queda ou marcha que se detém. Abandono forçado dos bens materiais; decadência sem muita possibilidade de recuperação. Complicações, atoleiro, incoerência.

Nulidade. Incapacidade para raciocinar e autodirigir-se, entrega aos impulsos cegos. Automatismo. Confusões inconscientes. Extravagância. Castigo causado pela insensatez das ações. Remorsos vãos.

História e iconografia

Reis e senhores, desde épocas remotas, tinham bufões em seus palácios, verdadeiras caricaturas da corte. Histórias sobre eles, bem como as representações gráficas desse personagem, podem ser contadas às dezenas.

Mas a imagem deste Arcano – um louco solitário que atravessa os campos e é agredido por um animal – não havia sido representada até então: é própria do Tarô e, nesse sentido, representa uma de suas contribuições mais originais do ponto de vista iconográfico.

Van Rijneberk arrisca a hipótese de que o espírito burlesco e irreverente da Idade Média teria parodiado, neste personagem, a classe dos Clerici vagante que, segundo ele, eram “estudantes migratórios e inquietos, sempre em busca de novos mestres de quem pudessem aprender ciências e idéias, e de novas tabernas onde pudessem beber fiado um pouco de vinho bom”.

Mais de um autor vê nesses viajantes insaciáveis e pouco escrupulosos os primeiros agentes – talvez ignorantes da sua missão, mas de grande eficácia real – da Reforma religiosa.

No desenho feito por Wirth aparece pela primeira vez impresso o termo Le fou (O Louco) para designar o arcano sem número, embora tradicionalmente fosse conhecido por este nome desde muito antes. Tanto o baralho Marselha original, bem como seus numerosos contemporâneos franceses (e os exemplares dos copistas espanhóis) chamam Le Mat a esta carta.

Paul Marteau levantou a hipótese de que este nome seria uma alusão ao jogo de xadrez, já que o protagonista está em cheque (pelos outros, pelo mundo), numa situação de encurralamento semelhante à do cheque mate. A palavra mat, no francês, significa “fosco, abafado, indistinto” e ainda o “cheque mate”, no xadrez. Já o termo mât, quer dizer “mastro”.

Outro estudioso do Tarô, Gwen Le Scouézec, sugere duas variantes etimológicas: o nome viria literalmente do árabe (mat: morto), ou seria uma apócope do italiano matto (louco, doido), nome com que aparece no tarocchino de Bolonha.

Por Constantino K. Riemma
http://www.clubedotaro.com.br/

#Tarot

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/aleph-o-arcano-zero-o-louco

Tarot e Magia – Renato Rocha

Bate-Papo Mayhem 174 – gravado dia 18/05/2021 (Terça) Bate Papo Mayhem e Taberna dos Argonautas entrevistam Renato Rocha – Tarot e Magia

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as, 5as e sábados com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados. Além disto, temos grupos fechados no Facebook e Telegram para debater os assuntos tratados aqui.

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Livros de Hermetismo: https://daemoneditora.com.br/

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Cursos do Final de Ano – 2014

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

Novembro

01/11 – Kabbalah – SP

02/11 – Astrologia Hermética – SP

29/11 – Qlipoth – SP

30/11 – Magia Prática – SP

Informações: marcelo@daemon.com.br

Dezembro

01/12 – EAD de Kabbalah Hermética no ar.

Nestas últimas semanas tenho gravado com o PH e a equipe do Conversa entre Adeptus o primeiro curso de Kabbalah Hermética em EAD. Sempre fui muito reticente em relação a gravar um curso em Ensino à Distância com medo que a qualidade final não conseguisse se igualar a um curso presencial, mas o Curso básico sobre os Chakras do PH me convenceu que era possível ter acesso a muitas vantagens que o curso presencial não tem, como por exemplo:

– O Curso de 8h foi dividido em 4 Aulas de 2h cada, subdividido em 8 blocos com aproximadamente 15 minutos, detalhando cada parte do curso. Desta maneira, além de ter o conteúdo integral do curso presencial, o aluno faz seu próprio horário em casa, podendo estudar à noite, de tarde ou pela manhã, e organizando os blocos de estudo de acordo com suas necessidades. Também pode repetir qualquer parte que não entendeu e pausar para fazer anotações ou consultar a apostila durante o curso.

– Facilidade para ser assistido em celulares ou ipads.

– Graças ao Chroma-Key, pudemos incluir imagens, gráficos e desenhos conforme vou explicando cada parte do curso, tornando a experiência muito mais visual e interativa.

– Conseguimos manter os mesmos valores dos cursos presenciais, com a vantagem que agora é possível dividir em até 12x no cartão.

– Durante o período do curso, estarei à disposição no fórum do EADeptus para tirar dúvidas dos alunos através do fórum.

– Com os Certificados de Conclusão, os alunos que fizerem os cursos em EAD poderão frequentar os cursos intermediários e avançados presenciais.

Conteúdo do Curso

Aula 01 – Kabbalah Hermética, Introdução

1.1 – O que é a Kabbalah Hermética

1.2 – Diferenças entre a Cabalá Judaica e a Kabbalah Hermética

1.3 – Estrutura da Árvore da Vida e Nomenclaturas

1.4 – O Yin e o Yang

1.5 – Terra e Fogo

1.6 – Ar e Água

1.7 – Números: 1, 2, 3, 4, 5 e 6

1.8 – Números: 7, 8, 9 e 10

Aula 02 – Os 7 Planetas e as 10 Esferas

2.1 – A História de Lilith

2.2 – Terra, Lua, Mercúrio e Vênus

2.3 – Sol, Marte, Júpiter e Saturno

2.4 – Urano, Netuno e Plutão

2.5 – Malkuth

2.6 – Yesod

2.7 – Tav, Hod, Shin, Resh

2.8 – Netzach

Aula 03 – A Árvore

3.1 – Qof, Tzaddi, Peh

3.2 – Tiferet

3.3 – Ayin, Samekh, Nun

3.4 – Geburah

3.5 – Mem, Lamed

3.6 – Chesed

3.7 – Kaph, Yod, Teth

3.8 – Daath

Aula 04 – A Árvore

4.1 – Binah

4.2 – Cheth, Zain

4.3 – Hochma

4.4 – Vav, Heh, Daleth

4.5 – Kether

4.6 – Gimmel, Beit, Aleph

4.7 – Correlações de Caminhos entre diversos Autores

4.8 – Considerações Finais

#Cursos #Kabbalah

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-do-final-de-ano-2014

Curso de Kabbalah e Astrologia em Belo Horizonte

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

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Finalmente conseguimos um lugar e data!

01/09 – Kabbalah

02/09 – Astrologia Hermética

Horário: Das 10h00 as 18h00

Informações: marcelo@daemon.com.br

KABBALAH

Este é o curso recomendado para se começar a estudar qualquer coisa relacionada com Ocultismo.

A Kabbalah Hermética é baseada na Kabbalah judaica adaptada para a alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Golden Dawn e Ordo Templi Orientis no século XIX. Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística.

O curso abordará as diferenças entre a Kabbalah Judaica e Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre as 10 Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os 22 Caminhos e Daath, além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, arcanos do tarot, runas e símbolos associados a cada um dos caminhos.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– A Árvore da Vida em todas as mitologias.

– Simbolismo e Alegorias na Kabbalah

– Descrição e explicação completa sobre as 10 esferas (sefirot).

– Descrição e explicação completa sobre os 22 caminhos.

– Cruzando o Abismo (Véu de Paroketh).

– Alquimia e sua relação com a Árvore da Vida.

– O Rigor e a Misericórdia.

– A Estrela Setenária e os sete defeitos capitais.

– Cores, metais, incensos,

– Construção do Templo Astral e exercícios relacionados.

– Letras hebraicas, elementos, planetas e signos.

– Sigilações envolvendo a Kabbalah.

ASTROLOGIA

A Astrologia é uma ciência que visa o Autoconhecimento através da análise do Mapa Astral de cada indivíduo. Conhecido pelos Astrólogos e Alquimistas desde a Antigüidade, é um dos métodos mais importantes do estudo kármico e um conhecimento imprescindível ao estudioso do ocultismo.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– Introdução à Astrologia,

– os 7 planetas da Antigüidade, Ascendente e Nodos

– os 12 Signos,

– as 12 Casas Astrológicas,

– leitura e interpretação básica do próprio Mapa Astral.

Cada aluno recebe seu próprio Mapa Astral (precisa enviar antecipadamente data, hora e local de nascimento) para que possa estudá-lo no decorrer do curso.

Informações: marcelo@daemon.com.br

#Astrologia #Cursos #Kabbalah

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-de-kabbalah-e-astrologia-em-belo-horizonte

Cursos de Hermetismo Julho/Agosto [Update]

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

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25 e 26 de JULHO – Florais, com a prof. dr. Cynthia Carpigiani, em São Paulo. É um curso voltado para a área médica (médicos, veterinários, terapeutas) mas acho interessante para os que se interessam por herbalismo e alquimia. A Cynthia é uma das maiores conhecedoras de florais no Brasil, especialmente em animais selvagens de grande porte (inclusive leões e hipopotamos). Eu sou um dos alunos deste curso, hehehe.

22 e 23 de AGOSTO – Consegui confirmar os cursos de Kabbalah e Astrologia Hermética no Rio de Janeiro para AGOSTO. A boa notícia é que é uma sala bem bacana, no centro, com 20 lugares… a má notícia é que já tem 11 inscritos antes que eu conseguisse postar aqui, então se você quiser fazer os cursos, não fique de bobeira…

DESCRIÇÕES

Florais

– Introdução ao estudo dos florais, Os estudos e descobertas de Dr. Bach, Técnica para o preparo da matriz, solução estoque e solução de uso, Os 7 chakras, Corpos energéticos, Alterações comportamentais mais freqüentes, indicações para animais de companhia (cães, gatos, aves e outros pets), Emoções e órgãos de choque, Como explorar a história do paciente para a escolha dos florais (anamnese), Flores usadas no sistema de Saint Germain e suas indicações, Apresentação de fórmulas prontas, Discussão de casos clínicos (humanos e animais)

Vagas: 20 (atualmente 13)

Local: Rua Vergueiro, 2949 (próximo ao metrô Vila Mariana) – São Paulo – SP

Dias 25 e 26 de Julho, das 9h as 18h – Valor R$ 250,00 (pode ser dividido em 2x)

Maiores informações e reservas através do e-mail vetfloral@gmail.com.

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Rio de Janeiro

22/08 – Kabbalah

23/08 – Astrologia Hermética

Das 9h as 18h

– Haverá também uma palestra gratuita na Livraria Saraiva (em breve eu passo os detalhes de horário e endereço) dia 22/08, sobre “A Árvore da Vida e as diversas religiões e mitologias”.

Informações no email marcelo@daemon.com.br ou (11) 5539-1122.

#Cursos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-de-julho-agosto-update

Algumas fotos dos Cursos

Caramba… hoje estava preparando meu currículo para mandar pro Templo AyaSofia e descobri que já dei aula para mais de mil e duzentas pessoas diferentes… a gente coloca tijolinho por tijolinho, vai fazendo nosso trabalho e, quando percebe, temos um Castelo! mais fotos abaixo…

Ao todo, foram mais de 200 cursos diferentes, de Kabbalah a Gematria, de Tarot a Runas, de Qlipoth a Enochiano, de Ritualística Maçônica a Magia Sexual, de Magia Prática a Astrologia Hermética. A egrégora que foi sendo construída nestes dez anos, somadas a todos estes estudantes e estudiosos de magia, torna o Arcanum Arcanorum uma das Ordens Iniciáticas mais sérias do Brasil.

#Astrologia #Cursos #Kabbalah #MagiaPrática

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/algumas-fotos-dos-cursos

Mapa Astral de David Copperfield

Um dia atrasado, mas não ia deixar passar esta homenagem. David Copperfield, nome artístico de David Seth Kotkin (Metuchen, 16 de Setembro de 1956), é um renomado mágico e ilusionista dos EUA.

Conhecido principalmente por sua combinação de ilusões espetaculares com a habilidade de contar histórias. Seus feitos mais famosos são: fazer desaparecer a Estátua da Liberdade (num programa de televisão – os assistentes ao vivo participavam na ilusão e sabiam como era feita), levitar sobre o Grand Canyon, sair de uma camisa de força e passar através da Muralha da China.

Começou a atuar profissionalmente aos doze anos, e se tornou o mais novo membro admitido na Sociedade dos Mágicos Americanos. Aos dezesseis anos ensinava mágica na Universidade de Nova Iorque.

O Mapa de David Copperfield possui Sol e Jupiter em Virgem, Ascendente em Virgem-Libra (Rainha de Espadas); Lua em Aquário; Mercúrio em Libra; Vênus em Leão; Marte em peixes; Saturno e Caput Draconis em Escorpião-Sagitário (Rei de Bastões).

Uma pessoa extremamente metódica, com facilidade e fluência em tempos, métodos e sistemas. A união das energias de seus principais planetas, o Sol (Virgem) e a Lua (Aquário) resulta em uma pessoa capaz de pegar uma idéia original e transformar uma invenção em algo real e prático. Talvez como os inventores do Polishop. Seu Vênus em Leão indica uma tendência para palcos ou para atuação, muito encontrada em atores e artistas performáticos. Sua energia marciana canaliza esta vontade de exposição na forma de contos de fadas, pelos quais ficou conhecido em agregar seus truques de mágica a histórias e cenários oníricos.

Seu Marte em Peixes também foi responsável pelo “Project Magic”, um projeto de caridade para elevar a auto-estima de crianças e pacientes em mais de 1000 hospitais em todo o mundo.

Saturno (e Caput Draconis) em escorpião o ajudaram a impulsionar estas qualidades para o extremo limite. “Coincidentemente”, o Rei de Bastões, no tarot, muitas vezes é chamado de “Professor de Magia”.

Não é à toa que ele é o maior colecionador e organizador de magicas do mundo, fundador do “Museu de Magia” em Las vegas.

Não resta dúvidas que seu trabalho para a humanidade segue a sua verdadeira Vontade.

#Astrologia #Biografias

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/mapa-astral-de-david-copperfield

Zaratustra, Mithra e Baphomet – parte III

Publicada originalmente no S&H dia 14/5/2008,

Acompanhando esta série “desvendando a origem dos demônios”, cujos posts iniciais estão AQUI e AQUI, o tio Marcelo explicará hoje sobre como surgiram os conceitos de Bem x Mal, deturpados na Igreja Católica e por conseguinte nas Evangélicas e caça-níqueis afins, para providenciar um campo fértil de “nós versus eles” e permitir que agregassem melhor o gado.

E se existia um deus “do bem”, seria necessário inventar deuses “do mal” para servirem como opositores. Para entender como surgiram os demônios, precisamos entender quem eram os deuses das religiões “adversárias” (Shaitanicas).

E, de quebra, também desvendaremos os mistérios de Baphomet!

Diabo, Diabolos e Daimon

Antes de prosseguir, é necessário fazer um adendo. Muitos religiosos gostam de inventar traduções adaptadas às suas necessidades para certas palavras, normalmente de maneira tosca e grosseira, mas que dependendo da erudição com que são colocadas, acabam enganando os desavisados. Uma das favoritas dos fanáticos religiosos é relacionar Daemon, Diabo ou Diabolos com “Acusador” ou “Caluniador”.

Pois bem: Daimon ou Daemon significa “gênio” ou “espírito”. São os Anjos da Guarda da mitologia católica. A palavra em grego para Daimon é “??????”. Já caluniador se escreve “??????????” e acusador “???’??????”, ou seja, palavras BEM diferentes.

Já Diabo vem de Diabolos, cujo significado está atrelado a outra palavra bem conhecida: Símbolos. Diabolos significa “Aquilo que nos separa” enquanto Símbolos significa “Aquilo que nos une”. Desta maneira, uma seita “diabólica” significa, no sentido correto da palavra, “uma seita que nos separa”. Já a relação entre símbolo e união é bem fácil: basta imaginar um time de futebol. O símbolo do time é o brasão que une os torcedores.

Assim falou Zaratustra

Zaratustra, às vezes chamado de Zoroastro, é o fundador do Zoroastrismo. Ele foi um verdadeiro iniciado, nascido na Pérsia cerca de 1.000 anos antes de Cristo. Desde muito cedo, Zoroastro já demonstrava sabedoria fora do comum; aos 15 anos realizava valiosas obras religiosas e era conhecido e respeitado por sua bondade para com os pobres e pelo sistema religioso-filosófico que criou.

Seus sacerdotes, os Magi (sábios), eram vegetarianos, reencarnacionistas, espiritualistas e conheciam muito bem a astrologia. Zoroastro reformulou uma religião chamada Mazdeísmo, com uma visão mais positiva do mundo.

Para entender melhor esta religião, precisamos estudar a estrutura social da época: os persas estavam divididos em três classes; os sacerdotes, os guerreiros e os camponeses. Os Ahuras (“senhores”) eram venerados apenas pela primeira classe, Mithra era um Ahura venerado na classe dos guerreiros; e os camponeses possuíam seus próprios deuses da fertilidade.

O Zoroastrismo prega a existência de um Deus único, Ahura Mazda (“Divindade Suprema”), a quem se credita o papel de criador e guia do universo (Keter, na Kabbalah). Desta divindade emanam seis espíritos, os Amesas Spenta (Imortais Sagrados), que auxiliam Ahura Mazda em seus desígnios.

São eles: Vohu-Mano (Espírito do bem), Asa-Vahista (Retidão suprema), Khsathra Varya (Governo Ideal), Spenta Armaiti (Piedade sagrada), Haurvatat (Perfeição) e Ameretat (Imortalidade). Estes seres travam uma batalha dentro de cada pessoa contra o princípio do mal: Angra Mainyu, por sua vez acompanhado de entidades malignas: O Mau pensamento, a mentira, a rebelião, o mau governo, a doença e a morte.

A grande questão do bem e do mal, colocada por Zoroastro, se resolve DENTRO da mente humana. O bom pensamento cria e organiza o mundo e a sociedade, enquanto o mau pensamento faz o contrário. Esta opção é feita no dia-a-dia da pessoa e ninguém pode fazer uma opção definitiva, pois este é um processo dinâmico e progressivo.

O nome Mithra (Sol) era visto como o “Deus da Luz”. Os vedas o chamavam de Varuna e os persas de Ahura Mazda.

Zoroastro teve muitos problemas em tentar implementar a religião monoteísta, tentando se opor aos sacerdotes de Mithra e os sacrifícios sangrentos dos touros. Zoroastro foi assassinado por sacerdotes de Mithra no templo de Balkh.

Após este período, o culto a Mithra floresceu. Seu dia sagrado, o Solis Invictus, é comemorado a 25 de Dezembro, mesma data do nascimento de Hórus e celebrando a “vinda da nova luz” (claro que não existia o dia 25 de dezembro com este nome, pois o calendário gregoriano só seria inventado muitos séculos depois; a data era calculada pelas luas e pelos astros para cair no Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano).

Mithra era considerado o “Filho de Deus”; filho de Ahura Mazda, recebeu a incumbência de matar o touro primordial. Mithra nasce em uma gruta (lembram-se do que falamos nas outras colunas sobre cavernas, certo?) e o céu é sua casa. Matar o touro é o motivo principal do culto mitraico.

Isto é tão importante para compreendermos várias coisas dentro de diversas culturas que eu vou repetir: “matar o touro é o motivo principal da religião mitraica”.

E tudo isto tem a ver com Astrologia e as precessões (você assistiu Zeitgeist, certo?). Então Mithra simboliza o signo de Áries (o guerreiro) substituindo o signo de Touro nas Eras Cósmicas.

Nos rituais Mitraicos, o boi era sacrificado e imolado (queimado), e sua carne e sangue eram oferecidos aos sacerdotes como oferendas de poder. Eles também consumiam vinho e realizavam rituais sexuais, onde através do sexo e do vinho, chegavam ao êxtase, ou a comunhão com Deus.

Do culto a Mithra também surge a história do Minotauro, onde a cada ano, sete pares de jovens eram oferecidos em seu sacrifício (representando os sete pecados capitais – falaremos mais sobre isto no futuro). Teseu, o guerreiro (Áries), encontra o caminho do labirinto e mata o minotauro (touro), restaurando a paz. A lenda de Teseu é uma derivação iniciática dos cultos a Mithra.

Outro aspecto cultural derivado do Mitraismo são as touradas. Nela, o guerreiro entra em uma arena (a arena representa a Terra) e precisa derrotar em combate o touro, tal qual Mithra fez com o touro primordial. No final da batalha, o touro é imolado e servido como banquete aos sacerdotes e guerreiros da irmandade.

Na bíblia temos referência ao touro quando Moisés desce do monte Sinai com os mandamentos (Kabbalah) e depara com os sacrifícios ao bezerro de ouro. Outra referência astrológica.

Posteriormente, os Essênios e Yeshua (Jesus) substituem o touro imolado e o sangue pelo pão e vinho egípcios: o pão representando o corpo de Osíris e o vinho o sangue de Osíris (“tomai e comei todos vós; este é o meu corpo e o meu sangue que é derramado por vós” é uma oração EGIPCIA e representa o sacrifício de Osíris). Jesus, como iniciado, estava celebrando o culto ao Deus-Sol na chamada “Santa Ceia”.

Com o tempo, as pessoas passaram a preferir a eucaristia vegetariana de Yeshua ao invés do banquete carnívoro de Mithra e o ritual de culto ao Deus-Sol acabou se transformando no que chamamos hoje de Eucaristia. Embora o ritual original tenha sido modificado e sobrevivido até os dias de hoje, de uma forma ou de outra.

Os celtas também tinham o costume de fazer sacrifícios ao Deus-Sol. Mas ao invés do touro, sacrificavam o Javali, símbolo do sol. Quem já leu as aventuras de Asterix sabe que toda vitória era comemorada com um grande banquete celebrado por toda a vila, em um Ágape Fraternal. O mesmo ocorria nas legiões romanas e entre os sacerdotes Mitraicos. Note que a távola redonda (ops, eu disse “távola”… eu quis dizer “Mesa”) ao redor da fogueira forma justamente o símbolo astrológico do SOL (um círculo com um ponto central).

Outro costume de Batismo de Fogo, muito popular entre os soldados romanos de alta patente, consistia no Taubólio, o ritual de sacrifício do touro. Sobre uma forte estrutura em forma de rede de aço, era imolado um touro pelos sacrificadores e seu sangue escorria sobre o iniciado, que fica abaixo desta estrutura, nu, em uma fossa escavada no chão. Ali recebe o sangue sobre a cabeça e banha com ele todo o seu corpo. Ao sair da fossa, todos se precipitavam à sua frente, saudando-o. Após a imolação, recolhiam-se os órgãos genitais do touro (cojones), que eram cozinhados, preparados e servidos ao iniciado.

Apesar de parecer nojento, o ritual é impressionante…

As tradições Mitraicas permaneceram em Roma até o século IV, coexistindo com o Cristianismo. Em 325 DC, o Concílio de Nicéia fixou o deus “verdadeiro” e iniciou-se a queda do culto a Mithra.
Mithra é o padrinho da Igreja Católica, já que roubaram sua festa de aniversário (25 de dezembro), seu dia de celebração (as missas são celebradas no Domingo de manhã – Dia do Sol e hora do sol), o chapéu que os papas, cardeais e bispos usam chama-se Mitra e o templo maior de Mithra ficava em um lugar conhecido como Colina Vaticano, que também foi “substituído” pela Igreja principal católica.

Tertuliano presenciou as cerimônias de culto à Mithra e chamou este ritual de “Paródia Satânica da Eucaristia”, ou “Missa Negra” e muitas das histórias bizarras inventadas sobre o “satanismo” foram derivadas destes cultos. Da distorção destas festividades surgiram as famosas “missas satânicas” nas quais se “usava uma mulher nua como altar, bebia-se sangue e comia-se carne ao invés de pão e vinho, os sacerdotes vestiam-se de preto e usavam o terrível pentagrama” e por ai vai. Uma mistureba de cultos celtas, gregos e mitraicos, com um pouco de criatividade mórbida para assustar os crentes e voilá.

No Concílio de Toledo, em 447, a Igreja publicou a primeira descrição oficial do diabo, a encarnação do mal: “um ser imenso e escuro, com chifres na cabeça e patas de bode”. Claramente uma mistura de Mithra, Pan e Cernunnus.

Claro que quase todos nós prestamos homenagens a Mithra até os dias de hoje: Festividades realizadas no dia dedicado ao Sol (Domingo – Sun-day), envolvendo sacrifícios de bois imolados cuja carne e sangue são consumidos pelos sacerdotes, junto com vinho ou cerveja. A Igreja Católica chama isso de “Paródia Satânica da Eucaristia”, mas as pessoas costumam chamar estas homenagens a Mithra de “Churrasco de Domingo”.

Baphomet

(agradecimentos ao irmão Cezaretti)

Para entender a criação e a falsa associação desta figura meio homem meio bode com a Maçonaria, teremos que seguir um longo e tortuoso caminho iniciando no século XII.

Depois da Primeira Cruzada, no ano 1119 em Jerusalém, surge um pequeno grupo de militares formando uma ordem religiosa tendo como seu principal objetivo proteger os peregrinos visitantes à Palestina. Ficaram conhecidos como os Cavaleiros Templários.

Falarei muito mais sobre eles em uma série de matérias futuras, mas por enquanto, basta sabermos que, devido à necessidade de enviar dinheiro e materiais regularmente da Europa à Palestina, os Cavaleiros Templários gradualmente desenvolveram um eficiente sistema bancário que nunca existira.

Assim, levando uma vida austera com uma forte disciplina, defendendo com desinteresse as Terras Santas, recebendo doações de benfeitores agradecidos, os Templários acumularam com o passar dos anos grande riqueza. Tais poderes, militar e financeiro, os tornaram respeitados e confiáveis para a população da época.

Os Templários financiavam, através de vultosos empréstimos, muitos reis da época. Porém, por volta de 1300 os Templários sofreram diversas derrotas militares, deixando-os em uma posição vulnerável e assim, suas riquezas se tornaram objeto de ganância e ciúme para muitos.

Na época o Rei francês Felipe IV (Felipe, o Belo) estava envolvido em uma tumultuada disputa política contra o Papa Bonifácio VIII e ameaçava com a possibilidade de embargar seus impostos ao clero. Tal agressividade do Rei contra o sumo pontífice era principalmente devido à corte francesa estar falida. Então o Papa Bonifácio em 1302 editou a Bula Unam Sanctam, uma declaração máxima do papado, que condenava tal atitude. Os partidários de Felipe então aprisionaram Bonifácio que escapou pouco tempo depois, mas veio a falecer logo em seguida. Em 1305 Felipe, com uma trama política e pressão militar, obteve a eleição de um dos seus próprios partidários, inclusive amigo de infância, como Papa Clemente V e o convenceu a residir na França, onde estaria sob seu controle todo movimento eclesiástico. (Este era o começo do denominado “Cativeiro Babilônico do Papado”, de 1309 a 1377, durante o qual os Papas viveram em Avignon e sujeitos a lei francesa).

Novamente, falarei mais sobre isso quando chegar a vez de falar sobre os Templários, mas por ora, basta sabermos que o Papa estava sob o controle total do rei Felipe, o Belo.

Agora com o Papa firmemente sob seu controle Felipe voltou-se para os Cavaleiros Templários e a fortuna deles, então denunciou os Templários à Igreja por heresia e esta aceitou tal denúncia. Então em 1307, com o consentimento do Papa, Felipe ordenou uma perseguição aos Templários prendendo-os e jogando-os em calabouços, incluindo o Grão Mestre Jacques de Molay que foi acusado de sacrilégio e satanismo. Em 1312, o Papa, agora um boneco do Rei, emitiu a ordem que suprimia a ordem militar dos Templários com subseqüente confisco da riqueza por Felipe. (Os recursos ingleses dos Templários foram confiscados de forma semelhante pelo Rei Edward II da Inglaterra, sendo a maior parte desta imensa fortuna para Portugal, onde foi criada mais tarde em 1319, a Ordem de Cristo).

Claro que os Templários já sabiam das intenções de Felipe e, quando seus exércitos invadiram os castelos templários, não acharam nem uma moeda sequer do fabuloso tesouro templário, nem a arca da aliança, nem o Santo Graal, que foram enviados em 12 galeões para fora da França.

Assim, os Templários deixaram de existir daquela data em diante e muitos de seus membros, inclusive Jacques de Molay foram torturados e obrigados a se declararem “réus confessos” para uma miríade de crimes, inclusive uma lista 127 acusações e 9 subitens! Estas incluíram tais coisas como a “reunião noturna secreta”, homossexualismo (embasado no símbolo da Ordem, que é dois soldados montando o mesmo cavalo), cuspir na cruz, negar a Cristo, etc…

Entre as acusações contra os Templários havia uma que haviam produzido algum tipo de “cabeça barbuda”. O tal do Baphomet.

Existem várias teorias, inclusive seria um relicário contendo a cabeça de João Batista ou a cabeça de Cristo, a Mortalha de Turin, uma imagem de Maomé (o pai da religião islâmica) entre outras.

Após ser torturado por 7 anos, o Mestre Jacques de Molay acabou, após sua prisão, queimado vivo em praça pública com fogo brando e muitos templários foram mortos também e outros fugindo para outros países. O que vem a ser exatamente o “Baphomet” nunca foi descrito pela Inquisição, mas é fácil perceber que se trata de uma mistureba feita pela Igreja dos ritos antigos egípcios, gregos e romanos, para variar.

Mas… e aquela imagem demoníaca?

Mais de 500 anos depois dos Templários, em 1810 na França, nasce Alphonse Louis Constant, filho de um sapateiro.

Bem cedo, ainda criança, ganhou as atenções de um padre da paróquia local que providenciou para que Alphonse fosse enviado para o seminário de Saint Nichols du Chardonnet e mais tarde para Saint Sulpice estudando o catolicismo romano com o objetivo ao sacerdócio.

Mas deixou o caminho do catolicismo para se tornar um ocultista. De qualquer forma enquanto vivo seguiu o caminho esotérico e adotou o pseudônimo judeu de Eliphas Lévi, que dizia ser uma versão judaica de seu próprio nome.

O trabalho de sua vida foi escrever volumes enormes sobre Magia que incluiam comentários extensos sobre os Cavaleiros Templários e o Baphomet. De todos seus trabalhos o mais conhecido é o que contém a ilustração (o desenho é cópia do original e observe que está assinado por Eliphas Lévi) e era usado como uma fachada para o livro “A Doutrina da Alta Magia” publicado em 1855. Levi também afirmava que se a pessoa reorganizasse as letras de Baphomet invertendo-as, adquiriria uma frase latina “TEM OHP AB” que é a abreviação de “Templi Omnivm Hominum Pacis Abbas“, ou em português, “O Pai do Templo da Paz de Todos os Homens”. Uma referência ao Templo do Rei Salomão, capaz de levar a paz a todos.

A palavra “Baphomet” em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para “sabedoria”.

E o que esta imagem significa?

Na Alquimia, o uso de alegorias e imagens é muito comum para expressar idéias e conceitos. Vamos analisar com calma a figura do Baphomet:

– A imagem possui a cabeça com características de chacal, touro e bode, representando os chifres da sabedoria, virilidade e abundância. O chacal representa Anúbis (o deus-chacal) e também o “Mercúrio dos Sábios”, o Touro representa o elemento terra e o “Sal dos Filósofos” e o bode representa o Fogo e o “Enxofre fixo”. Juntos, a cabeça da imagem representa os três princípios da Alquimia.

– A tocha entre seus chifres representa a sabedoria divina e a iluminação. Tochas estão associadas ao espírito nos 4 elementos e colocadas sobre a cabeça de uma imagem representam a inspiração divina. Isso pode ser observado até os dias de hoje, em personagens de quadrinhos que, quando tem uma idéia, aparece uma lâmpada sobre suas cabeças (grande Walt Disney!).

– O conjunto dos dois chifres também representam as duas colunas na Árvore da Vida e o fogo sendo o equilíbrio entre elas. A lua branca representa a magnanimidade de Chesed (Júpiter) e a lua negra o rigor de Geburah (Marte).

– O pentagrama na testa de Baphomet representa Netzach (Vênus), o Pentagrama, o símbolo da proteção e da magia. Importante notar que ele se encontra voltado com a ponta para cima. As pernas cruzadas associadas ao cubo representam Malkuth.

– Nos braços do Baphomet estão escritos “Solve” no braço que aponta para cima e “Coagula” no braço que aponta para baixo. Solve representa “dissolver a luz astral” e coagula significa “coagular esta luz astral no plano físico”. Em outras palavras: tudo aquilo que você desejar e mentalizar no plano astral irá se manifestar no plano físico. Alguém ai assistiu ao filme “The Secret?”

– Os braços nesta posição representam o “Tudo o que está acima é igual ao que está abaixo”, ou “O microcosmo é igual ao macrocosmo”, ou “Assim na Terra como no Céu”. É a mesma posição dos braços representada no Arcano do Mago no tarot.

– a imagem possui escamas, representando o domínio sobre as águas, ou emoções.

– a imagem possui asas, representando o domínio sobre o Ar, ou a razão.

– a imagem possui patas de bode, representando seu domínio sobre a Terra, ou o material. Também representam a escalada espiritual.

– a imagem possui fogo em seus chifres, representando o domínio sobre o Fogo.

– Os seios representam a maternidade e a fertilidade, e também o hermafroditismo, simbolizando que a alma não possui sexo e que não “somos” homens ou mulheres, mas “estamos” homens ou mulheres.

– a imagem está parcialmente coberta, parcialmente vestida (atenção, irmãos e fraters), representando que o corpo não está apenas no plano material (roupas), mas por debaixo da matéria está também o espírito (parte nua). Podemos perceber isto melhor nos arcanos Estrela e Lua no tarot.

– Baphomet está sentado sobre o cubo. O cubo e o número 4 representam o Plano Material, e estar sentado sobre ele representa o domínio sobre o plano material (vide arcanos Imperador e Imperatriz no tarot).

– O falo do Baphomet é o Caduceu de Hermes, representando a Kundalini e as energias sexuais ativadas, a virilidade e todo o desenvolvimento dos chakras.

– Finalmente, a figura representa a Esfinge, aquela que guarda os portais das iniciações, pela qual os covardes não passarão. Aquele que teme uma figura por pura ignorância nunca será um iniciado.

No tarot de Marselha, podemos observar algumas destas representações. O Diabo (Arcano XV) no tarot representa as Paixões, por isso o homem e a mulher acorrentados em Malkuth (a Terra, o gado) aos pés da imagem. No tarot de Rider Waite, no século XX, o diabo já aparece com a estrela invertida, por influência da Ordo Templi Orientalis (e que para os iniciados não significa nada “satânico”… falarei sobre pentagramas invertidos na próxima coluna).

Associações mentirosas com a Maçonaria

Para analisarmos como esta figura foi parar nas mãos dos ignorantes evangélicos e católicos, precisamos explicar quem foi Leo Taxil (seu verdadeiro nome era Gabriel Antoine Jogand Pagès).

Taxil havia sido iniciado na Maçonaria, mas fora expulso ainda como aprendiz. Por vingança, acabou por inventar uma ordem maçônica “altamente secreta” chamada Palladium (que só existia na imaginação fértil de Taxil) supostamente comandada por Albert Pike (o Grão Mestre da Maçonaria na época). Seu objetivo, então, era revelar à sociedade tal misteriosa e maléfica Ordem.

Ficou famoso com isso e ganhou uma audiência com o Papa em 1887. Assim, a Igreja Católica alegremente patrocinou e financiou a campanha de Taxil, inclusive a edição de seus livros.

Albert Pike (1809-1891) era um Brigadeiro General da Confederação na Guerra Civil Americana que, quase sozinho, foi responsável pela criação da forma moderna do Rito Escocês Antigo e Aceito. Abastado, literato e detentor de uma extensa biblioteca, foi o Líder Supremo da Ordem de 1859 até à data da sua morte em 1891, tendo escrito diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso “Moral e Dogma”.

O panfleto de lançamento do livro de Taxil pode-se ver Baphomet com algumas modificações e um avental maçônico cobrindo o falo. O livro “Os Mistérios da Franco Maçonaria” (lado esquerdo) descreve um grupo de maçons endiabrados que dançam ao redor do Baphomet puxado por um ex-padre, nada mais nada menos, que o famoso e falecido “Pai do Baphomet”, Eliphas Lévi (falecido em 1875). Leo Taxil ganhou muito dinheiro, inclusive do Vaticano, enganado todo tipo de crédulos.

Finalmente, em 19 de abril de 1897 em um salão de leitura, Taxil iria apresentar uma tal senhorita Vaughan, que na verdade nunca existiu, renunciando a Satã e convertendo-se ao catolicismo. A igreja ansiosamente aguardou tal apresentação. Na data o salão lotou de pessoas do clero católico, maçons e jornalistas. Depois de um palavreado enorme, cheio de volteios, Taxil então finalmente revelou que nada tinha a revelar, porque nunca havia existido tal “Ordem Palladium”. Foi um tumulto imenso. De fato, Gabriel Jogand tinha fabricado a história inteira como uma farsa monumental às custas da igreja. No final, foi chamada a polícia para os ânimos fossem controlados e tudo não acabasse em uma imensa briga e quebra-quebra. (Para ler a A Conferência de Leo Taxil na íntegra, clique AQUI). Taxil morreu dez anos depois, em 1907, com 53 anos.

Em suma, Baphomet nasceu de uma lenda dos Templários, ganhou forma nas mãos de Eliphas Leví e foi associado à Maçonaria por Leo Taxil.

E daqui, o resto é história. A fraude, apesar de ter sido revelada por seu criador, continua e é aceita como “verdade absoluta e incontestável” por novas gerações de religiosos ignorantes (ou de má-fé).

A Maçonaria é difamada por uma acusação absurda e também por aqueles que pensam ser religiosos corretos e acabam por perpetuar uma mentira inconscientemente.

#ICAR

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/zaratustra-mithra-e-baphomet-parte-iii