Curso de Tarot e História da Arte em Curitiba

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

Muita gente tem escrito emails pedindo mais detalhes sobre os cursos de Tarot em Curitiba neste final de semana (28 e 29 de Abril). Bem, em primeiro lugar, se vocês estão procurando um curso para aprender a “prever o futuro”, esqueçam; podem pular fora e procurar esses milhares de “tarólogos” que tem aos baldes por ai no orkut. O Tarot é uma ferramenta magística e de auto-conhecimento nobre demais para ser usada dessa maneira tão simplória.

No curso de Arcanos Maiores, utilizo 15 tarots diferentes. Estudamos cada um dos 22 Caminhos da Árvore da Vida e sua correlação simbólica e imagética com cada Arcano do Tarot. Observe as 5 figuras acima, do Mago. O que elas têm de semelhante? no que diferem? por quê? O que representam estes objetos? e as cores?

Começamos pelo Visconti-Sforza, do século XIII, que une a simbologia dos Trionfi renascentistas à estrutura da Árvore da Vida. Em seguida, o tradicional Tarot de Marselha (1560), Rider Waite (1909), Golden Dawn (duas versões), Tarot de Papus, Tarot Egípcio e Tarot de Toth (Crowley). Isto nos dá uma noção muito clara de como os Arcanos se desenvolveram ao longo da história da magia e quais são as principais escolas; suas diferenças e semelhanças.

Também estudamos o Tarot Mitológico, Sephiroth Tarot (cabalístico), Tarot de Lenormand (que originou o que se conhece por “Baralho Cigano” e o Tarot das Bruxas (usado pelas wiccas) e mais quatro ou cinco tarots modernos que eu vario de curso para curso para exemplificar a visão de outras culturas (celta, africano, dos orixás, etc). Somente com esta visão de conjunto é possível compreender a magnitude do tarot e as maneiras como ele pode ser utilizado em rituais e no seu altar pessoal.

Eu também ensino a fazer a leitura do Tarot tradicional, pelo método da Cruz Celta, mas normalmente quando se chega nessa parte do curso, a maioria dos alunos já percebeu que existem usos bem mais interessantes e poderosos do tarot do que apenas o de fazer leituras.

Arcanos Menores

No curso de Arcanos Menores, eu recomendo que a pessoa tenha feito Kabbalah primeiro e, se possível, Astrologia Hermética, pois os Arcanos Menores são praticamente um curso intermediário destas matérias.

É possível fazê-lo sem ter estes pré-requisitos, mas como CADA Arcano Menor é a representação de uma Sephira de um Elemento (10 esferas x 4 elementos = 40 Arcanos menores) e ao mesmo tempo a combinação de um Planeta em um Signo, a compreensão de todo o conjunto da obra hermética, alquimista e astrológica se faz com os 3 cursos (ex. O “Dois de Bastões” é Hochma na Árvore do Fogo/Marte em Áries e os Arcanos da Corte são as energias intermediárias do Zodíaco: Áries-Touro é o Cavaleiro de Moedas, Escorpião-Sagitário é o Rei de Bastões/Ofiúco, e assim por diante, totalizando 12 Arcanos + as 4 Princesas/Pagens, que são as energias elementais puras).

Como a maioria dos tarots utiliza a representação literal nos menores, eu utilizo cinco decks para o Curso de Arcanos Menores (Marselha, Rider-Waite, Mitológico, Crowley e Sephiroth).

Informações e Reservas: marcelo@daemon.com.br

#Cursos #Tarot

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-de-tarot-e-hist%C3%B3ria-da-arte-em-curitiba

Litha

Litha marca o primeiro dia do verão e se situa entre Erelitha e Afterlitha no calendário germânico antigo e um dos oitos sabás neopagães. O termo é usado especialmente no calendário Asatru.

Ocorre no Hemisfério Sul em 21 de Dezembro e 21 de junho no hemisfério norte.

È o momento quem que o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, folhagens e gramados encontram-se lindos e abundantemente floridos e verdes. Muitos dos círculos de pedra, como o Stonehenge, e dos monumentos pré-célticos estão alinhados com o nascer do Sol.

Após a união da Deusa e do Deus em Beltane, O Deus está adulto, um homem formado, e tornou pai – dos grãos. Em sua plenitude, ele traz o calor do verão e a promessa total de fertilização com o sucesso do enlace feita com a Deusa. Sendo o auge do Deus, também prenuncia o seu declínio, nesse momento o Deus, após cumprir a sua função de fertilizador, dá seu último beijo em sua amada e caminha ao país do Verão (Outro Mundo), utilizando o Barco da Morte para morrer em Samhain. Em algumas tradições festeja-se a despedida do reinado do Deus do Carvalho (Senhor do Ano Crescente) e o início do reinado do Deus do Azevinho (Senhor do Ano Decrescente) que durará até Yule. Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois acredita-se que seu poder mágico é muito grande.

Costumes de Litha

Há uma infinidade de lendas e ritos que envolvem a noite do Solstício de Verão: Um dos costumes mais populares na Europa e Norte da África é a colheita de ervas medicinais e mágicas nesse dia. Acredita-se que a plenitude da força do deus está impregnada nessas ervas e contém todo o poder sanador e mágico para a cura de doenças. O visco e o basílico, como outras muitas ervas, são colhidos ritualisticamente e usados para preservar a energia nos tempos frios em encantamentos e sortilégios.

Banhos purificadores e curas milagrosas são realizados nas noites mágicas em fontes, rios e cachoeiras. Acredita-se também que tudo aquilo que for sonhado, desejado ou pedido na noite de Litha se tornará realidade.

Os antigos Povos da Europa acreditam que, nessa noite, criaturas mágicas andam correndo pelos campos e florestas e poderiam facilmente ser vistos e contatados.

Nesse dia os amuletos do ano anterior são queimados e novos talismãs de proteção, poções para sonhos proféticos e filtros são feitos para aproveitar o grande momento de poder.

É costume dar continuidade a grande fogueira de Beltane, como também pula-la para se livrar dos infortúnios e da negatividade. Tradicionalmente essa fogueira é acesa com gravetos de abeto e carvalho, duas árvores consideradas mágicas pelos neopagães.

#Wicca

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/litha-2

Linhas de Ley 1 ½ – respondendo dúvidas

Na medida do possível, eu vou procurar, se acumularem muitas dúvidas, organizar uma coluna intermediária para tentar sanar as questões mais pertinentes antes de continuarmos. Estou retomando a partir do post das pirâmides, as dúvidas que ficaram de lá, ok?

Elvis, Bananeira – Eu coloquei “próximos” porque a terra não é uma esfera, mas achatada nos pólos, e descobrimos isso porque pelo mapa no papel os pontos ficam perfeitamente alinhados, mas um colega conspiratório fez um programa pra jogar estas linhas no Google Earth e acabou que elas precisam ser “esticadas” um pouco na proporção para ajustar ao achatamento da Terra. Mas estas (as linhas base) são as realmente poderosas. O restante é, como alguém mencionou, um fractal, de intensidade BEM menor. Imagina por analogia que são como “veias” em um ser humano… você tem as principais artérias, mas tem também os capilares. Putz… não queria fazer outro post só sobre Linhas de Ley… vou tentar acrescentar esses conceitos do feng shui na próxima coluna, ok?

Julien, Nascimento, Tarcizo Ferreira, André, Psycoberto, Dimmm, Lázaro, João, Jean Carlos, Fernando Fenero, eu não vou começar um blog porque eu já tenho um blog… chama-se “Sedentário e Hiperativo”. Aqui eu escrevo os textos, junto as imagens e dou pro eightbits se virar de postar… se eu tivesse de fazer esta parte técnica, o blog não iria durar uma semana porque eu não tenho paciência e nem tempo para diagramar um blog. Se alguém quiser copiar os textos e imagens pra qualquer blog ou orkut ou fórum, fique à vontade, o importante é difundir a informação.

Carlos Magno, ah sim… Grande Apolônio de Tyana!!! falarei mais sobre ele mais para frente, com os outros alquimistas.

Tarcio Zemel – Um próximo do pólo norte e o outro no Cabo da Boa Esperança (ex- Cabo das Tormentas).

CaYo – 33.

Bananeira – sim, há, em menor ou maior intensidade… a maioria é sutil demais para influenciar, mas existem lugares onde determinado tipo de energia se acumula, e isso pode ser equilibrado com elementos opostos ou complementares. É o princípio do feng shui tradicional.

Sherer – pedras de Ica… procura um livro do JJ Benitez chamado “Meus enigmas favoritos”. Vamos falar sobre elas também, afinal, são a prova viva que os Flintstones realmente existiram (e não estou brincando – homens e dinossauros já conviveram juntos no planeta, esta biblioteca de 11.000 pedras esculpidas mostram isto). Procurem “Javier Cabrera darquea” ou “pedras de ica” no google e divirtam-se.

Arumik, normalmente ministro palestras sobre astrologia hermética, ritualística dentro da maçonaria, templarismo, mitologia básica, simbolismo na mitologia grega, esoterismo em templos antigos (gregos, egípcios), história da arte, história das cruzadas, história da maçonaria, rosacrucianismo, martinismo, história da Igreja Católica, Vida mística de Jesus, Linhas de Ley, ritualística dentro do rosacrucianismo, golden dawn, ocultismo no século XIX, tarot, oráculos, sociedades secretas, origens do nazismo, entre outras. Depende do convite que fizerem.

A maioria é fechada para o público “profano” (não se ofendam com isso, é apenas um termo técnico para designar quem não é iniciado) mas geralmente quando tem algum evento de RPG ou Anime o pessoal pede também palestras sobre alguma coisa diferente. De qualquer forma, eu aviso aqui no Sedentário.

Thaty, Rose, Kojak – vai ter um post só sobre estas pirâmides na Amazônia… tudo a seu tempo… e quanto a deixar vocês curiosos, faz parte da brincadeira para ver se vocês tomam a iniciativa de fuçar no google pra ver se descobrem algo sozinhos também. Para aguçar a curiosidade, comecem pelos círculos de pedra amazonenses.

Marcelo – eu não escrevo só RPGs (risos)… suponha que você seja um Mestre Iluminatti daqueles bem poderosos e ricos. E você queira construir sua casa de praia ou mansão cheia de simbolismos e ritualística de acordo com o seu grau, com detalhes de decoração de arquitetura sagrada, ou simbolismo egípcio, grego, celta… ou colocar um pentagrama disfarçado no seu jardim de inverno… que tipo de arquiteto você contrataria? Quantas pessoas capacitadas para atender a este tipo de demanda você acha que existem no Brasil?

Isto é só uma suposição, ok? Todo mundo sabe que os Iluminatti não existem…

Otávio, Bolívar, Victorius, Arthur, Único – esta coluna vai trabalhar justamente com o que as otoridades não reconhecem como ciência, porque lhes falta visão ou simplesmente porque não tem interesse em apoiar. Quer um exemplo? Tenho um amigo pessoal que trabalhou no Egito e lá a coisa funciona da seguinte maneira: o governo egípcio controla TODAS as escavações e fornece autorizações para você escavar e catalogar os achados, e vigia o seu trabalho com “equipes de supervisão”. Qualquer objeto ou descoberta eu você faça que contradiga minimamente o status quo das otoridades resulta na suspensão da sua autorização com uma desculpa esfarrapada e substituição da sua equipe por outra do governo, que “toma as providências necessárias”. E se você decidir brigar, sua carreira como arqueólogo/pesquisador acaba ali mesmo. É este tipo de coisa que me inspirou para escrever esta coluna. Saco cheio de “cientistas” que não tem capacidade nem para estudar e aceitar o fenômeno do mundo espiritual, por exemplo, que já é dominado pelas ordens ocultistas há séculos.

Mesmo os 40 anos de trabalho laboratorial nos melhores padrões técnicos do prof. Waldo Vieira são boicotados pelas otoridades que mantém seus narizes enfiados na areia recitando a sua “bíblia científica” sagrada e morrendo de medo que o seu mundinho ateu/agnóstico caia sobre suas cabeças se passarem a aceitar o mundo extrafísico como realidade.

Thibas – fantástica a entrevista com o Amit Goswami. Recomendo a todos que leiam.

Feliz, Clevanei, Neiz Lune, Pedrof, Vimerson, Fellipe – sim, é claro que falarei sobre a maçonaria e ordem demolay. Mas para entender como ela surgiu e sua importância, preciso começar pelo Egito e caminhar através dos tempos… ainda teremos pitagóricos, PHI, kabbalah, chakras, essênios, ordens hindus e orientais, tantra, Jesus Cristo e sua esposa e filhos, cátaros, criação da Igreja Católica, perseguição aos hereges, Santo Graal e rei arthur, bruxas e wiccans, satanismo e demonização das religiões, templários, catedrais européias, cruzadas, Jacques demolay, Leonardo Davinci e o Priorado do Sião, Rosacruzes e alquimistas, Guildas de construtores, rito escocês, Rosslin e o grande incêndio de 1666 em Londres antes de chegar as origens da Maçonaria, em 1717. Ainda vai demorar um pouco, mas vale a pena esperar.

Pikib – por falar em coisas harmônicas (e desarmônicas) com a natureza, você sabia que existe uma massa de resíduos plásticos flutuando no Oceano Pacífico com duas vezes o tamanho do Texas? A situação de nossos oceanos é muito pior do que as “otoridades” dizem nos noticiários… A destruição que os “sábios” do nosso tempo estão causando já é muito maior do que eles querem que vocês imaginem. Leia esta matéria AQUI e tenta não embrulhar o estômago com a foto da tartaruga.

Camila e Sérgio – eu tento manter os textos curtos e escritos de uma forma simples, como uma “conclusão”. Os posts PARECEM incompletos porque, na verdade, estou colocando apenas as bases para explicar a origem de algumas coisas importantes mais para a frente e explicar o que representam e preciso que vocês saibam de onde vieram estas referências. Citando o exemplo que você colocou (e eu vou estragar uma surpresa, ok?), o ato de imergir o corpo do candidato dentro de um rio ou banheira com água em uma iniciação (“Baptizem” em grego) representa simbolicamente que, apesar das águas terem coberto toda a civilização antiga e destruído tudo, sempre haverá alguém – o iniciado – para guardar e proteger estes segredos. Além disto, está ligado intimamente aos ritos de morte e renascimento (as doutrinas da reencarnação) de Osíris, o deus sol e outras funções ritualísticas e mágicas que envolvem o astral (a água é um grande condutor de energias astrais, mas que não vem ao caso agora)… mas a importância de se citar este ato simbólico de iniciação egípcia será necessário, por exemplo, quando estivermos demonstrando que Jesus, o Cristo, pertencia à Ordem dos Essênios e, como tal, era guardião das tradições egípcias e um mago iniciado, além de Rabino. E que sua iniciação com o Baptizem foi feita por João Batista (São João, padroeiro adivinhem de que ordem secreta?) seguindo a ritualística dos cultos egípcios (e que mais tarde seriam macaqueados pela igreja católica em sua colcha de retalhos religiosa).

Na medida do possível, vou passar links e livros para vocês consultarem também.

Felipedecoy – Não, nenhuma relação.

Leandro – sim, existem. Exatamente da maneira como você descreveu, com cristais ou agulhas. Os pontos principais de energia que passam por nosso corpo chama-se Chakras estas “rodas” energéticas que podem ser estimuladas com exercícios de respiração e meditação ou cristais para equilibrar as energias e também para desenvolver habilidades “sobrenaturais” (vai no youtube e digita meu nome, depois me conta o que você achou).

Vimerson – as três linhas que você citou já são sérias (Giovani Maciocia, Ysao Yamamura [auricular especialmente!], Auteroche), quem as deturpa são os ocidentais picaretas que fazem cursos de final de semana e se autointitulam “médicos” e saem por ai atendendo. Como você sabe, demora pelo menos 6 meses para se ter um domínio suficiente para começar a se aventurar como acupunturista. Pergunta quem é que respeita isso? Mas acupuntura nem é o maior estupro. Acho que os cursos de final de semana de Reiki – módulo I a IV são os piores… Já vi casos que um fulano fez o curso em uma semana e, um mês depois, estava ministrando cursos… é esse tipo de absurdo que me refiro.

Peço desculpas ao pessoal que não lê inglês, mas não existe quase nada a respeito destes temas em português, infelizmente. A maioria destes livros podem ser encontrados na Amazon.

– Study in Pyramidology , 263p., 1986 by E. Raymond Capt, ISBN 0-934666-21-0

– Back in time to the great pyramids – Sócrates G Taseo, (ISBN ISBN 0-9626053-0-1)

– The Orion Mystery: Unlocking the Secrets of the Pyramids , 325 p., 1994 by Robert Bauval and Adrian Gilbert, Crown Publishers, ISBN 0-684-16171-0

– Symbolic Prophecy of the Great Pyramid , H. Spencer Lewis (acho que este tem em Português, pela AMORC)

– The Giza Power Plant , de Christopher Dunn

– The Complete Pyramid , by Mark Lehner (este tem mais de 600 ilustrações).

– The Great Pyramid Speaks : An Adventure in Mathematical Archaeology , by Joseph B. Gill

– Propehcies of Melchi-Zedek in the Great Pyramid and the Seven Temples , by Brown Landone

– Pyramid Prophecies , 368p., 1988 by Max Toth, Destiny Books, VT, ISBN 0-89281-203-6

– The Rape of the Nile , 399p., 1975 by Brian M. Fagan, ISBN 0-684-15058-1

– Qualquer livro do Graham Hancock

http://www.leyman.demon.co.uk/Book,_Safe_As_Houses.html – sobre influências eletromagnéticas no ser humano

– Ley Lines and Earth Energies – por David Cowan

– Ley Lines, a compreensive guide to alighnments, de D.P.Sullivan

– The old straight path – Alfred Watkins

– The Atlantis Mystery – Eleanor Van Zandt

– Gravitational Mystery spots – Doug Vougt (contém relatórios de trocentas experiências com linhas de Ley)

– The world Grid – David Hatcher

– Earth Star Globe – Bethe Hagens (este tem até um globo para montar incluído)

Mapas de Piri Reis

http://serqueira.com.br/mapas/pirireis.htm

Marcelo Del Debbio

#Astrologia #LinhasdeLey #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/linhas-de-ley-1

Jesus, o ídolo dos Ateus

O termo atheos surgiu durante a Grécia Antiga, em aproximadamente 500 AC, onde o termo significava “sem Deus”, ou “aquele que cortou seus laços com os deuses” e designava um sacerdote que estava rompendo seus laços com seu antigo templo. O termo foi muito usado nos primeiros séculos após as pregações do Avatar Yeshua, em debates entre helenistas (os sacerdotes gregos), essênios e outras facções de cristãos primitivos (antes do Vaticano) onde cada um dos lados usava o termo para designar pejorativamente o outro. Este termo nunca era designado para um membro do povão e seria impensável alguém se auto-proclamar “ateu”. Era o equivalente a um xingamento.

E Jesus, para os helenistas, era o exemplo máximo dos ateus.

Uma das primeiras coisas que eu aprendi quando estudava Religiões e Mitologias comparadas é a de nunca julgar um movimento religioso ou filosófico com os olhos do presente. Para entender o que realmente estava se passando, é necessário nos colocarmos no tempo e no espaço onde cada movimento religioso ou filosófico ocorreu.

E o mesmo vejo acontecer com o dito “movimento ateu” aqui no Brasil. Sempre que leio em algum lugar um alegado ateu que diz “Eu não acredito em Deus” eu penso “Não acredita em Deus ou não acredita no Deus psicopata, vingativo e ao mesmo tempo amoroso e magnânimo (dupla personalidade?) que a Igreja Católica inventou e empurrou goela abaixo durante toda a sua vida?”.

Deus não é um velho sentado na montanha

Entendendo a Kabbalah, podemos perceber que o Jeová (YHVH) bíblico, em suas duas faces, nada mais é do que a representação dual das esferas Geburah (Força, representando a grande restrição e molde das formas) e Chesed (Misericórdia, representando o grande provedor universal) atuando sobre as esferas mais baixas da Árvore da Vida (que é um mapa dos estados de consciência do ser humano). Não há nada que já não estivesse DENTRO do ser humano o tempo todo. Yeshua sabia disso, e o Deus (Keter) que ele pregava é um deus simbólico das arestas que devemos aparar em nós mesmos para atingir o nível de consciência divino. Em outras palavras, Jesus ensinou aos homens como se tornarem deuses (Yeshua era chamado de “O Portador da Luz” em algumas ordens cristãs primitivas… este nome… “Portador da Luz”, lembra alguma coisa para vocês?)..

Outra coisa que precisamos deixar claro é que, hoje em dia, a maioria das pessoas acha que Deuses eram algo como os x-men: criaturas fantásticas cheias de poderes que lançavam raios e trovões, voavam, acertavam flechas a quilômetros de distância e podiam transformar chumbo em ouro. Na verdade, fora dos círculos do povão, os Iniciados sempre souberam que os deuses nada mais são do que grandes egrégoras voltadas para a personificação de forças naturais. São Iniciações nas quais você aprende no Plano físico (Malkuth) a lapidar sua forma de pensar (Hod), sentir (Netzach) e intuir (Yesod) de modo a dominar os seus 4 elementos interiores para permitir o contato com o ser Crístico (e tem cético que acha até hoje que os quatro elementos da alquimia são literais… terra, ar, água e fogo).

Alegorias

Muitos dos ensinamentos da kabbalah são passados adiante através de alegorias, cujas chaves, imagens e desenhos são necessárias para se entender (e principalmente SENTIR) a mensagem que se quer passar. Para os obtusos que não conseguem enxergar nada além do Plano Material, estas alegorias nada mais são do que “contos de fadas”.

Tomemos um exemplo clássico: Todo mundo sabe que os alquimistas são capazes de “transformar chumbo em ouro“. Mas transformamos o chumbo do ego no ouro da essência. Vocês acreditam que outro dia no orkut um dos líderes de comunidades céticas estava em uma discussão exigindo “provas laboratoriais” da transformação de chumbo em ouro? Tem como ser mais patético do que isso?

Vamos pegar um outro exemplo, um conto de fadas clássico: “A princesa está aprisionada em um castelo ou masmorra, protegida por um dragão. Um cavaleiro de armadura reluzente vai até ela, derrota o dragão e salva a princesa, casando-se com ela e, como Rei e Rainha, são felizes para sempre”.

Isto nada mais é do que uma alegoria dentro da Kabbalah para demonstrar o caminho de um iniciado até estar purificado para receber o ser Crístico e tornar-se um boddisathva (ou iluminado, ou christos, ou mestre ascencionado ou qualquer outro nome que queiram dar para isso).

Dentro da simbologia, a princesa representa Yesod, nossa intuição, aprisionado na Pedra Bruta (que é o castelo ou masmorra, representando o plano material de Malkuth).

Através do cavaleiro, que SEMPRE tem uma armadura brilhante e representa todas as sete virtudes, personifica o SOL crístico (Tiferet) da beleza que vai trabalhar esta reforma íntima.

O Dragão representa os 4 elementos (além de ser uma serpente de asas, ele cospe fogo, voa pelo ar, nada na água e caminha sobre a terra) que, por sua vez, representa o caminho de evolução da consciência através das esferas de Hod (razão), Netzach (emoção) e Malkuth (físico), chegando até Tiferet (espiritual). A luta entre o dragão e o cavaleiro representa a essência divina sendo despertada e dominando cada etapa dos 4 elementos (material, intelectual, emocional e espiritual) até que a fagulha divina (princesa) é libertada e se casa com o cavaleiro (no chamado Casamento Alquímico – ver poema de William Blake e música do Bruce Dickinson de mesmo nome) e tornam-se Rei (Hochma) e Rainha (Binah), ultrapassando o Véu de Paroketh e escalando a Árvore da Vida. Falaremos mais sobre isso quando começarem os posts sobre Kabbalah.

Podemos lembrar também da história Perseu e Andrômeda, ou mesmo da alegoria católica para “São Jorge derrotando o dragão” e muitas, muitas outras.

Então, a moral da história é: enquanto as pessoas ficarem procurando por deuses fora de si mesmos, sempre existirá algum pilantra disposto a vendê-los e a dizer o que vocês podem e o que não podem fazer. O Oráculo de Delfos dizia “Conhece a ti mesmo, e conhecerá os deuses e as maravilhas do Universo”. E é disso que se trata a alquimia, astrologia e a kabbalah. Tornar-se você mesmo um deus.

Mas tio Marcelo, e os deuses?

Use os outros Deuses para obter sabedoria. Não os Venere (do latim Venerationem, ou “curvar-se à”), mas os Admire (do latim Admirationem, ou seja “exalte seus sentimentos”). Todos os deuses de todas as mitologias possuem histórias por trás deles e todas estas histórias trazem grandes ensinamentos.

Por outro lado, os deuses formam grandes e poderosas Egrégoras , cheias de energia para serem usadas por aqueles que sabem como acessá-las. Você acha mesmo que pessoas muito mais inteligentes que você iriam venerar um “deus de cabeça de elefante”? A alegoria de Ganesha (meu deus favorito, aliás) é uma das mais lindas e completas lições de vida que já encontrei nas mitologias. Um dia farei um posto apenas sobre ele.

Mas voltando ao assunto: então surge a grande questão “Se todos os deuses estão dentro de seus pensamentos apenas, mas todo pensamento é projetado no astral, então os deuses estão ao mesmo tempo no Universo e dentro de você”, o que nos remete ao Oráculo de Delfos novamente. Parece uma serpente mordendo a própria cauda…

Entendendo os ateus e céticos

Muitas pessoas, lendo esta coluna, devem achar que eu odeio os ateus e céticos ou sou o nêmesis deles, mas nada está mais afastado da verdade. Eu compreendo perfeitamente a posição na Árvore da Vida em que eles estão (da mesma maneira como também compreendo os fanáticos religiosos ou os místicos hippies ou os ateus materialistas).

Tem gente que deve imaginar até que eu e o Kentaro Mori somos inimigos mortais, mas a verdade é que às vezes passamos madrugadas inteiras batendo papo no msn e eu o acho um cara muito inteligente e muito gente boa. Ele tem me ajudado a bolar alguns parâmetros científicos rigorosos para experimentos em alguns laboratórios rosacruzes e eu tenho passado pra ele imagens, fotos e idéias que não tive tempo de pesquisar para ele me ajudar a descobrir se são hoaxs ou não.

Como o ocultista William Blake disse, “Sem opostos não há progresso“.

Todo ocultista é, obrigatoriamente, um cético. Se não for, vai virar um esquisotérico comprador de revistas de horóscopo, amigo dos gnomos de Além da Lenda, abraçador de árvores, entoador de mantras hippies, leitor de revistas de pink wicca e outras modinhas toscas, o que não os tornaria nem um pouco diferentes de um fanático religioso ou de um cético tapado.

Dentro da kabbalah, todos estes casos são desvios do Caminho do Equilíbrio (a título de curiosidade, caminho 25, Arcano XIV, a Temperança): Os materialistas puros (Malkuth), os misticóides (Yesod), os fanáticos céticos (Hod) e os fanáticos religiosos (Netzach). Todos os excessos dos 4 elementos que precisam ser equilibrados na alquimia!

Para entender um ateu, precisamos nos colocar no lugar dele, e acompanhar o desenvolvimento do termo ao longo da história: A partir de Constantino, a religião “oficial” de Roma passou a ser aquele “cristianismo frankenstein” que ainda vamos estudar, mas qualquer pessoa que não estivesse de acordo com a doutrina romana seria considerado um pagão (vindo do latim pagani, ou “pessoa do campo”) ou ateu (“que não possui deuses”).

Esta classificação era meramente filosófica, pois ambos deveriam converter-se ou iriam para a fogueira e nenhum dos dois tipos realmente acabava se convertendo.

No caso dos Pagani, a Igreja bolou formas de absorver, converter seus deuses em diabos e transformar datas festivas em datas católicas (vide 25 de Dezembro). No caso dos ateus, não havia muito o que se fazer a respeito. Uma das curiosidades é que, ironicamente, a imensa maioria das pessoas consideradas atheos pela Igreja encontrava-se dentro das fraternidades rosacruzes (os filósofos iluminados).

Por que “Iluminados”?

Porque dentro destas escolas de pensamento, considera-se que quem está no começo de sua trilha espiritual está “nas trevas da ignorância” e, conforme vai galgando os degraus do autoconhecimento e se lapidando, adquirindo cada vez mais “luz da sabedoria”, até que passa a irradiar esta luz para outras pessoas, ou seja, tornar-se iluminado.

Note que esta “luz” só aparece com muito esforço. Ficar sentado de cabeça baixa esperando alguém te iluminar vai te transformar apenas em uma pedra que recebe luz, mas o brilho precisa vir de dentro para fora, através da lapidação dos defeitos capitais (os tais “7 pecados” que eu vou esmiuçar em colunas futuras). A pessoa precisa “buscar” esta luz através do ceticismo e do ocultismo e, nesta jornada, torna-se um buscador. Note novamente a semelhança com a história de Prometeu/Lúcifer.

Voltando aos Ateus

Posso imaginar um ateu brasileiro como uma pessoa com inteligência acima da média, que tem entre 16 e 40 anos e morou no Brasil por quase toda a sua vida. Esta pessoa foi alimentada com bizarrices durante toda a sua vida: falaram para ele na escola que um sujeito colocou dois animais de cada espécie em um barquinho durante 40 dias para escapar da chuva, falaram que Deus criou o mundo em 7 dias, que a Terra tem 6000 anos de idade, que uma torre desmoronando era a responsável pelas línguas da Terra e por ai vai… e que tudo isso era “a palavra de Deus”. Mais tarde, jogam na nossa cara um Jesus-Apolo com uma história toda picotada e incompreensível e dizem que “ele morreu pelos nossos pecados” ou “morreu para nos salvar”. E pior, que se não acreditarmos nele, este deus bondoso e magnânimo nos lançará nas profundezas do inferno para sermos torturados pela ETERNIDADE.

Qualquer pessoa que tenha um mínimo de inteligência e cultura vai começar a questionar tudo isso.

As pessoas mais velhas, por terem passado 30… 40 anos ouvindo estas histórias em um período sem troca de informações (não havia internet) e onde a dominação educacional, moral e dogmática era MUITO mais pesada do que a nossa certamente terão muito mais dificuldades em largarem este pensamento. Temos de ter paciência e compreender a posição deles: eles nunca tiveram acesso ao conhecimento “oculto”.

Os mais jovens passam pelo estágio da negação: tendo uma inteligência acima da média, escutam essas coisas e assistem ao show de horrores e injustiças que é a cultura do dízimo e pensam “que merda é essa? Isso não pode ser sério!” e passam a se considerar ateus.

É o que eu considero um “ateu estágio 1”. A criação do não-Deus como resposta aos absurdos das Igrejas caça-níqueis. A imensa maioria do pessoal que eu conheço que se denomina “ateu” começa nesta posição.

A partir deste estágio, a pessoa pode se dividir em três categorias: as que adquirem uma revolta interior tão grande com isso que assumem uma forma mais agressiva de contestar esta religião, abraçando qualquer outra coisa que lhe apresentem apenas como resposta direta aos ataques dos crentes… O problema com isso é que estas pessoas geralmente são manipuladas por iniciados em NOX e Goetia para servirem de gado energético com seus “rituais satânicos” disponíveis na internet (um dia eu falo mais sobre satanismo sério) ou montam a sua “religião do não-deus católico” e saem por ai pregando. Esse pessoal, que costumamos chamar de “satanistas de orkut“, leram meia dúzia de livros do Aleister Crowley, não têm a menor idéia de como a ritualística funciona e geralmente são vampirizados e usados como baterias energéticas para iniciados de verdade das Fraternidades Negras.

A segunda categoria é a dos preguiçosos mentais, que decidem parar seu ceticismo por ai. Decidem que “todas as religiões são iguais, não preciso estudar nenhuma, ninguém presta, são todos picaretas e são todas iguais” e normalmente pensam o mesmo das ciências ocultas, fazendo uma mistureba com os charlatões, videntes e afins (e eu também nem vou culpá-los por isso, porque a coisa é realmente suína no ramo misticóide). Eles normalmente consideram efeitos espirituais como fraudes (e também não podemos julgá-los, já que a maioria das coisas que aparecem na TV é mesmo uma palhaçada), mas nunca se deram ao trabalho de buscar pessoalmente qualquer tipo de comprovação, seja para sim, seja para não. Desta categoria surgem os fanáticos-céticos.

Falar “Deus não existe” é, na melhor das hipóteses, uma demonstração de ignorância, arrogância e prepotência, que assumiria que o indivíduo estudou tudo o que há para ser estudado no planeta e, do alto do conhecimento total, poderia tecer algum comentário semelhante. Por outro lado, falar “Deus existe” quando esse “Deus” é aquela aberração fabricada pela Igreja Católica também é um contrasenso… Oh, a ironia.

E percebemos que o comportamento destes céticos é EXATAMENTE IGUAL ao dos fanáticos religiosos. Ambos são “donos totais da verdade suprema e absoluta incontestável”. Discutir com eles é tão ou mais perda de tempo do que discutir com um pastor evangélico.

A terceira categoria é a que eu respeito. Estes buscadores céticos estudam as outras religiões e filosofias (e por estudar não quero dizer “fuçaram na wikipedia”) e entendem os princípios de suas filosofias e doutrinas, chegando até mesmo a absorver e comparar seus ensinamentos sem se deter nos dogmas impostos (Não mentir, não roubar, não matar, ter ética…). Eles podem chegar à conclusão que “nenhuma das religiões que conheci até agora me serve” (esta resposta eu respeito) mas isso não os impede de continuar estudando e respeitando quem ainda não chegou neste estágio.

Eventualmente ele pode encontrar uma filosofia que lhe sirva, OU continuará uma eterna busca. O mesmo vale para os tais “fenômenos sobrenaturais” (e também pode ser estendido para as informações que eu coloco nesta coluna).

Eu, pessoalmente, acredito que não existe nada “sobrenatural”; existem apenas coisas “naturais” que a ciência ortodoxa não teve capacidade para explicar ainda. Incluindo os espíritos e a magia.

Alguns buscadores acabam chegando a um deus-pessoal, ou seja, o chamado EU SOU. Se basta ter um adorador para qualificar um Deus, se você adorar (do latim Adore, ou “conversar, conhecer”) a si mesmo, isto não configuraria o suficiente para classificá-lo como um Deus? Neste estágio, eles deixam de se tornar um “sem-deus” e se tornam a própria divindade, sem necessidade de procurar nada externo (olha o Oráculo de Delfos novamente, crianças).

O Deus-Ciência

Posso afirmar que o universo que conhecemos foi criado no Big Bang (sopro divino), que formou as galáxias, estrelas e planetas, todos compostos dos mesmos átomos originais, apenas combinados de maneira diferente. Os seres humanos são um amontoado de átomos provenientes desta poeira cósmica, que um dia morrerão e serão recombinados em outros átomos para formar outros seres humanos; assim “reencarnando”. Um dia, quando o universo parar de se expandir e passar a se comprimir, ele acabará no Big Crush e todos os átomos retornarão à origem (embora esta teoria ainda esteja sendo intensamente debatida entre os físicos).

Chame o Big Bang de “Deus” e temos: “O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, e um dia retornará ao criador. O homem é Deus”. E a Kabbalah se prova certa mais uma vez, mesmo no maior dos materialismos.

Non nobis, Domine, Domine, non nobis, Domine

Sed nomini, sed nomini, tuo da gloriam.

Marcelo Del Debbio

#Ceticismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/jesus-o-%C3%ADdolo-dos-ateus

Curso de Tarot e História da Arte em São Paulo

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

Muita gente tem escrito emails pedindo mais detalhes sobre os cursos de Tarot em São Paulo nos dias 19 e 20 de Maio. Bem, em primeiro lugar, se vocês estão procurando um curso para aprender a “prever o futuro”, esqueçam; podem pular fora e procurar esses milhares de “tarólogos” que tem aos baldes por ai no orkut. O Tarot é uma ferramenta magística e de auto-conhecimento nobre demais para ser usada dessa maneira tão simplória.

No curso de Arcanos Maiores, utilizo 18 tarots diferentes. Estudamos cada um dos 22 Caminhos da Árvore da Vida e sua correlação simbólica e imagética com cada Arcano do Tarot. Observe as 5 figuras acima, do Mago. O que elas têm de semelhante? no que diferem? por quê? O que representam estes objetos? e as cores?

Começamos pelo Visconti-Sforza, do século XIII, que une a simbologia dos Trionfi renascentistas à estrutura da Árvore da Vida. Em seguida, o tradicional Tarot de Marselha (1560), Rider Waite (1909), Golden Dawn (duas versões), Tarot de Papus, Tarot Egípcio e Tarot de Toth (Crowley). Isto nos dá uma noção muito clara de como os Arcanos se desenvolveram ao longo da história da magia e quais são as principais escolas; suas diferenças e semelhanças.

Também estudamos o Tarot Mitológico, Sephiroth Tarot (cabalístico), Tarot de Lenormand (que originou o que se conhece por “Baralho Cigano” e o Tarot das Bruxas (usado pelas wiccas) e mais quatro ou cinco tarots modernos que eu vario de curso para curso para exemplificar a visão de outras culturas (celta, africano, dos orixás, etc). Somente com esta visão de conjunto é possível compreender a magnitude do tarot e as maneiras como ele pode ser utilizado em rituais e no seu altar pessoal.

Eu também ensino a fazer a leitura do Tarot tradicional, pelo método da Cruz Celta, mas normalmente quando se chega nessa parte do curso, a maioria dos alunos já percebeu que existem usos bem mais interessantes e poderosos do tarot do que apenas o de fazer leituras.

Arcanos Menores

No curso de Arcanos Menores, eu recomendo que a pessoa tenha feito Kabbalah primeiro e, se possível, Astrologia Hermética, pois os Arcanos Menores são praticamente um curso intermediário destas matérias.

É possível fazê-lo sem ter estes pré-requisitos, mas como CADA Arcano Menor é a representação de uma Sephira de um Elemento (10 esferas x 4 elementos = 40 Arcanos menores) e ao mesmo tempo a combinação de um Planeta em um Signo, a compreensão de todo o conjunto da obra hermética, alquimista e astrológica se faz com os 3 cursos (ex. O “Dois de Bastões” é Hochma na Árvore do Fogo/Marte em Áries e os Arcanos da Corte são as energias intermediárias do Zodíaco: Áries-Touro é o Cavaleiro de Moedas, Escorpião-Sagitário é o Rei de Bastões/Ofiúco, e assim por diante, totalizando 12 Arcanos + as 4 Princesas/Pagens, que são as energias elementais puras).

Como a maioria dos tarots utiliza a representação literal nos menores, eu utilizo cinco decks para o Curso de Arcanos Menores (Marselha, Rider-Waite, Mitológico, Crowley e Sephiroth).

Informações e Reservas: marcelo@daemon.com.br

#Cursos #Tarot

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/curso-de-tarot-e-hist%C3%B3ria-da-arte-em-s%C3%A3o-paulo

A História da Bruxaria Moderna: Gardner, Doreen e Alexanders – Claudio Ramos

Bate-Papo Mayhem #051 – gravado dia 30/07/2020 (Quinta) Marcelo Del Debbio bate papo com Claudio Ramos – A História da Bruxaria Moderna: Gardner, Doreen e Alexanders

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as e 5as com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados.

Saiba mais sobre o Projeto Mayhem aqui:

#Batepapo #Wicca

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-hist%C3%B3ria-da-bruxaria-moderna-gardner-doreen-e-alexanders-claudio-ramos

Bruxaria, Paganismo e Magia Sexual – parte II

Semana passada falamos sobre as origens da magia sexual, os Ritos na Suméria, o Hieros Gamos egípcio, as três principais divisões dos estudos iniciáticos e de como a Santa Igreja adora pegar expressões sagradas das outras religiões e transformar em palavras sujas.

Hoje vamos continuar nosso passeio através da história da magia sexual, de Roma até os dias de hoje.

Vou seguir com a narrativa por três pontos de vista diferentes: o masculino, do Templo Solar, que regeu basicamente os exércitos e guerreiros, o feminino, do Templo Lunar, que coordenava as sacerdotisas, e as Fraternidades Mistas, que formavam a maioria dos grupos envolvidos nas festividades pagãs do Hieros Gamos.

Prostitutas Sagradas

Muitas famílias nobres enviavam suas filhas para servirem como Harlots (o termo em inglês hoje em dia é utilizado com o sentido de prostituta, sem tradução para o português) por anos. A Harlot entrava em um templo como uma Virgem Vestal e sacrificava sua virgindade ritualisticamente para o sacerdote que a iniciaria nos mistérios do Hieros Gamos. Esta primeira relação era muito importante pois o sacrifício de sangue para Ishtar marcava a iniciação destas sacerdotisas e era algo considerado muito sério e muito importante (até os dias de hoje, dentro de algumas Ordens Invisíveis). O linho na qual ficavam as manchas de sangue era queimado e dedicado às deusas, consagrado em uma grande festa de acolhida.

Mais tarde, de uma maneira completamente deturpada pelos profanos, isto acabaria dando origem a dois costumes medievais: a “Prima Noche”, na qual o Senhor Feudal requisitava o direito de transar com qualquer mulher que fosse se casar e a exibição do lençol sujo de sangue como “prova” da virgindade da “mercadoria” com a qual o nobre havia se casado.

Outra curiosidade era que, se a garota não havia “dedicado” sua virgindade à deusa Ishtar, e transado sem as devidas ritualísticas (ou seja, fora do templo de Innana/Ishtar), dizia-se que havia “perdido” sua virgindade e não podia se tornar uma prostituta sagrada. Seu dote, obviamente, era muito menor do que o das Harlots.

As Harlots eram tão procuradas que, após este período de dedicação ao templo, havia muitos pretendentes que se apresentavam para pagar o dote destas garotas a fim de poder se casar com elas.

Curiosamente, apesar de todo o culto de sexo sagrado, Ishtar é reverenciada com o nome de “a virgem”, implicando com isso que seus poderes e sua criatividade não dependiam de nenhuma influência masculina. As mulheres detinham o poder e o controle. Para os gregos, era conhecida como Afrodite ou Vênus (para os romanos).

A partir do Código de Hamurabi, em aproximadamente 1750 AC, tudo isso mudou. A mulher passou a necessitar da permissão de seu marido ou pai para tudo, o poder das sacerdotisas foi massacrado e Innana e Ishtar perderam muito do prestígio que possuíam, tornando-se divindades menores e, posteriormente, demônios da luxúria. Muitos dos templos, para não serem fechados por ordem dos governantes, precisaram forjar casamentos falsos para que pudessem continuar funcionando, mas as mulheres passaram a ter de obedecer a estes maridos, o que acabou dando origem aos primeiros “cafetões”. Em menos de 100 anos, os Templos de Prazer acabaram se tornando algo muito mais parecido com o que temos hoje, com o afastamento da ritualística e apenas a troca de moedas por sexo (geralmente para as mãos do homem que controlava estes grupos). A adoção de escravas para suprir as necessidades dos homens e a degradação do valor das mulheres acabou jogando estes locais para a margem da sociedade, onde estão até os dias de hoje, infelizmente.

Enquanto isso, no mundo dos machos…

Conforme estávamos discutindo, o Culto Solar era composto apenas por homens e girava em torno do uso da magia para expandir as habilidades de batalha, capacidade de raciocínio matemático, engenharia, construções utilizando a geometria sagrada, táticas de combate e filosofia.

Na medida do possível, eles tentavam proteger as sacerdotisas, mas o próprio fato de não haverem mulheres nos exércitos e as Ordens serem quase totalitariamente militares tornava tudo muito complicado. As Ordens lunares tornaram-se secretas, abrigadas entre os celtas e romanos e bem longe das garras judaico-cristãs. Já as solares haviam adquirido um poder sem precedentes.

Linhas de Ley para marcar os principais locais de rituais e conectar outros monumentos nestas linhas invisíveis. Estes monumentos servem para ajudar a ajustar a Terra para permitir melhores colheitas, paz, harmonia e prosperidade nas regiões ao seu redor. Um Obelisco representa acima de tudo um Raio de Sol Petrificado (isso é bem óbvio, mas é uma coisa que as pessoas nunca param para pensar… ) que cai sobre a terra em um ponto específico.

Uma segunda característica era muito importante dentro dos cultos solares, que era a iniciação de seus principais guerreiros e líderes. Como eu havia dito na outra coluna, esta iniciação dos comandantes era feita enviando-o para algum lugar bastante inóspito armado apenas com uma adaga e esperava-se que ele não apenas sobrevivesse como trouxesse uma prova de suas capacidades de caçador.

Esta prova era a pele do animal (um lobo, urso ou veado). Nos celtas, bretões e druidas, o mais tradicional eram os gamos ou alces, que o iniciado precisava também remover os chifres e traze-los presos em sua cabeça. A capa vermelha do rei simboliza a pele coberta de sangue do animal. As capas dos soldados romanos, dos exércitos de Esparta e dos guerreiros celtas (além das bandeiras nazistas) simbolizavam este poder. Nos nórdicos, eles vestiam as peles de ursos (Bersekir, da onde se originou o termo Berserker para designar os guerreiros imbatíveis do norte que lutavam sob o efeito de poderosos rituais xamânicos).

Os chifres na cabeça representam o deus das florestas encarnando naquele sacerdote/guerreiro, o que seria de vital importância no Hieros Gamos, pois mostraria que aquele iniciado estava apto a incorporar o avatar de Cernunnos/Baco/Dionísio/Dummuz nos rituais.

Tropa de Elite, osso duro de roer…

Estas ordens solares (e conseqüentemente a maioria dos exércitos da Antigüidade) estavam organizadas da seguinte forma: Cada Centurião (também chamado Hekatontharchos em grego) comandava uma Centúria, que era formada por 100 soldados, organizados em 10 conturbernium, e comandada por um Decurion. Estas contubernia eram formadas por 8 combatentes (chamados de octeto) e mais 2 não combatentes (que cuidavam dos cavalos, comidas, armas e armaduras do octeto). Estes grupos eram tão unidos que acabavam sendo punidos ou recompensados como um todo. Caso algum dos membros de um contubernium cometesse algum ato de covardia ou traição, o grupo todo era escolhido para pagar. Neste caso, os dez soldados pegavam palitos de trigo e aquele que tirasse o menor palito era apedrejado pelos nove colegas. Desta prática, chamada Decimatio, surgiu o conceito do “puxar o palito menor” como sinônimo de má sorte, além da origem da palavra “dizimar” como matança.

Cada seis centúrias formavam uma Cohorte e o conjunto destas cohortes formava a Legião. O Grão Mestre destas ordens era chamado de Monos Archen (que significa em grego “Um comandante”). Monosarchen é a origem da palavra Monarca (Monarch em inglês).

Ok… mas o que esta história sobre exércitos romanos têm a ver com a Teoria da Conspiração? MUITO… Mas por enquanto, não vou contar o por quê. No momento, basta que vocês saibam que uma Cohorte nos tempos de Jesus era formada por 600 homens pesadamente armados.

Celtas, Druidas e a Bruxaria

Fora dos cultos altamente secretos das Bacantes ou dos soldados do Templo Solar, o culto à natureza continuava a todo vapor entre os celtas, druidas e bretões.

Os druidas traçam suas raízes em 300 AC. Os primeiros registros deles foram feitos pelo escriba grego Sotion de Alexandria no século II AC. Os pitagóricos os chamavam de Keltois (Aquele que domina o carvalho). Em latim eram chamados de druides (que tem a mesma origem da palavra Dríade, que significam as “ninfas da floresta” na mitologia grega, que nada mais eram que as sacerdotisas celtas que realizavam seus ritos nas florestas).

Do Egito, os ritos migraram tanto para a Grécia quanto para as Ilhas. Da mesma maneira que os sábios gregos construíam panteões, templos e obeliscos utilizando-se da geometria sagrada, os bretões e celtas erguiam círculos de pedra com a mesma função. Enquanto os gregos realizavam as Bacchanalias, os celtas e bretões realizavam os festivais de Solstícios e Equinócios, bem como as Festas de Beltane e Samhain, onde eram celebrados os Hieros Gamos.

Nos ritos sagrados, o aspecto masculino da divindade era representado primariamente por dois deuses: Cernunnos e o “Green Man” (Homem Verde). Cernunnos é o Deus Chifrudo das florestas, representando todas as forças viris da natureza. Seus chifres podiam ser tanto de carneiro (com toda a simbologia fálica que eu comentei semana passada) quanto de gamos (representando a iniciação dos sacerdotes dentro da tradição solar). De qualquer forma, era a personificação do poder masculino do universo. O Grande Deus. Era sempre representado vestindo peles de animais e muitas vezes com o casco de bode. Cernunnos possui as mesmas atribuições do deus Pan (grego) e do deus Pashupati (hindu). A título de curiosidade, o nome Pan vem do grego Paon, que significa “Pastor”… ah, a ironia…

Agora… deus chifrudo? com pés de bode? Aparecendo nos Sabbaths?… onde a gente já ouviu falar disso? Ah, claro! A Igreja Católica espalhou pelo mundo afora que esta era a imagem do diabo !!! do tinhoso !!! do inominável !!! do coisa-ruim !!! que todos deviam temer e fugir. Estes ataques virulentos continuam até os dias de hoje, não apenas pela Santa Igreja mas também por todas as suas descendentes evangélicas. Eles diziam (dizem) até que as bruxas transavam com bodes, com o demônio e com os outros sacerdotes durante os rituais “satânicos”.

Da parte da Deusa, as sacerdotisas representavam o poder feminino. Eu vou falar mais sobre os ritos quando falar especificamente sobre Bruxaria e as origens da Wicca. Por ora, basta dizermos que mulheres peladas dançando ao luar associadas a livres pensadores não agradavam em nada ao controle da Igreja e, desta forma, a nudez e o sexo foram automaticamente associados ao PECADO (até os dias de hoje).

Devemos grande parte disto a um babaca chamado Santo Agostinho, que por volta de 400 DC reescreveu a gênesis associando a expulsão de Adão e Eva do Paraíso ao sexo e ao tal do “pecado original”.

A partir de então, bruxaria foi associada ao satanismo e qualquer desculpa era uma desculpa para mandar estas pessoas para a fogueira, e assim tem sido até os dias de hoje.

O Carnaval

Com a perseguição religiosa, os Hieros Gamos passaram a ser celebrados disfarçados de bailes de máscaras, também conhecidos como Carnavais. A origem do Carnaval remonta das Saturnálias, que eram festas romanas em honra ao deus Saturno, organizadas entre 23 de Dezembro e 6 de Janeiro, regadas a muito sexo, danças, sacrifícios aos deuses e troca de presentes entre as pessoas (Saturnalia et sigillaricia, que deu origem às trocas de presentes no natal). Para não coincidir com as festividades de Solis Invictus, os romanos acabaram jogando esta data mais e mais para a frente no calendário até chegar a janeiro/fevereiro.

Magia sexual homossexual

Para finalizar, infelizmente, sinto dizer que não existem rituais sexuais homossexuais, por uma razão que, se vocês acompanharam estes textos desde o capítulo dos chakras, deve estar evidente. Todo o fluxo de energias sexuais, do tantra ao Hieros Gamos, opera na diferença energética entre os chakras masculinos e femininos, como uma bateria eletromagnética onde os chakras de cada participante fazem as vezes de pólos positivos e negativos. No caso de APENAS pessoas do mesmo sexo (isso não vale, por exemplo, se estiverem duas mulheres e um homem ou dois homens e uma mulher em um ritual tântrico) esta conexão não funciona. É como tentar fazer uma bateria com dois pólos positivos ou negativos.

As mulheres possuem uma vantagem sobre os homens neste aspecto. Durante a magia, a utilização de fluídos corporais potencializa os resultados do ritual. Em ordem de poder temos: a saliva, sêmen, líquidos vaginais, sangue e, finalmente, o mais poderoso de todos: o sangue menstrual (chamado Menstruum).

Por isso, determinados ritos femininos (as Bacantes, por exemplo) eram realizados em certas luas (e as leitoras sabem que quando muitas mulheres convivem juntas, os ciclos menstruais tendem a se alinhar). Desta maneira, as sacerdotisas estariam em seus períodos menstruais em determinados rituais e este “extra” compensa a presença de um homem.

Talvez apenas o Dumbleodore saiba a resposta…

#Bruxaria #Chakras #HierosGamos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/bruxaria-paganismo-e-magia-sexual-parte-ii

do Coração do Magista

No caminho do magista, desde o neófito e do buscador sério até os altos iniciados certas constantes são notáveis. À medida que se estuda e se aprofunda nos mistérios do mundo, se ampliam horizontes e a sabedoria cresce em nossos corações, é impossível deixar de perceber as posturas das pessoas à nossa volta.

Desde os inúmeros e, espero estar errado, número crescente de esquisotéricos e pseudo-ocultistas/intelectuais de Orkut e MSN, há também a proliferação de uma subespécie dentro da magia que infelizmente infesta nossos círculos e decai o nosso santo e suado trabalho esotérico: os magos de fim-de-semana e os falsos-irmãos.

Um é tão menos importante quanto o outro, e que nós, buscadores sérios temos que aprender a lidar, e combater com todas as nossas forças. Desde tempos imemoriais o mundo ocultista se vê infestado de criaturas desprovidas de senso crítico e alto apreço e apego pelo materialismo, poder e o que for de mais baixo na escala de coisas úteis e/ou necessárias.

A falta de preparo de irmãos por muitos séculos, salvo os poucos verdadeiros mestres, foi dando lugar aos charlatães se passando por leitores desorte, oráculos do futuro, fama e poder com promessas das mais extravagantes possíveis, manchando o nome de nossa tão antiga e divina arte. A ganância de homens de coração impressionável deu vazão a esses falsos e pretensos mestres, alimentando o ego de homens poderosos, que abusavam de poder, e não tinham escrúpulos em derramar sangue, mesmo em nome de sua ‘santa’ religião, seja ela qual for. Os séculos passam, os Aeons se amontoam e lá estão eles, seja como andarilhos munidos de um baralho tosco e uma lábia afiada até metaleiros-gothicos-punks que juram de pés juntos que são vampiros, dragões ou vermes (maggots) e que na verdade mal sabem fazer um simples banimento que preste. Deprimente.

O caminho pela informação séria e verdadeira dos caminhos da alta magia sempre foram veladas a poucos escolhidos que tinham sua fé e sua vontade testados à exaustão a fim de se livrar das amarras do mundo profano e galgar os primeiros degraus em uma evolução real e verdadeira, com estreita ligação com seus respectivos Sagrados Anjos Guardiões (SAG) e anos de trabalho.

Magia é uma escolha que se faz para a vida, e sou totalmente a favor da idéia de que a magia deve ser elitizada, nada contra a propagação do conhecimento, mas deve-se provar o devido valor e respeito para adentrar o templo, atravessar o umbral e ter o mais leve vislumbre da verdade da vida, o universo e tudo o mais.

Tive um inicio conturbado nos caminhos do misticismo. Desde criança sabia que tudo o que pensava que via e que sentia eram reais, mesmo que não da forma que uma criança espera, mas ainda assim era novo demais, e não sabia onde procurar, e infelizmente a biblioteca da escola não tinha nenhum material realmente sério. Pretensão infantil talvez, mas que assentou as estruturas de minha mente, me ajudou a entender em um primeiro momento que o que eu queria alcançar não seria fácil.

Se alguém tem interesse nesses conhecimentos, aconselho paciência, dedicação e muito, muito estudo, principalmente a prática constante. Magia é prática, acredito que todo o conhecimento deve ser usado para algo, se não pode ser aplicado em algo útil para a vida, é peso morto, e há muito material para se estudar, assim sendo: uma tarefa de uma vida.

Em um dos muitos dias em que passava sentado em uma cadeira, na sala do Fr. Goya, enquanto passava o tempo perguntando coisas ao acaso, lendo os livros que ele indicava sobre a mesa, um homem entrou em sua sala, entrou fazendo piada, descontraído e totalmente à vontade, decididamente um velho conhecido do Frater (ainda é pratica comum, mesmo com minhas visitas agora esporádicas, fazermos piadas, mantermos um ambiente leve, com conversas descontraídas, e mesmo nas sérias, mas com o sentimento de sinceridade sempre presente), e fez uma pergunta, incrivelmente feita olhando em meus olhos, eu não tinha muita noção da resposta, mas fiquei maravilhado como a forma que fui tratado (e não era nem um projeto de neófito na época, quiçá um iniciado) o que me fez pensar muito. Ao sair perguntei ao Frater se era impressão minha ou todo magista sério que eu via todos, sem exceção tinham um humor afiado, mesmo os mais sérios, o que por sinal era algo que não havia pensado até então, e que não esperava. Ele respondeu apenas que quem faz caras-e-bocas, poses e fala demais deve, no mínimo, não ser levado a sério, o caminho é muito árduo para qualquer um que queira manter banca, e nenhum desses pretensos góticos-vampiros do Largo da Ordem ou qualquer esquisotérico de Orkut tem mais que um conhecimento raso da verdadeira alta-magia, e ainda se dizem detentores de todo o conhecimento dado por Lúcifer direto do inferno. Aham senta lá.

Outra questão é o numero de pretensos autores de astrologia, tarot, wicca ou qualquer cosia que dê dinheiro e que agrade a grande massa ruminante que assola as bancas atrás do ultimo horóscopo de jornal, ou do ultimo exemplar de tarot

cigano/egípcio/draconico sopra dizer que faz leituras de amor e prevê o futuro. Infelizmente há quem siga esse caminho a vida toda e não percebe o erro que cometeu. Sigam os cânones, não tentem mudar quaisquer ritual só porque lhe convém, não pensem que é fácil. Se pensarem assim me desculpem, mas o mundo não precisa de vocês. Já é difícil lutar para ter o conhecimento adequado da própria alma, do próprio eu, e ainda ter que agüentar afagadores de ego que só querem ter parte em um grupinho de amigos.

Há ainda os falsos-irmãos, enganam ordens, e a si mesmos, compram graus e cargos e nem sabem o que o tal grau faz, apenas para ter um símbolo rosa-cruz/druida/wicca/maçom na lapela e fazer bonito frente a algum seleto grupo de ignorantes influenciáveis. Uma pena. Infelizmente isso existe, ainda, e dependemos do bom senso desses irmãos, que mais fazem manchar os nomes e egrégoras que levamos Aeons para formar e fortalecer.

Sou um caminhante romântico, acredito no papel de cada um perante a humanidade, e acredito no valor dos meus esforços, não apenas a mim, mas perante a humanidade toda. Ainda amo essa terra, apesar de tudo, e sei que um dia o que é feito de bom por nós virá à tona. Um dia.

Que no coração do homem bom exista a força e a coragem necessária para repartir o pão perante outros homens como iguais, como irmãos, como partes da mesma essência divina. Somos divindades em treinamento, não joguem essa encarnação fora. Se for para fazer, que façam direito.

Veremo-nos no topo, nos veremos em dias melhores.

#MagiaPrática #Pessoal

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/do-cora%C3%A7%C3%A3o-do-magista

Cursos de Kabbalah, Astrologia e Tarot – Dezembro 2010

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

11/12 – Tarot (Arcanos Maiores) voltado para a Kabbalah – (Porto Alegre)

12/12 – Chakras, Kundalini e Magia Sexual – (Porto Alegre)

18/12 – Runas – Magia Rúnica, Talismãs e Escrita Rúnica (São Paulo)

19/12 – Astrologia II – Aspectações, Sinastria e Escolha de Datas (São Paulo)

Continue lendo para detalhes.

No final do Ano eu sempre faço os Cursos mais específicos que, embora tenham uma procura menor, são os que eu mais gosto de ministrar porque estudam aspectos mais profundos da magia.

O Curso de Tarot que desenvolvi provavelmente é único aqui no Brasil. Aborda os 22 Arcanos Maiores utilizando-se de 15 Tarots diferentes (Marselha, Rider-Waite, Mitológico, Toth, Hermetico, 2 versões da Golden Dawn, Wiccan, egipcio (2 versões), africano, celta e outros nacionais) para comparar aspectos de imagem, simbolos e correspondências entre eles, bem como um estudo aprofundado destes arcanos em correspondência à Árvore da Vida e a Kabbalah Hermetica.

Como está mais complicado para mim viajar para fora de SP, por conta da pequena Lillith, preparei este curso para quem também não estudou Kabbalah Hermética ainda, de modo a deixá-lo mais completo para o estudante de ocultismo. Também faço as correlações entre os arcanos e ordens iniciáticas e os Caminhos na Árvore da Vida.

O curso de Chakras é muito útil para médiuns, para homens e mulheres que desejam começar a estudar o Tantra e magia sexual e para casais que estejam planejando ter filhos nos próximos anos, dentro dos conceitos magísticos de criação.

O Curso de Runas também é um dos meus favoritos, pois a magia rúnica é uma das mais práticas e eficientes que existe; uma linguagem simbólica que pode ser combinada tanto em sigilos quanto em talismãs ou traçados mágicos com efeitos praticamente imediatos. Para quem já estudou a Kabbalah Hermética, este curso é um excelente complemento, pois o aluno verá o trajeto na Árvore da Vida (Yggdrasil) feito de uma outra maneira, com aspectos culturais diferentes, por conta do clima e da cultura dos povos nórdicos. Runas podem ser combinadas tanto com o tarot quanto com a magia cabalística.

O Curso de Astrologia II lida com aspectos práticos da Astrologia e o aprofundamento do estudo do mapa: As Aspectações mostram as combinações energéticas de dois planetas; a Sinastria mostra como dois mapas astrais combinam ou desarmonizam entre si e finalmente, as eleições de datas para fins magísticos e o estudo do que vulgarmente se conhece como Horóscopo. Este curso é voltado para quem já tem boas noções dos Planetas, Signos e Casas.

Informações no email de sempre: marcelo@daemon.com.br

#Cursos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-de-dezembro-2010

Como criar um Diário Mágico

O Diário Mágico é algo simples de se fazer e um meio valioso de avaliar a nossa evolução perante a nossa jornada. Ele é basicamente um registro de experimentos, exercícios, insights, sonhos e demais experiências importantes durante a jornada iniciática. Parte das nossas memórias é produto de nossa imaginação, por isto registrar detalhadamente as nossas experiências nos priva de armadilhas de nossa própria mente. Ele é pessoal, porém, embora somente o autor tenha acesso a ele, deve-se escrevê-lo de forma a que outras pessoas também possam entendê-lo.

Aleister Crowley, em seu Líber E vel exercitiorum, dá ênfase a criação do diário mágico, onde lemos (adaptado):

1 – É absolutamente necessário que todos os experimentos sejam anotados detalhadamente, durante ou imediatamente após a sua realização.

2 – É muito importante anotar as condições físicas e mentais do(s) experimentador(es).

3 – A hora e o lugar de todos os experimentos devem ser anotados; também o estado do tempo e, em geral, todas as condições que poderiam ter alguma influência sobre os resultados dos experimentos, quer colaborando ou causando diretamente o resultado, quer o inibindo, ou como fontes de erro.

4 – Nesse estágio não é necessário que declaremos por completo o propósito de nossas pesquisas; nem seria este compreendido por aqueles que não se tornaram peritos nestes cursos elementares.

5 – Ao experimentador se aconselha que use sua própria inteligência, e não confie em qualquer outra pessoa, embora distinta, mesmo entre nós mesmos.

6 – O registro escrito dos experimentos deve ser feito de forma inteligível, para que outros possam se beneficiar de seu estudo.

7 – Quanto mais científico for o relatório, melhor. Contudo, as emoções devem ser anotadas, sendo parte das condições gerais. Que, então, o registro seja escrito com sinceridade e cuidado; com a prática, ele se aproximará cada vez mais do ideal.

Aqui temos um método de criação do Diário Mágico proposto pelo Veos (traduzido pelo Bardonista), bastante conhecido para os que estudam Bardon.

Um bom diário é reconhecido por sua precisão e seu detalhe. Ele não deveria ser os escritos desordenados de um homem louco, mas sim um registro organizado dos acontecimentos kármicos e práticas espirituais em sua vida. Existem coisas que deveriam estar presentes no diário do mago nessa ordem:

1. A data do calendário;

2. A data mágica (o dia da Lua, Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus, Saturno e Sol – segunda-feira, terça-feira, quarta-feira, quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo respectivamente);

3. A data celestial, que é a localização do Sol e da Lua no zodíaco na hora da primeira entrada;

4. A hora da entrada;

5. Os detalhes da prática, experiência, ou realização. No caso da prática, deve-se ser muito preciso quanto à duração da prática, sua natureza, e seus resultados;

6. Acima de tudo, seja verdadeiro consigo mesmo e brutal em sua autocrítica. Se você não praticar por um dia, deixe uma página inteira em branco e comece uma pagina nova no próximo dia.

Eis um exemplo de uma entrada de diário, com algumas explicações em parênteses:

25/05/09

Die Luna (Segunda-feira)

Sol 5Gem00 (O sol está no quinto grau de Gêmeos, zero horas e zero minutos)

Luna 27Gem16 (A lua está no vigésimo sétimo grau de Gêmeos, 16 horas)

08:00 – Acordei. Sem sonhos. Não me sinto com muita energia.

08:13 – Tomei banho e usei a magia da água para lavar o corpo astral. Sinto-me melhor.

08:30-08:50 – 10 malas de Japa em Om Namah Shivaya. Concentração foi ruim no início, mas lá pelo sétimo ou oitavo mala a mente ficou focada. Terminei me sentindo mentalmente leve e fresco, e sentindo alegria no Anahata Chakra.

09:00-09:10 – Sirshasana

09:10-09:20 – Sirvangasana

09:20-09:30 – Paschimottasana

09:30-09:35 – Matsyendrasana

09:35-09:40 – Bhujangasana. Todas as asanas foram boas, com boa concentração. Senti shakti na espinha durante paschimottasana muito intensamente.

09:45-10:15 – 20 Sukha Purvaka Pranayama no ciclo 5:20:10, 3 rondas de 10 Bhastrika Pranayama, 3 rondas de 50 Khapal Bhati Pranayama. Sinto a mente sutil e o corpo leve. Muito suor durante Sukha Purvaka seguido por estremecimento.

13:00-13:10 – 30 acumulações respiratórias de força vital nas mãos e então de volta para o universo. As mãos pareciam prestes a explodir com energia, e muito quentes.

20:00-20:30 – Controle do Pensamento. 20 interrupções menores, 3 interrupções maiores.

22:00-22:20 – Meditação no Senhor Shiva no chakra do coração. Bastante feliz.

22:45 – Lembrar de falar com o professor sobre as visualizações durante Sukha Purvaka!

Notas do Tradutor

1 – Veos comete quase o mesmo erro de Aleister Crowley, que iniciava os diários de maneira parecida. No caso de Crowley, ele escrevia a “data mágica” da seguinte maneira (por exemplo): Die Saturn, misturando latim e inglês. Veos tenta escrever a palavra latina correspondente a “dia” e o planeta correspondente também em latim, mas, na verdade, o correto gramaticalmente em latim seria:

Dies Solis (Domingo)

Dies Lunæ (Segunda-feira)

Dies Martis (Terça-feira)

Dies Mercurii (Quarta-feira)

Dies Jovis (Quinta-feira)

Dies Veneris (Sexta-feira)

Die Saturnii (Sábado)

Para algumas pessoas, o correto seria ter Diários Mágicos, pois cada um deve ter uma finalidade diferente. Digamos que você seja um pink wicca e um saulista (“aspirantes” a Saulo Calderon). Então, deveria ter dois diários mágicos – um para suas práticas esquisotéricas e outro para suas tentativas de viagens astrais. Além disso, não preciso gastar tempo para explicar o porquê de ser melhor possuir um diário “físico” a um virtual.

Espero que os que perguntaram sobre como criar um Diário Mágico tenham entendido. Apresentei apenas um método, criado pelo Veos. Existem vários e o mais indicado é aquele que sua intuição indica ou faz.

#hermetismo #MagiaPrática

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/como-criar-um-di%C3%A1rio-m%C3%A1gico