Os números possuem uma realidade mágico-teúrgica que os homens de nossos dias esquecemos, e que trataremos de recuperar. Eles são módulos harmônicos e medidas que relacionam o microcosmo (homem) com o macrocosmo (universo), e respondem a vibrações secretas, que encontram suas correspondências em todas as coisas. Desde os acontecimentos mundiais aos acontecimentos locais e individuais, os quais formam parte da harmonia universal, que se expressa também através de números e medidas, semelhante a uma grande sinfonia. Dali a conexão com a música, e particularmente com os ritmos e os ciclos.
Portanto o número é uma linguagem universal conhecida por todos os povos, que sempre foi considerada como um símbolo revelado, capaz de sintetizar e ordenar o universo, e como um magnífico veículo apto para estabelecer relações entre as coisas, entretecendo as variadas ordens da existência e os graduais mundos ou planos da realidade.
Ainda que a sociedade moderna parecesse crer que os números fossem uma invenção humana, produto do progresso, muito úteis para fazer cálculos estatísticos, bem como para medir, classificar e em geral contar objetos de toda índole, percebendo a série numérica como uma sucessão indefinida e horizontal (numa só dimensão), carente em absoluto de outro significado, nas sociedades tradicionais, pelo contrário, os números são concebidos como deidades ordenadoras, como intermediários, portadores de energias e Idéias superiores que eles mesmos plasmam no Cosmo inteiro.
Os números se correspondem de modo preciso com as figuras da geometria e as notas musicais, como dissemos, em perfeita harmonia com as leis da Astrologia e a ordem do universo.
O percurso que fazem os números desde o um até o dez (do quase imanifestado à manifestação) nos ensinará como empreender o caminho de retorno, a partir da realidade física, em busca da Unidade Metafísica.
O número, como todos os símbolos, é suscetível de ser observado sob dois aspectos: exterior e interior. Desde o ponto de vista externo os símbolos numéricos expressam meramente quantidades; desde o interno, manifestam qualidades do ser. Nosso Programa fará ênfase na visão qualitativa, que é a principal, já que desde nosso ponto de vista o quantitativo é secundário e derivado do qualitativo.
Esta visão esotérica da Numerologia foi transmitida ao Ocidente por meio da Escola Pitagórica, ainda que se a encontre, também, em todas as culturas ligadas à Tradição Primordial.
Segundo os pitagóricos todas as coisas se sintetizam nos nove primeiros números; estes, por sua vez, podem se resumir nos três primeiros; e eles estão contidos na unidade.
Os trabalhos numéricos e geométricos que sugerimos promovem um trabalho de síntese, sempre na busca da unidade de nós mesmos; da unidade do Cosmo; da Unidade do Ser.
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Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/aritmosofia