Em tempos de animosidade entre cristãos e árabes, o que pode ser melhor do que achar uma canção em que o protagonista conta uma história em que ele manda um filho de alá de volta para o berço celestial de Maomé ? O The Cure sempre se achou muito mais assombroso e ameaçador em suas composições do que a maioria dos gótico-satanistas de plantão.
Não deixa de ser verdade, bandas como o The Cure, Bauhaus e Sisters Of Mercy sempre tiveram muito mais profundidade e conteúdo do que a maioria dos wannabes satanistas gritando sandices em latim em seus microfones cheio de perdigotos.
A canção, inspirada em um trabalho de Albert Camus gerou diversos protestos da comunidade árabe na Inglaterra, e até o hoje o fato é lembrado como um sinal da incapacidade de ambas as religiões se tolerarem.
Como diz Gavin Baddeley, o papa das culturas gótica e/ou satanista mescladas à cultura POP: as bandas do pós-punk como o The Cure são inegavelmente mais relevantes para nós do que a maioria daqueles que ostentam pentagramas no peito sem saber que neles, isto não passa de mera exposição de símbolos geométricos.
Andar com uma banana pendurada no pescoço teria o mesmo efeito.
Killing An Arab – The Cure
I’m Standing on a beach With a gun in my hand Staring at the sky Staring at the sand Staring down the barrel At the arab on the ground See his open mouth But hear no soundI’m alive I’m dead I’m the stranger Killing an arab I can turn and walk away Absolutely nothing I’m alive Feel the steel butt jump The dead man on the beach I’m alive |
Tradução de Killing An Arab (Matando um árabe)Parado na praia Com uma arma em minha mão Olhando fixamente para o mar Olhando fixamente para a areia Olhando fixamente para o cano Do árabe no chão Vejo sua boca aberta Mas não escuto nenhum som Eu estou vivo Eu estou morto Eu sou um estranho Matando um árabe Eu posso voltar atrás Ou eu posso abrir fogo com a arma Olhando fixamente para o céu Olhando fixamente para o sol Qualquer escolha que eu faça Tem a mesma importância Absolutamente nenhuma Eu estou vivo Eu estou morto Eu sou um estranho Matando um árabe Senti a arma disparar Acalmando minha mão Olhando fixamente para o mar Olhando fixamente par o sol Olhando fixamente para eu mesmo Refletindo nos olhos O homem morto na praia Eu estou vivo Eu estou morto Eu sou um estranho Matando um árabe |
Nº 44 – Os 100 álbuns satânicos mais importantes da história
Postagem original feita no https://mortesubita.net/musica-e-ocultismo/boys-dont-cry-the-cure/