Manifesto à Criatividade

O Manifesto à Criatividade é um texto de poder.

Ele pode ser usado como um ritual para acessar o poder criativo pessoal ou universal, pode ser usado para abertura do círculo, como uma forma de oração, para invocar a energia criativa para manifestações artísticas. Ler todos os dias de manhã, antes de iniciar um trabalho, antes de dormir, cabe a você experimentar, ousar e acima de tudo ser criativo.

Leia, declame, vibre, musique.

Mãos à obra, a Grande Obra !

– Qual é o seu maior sonho?

– Uma Ferrari Roxa.

– Como assim uma Ferrari roxa? Não existem Ferraris roxas.

– Viu? O mundo te moldou de tal forma que até mesmo seus sonhos estão industrializados, formatados, pré-moldados, em módulos prontos e de fácil digestão. Quando foi que viramos consumidores até de Sonhos? Por que sonhamos como quem vai ao supermercado ao invés de sonhar como uma criança com uma lata de tinta?

Criar é o mais belo atributo humano. Sua mais elevada capacidade. O ato de criar desperta nossa consciência Divina, quase sempre dormente soterrada por uma vida em piloto automático.

É difícil dizer se a criatividade vem de cima para baixo, ou de baixo para cima. Imagino que no final das contas talvez ela seja como um raio. Um relâmpago, ora de uma ponta, ora de outra, mas que quando corre, tem proporções colossais, unindo Céu e Terra, trazendo lampejos de luz na escuridão

O mundo carece de pessoas criativas.

E não estamos falando de reinventar a roda. Falamos, sim, da decisão consciente de buscar, não a solução mais fácil, simples ou encontrada na primeira página de resultados do Google.

Falamos de soluções criativas, de atitudes criativas.

E o que é uma solução criativa ?

A solução criativa é além do óbvio. É uma solução inteligente e ecológica. É ir além do que se apresenta e saber conceder e exigir na medida certa para encontrar uma síntese entre a tese e a antítese. Inteligente é se valer de forma diligente de todo o conhecimento e experiência adquirido, lendo e reescrevendo o que possa ser útil, criando e recriando. Ecológica é a solução que é energeticamente benéfica para todos.

A solução criativa é ativa e reativa. É um estado de espirito que existe para responder um problema existente, mas também busca transformar o meio antes que uma crise se instale. Propõe soluções para problemas que nem sabíamos que existiam.

É a integração entre inspiração, reflexão, sentir e manifestar.

Quando criamos, mudamos o mundo e a nós mesmos. Não existe mão única, sentido obrigatório ou contra-mão.

A Criatividade pode ser treinada e desenvolvida. Tal qual um músculo, precisa de estímulo e repouso adequados e, quando deixada por si mesma, vai sempre regredir a um estado natural.

Sejamos criativos, loucos e novos. Transformemos o mundo, ouçamos a musa e moldemos nosso mundo. É trabalhoso. Estamos desacostumados. Pode até ser difícil no começo, mas nada do que realmente vale à pena é fácil no início.

Se pudéssemos escolher viver em um mundo mais criativo ou menos criativo o que escolheríamos? Não é uma decisão difícil.

Mas nós podemos escolher. Basta escolher criar. O mundo tem críticos demais, analistas demais, estudiosos demais.

Precisamos de mais artistas, música, desenhos, textos, projetos, poemas, filmes, romances e soluções.

A criatividade às vezes bate à nossa porta, e por isso devemos deixar nossas portas abertas.

Às vezes devemos ir até ela e encontrar sua porta já aberta. Mas se estiver fechada, devemos bater, chamar e insistir.

Insista. Seja criativo até diante de sua falta de criatividade. Nada é permanente. Se permita escrever um texto mediano, leia-o novamente e encontre novas palavras. Encontre novas idéias. Encontre outras respostas. Novas notas, melodias e rimas. Permita-se questionar e melhorar, transforme e recrie o mundo. Seja mais, queira mais, ouse mais.

Arrisque-se. Saia do coro da platéia e suba no palco da vida.

A criatividade é mágica, e a Magia é a suprema criatividade. Por inspiração ou treino, exige do praticante que repense todo o seu universo de acordo com uma nova visão e a manifeste.

Não se acomode em sua passividade. Não se contente em ser leitor. Não passe o resto da sua vida, apertando F5, atualizando a página do facebook e dando refresh na sua caixa de entrada de emails.

Agora esqueça esse texto.

E escreva o seu.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/manifesto-%C3%A0-criatividade

O Rap do Alan Moore

Quando você pensa que já viu de tudo na vida, segue o Rap do Alan Moore, cantado pelo próprio.

Acompanhe a letra abaixo:

MANDRILLIFESTO

In times of national demise, speaking historically,

the mulch of crumpled dream and culture is a laboratory,

that breeds outrageous saviours and monsters without warning;

Cromwell, Hitler, Joseph Stalin, Jeremy Corbyn –

emerging from a broken world to find a hole they can fill,

cometh the moment; cometh the Mandrill.

This greed and gore emporium is not how life was meant to be,

with franchises and fads reheated from a previous century,

and nothing new, a neutered future on the retro record deck,

that’s stuck and endlessly repeating in a firebombed discotheque.

Your TV’s in a coma and you can’t get it to wake up.

What you need is a dictatorial baboon in makeup.

Overstated, aggravated and horrifically mutated,

here to see that you’re berated. What’s the last thing you created?

All those logos on your raiment, brand-name badges of enslavement,

drip-fed passive entertainment. Was this your intended statement?

When you have nowhere left to stand you’ll have to take one.

If there’s no culture in the land then you must make one.

Psychopathic, charismatic, I could go on but don’t need to:

as the higher primate it’s my long-awaited fate to lead you.

You have no choice but me, so please do not suggest so.

Hear now the poetry of my Mandrillifesto!

The light of burning corporations will repaint the sky in grenadine.

There’ll be billions of banners and Art Nouveau butterfly bombers like this world has never seen before.

We’ll march on ugliness and stupidity.

We’ll make loveliness compulsory.

And the roar of our orchestra engines will soar evermore in a glorious annihilating symphony, for the tyranny of beauty is our God-given duty.

Every child at birth is to be issued with a ukulele,

given their own flag and granted absolute and utter sovereignty,

and so long as it’s coloured in nicely and has an old woman on, make their own currency. And we’ll turn every urban address into a dripping Rousseau wilderness, and we’ll keep advancing until there’s nobody not dancing.

We’ll put politics in the pillory,

put the art back in artillery.

We can weaponise wonder

and our voice shall be as thunder.

From times of national demise arise new apes like me,

with, in our leopard-scaring eyes, manifest destiny.

I’ll lead you to a fluorescent utopia if you’ll let me:

love me, worship me, obey me – but never pet me.

If we can’t build a future then we’ll be its human landfill. So…

Cometh the moment, cometh the Mandrill.

(Repeat until indoctrinated)

Lyrics: Alan Moore / Music: Joe Brown

Mandrill Make Up: Tamsyn Payne

Artwork by Dominic Mandrell

Arts Lab Northampton

#Arte #Blogosfera

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-rap-do-alan-moore