O Hexagrama

Figura composta de dois triangulos equiláteros superpostos, um com a ponta para cima, outro com a ponta para baixo, formando assim a figura de uma estrela de seis pontas, com um hexágono regular em sua interceção, é um dos simbolos mais universais. É um símbolo mandálico chamado satkona Yantra ou sadkona Yantra encontrado nos antigos templos hindus do Sul indiano construído há milhares de anos. A tradição indiana vê no hexagrama a união de Xiva e Xácti, ou seja, o hierograma fundamental. Ele simboliza a Nara-Narayana, na meditação é o estado de perfeito equilíbrio entre o homem e Deus, e caso se mantenha alcança-se “moksha“, ou “Nirvana“.

Entre os Hebreus e , cristãos e muçulmanos é conhecido como Selo de Salomão, Escudo Supremo de Salomão, ou, na transliteração do hebraico: Magen David, onde Magen significa broquel, defesa, governante, homem armado. O Substantivo Magen refere-se a um objeto que proporciona cobertura e proteção ao corpo durante o combate.

Há uma teoria sobre a origem da forma é que se trata simplesmente de 2 a 3 letras no nome David: hebraico, na sua grafia, David é transliterados como ‘DW-D ». Na bíblia hebraica, a letra “D” (Dalet) foi escrito em uma forma muito mais como um triângulo, semelhante à letra grega “Delta” (?). O símbolo pode ter sido uma simples família crista formada por justaposição e lançando os dois mais proeminentes letras no nome.

Alguns pesquisadores têm teorizado que o hexagram representa o gráfico astrológico no momento do nascimento de David ou anointment* como rei. O hexagram também é conhecido como o “Rei da Estrela” nos círculos astrológicos.

No campo da psicologia, na escola de Jung, essa união de contrários simboliza a ‘união dos mundos pessoal e temporal do Eu com o mundo nõa-pessoal e intemporal do não-Eu’. É em definitivo a união da alma com Deus, alvo de todas as religiões.

Entre as muitas obras de Aleister Crowley, há o chamado Hexagrama Unicurso, ao contrário do hexagrama tradicional, traçado pelo desenho de dois triangulos, este é traçado, como seu nome já diz, com uma unica linha, podendo ser desenhado sem retirara caneta do papel.

Também chamados hexagramas – figuras completamente diferentes – certos simbolos chineses típicos. Estão todos reunidos em um livro, o I-Ching, conhecido sob o nome de O Livrod as Mutações. Os hexagramas são compostas de seis traços cada uma, sendo esses traços ou linhas podendo ser contínuos ou descontínuos. Representam um tao ou princípio universal, que rege a ordem. São formados por dois trigramas, compostos cada um de três linhas, simbolizando o homem entre o céu e a terra. São ao todo 8 trigramas, e suas combinações resultando em 64 hexagramas.

Fonte:
Ocultura – Hexagrama
CHEVALIER, Jean, Dicionário de Símbolos

Leia também:
Do Coração do Magista
Suástica
Coelestium
Histórico Vampirico
O Muro de Cristal

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Alquimia e a Transmutação dos Metais

A Arte alquímica, ao tratar da transmutação dos metais, considera estes como os símbolos das mudanças psicológicas que nos primeiros tempos operam no aprendiz, que estudando com concentração e paciência os textos sagrados e os vivenciando em seu Atanor interno, irá observando as transformações que produz uma nova visão. Desta maneira, perceberá coisas que se lhe escapavam, detalhes nos quais não reparava, e que se lhe vão apresentando carregados de significação. O fascinante processo das transmutações metálicas gera no aspirante uma reverente discrição. Por isso a ciência alquímica é um espelho em que o aprendiz deve se olhar para compreender a estrutura do Cosmo, sua própria constituição. Neste sentido, a busca e a investigação tradicional é especialmente importante.

Por outro lado, relacionamos o processo alquímico com o processo de iniciação, conhecido e praticado desde sempre pela Tradição Unânime e pela Antigüidade. Esta é a Alquimia espiritual, que não se contrapõe, mas, muito pelo contrário, complementa-se com as operações materiais, psicofísicas. A transmutação interior se expressa na psique como uma revolução ou regeneração de valores completa, que inclui a morte do velho homem e o nascimento do Novo Homem. Esta gestação se compara com o nascimento de um mundo, pelo que se corresponde com a Cosmogonia. Por outra parte, o Caminho ou Via iniciática é também réplica do percurso da alma post mortem e inclui a imersão no país dos defuntos. O alquimista, sujeito e objeto desta ciência, deve velar, forçar-se a compreender, ainda que paradoxalmente saiba que os resultados de sua arte só se obtêm com suma paciência e cuidado, e que em ocasiões tem de redobrar esforços. A deidade é permanente assombro e não se deixa conhecer sem sacrifício, ou seja, sem um “ato ou ação sagrada”, que é o que a palavra sacrifício (do latim sacrum facere) quer dizer exatamente. Desta forma, é sabido que os alquimistas da Antigüidade, como os medievais e renascentistas, usavam da oração como um meio efetivo de transmutação e de comunicação com o espírito e a alma do mundo, que através de seus eflúvios temperavam seu caráter.

#hermetismo

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Os Sonhos

Em todas as cosmogonias tradicionais, os sonhos sempre foram considerados como veículos intermediários entre a realidade concreta e sensível e a realidade espiritual e Metafísica. Isto se deve à razão de que os sonhos pertençam precisamente ao estado sutil intermediário, ou seja, ao plano de Yetsirah ou das formações, participando portanto da dualidade inerente ao citado plano, o que os faz suscetíveis de oferecer um aspecto escuro e inferior, ligado ao orgânico e, por conseguinte, ao plano de Asiyah, e outro aspecto, pelo contrário, luminoso e superior, relacionado com o plano de Beriyah e o mundo das idéias. Não seria um erro dizer que é ao primeiro destes dois aspectos ao que presta todo seu atendimento a psicanálise freudiana, que se cinge exclusivamente ao fenomênico, aprofundando nisso, enquanto é o segundo o que verdadeiramente é importante e significativo, pois as imagens que constituem seu conteúdo não são senão idéias revestidas de formas mentais, podendo ser consideradas então, efetivamente, como autênticos símbolos veiculares e reveladores do que está mais além do individual e, por conseguinte, do fenomênico, ou seja, que abrem a determinadas possibilidades de realização interior, com a vantagem de que o ser, no estado de sonho, encontra-se liberado de certas condições implícitas na modalidade corporal e, portanto, espacial, de sua individualidade. Temos o exemplo do conhecido “sonho” de Jacob, durante o qual este vê anjos (os estados superiores) ascender e descer por uma escada, que é o Eixo do Mundo unindo terra e céu, sem esquecer da importância concedida a determinados sonhos em todas as vias iniciáticas, e muito especialmente nas xamânicas de qualquer parte do mundo, que quase sempre se tratam do recebimento de um desígnio, ou de uma revelação concedida pelos espíritos, númenes ou deuses.

#hermetismo

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O Ocultismo

Por Hamal

O ocultismo e o hermetismo expõe maneiras de se conhecer e estudar os mundos extrafísicos de acordo com diferentes linhas. Alguns chamam de mundo de Astral, outros de Espiritual, outros ainda comparam o Astral ao plano das emoções e o espiritual a dos pensamentos, e assim por diante, os separando em níveis e vibrações diversas.

Para nós em nosso estudo o que importa é entender que existe uma vida após esta acabar corpo material e que energias e seres não materiais estão em interação com a matéria. Para o ocultista não é nenhuma novidade que exista algo além da mera percepção que temos pelos cinco sentidos, e se é para você, com o tempo deixará de ser.

Se vestir corretamente em um Templo ou o acender de uma vela são atitudes que lidam com energias extrafísicas. Estaríamos sendo irônicos (ou ineficazes) se praticamos qualquer uma dessas ações sem crer que há algo além da matéria.

A importância do Ocultismo a nós é para responder perguntas como: qual o motivo da oração? Qual o motivo de me portar corretamente em um Templo? Qual o motivo de acender uma vela? E qual o efeito disso tudo? O ocultismo visa entender e conhecer essas energias que ora são egrégoras, ora são espíritos humanos ou não humanos, ou simplesmente ondas de pensamento, e a interação dessas energias com as práticas.

OCULTISMO

Ocultismo vem do latim occultus, que significa “clandestino, secreto, oculto”, o ocultista visa viver e descobrir os segredos do mundo de uma maneira além da casual, a partir de uma experiência pessoal e que nem sempre pode ser explicado por métodos científicos.

Explicamos. Existem duas ciências que são aparentemente opostas, que são as ciências exatas e mensuráveis, e a ciência metafísica e filosófica. As mensuráveis se ocupam em aprender a partir do material, e as metafísicas a partir do imaterial, e ambas tem o objetivo de achar respostas que satisfaçam o espírito humano, porém parece existir um abismo entre as duas. A ciência intermediária entre as duas não se baseia em idéias abstratas e nem em conceitos puramente físicos, a ciência que conecta as duas é a chamada Ocultismo.

O método do ocultismo é estudar e sentir pela prática o metafísico, e essa interação acontece por um despertar da consciência. Temos que entender que somos corpo, alma e espírito, o corpo é dotado de cinco sentidos que em interação com os instintos básicos de sobrevivência como comer, beber água, reproduzir, nos proporciona a capacidade de manter o corpo vivo. Na alma reside a psique, que estão nossa razão e emoção. No espírito (que não é a mesma coisa que alma) está nossa conexão com o divino, é de onde provêm a intuição e aquela voz interna que conversa (ou tenta conversar) com nós.

O corpo está ligado ao elemento terra, tudo que é palpável mensurável e está restrito ao tempo e ao espaço. A alma está ligada ao ar e água, razão e emoção respectivamente, está conectada ao corpo enquanto o corpo está vivo, mas não é restrita ao material podendo se desprender causando o que é conhecido como viagem astral. Já o espírito está relacionado ao elemento fogo, e está ligada a alma e não ao corpo.

As ciências exatas trabalham no elemento terra e ar, a psicologia trabalha no ar e água, a metafísica trabalha no ar e fogo, definindo de maneira grosseira. Dificilmente veremos filósofos, religiosos e cientistas trabalhando em termo de união entre esses estágios. É esse o campo da irreconciliável disputa entre Fé e Ciência.

O Ocultismo trabalha no elemento fogo, pois interage com o espirito, no ar e água pois é através da alma que o espírito se manifesta, e com o terra, pois é no material que estamos vivendo agora e com ele devemos nos preocupar e trabalhar.

Boa parte da humanidade está restrita ao elemento terra, sem nenhum equilíbrio emocional ou racional. Alguns despertam mais o racional e emocional, e pouquíssimos conseguem equilibra-los, pois é uma das mais difíceis tarefas, e menos ainda se preocupam com o espiritual. Temos também aqueles materialistas espirituais que desprezam a razão se prendendo a dogmas, outros ainda que acham razão para dogmas, como também os que sentem o espírito através das emoções (como médiuns), os que sentem o espírito pela razão (como Einstein), e assim por diante.

Podemos definir o ocultista como aquele que busca ter consciência do mundo que o cerca e do que está invisível, em ir além dos sentidos físicos. O ocultista sabe que existe (e não só crê) e interage com o mundo astral e espiritual, pois passou por alguma transformação espiritual (elemento fogo) que o fez sentir que existe algo além e imensurável. Esse é o objetivos das Iniciações, uma transformação espiritual.

Todos sentem esse algo espiritual sutilmente, e se você sentiu agarre e descubra, estude e pratique, pois poucos o fazem.

Complexo? Se sim, vá com calma e releia, pois ainda vamos analisar todos esses processos pelo ponto de vista ritualístico, estamos ainda fundamentando e dando um passo de cada vez.

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Alquimia no Ritual de Iniciação Demolay

Texto do meu irmão Hamal,

O Ritual de Iniciação é de fato um dos momentos mais marcantes em toda Ordem DeMolay. É como se algo fosse implantado, ou despertado, dentro de nós.

A Sala Capitular contêm em si um simbolismo em tudo que há lá, esse simbolismo é herança do que Frank Marshall chamou de “nossos antepassados”. Não há nada que não exista uma ligação ou um motivo de estarem inseridos nos Rituais da Ordem DeMolay. Isso fica bem claro a todo estudante do simbolismo ritualístico, e foi exatamente o que Frank S. Land disse aos primeiros DeMolays antes de suas Iniciações.

A Iniciação tem por objetivo apresentar uma nova realidade ao Neófito. É uma experiência que propõe uma mudança em sua personalidade, para que este tome um novo rumo em sua vida diária com o juramento que lhe é proposto e as virtudes que lhes são apresentadas.

Nossos antepassados são os Hermetistas, são aqueles que criaram a ciência iniciática mais antiga na terra: a Alquimia. Vamos recorrer a seus legados para decifrar esse mistério dentro da Iniciação.

Será mesmo que existe isso na Ordem DeMolay? Vejamos…

ALQUIMIA

Já fizemos uma pequena descrição sobre a Iniciação e a Alquimia no texto Iniciação – Hermetismo e Alquimia, e recomendamos fortemente a releitura desse importante texto para a ideal compreensão do que é Alquimia e qual sua relação com as Ordens. Esse é talvez o assunto de maior importância do blog.

Ao procurarmos sobre “Alquimia” na internet nos deparamos com informações de quais seriam seus objetivos, sua história, alquimistas famosos, etc. Vamos tentar ser claros e rápidos, pois teremos textos específicos sobre o assunto.

Alquimia tem duas possibilidades de origens históricas, o antigo Egito dos Faraós e as primeiras eras da China, apesar de sabemos que foi praticada por todo o globo de maneira semelhante. O objetivo dos alquimistas eram diversos e se destacavam na construção da Pedra Filosofal, que daria sabedoria, saúde e vida eterna ao alquimista, e na transmutação dos metais em ouro.

Os alquimistas foram os primeiros cientistas. Estudavam e analisavam em seus laboratórios como o mundo funcionava, penetravam por trás das aparências procurando as Leis que regem a Terra e os Céus, procurando o porquê disso tudo existir da maneira que existe. E atribuíam um símbolo sagrado por trás de cada descoberta.

Da Alquimia surgiu a medicina como ciência de curar os enfermos com a manipulação dos produtos da natureza, a Astrologia como ciência de prever as mudanças na natureza pelos astros, a Geometria como ciência dos estudos matemático da Terra e seus componentes, o Hermetismo como síntese simbólica e linguagem da Alquimia, a Química como estudo dos elementos e suas interações, a Engenharia e Arquitetura como arte de construir com as mesmas proporções da natureza, entre outras.

Mas isso tudo era antigamente. Hoje, num mundo completamente diferente, devemos nos perguntar “qual o valor que teria a alquimia em nossas vidas além de um conhecimento histórico”?

O grande Carl Gustav Jung desvendou esse véu e percebeu que a Alquimia é fonte de estudo para a psique humana, mostrando que dentro das ciências Herméticas encontram-se as chaves para decifrar o Inconsciente. Destaquemos aqui suas próprias palavras do livro “Psicologia e Alquimia”:

“A alquimia movia-se de fato sempre no limite da heresia e era proibida pela Igreja. Ela desfrutou entretanto da proteção eficaz da obscuridade de seu simbolismo, que a qualquer momento podia ser explicado por uma alegoria inofensiva. Para muitos alquimistas, o aspecto alegórico se achava de tal modo em primeiro plano, que estavam totalmente convencidos de tratar-se apenas de corpos químicos. Outros, entretanto, consideravam o trabalho de laboratório relacionado com o símbolo e seu efeito psíquico. Tal como demonstram os textos, esses alquimistas tinham a consciência do efeito psíquico, a ponto de condenarem os ingênuos fazedores de ouro como mentirosos, trapaceiros ou extraviados. Proclamavam seu ponto de vista através de frases como esta: “aurum nostrum non est aurum vulgi” (nosso o ouro não é o ouro vulgar).

Seu trabalho com a matéria constituía um sério esforço de penetrar na natureza das transformações químicas. No entanto, ao mesmo tempo era – e às vezes de modo predominante – a reprodução de um processo psíquico paralelo; este podia ser mais facilmente projetado na química desconhecida da matéria, uma vez que ele constituía um fenômeno inconsciente da natureza, tal como a transformação misteriosa da matéria. A problemática acima referida do processo do desenvolvimento da personalidade, isto é, do processo de individuação, é expressa no simbolismo alquímico.”

O estudo de Jung sobre Alquimia destaca uma coisa importantíssima que deve ser atentada a todo estudante de Hermetismo. Demonstra a validade das ciências ocultas para com o entendimento do ser humano e sua evolução para o que Jung chamou de Individuação, que é a pessoa tornar-se Si Mesma, alguém inteiro e completo. Para Jung, “processo do desenvolvimento da personalidade, isto é, do processo de Individuação, é expressa no simbolismo alquímico”. Isso é a transmutação do Chumbo em Ouro dos alquimistas, é o processo psicológico de Individuação, é a maturação que devemos ser em vida.

Nossos antepassados bem sabiam o que faziam e estudavam, e temos em nossas mãos seus legados.

As etapas da Alquimia, sua relação com a psique, a transmutação dos metais, Pedra Filosofal, e toda essa “obscuridade do simbolismo” como referido por Jung, voltaremos a estudar e entender melhor, já que os Templários também são alvo de nosso estudo e estes refugiaram e patrocinaram muitas Guildas de Pedreiros-Alquimistas na Idade Média.

Vamos entender agora a relação da Alquimia com o processo da Iniciação DeMolay.

PRINCÍPIO DO GÊNERO

O Sétimo Princípio descrito no Caibalion é este: “O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e seu princípio feminino o gênero se manifesta em todos os planos”.

Esse ensinamento se baseia na seguinte observação do Universo: tudo existem a partir de dois gêneros, para todo positivo existe seu negativo, em todos os planos de existência há sua contra parte, no físico, emocional, racional, energético, etc. Temos o dia e a noite, o veneno e o antídoto, o bem o mal, o macho e a fêmea, o macro e microcosmo, o quente e o frio, o animo e anima na psique, a vida e a morte, até mesmo a gravidade tem sua oposição na energia escura e os átomos tem suas cargas opostas para poderem existir.

Segundo a Tradição é dito que Deus criou tudo em dualidade para que pudesse existir e evoluir, e isso só é possível através do Princípio do Gênero que tem como meta a união dos opostos para haver a criação. Sem oposição não há criação nem evolução!

O Sol e a Lua foram tomados pelos Alquimistas como símbolos opostos que representam o “Grande Pai” e a “Grande Mãe” criadores de tudo. Enfatizemos que isso são símbolos e não uma crença cega. Quando os antigos adoravam o Sol estes estavam adorando a energia da Criação em seu princípio Masculino, e a Lua como princípio feminino. E para quem acha que esses cultos Solares e Lunares acabaram, revejam a origem de festas como Natal, Páscoa, Festa Junina e da Missa. São as mesmas energias que invocamos em nossa Ritualística.

Esses dois astros são opostos em suas energias e finalidades, mas a atuação de ambos é o que mantêm a vida na terra possível de existir e evoluir (isso é estudar Astrologia!). Reveja seus simbolismos nos textos: O Símbolo do Sol e O Símbolo da Lua.

A união do Sol com a Lua, na Alquimia, recebe uma denominação especial: Casamento Alquímico. Assim é denominado a união entre macho e a fêmea de maneira sagrada. E a Iniciação é uma nova vida sendo criada: a vida como Iniciados. A Iniciação da Ordem DeMolay, em especial, explora muito esse simbolismo alquímico.

Vejamos como…

Sabemos que o Altar é o ponto simbólico onde o plano espiritual é invocado e se espalha por toda Sala Capitular, é onde colocamos os utensílios para a Invocação. O Altar é a representação do Sol na arquitetura sagrada. É no Altar onde o Iniciado recebe a Luz. Durante a Iniciação os 23 Oficiais formam um certo símbolo ao redor do altar, e esse símbolo contem em seu centro a Lua.

No momento em que somos consagrados como DeMolays há o Casamento Alquímico entre o Sol e Lua e uma nova vida é criada, recebemos a Luz como DeMolays. E há muito mais. Que essa pequena revelação possa servir de inspiração aos irmão a buscarem ainda mais do que não pode aqui ser dito.

Revejam a imagem do inicio da postagem. Esta imagem simboliza o exato momento da nova vida sendo criada, a união alquímica entre o Sol e a Lua e o Pombo, símbolo do Espirito Santo, descendo para implantar a vida ao produto dessa união. É o próprio momento da Iniciação. Lembrem-se do Oficial que conduz os Iniciados em suas 9 voltas que representam a Vida e o Dia de Trabalho…

Nossos antepassados bem sabiam. Isso é Magia Cerimonial da Ordem DeMolay, e isso é Alquimia.

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Alquimia e Transmutação

Já dissemos que toda a transmutação alquímica, seja material, psicológica ou espiritual, é produzida pelo fogo. Quem aspira ao Conhecimento tem de saber que seu fogo interior –a sede pela Verdade e seu amor a ela– tem que ser constante e contínuo, ou seja, que não se acenda tanto que por sua causa arda e se perca nosso ânimo, e também que não diminua a ponto de se apagar. É o delicado jogo dos equilíbrios de que falavam os alquimistas medievais e renascentistas, os quais também aconselhavam que em todas as operações deviam prevalecer as virtudes da paciência e da perseverança. Na manutenção desse fogo e no controle natural de sua potência, radicam os princípios fundamentais da Alquimia. Não obstante, para harmonizar essas energias é imprescindível conhece-las e experimentá-las, sem negá-las nem dá-las por supostas. Muito pouco sabe o homem ordinário do conhecimento de outras realidades e de si mesmo, mesmo no mais elementar. Considera que sua “personalidade” (quer dizer, seus egos, fobias e manias) é sua verdadeira identidade, sem perceber que extraiu esses condicionamentos do meio, de modo imitativo, carente de significado e de transcendência.

A Ciência Sagrada representa uma guia e um caminho que existe para canalizar nosso processo para o Conhecimento. O aprendiz alquimista tem de compreender que a mente condicionada não pode consigo mesma, e que é necessário reconhecer nossa ignorância, que muitas vezes não é senão afeição a descrições da realidade puramente ilusórias, por meio das quais organizamos nossa existência. A Doutrina Tradicional constitui uma garantia neste sentido, pois facilita e concentra a manutenção desse fogo interno através do entendimento gradual que em nossa aprendizagem vamos obtendo de seus ensinos.

#Alquimia #hermetismo

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O espelho da Mente

Bom, vamos pensar um pouco?

Sendo o Microcosmo um reflexo do Macrocosmo, e tudo indica que o que é Acima também o é Abaixo, podemos ter uma idéia do que a imagem quer nos dizer. Tudo é um reflexo do Todo, e sendo assim, era necessário que para que nosso local de aprendizado (e de todas as vidas evolucionantes) fosse criado, Ele precisaria de um instrumento preciso e neutro. Esta é a Mente Universal. O diagra,a traz esta analogia através da comparação da influência do pensamento do Ego e a ação e a projeção de uma imagem numa tela.

Nós como indivíduos agimos, vivemos e funcionamos em nosso limitado corpo denso. Para que este corpo tenha vida e possa se expressar, precisamos do corpo vital, também conhecido como matriz vital ou corpo energético. Este último liga o corpo denso com o corpo de desejos, ou corpo astral. Veículo de nossas emoções e aspirações. Acima dele, em gradação vibratória, há a Mente, também conhecido como corpo mental. A mente é o último corpo sutil que nos separa da individuação. Além da mente existem outros três veículos que não necessariamente podem ser chamados de corpos, tamanha sutileza que possuem. E acima disso, estamos nós, os Egos evolucionantes, que sem todos estes paramentos, não poderiam ter as experiências imprescindíveis para a evolução.

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O Taoísmo – Igor Teo

Bate-Papo Mayhem #096 – gravado dia 29/10/2020 (Quinta) Marcelo Del Debbio bate papo com Igor Teo – O Taoísmo

Os bate-Papos são gravados ao vivo todas as 3as, 5as e sábados com a participação dos membros do Projeto Mayhem, que assistem ao vivo e fazem perguntas aos entrevistados. Além disto, temos grupos fechados no Facebook e Telegram para debater os assuntos tratados aqui.

Site: igorteo.com.br

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#Batepapo #Tao #taoísmo

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As Peregrinações

A aventura do Conhecimento se descreve muitas vezes como uma viagem ou peregrinação. “Uma viagem de mil milhas começa ante teus pés”. Essencialmente, a peregrinação se relaciona com a busca do Centro do Mundo, onde se estabelece a comunicação interna com os estados superiores do próprio ser. Trata-se de atingir a Pátria Celeste, que é a verdadeira morada do homem, pois, como mencionam diversas tradições, o homem é um estrangeiro nesta terra. A palavra “peregrino” não quer dizer senão isso: estrangeiro. “Vós não sois deste mundo”. Assim, desde que intuímos que não somos “daqui”, a própria vida, com seus avatares, suas lutas, suas paixões, luzes e sombras, converte-se num símbolo exemplar dessa busca interior. A partir desse momento qualquer acontecimento revelará sempre algo, tornar-se-á significativo e simbólico.

Mais concretamente, as denominadas peregrinações aos lugares santos ou sagrados, consideram-se como as etapas do processo iniciático, vinculado à idéia de labirinto e de “perder-se para se encontrar”.

Também as provas simbólicas da Iniciação se denominam “viagens” em que, além da influência espiritual que transmitem, são psico-dramatizadas ritualmente as inibições e tendências negativas do ego, esgotando-as ao emergir para o exterior. Apesar de suas múltiplas dificuldades, o peregrino, em sua viagem interna e externa, percorre um caminho arquetípico, aonde o símbolo é vivido (ritualizado) e se lhe revela com toda a potência de sua energia ordenadora, permitindo-lhe conhecer simultaneamente a realidade de um tempo mítico, no que o prodigioso se faz coetâneo com a realidade horizontal.

Tudo se dá na “roda da vida”, espelho e receptáculo das energias do Cosmo, que o peregrino, efetivamente, tem que reconhecer em si mesmo para chegar ao centro ou coração imóvel da roda, ali onde se produz a identificação com o Universal e o retorno a sua verdadeira origem.

#hermetismo

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