Feliz Ano Novo Rosacruz !

Nesse dia 21 de março de 2022, iniciou-se um novo ciclo para os Rosacruzes de todo planeta. O sol em sua trajetória pelo zodíaco cruza a Linha do Equador Terrestre, e assinala o equinócio de outono no hemisfério sul, e o equinócio da primavera no hemisfério norte e marca a saída do signo de Peixes, o último do Zodíaco, para o de Áries, o primeiro.

Os raios do Sol incidem nos hemisférios Norte e Sul de forma igual (daí o nome “equinócio”) e o dia e a noite se equilibram, tendo 12 horas cada.

Este momento de harmonia da Natureza, que dá fim ao Inverno no Norte e ao Verão no Sul, marca o Ano Novo Zodiacal. É como se fosse um réveillon astrológico, ideal para você começar uma nova fase com o pé direito. Um grande número de sociedades, mantém a milenar tradição de comemorar o Ano Novo no mês de março, ocasião em que tomam deliberações para o período seguinte, e em singular cerimônia, assumem o compromisso de manter os elevados ideais, bem como o de servir altruisticamente à humanidade.

A comemoração do ano novo é feita através do ritual de Ano Novo Rosacruz, que faz parte do Calendário Anual Permanente de Cerimônias Especiais Rosacruzes e deve celebrado na Convocação Ritualística mais próxima do Equinócio.

A cerimônia é organizada em duas partes. A primeira comemora o simbolicamente a vida, e a segunda, instala os novos oficiais ritualísticos e administrativos, para a nova gestão.

A todos os novos oficiais, os nossos mais sinceros votos de sucesso, que o Deus do nosso coração vós ilumine com luz, vida e amor.

E para todos os Rosacruzes, nossos votos são para que neste novo ano, possamos todos evoluir e que o caminhar na Senda nos traga mais sabedoria, saúde e amor.

Com os mais sinceros votos de paz,

A Paz mais Profunda,

Quero desejar para todos, Rosacruzes ou não,

Raul Tabajara

#rosacrucianismo #Rosacruz

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/feliz-ano-novo-rosacruz-1

Lag Baomer e o Sefirat ha Omer

Lag Baômer significa “33º do Ômer,” pois este é o 33º dia da “Contagem do Ômer” que tem a duração de 49 dias, conectando Pêssach a Shavuot, e interligando a jornada dos judeus na saída do Êgito até a chegda ao Monte Sinai. No calendário judaico, este corresponde ao 18º dia do mês de Iyar.

Lag Baômer celebra a vida e os ensinamentos de dois dos mais notáveis Sábios da história judaica: Rabi Akiva e Rabi Shimon bar Yochai.

Rabi Akiva

Rabi Akiva viveu na Terra Santa em uma das épocas mais difíceis de nossa história: a geração seguinte à da destruição do Templo Sagrado (no ano 69 da Era Comum) e a impiedosa perseguição dos judeus pelos romanos. Os Romanos proibiram o estudo de Torá e a prática do Judaísmo sob pena de morte. Rabi Akiva, que estudara com os maiores Sábios da geração anterior, desafiou os Romanos transmitindo o que havia recebido a seus discípulos, garantindo assim a sobrevivência da Torá. De fato, todo o corpo da Lei da Torá (mais tarde registrado na Mishná e no Talmud) pode ser seguido até os ensinamentos de Rabi Akiva e seus discípulos.

Até a idade de quarenta anos, Rabi Akiva foi um pastor analfabeto. Mas Rachel, a bela e piedosa filha do abastado cidadão de Jerusalém cujos rebanhos Akiva pastoreava, reconheceu seu potencial, e prometeu desposá-lo se ele devotasse a vida ao estudo de Torá. Ao pastorear as ovelhas de seu amo certo dia, Akiva encontrou uma pedra na qual havia sido cavado um profundo sulco por um fio de água. “Se gotas de água podem desgastar a rocha sólida,” pensou, “certamente as palavras de Torá terminarão por penetrar na minha mente.”

Akiva e Rachel casaram-se, e ele cumpriu sua promessa, dedicando-se ao estudo da Torá. Deserdados pelo pai de Rachel, os dois suportaram anos de pobreza e labuta; por fim, entretanto, o sacrifício foi recompensado: Rabi Akiva tornou-se o mais notável mestre de Torá de seu tempo, com 24.000 alunos. “Tudo aquilo que consegui, e tudo que vocês conseguiram,” disse a eles, “é pelo mérito dela.”

Morte entre os discípulos

Mas então uma tragédia ocorreu. A discórdia e os conflitos entre os discípulos de Rabi Akiva conduziram milhares à morte nas semanas entre Pêssach e Shavuot, dizimados por uma peste. É por este motivo que neste período não realizamos casamentos, cortes de cabelo, ou escutamos música.

Em Lag Baômer, o 33º dia da Contagem do Ômer tristeza e luto são suspensos por dois motivos: nesta data cessou a morte dos discípulos de Rabi Akiva e marca o dia de falecimento de Rabi Shimon bar Yochai. Seus ensinamentos revelaram a dimensão mística da Torá: a Cabalá, a “alma” do Judaísmo. Rabi Akiva reconstruiu sua grande Escola de Estudos de Torá, reiniciando com seus cinco discípulos sobreviventes: Rabi Meir, Rabi Yehudá, Rabi Yossi, Rabi Nechemia e Rabi Shimon bar Yochai.

Rabi Shimon bar Yochai

Como Rabi Akiva, seu mestre, Rabi Shimon sofreu perseguição por parte dos Romanos, e sua cabeça foi colocada a prêmio. Rabi Shimon precisou esconder-se com seu filho, Rabi Elazar.

Foram até as colinas ao norte de Israel, e ocultaram-se em uma caverna onde estudaram Torá dia e noite. D’us realizou muitos milagres para eles: uma alfarrobeira cresceu na entrada da caverna para alimentá-los, e a água foi fornecida por uma fonte de água fresca. Eliyáhu, o profeta, apareceu a eles, ensinando-lhes os mistérios e segredos da Torá.

Após doze anos na gruta, Rabi Shimon soube que o imperador romano que havia decretado sua morte não vivia mais. O perigo havia passado; Rabi Shimon e seu filho podiam agora deixar a caverna.

Foi em Lag Baômer que Rabi Shimon e Elazar saíram da escuridão para a luz do sol. Era primavera, e os fazendeiros estavam atarefados nos campos, arando e semeando. Porém para Rabi Shimon, esta não foi uma visão bonita. Para ele parecia uma grande tolice, talvez um pecado. O tempo do ser humano neste mundo é precioso e breve – como podia desperdiçá-lo trabalhando a terra, quando poderia devotar-se aos esplendor da sagrada Torá de D’us?

Rabi Shimon havia desenvolvido notáveis poderes durante os doze anos na gruta, e agora, ao observar com ira esta visão indesejada, os campos e árvores irromperam em chamas. Ouviu-se uma Voz Celestial, dizendo: “Você saiu para destruir Meu mundo? Volte para sua caverna!” Portanto, Rabi Shimon e Elazar retornaram à gruta por mais um ano, mergulhando ainda mais na sabedoria Divina. Foi durante este décimo terceiro ano na caverna que descobriram o segredo mais profundo da Torá: que o propósito da Criação é “Construir uma morada para D’us no mundo físico.”

Aprenderam que embora o trabalho mundano do homem pareça grosseiro e inferior, a maior santidade está oculta dentro deste mundo físico. D’us deseja que transformemos o mundo material em uma morada para Ele. Uma vida totalmente devotada à Torá preenche esta finalidade, mas assim também o faz uma vida devotada a desenvolver o mundo material em conformidade com a vontade Divina. Não são todos que devem passar o tempo inteiro no estudo de Torá, como fizeram Rabi Shimon e seu filho.

Quando Rabi Shimon emergiu da caverna no Lag Baômer seguinte, não estava menos comprometido com o estudo de Torá; de fato, isso permaneceria sua “única ocupação” pelo restante de sua vida. Mas ele havia também aprendido a apreciar o valor dos caminhos na direção do cumprimento do propósito Divino, em vez do seu. Agora, seu olhar sobre o mundo curava, em vez de destruir.

Rabi Shimon Bar Yochai não apenas atingiu pessoalmente o mais elevado entendimento dos segredos da Torá, expressso em sua obra mística, o Zôhar, como tornou-se o mais ilustre mestre de Torá de sua geração. No último dia de sua vida, Rabi Shimon reuniu seus alunos e disse-lhes: “Até o dia de hoje, tenho mantido os segredos em meu coração. Mas agora, antes de morrer, desejo revelar todos eles.”

O Zôhar

O Zôhar, que significa “esplendor” ou “brilho”, tornou-se a base da espiritualidade ímpar da Chassidut, fundada no século XVIII por Rabi Yisrael ben Eliezer, o “Báal Shem Tov”, no Leste Europeu.

O Zôhar descreve o dia da morte de Rabi Shimon como repleto de grande luz e júbilo sem fim, e a sabedoria secreta que ele revelou naquele dia aos discípulos; tanto para o mestre como para os alunos, diz o Zôhar, foi como o dia em que o noivo e a noiva se rejubilam sob a canópia nupcial. Diz-se que o dia não chegou ao fim antes de Rabi Shimon revelar tudo que lhe fora permitido revelar. Apenas então o sol recebeu permissão de se pôr; e quando isso aconteceu, a alma de Rabi Shimon deixou seu corpo, subindo aos céus.

Rabi Abba, um aluno incumbido do trabalho de transcrever as palavras de Rabi Shimon, conta: “Eu nem ao menos conseguia manter a cabeça levantada, devido à luz intensa que emanava de Rabi Shimon. Durante todo o dia a casa esteve repleta de fogo, e ninguém podia chegar perto, por causa da parede de chamas e luz. No fim do dia, o fogo finalmente arrefeceu, e pude olhar a face de Rabi Shimon. O sol se punha e com ele a alma do mestre se elevava. Estava morto, envolto em seu Talit, deitado sobre o lado direito – e sorrindo.”

Rabi Shimon fora banhado em luz e fogo, pois a Torá é comparada ao fogo – “Aish HaTorá”. Fogo é o material que converte matéria física em energia. Assim também, a Torá nos mostra como transformar o mundo material em energia transcendente.

Rabi Shimon bar Yochai faleceu em Lag Baômer. Antes de morrer, instruiu os discípulos para observarem seu yahrzeit, data de seu falecimento, como um dia de muita alegria e festividades.

Uma profunda lição

Rabi Akiva ensinou que “Amar p próximo como a si mesmo” é um princípio cardinal na Torá; de fato, este é o mais famoso de seus ensinamentos.

Como explicar então a morte de milhares de seus discípulos que tornaram-se os maiores exemplos dos ensinamentos de seu mestre? Como puderam tornar-se deficientes nesta área tão vital?

O Lubavitcher Rebe explica que a própria diligência deles em cumprir o preceito “Amar o próximo como a si mesmo” foi sua ruína. Os discípulos de Rabi Akiva serviam a D’us com a máxima sinceridade e devoção. Assim parecia a cada um deles que seu enfoque individual era o correto e que aos outros faltava a perfeição tentando ajudá-los, mostrando seu pensamento individual.

Nossos Sábiosdisseram que “Assim como a face de cada pessoa difere das faces das outras, assim também a mente de cada pessoa é diferente da mente de seu próximo.” Quando os 24.000 discípulos de Rabi Akiva estudaram os ensinamentos de seu mestre, o resultado foi 24.000 diferentes nuances de entendimento, pois os conceitos foram assimilados por 24.000 mentes – cada uma sendo única e distinta das outras. Se os discípulos de Rabi Akiva tivessem amado menos uns aos outros, isso teria sido motivo para uma menor preocupação; mas devido ao fato de que cada discípulo esforçou-se para amar o condiscípulo como “a si mesmo” sentiu-se compelido a corrigir seu raciocínio e comportamento “errôneos”, e a esclarecê-los quanto ao verdadeiro significado das palavras de seu mestre.

Cada judeu dedicado a Torá e mitsvot, embora divirja em sua maneira de servir a D’us, deve agir com bondade e respeito, e julgar sempre favoravelmente aquele que ainda se encontra distante ou afastado.

Esta foi a verdadeira lição deixada por Rabi Akiva e Rabi Shimon, provavelmente o segredo mais profundo revelado da Torá: o serviço a D’us deve ser desempenhado com verdadeira inspiração e vitalidade amando ao próximo como a si mesmo e respeitando a individualidade.

Costumes

Arco e flechas

É costume levar as criancas a passeios a parques e espaços abertos para brincar com arcos e flechas. Conta-se que durante a vida de Rabi Shimon nenhum arco-íris apareceu no céu. O arco-íris é símbolo de falha humana: conforme relatado em Bereshit, D’us, após a destruição da geração do Dilúvio, prometeu que mesmo que a humanidade tornasse a ser imerecedora Ele colocaria o arco-íris no céu como um pacto de Seu voto de jamais destruir Seu mundo novamente. Mas enquanto Rabi Shimon estava vivo, seu mérito foi suficiente para assegurar que D’us não se arrependeria de Sua criação.

O ensinamento chassídico vê outra ligação do arco: ele funciona sob o princípio de “recuar para poder avançar” – ao empurrar a flecha para trás, rumo ao próprio coração, o arqueiro a impele a uma grande distância, para golpear o coração do inimigo. A essência mística da Torá, disseminada por Rabi Shimon, funciona pelo mesmo princípio. A pessoa deve mergulhar em si mesma, recolher-se a sua essência e lá descobrirá a “centelha Divina” que possui. Esta descoberta confere o poder de derrotar o adversário mais obscuro e transformá-lo em algo bom e positivo.

Corte de Cabelo em Meron

Durante o período do Ômer é proibido o corte de cabelos em sinal de luto pelas mortes dos discípulos de Rabi Akiva. Lag Baômer, entretanto, é um dia de júbilo, no qual todo o luto é suspenso. Por esta razão em Lag Baômer há sempre muitos garotos de três anos que estão esperando desde Pêssach para terem seu primeiro corte de cabelo.

A cidade de Meron recebe centenas de meninos para a cerimônia de opsherenish, reunindo milhares de pessoas que dirigem neste local preces o ano todo, especialmente nesta época do ano. É um grande mérito realizar a mitsvá de corte de cabelo no local onde se encontram sepultados Rabi Shimon e seu filho Elazar.

Ovos cozidos

Costuma-se comer ovos cozidos em Lag Baômer, pois o ovo é sinal de luto – neste dia, em memória a Rabi Shimon Bar Yochai. Ainda em vida, ele pediu que esse dia fosse celebrado com muita alegria. Para cumprir seu pedido, enfeitamos as cascas dos ovos. Há o costume de serem cozidos com com cascas de cebola, a fim de deixá-los coloridos.

Texto de http://www.chabad.org.br/datas/lagBaomer/

@MDD – muitos me perguntam se é necessário ser judeu para se conectar ao Sefirat ha Omer. A resposta é óbvia que NÂO. O Sefirat não é uma “festa judaica” apenas, mas um exercício de autoconhecimento utilizando o simbolismo judaico. Vejo muitos cabalistas judeus de mimimi reclamando que somente os da “raça pura judaica” é que podem se conectar à Egrégora mas é uma besteira. A energia a qual nos conectamos é independente… se um Umbandista desejasse, poderia celebrar estes 49 dias usando os Orixás como referência, por exemplo (Oxóssi, Ogum, Oxalá, Oxum, Exú, Iemanjá e Omulu). Um ateu poderia usar apenas as qualidades do ser humano para meditar. Claro que é mais simples aproveitar toda a imagem que já existe, pois facilita a compreensão.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/lag-baomer-e-o-sefirat-ha-omer

Magia para passar em qualquer Concurso ou Prova

Quase todo dia, pessoas me escrevem pedindo magias ou rituais que os permitam passar em provas, concursos, exame da OAB ou testes de qualquer tipo. Recentemente, recebi autorização dos Poderes Illuminati que regem o Governo Oculto do Mundo para revelar apenas aos leitores deste blog os segredos goéticos para passar magistralmente em qualquer concurso sem levantar suspeitas.

Este é um ritual enochiano complexo que necessitará de seis meses de preparo (para um Exame da OAB ou Concurso Público), acompanhando as tábuas lunares e aspectações astrológicas, de acordo com as anotações deixadas por Aleister Crowley.

Em primeiro lugar, veja a data exata do Concurso. Isso possui uma importância fundamental astrológica no ritual.

Veja seu calendário magístico e marque exatos 6 meses, 6 horas e 6 minutos antes (666). Separe todos os livros e matérias que constam nas “Disciplinas do Edital” ou a “matéria da Prova”. Estes serão denominados de agora em diante “Coelum Philosophorum”. É importante que você separe TODOS os livros que cairão na prova ou concurso, porque precisaremos de todo o conteúdo para o pacto com as forças das trevas.

Caso seja uma prova menor, com menos matéria, o estudante pode começar a preparar o ritual exatamente 6 dias, 6 horas e 6 minutos antes da prova.

O contrato com os demônios da Goécia para realizar o pacto precisa ser feito todos os dias, sem falhas, ou o ritual não funcionará. Segundo Abramelin, durante não menos do que duas horas a cada dia, o Estudante começará a preparar os “Sigilos de Resumo” que são fórmulas cabalísticas para transformar grandes conteúdos literários em pequenos trechos que deverão ser compreendidos no pacto final. Para tanto, separe toda a matéria do Coelum Philosophorum, dividindo-o pelo número de dias que você fará as invocações.

A cada dia, certifique-se que não será perturbado pelos profanos por pelo menos duas horas. Desligue todos os equipamentos eletrônicos ao redor, pois as emanações eletromagnéticas prejudicarão o entrosamento psicomental necessário para contactar os seres goéticos.

O mago deverá usar suas vestes ritualísticas (se não possuir, poderá usar roupas pretas) e, atentamente, leia e faça anotações e RESUMOS em seu Grimório Pessoal com todo o conteúdo dos textos separados (isto é importante para que o mago saiba exatamente o conteúdo total da energia que será exigida na prova, a fim de invocar a entidade goética mais adequada). Segundo McGregor Mathers, Dion Fortune e Peter J. Carroll, esta etapa do ritual é fundamental e não pode ser negligenciada, pois os sigilos ficariam incompletos.

São Cipriano recomenda, em seu livro de capa preta, que o feiticeiro tenha ao seu lado um copo de água cheio, que deverá ser consumido durante estas duas horas de ritual.

Na noite anterior, é necessário que o Adepto medite a respeito dos objetivos e não pense mais no assunto, pois os sigilos precisam ser lançados no Astral para o dia seguinte. Com o tempo e com as práticas ritualísticas, o iniciado dominará qualquer tipo de assunto, bastando para isso incorporar novos livros ao Coelum Philosophorum.

Na hora do exame, toda a matéria resumida nos sigilos aparecerá de maneira mágica e inexplicável na mente do iniciado, trazida diretamente de seu Sagrado Anjo Guardião, fazendo com que ele consiga passar em qualquer prova ou teste!

De Paracelsus a Isaac Newton, de Agrippa a Leonardo DaVinci, todos os alquimistas utilizaram-se deste método que agora está disponível a qualquer digno estudante de ciências ocultas. Desta maneira, o estudante das ciências herméticas conseguirá os melhores resultados na escola, na faculdade ou em qualquer outro lugar, sem despertar suspeitas!

93!

Marcelo Del Debbio

Dies Martis, Sol in Aquarius, Luna in Pisces

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/magia-para-passar-em-qualquer-concurso-ou-prova

Magia Enochiana para passar no ENEM

Quase todo dia, pessoas me escrevem pedindo magias ou rituais que os permitam passar em provas, concursos ou testes de qualquer tipo. Os mais retardados fazem Pacto Pactorum ou mergulham nas qliphot e só se ferram… Mas seus problemas acabaram! Recentemente, recebi autorização dos Poderes Illuminati para revelar apenas aos leitores deste blog os segredos reptilianos para passar magistralmente no ENEM sem levantar suspeitas.

Este é um ritual enochiano complexo que necessitará de seis meses de preparo (para o ENEM), acompanhando as tábuas lunares e aspectações astrológicas, de acordo com as anotações deixadas por Aleister Crowley. “Sucesso é a única possibilidade!” ele escreveu. E você também conseguirá.

Em primeiro lugar, veja a data exata do Concurso. Isso possui uma importância fundamental astrológica no ritual.

Veja seu calendário magístico e marque exatos 6 meses, 6 horas e 6 minutos antes (666). Separe todos os livros e matérias que constam nas “Disciplinas do Edital” ou a “matéria da Prova”. Estes serão denominados de agora em diante “Coelum Philosophorum“. É importante que você separe TODOS os livros que cairão na prova ou concurso, porque precisaremos de todo o conteúdo para o pacto com as forças enochianas. A nota da Redação tem grande peso na nota final do Enem. Por isso, além de ficar bem informado é necessário focar nas técnicas de redação. Por isso é importante estudar pelo caminho do hermetismo. Em todos estes anos de internet, nunca vi um crente ou satanista que escrevesse direito…

Sei que Você já deve ter ouvido isto antes, mas ler bastante é muito importante para quem deseja escrever bem. Papus e Eliphas Levi já diziam isso e eu apenas reforço seus pensamentos.

O contrato com os anjos enochianos para realizar o pacto precisa ser feito todos os dias, sem falhas, ou o ritual não funcionará. Segundo John Dee, durante não menos do que duas horas a cada dia, o Estudante começará a preparar os “Sigilos de Resumo” que são fórmulas cabalísticas para transformar grandes conteúdos literários em pequenos trechos resumidos que deverão ser compreendidos no pacto final. Para tanto, separe toda a matéria do Coelum Philosophorum, dividindo-o pelo número de dias que você fará as invocações.

A cada dia, certifique-se que não será perturbado pelos profanos por pelo menos duas horas. Desligue todos os equipamentos eletrônicos ao redor, pois as emanações eletromagnéticas prejudicarão o entrosamento psicomental necessário para contactar os seres enochianos.

O mago deverá usar suas vestes ritualísticas (se não possuir, poderá usar roupas pretas) e, atentamente, leia e faça anotações e RESUMOS em seu Grimório Pessoal com todo o conteúdo dos textos separados (isto é importante para que o mago saiba exatamente o conteúdo total da energia que será exigida na prova, a fim de invocar a entidade enochiana mais adequada). Segundo McGregor Mathers, Dion Fortune e Peter J. Carroll, esta etapa do ritual é fundamental e não pode ser negligenciada, pois os sigilos ficariam incompletos.

São Cipriano recomenda, em seu livro de capa preta, que o feiticeiro tenha ao seu lado um copo de água cheio, que deverá ser consumido durante estas duas horas de ritual.

Na noite anterior, é necessário que o Adepto medite a respeito dos objetivos e não pense mais no assunto, pois os sigilos precisam ser lançados no Astral para o dia seguinte. Com o tempo e com as práticas ritualísticas, o iniciado dominará qualquer tipo de assunto, bastando para isso incorporar novos livros ao Coelum Philosophorum e poderá usar este ritual não apenas no ENEM, mas também em outros testes como o vestibular, prova da OAB e concursos.

Na hora do exame, toda a matéria resumida e estudada nos sigilos aparecerá de maneira mágica e inexplicável na mente do iniciado, trazida diretamente de seu Sagrado Anjo Guardião, fazendo com que ele consiga passar em qualquer prova ou teste!

De Paracelsus a Isaac Newton, de Agrippa a Leonardo DaVinci, todos os alquimistas utilizaram-se deste método que agora está disponível a qualquer digno estudante de ciências ocultas. Desta maneira, conseguirá os melhores resultados na escola, na faculdade ou em qualquer outro lugar, sem despertar suspeitas!

93!

Marcelo Del Debbio

Dies Martis, Sol in Aries, Luna in Taurus

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/magia-enochiana-para-passar-no-enem

Palestrantes do II Simpósio de Hermetismo

Um resumo de alguns dos Palestrantes do II Simpósio Brasileiro de Hermetismo. Como o critério de escolha foi “os melhores em suas áreas”, alguns deles não são conhecidos nos meios “internéticos”, então estou fazendo um pequeno resumo sobre cada um dos Palestrantes.

Adriano Camargo – Autor do “Sistemagia” e “Cabala Draconiana”, membro da Dragon Rouge e um dos pouquíssimos caras sérios em LHP no Brasil.

Alexandre Cumino – autor de “A História da Umbanda” e editor do “Jornal da Umbanda Sagrada”. Um dos sacerdotes mais respeitados no Brasil.

Carlos Basílio Conte – Membro da Sociedade Teosófica e Secretário de Cultura da Maçonaria, autor dos livros: “Magia Cerimonial” e “Pitagoras- Ciencia e Magia na Antiga Grecia”.

Edmundo Pellizzari – Prof. Edmundo Pellizzari é teologo (BD, BTh, OCR) com formação em estudos biblicos e judaicos.
Durante trinta anos estudou a Mistica Judaica (Kabalah) em institutos internacionais e com mestres tradicionais. E membro da Order of Corporate Reunion, da Order of Christian Renewal e da Apostolic Church of the Divine Mysteries.

Fernando Maiorino – Fundador e Presidente da Associação Educacional Sírius-Gaia (AESG). Orientador Espiritual em Umbanda Natural, vertente filosófica trazida por seus Guias Espirituais há uma década.

Frater Goya – Mais conhecido nos meios internéticos, é o fundador do Círculo Iniciático de Hermes (CIH). Já postei entrevistas com ele.

Gilberto Antônio Silva – Estudioso de filosofias e culturas orientais desde 1977, pesquisou e analisou com profundidade a cultura e o modo de pensar oriental, especialmente o Taoísmo. É atual Coordenador Editorial da revista Medicina Chinesa Brasil e Editor-responsável do jornal Saúde & Longevidade.

Marcelo Del Debbio – Arquiteto com especializações em Semiótica, História da Arte e História das Religiões Comparadas. Autor da Enciclopédia de Mitologia e coordena o blog “Teoria da Conspiração” e o Projeto Mayhem. É autor da Wikipedia de Ocultismo, com cerca de 5.000 verbetes.

Márcio Lupion – Discipulo da Maha Yoga Chegada ao Ramana Ashram do Brasil Swami Sri Maha Krishna – Aprende as 4 yogas, Bakti, Raja, Jnana e Karma Yoga. Iniciado no budismo tibetano com Chagdud Tulku Rinpoche, Templo Odsal Ling, São Paulo, SP.

Mário Alves da Silva Filho – Pratica e estuda o Sufismo ha mais de 15 anos, tendo sido membro das seguintes Ordens Sufis (Turuq): Attasiyya (foi o representante – Muqadam – para o Brasil), Khalwatiyya al-Jerahiyya e Ahmadiyya at-Tijaniyya (é membro desta atualmente). Viajou pela Turquia, Irã, Iraque e Arábia Saudita entrando em contato com diversos Shaykhs da Tradição do Tasawwuf (Sufismo), aprendendo com eles. Dirige o Centro de Estudos Filosóficos e Espirituais Caminho do Oriente (CEFECO). É membro do Grupo de Pesquisas CERAL- Centro de Estudo de Religiões Alternativas de Origem Oriental, Setor de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP.

Renan Romão – Graduando em Psicologia e Letras (FFLCH-USP), estuda Magia e Misticismo atraves de diversas tradicoes ocidentais e orientais sob a luz do Iluminismo Cientifico. Maçom, membro da ARLS “Estrela do Brasil” n°4321 GOB/GOSP, representante do CALEN/SP e membro-fundador da Confraria de Estudos Antigos.

http://simposiohermetismo.com.br/

#SiriusGaia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/palestrantes-do-ii-simp%C3%B3sio-de-hermetismo

Zaratustra, Mithra e Baphomet – parte III

Publicada originalmente no S&H dia 14/5/2008,

Acompanhando esta série “desvendando a origem dos demônios”, cujos posts iniciais estão AQUI e AQUI, o tio Marcelo explicará hoje sobre como surgiram os conceitos de Bem x Mal, deturpados na Igreja Católica e por conseguinte nas Evangélicas e caça-níqueis afins, para providenciar um campo fértil de “nós versus eles” e permitir que agregassem melhor o gado.

E se existia um deus “do bem”, seria necessário inventar deuses “do mal” para servirem como opositores. Para entender como surgiram os demônios, precisamos entender quem eram os deuses das religiões “adversárias” (Shaitanicas).

E, de quebra, também desvendaremos os mistérios de Baphomet!

Diabo, Diabolos e Daimon

Antes de prosseguir, é necessário fazer um adendo. Muitos religiosos gostam de inventar traduções adaptadas às suas necessidades para certas palavras, normalmente de maneira tosca e grosseira, mas que dependendo da erudição com que são colocadas, acabam enganando os desavisados. Uma das favoritas dos fanáticos religiosos é relacionar Daemon, Diabo ou Diabolos com “Acusador” ou “Caluniador”.

Pois bem: Daimon ou Daemon significa “gênio” ou “espírito”. São os Anjos da Guarda da mitologia católica. A palavra em grego para Daimon é “??????”. Já caluniador se escreve “??????????” e acusador “???’??????”, ou seja, palavras BEM diferentes.

Já Diabo vem de Diabolos, cujo significado está atrelado a outra palavra bem conhecida: Símbolos. Diabolos significa “Aquilo que nos separa” enquanto Símbolos significa “Aquilo que nos une”. Desta maneira, uma seita “diabólica” significa, no sentido correto da palavra, “uma seita que nos separa”. Já a relação entre símbolo e união é bem fácil: basta imaginar um time de futebol. O símbolo do time é o brasão que une os torcedores.

Assim falou Zaratustra

Zaratustra, às vezes chamado de Zoroastro, é o fundador do Zoroastrismo. Ele foi um verdadeiro iniciado, nascido na Pérsia cerca de 1.000 anos antes de Cristo. Desde muito cedo, Zoroastro já demonstrava sabedoria fora do comum; aos 15 anos realizava valiosas obras religiosas e era conhecido e respeitado por sua bondade para com os pobres e pelo sistema religioso-filosófico que criou.

Seus sacerdotes, os Magi (sábios), eram vegetarianos, reencarnacionistas, espiritualistas e conheciam muito bem a astrologia. Zoroastro reformulou uma religião chamada Mazdeísmo, com uma visão mais positiva do mundo.

Para entender melhor esta religião, precisamos estudar a estrutura social da época: os persas estavam divididos em três classes; os sacerdotes, os guerreiros e os camponeses. Os Ahuras (“senhores”) eram venerados apenas pela primeira classe, Mithra era um Ahura venerado na classe dos guerreiros; e os camponeses possuíam seus próprios deuses da fertilidade.

O Zoroastrismo prega a existência de um Deus único, Ahura Mazda (“Divindade Suprema”), a quem se credita o papel de criador e guia do universo (Keter, na Kabbalah). Desta divindade emanam seis espíritos, os Amesas Spenta (Imortais Sagrados), que auxiliam Ahura Mazda em seus desígnios.

São eles: Vohu-Mano (Espírito do bem), Asa-Vahista (Retidão suprema), Khsathra Varya (Governo Ideal), Spenta Armaiti (Piedade sagrada), Haurvatat (Perfeição) e Ameretat (Imortalidade). Estes seres travam uma batalha dentro de cada pessoa contra o princípio do mal: Angra Mainyu, por sua vez acompanhado de entidades malignas: O Mau pensamento, a mentira, a rebelião, o mau governo, a doença e a morte.

A grande questão do bem e do mal, colocada por Zoroastro, se resolve DENTRO da mente humana. O bom pensamento cria e organiza o mundo e a sociedade, enquanto o mau pensamento faz o contrário. Esta opção é feita no dia-a-dia da pessoa e ninguém pode fazer uma opção definitiva, pois este é um processo dinâmico e progressivo.

O nome Mithra (Sol) era visto como o “Deus da Luz”. Os vedas o chamavam de Varuna e os persas de Ahura Mazda.

Zoroastro teve muitos problemas em tentar implementar a religião monoteísta, tentando se opor aos sacerdotes de Mithra e os sacrifícios sangrentos dos touros. Zoroastro foi assassinado por sacerdotes de Mithra no templo de Balkh.

Após este período, o culto a Mithra floresceu. Seu dia sagrado, o Solis Invictus, é comemorado a 25 de Dezembro, mesma data do nascimento de Hórus e celebrando a “vinda da nova luz” (claro que não existia o dia 25 de dezembro com este nome, pois o calendário gregoriano só seria inventado muitos séculos depois; a data era calculada pelas luas e pelos astros para cair no Solstício de Inverno, a noite mais longa do ano).

Mithra era considerado o “Filho de Deus”; filho de Ahura Mazda, recebeu a incumbência de matar o touro primordial. Mithra nasce em uma gruta (lembram-se do que falamos nas outras colunas sobre cavernas, certo?) e o céu é sua casa. Matar o touro é o motivo principal do culto mitraico.

Isto é tão importante para compreendermos várias coisas dentro de diversas culturas que eu vou repetir: “matar o touro é o motivo principal da religião mitraica”.

E tudo isto tem a ver com Astrologia e as precessões (você assistiu Zeitgeist, certo?). Então Mithra simboliza o signo de Áries (o guerreiro) substituindo o signo de Touro nas Eras Cósmicas.

Nos rituais Mitraicos, o boi era sacrificado e imolado (queimado), e sua carne e sangue eram oferecidos aos sacerdotes como oferendas de poder. Eles também consumiam vinho e realizavam rituais sexuais, onde através do sexo e do vinho, chegavam ao êxtase, ou a comunhão com Deus.

Do culto a Mithra também surge a história do Minotauro, onde a cada ano, sete pares de jovens eram oferecidos em seu sacrifício (representando os sete pecados capitais – falaremos mais sobre isto no futuro). Teseu, o guerreiro (Áries), encontra o caminho do labirinto e mata o minotauro (touro), restaurando a paz. A lenda de Teseu é uma derivação iniciática dos cultos a Mithra.

Outro aspecto cultural derivado do Mitraismo são as touradas. Nela, o guerreiro entra em uma arena (a arena representa a Terra) e precisa derrotar em combate o touro, tal qual Mithra fez com o touro primordial. No final da batalha, o touro é imolado e servido como banquete aos sacerdotes e guerreiros da irmandade.

Na bíblia temos referência ao touro quando Moisés desce do monte Sinai com os mandamentos (Kabbalah) e depara com os sacrifícios ao bezerro de ouro. Outra referência astrológica.

Posteriormente, os Essênios e Yeshua (Jesus) substituem o touro imolado e o sangue pelo pão e vinho egípcios: o pão representando o corpo de Osíris e o vinho o sangue de Osíris (“tomai e comei todos vós; este é o meu corpo e o meu sangue que é derramado por vós” é uma oração EGIPCIA e representa o sacrifício de Osíris). Jesus, como iniciado, estava celebrando o culto ao Deus-Sol na chamada “Santa Ceia”.

Com o tempo, as pessoas passaram a preferir a eucaristia vegetariana de Yeshua ao invés do banquete carnívoro de Mithra e o ritual de culto ao Deus-Sol acabou se transformando no que chamamos hoje de Eucaristia. Embora o ritual original tenha sido modificado e sobrevivido até os dias de hoje, de uma forma ou de outra.

Os celtas também tinham o costume de fazer sacrifícios ao Deus-Sol. Mas ao invés do touro, sacrificavam o Javali, símbolo do sol. Quem já leu as aventuras de Asterix sabe que toda vitória era comemorada com um grande banquete celebrado por toda a vila, em um Ágape Fraternal. O mesmo ocorria nas legiões romanas e entre os sacerdotes Mitraicos. Note que a távola redonda (ops, eu disse “távola”… eu quis dizer “Mesa”) ao redor da fogueira forma justamente o símbolo astrológico do SOL (um círculo com um ponto central).

Outro costume de Batismo de Fogo, muito popular entre os soldados romanos de alta patente, consistia no Taubólio, o ritual de sacrifício do touro. Sobre uma forte estrutura em forma de rede de aço, era imolado um touro pelos sacrificadores e seu sangue escorria sobre o iniciado, que fica abaixo desta estrutura, nu, em uma fossa escavada no chão. Ali recebe o sangue sobre a cabeça e banha com ele todo o seu corpo. Ao sair da fossa, todos se precipitavam à sua frente, saudando-o. Após a imolação, recolhiam-se os órgãos genitais do touro (cojones), que eram cozinhados, preparados e servidos ao iniciado.

Apesar de parecer nojento, o ritual é impressionante…

As tradições Mitraicas permaneceram em Roma até o século IV, coexistindo com o Cristianismo. Em 325 DC, o Concílio de Nicéia fixou o deus “verdadeiro” e iniciou-se a queda do culto a Mithra.
Mithra é o padrinho da Igreja Católica, já que roubaram sua festa de aniversário (25 de dezembro), seu dia de celebração (as missas são celebradas no Domingo de manhã – Dia do Sol e hora do sol), o chapéu que os papas, cardeais e bispos usam chama-se Mitra e o templo maior de Mithra ficava em um lugar conhecido como Colina Vaticano, que também foi “substituído” pela Igreja principal católica.

Tertuliano presenciou as cerimônias de culto à Mithra e chamou este ritual de “Paródia Satânica da Eucaristia”, ou “Missa Negra” e muitas das histórias bizarras inventadas sobre o “satanismo” foram derivadas destes cultos. Da distorção destas festividades surgiram as famosas “missas satânicas” nas quais se “usava uma mulher nua como altar, bebia-se sangue e comia-se carne ao invés de pão e vinho, os sacerdotes vestiam-se de preto e usavam o terrível pentagrama” e por ai vai. Uma mistureba de cultos celtas, gregos e mitraicos, com um pouco de criatividade mórbida para assustar os crentes e voilá.

No Concílio de Toledo, em 447, a Igreja publicou a primeira descrição oficial do diabo, a encarnação do mal: “um ser imenso e escuro, com chifres na cabeça e patas de bode”. Claramente uma mistura de Mithra, Pan e Cernunnus.

Claro que quase todos nós prestamos homenagens a Mithra até os dias de hoje: Festividades realizadas no dia dedicado ao Sol (Domingo – Sun-day), envolvendo sacrifícios de bois imolados cuja carne e sangue são consumidos pelos sacerdotes, junto com vinho ou cerveja. A Igreja Católica chama isso de “Paródia Satânica da Eucaristia”, mas as pessoas costumam chamar estas homenagens a Mithra de “Churrasco de Domingo”.

Baphomet

(agradecimentos ao irmão Cezaretti)

Para entender a criação e a falsa associação desta figura meio homem meio bode com a Maçonaria, teremos que seguir um longo e tortuoso caminho iniciando no século XII.

Depois da Primeira Cruzada, no ano 1119 em Jerusalém, surge um pequeno grupo de militares formando uma ordem religiosa tendo como seu principal objetivo proteger os peregrinos visitantes à Palestina. Ficaram conhecidos como os Cavaleiros Templários.

Falarei muito mais sobre eles em uma série de matérias futuras, mas por enquanto, basta sabermos que, devido à necessidade de enviar dinheiro e materiais regularmente da Europa à Palestina, os Cavaleiros Templários gradualmente desenvolveram um eficiente sistema bancário que nunca existira.

Assim, levando uma vida austera com uma forte disciplina, defendendo com desinteresse as Terras Santas, recebendo doações de benfeitores agradecidos, os Templários acumularam com o passar dos anos grande riqueza. Tais poderes, militar e financeiro, os tornaram respeitados e confiáveis para a população da época.

Os Templários financiavam, através de vultosos empréstimos, muitos reis da época. Porém, por volta de 1300 os Templários sofreram diversas derrotas militares, deixando-os em uma posição vulnerável e assim, suas riquezas se tornaram objeto de ganância e ciúme para muitos.

Na época o Rei francês Felipe IV (Felipe, o Belo) estava envolvido em uma tumultuada disputa política contra o Papa Bonifácio VIII e ameaçava com a possibilidade de embargar seus impostos ao clero. Tal agressividade do Rei contra o sumo pontífice era principalmente devido à corte francesa estar falida. Então o Papa Bonifácio em 1302 editou a Bula Unam Sanctam, uma declaração máxima do papado, que condenava tal atitude. Os partidários de Felipe então aprisionaram Bonifácio que escapou pouco tempo depois, mas veio a falecer logo em seguida. Em 1305 Felipe, com uma trama política e pressão militar, obteve a eleição de um dos seus próprios partidários, inclusive amigo de infância, como Papa Clemente V e o convenceu a residir na França, onde estaria sob seu controle todo movimento eclesiástico. (Este era o começo do denominado “Cativeiro Babilônico do Papado”, de 1309 a 1377, durante o qual os Papas viveram em Avignon e sujeitos a lei francesa).

Novamente, falarei mais sobre isso quando chegar a vez de falar sobre os Templários, mas por ora, basta sabermos que o Papa estava sob o controle total do rei Felipe, o Belo.

Agora com o Papa firmemente sob seu controle Felipe voltou-se para os Cavaleiros Templários e a fortuna deles, então denunciou os Templários à Igreja por heresia e esta aceitou tal denúncia. Então em 1307, com o consentimento do Papa, Felipe ordenou uma perseguição aos Templários prendendo-os e jogando-os em calabouços, incluindo o Grão Mestre Jacques de Molay que foi acusado de sacrilégio e satanismo. Em 1312, o Papa, agora um boneco do Rei, emitiu a ordem que suprimia a ordem militar dos Templários com subseqüente confisco da riqueza por Felipe. (Os recursos ingleses dos Templários foram confiscados de forma semelhante pelo Rei Edward II da Inglaterra, sendo a maior parte desta imensa fortuna para Portugal, onde foi criada mais tarde em 1319, a Ordem de Cristo).

Claro que os Templários já sabiam das intenções de Felipe e, quando seus exércitos invadiram os castelos templários, não acharam nem uma moeda sequer do fabuloso tesouro templário, nem a arca da aliança, nem o Santo Graal, que foram enviados em 12 galeões para fora da França.

Assim, os Templários deixaram de existir daquela data em diante e muitos de seus membros, inclusive Jacques de Molay foram torturados e obrigados a se declararem “réus confessos” para uma miríade de crimes, inclusive uma lista 127 acusações e 9 subitens! Estas incluíram tais coisas como a “reunião noturna secreta”, homossexualismo (embasado no símbolo da Ordem, que é dois soldados montando o mesmo cavalo), cuspir na cruz, negar a Cristo, etc…

Entre as acusações contra os Templários havia uma que haviam produzido algum tipo de “cabeça barbuda”. O tal do Baphomet.

Existem várias teorias, inclusive seria um relicário contendo a cabeça de João Batista ou a cabeça de Cristo, a Mortalha de Turin, uma imagem de Maomé (o pai da religião islâmica) entre outras.

Após ser torturado por 7 anos, o Mestre Jacques de Molay acabou, após sua prisão, queimado vivo em praça pública com fogo brando e muitos templários foram mortos também e outros fugindo para outros países. O que vem a ser exatamente o “Baphomet” nunca foi descrito pela Inquisição, mas é fácil perceber que se trata de uma mistureba feita pela Igreja dos ritos antigos egípcios, gregos e romanos, para variar.

Mas… e aquela imagem demoníaca?

Mais de 500 anos depois dos Templários, em 1810 na França, nasce Alphonse Louis Constant, filho de um sapateiro.

Bem cedo, ainda criança, ganhou as atenções de um padre da paróquia local que providenciou para que Alphonse fosse enviado para o seminário de Saint Nichols du Chardonnet e mais tarde para Saint Sulpice estudando o catolicismo romano com o objetivo ao sacerdócio.

Mas deixou o caminho do catolicismo para se tornar um ocultista. De qualquer forma enquanto vivo seguiu o caminho esotérico e adotou o pseudônimo judeu de Eliphas Lévi, que dizia ser uma versão judaica de seu próprio nome.

O trabalho de sua vida foi escrever volumes enormes sobre Magia que incluiam comentários extensos sobre os Cavaleiros Templários e o Baphomet. De todos seus trabalhos o mais conhecido é o que contém a ilustração (o desenho é cópia do original e observe que está assinado por Eliphas Lévi) e era usado como uma fachada para o livro “A Doutrina da Alta Magia” publicado em 1855. Levi também afirmava que se a pessoa reorganizasse as letras de Baphomet invertendo-as, adquiriria uma frase latina “TEM OHP AB” que é a abreviação de “Templi Omnivm Hominum Pacis Abbas“, ou em português, “O Pai do Templo da Paz de Todos os Homens”. Uma referência ao Templo do Rei Salomão, capaz de levar a paz a todos.

A palavra “Baphomet” em hebraico é como segue: Beth-Pe-Vav-Mem-Taf. Aplicando-se a cifra Atbash (método de codificação usado pelos Cabalistas judeus), obtém-se Shin-Vav-Pe-Yod-Aleph, que soletra-se Sophia, palavra grega para “sabedoria”.

E o que esta imagem significa?

Na Alquimia, o uso de alegorias e imagens é muito comum para expressar idéias e conceitos. Vamos analisar com calma a figura do Baphomet:

– A imagem possui a cabeça com características de chacal, touro e bode, representando os chifres da sabedoria, virilidade e abundância. O chacal representa Anúbis (o deus-chacal) e também o “Mercúrio dos Sábios”, o Touro representa o elemento terra e o “Sal dos Filósofos” e o bode representa o Fogo e o “Enxofre fixo”. Juntos, a cabeça da imagem representa os três princípios da Alquimia.

– A tocha entre seus chifres representa a sabedoria divina e a iluminação. Tochas estão associadas ao espírito nos 4 elementos e colocadas sobre a cabeça de uma imagem representam a inspiração divina. Isso pode ser observado até os dias de hoje, em personagens de quadrinhos que, quando tem uma idéia, aparece uma lâmpada sobre suas cabeças (grande Walt Disney!).

– O conjunto dos dois chifres também representam as duas colunas na Árvore da Vida e o fogo sendo o equilíbrio entre elas. A lua branca representa a magnanimidade de Chesed (Júpiter) e a lua negra o rigor de Geburah (Marte).

– O pentagrama na testa de Baphomet representa Netzach (Vênus), o Pentagrama, o símbolo da proteção e da magia. Importante notar que ele se encontra voltado com a ponta para cima. As pernas cruzadas associadas ao cubo representam Malkuth.

– Nos braços do Baphomet estão escritos “Solve” no braço que aponta para cima e “Coagula” no braço que aponta para baixo. Solve representa “dissolver a luz astral” e coagula significa “coagular esta luz astral no plano físico”. Em outras palavras: tudo aquilo que você desejar e mentalizar no plano astral irá se manifestar no plano físico. Alguém ai assistiu ao filme “The Secret?”

– Os braços nesta posição representam o “Tudo o que está acima é igual ao que está abaixo”, ou “O microcosmo é igual ao macrocosmo”, ou “Assim na Terra como no Céu”. É a mesma posição dos braços representada no Arcano do Mago no tarot.

– a imagem possui escamas, representando o domínio sobre as águas, ou emoções.

– a imagem possui asas, representando o domínio sobre o Ar, ou a razão.

– a imagem possui patas de bode, representando seu domínio sobre a Terra, ou o material. Também representam a escalada espiritual.

– a imagem possui fogo em seus chifres, representando o domínio sobre o Fogo.

– Os seios representam a maternidade e a fertilidade, e também o hermafroditismo, simbolizando que a alma não possui sexo e que não “somos” homens ou mulheres, mas “estamos” homens ou mulheres.

– a imagem está parcialmente coberta, parcialmente vestida (atenção, irmãos e fraters), representando que o corpo não está apenas no plano material (roupas), mas por debaixo da matéria está também o espírito (parte nua). Podemos perceber isto melhor nos arcanos Estrela e Lua no tarot.

– Baphomet está sentado sobre o cubo. O cubo e o número 4 representam o Plano Material, e estar sentado sobre ele representa o domínio sobre o plano material (vide arcanos Imperador e Imperatriz no tarot).

– O falo do Baphomet é o Caduceu de Hermes, representando a Kundalini e as energias sexuais ativadas, a virilidade e todo o desenvolvimento dos chakras.

– Finalmente, a figura representa a Esfinge, aquela que guarda os portais das iniciações, pela qual os covardes não passarão. Aquele que teme uma figura por pura ignorância nunca será um iniciado.

No tarot de Marselha, podemos observar algumas destas representações. O Diabo (Arcano XV) no tarot representa as Paixões, por isso o homem e a mulher acorrentados em Malkuth (a Terra, o gado) aos pés da imagem. No tarot de Rider Waite, no século XX, o diabo já aparece com a estrela invertida, por influência da Ordo Templi Orientalis (e que para os iniciados não significa nada “satânico”… falarei sobre pentagramas invertidos na próxima coluna).

Associações mentirosas com a Maçonaria

Para analisarmos como esta figura foi parar nas mãos dos ignorantes evangélicos e católicos, precisamos explicar quem foi Leo Taxil (seu verdadeiro nome era Gabriel Antoine Jogand Pagès).

Taxil havia sido iniciado na Maçonaria, mas fora expulso ainda como aprendiz. Por vingança, acabou por inventar uma ordem maçônica “altamente secreta” chamada Palladium (que só existia na imaginação fértil de Taxil) supostamente comandada por Albert Pike (o Grão Mestre da Maçonaria na época). Seu objetivo, então, era revelar à sociedade tal misteriosa e maléfica Ordem.

Ficou famoso com isso e ganhou uma audiência com o Papa em 1887. Assim, a Igreja Católica alegremente patrocinou e financiou a campanha de Taxil, inclusive a edição de seus livros.

Albert Pike (1809-1891) era um Brigadeiro General da Confederação na Guerra Civil Americana que, quase sozinho, foi responsável pela criação da forma moderna do Rito Escocês Antigo e Aceito. Abastado, literato e detentor de uma extensa biblioteca, foi o Líder Supremo da Ordem de 1859 até à data da sua morte em 1891, tendo escrito diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso “Moral e Dogma”.

O panfleto de lançamento do livro de Taxil pode-se ver Baphomet com algumas modificações e um avental maçônico cobrindo o falo. O livro “Os Mistérios da Franco Maçonaria” (lado esquerdo) descreve um grupo de maçons endiabrados que dançam ao redor do Baphomet puxado por um ex-padre, nada mais nada menos, que o famoso e falecido “Pai do Baphomet”, Eliphas Lévi (falecido em 1875). Leo Taxil ganhou muito dinheiro, inclusive do Vaticano, enganado todo tipo de crédulos.

Finalmente, em 19 de abril de 1897 em um salão de leitura, Taxil iria apresentar uma tal senhorita Vaughan, que na verdade nunca existiu, renunciando a Satã e convertendo-se ao catolicismo. A igreja ansiosamente aguardou tal apresentação. Na data o salão lotou de pessoas do clero católico, maçons e jornalistas. Depois de um palavreado enorme, cheio de volteios, Taxil então finalmente revelou que nada tinha a revelar, porque nunca havia existido tal “Ordem Palladium”. Foi um tumulto imenso. De fato, Gabriel Jogand tinha fabricado a história inteira como uma farsa monumental às custas da igreja. No final, foi chamada a polícia para os ânimos fossem controlados e tudo não acabasse em uma imensa briga e quebra-quebra. (Para ler a A Conferência de Leo Taxil na íntegra, clique AQUI). Taxil morreu dez anos depois, em 1907, com 53 anos.

Em suma, Baphomet nasceu de uma lenda dos Templários, ganhou forma nas mãos de Eliphas Leví e foi associado à Maçonaria por Leo Taxil.

E daqui, o resto é história. A fraude, apesar de ter sido revelada por seu criador, continua e é aceita como “verdade absoluta e incontestável” por novas gerações de religiosos ignorantes (ou de má-fé).

A Maçonaria é difamada por uma acusação absurda e também por aqueles que pensam ser religiosos corretos e acabam por perpetuar uma mentira inconscientemente.

#ICAR

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/zaratustra-mithra-e-baphomet-parte-iii

Calendário de Cursos – Agosto, Setembro, Outubro

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

Para que vocês possam se programar melhor, aqui vão as datas dos cursos do final do ano. Se eu conseguir um lugar em tempo hábil, gostaria de marcar um curso de Kabbalah/Astrologia em Novembro em Brasília e/ou Belo Horizonte.

Agosto

20/08 – Tarot (Arcanos Menores) – Porto Alegre

21/08 – Magia Prática – Porto Alegre

27/08 – Tarot (Arcanos Maiores) – SP

28/08 – Tarot (Arcanos Menores) – SP

Setembro

17/09 – Kabbalah – SP

18/09 – Astrologia Hermética – SP

24/09 – Kabbalah – Vitória ES

25/09 – Astrologia Hermética – Vitória ES

Outubro

15/10 – Astrologia Hermética II – SP

16/10 – Magia Prática – SP

29/10 – Tarot (Arcanos Maiores) – RJ

30/10 – Tarot (Arcanos Menores) – RJ

Informações: marcelo@daemon.com.br

#Cursos

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/calend%C3%A1rio-de-cursos-agosto-setembro-outubro

Dez Razões da Queda do Ocultismo Popular

cassandra

Os dias de glória do Hermetismo aberto para as massas está chegando ao fim. Mesmo aqueles que tentam a todo custo manter as luzes da sabedoria acesa estão achando a conta de luz cada vez mais cara e menos satisfatória. Recentemente, pesquisando sobre as Nuances da Árvore da Vida para o livro de Kabbalah, me deparei com saltos de conhecimento enormes a respeito da geometria da Árvore da Vida, das correlações dos deuses de diversos pontos do tempo-espaço da cultura terrestre e sua relação com os tradicionais Nomes de Deus, estruturas maçônicas e rosacruzes e toda o entrelaçamento disto com a Astrologia, Tarot e a Arte. Mas, ao contrário dos anos anteriores, eu não estou com tesão de escrever mais sobre isso publicamente ou postar estas informações para fora do círculos que envolvem meus irmãos de ordem ou alunos dos meus cursos.

A razão é que, assim como muitos que nos acompanharam durantes os últimos vinte ou trinta anos dentro do ocultismo, estou cada vez mais percebendo que os dias de Hermetismo para grandes escalas acabou. O “Real Deal” ainda existe, mas tende a ficar cada vez mais fechado e oculto do que tem sido. O grande experimento da Golden Dawn de deixar as informações esotéricas semi-públicas falhou miseravelmente… a idéia de que se você colocar toda a informação existente disponível fará com que a humanidade evolua é uma falha completa. Tudo que um livro ou uma página da net pode fazer é apresentar uma opinião – uma sombra na parede. Isso não nos torna magos, da mesma forma que ler receitas online não nos torna grandes cozinheiros.

Claro que algumas idéias e técnicas podem ser encontradas na internet ou nos livros, mas o conhecimento sério está espalhado, como peças de um quebra-cabeças que demorara anos para ser colocado no lugar. Mesmo com o auxílio de um bom professor ou uma Ordem Hermética, no final cada um de nós precisa montar o quebra-cabeças sozinho…

Historicamente, o hermetismo aparece e desaparece continuamente, e o florescimento que aconteceu no início do século XX está diluindo. Acredito que em duas gerações estará extinto novamente. O material continuará ali, mas cada vez menos pessoas estarão interessadas; a maioria apenas seguirá quaisquer movimentos religiosos que aparecerem nos próximos 20 anos…

E o problema não é com o Hermetismo. Os ensinamentos estão por ai há milênios. O problema é que o conhecimento verdadeiro nunca será popular. É muito intelectual para ser popular. É muito prático para ser popular. É muito desgastante e profundo para ser popular. A queda do Esoterismo acontecerá da mesma maneira que ocorreu no século V, quando o paganismo filosófico foi substituído por uma versão muito mais organizada e simples chamada cristianismo.

DEZ RAZÕES DA QUEDA DO OCULTISMO POPULAR

1. A contaminação do Ocultismo pelas baboseiras New Age. O hermetismo têm sido sistematicamente aguado por esquisoterices, fantasias e fraudes. O hermetismo nunca poderá ser simplificado em regrinhas básicas que podem ser seguidas como um “jogo da vida” por qualquer um. Coisas como “o Segredo”, PNL, Magia do Caos, New Age, Teoria da Prosperidade, pactos pactorums e outras besteiradas dão esta falsa impressão de que magia é receita de bolo. Elas incentivam uma pesquisa rasa dos chamados “turistas” ao invés de “buscadores” dentro do hermetismo e estas pessoas logo constatam que os sistemas não funcionam (não por que eles não funcionem, mas porque a técnica apresentada está tão ruim que não vai funcionar mesmo…)

2. Contaminação pelos intelectualóides. Apesar de parecer uma contradição com a razão 1, na verdade isso causa uma polarização extrema do que temos visto no ocultismo hoje em dia e que está matando as discussões e debates. Se por um lado temos os esquisotéricos e suas invencionices, do outro temos os chamados “magos da poltrona” (Armchair Occultists) que ficam no Facebook discutindo “a pronúncia correta do trigésimo sexto aethyr enochiano comparado à Qabbalah judaica de acordo com autor X ou Y da Golden Dawn” mas que, na prática, nunca sequer pisaram em um terreiro. Ler milhares de livros sobre natação não faz você atravessar uma piscina. Magia é prática constante. E esses debates intelectualóides sobre minúcias causam brigas e dogmas entre as poucas ordens que tentam continuar a propagação dos exercícios mágicos a troco de massagens no ego.

3. Contaminação pela Psicologia. A Psicologia coincidiu com a elevação do hermetismo no século XX e ambos pegaram emprestados conceitos um do outro. Porém, por volta da década de 60, a psicologia começou a espalhar que a magia (e as idéias religiosas) existiam “apenas na mente”, confundindo “mediunidade” e “conjurações” com “esquizofrenia” e “multiplas personalidades”. Isso é uma vergonha, pois a psicologia pode ajudar a explicar a compreensão de diversos símbolos internos e consegue manter parâmetros para objetivar o que poderia ser considerado subjetivo (como por exemplo, dez pessoas terem a mesma “alucinação” ao mesmo tempo). Mas com os extremos de achar que tudo se passa na mente, muita coisa que poderia ser aprofundada se torna apenas masturbação intelectual.

4. Contaminação pelo fundamentalismo esotérico. O Século XX tem sido bastante aleijado pela maldição do fundamentalismo – movimentos que tentam purificar uma tradição pela interpretação literal dos seus escritos – O hermetismo e espiritualismo não estão sendo diferentes. Por exemplo, o Kardecismo, que começou como um estudo científico, hoje está mais embolorado e dogmático que muitas igrejas evangélicas em suas regras e verdades absolutas e inquestionáveis. No hermetismo, isso se tornou uma verdadeira “guerra pokemon dos mestres”, onde cada estudante, ao invés de estudar comparativamente todas as doutrinas e entender os pontos lógicos e ilógicos de cada um, abraça com cegueira fervorosa os textos do mestre X ou Y como se fossem times de futebol, cada vez mais literais e afastados uns dos outros. “Meu mestre é melhor que o seu” é seu lema. Assim como seus amiguinhos evangélicos, os fanáticos ocultistas tendem a ser seletivos sobre quais pontos acreditam ou desacreditam serem literais dentro dos textos de cada autor.

5. Contaminação por líderes não hermetistas. O começo do século XXI viu o surgimento de uma série de aventureiros, charlatões e picaretas que só queriam ganhar uma grana ou chiconelar as meninas. Poucos conseguiram se instalar na comunidade, pois não tinham estudos ou grupos capazes mas, neste processo a confiança das pessoas nas ordens e ensinamentos foi destruída. Estudantes assumem que, por causa desses trambiqueiros, todos os professores e ordens são picaretas ou charlatões. Místicos de auto-ajuda, gurus da prosperidade, centros holísticos de quintal e toda sorte de aventureiros da fé alheia abundam pela internet, cada um se achando a única verdade do universo.

6. A Falha dos estudantes modernos em estudar ou se empenhar em qualquer coisa. Os chamados “magos do facebook” colecionam milhares de fatos, textos, pdfs, ensinamentos e grupos (geralmente só os gratuitos), mas não praticam, lêem ou estudam nada. Treinar Hermetismo e autoconhecimento é como treinar uma arte marcial. Leva tempo para se acostumar, praticar e aperfeiçoar… mas, assim como nas artes marciais, a imensa maioria não leva suas práticas como prioridade… sempre tem algo mais importante para fazer… gente que tem preguiça de seguir em uma ordem mágica só porque precisa dirigir 40 minutos para chegar lá… ler livros de verdade, então, só para concurso público e olhe lá… para ter uma idéia do volume dessa preguiça, em uma Ordem tradicional como o Arcanum Arcanorum, das mais de 7.000 pessoas que se inscreveram, receberam e começaram os estudos no grau de Átrio, menos de 10% sequer teve capacidade para completar os exercícios da primeira monografia… conversei com o Frater Goya, Fernando Maiorino, Sérgio Pacca, Rubens Saraceni, Alexandre Cumino e outros magisters de Ordens tradicionais e sérias e a porcentagem é mais ou menos a mesma… de cada 100 pessoas que entram em um grupo de estudos, menos de 1% vai chegar a um Círculo Interno.

7. Falha em apoiar financeiramente professores, escritores e ordens. No século XIX e XX, as Ordens Ocultistas eram apoiadas por seus membros. A Golden Dawn, Inner Light, BOTA, White Eagle, Theosophy, SOL, AMORC, etc todas recebiam ricos donativos de seus membros e sobreviviam. Seus professores podiam viver de escrever e ensinar dentro da Ordem, mas isso parou por volta da década de 1970. Os professores começaram, então, a escrever para fora de seus grupos fechados e até que conseguiam sobreviver, mas recentemente isso também está acabando. Os professores têm de escolher cada vez mais em “coelhizar” seus textos para atingir um mínimo de público semi-analfabeto funcional, ou “satanizar” seus textos para atingir os adolescentes que querem posar de malvadinhos na internet. Ordens conhecidas de fora, como a Aurum Solis ou Dragon rouge não juntam nem 20 membros aqui no Brasil e muitas ordens sérias às vezes mal juntam o suficiente por mês para pagar o salário da faxineira. Perdi a conta de quantos espertalhões me escrevem pedindo pdfs grátis dos livros que escrevo. E o pior de tudo é que mesmo se esses jumentos conseguissem os tais livros, provavelmente eles ficariam apenas guardados na coleção dentro do ipad, sem nunca sequer serem lidos…

8. O Colapso das Ordens e do Sistema de Ensino. Antigamente, as Ordens e os Professores estavam todos equilibrados. Os professores davam as aulas e auxiliavam o desenvolvimento pessoal dos alunos que, por sua vez, precisavam se esforçar para obter cada grau. Pelas razões que citei acima, está cada vez mais difícil trabalhar com ordens herméticas, pois os alunos não respeitam mais seus professores ou grupos. Os que tentam sobreviver querem quantidade em cima de qualidade, abrindo turmas para 100-120 alunos pagando pouco e se esforçando menos ainda para pegar graus e titulos (todos saem do curso com o grau de “mestre”, por exemplo). Alguns chegam ao absurdo de anunciar iniciação maçônica via SPAM ou anúncio de Facebook até mesmo em comentários em sites (!!!) Com medo de arrumar encrenca com os alunos, já vi professores sofrendo bullying nas mãos de alunos ignorantes por não querer dizer que a baboseira quantica que o aluno estava falando era algo completamente esquisotérico! Até mesmo no TdC já tive posts que as pessoas me escreviam depois perguntando se valia mesmo à pena comprar briga com X ou Y por falar a verdade sobre numerologia pitagórica, sagrado masculino, homeopatia, portais alienígenas, Saint German, qualquer baboseira “Quantica”, maçonaria galática, dança do ventre masculina, pactos com lucifer, almas gêmeas, pactum pactorum, amarração, civilização pleidiana, sistema arcturiano de cura dimensional, lilith, quíron, ceres, juno, sputnik, ciência Keylontica, Sacerdócio de Melchizedek, cristais etéricos akashicos, mesa quantica radiônica prateada, reiki kahuna viking, Nibiru e outras invencionices cada vez mais e mais picaretas.

9. A internet deixou o Ocultismo acessível demais. Hoje em dia, se você quer uma informação de alguma “personalidade” do ocultismo, voce pode pesquisar no google e enviar um email para ele. E a maioria desses caras são gente-boa e acabam respondendo. O problema com isso é que o estudande acaba se achando muito importante e que informações vindas de uma fonte valiosa podem ser obtidas a apenas um SMS mal escrito de distância. A maioria das perguntas que me mandam poderia ser respondida nas primeiras 4 monografias do AA, fazendo o curso básico de Kabbalah Hermética ou lendo com atenção diversos posts no blog. Ao contrário do que os gurus de auto ajuda pregam, EXISTEM SIM perguntas estúpidas… e dentro do hermetismo, fazer a pergunta certa é realmente importante… por exemplo, se você tivesse a chance de conversar com Aleister Crowley ou Arthur Waite, iria ficar perguntando a eles sobre quais são os quatro elementos? As pessoas hoje em dia não querem direcionamento para aprofundar os estudos, querem respostas prontas para dúvidas primárias, sem ter de mexer a bunda da cadeira para pesquisarem sozinhos.

10. A qualidade das informações está ficando cada vez pior. Aqui no Brasil, principalmente. Para cada livro ou texto importante, temos uma centena de porcarias, cópias mal feitas ou escrita para retardados. Foi uma das principais razões pelas quais eu simplesmente parei de colocar qualquer fonte das pesquisas no TdC e tirei as que tinham das matérias. Os blogs exotéricos que abundam por ai copiavam meus textos na cara dura e colocavam as referências do TdC como se eles tivessem pesquisado lá (até o site Whiplash fez isso uma vez!). Tenho visto por ai ex-alunos meus querendo dar aula como se fossem mestres autoiniciados e autodidatas, sendo que mal começaram os estudos 5 ou 6 anos atrás. Vi um sujeito que teve aulas de PNL e hipnose poucos anos atrás e que ja começou a inventar seu próprio método (!?!) para dar cursos… pessoas anunciando que “estudam ocultismo desde os 10 anos de idade” mas, pela idade, vemos que acabaram de completar 18-19 anos e ja querem dar cursos; “professor” anunciando ritual de iniciação em motel; perfumes da prosperidade; pingentes de sangue menstrual; vemos livros a rodo publicados como panfletos nesses sites de self-publishing; rituais e tradições wiccas inventadas… isso quando o cara não finge que é rabino, cabalista, maçom, enochiano, sacerdotisa wiccana, templária do sagrado feminino, iniciado no Haiti e por ai vai… para cada podcast sério, tem cem programas alucinados na Radio Mundial, para cada site sério, tem uma centena de esquisoterices quanticas de Saint German do calendário maia, para cada buscador, cem turistas.

Todos estes fatores criaram um abismo onde as vozes dos estúpidos possuem o poder de abafar aqueles que sabem do que estão falando. Um lugar onde todo mundo pensa que é “mago” mas nem 1% quer estudar de verdade. Um universo onde boas ordens herméticas são destruídas por não terem apoio de alunos cada vez mais preguiçosos e mimados da internet. O resultado disso é que o interesse do público no hermetismo real irá lentamente se dissolver, com poucos ou nenhum estudioso real para preencher o vazio que está ficando, até que nem mesmo esses consigam preencher as expectativas dos alunos cada vez mais mimados e preguiçosos, até que o ocultismo retorne para as Sombras novamente.

#MagiaPrática

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/dez-raz%C3%B5es-da-queda-do-ocultismo-popular

Dois Milhões de Conspiradores!

Hoje chegamos à marca de Dois milhões de Pageviews neste bloguinho. Nada mal para quem não posta mulheres peladas nem futebol, nem Big Brother.

Ao todo, foram 565 posts publicados e 11.990 comentários. Temos 2.184 followers no twitter . Nosso Projeto de Hospitalaria está funcionando maravilhosamente bem e agora começamos os projetos de bibliografia e o Mayhem, que já está com 700 membros. Ao longo destes dois anos (incluindo o TdC S&H que completa 3 anos em 7/Agosto), perdi a conta de quantas pessoas consegui iniciar nos estudos da Kabbalah, Astrologia, Tarot, Runas e Magia Prática, sem contar os leitores que se filiaram à FRA, AMORC, CALEN, SCA, CIH, Demolay, Eubiose, Casa do filósofo, Pró-Vida, Gnose ou Maçonaria graças ao blog. Fizemos uma das maiores correntes de meditação no Sefirat Ha Omer aqui no Brasil e agora vamos começar a treinar vocês com mais exercícios práticos.

Queria que deixassem nos comentários o que mudou para vocês desde que começaram a acompanhar a coluna; se fez diferença na vida de vocês e o que aprenderam (e mais importante, o que colocaram em prática) aqui.

#Blogosfera

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/dois-milh%C3%B5es-de-conspiradores

Litha

Litha marca o primeiro dia do verão e se situa entre Erelitha e Afterlitha no calendário germânico antigo e um dos oitos sabás neopagães. O termo é usado especialmente no calendário Asatru.

Ocorre no Hemisfério Sul em 21 de Dezembro e 21 de junho no hemisfério norte.

È o momento quem que o poder do Sol chega ao seu ápice e as flores, folhagens e gramados encontram-se lindos e abundantemente floridos e verdes. Muitos dos círculos de pedra, como o Stonehenge, e dos monumentos pré-célticos estão alinhados com o nascer do Sol.

Após a união da Deusa e do Deus em Beltane, O Deus está adulto, um homem formado, e tornou pai – dos grãos. Em sua plenitude, ele traz o calor do verão e a promessa total de fertilização com o sucesso do enlace feita com a Deusa. Sendo o auge do Deus, também prenuncia o seu declínio, nesse momento o Deus, após cumprir a sua função de fertilizador, dá seu último beijo em sua amada e caminha ao país do Verão (Outro Mundo), utilizando o Barco da Morte para morrer em Samhain. Em algumas tradições festeja-se a despedida do reinado do Deus do Carvalho (Senhor do Ano Crescente) e o início do reinado do Deus do Azevinho (Senhor do Ano Decrescente) que durará até Yule. Este é o único Sabá em que às vezes se fazem feitiços, pois acredita-se que seu poder mágico é muito grande.

Costumes de Litha

Há uma infinidade de lendas e ritos que envolvem a noite do Solstício de Verão: Um dos costumes mais populares na Europa e Norte da África é a colheita de ervas medicinais e mágicas nesse dia. Acredita-se que a plenitude da força do deus está impregnada nessas ervas e contém todo o poder sanador e mágico para a cura de doenças. O visco e o basílico, como outras muitas ervas, são colhidos ritualisticamente e usados para preservar a energia nos tempos frios em encantamentos e sortilégios.

Banhos purificadores e curas milagrosas são realizados nas noites mágicas em fontes, rios e cachoeiras. Acredita-se também que tudo aquilo que for sonhado, desejado ou pedido na noite de Litha se tornará realidade.

Os antigos Povos da Europa acreditam que, nessa noite, criaturas mágicas andam correndo pelos campos e florestas e poderiam facilmente ser vistos e contatados.

Nesse dia os amuletos do ano anterior são queimados e novos talismãs de proteção, poções para sonhos proféticos e filtros são feitos para aproveitar o grande momento de poder.

É costume dar continuidade a grande fogueira de Beltane, como também pula-la para se livrar dos infortúnios e da negatividade. Tradicionalmente essa fogueira é acesa com gravetos de abeto e carvalho, duas árvores consideradas mágicas pelos neopagães.

#Wicca

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/litha-2