A Guerra dos Roses

Movimentos harmoniosos, respiração controlada e um estado elevado de consciência. Esta é uma reportagem sobre ioga, mas não envolve nenhum desses elementos. Acusações, ressentimentos mal disfarçados, palavras como “seita” e “oportunismo” há de sobra. A rede de mais de 200 escolas ligadas a Luis Sergio de Rose, o Mestre De Rose, no Brasil, em Portugal e na Argentina está passando por dias turbulentos. Mais de 20 dos seus cerca de 500 professores a deixaram nos últimos três meses. Nem é um número expressivo, o que conta é o barulho que eles estão fazendo. Internamente, são tratados como “dissidentes” e recomenda-se “distância deles”.

Minha irmã freqüentou uma escola da rede durante mais ou menos um ano. Dei uma olhada nos livros que ela comprava, ouvia as descrições que ela fazia das aulas e, sinceramente, a coisa não me bateu. A matéria do NoMínimo só confirma essa primeira impressão. O que me incomodou mais era o evidente aspecto de culto à personalidade do tal Mestre de Rose, que lembrava muito a invasão de pseudo-gurus indianos que tomou de assalto os Estados Unidos a partir da década de 60, e dos quais a grande estrela era Rajneesh e sua nada espiritual coleção de Rolls-Royces – quando o fisco americano caiu de pau em cima dele, Rajneesh mudou o nome para Osho.

Mestre de Rose, aparentemente, não chega a tanto (embora os dissidentes insinuem práticas feias como espionar emails e celulares dos professores, para saber se eles mantêm contato com as personas non-gratas da escola), mas, para explicar porque os membros do grupo são proibidos de falar com os dissidentes, Rosana Ortega, diretora da unidade Berrini, adota um discurso que não deixa dúvidas sobre o caráter empresarial da Swasthi Yôga (ou como quer que seja o nome), que parece mais interessada em promover a marca e fidelizar o consumidor do que em levar os discípulos ao samadhi: “Na Coca-Cola, por exemplo, o funcionário é demitido se for flagrado bebendo Pepsi. O ator da Globo não pode dar entrevista ou negociar em outra emissora, porque ele representa a própria imagem da Globo. Os nossos instrutores também representam a nossa imagem.”

@MDD – Qualquer escola, fraternidade, ordem ou religião que fale uma imbecilidade dessas já merece total descrença. O verdadeiro buscador SEMPRE pode (e deve) procurar por todas as outras manifestações para que possa julgar e comparar os ensinamentos apresentados.

Quer dizer, suponho que quem estiver atrás da ioga apenas como uma forma alternativa de ginástica para aliviar o estresse pode até se beneficiar com as práticas ensinadas pelo Mestre de Rose – mas se você busca a ioga como um instrumento para o desenvolvimento espiritual e libertação da consciência, faria melhor em deixar Yôga – Mitos e Verdades de lado e partir logo para o real McCoy, os clássicos Yogasutras ou o inestimável Yoga – Imortalidade e Liberdade, de Mircea Eliade. Porque, pelo visto, a escola do Mestre de Rose está mais para Hare Krishna do que para Patanjali…

PS. Alguém poderá dizer que a prática não se aprende nos livros e que a única forma de aprender ioga é com um professor de carne e osso. Verdade. Mas qualquer cursinho introdutório de Hatha Yoga vai ensinar os asanas mais importantes. O resto é uma questão de concentração mental, que é mais fácil de obter no sacrossanto recesso de seu próprio quarto do que numa escola cheia de alunos, e de compreensão dos objetivos – e aqui, não existem professores melhores do que Patanjali e Mircea Eliade.

de: http://malprg.blogs.com/francoatirador/2004/08/a_guerra_dos_ro.html#more

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-guerra-dos-roses

ABC da Umbanda

 

Água Fluida Nada mais é que um veículo preparado com elementos espirituais e da natureza, saturada por hábeis manipuladores do astral, com fins terapêuticos.
Amaci Banho purificatório na cabeça, feito com folhas, flores, mel, perfumes, ervas e outros, de acordo com orientação das pelo diretor dos trabalhos. Sua finalidade é auxiliar na incorporação e firmar o médium e seus guias nas correntes material e espiritual do Centro Espírita (Egrégora). É o começo da caminhada mediúnica no Centro Espírita escolhido pelo médium, para o seu desenvolvimento e de suas entidades.
Amuletos Objetos os mais variados possíveis em todo o mundo, tornam-se populares como “quebradores”  de olho-grande. Ao serem colocados em locais visíveis, alguns preparados para dissolver descargas negativas, são a primeira coisa a ser vista por aqueles portadores deste tipo de magnetismo pesado, recebendo em primeiro lugar, a descarga do mesmo. Ou seja, viram objetos de descarrego, de limpeza, absorvendo ou dissolvendo tais vibrações na entrada de residências.

Todos esses objetos e práticas auxiliam muito como paliativos, no teor magnético existente nas casas. Todavia, o mais importante é o tipo de ambiente que é criado pelas mentes que ali habitam. Se não, tornam-se inúteis ou de muito baixa influência.

Aruanda Lugar de onde veem os Orixás e as entidades superiores. No catolicismo é o céu. No Espiritismo são as colônias espirituais.
As Ervas As ervas, ao crescerem, absorvem as radiações do sol, da lua, dos minérios, enfim, de toda a natureza, e dos elementos espirituais, à semelhança da aura humana, daí o seu uso nos tratamentos, nas limpezas e na fixação de energias. Devem ser frescas, se possível, e nunca demasiadamente fervidas.
As Leis de Umbanda São 10 os princípios básicos que regem a Umbanda:

1 – Crença em um Deus único, onipotente, eterno, incriado, potência geradora de todo o Universo material e espiritual, adorado sob vários nomes.

2 – Crença em entidades superiores: Orixás, anjos e santos que chefiam falanges.

3 – Crença em guias, em planos médios, mensageiros dos Orixás, anjos e santos.

4 – Existência da alma e sua sobrevivência após a morte.

5 – Prática da caridade desinteressada, na busca de aliviar o Karma do médium.

6 – Lei do Livre-Arbítrio, pela qual cada um escolhe fazer o bem ou o mal, e o ser humano afiniza com sua faixa vibratória e a do ambiente que o cerca.

7 – O ser humano é a síntese do universo.

8 – Crença na existência de vida inteligente em todo o Universo, vivendo e habitando.

9 – Crença na reencarnação, na lei cármica de causa e efeito.

10- Direito de liberdade de todos os seres.

Benzeduras Nada mais são do que passes magnéticos. Nossos pretos velhos eram eficazes, assim como nossos índios. Utilizam-se de metais, água, ervas, saliva etc. como condutores desse magnetismo curativo.
Crendices Há crendices verdadeiras e falsas. Quando muitos dizem que determinada atividade é correta, deve-se analisar os fundamentos do ponto de vista científico e espiritual. Ou seja, devem ser analisadas friamente, sem serem repetidas, mecanicamente, sem discussão prévia. Certa vez ouvi que determinada imagem, dentro de casa, produziria efeito negativo na sexualidade feminina e coisas do gênero. Já falamos repetidas vezes que o que vale são os pensamentos e a magnetização dos objetos. Como foi comprovado, mais tarde, a dita imagem nada produziu de negativo, muito pelo contrário.
Defumação Nada mais é do que as plantas que, com todo o magnetismo absorvido da natureza, ao serem queimadas e suas emanações dirigidas por entidades encarregadas da purificação de ambientes, diluiriam fluidos pesados ou  atrairiam boas vibrações. Usam-se desde a tradicional arruda ou outras ervas, cascas de alho, açúcar, resinas aromáticas etc.
Elementais Sem eles a Umbanda não existiria. São entidades primárias, quase infantis na espiritualidade, sempre dirigidas por entidades superiores, habitando um dos quatro elementos. No fogo, as salamandras que trabalham nas áreas relacionadas ao amor, ao sexo, à amizade, à agressividade e à proteção. Na terra, há vários, sendo os mais conhecidos os gnomos, cuja atividade relaciona-se ao trabalho, à criatividade, à perseverança e aos bens materiais. As ondinas, nas águas, atuam na sabedoria, na doçura, nas atividades espirituais e mediúnicas. Nos ar, os silfos, ágeis e inquietos, dominam as áreas de saúde, da cura e do equilíbrio físico e mental.

Todos eles participam dos trabalhos umbandistas como auxiliares valiosos, e nas outras doutrina e religiões, muitas vezes, em discreto anonimato.

Elementares São diferentes dos elementais. São entidades primitivas em situação intermediária entre o animal e a racionalidade. Dirigidos por entidades, colaboram na limpeza, na guarda, tomando formas as mais variadas possíveis. São colaboradores dos Exus e boiadeiros, principalmente.
Exu e Quiumba Os quiumbas são malfeitores do astral, avessos ao bem e altamente perturbadores. Tanto que há concordância entre autores quanto ao fato de serem eles os verdadeiros executores dos trabalhos destinados ao mal. São os costumeiros “encostos” ou “rabos de encruza”. Fazem-nos pensar que muitos quiumbas mistificam, fingindo, em casas desatentas, serem Exus ou até mesmo Orixás, com fins de alcançar seus objetivos.

Os Exus, não. São eles que desmancham os trabalhos de magia negra, transportando magneticamente as mazelas, as dores e doenças físicas e espirituais, aliviando Carmas. Alguns Exus, por estarem ainda no início de sua evolução, como trabalhadores do bem, necessitam de orientação e doutrina, tanto pelo médium como pelos dirigentes dos trabalhos e devem ser colocados na disciplina da Casa.

Daí temos os Exus orientados, que não pedem sacrifícios, com oferendas mais simples, e aqueles que não tiveram uma colocação correta, que se acostumam com extravagâncias e exigências repletas de vaidades  humanas

Fases da Lua para Trabalhos A ação eletromagnética da lua é conhecida desde a mais remota antiguidade nos fenômenos das marés, na germinação e crescimentos das plantas, na poda de plantações, na fecundação de seres, nas alterações de humor e um sem-número de fenômenos. Já que se trata de trabalhos, com fins quaisquer, é natural que se escolham dias em que a força eletromagnética  da Terra, sob a influência lunar, crie um ambiente mais propício ao crescimento, ou não, do teor magnético nocivo ou benigno desses mesmos trabalhos.

Na lua minguante são entregues os trabalhos destinados a diminuir ou acabar com algo, tal como doenças ou vícios, dias esses com poderoso influxo magnético lunar de retração. Nos dias de lua cheia ou crescente, para trabalhos de crescimento, tais como os destinados a melhoria no trabalho, estudos, amor e saúde. Na lua nova não recomendamos, pois já é sentida a influência da passagem para a lua minguante.

Feitiço Infelizmente existe sim. São trabalhos feitos pela quimbanda com fins de prejudicar alguém, perfeitamente lógicos, dentro do ponto de vista magnético.
Como Evitar (Feitiço) Já vimos no conceito de magnetismo que, dependendo da sintonia que vibre em cada um, podemos assimilar o feitiço ou não. Nesses casos, quando a pessoa vibra em frequência mais elevadas, a onda do mal emitida tende a ricochetear e, muitas vezes, retorna a quem o emitiu, que, na realidade, vibra nessa faixa, pelo simples fato de Ter desejado o mal.
Há Nomes Que Não Devem Ser Ditos na Umbanda? Cada letra possui um som. Cada som produz uma frequência. A soma das letras produz um nome que poderá, ou não, formar uma melodia harmoniosa do ponto de vista espiritual. Todavia, antes de mais nada, não produz efeitos desastrosos se comparados ao teor de pensamento que exprime a palavra.
Imagens de Exus. Por Que Tão Assustadoras? Os Exus costumam tomar tais formas como meio de impor respeito e medo a espíritos inferiores (quiumbas) e, desta forma, facilitar o controle e vigilância que obtêm sobre estas mentes vinculadas ao mal, para que não perturbem trabalhos ou até mesmo lares e locais.
O Pensamento Tem Cor Segundo Ramatis: “A qualidade do pensamento determina-lhe a cor; a natureza do pensamento compõe-lhe a forma; e a precisão do pensamento determina-lhe a configuração exata” (Magia de Redenção, pág. 64). Dependendo da intensidade do mesmo, podem-se criar as conhecidas formas- pensamento, criações estas com volume, cor, som, verdadeiros marionetes espirituais de quem os criou. Na maioria das vezes, exprimem o verdadeiro interior de cada um, visíveis pelos guias que as analisam. São percebidas, também, pelos médiuns videntes e, muitas vezes, confundidas com entidades.
O Que é Pemba? Em sua origem, é um calcáreo extraído da terra, cuja finalidade é riscar os pontos que identificam a linha vibratória da entidade. Há diversas cores. A mais comum é a branca, que serve para todos, pertencente a Oxalá.
O Que é um Orixá? São divindades africanas diretamente relacionadas às forças da natureza. Seriam as falanges específicas que trabalham especializadas em determinado meio, como mar, céus, plantas, etc. Um Orixá é um regente de uma das forças do mundo material, sempre abaixo de Olurum (Zambi, etc.), o Deus Supremo. Fala-se, também, que seriam antigos governantes africanos tornados deuses após a morte. Na África há em torno de 600 Orixás. No Candomblé, 16. Na Umbanda 7.
O Que é um Orixá de Cabeça? O mesmo que Orixá de Frente. No Brasil, costuma-se dar uma pessoa a dois Orixás, normalmente formando casais, sem ser, com isso, regra. Em certos cultos, adotam-se três Orixás, os demais seriam conhecidos como “passagens”, exercendo menor influência. O Orixá de Cabeça corresponde à energia básica, fundamental, do indivíduo, dando-lhe características mais marcantes em sua personalidade. O segundo é o Adjuntó, de características mais sutis, muitas vezes amenizando o caráter o Orixá de Cabeça, que poderá Ter o caráter arrebatado por ser jovem e guerreiro. O terceiro seria o Orixá de Herança, que acompanha a família por algumas gerações.
O Que é Umbanda? Surgiu em 1908, no Brasil. Grosso modo, seria a mistura do culto congo-angola (misturado com o nagô), catolicismo, noções de Espiritismo, esoterismo, pajelança e até mesmo budismo. Umbanda quer dizer “Arte de Curar” ou “Magia”.
Objetos de Cera e as Velas A cera natural, vinda das abelhas, é impregnada dos fluidos existentes nas flores, em grande quantidade. Este elemento, vindo da natureza, é utilizado na prática do bem e do mal como matéria prima poderosa para somar-se com os teores dos pensamentos, tornando eficaz o trabalho e o objetivo ao qual se propõe. Comparada  a uma bateria, uma pilha natural, a cera sempre foi utilizada em larga escala na magia. A vela é considerada, na espiritualidade, como uma das melhores oferendas por ter, em sua função, os quatro elementos da natureza ativos, desprendendo energia. O fogo da chama, a terra ( através da cera), a água (a cera ao ser diluída desprende este elemento), o ar aquecido queimando resíduos espirituais. O umbandista não deve, jamais, retirar  nada da natureza sem deixar, pelo menos, uma vela para repor aos elementos mentais o fluido retirado do seu ambiente, em profundo respeito à criação divina.
Oferenda Na Umbanda trabalha-se com os quatro elementos da natureza: água, fogo, terra e ar, como matéria-prima básica. Manejados convenientemente, por entidades especialistas, promovem o equilíbrio, o descarrego, a harmonia. Na Umbanda, em respeito à natureza, nada pode ser retirado sem uma restituição ao elemento básico. Muitas vezes, ao entregar-se determinada oferenda, por afinidade fluídica, a mesma fica saturada dos fluido densos retirados do solicitante, pelas entidades. Assim, os Exús utilizam o álcool com fins de evitar os vícios do médium; o dendê, para evitar a desordem psíquica; a farofa, para trazer bens materiais (alimentação); a pipoca, para atrair doenças cármicas.
Orixá não é uma Entidade Um Orixá é energia vinda de um elemento primordial. Existem entidades que trabalham com essas energias e são especializadas nelas. São com tais energias que os umbandistas trabalham. Assim, mesmo que a entidade se identifique como Oxóssi ou Odé, não é o Orixá em si, mas está se identificando em sua linha vibratória. Isso explica porque pode, em um mesmo trabalho ou simultaneamente em vários locais, haver entidades com o mesmo nome.
Os Mortos Não são Orixás, podendo se tornar um guia, Exú, auxiliar ou anjo, de acordo com sua elevação espiritual. São chamados Eguns.
Pintura de Objetos Na escala de cores, cada qual possui uma frequência específica, daí o seu uso.
Ponto Riscado Identifica a origem da entidade, quais os seus domínios e a quem é subordinada. Risca-se com a pemba.
Por Que Despachar Objetos em  Água Corrente? Sabemos que a água é um dos mais poderosos elementos da natureza, no que se refere a sua capacidade de excelente condutor de eletricidade e fluidos quaisquer, sendo um poderoso solvente. Ao atirar-se o objeto saturado, a água de imediato absorve este teor magnético, levando-o, para longe do enfeitiçado (ou daquele que quer  livrar-se de objetos imantados). Assim, quebra os vínculos que antes existiam, por proximidade ou assimilação do dono.
Quebrantos /
Olho-grande (ou gordo)
Funcionam similar as pragas. Há pessoas que, de baixo teor espiritual e magnético, emitem, alguma sem desejar, poderosos feixes de caráter nocivo capazes de matar plantas, animais ou causar mal-estar em pessoas.
Quiumbas Espíritos de mortos sem luz ou esclarecimento, escravizados pelos seus próprios sentimentos em grande ódio e revolta. São as levas de obsessores existentes na espiritualidade, que induzem ideias maléficas aos vivos, apreciam fingir que são entidades iluminadas, quando não o são. Da mesma forma, são os verdadeiros executantes da magia negra e os vampiros do astral.
Ritual É um processo gradativo, onde se utilizam acessórios, os mais diferentes possíveis, até ser atingido o clímax desejado. Na verdade, assemelha-se a uma subida em uma escada, degrau a degrau, frequência a frequência, até a sintonia com as falanges desejadas, cujos objetivos podem variar sobremaneira.
Umbanda Cruzada Chamada de Quimbanda pelos umbandistas (ditos de linha branca) e macumba, os seus trabalhos ou feitiços. Cultuam dez a doze Orixás, dependendo da nação africana de origem, sendo que os Orixás “descem” pessoalmente, podendo haver, ou não, gira de caboclos e pretos-velhos em outros dias, intercalados. Fazem comidas (oferendas) mais elaboradas que na Umbanda Branca e sacrifícios animais. Nela é comum o jogo de búzios e rituais assemelhados ao Candomblé, feitos pelo pai ou mãe-de-santo ou babalorixá e iyalorixá. O vestuário é elaborado, há toque de instrumentos (algumas casas de Umbanda Branca aboliram), seu cerimonial e ritualística possuem maior quantidade de preceitos, proibições e quizilas (proibições alimentares). Cultuam-se os Orixás ligados à morte e aos cemitérios, fonte de energética de muitos trabalhos de magia negra, como Xapanã (Obaluaiê ou Omulu), Exu (Elebaras) e Iansã como dominadora de Eguns.
Umbanda de Branco/Umbanda Branca/ou de Cáritas Na verdade, varia infinitamente de casa para casa. Mas seus fundamentos básicos são que algumas casas se recusam a trabalhar com giras de exus, por considerá-los indisciplinados e só trabalharem com sacrifícios sangrentos, coisas que já sabemos incorretas, apesar de serem ideias muito difundidas. Existem sete falanges, denominados por Orixás, Yorimá (Pretos-Velhos) e Yori (Crianças). Na legião de Iemanjá haveria  Orixás comandando suas subdivisões, tais como Oxum, Iansã e Nanã. Em alguns locais, os Orixás não “descem” pessoalmente, mas são representados por Pretos-Velhos, Caboclos e espíritos de Crianças. Há rituais em matas, praias, pedreiras, cachoeiras etc. Nela foram abolidos rituais com sangue e magia negra.
Umbanda Religião Cristã Em seus princípios (Leis de Umbanda), há a crença em um Deus único e a caridade desinteressada, visto nos mesmos princípios do Evangelho de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Jesus, por sua vez, ocupa seu lugar nas preces como o divino coordenador ou mesmo na figura excelsa de Oxalá, sendo Deus, Ifá. Por que, então, não considerá-la cristã?
Valor das Palavras na Umbanda A palavra, no antigo Egito, era sinônimo de criação. Tanto é verdade que uma palavra exprime uma ideia. Uma ideia, um pensamento. E um pensamento é onda emitida. Daí usar-se algumas palavras que exprimem complexos sentimentos carregados de amor, nos trabalhos de Umbanda. São os conhecidos mantras, na Índia.

Lembretes:

 O respeito à natureza é um dos atributos do umbandista. Em respeito aos Orixás e manutenção de seus locais, jamais deixe lixo de qualquer espécie após as oferendas, como sacolas, papéis, embalagens e garrafas de vidro.

Médiuns devem abster-se de ingerir, nos dias de trabalho, bebidas alcoólicas, comidas picantes, excesso de carne vermelha e, dentro do possível, evitar discussões e agitações de toda a espécie. As entidades de Oriente não admitem o consumo de carne de gado, porco ou carneiro pelo seu médium no dia de trabalho. Incluem-se também nesses itens o excesso de café, chás e chocolates.

Para as Oferendas:

  • Todos os itens da oferenda deverão ser comprados por quem os oferece, sem nenhuma exceção.
  • O local escolhido não poderá ter outras oferendas ou ter havido agitações ultimamente, com exceção das encruzilhadas que são muito ocupadas.
  • Cumprimente o local e as entidades que ali trabalham e estão assistindo à entrega, e sais respeitosamente, em silêncio, não se voltando para trás.
  • Não ofereça bebida gelada.
  • Tudo deve ser aberto, desenrolado, inclusive balas.
  • Pode-se acender ou não cigarros e charutos. A caixa de fósforo deve ficar ao lado, aberta.
  • Os Orixás não se preocupam com a quantidade de itens oferecida, mas sim com o axé mínimo para a troca fluídica e o valor da intenção do pedinte.
  • Peça justiça, nunca o mal de ninguém. A Umbanda não admite trabalhos voltados para o lado da Quimbanda.
  • Não devem ser comidos ou provados os itens da oferenda. O que foi preparada deve ser entregue ou, se sobrar, posto fora.
  • Os despachos (oferendas a Exu) devem ser entregues em um dos quatro cantos da encruzilhada. Alguns trabalhos, com a devida orientação, constam também no centro. Nunca faça, sem o devido preparo e aval das entidades, tais oferendas. Limite-se as velas, charuto e cachaças.
  • As oferendas deverão ser entregues a partir das sete horas da noite ou pela manhã, antes do sol firmar-se no céu, com exceção de Oxalá e Ibeji que aceitam em dia claro. Nunca deverão ser entregues a partir da meia noite, quando se nota maior acúmulo de entidades perturbadoras à procura de encarnados dedicados aos prazeres mais inferiores.
  • Nada será entregue durante a chuva. Podem ser entregues nas estiagens, nas horas em que a chuva cessa.

Fonte: Sociedade Espiritualista Mata Virgem. Curso Básico de Doutrina Espírita – Aula 33. ABC da Umbanda.

Texto revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/cultos-afros/abc-da-umbanda/

A Matriz da Cabala-Xamanismo

Por Donald Michael Kraig

Uma das coisas que comentei em meus escritos é que para alguns praticantes, certos aspectos da Cabala e da magia cerimonial são muito “esquerdistas”. Essas práticas, que são um foco para algumas pessoas, embora lógicas e bem pensadas, carecem de paixão. De fato, eu estive lá uma vez. Eu era membro de um grupo mágico onde você era obrigado a escolher um nome mágico. Escolhi um muito rapidamente e depois escrevi um longo artigo sobre o significado, o valor e as interpretações cabalísticas do nome. Foi tudo muito canhoto.

Mas não precisava ser assim! Em Modern Magick, discuti brevemente uma tradição mística que foi uma precursora direta do Misticismo Cabala-Merkaba. Uma técnica básica deste sistema começa com o praticante alterando sua consciência. Um escritor sugeriu que isto era feito através de jejum e adicionalmente mudando o fluxo de sangue para o cérebro, colocando a cabeça entre os joelhos enquanto se sentava. Uma vez neste estado, você faz uma viagem através de vários “palácios” (isto evoluiu para o trabalho de trilhar o caminho Cabalístico), onde você teria experiências surpreendentes, se comunicaria com entidades espirituais e eventualmente veria a Merkaba, ou Trono de Deus.

Uma prática xamânica, que tem sido descrita em inúmeras fontes, é alterar de forma similar a consciência (mais sobre isso em um momento) e viajar para mundos diferentes onde você interage com outras entidades e guias espirituais. Como eu a interpreto, então, as práticas cabalísticas e a magia cerimonial como praticada hoje têm raízes comuns com as técnicas xamânicas praticadas em todo o mundo por muitos milhares de anos. Como, então, podemos trazer este aspecto pessoal e experiencial de volta ao mundo da magia cerimonial?

Meu Primeiro Ritual Xamânico:

Fui conduzido através de meu primeiro ritual xamânico há cerca de uma década. Era muito simples. Tomei uma posição relaxada e ouvi uma gravação em fita de bateria lenta e constante. O uso de tal batuque tem sido há muito tempo uma técnica para alterar a consciência. Logo, visualizei caminhar até um tronco de árvore com um grande buraco. Entrei no buraco escuro e caminhei para uma nova realidade. Lá eu vi cenas da floresta e me comuniquei com guias e espíritos animais. Depois de um tempo, pude sentir que os tambores estavam mudando, e trabalhei meu caminho de volta através da floresta, para fora do toco da árvore e de volta à consciência normal. Não havia grandes reflexões teóricas ou filosóficas nesta prática. Era tudo experiencial e “de cérebro direito”. Para mim, foi uma experiência poderosa e comovente.

Para aqueles de nós que tiveram a sorte de fazer parte dos círculos do tambor, o poder do tambor é inconfundível. Mas para aqueles de nós que não são grandes bateristas, a sensação de precisar competir ou fazer parte do que está acontecendo sem estragar as coisas pode nos fazer sentir desconfortáveis. Tenho sido músico durante a maior parte da minha vida, recebendo aulas de piano antes de estar na primeira série. Cantei em corais por milhares, e toquei teclado em bandas que abriram para Elton John, Great White, e outros, sendo o maior público bem mais de dez mil pessoas. Mas eu tenho um problema com a bateria manual.

Diga Olá ao Buddy Helm:

Recentemente, tive a oportunidade de passar algum tempo com o Buddy Helm no Heartland Pagan Festival. Buddy passou anos na cena musical, também, trabalhando com pessoas como Frank Zappa e muitos outros. Passamos horas compartilhando nossas “histórias de guerra” na indústria musical. Hoje, Buddy viaja pelo mundo ensinando sobre a mistura de batuque e espiritualidade.

Uma das coisas que aprendi com ele é que quando seu coração está no lugar certo, é apenas sua crença de que você não é um bom baterista que o impede de fazer batuque espiritual. Ele pegou uma multidão de pessoas, muitas das quais nunca haviam tocado tambores antes, e não apenas as ensinou a tocar tambor espiritual, mas na verdade deu à maioria delas um solo! E todos eles se saíram bem. Parece que todos podem tocar tambor se, como diz Buddy, você simplesmente calar sua “crítica interior”.

Buddy também falou sobre a velocidade da batida básica. Ele disse que quando você mantém o ritmo abaixo de sessenta batidas por minuto, você deve se acalmar, relaxar, e reduzir a tensão. Surpreendentemente, alguns dos bateristas experientes na oficina tiveram dificuldade em fazer isso e lutaram para manter apenas uma batida constante e lenta.

Na minha opinião, o que Buddy estava ensinando era como alcançar um estado xamânico de consciência através do tambor. Você pode fazer isso com um tambor ou simplesmente usando seu corpo como um tambor. Em um estilo pessoal e claro, Buddy explica isso em seu livro, The Way of the Drum (O Caminho do Tambor). Ele inclui um CD com exemplos para que você possa tocar junto. Há também muitas histórias fascinantes de suas experiências musicais.

De que serve o xamanismo?:

Certo, então você aprendeu a entrar em um estado de consciência alterado que lhe permitirá viajar por mundos diferentes e conhecer entidades espirituais. Qual é a utilidade prática das técnicas xamânicas?

Os xamãs têm sido guias espirituais, conselheiros e curandeiros. O aspecto curativo vem de seu coração e de seu trabalho espiritual. Um livro maravilhoso para aprender algumas destas técnicas é o Livro de Cura Xamânica de Kristen Madden.

Por exemplo, um tópico do livro é como fazer parceria com seu tambor para criar cura. Assim, você pode usar o tambor tanto para seu próprio desenvolvimento espiritual, como no livro de Buddy, quanto para ajudar a curar a si mesmo e aos outros, como descrito no livro de Kristen. Ela também ensina como liberar sua voz para o trabalho xamânico.

Seu livro vai muito além, incluindo informações sobre como desenvolver habilidades xamânicas, comunicar-se com guias espirituais, realizar recuperações e extrações de almas, criar espaço sagrado para rituais, e realizar cerimônias de cura. O livro também explora os métodos xamânicos de trabalho de cura com sonhos, pedras, cristais e cores.

Há muitos bons livros sobre o xamanismo que estão disponíveis, mas poucos realmente se dedicam ao trabalho prático de como fazer com segurança o que os xamãs fazem. Juntos, O Caminho do Tambor e O Livro da Cura Xamânica podem lhe dar técnicas xamânicas que podem ajudar a acrescentar paixão à magia que você faz, ou mesmo lhe proporcionar um caminho a seguir.

Usando a Matriz da Cabala-Xamanismo Hoje:

Assim como o trabalho xamânico pode ser usado para a cura física, psicológica e espiritual, o sistema cabalístico que evoluiu do xamanismo pode ser usado para o desenvolvimento espiritual. Escrevi anteriormente que o Misticismo Merkava é derivado de técnicas xamânicas (na prática, se não de fato), e que esta forma inicial de espiritualidade précabalística evoluiu para o que é conhecido hoje como trabalho cabalístico de palmadinhas. Este trilhar o caminho é uma jornada através da Árvore da Vida que é visualizada ou feita através da projeção astral. Houve um tempo em que o termo “trilhar o caminho, pathworking” significava exclusivamente este tipo de trabalho, mas nas últimas décadas passou a significar qualquer tipo de jornada visualizada. Para diferenciar o sistema tradicional do novo uso do termo, eu chamo a jornada através da Árvore da Vida de “Trilhar o Caminho Cabalístico”. As técnicas foram codificadas e desenvolvidas por membros da Ordem Hermética do Amanhecer de Ouro.

Na minha opinião, esta é uma verdadeira aventura moderna derivada do xamanismo, formando o que eu chamo de Matriz Cabalística-Xamanista. É realmente emocionante experimentar, e não importa o quanto eu tente descrever a visita a mundos diferentes, a comunicação com espíritos e anjos, e a incrível correria da liberdade que ocorre, eu não acho que minhas palavras jamais farão justiça. Em Modern Magick, grande parte do treinamento e das práticas lhe dão as informações e habilidades que lhe permitirão tornar-se totalmente competente como um viajante na Árvore da Vida. Entretanto, meu livro foi projetado para cobrir muitas técnicas mágicas, e um grande número de outras habilidades e informações sobre assuntos variados está incluído.

Se você está intrigado com a possibilidade de pegar o antigo sistema do xamanismo e usá-lo em um quadro moderno – e espero que você esteja – você talvez queira apenas se concentrar no aprendizado deste sistema. Para esse fim, recomendo o Magical Pathworking de Nick Farrell. Que adição maravilhosa à técnica mágica isto é! É escrito exclusivamente sobre trilhar o caminho, pathworking, e inclui todas as informações, exercícios e métodos necessários para que você mesmo possa fazer este trabalho. São dados exemplos para que você possa ver como é. Você verá como você pode usar estas técnicas como uma forma de “magia psicológica” para alcançar uma vida melhor e fazer contato com o divino. E você virá para experimentar pessoalmente a Matriz da Cabala-Xamanismo.

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Fonte: https://www.llewellyn.com/journal/article/723

COPYRIGHT (2004) Llewellyn Worldwide, Ltd. All rights reserved.

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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/cabala/a-matriz-da-cabala-xamanismo/

Veículos da Alma

Por Wagner Borges

Os antigos ocultistas costumavam utilizar uma analogia bastante interessante para simbolizar a inter-relação energética dos veículos de manifestação da consciência (os corpos energéticos do homem).

Utilizando-se de um método esotérico denominado de “analogia dos contrários”, baseado na “lei dos ternários” (composição musical de três tempos iguais), esses iniciados do passado representavam esotericamente o corpo astral como um cavalo atrelado a uma carroça, que, por sua vez, é controlada e conduzida pelo cocheiro.

Nessa analogia ocultista, podemos confeccionar o seguinte quadro de idéias:

– A carroça é o corpo físico.

– O cavalo, fogoso e impulsivo, é o corpo astral com suas paixões.

– O cocheiro é o corpo mental, sede da consciência, que tem por obrigação guiar o cavalo, para que ele puxe a carroça adequadamente até o lugar de destino.

Se aplicarmos esse esquema ocultista no estudo dos corpos energéticos do ser humano, podemos fazer uma associação de idéias bastante interessante, exposta da seguinte maneira:

Normalmente, durante a vigília física, o corpo astral, interpenetrado no corpo físico, sofre uma redução do padrão vibratório de suas partículas energéticas.

Quando uma pessoa descontrola-se emocionalmente, há um desarranjo na vibração dessas partículas astrais, o que acarreta uma certa “turbulência energética” no sistema nervoso, pois o duplo etérico (matriz energética do cordão de prata), que é o filtro energético entre o corpo astral e o corpo físico, absorve essa descarga astral-emocional para dentro de seus vórtices vibratórios, denominados de “chacras”, que, por sua vez, descarregam todo o fluxo energético no conduto espinal, nos plexos nervosos e nas glândulas endócrinas. Isso ocasiona sérios transtornos no campo energético que, na tentativa de exaurir a carga deletéria vinda do corpo astral, termina por amortecer a própria vibração, criando assim, intensos bloqueios energéticos que enredam demasiadamente o ser espiritual na carne.

É óbvio que em uma situação dessa, não há como existir um bom progresso na “senda espiritual”.

É imprescindível que haja um ótimo controle mental para dominar as descargas emocionais que emanam do corpo astral.

Pois foi baseando-se nisso que os antigos ocultistas criaram seu sistema analógico de idéias, que pode ser bem simples na aparência, mas é dotado de um poder de síntese impressionante.

Podemos mostrar isso do seguinte modo:

– Se o cavalo (corpo astral) descontrolar-se e sair do domínio do cocheiro (corpo mental), pode acabar levando a carruagem (corpo físico) para fora da estrada e mergulhar no fundo do abismo.

– O intermediário entre o cocheiro (corpo mental) e o cavalo (corpo astral) são as rédeas, que representam, esotericamente, o cordão de ouro (laço energético sutil que prende o corpo mental ao corpo astral).

– O cavalo (corpo astral) está conectado à carroça (corpo físico) por meio de arreios e cordas, que representam, esotericamente, o cordão de prata (laço energético denso que conecta o corpo astral ao corpo físico).

Logo, resumindo todas essas idéias, podemos dizer que o condutor (corpo mental) consciente é aquele que, através da vontade firme, forjada na mais pura disciplina espiritual, domina com inteligência e bons sentimentos o “fogo emocional” do seu cavalo (corpo astral) e conduz a carruagem (corpo físico) com estabilidade até seu destino glorioso, a “estação da consciência imortal”.

(Por Rama. Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Salvador, 19 de outubro de 1992 – Extraído do livro “Viagem Espiritual I” – Ed. Universalista – 1993.)

#Espiritualidade

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ve%C3%ADculos-da-alma

APIKORSUS

m ensaio em diversas práticas de Magia do Caos da Lincoln Order of Neuromancers – L.O.O.N.
Compilado por SKaRaB, SNaKe, Sister Apple & Bro. Moebius B
Este é um livro cadeia. Recebendo-o, por favor o copie e passe-o para qualquer um.
Nenhuma maldição é invocada se você escolher não o fazer.
De qualquer forma nós ganhamos.

Todos os direitos reservados – 1986
Versão 2.11 distribua/adicione livremente.

Introdução

Alguns conceitos chaves são comuns a vários sistemas/tradiçõ es/paradigmas. Nós persuadimos o leitor a não rejeitar ou aceitar estas construções teóricas, mas a tentá-las e verificá-las por experiência pessoal. O todo está codificado dentro de cada um de seus constituintes – “Assim acima como abaixo.”

O todo é interconectado, e todas as totalidades relativas compartilham na consciência em vários níveis. O todo é auto-organizante, e a evolução de todas as formas é governada por princípios similares. Por meio de uma vontade treinada e direcionada, nós podemos afetar a mudança (probabilidade > possibilidade) em vários níveis de organização. Mudança é a única constante.

O todo é mais do que a soma de suas partes. Nossas crenças definem os limites de nossa experiência permitida. “Realidade do Cotidiano” não é o limite de nossa experiência – entrando em estados alterados de consciência nós podemos experimentar outras realidades.

As entidades que podem ser encontradas durante nossas experiÊncias destas outras realidades são reais dentro de seus próprios mundos. Questionar suas existências relativas é insignificante, uma vez que o universo comporta-se como se eles existissem. Habilidade Mágica é engedrada através de uma jornada interna e transformativa.

Gnosis

Gnosis é a chave para as habilidades mágicas – a realização de um intenso estado de consciência conhecido em várias tradições como ´Não-mente´, ´Foco único´ ou ´Sartori´. Consciência é esvaziada de toda informação exceto o objeto/sujeito da concentração. Vários métodos de alcançar gnosis podem ser empregados, da dança frenética à contemplação arrebatada de uma idéia. Qualquer que seja o método escolhido, o praticante continua-o até ele(a) ser levado(a) ao Êxtase.

Alcançar gnose pode resultar, para o orientado religiosamente, em ´experiências místicas´ – Visitações por Deuses, Demônios, ou a revelação de verdades divinas. Para o magista, entretanto, o conteúdo de tais momentos de gnosis são menos interessantes do que o que pode ser feito com eles – é durante momentos de gnosis: que sigilos podem ser lançados; que o magista pode alcançar diretamente níveis de tempo-espaço para manifestar sua vontade; que Deuses podem possuir seus devotos. Historicamente, muitas das técnicas de gnosis tem sido aumentadas pelo uso de drogas – dos ungüentos para voar das bruxas ao LSD e experimentos deprivatórios de sentidos de John Lilly.

Qualquer sistema ou tradição é incompleto enquanto ele permanecer uma curiosidade teórica. Estudo isolado é de pouco valor, a não ser que seja complementado com prática à respeito. Obras completas podem ser escritas ´explicando´ a natureza mágica de diversas entidades como Deusas, Demônios, ou Espíritos, mas elas não são substituto para a experiência ´real´ de uma deidade durante o curso de um ritual. Embora existe muita conversa sobre ´segredos mágicos´, os únicos ´verdadeiros´ segredos são aqueles que podem ser pessoalmente descobertos através da luz da experiência mágica direta. Estados alterados de consciência podem ser alcançados usando uma combinação de mudanças internas (o uso dos métodos de gnosis), e interação com outros, como na hipnose, ritual de grupo ou orgia.

 

Invocando Esquisitices

Meu antigo Adepto (instrutor) costumava me dizer ´Laddie, não existe nenhuma coisa que você não possa fazer se colocar sua mente nela. Então, distantes, nós fomos à completa realidade Golden Dawn para segurar a maré, à frente do mar em Bournemouth. Depois daquilo ele me fez fazer sigilos para fazer os cabelos de Harold Macmillan ficar na extremidade. Ele doou sua vida à magia (o instrutor), disse ele, depois de conhecer Crowley em um banho turco (sauna), mas ele tinha entusiasmo ilimitado que era contagioso. Você sentia que podia fazê-lo, não importa o quanto estúpido ou absurdo o fosse. Ele gostava muito de dizer “Se o reino dos céus está dentro de você, porque gastar mais do que R$50 em livros de ocultismo?” Aqui estão algumas das coisas que ele me fazia fazer: “Todas as coisas que conhecemos extrata no final em suposições, então reverta todas as declarações, ou ponha ´nãos´ nas assertivas e vire-as (n.t. aqui o autor usou o termo ´leap´, no sentido de ´solte-as´, ´arremesse-as´ , o tradutor preferiu uma tradução não literal para ´vire-as´ por achar mais adequado ao português) antes de olha-las. Acorde um dia e tente banir sua realidade diária – todas as coisas tornam-se novas, não familiares e totalmente frustrantes. Objetos se tornam intensos e assustadores.

Esteja errado. Gastamos muito tempo buscando por respostas ´corretas´, crenças certas, fazer o certo. Fazer certo = confiança = sucesso. Enfadonho! Esteja errado! ”

Deuses e Gurus.

Possessão por um Deus ou espírito permite você fazer coisas que ordinariamente não faria. Um guru prova que você pode caminhar em uma corda esticada sem cair, que você pode brincar no fundo de uma piscina sem se afogar. Insanidade parece ser um risco ocupacional de magistas. Melhor ser maluco agora e poupar tempo depois. Harpo Marx foi o maior shaman de Hollywood. Você conseguiria explodir uma luva de borracha e depois ordenha-la? Sanidade está ´lá fora´ antes do que na sua cabeça, uma vez que a maior parte das pessoas parece ver a si mesmas como mais louca do que o resto. Se dissermos muitos pensamentos loucos, somos trancafiados. Lembro de uma mulher no asilo local que dizia ser um passarinho na gaiola – ela tinha aprendido a ficar calada sobre isto, pois dizê-los aos outros só havia conseguido mais medicação e Eletro-choque para ela. Ser ´safo´ é ser sano – não expressando seus pensamentos loucos. Magia pode ser sobre deixar seus pensamentos loucos saírem para ver as ruas em grupos. Magia é uma coisa da rua. Magistas precisam ser vistos e ouvidos. A personalidade travessa de Crowley exemplificava isto, seguindo o caminho em zigue-zague de Cagliostro, Simon Magus e inumeráveis Shamans e bruxas de todo o mundo. Um bom magista toca para sua audiência, seja ele um shaman tribal fazendo ritual de IFÁ ou um feiticeiro da esquina fazendo talismãs anti-polícia de tampas de latas vazias. Aprenda a iludir, dançar, jogar ludicamente (n.t. tradução não literal para ´play Irish Stan-down´); estes são os verdadeiros poderes mágicos. Se você está realmente indo tornar-se um pequeno megalomaníaco ascendente, você pode também conseguir algumas risadas enquanto isto. Passe o Chapéu.”

Titã-Gnosis

Existe uma grande discussão no momento no assunto da mudança no Aeon, e da influência de várias ´Correntes´. Aparentemente algumas pessoas sentem que a era de Aquário – verdade, justiça, comidas sadias, não-nuclear (n.t. Guerra) e brincadeiras pagãs pacíficas é apenas, como nas esquinas … ´maan´ (n.t. o termo não tem tradução, mas é uma expressão de surpresa incrédula). De outro lado, a possibilidade do Novo Aeon ser governado por zumbis canibais radioativos também não pode ser eliminada totalmente.

O século XX está ocupado ressurgindo os titãs – os primais ´construtores´ dos cosmos que aparecem nos mitos da Criação sob vários modos – os Gigantes da mitologia Nórdica ou os Titãs Gregos por exemplo. Uma vez que estas forças Titãs tinham completado seus trabalhos, eles eram banidos ou mandados embora do cosmos ordenado, que era então povoado com todas as formas de entidades. Os Titãs estão sempre presentes, espreitando das beiradas da ´realidade´. Estas forças, tanto destrutivas e criativas, continuamente aparecem na literatura como o tema de conflito entre a razão e a natureza baixa, primária. O ´Sacerdote´ de tais mistérios é o autor H.P. Lovecraft, do qual os ´Antigos´ parecem reter uma fascinação contínua dos ocultistas, juntamente com vários outros panteões de Deuses Negros, Deuses da Morte …

O mito cíclico dos Titãs representa a catabólica força que propaga mudança em qualquer sistema, seja na escala universal ou subatômica. Eles são compreendidos estar dormentes ou sonhando e nisto estão em equilíbrio. Entretanto, quando um sistema envolve um certo grau de complexidade se torna incrementalmente instável, o que pode eventualmente levar tanto a evolução – o sistema ´evolui´ para uma ordem superior de complexidade, ou entra em colapso, destruindo-se. É nestes pontos críticos que os Titãs mais uma vez tornam-se ativos – quando um grande volume de instabilidade precisa ser construído, para que o salto evolucionário seja feito.

O desenvolvimento de tecnologia nuclear tem levado a um incremento súbito de pontos de acesso onde as esferas encontram-se entre nossa realidade ordenada e o Caos Primal dos Titãs. Os portões tem sido abertos, e a evolução de todas as entidades dentro da biosfera (tanto orgânica como elemental) está sendo afetada.

Enquanto o poder dos Titãs retorna, um novo sacerdócio tem surgido para adorá-los – os políticos obcecados por poder e seus numerosos seguidores. Como os magos inatos dos Mitos de Cthulhu, eles acreditam que os Titãs podem ser controlados, e que eles possuem os encantamentos para combinar e encadear as forças nucleares sem perigo. Desafortunadamente para eles ( e nós ), os Titãs são completamente amorais, não sendo conscientes como nós o conhecemos (n.t. a consciência). Nosso único ponto de interface com eles é através do assim chamado ´cérebro de Dragão´, com seus atavismos pré-verbais e conduções instintivas.

Titã-Gnosis é o nome que nós demos para a evolução em consciência que os Titãs estão gerando nos seres humanos enquanto suas ondas ativas atravessam nossa mente. A percepção cresce de que a sobrevivência humana ultrapassa todos os limites, ambos ideológicos e cultural; que é necessário viver melhor dentro da natureza melhor do que destruindo o ambiente. Parece que enquanto os Titãs agitam em sonhos de morte, mais próximos nós estamos de ´acordar´ em números maiores e maiores.

O ponto traiçoeiro acerca dos Titãs é que por enquanto, nós necessitamos deles se o salto evolucionário é para ser feito bem sucedidamente. Seu retorno (n.t. dos Titãs) é gerado pela corrente entrante que tem sido conceptualizada variadamente como 93, Ma´at ou Caos. Na análise final, os nomes e simbolismos utilizados não são tão importantes – eles são facetas de um mesmo processo (n.t. o retorno dos Titãs).

Magistas e outros visionários que estão atentos para a Titã- Gnosis e seus efeitos estão agora trabalhando ativamente como transportadores para estas energias. Evocação destas energias titânicas para dentro do ensejado espaço-tempo de alguém é uma jornada perigosa, ainda que existam aqueles podem aparentemente fazê-lo com impunidade. O uso de nomes, sigilos, e cantos são apenas parcialmente úteis, desde que os ´nomes´ dos Titãs formam a estrutura de nossa própria realidade.

NB: Este ensaio foi escrito seguindo uma série de trabalhos coincidentes com eventos precedentes a sucedentes ao desastre de Chernobyl.

Ego & Vontade

O conceito do Ego – a estrutura psíquica de auto-identificações, crenças, desejos e personificações é reconhecida como a base de nosso psico-cosmo. Um curioso mal-entendido tem emergido, de que o Ego é uma barreira para o desenvolvimento mágico – que isto (n.t. o ego) deve de alguma maneira ser derrubado ou destruído antes que alguém possa avançar na espiritualidade. Para alguns, parece que enquanto o ´desenvolvimento ocidental´ constrói o ego, os meios orientais baseiam-se em transcendÊncia do ego. Existe muita discussão de ´ser superior´ que aparece após o ego ter sido transcendido – este é um tema comum no assim chamado pensamento ´Nova Era´. A psique entretanto, não é uma entidade estática, e este tipo de coisa ´ego versus ser superior´ é um extravasamento da racionalista divisão ´corpo – mente´. Tentativas de se livrar do ego podem facilmente resultar em um desenvolvimento de um lado só, promovendo ambos auto-importância e atitude de ´mais santo que outros´. Evitar o assim chamado aspecto ´sombrio´ de d sejo humano resulta em uma caricatura superficial da potencialidade humana, uma gentileza que evita o sondar das profundezas da psique. Clareza de pensamento, insights e esforço são polidos com uma cobertura de felicidade.

Trabalhar com o ego é iniciar uma alquimia interior, cujo objetivo não é ´destruí-lo´, nem ´transcendê-lo´ , mas mover de um estado de fixação (ego-cêntrico) para uma condição de mutabilidade (exo- cêntrico), que é capaz de constante revisão e mudança. Isto é o que se diz com a frase ´lettin go´ (n.t. deixar ir), e de dissolver a idéia da mente como separada do mundo. O ego subsiste como um ponto de ´Eu´, que dá significado para a experiência, ainda que o conteúdo da psique torne-se mais fluído. De certa forma, é o ego que enraízanos no espaço-tempo – o equivalente psíquico de ter o senso de lugar, de ocupar um conjunto particular de coordenadas. A maioria de nossa experiência de realidade está no nível de objetos, corpos e eventos que parecem ser temporariamente separados. Nós experimentamos a nós mesmos como centros de vontade, percepção e ego.

Em contraste com o ego, a vontade mostra uma qualidade de vetor, e nisto ambas direção e magnitude. A vontade é a onde para as partículas do ego. Embora nós gostemos de pensar em nós mesmos como centros da intencionalidade, muito de nosso comportamento é resultado da ressonância vetorial – ondas ondulando através, aparecendo em nosso universo de tempo-espaço como eventos separados e experiências síncronas. A chave para a apropriada postura mágica é dada por Crowley em sua novela, Filho da Lua: “… o homem inteligente, assim chamado, o homem de talento, expulsa seu gênio pela construção de sua vontade consciente como uma entidade positiva. O real homem de gênio deliberadamente subordina-se a si mesmo, reduzindo-se em uma negativa e permite seu gênio brincar com ele como queira…”

O conceito Telêmico de realização da Verdadeira Vontade necessita de um desdobramento de consciÊncia da vontade como uma qualidade vetorial. Vontade impõe organização – ordem fora do ´caos do normal´ (Austin Osman Spare), e a realização da Verdadeira Vontade envolve uma ´obediência à atenção´ dos padrões evolucionários que governam o desenvolvimento humano. Vontade é uma propriedade emergente de nossa interação com o ambiente total – não pode ser isolada por nenhum elemento. Vontade, percepção e consciência – nós estamos imersos nelas da maneira que um peixe está imerso na água. Elas são propriedades emergentes da biosfera total de Gaia. Muita coisa por teoria. (n.t. – ´So much for theory´).

Como esta alquimia é concluída? A chave é integração – dissolver a fragmentação (n.t. separação) do corpo-mente, matéria-espírito. Entrar em uma dança ´ser-no-presente´ , imerso no corpo de Gaia, no interiro do universo. Vontade em qualquer nível é um princípio organizante – shakti-kundalini em espiral cria todas as formas. Portanto: Invoque sempre, sentindo todos os atos mágicos como uma passagem da Vontade através de você. Atenda à reconstrução contínua de seu psico-cosmo através doexaminar de crenças, desejos e atitudes. Busque união com tudo o que você tenha rejeitado. Pratique mágica como sua verdadeira sobrevivência dependesse disto. Esqueça tudo que lhe foi dito sobre o mundo, assuma nada e desenvolva seu próprio caminho. Coma mais bolinhos!

 

Sigilos

Sigilização é um método pelo qual um desejo/intençã o é codificado em uma forma não óbvia, i.e. um glifo ou figura que não imediatamente chama a mente a intenção original. Qualquer intenção mágica pode ser escrita e as letras misturadas para formar uma figura, mantra ou neologismo, que pode ser repetida
ou objeto de concentração até que ocorra gnosis. Alternativamente, o sigilo pode ser deixado de lado até que seu propósito original seja esquecido, e então lançado.

Durante gnosis ou momentos de grande sentimento emocional, o sigilo pode ser desenhado, visualizado e foco de feroz concentração, até a exclusão de todo o resto. Isto habilita a assim chamada mente subconsciente a ´reprogramar´ a realidade de acordo com a vontade. Uma vez que o sigilo é lançado, ele é
esquecido, para que a realização do desejo não seja impedida pela ´ânsia do resultado´.

A palavra, dita ou escrita, forma a maioria dos sigilos. É também válido experimentar codificar os desejos com aromas, gostos ou sons específicos. Sigilos podem trazer uma grande variedade de resultados, do mais abstrato ao mais ´mundano´. De alterar conteúdo de sonhos, a reformas de comportamentos e hábitos, a
arranjar consciências fortuitas.

Sigilos podem ser formados desta maneira independentemente de qualquer sistema planetário e outros símbolos, e podem ser lançados em rituais elaborados. Como um método de magia prática, ele é simples e elegante; sua efetividade pode ser descoberta através de experiÊncia pessoal.

Veja:
The Book of Results – Ray Sharin.
Liber Null – Peter Carroll.

Dançando no fio da navalha

Duelos mágicos deliberados entre feiticeiros são geralmente considerados ´magia negra´pelos ocidentais, enquanto combate mágico pode ser um caminho extremamente poderoso de trazer magistas ´aprendizes´ para completa operacionabilidade. Tais ´testes de ginástica´ podem ser encontrados nos desafios de pupilos Zen sobre mestres diversos, as explorações xamânicas de CArlos Castaneda ou Lynn Andrews, e na lenda de Nimue e Merlin.

Como parte de uma iniciação, pode ser esperado que o candidato defenda um local ou objeto, apesar de todos os esforços combinados do grupo em obtê-lo. Ataques mágicos de longo alcance podem empregar impulsos telepáticos destrutivos, projeção de formas pensamento ou magia simpática (bonecas voodoo ). Combate mágico deve ser diferenciado de ataque psíquico, no qual uma grande proporção de ocultistas se consideram estar, e é amplamente um produto de auto-desilusã o e degraus variáveis de megalomania.

Combates mágicos verdadeiros tem suas regras próprias e limites, que são conhecidos pelo expert, enquanto um aprendiz deve rapidamente aprende-las, se quiser evitar trauma. Preso em uma situação que ele(a) acha incompreensível e alienígena, o aprendiz apenas conhecerá confusão e terror. Despido da presunção de que ´isto não pode acontecer comigo´ ele(a) aprende a perceber o ambiente com clareza, a dar atenção para os ritmos e pulsos do mundo. Verdadeiramente, Morte é uma grande professora. Se você poder alcançar além e ver o momento de ´morte´, então aquele momento irá lhe dar um vislumbre de seu potencial. Nisto, o magista é menos um guerreiro e mais um ladrão ( Garantido, ´Ladrão do Caos´ não é um título tão atrativo quando ´Guerreiro do Caos´). Prometheus é a imagem mítica apropriada – o furtador do fogo. Ninguém pode lutar com a Morte e vencer, mas ela pode ser lograda. O magista é alguém que faz cambalhotas para trás, um tolo sábio. Ninguém leve um tolo seriamente. Torne-se um tolo e deixe um rastro falho. Deixe cair a máscara de iniciado e pegue seus parceiros para a dança.

O progresso de magistas ocidentais não parece ser tão terrível como os desafios de magistas em outras culturas. Desde que tanto ´conhecimento´ possa ser comprado, a idéia de lutar contra desafios de poder soam distante. Isto não é só um glamour; situações de risco de vida ou mentalmente traumáticas podem abrir os portões de habilidade mágica de uma forma que nenhum workshop de final-de-semana ou curso de correspondência jamais poderá. Viver no limite é uma frase apropriada, como se não existisse espaço para meias medidas. Um combate mágico, se propriamente arranjado, irá forçar você a re-aprender o que você precisa, para ser capaz de fazer o que é preciso para sobreviver. Se um Magus está indo passar seu poder para outro, ele deve ter certeza de que o candidato tem as qualidades (i.e. um instinto de sobrevivência e poder de permanecer) necessárias para aceitar a responsabilidade ?(karma) que a posição requer. O objetivo de tal combate é construtivo, mas se o candidato falhar – assim deve ser.

Ritual

Durante o ritual, a rede de conceitos, símbolos e mapas mentais ´tornam-se vivas´ e a experiência direta produz uma mudança na consciência. Ritual envolve deixar de lado o mundo do dia a dia e criar uma bolha onde todas as limitações estão suspensas, e o poder da magia flui desimpedido. Um grupo bem sintonizado pode agir como um chip de silicone dentro da biosfera (nós gostamos às vezes de pensar que Gaia como sendo a Motherboard) , acessando e interfaceando (n.t. comunicando) com outros subsistemas através dos códigos de símbolos, gnosis e imaginação, permitindo que a mudança se manifeste em todos os níveis possíveis no sistema – Desenvolvimento da Era, ritmos sazonais, desenvolvimento psíquico – Assim aqui como em todos os lugares.

O uso crescente de metáforas de computadores dentro das células L.O.O.N. tem influenciado nosso estilo de ritual. Nós temos abandonado a forma tradicional, com seus formatos quase religiosos e robes monásticos. A moda corrente é jaquetão branco de laboratório, luvas e máscara negras. Isto junto com andar de robot e fundo de decoração eletrônico nós dá um estilo distinto. Garantido, parece um pouco fora de lugar em Glastonbury. Danças podem refletir as energias espirais do universo, manifestando no DNA e outras formas. A formação de um grupo de Gestalt permite o grupo trabalhar rituais enquanto estiverem temporariamente ou espacialmente separados, se necessário.

Rituais criam Ordem do Caos, uma esfera dentro da qual tudo (até nossos erros) é uma expressão de vontade. Quando invoca a Corrente do Caos, alguém está identificando- se com a mudança dos Aeons, então literalmente este alguém se torna a corrente, como um lugar físico.

Armado com esta consciência, um ritual sazonal pode se tornar um poderoso foco de mudança, enquanto o pulso sazonal é direcionado tanto para dentro (mudança pessoal) quanto para fora (mudança ambiental). Tradicionalmente, estes festivais são encruzilhadas entre os mundos – e consciência das dimensões interna/externa parece ter sido amplamente esquecida pelos ocidentais, protegidos como somos dos elementos pelos nossos corpos centralmente inflamados (n.t. Tradução não literal – ´protegidos como somos dos elementos pelo nosso egocentrismo´ ).

A escala na qual um ato ritual manifesta é dependente da vontade dos seus participantes – qualquer coisa desde a vidência das ondulações e movimentos do Caos até a desfigurar a própria fábrica de espaço-tempo. O formato do trabalho é aquele em que os participantes percebem ser apropriados para o intento – invocação pode ser verbal ou estruturada pelo arranjo de sinos e congos de tons diferentes. A seqüência de danças pode ser arranjada para refletir a transformação da forma na forma, ou da energização de maquinas astrais ou circuitos. Um ritual, começa fisicamente, podendo ser re-encenada ou continuado nos sonhos.

Nos temos achado que geralmente, são os rituais estruturados simplesmente que têm o resultado mais efetivo. Vontade é o toque de pluma que pode mover montanhas.

Como com qualquer outra coisa, o ritual de outros somente será efetivo para vocÊ até um ponto – olhar para os rituais das outras pessoas como dispositivos de aprendizagem. Ritual por si só é raramente efetivo, mas quando reforçado pela Vontade/Intençã o, o é altamente (efetivo). Entretanto a condição de mente que deve ser dominada é parar de pensar sobre se o rito será ou não efetivo. Ânsia pelo resultado deve ser substituída por uma certeza celular que uma vez que a seta do desejo tiver sido lançada, ela irá acertar o alvo. Por todos os meios discuta experiência, técnica e como poderá ser feito melhor da próxima vez, mas deixa o desejo/intençã o desaparecer da preocupação consciente.

Armas Mágicas

“Seu corpo e mente são ferramentas preciosas” – Bene Gesserit

O suficiente tem sido escrito sobre as tradicionais armas de magia, então nós não aumentaremos a verborragia. Em geral, uma arma mágica é um foco para percepção e vontade – um veículo para energia etérea/astral (seja lá o que for). Forma física é uma consideração secundária. Uma arma é qualquer instrumento imbuído de poder. Alguns instrumentos xamânicos – bonecas, máscaras, chocalhos, tambores, etc, tem sua história própria, personalidade e carisma – eles são completamente prováveis a ´morder´ o descuidado, e são considerados pelos seus donos como semi- conscientes. O relacionamento entre tal arma e seu dono é similar àquele entre um humano e um gato – uma verdadeira arma de poder possui a si mesmo e é perfeitamente provável que decida quando deve ser passada para frente.

Talvez a primeira arma seja o corpo. Em combate mágico, projeção da Bio-aura pode corromper o campo de outra pessoal, e o ´empurrão´ resultar em trauma psico-físico. Yogis orientais são reputados serem capazes de causar a morte pela aplicação de mantra yoga. A forma que experimentamos nosso corpo tende a refletir nossa experiência de mundo – ver o corpo como uma máquina e ela é passível de se quebrar. Nós da L.O.O.N. preferimos ver o corpo como um biosistema, um microcosmo da biosfera, ele mesmo um microcosmo do universo. Então o corpo torna-se uma arma para o entendimento de sistemas maiores nos quais estamos imersos.

Ao invés de sustentar que aquelas armas A, B, C e D, como necessárias antes que alguém comece a praticar magia, nós nos colocamos em nossos caminhos e deixamos que as armas se mostrem para nós. Como Don Juan diz, não existe tal coisa como um ´acidente´ para um ´homem de conhecimento´ – tudo está lá fora, esperando para ocorrer. Então, ao invés de procurar por uma arma fora de nós, ou de correr à uma loja esotérica e comprar uma, nós atraímos os instrumentos necessários para nós pelos nossos trabalhos – isto pode se manifestar através de um ´achado´, de um ´presente´ ou apareça como uma entidade inspirada em alguma outra dimensão. UM exemplo desta última alternativa é o objeto com chifres possuído por sKaRaB, que foi inspirado a desenhá-lo durante um momento de vacuidade (assistindo TV) e horas mais tarde, viu-o no astral:

“fui dormir cerca de 01:45. Procedi a visualização da imagem do objeto num templo egípcio. Encontrei o objeto preso em uma falha no chão, de forma que estava ereto. Agarrei o objeto com minha mão direita e uma onda de energia intensa me invadiu, começando na base de minha espinha – tirando meu fôlego, mas não violentamente. Vibrei os nomes divinos do objeto (recebidos anteriormente) : Ra, Isis, Ma´at, Hatar, Sekhmet – com cada vibração, a agitação aumentava. Mudando a postura do corpo não interrompeu isto. Soltei o objeto e assumi a forma astral de Osíris sacrificado. Senti calmo, brilhante, mas cansado. Peguei o objeto novamente e senti as vibrações físicas percorrerem meu braço direito. Invoquei Hathor e disse mentalmente: ´Basta – Não consigo agüentar mais´. A energia cessou abruptamente. Deixei a forma astral do objeto no templo. Trabalho encerrado as 05:35.”

SKaRaB nota que a montagem subseqüente do objeto físico foi uma transformação em si mesmo, embora a forma etérica e personalidade tinham sido já estabelecidos em grande extensão. Quando assistido SKaRaB e o objeto em ação, era difícil às vezes dizer quem estava segurando quem. A arma tinha conhecimento e seus próprios familiares, e poderia ainda abandonar SKaRaB e encontrar outra pessoa que pudesse efetivar seu propósito em maior precisão.

Neuromancia

Neuromancia centra toda habilidade oculta e potencial dentro do cérebro humano – possivelmente o menos compreendido e mais complexo de todos os sistemas. Todos os exercícios ocultos, de acordo com este modelo, tem algum tipo de efeito no cérebro, e também sucede que à respeito de experiências como ASCs, possessão, gnosis, etc, que a raiz do evento está ocorrendo no nível neurológico.

Então o objetivo de qualquer psicotecnologia é destravar os poderes do cérebro humano. Nós acreditamos que a adaptação evolucionária da humanidade é um contínuo desenvolvimento da consciência, e o lugar onde todos os vetores se encontram é expressado, na forma física, como o biosistema individual. De todas as técnicas de neuromancia, o recurso à Quimiognosis é o mais difundido através das culturas, e particularmente no hemisfério ocidental, o que mais causa controvérsia. Apenas aqueles que tenham recebido treinamento médico, e que pode conseqüentemente dizer de uma posição de autoridade que eles não conhecem como o cérebro trabalha, são autorizados a mexer com isto – através de ECT, cirurgia e o bom e velho ´cassetete químico´. Enquanto é fácil para aqueles cães de guarda impor suas vontades sobre o cérebro de outros, é bem outra coisa para as pessoas não qualificadas tentarem consigo mesmas.

Dance e Fodam-se

Nós somos magia. Isto não é uma ostentação, nós não encontramos “L.O.O.N. é magia!” colocados em pontos de ônibus – mas magia não é algo que fazemos, ou algo em que ´estamos dentro´, é o que decidimos ser. Mas nossa magia não é algo que sentimos distante e que fazemos depois do trabalho, em finais de semana, ou uma vez por semana quando o grupo se encontra – diabos, o melhor trabalho de grupo que fazemos é quando estamos separados! Magia nós vivemos, comemos, respiramos e cagamos! Este livro é uma breve pausa no vídeo – uma pausa momentânea para nós. Quando você estiver lendo isso, nós já teremos partido, no curso de colisão com nossos futuros.

Escreva o seu volume (n.t. – Tomo, livro) de Magia do Caos.

Porquê comprar livros em Magia do Caos quando você pode escrever o seu próprio?! É simples, tudo que você precisa é um monte de papel, canetas, cola, e a substância alteradora de consciÊncia de sua preferência. Vá até a livraria e escolha livros aleatoriamente, colete uma pilha de revistas de lugares onde você puder obtê-las gratuitamente. Grave pedaços das conversas de outras pessoas. Junte todas estas coisas e coloque no chão em uma pilha. Tome (nt.- coma) o sacramento, espalhe a pilha de coisas no chão e comece a cortar os pedaços (não faça isso com os livros) em clippings. Quando você alcançar gnosis ou encher o saco disto, varra tudo para uma caixa de papelão. Não esqueça de inserir a palavra ´Caos´ no texto a cada duas ou trÊs frases. E próxima semana nós estaremos mostrando para você como fazer a capa para contar tudo isto, um tema musical legal… créditos.

Este é usualmente o estágio em todo volume de Magia do Caos onde os autores começam os insultos e diarréia verbais e começam a encher lingüiça com exemplos de rituais, feitiços, ´novos´ sistemas de adivinhação ou equações. Então sem mais alvoroço nós apresentamos o ritual de banimento L.O.O.N. : “FODAM-SE SEUS FILHOS DA PUTA!”

 Tecno-shamanismo

Porque usar uma bola de crista? Tente uma televisão fora de estação – vem com de graça um fundo de ruído ´branco´!

Recupere o descarte de outras pessoas e use-os para produzir objetos mágicos. Talismãs feitos de colagens e foto-montagens, pedaços de latas e partes de rádios velhos.

Invoque os fetiches da era moderna, canalize as identidades corporativas da ´Unilever´ ou ´Max Factor´. O que nós chamamos feitiçaria, eles chamam publicidade.

Rituais para ´Parar a cidade´, furtos de loja, batidas de aluguel ou zerar computadores são muito mais divertidas do que as coisas usuais. Veja se você consegue conjurar um poltergeist a ´baixar´ em na secretaria de finanças local.

Experimente com transmissões de notícias de rádio falsas. Faça fitas de áudio anunciando maluquices e toque-as sem alarde em lotadas estações de trem ou ônibus. Veja as pessoas pensando ´Eu realmente ouvi aquilo?´ e curta a suspensão momentânea da realidade para conseguir fazer alguma feitiçaria espontânea!

Talvez nós precisemos de uma revolução de feiticeiros?

 Entropolítica

Não existe tirania no estado de confusão´… A mídia age para censurar a informação. Toda mídia em rede é programada para dar a ilusão de liberdade de expressão e multiplicidade de opções. Manipulação política da media está tornando-se incrementalmente. .. quem se importa?

E sobre as assim chamadas revistas de ocultismo ´underground´? Elas tendem a ser produtos de indivíduos, ordens ou grupos, e provêem uma rede essencial para passar informações – ou para injetar uma dose saudável de desinformação. Nós tendemos a julgar um grupo oculto pela base das informações circulantes sobre ele. Tais julgamentos são no mínimo tênues. No passar dos últimos anos, nós temos visto o debate ´Caoístas x Cabalistas´, o ´Bitchcraft´ da Wicca, e as numerosas facções OTO todas tomando suas posições. Embora existe muita discussão sobre as ´Correntes do Caos´, a mais poderosa corrente é aquele som das caixas eletrônicas registrando mais uma venda… ´ring!´ Magia do Caos já está morta, e o único debate atual entre os abutres é sobre quem fica com os maiores ossos. Então volte às suas câmaras caóticas, esferas, politrapezóides e desapareça sobre suas ondas de vácuo. Um exemplo típico, você poderia dizer, de um espetáculo ´lembrando´ a situação.

Sem dúvida existem tentativas de classificar L.O.O.N. entre as facções deste quebra-cabeças. Bem justo, mas nós ´gostamos de todo mundo´. Nós gostamos da OTO, ONA, IOT, OS, OTOA, BOTA, SOL, OCS. Nós também gostamos das pessoas que mantém posição (em grande extensão) em nós gostar de … (insira um grupo de sua escolha). Nós podemos até mesmos sermos cabalistas gozando da cara de toda essa pose da Magia do Caos.

Magia do Caos tem sido a ´onda´ deste Aeon. Relativamente ´boa grana´ nas arrebentações da mídia ocultista. Alguns dizem que ela fez pela magia o que o punk fez pelo cenário musical. O que sucederá então… Nova Re-magia?

L.O.O.Naticos

Quando vocÊ estiver lendo isto nós não estaremos mais em Lincoln.
Nós não somos uma ´ordem´ no senso comumente aceito.
Apikorsus é a palavra grega para ´céptico´.
Minhas arvores carregam um estranho fruto: dividam e repartam de mesma forma. — Eris, ´the Stupid Book.´

T.T.F.N:
SNaKe, SKaRaB, Sister Apple, Bro. Moebius B. com agradecimentos to HTC pela versão original impressa.

Traduzido por Lobo Solitário – t_lone_wolf@ yahoo.com. br

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/magia-do-caos/apikorsus/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/magia-do-caos/apikorsus/

A Federação Pagã

O que é a Pagan Federation ? 

A Federação Pagã, oficialmente fundada em 1971, trabalha para tornar o paganismo acessível às pessoas que genuinamente procuram um encontro espiritual baseado nos Antigos Deuses e na Natureza.

A Federação Pagã tem 30 Coordenadores regionais na Grã-Bretanha que actuam como bases de actividade e apoio da P.F., e como P.F.Internacional está representada com Coordenadores Nacionais em 26 Países.

Os Coordenadores mantém contacto postal , via internet ou pessolamente, com os membros da sua área, ou países, se eles assim o desejarem, e estão disponíveis para os orientar nas suas dúvidas, quando necessário.

Além dos seus coordenadores nacionais e regionais, a P.F tem Organizadores locais nomeados pelos Coordenadores nacionais que
actuam nas suas comunidades . Os coordenadores podem levar a cabo Celebrações, debates, encontros e conferências, ou delegar em seus organizadores.

Em Inglaterra, a P.F. leva a cabo mais de 1000 inquéritos por ano, desde a rádio, televisão, jornais e revistas. Para além de fornecer informação geral, a P.F. fornece contactos em tradições especificas.

A P.F. conseguiu que o Paganismo fosse reconhecido como uma religião válida pelo Home Office e pela UK´s Interfaith Network e trabalha para repor a verdade do paganismo, opondo-se aos retratos difamatórios e incorrectos resultantes da intolerancia religiosa e do oportunismo pessoal, facultando informacões, enviando correcções e quando necessário, apresentando queixas nos tribunais – a P.F. tem efectivamente auxiliado em casos de discriminação religiosa nos empregos e na custódia de crianças.

Os nossos materiais educativos ( folhetos e pacotes informativos) encontram-se em várias livrarias académicas e instituições de renome, e ocasionalmente também são enviados a professores e outros profissionais, quando conveniente.

Em todos os seus esforços, a P.F. promove a exactidão factual sobre o Paganismo, a mútua tolerãncia entre fés, sem contudo se mesclar, e tenta prestar a sua melhor assistência e colaboração a todos aqueles que desejam explorar a espiritualidade Pagã ou procurem simplesmente informações sobre a nossa religião.

Pagan Federation Internacional 

Os Departamentos, tal como são denominados todos os Núcleos externos da Pagan Federation, com sede em Inglaterra há 31 anos e a operarem em 26 Países, representam e actuam dentro das mesmas bases e objectivos.

O objectivo é facilitar o contacto entre os membros inscritos, se for essa a sua vontade (expressa por escrito quando da inscrição); promover encontros e debates entre os membros; o esclarecimento público e defesa dos seus ideais.

Dependendo das Leis vigentes em cada País, assim se actuará em defesa de um Membro, caso aconteça algum problema motivado por adoração em público (depois de apurados factos de que não ultrapassou riscos desnecessários, imprudência, ou exibição gratuita), ou no caso de molestamento de outros grupos religiosos.

Não nos responsabilizamos por actos propositados de provocação, indecoro ou de irresponsabilidade cívica, alheios ao espírito Pagão, nem a problemas jurídicos ou pessoais de um membro, assuntos esses externos à nossa Federação.

O objectivo é a aceitação do movimento como religião livre e também facilitar o contacto entre as pessoas de vários países. A P.F. escolhe pessoas qualificadas para Coordenadores Nacionais como os representantes oficiais em cada país, os quais trabalham para uma amena mas constante oficialização do paganismo como religião.

PFI – Portugal

Desde 1997 que The Pagan Federation nomeou Coordenadores Nacionais em Portugal. Nessa qualidade, informam que estão ao seu dispor para ajudar em algum assunto administrativo, ou caso seja já associado, na orientação de assuntos ligados ao Paganismo. Os Coordenadores Nacionais de Portugal editam um jornal em português sobre paganismo, e enquadram os seus associados em um grupo de trabalho adequado, comum a todos os membros, cuja participação e interesse depende dos mesmos.

Anualmente é actualizada uma lista de Grupos ou Individuais associados, e a pedido, é enviada aos nossos Membros que tenham as quotas em dia. No caso de termos indicações para não transmitir o contacto, apenas constará o 1º nome, e a Tradição Pagã que segue, sem quaisquer mais referências.

A Pagan Federation Internacional- PORTUGAL oferece os seguintes serviços aos seus membros:

WEB SITES – uma boa forma de estar informado!

Muitos países tem o seu próprio PFI Web site, com informações, links seleccionados, notícias, agenda de eventos etc. poderá encontrar uma lista dos nossos sites em : http://www.paganfederation.org .

PAGAN WORLD – Uma magazine sazonal na Web!

Esta revista, em inglês, contem artigos de bastante interesse, não disponível a não-membros. No caso de Membros que não tem acesso à Internet, os Coordenadores Nacionais disponibilizam uma cópia da revista impressa.

PFI CHAT LIST – Contactos informais entre NC e Membros da PFI!

Esta mailing list é em ingles e aqui pode pôr questões, falar com amigos de outros países e ler as notícias de última hora e até ter encontros com autores e nomes conhecidos no meio. Acesso só a membros. Caso deixe de ser membro será automaticamente “unsubscribed” desta lista.

PFI – LOCAL CHAT LIST

Alguns países tem também a sua lista própria de contactos entre membros. A melhor forma para expor dúvidas, receber orientações ou simplesmente falar de longe com seus Coordenadores. Portugal oferece esta serviço, através de www.onelist.com/group/PFI-Portugal

EVENTOS / REUNIÕES – Encontros informais!

Alguns países organizam reuniões (pub.moots) temáticas, ou de tema livre para os seus membros. A cargo dos Coordenadores Nacionais é organizada uma Saudação anual – consulte a secção Notícias.

Como tornar-se Membro ?

A qualidade de Membro permite-lhe, nomeadamente, assistir a eventos, reuniões sazonais e a ter contacto com o paganismo europeu através do convívio com outros pagãos, trocando ideias e esclarecendo eventuais dúvidas.

A quota anual para estes serviços é de EUR 13 (Euros). Uma forma económica de se ser membro desta Organização de nível mundial e de ter todos estes benefícios.

A filiação é permitida a qualquer pessoa de 18 anos ou mais, que se considere sinceramente pagã e que concorde com os três princípios que norteiam a Federação Pagã:

1. Amor para e afinidade com a Natureza. Reverência para com a força vital e seus ciclos de vida e morte em eterna renovação.

2. Uma moralidade positiva, segundo a qual o indivíduo é responsável pela descoberta e evolução de sua verdadeira natureza, em harmonia com o mundo externo e a comunidade. Isso é muitas vezes expresso como: “Faze o que tu queres, contanto que não prejudiques ninguém”.

3. Reconhecimento do Divino, o qual transcende gênero, com aceitação tanto o aspecto feminino quanto o aspecto masculino da Divindade.

Os Pagãos que concordem com esses princípios e tenham interesse em fazer parte da Federação Pagã deverão escrever para um dos endereços ao final referidos, falando de suas experiências, interesse e vivências no Paganismo. Serão também bastante úteis comentários sobre como o interessado descobriu sua condição de pagão, sobre os livros que possa ter lido, sobre a vertente do Paganismo que lhe interessa ou que pratica, assim como outras experiências que considere relevantes e significativas. (Mas saliente-se que Pagãos iniciantes ou experientes serão recebidos da mesma forma.) Após o recebimento dessas informações, o interessado, caso aceito, receberá uma carta convidando-o a participar da Federação Pagã, acompanhada de um formulário para preenchimento. Esse formulário, devidamente preenchido, deverá então ser devolvido aos Coordenadores da Federação Pagã do seu país.

A Federação Pagã reserva-se o direito de recusar um pedido de admissão a Membro efectivo.

Toda a correspondência enviada, deve ser sempre acompanhada de envelope já selado, para resposta.

Para se inscrever como membro da PFI, procure contacto na nossa morada:

P.F.I. -PORTUGAL
APARTADO 24170
1251-997 LISBOA

ou enviando um e-mail para pfiportugal@pt.paganfederation.org.

Copyright cedido pela Pagan Federation – London , G.B.

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/paganismo/a-federacao-paga/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/paganismo/a-federacao-paga/

Levítico: pedras não faltarão

Em agosto de 2011, na véspera da Parada do Orgulho Gay de Ribeirão Preto, a Justiça mandou retirar da rua um outdoor considerado homofóbico. O outdoor foi feito pela Casa de Oração de Ribeirão Preto e continha citações bíblicas, entre elas uma do livro de Levítico: “se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável…”.

Em sua decisão, o juiz que julgou o caso afirmou que “a Constituição Federal protege a conduta do réu de expor suas opiniões pessoais, mas, ao mesmo tempo, também protege a intimidade, honra e imagem das pessoas quando violadas”. Um dia antes da realização da parada gay em Ribeirão Preto, o outdoor foi retirado.

Nos diversos portais de notícias onde essa informação foi divulgada, podemos observar a habitual animosidade entre os defensores dos homossexuais, e os pretensos “defensores da liberdade de expressão”. Esses últimos costumam afirmar algo mais ou menos assim – o que pode se estender não somente para este caso, como para inúmeros outros:

Da mesma maneira que o homossexual tem o direito de viver sua vida como lhe apraz e os simpatizantes dessa conduta demonstrarem sua simpatia, também aqueles que não apoiam esse comportamento devem ter direito a voz e opinião, é simples assim, um peso e uma medida para todos. Parada gay pode, mensagem bíblica em outdoor não pode?

Costumam simpatizar com esse ponto de vista todos aqueles que pensam que “está na moda ser gay”, ou que “defender os gays agora é o politicamente correto”; ou ainda que “precisamos agora é de uma Parada do Orgulho Hetero!”. Se você por acaso também pensa assim, me desculpe, mas acho que precisará rever um pouco os seus conceitos…

Abra a bíblia, e leia

O Levítico é o terceiro livro do Antigo Testamento, cujo autor supostamente é Moisés, inspirado diretamente por Javé (Deus). Basicamente é um livro teocrático, isto é, seu caráter é legislativo; possuí ainda o ritual dos sacrifícios, as normas que diferenciam o puro do impuro, a lei da santidade e o calendário litúrgico entre outras normas e legislações que regulariam a religião. Obviamente, se trata de uma legislação compatível com um povo parcialmente nômade que sobrevivia nos desertos do Oriente Médio há mais de 2 mil anos atrás.

Se reparar bem, a mensagem do outdoor de Ribeirão Preto está incompleta, o versículo completo se lê assim: Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles (Le 20:13).

Como podem ver, no deserto não haviam prisões e, infelizmente, o Deus de Moisés determinava que essas e outras “faltas” fossem punidas com a morte – não se sabe ao certo se pela mão dos homens, ou do próprio Deus.

Ocorre que, esta não é a única “falta” passível de tal punição. Existem muitas, muitas outras…

Algumas “faltas”, segundo o Levítico

– Tatuagens, nem pensar… Pelos mortos não dareis golpes na vossa carne; nem fareis marca alguma sobre vós (Le 19:28).

– É preciso muito cuidado com a forma que cortamos o cabelo… Não cortareis o cabelo, arredondando os cantos da vossa cabeça, nem danificareis as extremidades da tua barba (Le 19:27).

– A cada menstruação, passados 8 dias será necessário sacrificar dois pombos para a purificação da mulher… Quando, pois, o que tem o fluxo, estiver limpo do seu fluxo, contar-se-ão sete dias para a sua purificação […] E ao oitavo dia tomará duas rolas ou dois pombinhos, e virá perante o SENHOR, à porta da tenda da congregação e os dará ao sacerdote (Le 15:13-14).

– Comer carne de porco? Deus me livre… Também o porco, porque tem unhas fendidas, e a fenda das unhas se divide em duas, mas não rumina; este vos será imundo (Le 11:7).

– Muito cuidado antes de consultar um “feiticeiro” [1]… Quando alguém se virar para os necromantes e feiticeiros, para se prostituir com eles, eu porei a minha face contra ele, e o extirparei do meio do seu povo (Le 20:6).

– Mulher casada? Sai fora… Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher do seu próximo, certamente morrerá o adúltero e a adúltera (Le 20:10).

– Se por acaso acha sua sogra bonitinha, tire imediatamente este pensamento da cabeça… E, quando um homem tomar uma mulher e a sua mãe, maldade é; a ele e a elas queimarão com fogo, para que não haja maldade no meio de vós (Le 20:14).

Bem, acho que já deu para ter uma ideia do “problema” não? Repare, inclusive, que as 3 últimas “faltas” da lista acima foram retiradas praticamente da mesma página onde se encontra o versículo do outdoor.

Você pode dizer que eu estou apenas citando versículos fora de contexto, que não tenho “a exegese necessária para a interpretação da bíblia”, mas então eu lhe pergunto: e por acaso os versículos do outdoor não estavam mais fora de contexto ainda?

Pois, me parece que numa interpretação mais aprofundada, não seriam somente os homossexuais que mereceriam a morte, mas no mínimo também os adúlteros, os que se consultam com “feiticeiros” e, quem sabe, até mesmo aqueles que comem carne de porco na churrascaria…

Atire a primeira pedra…

No entanto, estranho de se pensar, no mesmo Levítico encontramos ensinamentos do tipo: “Não oprimir os estrangeiros” (Le 19:33); “Não amaldiçoar os deficientes” (Le 19:14); “Não se vingar” e “Amar o próximo como a si mesmo” (Le 19:18).

Não quero aqui discutir se Moisés conseguiu ou não receber as leis de Javé na forma correta, ou ainda se era o próprio Javé quem parecia ter algum problema em elaborar leis que fizessem algum sentido, mas, antes, lembrar do doce Rabi da Galiléia, que nos disse:

Atire a primeira pedra quem não houver pecado.

Será mesmo que o temos escutado? Será mesmo que temos sido cristãos, ou ainda estamos perambulando pelas tribos de Israel, ainda mais no “olho por olho, e dente por dente”, do que no “ama ao próximo de todo o teu coração”?

Errar o alvo

Podemos interpretar as “faltas” mencionadas acima como pecados, sem dúvida.

A origem etimológica da palavra “pecado” remete a um conceito até mesmo bastante simples: errar o alvo. Errar o alvo! Sim, como quem gostaria muito de estar agindo acertadamente mas, seja por ignorância do bem, ou do que quer que seja “o certo”, ainda tem errado o alvo…

Agora, eu te pergunto: quem será que tem errado o alvo por uma distância maior? Aqueles que se dizem cristãos, mas que se aventuram em cruzadas e guerras santas, esquartejando infiéis e fendendo grávidas, ou os pacíficos que atendem a “feiticeiros”? Aqueles que se dizem cristãos, mas traem as esposas, e às vezes até humilham e batem nas esposas, ou os pacíficos que, embora em relações homossexuais, procuram adotar crianças necessitadas? Aqueles que se dizem cristãos, mas julgam “pecadores e condenados a queimar eternamente num lago de enxofre” todos aqueles que cometem às menores faltas, embora não vejam as inúmeras traves a obstruir a própria visão, ou os pacíficos que valorizam a liberdade acima de tudo, e deixam que cada um leve sua própria vida da forma que achar melhor?

Antes de atirar a primeira pedra, cerifique-se de que você mesmo não esteja a errar o alvo – ainda mais do que aqueles a quem as pedras estão endereçadas… Pode ser que mude de ideia, e opte por deixar a pedra cair ao chão, inofensiva. Se, no entanto, não mudar, que Deus tenha piedade de nós, pois pedras não faltarão, e nem alvos.

Você não precisa viver pensando nas “faltas alheias”

Sobretudo, ao encontrar com um homossexual, lembre-se que ele não passa metade da vida fazendo sexo… Mas, ainda que fosse o caso, isso não o impediria de lidar com ele de forma civilizada (supondo, é claro, que ele também seja civilizado): você não precisa apertar a mão de um homossexual imaginando onde ele a tem colocado; você não precisa sentar ao lado de um homossexual imaginando onde ele tem sentado; você não precisa abraçar um homossexual imaginando quaisquer espécies de práticas sexuais “heterodoxas”, pois um abraço é um ato amoroso, e não sexual; e, sobretudo, você não precisa passear na rua próxima a uma Parada Gay – haverão inúmeras outras oportunidades no ano para tal.

Os estrangeiros

Voltando ao Levítico: não oprimais os estrangeiros. Sejam os estrangeiros de sua terra, sejam os estrangeiros de sua cultura, sejam os estrangeiros de sua raça, sejam os estrangeiros de sua crença, sejam os estrangeiros de sua opção sexual.

Se Javé é mesmo o Senhor, ele é o Senhor de todos nós.

Eu sou heterossexual, casado há quase uma década… Não me preocupo nem um pouco com o que homossexuais fazem ou deixam de fazer em suas camas, mas me preocupo com as pessoas que os acham “abomináveis”, verdadeiros estrangeiros de si próprias, quase como se fossem demônios ou seres a parte… Como deve ser complicado viver cruzando com demônios imaginários em todos os cantos!

***

Obs (1): Você pode conferir facilmente todas as citações de versículos do Levítico na Bíblia Online.

Obs (2): Há um consenso atual, mesmo entre os defensores dos direitos homossexuais, de que a Parada Gay se tornou uma espécie de “micareta de carnaval” no Brasil (e provavelmente em boa parte do Ocidente), que retrata os homossexuais como “fanáticos sexuais em busca de sexo fácil e go-go-boys”, não exatamente como a maioria deles realmente é: casais como quisquer outros, que as vezes até criam crianças adotadas, e a noite vão a restaurantes e não a casas de swing. Porém, ainda assim na Parada Gay não há violência, e qualquer manifestação popular onde não haja violência ou depredação do patrimônio público deve ser respeitada em um estado democrático. Ou, em outras palavras, as mesmas críticas que cabem a promiscuidade em uma Parada Gay, cabem igualmente a promiscuidade dos bailes de Carnaval e afins (onde a maioria é heterossexual).
[1] Existem inúmeras discussões acerca do que “feiticeiros e necromantes” significavam exatamente no contexto da época. Em todo caso, é bastante conveniente para os que interpretam a bíblia ao pé da letra considerar “feiticeiros” praticamente qualquer praticante de uma religião situada (teoricamente) fora do cristianismo.

***

Crédito das imagens: [topo] Agência O Globo (este é o outdoor vetado pela Justiça em Ribeirão Preto); [ao longo] Ted Horowitz/Corbis.

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.

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#homossexualidade #Preconceito #Bíblia #sexo #Jesus

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/lev%C3%ADtico-pedras-n%C3%A3o-faltar%C3%A3o

Faixas Vibracionais

Paulo Jacobina*

Excerto de A Manifestação

As faixas vibracionais são aquelas que “paralelamente” se apresentam de aspecto círculo-ondulatório e se encontram divididas em sete cores:

Mais próximas do centro da imagem, as faixas vibracionais possuem a coloração vermelha, simbolizando o espectro vermelho da luz, ao passo que as mais distantes do centro possuem a coloração violeta, simbolizando o espectro violeta. No espaço interior da mais interna faixa vibracional vermelha, existem infinitas faixas vibracionais, representadas pelo espectro infravermelho, tal qual ocorre com o espaço exterior ao da externa faixa vibracional violeta, que corresponde às infinitas faixas representadas pelo espectro ultravioleta.

As faixas vibracionais apresentam superfície ondulatória visando simbolizar o comportamento apresentado pelas partículas[1] que a compõem.

Por se tratar de um ciclo, cada faixa vibracional se apresenta circularmente. Entretanto, para fins didáticos, pode ser aberta em um plano, representando um mundo existencial. Assim, a junção de todas as faixas vibracionais representaria o Orbe ou Mundo de Existência[2].

As faixas vibracionais mais internas, como as de coloração vermelha, representam os planos mais densos da Manifestação, ao passo que as faixas vibracionais mais externas, como as de coloração violeta, representam os planos mais sutis.

A diferença de sutilidade entre as faixas pode ser constatada ao se verificar a diferença de frequência de cada uma delas. As faixas mais internas possuem frequências maiores do que as externas e, numa imagem em duas dimensões, como a apresentada, parecem menores do que as faixas mais externas. Entretanto, por mais que possa parecer que existe diferença de comprimento[3] entre as faixas, deve-se ter em mente que as faixas interiores são mais densas, ou seja, possuem medidas espaciais concentradas, mas que, caso fossem distendidas, atingiriam o mesmo comprimento das demais.

Exemplificativamente, caso fosse estabelecida uma reta saindo do centro da imagem até a sua parte mais externa, e essa reta percorresse a imagem em sentido circular, tal qual o ponteiro de um relógio analógico, verificar-se-ia que, por mais que o ponto em que a reta toca uma faixa vibracional mais externa pareça se deslocar a uma velocidade maior do que a de um ponto da mesma reta que toque uma faixa vibracional mais interna, essa percepção de velocidade seria ilusória. Tal ilusão é provocada pelo fato de que os dois pontos se deslocam no mesmo período de tempo, bem como o espaço percorrido por ambos é o mesmo, posto que, enquanto a faixa vibracional mais externa possui a sua “linha” mais distendida, a mais interna se encontra mais concentrada, mas com a mesma medida espacial que a outra. Assim, ambos os pontos se deslocam na mesma velocidade.

Em que pese cada faixa vibracional representar um ciclo da manifestação, elas são formadas por ciclo menores. Por exemplo, a porção da faixa vibracional localizada no período compreendido por um signo, também forma um ciclo. E a junção dos ciclos de cada um dos doze signos compõe o ciclo da manifestação correspondente àquela faixa vibracional.

Da mesma forma que o ciclo é composto por ciclos menores, correspondentes aos signos, cada ciclo referente a um signo também é composto por ciclos menores, e assim sucessivamente.

Embora na imagem apenas algumas faixas vibracionais sejam caracterizadas, também existem infinitas faixas vibracionais entre as que foram representadas, além daquelas que não foram ilustradas, mas que se encontram na parte mais externa e na mais interna da figura. Todas essas faixas vibracionais, as representadas e as não representadas na imagem, se encontram tão próximas a ponto de inexistir vazio entre elas.

Devido à proximidade existente entre as faixas vibracionais, torna-se possível que um ponto localizado em uma determinada faixa se desloque para outra faixa vibracional. Entretanto, para isso, dois fatos são necessários.

O primeiro é que um outro ponto deve ocupar o seu lugar na faixa da qual está se retirando, uma vez que inexiste o vazio e a Manifestação é um sistema integral.

Já o segundo fato está associado à necessidade de adequação ao padrão de sutilização da nova faixa vibracional. Assim, caso o ponto se desloque para o sentido exterior da imagem, ele deve liberar energia na faixa na qual se encontrava. Da mesma forma que, caso se desloque para o sentido interior, deve absorver energia existente na faixa vibracional de destino.

A essa mudança de faixas vibracionais, costumeiramente, dá-se o nome do Processo de encarne e desencarne, sendo, o Encarne, o processo de densificação, isto é, do deslocamento de uma faixa mais externa para uma mais interna; e, o Desencarne, o processo oposto, de sutilização, no qual há o deslocamento de uma faixa mais interna para uma mais externa. Ambos os processos sempre ocorrem acompanhados da liberação ou absorção de energia na faixa vibracional mais densa[4].

Ao se tomar o processo de desencarne como exemplo, verifica-se que o núcleo de consciência[5] que anima um corpo, desloca-se para uma faixa vibracional mais sutil do que aquela na qual o corpo se encontrava. Nesse processo, o núcleo de consciência se desloca e necessita de liberar a energia, que se encontrava armazenada no corpo, na faixa vibracional correspondente a este. Esta energia será utilizada por outros núcleos de consciência que animam corpos naquela faixa vibracional, uma vez que os sistemas energéticos de cada faixa vibracional são fechados, isto é, não há criação ou perda de energia, apenas a sua transformação.

Embora o núcleo de consciência seja o responsável por animar os corpos, ele não é composto pelo mesmo padrão vibracional daquele corpo e, por isso, consegue transitar entre as faixas vibracionais sem modificar a quantidade de energia que compõe cada faixa vibracional.

Da mesma forma, ao realizar o processo de encarne, o núcleo de consciência necessita de absorver a energia disponível na nova faixa vibracional de forma a construir o corpo existencial correspondente àquela faixa vibracional ou mundo existencial[6], dando forma ao corpo que fará uso em sua jornada por aquele mundo.

Notas:

[1] Partícula é um “campo de energia condensada” ou “campo de matéria”, que se propaga de modo similar ao de uma onda, no que se conhece como “dualidade onda-partícula” ou “dualidade onda-corpúsculo” ou “dualidade matéria-energia”.

[2] Para mais detalhes sobre o Orbe ou Mundo de Existência, verifique o capítulo 3 da obra “A Senda Infinita”.

[3] Comprimento aqui não deve ser confundido com comprimento de onda, medida entre dois picos, mas entendido como a medida total da onda, numa medição da onda em si.

[4] Processo simbolizado na imagem menor inferior esquerda – Encarne e Desencarne.

[5] Tal qual a partícula é um “campo de energia condensada, que se propaga de forma ondulatória”, o Núcleo de Consciência é um “campo de partículas elementares condensada, que se propaga de forma ondulatória”.

[6] Na imagem menor superior esquerda – Corpo – constata-se que cada corpo existencial, conforme visto na obra “A Senda Infinita”, possui a mesma frequência do Mundo Existencial que o corresponde.


Paulo Jacobina mantêm o canal Pedra de Afiar, voltado a filosofia e espiritualidade de uma forma prática e universalis

Postagem original feita no https://mortesubita.net/espiritualismo/faixas-vibracionais/

Mapa Astral do Bob Dylan

Não costumo postar Mapas de pessoas vivas, mas Bob Dylan definitivamente realiza sua Verdadeira Vontade aqui no Planeta. Robert Allen Zimmerman, mais conhecido como Bob Dylan (Duluth, 24 de maio de 1941), é um cantor e compositor norte-americano. Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou cantando em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Minnesota em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantor folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em Nova York em 1961.

Em 2004, Bob Dylan foi escolhido pela revista Rolling Stone, como o 2º melhor artista de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles e uma de suas principais canções, Like a Rolling Stone, foi escolhida como a melhor de todos os tempos. Influenciou diretamente grandes nomes do rock americano e britânico dos anos de 1960 e 1970, destacando-se aí The Beatles, notadamente nas composições de John Lennon, a partir do álbum Rubber Soul de 1965.

Mapa Astral

O Mapa de Dylan traz muitos planetas concentrados na área que a astrologia Hermética chama de “Rei de Espadas”; a energia intermediária entre Touro e Gêmeos, que carrega a diversidade de assuntos e facilidade para utilização de símbolos geminiana com a profundidade e estabilidade taurina.

Com Sol, Júpiter e Urano em Touro-Gêmeos; Lua e Saturno em Touro; Mercúrio e Vênus em Gêmeos (o “Mercúrio dos Escritores”), Dylan é uma pessoa com uma facilidade imensa para trabalhar símbolos, letras, escritas e melodias de uma maneira ao mesmo tempo profunda e diversificada: ele produziu 237 músicas em apenas 3 anos, além de ganhar um prêmio Pulitzer.

O Mapa dele é muito direto, não há grandes coisas a se falar além do óbvio: Seu Ascendente em Sagitário facilitou a organização deste turbilhão de pesquisas e músicas em um propósito filosófico direcionado, intensificado pela espiritualidade de Marte em Peixes, que é a garra para dedicar vontade e determinação em causas filosóficas/espirituais ou religiosas (ou ateístas, que, no fundo é apenas mais uma filosofia/religião como qualquer outra).

Parabéns, Mestre Dylan, por ter conseguido manifestar sua Verdadeira Vontade.

http://www.youtube.com/watch?v=14vTrFyHO94

#Astrologia #Biografias

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/mapa-astral-do-bob-dylan

Hércules e o Cinturão de Hipólita

A missão do herói era conseguir o cinturão da rainha das amazonas, mulheres conhecidas por sua bravura. Mas não poderia obtê-lo pela força: precisaria ganhá-lo conquistando o coração da guerreira. Esse trabalho fala sobre a importância de construirmos laços afetivos duradouros. Ensina que a arte de conquistar uma pessoa não se faz pela força nem criando ilusões e falsas aparências, mas pelo respeito ao outro e pela coragem de mostrar quem verdadeiramente somos.

Mitologia

Este trabalho leva Hércules até às praias onde vivia a grande rainha, que reinava sobre todas as mulheres do mundo conhecido. Elas eram suas vassalas e guerreiras ousadas. Nesse reino não havia homens, só as mulheres reunidas em torno da sua rainha, Hipólita.

A ela pertencia o cinturão que lhe fora dado por Vénus, a rainha do Amor. Aquele cinturão era um símbolo da unidade conquistada através da luta, do conflito, da aspiração, da maternidade e da sagrada Criança para quem toda a vida humana está verdadeiramente voltada.

“Ouvi dizer”, disse Hipólita às guerreiras, “que está a caminho um guerreiro cujo nome é Hércules, um filho do homem e no entanto um filho de Deus; a ele eu devo entregar este cinturão que eu uso. Deverei obedecer a ordem, oh Amazonas, ou deveremos combater a palavra de Deus?” Enquanto as Amazonas reflectiam sobre o problema, foi passada uma informação, dizendo que ele se havia adiantado e estava lá, esperando para tomar o sagrado cinturão da rainha guerreira.

Hipólita dirigiu-se ao encontro de Hércules. Ele lutou com ela, combateu-a, e não ouviu as palavras sensatas que ela procurava dizer. Arrancou-lhe o cinturão, somente para deparar-se com as mãos dela estendidas e lhe oferecendo a dádiva, oferecendo o símbolo da unidade e amor, de sacríficio e fé.

Entretanto, tomando-o, ele, matou quem lhe dera o que ele exigira. E enquanto estava ao lado da rainha agonizante, consternado pelo que fizera, ele ouviu a voz do mestre que dizia: “Meu filho, por que matar aquilo que é necessário, próximo e caro? Por que matar a quem você ama, a doadora das boas dádivas, guardiã do que é possível? Por que matar a mãe da Criança sagrada?

Novamente registamos um fracasso. Novamente você não compreendeu. Ou redimirá este momento, ou não mais verá a minha face.”

Hércules partiu em silêncio deixando as mulheres lamentando a perda da liderança e do amor. Quando ele chegou às costas do grande mar, perto da praia rochosa, ele viu um monstro das profundezas trazendo presa em suas mandíbulas a pobre Hesione. Os seus gritos e suspiros elevavam-se aos céus e feriram os ouvidos de Hércules, perdido em remorsos e sem saber que caminho seguir. Dirigiu-se prontamente em sua ajuda quando ela desapareceu nas cavernosas entranhas da serpente marinha.

Esquecendo-se de si mesmo, Hércules nadou até o monstro e desceu até o fundo do seu estômago onde encontrou Hesione. Com a sua mão esquerda ele agarrou-a e segurou-a junto a si, enquanto com a sua espada se esforçou para abrir caminho para fora do ventre da serpente até a luz do dia. E assim ele salvou-a, equilibrando seu feito anterior de morte.

Pois assim é a vida: um ato de morte, um ato de vida, e assim os filhos dos homens, que são filhos de Deus, aprendem a sabedoria, o equilíbrio e o caminho para andar com Deus.

Simbologia

Este trabalho está associado à Virgem, signo onde a consciência de Cristo é concebida e nutrida através do período de gestação até que por fim em Peixes, o signo oposto, o salvador mundial nasce.

Note-se que nos dois Trabalhos onde Hércules vence, na verdade, são os dois onde ele se saiu mal justamente com os seus opostos, femininos (as éguas bravias e a rainha das Amazonas).

Assim a guerra entre os sexos é de origem antiga, na verdade, está inerente na dualidade da humanidade. O Leão é o rei dos animais. Nele alcançamos a personalidade integrada; mas em Virgem é dado o primeiro passo para a espiritualidade, a alma é chamada de filho da mente, e Virgem é regida por Mercúrio, que leva a energia da mente.

É em virgem que, o mau uso da matéria representa o maior erro de toda a peregrinação de Hércules: atentar contra o Espírito Santo; quando ele não compreendeu que a rainha das Amazonas devia ser redimida pela unidade, e não morta, e foi aí que ele sentiu a dor do signo de Peixes, diante do sofrimento humano provocado pela violência e pela agressividade, criada muitas vezes pela falta de diálogo ou até mesmo de compreensão.

O cinto é o símbolo da união e do amor, e ele mata quem lho quisera entregar por amor a Deus. Aqui o herói é abatido pela depressão e pena que sente de si mesmo, característica de Peixes.

Ao salvar Hesione da boca do monstro, Hércules compreende que tudo o que se faz, se reflecte no universo eternamente, e que para que o ser pare de sofrer, deve compreender que a dor é uma forma de redenção e aprendizagem que nos conduz ao crescimento. Que a aceitação da imperfeição do mundo é um caminho para atingir a perfeição.

Enquanto nos martirizamos com a culpa do mal feito, não assumimos a responsabilidade dos erros, mas quando aceitamos esta responsabilidade, transformamos esta dor em atitude, fazemos o bem e libertamo-nos das amarras do sofrimento. É neste momento e com esta tomada de consciência que passamos do trabalho ao serviço à humanidade.

Caminho de Iniciação

Na Mitologia Esotérica, o Nono Trabalho de Hércules corresponde à conquista do Cinto de Ouro de Hipólita – a Raimnha das Amazonas – viva alegoria do aspecto psíquico feminino oculto e mais delicado de nossa íntima natureza.

Durante este trabalho, o Iniciado é atacado naquilo que ele tem de mais fraco: o sexo. As Amazonas, suscitadas por Hera (um dos aspectos de nossa Mãe Divina), assediam com seus encantos femininos o caminhante que adentra seus domínios; usam de todas as artimanhas da sedução para infligir fatal derrota ao nobre e valente guerreiro que está prestes a conquistar sua rainha com seu precioso cinto, uma vez que o cinto sem a rainha não possui nenhuma beleza…

Mas infeliz do Hércules que se deixa cair ou seduzir por essas beldades dotadas de beleza enfeitiçadora. Apoderar-se do Cinto de Hipólita consiste, justamente, em não se deixar seduzir ou cair sob o hipnotismo de tais provocações sexuais femininas; significa dominar totalmente os sentidos, a mente e as sensações físicas e psíquicas. O Hércules que tem total domínio sobre si acaba conquistando a Rainha das Amazonas, não pela força, mas pelo amor, pelo respeito e pela veneração ao Feminino Cósmico.

Netuno é o Senhor da Magia. Portanto, torna-se evidente que o inferno de Netuno é habitado pelos magos negros mais terríveis e pela magas tenebrosas de beleza fatal e maligna.

Durante este Trabalho, o alegórico Castelo do tenebroso Klingsor, autêntico templo de magia negra, deve ser totalmente destruído. Quando o castelo cair em pedaços, o Iniciado, vencedor da terrível batalha contra si mesmo, ganha o direito de ingressar no Céu do Senhor Netuno, o Empíreo, a região dos Serafins, criaturas do amor e expressões diretas da Unidade Divina.

#Hércules #Mitologia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/h%C3%A9rcules-e-o-cintur%C3%A3o-de-hip%C3%B3lita