Feminismo: Um Delírio!

Bem, PZ Myers, Jen McCreight, Phil Plait, Amanda Marcotte, Greg Laden, Melissa McEwan e outros já disseram isso, mas achei que deveria postar isto pra constar: sim, Richard Dawkins acredita que eu deveria ser uma boa menina e calar a boca sobre ser objetificada sexualmente, porque isso não o incomoda. Obrigada, homem branco, velho, heterossexual e rico!

Quando comecei este site, eu não me chamava de feminista. Eu tinha uma vaga idéia de que o feminismo era uma coisa boa, mas era algo para outras pessoas se preocuparem, não eu. Eu estava vivendo num tempo e cultura que transcenderam a necessidade de feminismo, porque no meu mundo, todos éramos ateus racionais, que abandonaram doutrinas relogiosas, então eu poderia fazer piadas de estupro livremente sem medo de machucar alguém que tenha sido estuprada.

Então eu fiz um comentário sobre como poderia haver mais mulheres na comunidade, e as respostas de meus companheiros céticos e ateus variaram de “Não, elas não são lógicas como nós“, até “Sim, aí podemos comê-las!“. Isso pareceu esquisito.

Então eu comecei a falar mais sobre mulheres. Sobre como elas não são idiotas. Sobre como elas podem pensar logicamente, mas talvez existam outras pressões sociais mantendo-as afastadas de nossa mensagem, como a maneira que dizemos às mulheres para serem quietas e educadas e não questionar o que lhes é dito. Eu falei sobre como as pessoas precisam de modelos a seguir, e existem tão poucas mulheres em cena, nestes eventos.

E eu recebi mensagens de mulheres me contando como elas tinham dificuldades em comparecer a reuniões em pubs e outros eventos, porque elas se sentiam desconfortáveis num lugar cheio de homens. Elas me contaram sobre como elas eram cantadas constantemente e isso as afastava. Eu não entendi bem, na época, porque eu não me importava em ser cantada. Mas eu reconheci o direito delas de se sentirem daquela forma, e comecei a sugerir aos homens para que talvez relaxassem um pouco e não tentassem comer toda mulher que entrasse pela porta. Talvez eles pudessem esperar que ela fizesse o primeiro movimento, em todo caso.

E então, durante os últimos anos, com o crescimento da audência do Skepchick e do SGU, eu recebi mais e mais mensagens de homens me dizendo o que eles queriam fazer comigo, sexualmente. Mais e mais homens me tocando sem permissão em conferências. Mais e mais ameaças de estupro daqueles que não concordavam comigo, mesmo aqueles que se consideravam céticos e ateus. Mais e mais gente me dizendo pra calar a boca e voltar a falar do Pé Grande e outros assuntos mais importantes.

E eu disse não. Eu aprendi mais sobre o feminismo moderno e como seus objetivos tão claramente coincidiam com os objetivos dos humanistas, e céticos, e secularistas, e eu escrevi e falei mais sobre as questões que coincidiam, porque tão poucos outros céticos estavam fazendo isto.

E aqui estamos nós hoje, sou uma feminista, porque céticos e ateus me tornaram uma. Toda vez que eu menciono, mesmo delicadamente, uma possível questão de misoginia ou objetificação em nossa comunidade, a resposta que recebo mostra que o problema é muito pior do que eu pensei, e então eu fui ficando com mais raiva. Eu sabia que, eventualmente, eu iria atingir alguma espécie de singularidade feminista, em que eu iria explodir e em meu lugar surgiria algum herói tipo Capitão Planeta, mas para feministas. Acredito que este dia está próximo.

Vocês podem lembrar de quando relatei um incidente em que recebi uma cantada, e falei, “Caras, não façam isso.” Verdade, foi o que eu falei. Eu não disse que o sexo deveria deixar de existir, não acusei o homem da história de me estuprar. Eu não falei que todos os homens são monstros. Eu falei: “Caras, não façam isso.” Ao que Richard Dawkins respondeu:

Querida Muslina (*NT – corruptela de “Muçulmana”: termo que dependendo de como ou onde é usado, pode ou não ser considerado depreciativo, como “Nigger”)

Pare de se lamentar. Sim, sim, eu sei que você teve sua genitália mutilada com uma lâmina de barbear, e… *bocejo*… não me diga de novo… eu sei que você não tem permissão pra dirigir um carro, e você não pode sair de casa sem estar acompanhada por um parente do sexo masculino, e seu marido tem permissão pra te bater, e você vai ser apedrejada até a morte se cometer adultério, blá blá blá. Mas pare de reclamar. Pense no sofrimento de suas pobres irmãs americanas.

Apenas esta semana eu ouvi de uma, ela se chama Skep”chick”, e sabe o que aconteceu com ela? Um homem num elevador de hotel a convidou para ir ao quarto dele para um café. Não estou exagerando. Ele fez isso mesmo. Ele a convidou para tomar café em seu quarto. Claro que ela disse não, e claro que ele não encostou um dedo nela, mas mesmo assim…

E você, muçulmana, pensa que pode reclamar de misoginia! Pelamordedeus, cresça, ou pelo menos seja mais durona.

Richard

Isso é especialmente interessante, já que Richard Dawkins sentou ao meu lado em Dublin e me ouviu falar sobre as ameaças de estupro que eu recebo. Esta aqui eu guardo como screenshot para usar de exemplo para pessoas que não entendem:

Tradução da última frase: “honestamente, digo HONESTAMENTE… vc merece ser estuprada e torturada e morta, juro que eu iria rir se pudesse assistir”

Este comentário e muitos outros parecidos foram enviados a mim em resposta a um vídeo que fiz sobre os horrores da mutilação genital feminina, que, aliás, é uma prática cultural, e não apenas relegada a mulheres muçulmanas. Falei muito sobre o assunto, e as piores mensagens de ódio de ateus são a respeito disto.

Então, ter as minhas preocupações – e as preocupações de outras mulheres que sobreviveram a estupros e assédios sexuais – desconsideradas graças a um homem branco e rico que as compara com a situação de mulheres que são mutiladas, é um insulto a todas nós. Feministas do ocidente têm sido fortes aliadas das mulheres que são brutalizadas em outros lugares, e elas fizeram muito mais do que Richard Dawkins em se tratando de fazer uma diferença em suas vidas.

Este não foi o fim, é claro. Dawkins continuou, comparando minha experiência com sua frustração em estar em um elevador com uma pessoa mascando chiclete (presumivelmente ele deve ter sido abordado pela tal pessoa, que então esfregou chiclete em seu cabelo branco e macio). Você pode ler todos os seus comentários no Shakesville ou em algum dos outros sites linkados acima.

Este final de semana, quando eu li os comentários de Dawkins, eu fiquei, simplesmente, sem esperanças. Eu já havia previsto que o futuro de seu movimento desconsideraria estes assuntos, e agora eu estava presenciando o mesmo no presente.

Qual o sentido em continuar?

É aí que você entra. Você, querido leitor, tem sido incrível. Você postou em resposta a Dawkins no tópico sobre a Faríngula, bravamente batalhando ele e as hordas de gente privilegiada sem noção que não entendiam. Você me enviou e-mails me dizendo para continuar falando. Você se apresentou na SkepchikCon e me disse o quanto adorava o SkepChick e o SGU. Você escreveu posts de blogs e fez vídeos e foi foda, e me fez perceber que Dawkins não é o presente. Ele é o passado.

Então, muitos de vocês verbalizaram o que eu tenho pensado: que esta pessoa, que eu sempre admirei por sua inteligência e compaixão, não se importa com minhas experiências como mulher atéia, e consequentemente não será mais recompensado com meu dinheiro, admiração ou atenção. Eu não vou mais recomendar seus livros, comprá-los como presentes, ou para minha própria biblioteca. Não vou comparecer em suas leituras ou recomendar o mesmo a outras pessoas. Existem tantos grandes cientistas e pensadores por aí, que não acho que minha lista de leitura será prejudicada.

A despeito do fato de eu já ter visto centenas de comentários daqueles dentre vocês que planejam fazer o mesmo, estou certa de que Dawkins continuará a ser podre de rico até o fim de seus dias. Mas aqueles entre nós que são humanistas e feministas encontrarão novas e melhores vozes para promover e inspirar, e Dawkins será deixado sozinho, para combater a terrível injustiça de ficar em elevadores com gente mascando chiclete.

Rebecca Watson

Rebecca lidera um grupo de ativistas céticas no site Skepchick.org e aparece no podcast semanal do Skeptics’ Guide do the Universe. Ela viaja o mundo promovendo debates divertidos sobre ciência, ateísmo, feminismo e ceticismo. Há atualmente um asteróide com seu nome orbitando o Sol. Você pode seguir todos seus fascinantes passos no Twitter: @rebeccawatson.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/feminismo-um-del%C3%ADrio

Velho novo ano

Novos ciclos parecem novos casamentos ou novas vidas e cabe de fato tais associações.

No entanto o que cabe do novo ano que vem do velho que foi? O que se levantou?

Do tarot retiro a torre. Caindo em pedaços que nunca chegam ao chão. Dela vejo que do passado ainda ficam os escombros. E é tentando ver o que se aproveita deles que partimos em busca do novo. Aceitar que velhas somas já não resultam nos mesmos significantes é parar e aceitar que foi de fato você a dar o nó no pé. Mas o universo é justo e só implica em novas marés cósmicas quando das antigas só se tem agora o espaço que faziam delas algo mais que um vento no rosto. E qual será a próxima carta? Não retiro, mas imagino um carro entristecido por ver o tempo que se depositou em coisas que já não são, mas pode ser  fácil a justiça enclausurada em seu modus operandi.

O que virá ainda está implícito no vácuo novo, mas quantas vezes somos de fato capazes de realmente pegar o carro e partir. Ainda vejo a tristeza ligando os passos aos escombros e os corpos virando sal. De que será feito este sal? Não importa, já não se faz contas quando somos estátuas.

E iludindo-nos caminhamos vendo não só carros, vendo um mundo renovado do qual só fazemos imaginar. As mãos enfraquecidas pela falta de uso tremem só de pensar. É cansativo demais perceber que ainda nem levantou, precisa tirar alguns pedaços de parede de cima do corpo doído. Vai ver é assim que se vê uma página de um diário antigo, rasgada em meio à poeira. Relacionando claramente a sexta sephira ao sol. Quando?

Todos nós somos uma estrela, e lá nós somos perfeitos. Mas essa perfeição é enfadonha e cansativa tendo em vista que quando paramos de chorar tudo tem gosto de vida. Conhecer distoa do acreditar, em pontos, estes, que passam despercebidos e vemos o quanto de coisas depositamos tempo e energia para agora não serem praticamente nada. Vamos destronar os velhos  feitiços, para que novos possam ser idealizados. Mas feitiço por feitiço dá em que? Ainda continuamos como a justiça, só que com a venda a amarrar as mãos. E a espada aonde estará? Não conseguimos ver… os olhos não aguentam sentir a luz a incidir neles. Estamos no escuro do medo que ainda segura os pés nos deixando de ponta-cabeça.

É de fato angustiante ver o caminho que se tem a frente sem ao menos poder pensar no que se precisa sacrificar ainda. Mas a casa não caiu? O que de fato ainda falta? Aceitar que do velho temos o novo é aceitar que este velho já não nos acompanha. É soltar a sacola cheia de defuntos presos às canelas e alçar voou, agora, mais leve. Ver que num dia como n’outro o novo que se inicia é mais que simbólico, é sonho entremanhado na carne que dói. Deste que pode ser realidade.

É quando deste mesmo tarot retiro o mago seguido do louco dinamizado pela ciência maior a construir reinos internos quando acordamos no julgamento. Já não somos os mesmos. E olhar no espelho é algo bom. Mesmo tendo tido tantos erros nesse tempo. E nossa alma enfim encara a morte a dividir os bens. Sabe-se lá pra quem.  Assim reencontramos a força de abrir leões. E percebemos que a floresta da noite nunca acaba num muro ou portões, estes estão quebrados e longe, na velha torre desmanchada de tempos idos.  Assim abrimos acampamento ali mesmo rodeados pelos nossos monstros que não mais nos assustam esperando o sol mostrar que mesmo eles sabem sorrir.

Mas ainda se sente frio na barriga, é claro… somos humanos ainda. É quando cai das mãos o resto das cartas que ainda estavam sendo levadas, pois já não importa a cara, importa a mão a reagrupa-las e relança-las para a brincadeira eterna que é ser vivente.

Sonha criança, escuto eu agora, palavras vindas daquela estrela. Sonha correndo no mundo real atrás de alcançar teus sonhos, pois eles já são reais. Pois você é real. É quando pego da mesa aquele instrumento magnetizado. Realço seu poder envolvendo meu sentimento nele. Rasgo na poeira do altar os traços necessários. Retirei a mão doente, respirando aliviado. Posso agora de fato conduzir o carro, desde que se solte a tempo o instrumento magnetizado. Pois cada passo a seu tempo no compasso.

E neste novo ciclo que já se apresentou à todos fica o espaço das coisas que foram soltas do passado. E dos objetos que temos percebemos que o que de fato importa mesmo é o espaço a não ter fim.

Que seja feita a verdadeira vontade. Assim no interno como no externo. Desde que esta mesma vontade seja esse “ser” do qual inflamos tanto o peito a dizer ouriçados: somos nós! Somos nossos.

“Eu sou aquele que é.”

Djaysel Pessôa

S.O.Q.C.

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#Tarot

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Só a Compaixão é Terapêutica

Somente a compaixão é terapêutica, porque tudo o que é doença no homem é causado pela falta de amor. Tudo o que está errado com o homem, está de alguma forma associado ao amor. Ele não tem sido capaz de amar ou ele não tem sido capaz de receber amor. Ele não tem sido capaz de compartilhar o seu ser. Essa é a miséria. Isso cria toda sorte de complexos internamente.

Aquelas feridas internas podem vir à superfície de várias maneiras: elas podem se tornar doenças do físico e doenças mentais, mas no fundo o que o homem sofre é de falta de amor. Assim como o alimento é necessário para o corpo, o amor é necessário para a alma. O corpo não consegue sobreviver sem alimento e a alma não consegue sobreviver sem o amor. Na verdade, sem o amor a alma nunca nasce e nem há essa questão de sua sobrevivência.

Você simplesmente pensa que tem uma alma. Você acredita que você tem uma alma devido ao seu medo da morte. Mas você não a conheceu a não ser que você tenha amado. Somente no amor a pessoa vem a sentir que ela é mais do que o corpo, mais do que a mente.

É por isso que eu digo que a compaixão é terapêutica. O que é compaixão? Compaixão é a forma mais pura de amor. No sexo, o contato é basicamente físico, na compaixão o contato é basicamente espiritual. No amor, compaixão e sexo estão misturados. O amor está no meio do caminho entre sexo e compaixão.

Você também pode chamar a compaixão de prece. Você também pode chamar a compaixão de meditação. A forma mais elevada de energia é a compaixão. A palavra ‘compaixão’ é bela. Metade dela é ‘paixão’. De alguma forma a paixão se tornou tão refinada que ela não é mais como uma paixão. Ela se tornou compaixão.

No sexo, você usa o outro, você reduz o outro a um meio, você reduz o outro a uma coisa. É por isso que numa relação sexual você se sente culpado. Essa culpa nada tem a ver com ensinamentos religiosos, essa culpa é mais profunda que os ensinamentos religiosos. Numa relação sexual, enquanto tal, você se sente culpado. Você se sente culpado porque você está reduzindo um ser humano a uma coisa, a uma mercadoria para ser usada e jogada fora.

É por isso que no sexo você também tem uma sensação de escravidão, você também está sendo reduzido a uma coisa. E quando você é uma coisa, a sua liberdade desaparece, porque a sua liberdade somente existe quando você é uma pessoa. Quanto mais você for uma pessoa, mais livre será; quanto mais você for uma coisa, menos livre será.

Os móveis de seu quarto não são livres. Se você deixar o quarto fechado e voltar muitos anos depois, os móveis estarão nos mesmos lugares, com a mesma disposição, eles não se arrumarão numa nova disposição. Eles não têm liberdade. Mas se você deixar um homem num quarto, você não irá encontrá-lo do mesmo jeito, nem mesmo no dia seguinte, nem mesmo no momento seguinte. (…)

Para uma coisa, o futuro está fechado. Uma pedra permanecerá uma pedra. Ela não tem qualquer potencial para o crescimento. Ela não pode mudar, ela não pode evoluir. O homem nunca permanece o mesmo. Ele pode retornar, ele pode ir adiante, ele pode ir para o inferno ou para o céu, mas nunca permanece o mesmo. Ele segue se movendo, deste ou daquele jeito.

Quando você tem uma relação sexual com alguém, você reduz aquela pessoa a uma coisa. E ao reduzi-la, você também se reduz a uma coisa, porque isso é um acordo mútuo do tipo: ‘Eu lhe permito reduzir-me a uma coisa e você me permite reduzi-lo a uma coisa. Eu lhe permito usar-me e você me permite usá-lo. Nós usamos um ao outro. Nós ambos nos tornamos coisas’.

É por isso… Observe dois amantes: enquanto eles ainda não se acomodaram, o romance ainda está vivo, a lua de mel não termina e você vê as duas pessoas vibrando com a vida, prontas para explodir-se, prontas para explodir-se no desconhecido. E depois, observe um casal de marido e mulher, e você verá duas coisas mortas, dois cemitérios, lado a lado, ajudando um ao outro a se manter morto, forçando um ao outro a se manter morto. Esse é o conflito constante no casamento. Ninguém quer ser reduzido a uma coisa.

O sexo é a forma mais baixa daquela energia ‘X’. Se você é religioso chame isso de ‘Deus”; se você é um cientista, chame isso de ‘X’. Essa energia, X, pode se tornar amor. Quando ela se torna amor, então você começa a respeitar a outra pessoa. Sim, algumas vezes você usa a outra pessoa, mas você se sente agradecido por isso. Você nunca diz muito obrigado a uma coisa. Quando você está amando uma mulher e você faz amor com ela, você lhe diz: muito obrigado. Quando você faz amor com sua esposa, alguma vez você lhe disse muito obrigado? Não, você não dá valor algum. A sua esposa já lhe disse alguma vez obrigado? Talvez, muitos anos atrás, você consegue se lembrar de um tempo quando vocês ainda estavam indecisos, quando estavam experimentado, fazendo a corte, seduzindo um ao outro, talvez. Mas uma vez que vocês se acomodaram, ela disse alguma vez muito obrigado a você por alguma coisa? Você tem estado fazendo tantas coisas por ela, ela tem estado fazendo tantas coisas por você, vocês ambos têm vivido um para o outro… mas a gratidão desapareceu.

No amor existe gratidão, existe uma profunda gratidão. Você sabe que a outra pessoa não é uma coisa. Você sabe que o outro tem uma grandeza, uma personalidade, uma alma, uma individualidade. No amor você dá liberdade total ao outro. Na verdade você dá e você recebe, é uma relação de dar e receber, mas com respeito.

No sexo há uma relação de dar e receber, mas sem respeito. Na compaixão, você simplesmente dá. Não há qualquer idéia, em lugar algum em sua mente, de receber algo em troca. Você simplesmente compartilha. Não que nada retorne. Mil desdobramentos retornam, mas espontaneamente, simplesmente como uma conseqüência natural. Não há qualquer espera por isto.

No amor, se você dá alguma coisa, no fundo você fica esperando aquilo que deve vir em troca. Se aquilo não vem, você percebe uma reclamação interna. Você pode não dizer, mas de mil e uma maneiras você pode insinuar que você não está satisfeito, que você está se sentindo traído. O amor parece ser uma barganha sutil.

Na compaixão, você simplesmente dá. No amor, você está agradecido porque o outro deu alguma coisa a você. Na compaixão você está agradecido porque o outro recebeu alguma coisa de você, porque o outro não rejeitou você. Você veio com energia para dar, você veio com muitas flores para compartilhar e o outro lhe permitiu, o outro estava receptivo. Você está agradecido porque o outro estava receptivo.

A compaixão é a mais elevada forma de amor. Muita coisa vem em troca, mil desdobramentos eu digo, mas esse não é o ponto, você não fica esperando por isto. Se não vier, não há qualquer reclamação. Se vier, você simplesmente fica surpreso. Se vier, isso será inacreditável. Se não vier, não há qualquer problema, você nunca dá o seu coração a alguém por qualquer barganha. Você simplesmente distribui porque você tem. Você tem tanto que se você não distribuir, você se sentirá sobrecarregado. É exatamente como uma nuvem carregada que tem que chover. E da próxima vez quando uma nuvem estiver chovendo observe atentamente e você sempre ouvirá; quando a nuvem estiver chovendo e a terra tiver absorvido, você sempre ouvirá a nuvem dizendo à terra ‘muito obrigado’. A terra ajuda a nuvem a se descarregar.

Quando uma flor desabrocha, ela tem que compartilhar a sua fragrância ao vento. Isso é natural. Não é uma barganha, não é um negócio. Isso é simplesmente natural. A flor está repleta de fragrância. O que fazer? Se a flor mantiver a fragrância para si mesma, ela irá se sentir muito, muito tensa, em angústia profunda. A maior angústia na vida é quando você não pode expressar, quando você não pode comunicar, quando você não pode compartilhar. O homem mais pobre é aquele que nada tem a compartilhar, ou aquele que tem algo a compartilhar mas que perdeu a capacidade, a arte, a maneira de como compartilhar, aí o homem é pobre.

O homem sexual é muito pobre. Em comparação, o homem amoroso é mais rico. O homem de compaixão é o homem mais rico, ele está no topo do mundo. Ele não tem qualquer confinamento, qualquer limitação. Ele simplesmente dá e segue o seu caminho. Ele nem mesmo espera você lhe dizer um muito obrigado. Com tremendo amor ele compartilha a sua energia.

É isso que eu chamo terapêutico. (…)

Para ser compassivo é preciso que se tenha, em primeiro lugar, compaixão por si mesmo. Se você não amar a si mesmo, você nunca será capaz de amar um outro alguém. Se você não for amável consigo mesmo, você não conseguirá ser amável com ninguém mais. Os seus chamados santos, que são muito duros consigo mesmos, estão simplesmente fingindo que são amáveis com os outros. Isso não é possível. Psicologicamente isso é impossível. Se você não puder ser amável consigo mesmo, como você poderá ser amável com os outros?

Qualquer coisa que você for consigo mesmo, você será com os outros. Deixe que isso seja um ditado básico. Se você se detesta, você irá detestar os outros. E foi-lhe ensinado detestar a si mesmo. Ninguém jamais disse a você ‘ame a si mesmo’. Essa própria idéia parece absurda: amar a si mesmo? A própria idéia não faz sentido: amar a si mesmo? Nós sempre pensamos que, para amar, nós precisamos de uma outra pessoa. Mas se você não aprender consigo mesmo, você não será capaz de praticar com os outros.

Foi-lhe dito constantemente, você foi condicionado, que você não tem qualquer valor. De todas as direções lhe foi mostrado, lhe foi dito que você é sem valor, que você não é o que deveria ser, que você não é aceito como você é. Existem muitos ‘deves’ pendurados sobre a sua cabeça e todos esses ‘deves’ são quase impossíveis de serem satisfeitos. E quando você não consegue satisfazê-los, quando você tem um pequeno tropeço, você se sente condenado. Uma profunda raiva surge em você em relação a si mesmo.

Como você pode amar os outros? Tão cheio de ódio, onde você irá encontrar amor? Assim, você simplesmente finge, você simplesmente demonstra que está amoroso. No fundo você não está amoroso com ninguém, você não pode estar. Esses fingimentos são bons por uns poucos dias, depois o colorido desaparece, então a realidade se revela por si mesma.

Todo caso amoroso está em cima de pedras. Mais cedo ou mais tarde, todo caso amoroso se torna muito envenenado. E como ele se torna tão envenenado? Ambos fingem que estão amando, ambos seguem dizendo que amam. O pai diz que ama a criança, a criança diz que ama o pai, a mãe diz que ama a filha e a filha segue dizendo a mesma coisa. Irmãos dizem que amam um ao outro. Todo o mundo conversa a respeito de amor, canta canções de amor, e você poderia encontrar outro local tão destituído de amor? Nem uma pitada de amor existe, e montanhas de falatórios, um Himalaia de poesias a respeito do amor.

Parece que todas essas poesias são apenas compensações. Porque nós não conseguimos amar, nós temos que acreditar de alguma maneira, através da poesia, da canção, que nós amamos. Aquilo que nos falta na vida, nós colocamos na poesia. O que nós vamos perdendo na vida, nós colocamos no filme, na novela. O amor está absolutamente ausente porque o primeiro passo ainda não foi dado.

O primeiro passo é: aceite-se como você é. Abandone todos os ‘deves’. Não carregue qualquer ‘deve’ em seu coração. Não é para você ser algo diferente do que é. Não é de se esperar que você faça algo que não pertença a você. Você existe para ser exatamente você mesmo. Relaxe e seja simplesmente você mesmo. Seja respeitoso para com sua individualidade e tenha a coragem de assinar a sua própria assinatura. Não siga copiando as assinaturas de outros.

Não é de se esperar que você se torne um Jesus ou um Buda ou um Ramakrishna. O que se espera é que você se torne simplesmente você mesmo. Foi bom que Ramakrishna nunca tentou se tornar alguma outra pessoa, assim ele se tornou Ramakrishna. Foi bom que Jesus nunca tentou tornar-se Abraão ou Moisés, assim ele se tornou Jesus. E é bom que Buda nunca tenha tentado tornar-se Patanjali ou Krishna. Foi por isso que ele se tornou Buda.

Quando você não está tentando se tornar um outro alguém, então você simplesmente relaxa e uma graça surge. Então você está cheio de grandeza, esplendor e harmonia, porque aí não existe qualquer conflito. Nenhum lugar para ir, nada pelo qual brigar, nada para forçar nem para obrigar-se violentamente. Você se torna inocente.

Em tal inocência, você sentirá compaixão e amor por si mesmo. Você se sentirá tão feliz consigo mesmo que ainda que Deus venha bater em sua porta e diga: ‘Você gostaria de se tornar uma outra pessoa?’, você dirá: ‘Você ficou louco? Eu sou perfeito! Obrigado, e nunca mais tente fazer isso, eu sou perfeito como sou.’ (…)

As rosas desabrocham tão lindamente porque elas não estão tentando se tornar lótus. E a flor de lótus desabrocha tão lindamente porque ela nunca ouviu as lendas a respeito das outras flores. Tudo na natureza segue tão belamente em harmonia porque ninguém está tentando competir com algum outro, ninguém está tentando se tornar algum outro. Tudo é do jeito que é.

Simplesmente veja o ponto! Seja apenas você mesmo e lembre-se de que você não pode ser alguma outra coisa, faça o que você fizer. Todo esforço é fútil. Você tem que ser simplesmente você mesmo.

Existem dois caminhos: um é: rejeitando, você pode permanecer o mesmo; condenando, você pode permanecer o mesmo. Ou, aceitando, entregando-se, curtindo, deliciando-se, você pode permanecer o mesmo. A sua atitude pode ser diferente, mas você vai continuar do jeito que você é, a pessoa que você é. Uma vez que você aceite, a compaixão surge. E então, você começa a aceitar os outros. (…)

Mova-se lentamente, alerta, observando, estando amoroso. Se você for sexual, eu não digo para abandonar o sexo; eu digo faça-o mais alerta, faça-o como uma prece, faça-o mais profundo, assim ele pode tornar-se amor. Se você está amando, então faça isso com mais gratidão, traga uma gratidão, uma alegria, uma celebração e uma prece mais profunda ao amor, traga meditação para ele, assim ele pode se tornar compaixão.

A não ser que a compaixão tenha acontecido para você, não pense que você viveu corretamente, ou que você viveu de alguma maneira. Compaixão é o florescimento. E quando a compaixão acontece para uma pessoa, milhões são curadas. Qualquer um que chegue ao seu redor será curado. A compaixão é terapêutica.

Osho; A Sudden Clash of Thunder – discourse nº 8
tradução: Sw.Bodhi Champak

#espiritualismo #Osho

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/s%C3%B3-a-compaix%C3%A3o-%C3%A9-terap%C3%AAutica

Ordem DeMolay e a Rio+20

O primeiro dos grandes eventos que ocorrerão no Brasil nos próximos anos está acontecendo neste momento: a Rio+20, que celebra o aniversário de 20 anos da ECO-92 e pede a atenção dos governantes e líderes mundiais em relação ao que foi feito e aprendido nos últimos 20 anos, ao que ficou apenas no papel ou teve avanço tímido e, mais importante, ao que a humanidade pretende fazer nas próximas décadas para seguir o caminho da sustentabilidade.

A Ordem DeMolay, com seu propósito de incutir nos jovens rapazes de 12 a 21 anos elevados ideais e grande senso cívico, não pode ignorar o contexto das reuniões entre estudantes, diplomatas, empresários e políticos nem deixar de discutir sobre o papel dos líderes para o advento do desejado verdadeiro progresso harmônico.

Espetáculo x realidade

Enquanto a maior parte das pessoas acompanha os dias da Rio+20 pelos noticiários na televisão e na internet, por estudar no Rio de Janeiro tenho o privilégio de testemunhar várias das discussões em primeira mão e até de participar de uma ou outra. Gente de todo o Brasil e de todo o mundo apresentando nos pavilhões e passeando entre os estandes, as mesas redondas e os salões; espaço para quem propõe ciclovias em toda a cidade e para os projetistas de Belo Monte se defenderem utilizando números; português, francês, inglês e espanhol sendo empregados francamente para que ideias sejam trocadas.

No entanto, duas tendências negativas tornam-se muito nítidas à medida que os dias passam. A primeira delas é que muita gente está mais interessada em aparentar estar preocupada do que realmente se preocupar com o tema do evento. Diversos discursos genéricos, com palavras vagas e sem qualquer indicação de plano de execução, podem ser escutados tanto na Cúpula dos Povos quanto no Riocentro.

Engana-se, porém, quem acha que essa retórica vazia é exclusividade dos políticos. Participantes com afiliação a ONGs competem duramente pelo prêmio de “mais palavras sem nada a dizer”. Todo mundo concorda que é preciso trabalhar e agir logo pela sustentabilidade do planeta, mas existe uma parcela que só quer incluir no currículo que esteve presente na Rio+20 e “debateu muito sobre o assunto, em busca de uma solução de amplo alcance e de longo prazo”.

Felizmente, essa parcela não é a maioria – mas não se anime rápido demais. É que a grande maioria dos que restam caem na segunda tendência negativa: não sabem o que é a tal sustentabilidade.

Desenvolvimento sustentável

Basta uma volta no Aterro do Flamengo, onde está a Cúpula dos Povos, ou participação em dois ou três debates com especialistas para notar que a percepção de sustentabilidade como preservação da fauna e da flora do mundo é quase unânime, com a presença de vários projetos de defesa de espécies ameaçadas e de redução do desflorestamento.

Contudo, este é um conceito pobre e verdadeiramente ultrapassado do que se trata sustentabilidade. Há 20 anos, na ECO-92, era mais do que natural que diversos participantes tivessem essa mentalidade; o ambientalismo estava ganhando força e a preocupação com a camada de ozônio e o efeito estufa começava a dominar as discussões climáticas, ao mesmo tempo em que o mundo parecia tomar consciência, enfim, de que a Amazônia e as demais florestas não eram mágicas e, portanto, não tinham capacidades de regeneração fantásticas que compensariam o trabalho de madereiras e agropecuaristas.

Nestas duas décadas, o mundo aprendeu que precisamos de energia para nossas cidades e de meios de nos comunicar e de viajar e que o retorno para uma época de assentamentos primitivos não é nada além de irreal. O objetivo passou a ser garantir o desenvolvimento sustentável, progresso em direção a políticas públicas amigáveis ao meio ambiente – que deixou de ser visto apenas como a fauna e a flora, mas englobou o artificial e o virtual.

O progresso, portanto, não deixou de ser medido em ganhos à economia, mas passou a incluir outros indicadores, como impacto no meio ambiente e efeito sobre o bem estar e a felicidade da comunidade. As mudanças a serem implementadas no planeta devem permitir crescimento econômico aliado à melhoria na qualidade de vida.

Excessos

Em uma discussão entre múltiplas partes, o objetivo sempre deve ser o consenso, jamais tentar dobrar o mundo todo à sua vontade. Argumentos contundentes, números e fatos de apoio, abordagem sincera e amigável – tudo isso é essencial para que a negociação não se transforme em uma severa batalha.

“Pecar pelo excesso” não é uma expressão à toa. O PIB não é o único número que importa, mas tampouco é o número de mudas de pau-brasil plantadas no ano passado. Diversos antepassados nos ensinaram que o caminho do meio é o mais seguro e que o equilíbrio interno é a fonte primordial para gerar o equilíbrio externo. Pessoas que discutem com o intuito de converter e dominar os interlocutores jamais serão eficientes em influenciar positivamente os rumos da humanidade.

Liderança e juventude esclarecida

É justamente nesse ponto que a Ordem DeMolay encontra seu papel. Em meio a um debate sobre a necessidade do desenvolvimento da infraestrutura de transportes tanto para reduzir o tempo de comutação dos habitantes da cidade como para melhorar a distribuição da população das metrópoles, um dos participantes ressaltou que não temos exatamente falta de ideias, mas falta de líderes que se mostrem confiáveis e convincentes, com um plano muito claro e a capacidade de agregar colaboradores empolgados com metas factíveis e ideais inspiradores.

Os jovens líderes DeMolays podem cumprir esse papel com grande sucesso, apoiados pelas Sete Virtudes Cardeais e pela defesa das Liberdades civil, religiosa e intelectual. Essa liderança apenas se concretizará com o cumprimento de dois requisitos: o primeiro é que os DeMolays sejam esclarecidos, conheçam o assunto e entendam em detalhes o alcance de cada medida e como a transição entre um mundo capitalista para um mundo sustentável deve ser realizada. O segundo é se apresentar para a tarefa – na comunidade, nas empresas, nas escolas, nas faculdades, nas igrejas e nos partidos políticos, entre os militares, os médicos e os comerciantes.

Ser líder pela causa do bem em todo o campo em que participa e utilizar da melhor maneira os recursos que tem à sua disposição é o que se espera de um DeMolay.

Hugo Lima é Sênior DeMolay do Capítulo Imperial de Petrópolis, nº 470.

Virtude Cardeal é uma coluna com o propósito de desenvolver a reflexão sobre características fundamentais de todo DeMolay, bem como apresentar a Ordem aos olhos dos forasteiros.

#Demolay #VirtudeCardeal

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ordem-demolay-e-a-rio-20

Linhas de Ley 1 ½ – respondendo dúvidas

Na medida do possível, eu vou procurar, se acumularem muitas dúvidas, organizar uma coluna intermediária para tentar sanar as questões mais pertinentes antes de continuarmos. Estou retomando a partir do post das pirâmides, as dúvidas que ficaram de lá, ok?

Elvis, Bananeira – Eu coloquei “próximos” porque a terra não é uma esfera, mas achatada nos pólos, e descobrimos isso porque pelo mapa no papel os pontos ficam perfeitamente alinhados, mas um colega conspiratório fez um programa pra jogar estas linhas no Google Earth e acabou que elas precisam ser “esticadas” um pouco na proporção para ajustar ao achatamento da Terra. Mas estas (as linhas base) são as realmente poderosas. O restante é, como alguém mencionou, um fractal, de intensidade BEM menor. Imagina por analogia que são como “veias” em um ser humano… você tem as principais artérias, mas tem também os capilares. Putz… não queria fazer outro post só sobre Linhas de Ley… vou tentar acrescentar esses conceitos do feng shui na próxima coluna, ok?

Julien, Nascimento, Tarcizo Ferreira, André, Psycoberto, Dimmm, Lázaro, João, Jean Carlos, Fernando Fenero, eu não vou começar um blog porque eu já tenho um blog… chama-se “Sedentário e Hiperativo”. Aqui eu escrevo os textos, junto as imagens e dou pro eightbits se virar de postar… se eu tivesse de fazer esta parte técnica, o blog não iria durar uma semana porque eu não tenho paciência e nem tempo para diagramar um blog. Se alguém quiser copiar os textos e imagens pra qualquer blog ou orkut ou fórum, fique à vontade, o importante é difundir a informação.

Carlos Magno, ah sim… Grande Apolônio de Tyana!!! falarei mais sobre ele mais para frente, com os outros alquimistas.

Tarcio Zemel – Um próximo do pólo norte e o outro no Cabo da Boa Esperança (ex- Cabo das Tormentas).

CaYo – 33.

Bananeira – sim, há, em menor ou maior intensidade… a maioria é sutil demais para influenciar, mas existem lugares onde determinado tipo de energia se acumula, e isso pode ser equilibrado com elementos opostos ou complementares. É o princípio do feng shui tradicional.

Sherer – pedras de Ica… procura um livro do JJ Benitez chamado “Meus enigmas favoritos”. Vamos falar sobre elas também, afinal, são a prova viva que os Flintstones realmente existiram (e não estou brincando – homens e dinossauros já conviveram juntos no planeta, esta biblioteca de 11.000 pedras esculpidas mostram isto). Procurem “Javier Cabrera darquea” ou “pedras de ica” no google e divirtam-se.

Arumik, normalmente ministro palestras sobre astrologia hermética, ritualística dentro da maçonaria, templarismo, mitologia básica, simbolismo na mitologia grega, esoterismo em templos antigos (gregos, egípcios), história da arte, história das cruzadas, história da maçonaria, rosacrucianismo, martinismo, história da Igreja Católica, Vida mística de Jesus, Linhas de Ley, ritualística dentro do rosacrucianismo, golden dawn, ocultismo no século XIX, tarot, oráculos, sociedades secretas, origens do nazismo, entre outras. Depende do convite que fizerem.

A maioria é fechada para o público “profano” (não se ofendam com isso, é apenas um termo técnico para designar quem não é iniciado) mas geralmente quando tem algum evento de RPG ou Anime o pessoal pede também palestras sobre alguma coisa diferente. De qualquer forma, eu aviso aqui no Sedentário.

Thaty, Rose, Kojak – vai ter um post só sobre estas pirâmides na Amazônia… tudo a seu tempo… e quanto a deixar vocês curiosos, faz parte da brincadeira para ver se vocês tomam a iniciativa de fuçar no google pra ver se descobrem algo sozinhos também. Para aguçar a curiosidade, comecem pelos círculos de pedra amazonenses.

Marcelo – eu não escrevo só RPGs (risos)… suponha que você seja um Mestre Iluminatti daqueles bem poderosos e ricos. E você queira construir sua casa de praia ou mansão cheia de simbolismos e ritualística de acordo com o seu grau, com detalhes de decoração de arquitetura sagrada, ou simbolismo egípcio, grego, celta… ou colocar um pentagrama disfarçado no seu jardim de inverno… que tipo de arquiteto você contrataria? Quantas pessoas capacitadas para atender a este tipo de demanda você acha que existem no Brasil?

Isto é só uma suposição, ok? Todo mundo sabe que os Iluminatti não existem…

Otávio, Bolívar, Victorius, Arthur, Único – esta coluna vai trabalhar justamente com o que as otoridades não reconhecem como ciência, porque lhes falta visão ou simplesmente porque não tem interesse em apoiar. Quer um exemplo? Tenho um amigo pessoal que trabalhou no Egito e lá a coisa funciona da seguinte maneira: o governo egípcio controla TODAS as escavações e fornece autorizações para você escavar e catalogar os achados, e vigia o seu trabalho com “equipes de supervisão”. Qualquer objeto ou descoberta eu você faça que contradiga minimamente o status quo das otoridades resulta na suspensão da sua autorização com uma desculpa esfarrapada e substituição da sua equipe por outra do governo, que “toma as providências necessárias”. E se você decidir brigar, sua carreira como arqueólogo/pesquisador acaba ali mesmo. É este tipo de coisa que me inspirou para escrever esta coluna. Saco cheio de “cientistas” que não tem capacidade nem para estudar e aceitar o fenômeno do mundo espiritual, por exemplo, que já é dominado pelas ordens ocultistas há séculos.

Mesmo os 40 anos de trabalho laboratorial nos melhores padrões técnicos do prof. Waldo Vieira são boicotados pelas otoridades que mantém seus narizes enfiados na areia recitando a sua “bíblia científica” sagrada e morrendo de medo que o seu mundinho ateu/agnóstico caia sobre suas cabeças se passarem a aceitar o mundo extrafísico como realidade.

Thibas – fantástica a entrevista com o Amit Goswami. Recomendo a todos que leiam.

Feliz, Clevanei, Neiz Lune, Pedrof, Vimerson, Fellipe – sim, é claro que falarei sobre a maçonaria e ordem demolay. Mas para entender como ela surgiu e sua importância, preciso começar pelo Egito e caminhar através dos tempos… ainda teremos pitagóricos, PHI, kabbalah, chakras, essênios, ordens hindus e orientais, tantra, Jesus Cristo e sua esposa e filhos, cátaros, criação da Igreja Católica, perseguição aos hereges, Santo Graal e rei arthur, bruxas e wiccans, satanismo e demonização das religiões, templários, catedrais européias, cruzadas, Jacques demolay, Leonardo Davinci e o Priorado do Sião, Rosacruzes e alquimistas, Guildas de construtores, rito escocês, Rosslin e o grande incêndio de 1666 em Londres antes de chegar as origens da Maçonaria, em 1717. Ainda vai demorar um pouco, mas vale a pena esperar.

Pikib – por falar em coisas harmônicas (e desarmônicas) com a natureza, você sabia que existe uma massa de resíduos plásticos flutuando no Oceano Pacífico com duas vezes o tamanho do Texas? A situação de nossos oceanos é muito pior do que as “otoridades” dizem nos noticiários… A destruição que os “sábios” do nosso tempo estão causando já é muito maior do que eles querem que vocês imaginem. Leia esta matéria AQUI e tenta não embrulhar o estômago com a foto da tartaruga.

Camila e Sérgio – eu tento manter os textos curtos e escritos de uma forma simples, como uma “conclusão”. Os posts PARECEM incompletos porque, na verdade, estou colocando apenas as bases para explicar a origem de algumas coisas importantes mais para a frente e explicar o que representam e preciso que vocês saibam de onde vieram estas referências. Citando o exemplo que você colocou (e eu vou estragar uma surpresa, ok?), o ato de imergir o corpo do candidato dentro de um rio ou banheira com água em uma iniciação (“Baptizem” em grego) representa simbolicamente que, apesar das águas terem coberto toda a civilização antiga e destruído tudo, sempre haverá alguém – o iniciado – para guardar e proteger estes segredos. Além disto, está ligado intimamente aos ritos de morte e renascimento (as doutrinas da reencarnação) de Osíris, o deus sol e outras funções ritualísticas e mágicas que envolvem o astral (a água é um grande condutor de energias astrais, mas que não vem ao caso agora)… mas a importância de se citar este ato simbólico de iniciação egípcia será necessário, por exemplo, quando estivermos demonstrando que Jesus, o Cristo, pertencia à Ordem dos Essênios e, como tal, era guardião das tradições egípcias e um mago iniciado, além de Rabino. E que sua iniciação com o Baptizem foi feita por João Batista (São João, padroeiro adivinhem de que ordem secreta?) seguindo a ritualística dos cultos egípcios (e que mais tarde seriam macaqueados pela igreja católica em sua colcha de retalhos religiosa).

Na medida do possível, vou passar links e livros para vocês consultarem também.

Felipedecoy – Não, nenhuma relação.

Leandro – sim, existem. Exatamente da maneira como você descreveu, com cristais ou agulhas. Os pontos principais de energia que passam por nosso corpo chama-se Chakras estas “rodas” energéticas que podem ser estimuladas com exercícios de respiração e meditação ou cristais para equilibrar as energias e também para desenvolver habilidades “sobrenaturais” (vai no youtube e digita meu nome, depois me conta o que você achou).

Vimerson – as três linhas que você citou já são sérias (Giovani Maciocia, Ysao Yamamura [auricular especialmente!], Auteroche), quem as deturpa são os ocidentais picaretas que fazem cursos de final de semana e se autointitulam “médicos” e saem por ai atendendo. Como você sabe, demora pelo menos 6 meses para se ter um domínio suficiente para começar a se aventurar como acupunturista. Pergunta quem é que respeita isso? Mas acupuntura nem é o maior estupro. Acho que os cursos de final de semana de Reiki – módulo I a IV são os piores… Já vi casos que um fulano fez o curso em uma semana e, um mês depois, estava ministrando cursos… é esse tipo de absurdo que me refiro.

Peço desculpas ao pessoal que não lê inglês, mas não existe quase nada a respeito destes temas em português, infelizmente. A maioria destes livros podem ser encontrados na Amazon.

– Study in Pyramidology , 263p., 1986 by E. Raymond Capt, ISBN 0-934666-21-0

– Back in time to the great pyramids – Sócrates G Taseo, (ISBN ISBN 0-9626053-0-1)

– The Orion Mystery: Unlocking the Secrets of the Pyramids , 325 p., 1994 by Robert Bauval and Adrian Gilbert, Crown Publishers, ISBN 0-684-16171-0

– Symbolic Prophecy of the Great Pyramid , H. Spencer Lewis (acho que este tem em Português, pela AMORC)

– The Giza Power Plant , de Christopher Dunn

– The Complete Pyramid , by Mark Lehner (este tem mais de 600 ilustrações).

– The Great Pyramid Speaks : An Adventure in Mathematical Archaeology , by Joseph B. Gill

– Propehcies of Melchi-Zedek in the Great Pyramid and the Seven Temples , by Brown Landone

– Pyramid Prophecies , 368p., 1988 by Max Toth, Destiny Books, VT, ISBN 0-89281-203-6

– The Rape of the Nile , 399p., 1975 by Brian M. Fagan, ISBN 0-684-15058-1

– Qualquer livro do Graham Hancock

http://www.leyman.demon.co.uk/Book,_Safe_As_Houses.html – sobre influências eletromagnéticas no ser humano

– Ley Lines and Earth Energies – por David Cowan

– Ley Lines, a compreensive guide to alighnments, de D.P.Sullivan

– The old straight path – Alfred Watkins

– The Atlantis Mystery – Eleanor Van Zandt

– Gravitational Mystery spots – Doug Vougt (contém relatórios de trocentas experiências com linhas de Ley)

– The world Grid – David Hatcher

– Earth Star Globe – Bethe Hagens (este tem até um globo para montar incluído)

Mapas de Piri Reis

http://serqueira.com.br/mapas/pirireis.htm

Marcelo Del Debbio

#Astrologia #LinhasdeLey #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/linhas-de-ley-1

A Astrologia retornando às Universidades

Por Julio Wizlak.

A história começou com uma ligação telefônica. De Portugal para o Brasil. A portuguesa Teresa Filipa da Costa Sá convidou o astrólogo brasiliense Francisco Seabra para uma palestra na cidade do Porto. Antes de tomar qualquer decisão, Seabra pediu a data, a hora e o local de nascimento de Teresa. Indiscrição e indelicadeza? Não. Seabra queria fazer o mapa astral de sua interlocutora. Vinte e quatro horas depois, outra ligação, dessa vez de Brasília para Porto. Teresa foi pedida em casamento e, quatro meses depois, desembarcava no Brasil. “Impossível não me casar com ela. Os astros mostraram, ela é a minha verdadeira cara-metade”, diz ele. Pode parecer loucura, mas o fato é que atualmente a própria ciência, antes tão refratária a coisas desse tipo, se debruça sobre histórias como essa para explicar a natureza da atração exercida pelos astros. Abre-se assim uma nova vertente da astrologia. E abre-se, também, uma nova polêmica tanto no meio acadêmico quanto nos consultórios astrológicos de sensitivos tradicionais. Grande parte dos profissionais desse ramo acha que entender o movimento dos astros e o impacto deles na vida das pessoas é uma combinação de sensibilidade e arte, jamais uma ciência.

Na Universidade de Brasília (UnB), considerada uma das cinco-estrelas no meio intelectual do País, já existe um curso dedicado ao estudo da astrologia com o objetivo de provar a existência e a dinâmica dos fenômenos astrológicos. “Embora não se conheça o tipo de energia que atua nesse campo, dá para formular uma equação matemática descrevendo as ocorrências astrológicas”, diz Álvaro Luiz Tronconi, professor do Instituto de Física da UnB. Em menos de dois anos de estudo, duas pesquisas desse Núcleo de Astrologia deram conta de validar cientificamente as previsões astrológicas.

Coordenadas pelo engenheiro Paulo Celso dos Reis Gomes, do Instituto de Tecnologia, elas tentaram identificar, entre dois grupos de voluntários, quais estavam às vésperas de se casar e quais estavam angustiados com o exame vestibular. Evidentemente os astrólogos não sabiam quem era quem. Só tinham em mãos os dados necessários à elaboração do mapa astral de cada um dos 200 inscritos. Para dificultar o trabalho, foram incluídas pessoas com curso superior completo no grupo dos vestibulandos e foi incluída gente que nem sequer tinha namorado no time de noivos. O resultado foi surpreendente: 95% de acerto de quem estava mesmo nessa ou naquela situação.

Esses números impressionam, mas não convencem os cientistas em geral. Há quem insista no ponto que a astrologia só poderia ser considerada uma ciência com a descoberta dos princípios que regem a troca de “energia” entre homem, planetas e demais astros do Sistema Solar. “Se é que, ao menos, existe esse princípio de troca de energia”, diz o astrônomo Amauri de Almeida, da Universidade de São Paulo. Os estudiosos do espaço sabem, por exemplo, que a força gravitacional da Lua sobre a Terra interfere na altura das marés. Mas que força lunar influenciaria na forma como uma pessoa administra seus negócios ou no modo como organiza sua vida profissional? “A única troca de energia que a astronomia consegue identificar entre um corpo celeste e os humanos é a energia da radiação solar”, diz Ronaldo Rogério Mourão, um dos astrônomos mais conceituados do País. De fato, pegar um bronzeado é prova irrefutável dessa influência, mas não é disso que falam os astrólogos.

Para eles, a influência dos astros nas pessoas aconteceria em níveis intra-atômicos, um campo da ciência estudado pela física quântica – outra novidade que ganha corpo e irrita os astrólogos ortodoxos. Algumas teorias dessa área sugerem que a transmissão de energia entre os corpos do Universo não se dá por vias tradicionais, mas, isso sim, por um sistema de coordenadas. Seria como se um satélite GPS recebesse um sinal emitido por um corpo na Terra e o retransmitisse para outra parte do espaço.

O astrofísico inglês Percy Seymour acredita que algo parecido aconteça com corpos celestes. Segundo sua teoria, que municia os astrólogos científicos, os astros funcionariam como as emissoras de tevê. Sol, Lua, planetas, asteróides e estrelas emitiriam sinais magnéticos captados pelo sistema nervoso do homem. Cientistas convencionais atiram pedras nessa tese. Mas um experimento recente realizado por físicos do Laboratório de Ciência da IBM, a gigante americana da informática, provou que dois elétrons podem trocar energia livremente se resfriados dentro de um mesmo campo magnético. Seymour defende a teoria de que a energia entre os corpos no espaço se comporta de forma semelhante. Cada ser humano captaria com suas “antenas” pré-ajustadas pela genética os “programas” que lhe dizem respeito.

“Estamos avançando nesse campo de pesquisa”, diz Seabra, um dos idealizadores do núcleo de Astrologia da UnB, que deixara de ser ensinada nos centros universitários desde a morte do francês Jean Baptiste Morin de Villefranche. Autor do livro Astrologia gálica, Villefranche postulou as 25 regras que regem o trabalho da astrologia científica e seus modelos de cálculos são tão sofisticados que permitem fazer previsões de datas. Vale lembrar: Villefranche faleceu no dia 6 de novembro de 1656, às duas horas da madrugada, rigorosamente como ele próprio havia previsto dois anos antes.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-astrologia-retornando-%C3%A0s-universidades

Conselhos para as Práticas Mágicas

Não devemos esquecer nunca que o corpo, a alma e o espírito devem ser instruídos simultaneamente, senão não seria possível obtermos a mantermos o equilíbrio mágico. Eu já citei várias vezes os perigos de uma instrução unilateral. Não é aconselhável apressar-se, tudo tem o seu tempo. Paciência, perseverança a determinação são condições básicas para o desenvolvimento. O esforço empregado na própria evolução será mais tarde amplamente recompensado. Quem quiser trilhar os caminhos da magia, deve assumir o dever sagrado de exercitar-se regularmente.

Devemos ser generosos, amistosos a condescendentes com o próximo, mas severos a duros com nós mesmos. Só com esse comportamento é que poderemos ter sucesso na magia. Nunca se deve julgar ou criticar os outros sem antes olhar para si mesmo. Não se deve conceder a ninguém o acesso ao próprio reino; o mago não deve falar sobre a sua caminhada, sua escalada e seu sucesso. O maior poder reside no silêncio, a quanto mais esse mandamento for obedecido, tanto mais acessíveis a facilitados serão os caminhos a essas forças. Devemos organizar-nos de tal maneira a empregar o máximo tempo possível nessa escalada.

Não é necessário permanecer horas tomando cerveja na companhia de pessoas que não têm nada a dizer. O tempo escorre feito água a não volta nunca. Devemos definir um determinado período de tempo para tudo isso, mas este deverá ser mantido de qualquer maneira; as exceções só deverão ser aceitas em casos totalmente inevitáveis. O homem é uma espécie muito apegada aos seus hábitos, a quando se acostuma a um certo horário de exercícios, automaticamente será impelido a cumpri-lo sempre. Assim como se estabelece nele a necessidade de comer, beber a dormir, também os exercícios acabarão por tornar-se um hábito. Só assim ele poderá ter a certeza de ser bem sucedido. Sem esforço não há recompensa. Ao agrupar as instruções dessa maneira, minha intenção foi considerar as pessoas que estão sempre muito ocupadas, mas quem tiver uma disponibilidade maior de tempo poderá executar dois ou mais exercícios simultaneamente.

Do livro Magia Prática, escrito por Franz Bardon

#Exercícios #hermetismo #oalvorecer

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Pirâmides parte III – A Câmara dos Reis

Olá crianças,

Apenas respondendo a alguns dos comentários, eu gostaria de dizer que, na verdade, eu sou mais cético do que a imensa maioria dos que se dizem “céticos” que escrevem comentando. A minha formação é a seguinte: fiz engenharia de produção na USP, depois arquitetura, também na USP, com especializações em semiótica (o estudo de símbolos, signos, mensagens subliminares, cores, etc. e como elas afetam as pessoas) e História da Arte (com ênfase em História das Religiões comparadas, de onde resultou um dos meus trabalhos, chamado “Enciclopédia de Mitologia”, com cerca de 7.200 verbetes). Desde 1989 também estou envolvido direta ou indiretamente com fraternidades iniciáticas, filosóficas e religiosas. Segundo os testes da Mensa, meu QI é de 151, embora eu não goste muito deste conceito de “Quociente de Inteligência” porque acredito que existam diversos tipos diferentes de inteligência. Apesar de conhecer e estudar profundamente todas as religiões, a minha religião pessoal é a Filosofia.

Quanto às “ordens secretas”, eu gostaria de dizer que a Maçonaria, Rosacruz, AMORC e outras não são secretas, mas DISCRETAS, pois, como visto acima, possuem sites, emails, CNPJs e estão com as portas abertas a qualquer pessoa que seja um buscador sincero. Quanto à “Ordens Invisíveis”, ai eu não sei do que vocês estão falando, essas coisas não existem…

Bom… vamos ao que interessa: a Câmara dos Reis.

Antes disto, vamos brincar um pouco com a geometria sagrada. Pela imagem ao lado, vocês podem perceber que a pirâmide, além das perfeições milimétricas que comentei no post anterior, possui algumas câmaras internas, que as otoridades chamaram de “Câmara do Rei” e “Câmara da Rainha”.

Para falar sobre elas, primeiro vou ensinar vocês a construírem suas próprias pirâmides com um compasso e um esquadro. Faça da seguinte maneira.

Trace uma linha reta em um papel. Faça com um compasso 2 círculos tangentes sobre esta linha. Em seguida, faça duas linhas perpendiculares ao centro de cada círculo até que elas toquem o ponto superior de cada círculo. Ligue os pontos ABCD da maneira que eu coloquei.

Usando o compasso, coloque a ponta dele no centro obtido pelo X e trace um segundo círculo, com intersecção nestes 4 pontos ABC e D. Usando o esquadro, trace uma reta do topo deste novo círculo até a base e você terá a exata proporção das pirâmides da atlântida.

Os traçados BC e AD “coincidentemente” terão os exatos mesmos ângulos de inclinação das passagens que ligam o exterior da pirâmide às câmaras encontradas (acompanhe as imagens) e estas câmaras e túneis, bem como seus cruzamentos teóricos “coincidem” perfeitamente com as quatro câmaras, 2 do “Rei” e 2 da “Rainha”.

“Opa ! – como assim QUATRO?!?!? As otoridades dizem que só existem DUAS câmaras na pirâmide!!!.”

Desde 1963, as otoridades têm sabotado e bloqueado sistematicamente qualquer investigação nas pirâmides que não fosse estritamente observada e acompanhada de perto por seus agentes religiosos e historiadores que precisam manter suas teorias de “tumba do faraó” intactas. Mas o tio Marcelo conseguiu algumas fotos muito interessantes de 1910 para mostrar para vocês..

Dentro da pirâmide, existem dois conjuntos de câmaras, dispostas lado a lado, como na figura e seguindo alinhamentos perfeitos não apenas em relação ao Norte da Terra mas em relação a certas estrelas e constelações. A estrutura milimétrica da pirâmide bem como sua composição material (o tipo de pedra escolhido) facilitam certos tipos de vibrações harmônicas (a saber, 740 Hz).

A câmara do Rei possui uma série de 3 portas que possuem um intrincado sistema de abertura e fechamento. Para quem é rosacruz eu não preciso explicar o simbolismo dos “3 Atrios”. Para quem estuda apenas a parte prática, podemos entender estas portas como… portas capazes de selar hermeticamente (no sentido mundano) a câmara do rei, para o caso de, digamos, precisar encher a sala com água…

Tendo duas câmaras grudadas uma na outra e toda uma estrutura dupla dentro da pirâmide, podemos pensar em algumas possibilidades… alinhamento com o norte, dois polos (positivo e negativo), cinco “tetos solares internos” sobre as câmaras dos reis (que podiam ser preenchidos internamente com algo), estrutura de ressonância, faixas desenhadas nas paredes dividindo a câmara em oitavas, como se fosse um “regulador” de alguma coisa… dutos de “ventilação” internos que levam a câmaras subterrâneas “alagadas” e externos que se correspondem perfeitamente com certas estrelas em certos períodos do ano, portas para selar a sala…

Aos olhos conspiratórios, isso tudo parece um grande equipamento…cujo coração (o ponto onde está o centro energético da pirâmide) reside justamente no pontos onde estão os sarcófagos dos faraós !!!

Olhe que interessante esta figura que pode ser encontrada em uma inscrição dentro do templo de Hathor, chamada de “pilares de Djed”… Dois pilares… hummmmm

Para completar a conspiração, se existem duas câmaras coladas uma na outra, deveria haver uma ligação entre as duas salas, não é mesmo? Mas quando olhamos esta foto aqui, tirada por um amigo meu em 1993, vemos que não há nada ali. Porém, se olharmos para esta foto dos irmãos Edgar, tirada em 1910, vemos claramente que existia um túnel de conexão ali. Porque as otoridades cimentaram o túnel?

E finalmente chegamos ao “sarcófago” do Faraó, coração energético da pirâmide. As medidas internas oficiais são 1,68m x 68,1cm x 87,4cm. A menos que o faraó fosse bem anãozinho, não poderia ser colocado junto com seu “chapéu de faraó” e “ornamentos de faraó” dentro de um sarcófago tão pequeno. Teriam nossos amigos escravos egípcios, que empurraram tantas pedras tão pesadas ladeira acima e construíram uma pirâmide com erro de 58mm em 230m, errado tão idiotamente logo no “coração” da tumba? Não faz sentido…

Então… o que cabe ali dentro?

Cabe um sacerdote sentado, como se fosse uma “banheira” enquanto outro sacerdote, digamos, ritualisticamente, o mergulha nas águas, afundando-o para que ele “morra” e depois “renasça” como um iniciado (guarde bem essa imagem de um sacerdote egípcio afundando um neófito dentro de um corpo de água para depois retirá-lo das águas renascido… isso será importante nos posts conspiratórios uns 4.000 anos lá para a frente).

Mas o que tem de especial nesta água?

Se a pirâmide era algum tipo de “equipamento”, o que usavam de bateria?

Bem… para responder esta pergunta, podemos dizer que existe uma outra coisa que cabe perfeitamente dentro do “sarcófago”. Vamos olhar na bíblia, crianças…

O que é, o que é? Mede 2,5 x 1,5 x 1,5 cúbitos (1,12m x 67,5cm x 67,5cm), foi retirada do Egito e ficava dentro de um templo construído especialmente para ela com as mesmas proporções da câmara dos reis?

Respostas na próxima semana.

#Matemática #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/pir%C3%A2mides-parte-iii-a-c%C3%A2mara-dos-reis

Vendem-se Iniciações Baratinhas!

Texto bacana do Frater Caciano, do Circulo Egregore, no RJ. Retrata bem o mercado de mascates que os esquisotéricos estão fazendo com o misticismo (nem vou usar o termo Ocultismo aqui). São “maçonarias arabes mistas das galáxias” fazendo convites pelo orkut, SPAM e adsense, “ordens thelemitas de internet”, “ordens dos gregos atômicos”, “cursos de magia” picaretas vendendo conjurações de Nyarlathotep a 29,90 por email (recebi isso de verdade, não estou inventando).

Saudações nas Três Pontas do Sagrado CÍRCULO!

Como diria um conhecido jornalista ‘É UMA VERGONHA’ toda a sorte de comércio que tem sido feito em cima da tão incompreendida, mais absurdamente procurada “INICIAÇÃO”. Eu mesmo sou constantemente inquirido sobre o tema: Quando vc vai fazer uma Iniciação? Vai abrir uma turma? Quanto custa? Posso participar?

Dígnos, nunca ‘iniciei’ quem quer que fosse e JAMAIS PODERIA FAZE-LO!

Na verdade não me entristece, apenas me desaponta os grupos crescentes de pessoas que se aproximam da ARTE, do EGREGORE e da MAGIA em geral e, depois de um estudo mediocre (mediano), são logo iludibriadas pelas ‘Mestres’ de plantão, pelos ‘Gurus’ da última hora e ‘Guias’ da moda. Pessoas com a capa da sabiência mas o coração profano.

Por uma módica quantia vc, querido amigo, pode ser ‘Iniciado’ na Escola x ou na Tradição y. Pode colocar uma roupinha colorida com um capuz preto e aparecer todo misterioso em suas fotos no orkut e fecebook. Pode dizer-se aos seus amiguinhos que és um Bruxo das Galáxias, Uma Druida genuína ou um Mago dos píncaros. Tem pra todos os gostos, cores, vertentes e valores sem prazo de validade e pagamento suavemente divididos no cartão. Pode fazer sozinho se sentindo uma Pop Star em carreira solo e até em grupos em pacotes de viajem, na maionese é claro.

Me perdoem se acordei em 2011 um tanto quando direto, não desejo ofender a quem quer que seja. Se não condordarem com este que vos fala, favor deletar!

Nunca, jamais, alguém poderia realmente conceder uma Iniciação a outrem.

Fui partícipe de várias organizações seculares de ocultismo. Conheço de perto, visto que estudei por anos o sistema, a substância e a filosofia destas organizações. Não começamos ontem como disse uma certa Coluna da Moral e dos Bons Costumes de uma certa ‘tradição’. E é justamente tendo por base essa experiência que posso lhes afirmar que Iniciação é algo tão íntimo, elevado, espiritual e profundo que qualquer encenação no sentido de concede-la é, quando tanto, um ato simbólico do que AINDA está por ser conquistado.

Quero dizer com isto que não é porque uma espada foi colocada sobre sua cabeça, um manto sobre seu corpo e um título sobre seu ego que és verdadeiramente um INICIADO.

Já que falamos sobre o que NÃO é ser um INICIADO falarei sobre O QUE É UMA INICIAÇÃO numa (breve) próxima oportunidade, se vc não me deletar é claro rsrs.

Entusiasticamente,

K.°.K.°.K.°.

#Fraudes

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/vendem-se-inicia%C3%A7%C3%B5es-baratinhas

Maçonaria e Islamismo

A relação entre Islamismo e Maçonaria sempre foi tema obscuro, delicado, polêmico, e por isso evitado por muitos autores. Quando das raras vezes abordado, os autores se restringem em citar Lojas e Obediências que existiram e existem nos países árabes e, de modo geral, param por aí. Uma postura um tanto quanto incoerente se observarmos os objetivos maçônicos da livre pesquisa da verdade, da busca pela justiça e do combate à ignorância, a intolerância e o fanatismo.

O objetivo aqui é tentar apresentar algo diferente do que “mais do mesmo”, fornecendo informação válida e de forma neutra sobre o assunto e abordando as questões que realmente importam.

Após o triste dia de 11/09/01, muito se tem falado sobre o Islamismo, o qual teve sua imagem de certa forma manchada no mundo ocidental com o marcante incidente. Apesar dos esforços das autoridades, uma onda de intolerância e preconceito, reforçada pela ignorância, tem caído sobre o Islã e seus adeptos no Ocidente desde então.

Por isso, faz-se necessário esclarecer alguns pontos:

Símbolo Islã – Lua e Estrela

O Islamismo não é uma religião radical. É apenas uma religião como as demais que, por ter mais de 1,5 bilhão de adeptos, possui algumas vertentes baseadas em diferentes interpretações de diferentes passagens de seu livro sagrado, sendo que apenas uma minoria dessas é radical. O mesmo ocorre no Cristianismo, que também possui suas vertentes minoritárias radicais, fanáticas, baseadas em diferentes interpretações de suas sagradas escrituras. Não é toda mulher muçulmana que usa burca ou véu, assim como não é toda mulher cristã que tem cabelo até o joelho e saia até o calcanhar.

Shriners – Lua e Estrela

Por isso, não se pode julgar 1,5 bilhão de pessoas presentes em dezenas de países com base em grupos terroristas que agem por si próprios e sem a concordância de qualquer país ou mesmo de autoridades religiosas. E no que se refere a autoridade religiosa, o Islamismo não possui uma hierarquia com autoridade constituída, não existindo algo um “Papa” ou algo do gênero. Por esse motivo, dizer que existe uma postura oficial do Islamismo sobre determinado assunto seria, no mínimo, imprudente.

Compreendido tais questões, vejamos o Islamismo perante a Maçonaria:

Alguns maçons podem pensar que a Maçonaria talvez seja incompatível com a fé islâmica por conta de sua simbologia. Afinal de contas, muito da Maçonaria está relacionado ao Templo de Salomão, e em muitos graus de muitos ritos vê-se símbolos como letras em hebraico, cruzes, etc. Deve-se ter em mente que existem dezenas e dezenas de ritos maçônicos, sendo que alguns têm maior influência de uma ou outra religião, cultura ou época. Assim, temos ritos maçônicos com influências católicas, protestantes, judaicas, iluministas, egípcias, muçulmanas, cavaleirescas, nacionalistas, etc.Como já esclarecido, não existe uma autoridade que fale em nome da religião muçulmana. Assim sendo, é impossível que o Islamismo seja oficialmente a favor ou contra a Maçonaria. Diferente disso, outras Igrejas já se declararam oficialmente contrárias à Maçonaria, como a Igreja Católica e algumas outras Igrejas Cristãs de menor porte. Mesmo assim, isso não impediu que muitos dos fiéis dessas, sendo homens livres e de bons costumes, ingressassem na Ordem Maçônica nos últimos séculos.

Ainda nesse sentido, observa-se que a Maçonaria é Ordem voltada a homens livres, e essa liberdade também se refere às amarras da intolerância. Um exemplo claro é que muitos dos ritos maçônicos fazem referência a “São João”, ou aos “Santos de nome João”, enquanto que grande parte de seus adeptos são protestantes. Isso ocorre porque o maçom é homem racional, e compreende que a citação de “São João” não é questão dogmática, e sim referência histórica aos Solstícios.

Já Salomão e a construção de seu templo, tão presentes na Maçonaria, ao contrário do que muitos possam presumir, não se encontram apenas na cultura e religião judaica. Esse importante personagem e evento também estão descritos no Alcorão. Para os maometanos, Salomão era um rei dotado por Deus de toda a prudência e sabedoria, um grande profeta como todos os descendentes de Davi estariam predestinados a ser. E sua importância era tamanha que Deus ordenou que os homens e “gênios” obedecessem a suas ordens e trabalhassem na construção de seu templo e palácio.

Gênios? Que gênios?

Esse é um ponto tão interessante que mereceu esse destaque. Os gênios estão presentes na cultura árabe desde tempos imemoriais. Seriam seres criados por Deus, invisíveis, mas que possuem a habilidade de se materializarem entre os homens e realizarem feitos notáveis. Não são anjos, pois possuem o livre-arbítrio e podem ser castigados ou mesmo aprisionados. Dessas crenças surgiu o famoso “gênio da lâmpada”, tão explorado em contos infantis. Esses gênios teriam, sob as ordens de Salomão, auxiliado os homens na construção de seu templo.

As duas faces da moeda

A questão religiosa está presente na Maçonaria desde seu início e, apesar de não ser discutida nas Lojas, está mais em voga do que nunca. Prova disso é que, nos últimos anos, os Nobres Shriners, instituição maçônica fundada no século XIX com temática e simbologia árabe, vem discutindo sobre a redução dessa influência árabe na instituição. Em contrapartida, as históricas críticas à Ordem dos Cavaleiros Templários, último degrau do Rito de York e restrito aos maçons que professam a fé cristã, continuam mais presentes do que nunca. Qual seria o caminho ideal: a busca pela universalidade ou a promoção das diferenças?

Conclusão

A Maçonaria está para o muçulmano assim como está para o cristão: dependente da ausência de intolerância e fanatismo por parte do fiel, e da ausência de ignorância por parte dos demais integrantes.

A durabilidade e sucesso da Maçonaria sempre se deveu ao fato de sua união ser baseada nos pontos comuns e sua riqueza nos pontos diferentes. Enquanto os diversos Ritos, Ordens internas e Corpos aliados proporcionam ao maçom participar daquilo com que se identifica, cujos valores compartilha, todos os membros dessas instituições se sentem integrantes de uma única família, e constroem a fraternidade sobre os landmarks que tornam a todos iguais: a crença num Ser Supremo e na imortalidade da alma.

O Dr. SM Ghazanfar, professor emérito da Universidade de Idaho, escreveu em um de seus artigos que “alienantes por aqueles que são diferentes, nós acabamos nos afastando e diminuindo nossa própria humanidade”. Que a Maçonaria, essa Sublime Ordem cuja finalidade é a felicidade da humanidade, saiba renovar seu compromisso de unir os diferentes pelo que eles têm em comum.

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Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ma%C3%A7onaria-e-islamismo