A tradição Wicca de Gerald Brosse Gardner

Gardner nasceu em 1884 perto de Liverpool. Teve diversas carreiras, e sempre se interessou pelo místico e pelo oculto. Conta-se que estudou desde as fábulas e as lendas antigas até os cultos secretos da Grécia, Roma e Egito. Gardner pertenceu à Hermetic Order of the Golden Dawn (Hermética Ordem da Aurora Dourada).

Em 1954 ele apoiou as teorias de Margaret Murray; que havia lançado um livro anteriormente defendendo a teoria de existirem cultos à Deusa que se perpetuavam desde a antigüidade; e que tiveram de ser disfarçados devido às caças às bruxas da idade média. Nesse mesmo ano ele lançou o livro ” Witchcraft Today”. Segundo ele, a bruxaria teria sido perpetuada pelos séculos de fogueira por uma tradição oral e familiar. Ele dizia que havia tido contato( em 1939) com a “Velha Dorothy” Clutterbuck, herdeira e alta sacerdotisa de um culto milenar sobrevivente . Segundo ele ela o havia iniciado e lhe revelado a palavra Wicca.

Dizia também que lhe foi dado a missão de ser o porta-voz informal da prática da Wicca.

Gardner reuniu antigas lendas , rituais e fragmentos de textos antigos como base de sua doutrina. Somado a isso, ele teria inserido elementos da simbologia da magia tradicional e alguns rituais e citações de seu amigo Aleister Crowley. Com isso Gardner adotou como livro sagrado ou “Evangelho”, chamado Aradia. Este último era uma coleção de textos selecionados por Charles Leland em 1899; que contava várias lendas, entre as quais a principal era a de Diana, cujo encontro com o deus-sol Lúcifer originou Aradia, a primeira bruxa que revelou os segredos da feitiçaria aos humanos.

O culto de Gardner consistia em reuniões conduzidas por sacerdotes ( apenas mais tarde foram consideradas as mulheres como as sacerdotisas principais peças do ritual). Nestes ritos eram adorados os deuses da fertilidade, a grande Deusa tríplice enquanto que dançavam nus e invocavam as forças da natureza. Os rituais eram semelhantes aos da magia tradicional, com círculos mágicos, exercícios de meditação, o uso de instrumentos como a adaga, a espada, o cálice e etc…

O ideal, segundo Gardner, era que os ritos fossem celebrados em plena nudez, pois dessa forma simbolizavam um regresso à era anterior à perda da inocência. Além disso, havia uma passagem em Aradia que dizia: ” Como sinais de que sois verdadeiramente livres, deveis estar nuas em seus ritos; cantai, celebrai, fazendo música e amor, tudo em meu louvor”

Gardner ainda considerava o que chamava de ” O Grande Rito”, que era a prática sexual ritualística.

Entre os principais críticos , encontram-se Francis King e Aidan Kelly.

Francis King não tolerava Gardner pelo fato dele ter pago enormes quantias em dinheiro à A. Crowley para desenvolver os principais rituais de seu culto.

Já Kelly ( fundador da Nova Ordem Ortodoxa Reformada da Aurora Dourada) acusou Gardner de criar uma religião inteiramente diferente do velho paganismo. Ainda não reconheceu Wicca como uma autêntica e “antiga tradição originada do paganismo europeu”. Ele revela também, que o pretenso “Livro das Sombras” escrito por Gardner que dizia ter sido criado no séc. XVI , nada mais era que uma coletânea das várias tradições medievais.

A tradição Gardneriana era realmente muito diferente dos relatos de outras bruxas. A maioria delas revelavam que o culto se limitava à uma tradição mestre X discípulo, muitas vezes na família ( mas nem sempre); que o ensinamento era oral, e que depois de anos e anos de muito treino e provas, o discípulo era apresentado ao Conven. Se fosse aceito no Conven, depois de um ano e um dia recebia a iniciação. Segundo as bruxas, esse acesso era limitado a poucos escolhidos pois os rituais sagrados eram perigosos. Eles podiam provocar chuvas, ventanias, manifestar espíritos, elementais e etc…

Essa evidência, que supunha grande autenticidade, virou pretexto para aparecerem incalculáveis novas tradições subitamente; todas com pequenas variações do gardnerismo e supondo pertencerem à “antiquíssimas” tradições.

Com novas tradições aparecendo por todos os lados ligadas à Wicca, tornou-se moda, entre os anos 60-80 cada um inventar sua própria tradição. Cada livro publicado dava uma concepção diferente ; começaram a aparecer os famosos “cursos de bruxaria por correspondência ” e em pouco tempo o número de wiccanos auto-didatas era maior que os que ainda se mantinham à tradições específicas.

Na minha opinião essa desagregação livre é que originou os diversos manuais de “auto-iniciação” , que para mim não passa de uma fuga à responsabilidade de estudar profundamente ou de se submeter à uma disciplina compromissora.

Vemos hoje em dia uma corrupção da tradição. E a iniciação Wicca não é reconhecida pelas tradições de que mantém o método mestre X discipulo, pois qualquer um pode se conceder o título de iniciado sem critério algum.

Se alguém disser: ” Estudo a tradição antiga da bruxaria, busco a comunhão com a Deusa e procuro me aprimorar espiritualmente” ; isso será muito aceitável e incentivador. Porém se uma pessoa ler um livro ( quando lê!) e realizar um simples ritual de auto-iniciação, e com isso se considerar no mesmo nível dos altos sacerdotes e iniciados, e disser: ” Sou um iniciado, um bruxo, já posso fundar meu coven” ; jamais vai ser levado a sério por um bruxo autêntico.

A bruxaria é aberta a todos, qualquer um pode adorar a Deusa e estudar profundamente sua literatura. Mas uma iniciação só é conseguida por esforço, compromisso e merecimento.

por Bruno

Postagem original feita no https://mortesubita.net/paganismo/a-tradicao-wicca-de-gerald-brosse-gardner/

Magia Rúnica

A magia rúnica básica é essencialmente talismânica e consiste em atrair as propriedades de uma Runa ou de uma combinação delas para a esfera pessoal do mago, operação que se realiza com a gravação das Runas apropriadas nos objetos/locais que devem ser imantados e a invocação dos deuses a elas relacionados para que estes abençoem a sua intenção. No passado, podíamos ver Runas gravadas nas paredes das casas, em canecas, espadas e escudos, só para citar alguns exemplos. Bernard King, no livro Elementos das Runas, cita um exemplo tirado do Sigrdrifomál:

Runas de triunfo, se desejar

Você irá gravar no punho da espada,

Algumas na bainha, algumas na lâmina,

E evocar Tyr duas vezes.

Originalmente, os diferentes povos de língua germânica formavam o que denominamos formalmente de religião teutônica mas que pode ser conhecida pelos nomes Galdr ou Odinismo, Ásatrú (um termo do nórdico antigo para “fé nos Æsir”), Seiðr (grupo voltado especificamente ao culto da deusa Freyja) ou simplesmente Troth, que pode ser traduzido por “fé” ou, mais especificamente, “lealdade”). Estes grupos também se utilizam das Runas em seus rituais mágicos mas, neste caso, existem alguns “pré-requisitos”, como a iniciação em um grupo apropriado, chamado gild, para se tornar um vitki, ou seja, um mago teutônico.

Magia, na definição de Aleister Crowley, é “a arte de causar mudanças através da vontade”. McGregor Mathews, de uma forma não muito diferenciada, afirma que magia é “a ciência do controle das forças na natureza”. Ao se referirem ao conceito de wyrd (destino), Marijane Osborn e Stella Longlans, autoras do livro O Jogo de Runas (Ed. Siciliano), fazem um comentário interessante, alegando que o destino só controla a vida de um homem quando ele, por algum tipo de limitação, não assume a responsabilidade pelo seu futuro. Seja como for, todos os princípios morais e mágicos do Troth estão presentes nos textos tidos como clássicos na mitologia nórdica, como é o caso do Edda, que existe numa versão prosa, escrito por Snorri Sturluson por volta de 1235, e numa versão verso, datada de aproximadamente 900 DC. O Hávamál, por exemplo, faz parte do Edda em Verso, também conhecido como Edda Antigo.

Enquanto o anel pode ser considerado um poderoso talismã de proteção, reunindo todas as energias do Fuþark, o pingente com Wunjo poderia ser utilizado para atrair a alegria, a harmonia e a camaradagem por onde quer que você passe. Eu o recomendaria, por exemplo, para alguém que não consegue ver nada de bom na sua vida ou para alguém novo em um grupo de trabalho ou de estudo. No primeiro caso a pessoa aprenderia a ver a beleza presente em todas as coisas e a se abrir para as oportunidades que talvez existam mas que ela não consegue perceber com o seu pessimismo. No segundo caso, o objetivo é evitar o isolamento, seja por causa da atitude das outras pessoas ou dela própria.

Uma outra forma de atrair a energia das Runas é utilizando o próprio corpo como “antena”, o que pode ser feito através de asanas específicos que procuram reproduzir a forma de cada Runa. O termo asana é de origem sânscrita e se refere às posturas yogues. Dentro da tradição rúnica, contudo, uma única postura é chamada de Stádhagaldr e uma seqüência delas é chamada de Stöður. Na ilustração ao lado temos apenas a postura Raiðo mas se você acessar o site de Aufsteigender Adler será possível visualizar através de fotos o alfabeto inteiro.

Depois de alguns minutos de interiorização, a recomendação é que o mago assuma a posição da sua escolha , entoe o respectivo mantra (o valor fonético da letra) e recite o Antigo Poema Rúnico Inglês logo em seguida. O próximo passo, de olhos fechados, é visualizar a Runa à sua frente refletindo sobre os seus significados. Se tudo der certo, é possível que se sinta de imediato alguma “vibração diferente” em todo o corpo, por isso o exercício exige acompanhamento e moderação. O Stöður não é diferente. Muito semelhantes à prática do Tai Chi Chuan, o importante é ter em mente a seqüência correta (o Fuþark completo, por exemplo) e desenvolver uma “coreografia” harmoniosa.

Para quem prefere meditar sentado a opção é reproduzir os símbolos rúnicos apenas nas mãos. Na tradição oriental é dado o nome de mudra para estes gestos. Não sei se existe um nome específico em alemão para isso.

Antes de passar para as propriedades mágicas de cada Runa, devemos considerar, em alguns casos, a utilização de outros instrumentos para a invocação e canalização destas energias. Um altar Troth, por exemplo, não difere muito de um altar Wicca, com as representações do Deus (Óðinn), da Deusa (Freyja) e dos Quatro Elementos. Um produto muito simpático da Tara Hill Designs é um bastão rúnico (elemento Fogo) em madeira com o Fuþark entalhado, muito embora este tipo de sofisticação não seja realmente necessário. Apenas como esclarecimento, o nome da esposa de Óðinn é Frigg, e não Freyja. Contudo, é esta, e não a primeira, que divide com Óðinn os atributos de natureza mística.

#Runas

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/magia-r%C3%BAnica

O que se pode esperar dos Aethyr enoquianos

© Oliver St. John 2014, 2019

Às vezes é dito, e com grande convicção, que o sistema dos Trinta Aethyrs não pode ser equiparado aos graus mágicos. A visão é surpreendente, pois isso foi feito e provou funcionar de forma muito eficaz.

O trabalho espiritual e mágico dos graus além de Tiphereth é mapeado e explorado através do sistema Enochiano dos Trinta Aethyrs. No entanto, às vezes ainda podemos ouvir coisas como “Somente Jesus Cristo atingiu realmente o grau de Tiphereth”, ou “Nenhum ser humano pode cruzar o Abismo”. Em certo sentido, tais afirmações são verdadeiras. Para todos os propósitos práticos, porém, podemos considerar esse conselho transmitido como um aviso para não reivindicar graus de iniciação aos quais não temos direito. Em qualquer caso, os graus de iniciação são relativos a cada pessoa e não têm nenhum significado fora de uma estrutura interna da Ordem mágica.

Os graus pós-Tiphereth não podem ser experimentados em nenhum sentido pleno através do conhecimento comum, exploração astral ou pathworking. O sistema enoquiano, no entanto, fornece uma base prática satisfatória para as experiências mágicas, espirituais e de vida que correspondem a títulos de grau grandiosos como Adeptus Major e Adeptus Exemptus.

Os Trinta Aethyrs devem ser trabalhados sistematicamente. É imprudente tentar “saltar” para os Aethyrs superiores antes que os inferiores tenham sido completamente explorados. Primeiramente, examinaremos como os planos mágicos funcionam em relação aos Trinta Aethyrs. Então veremos como todo o curso de iniciação, tudo o que é possível para o mago conhecer e compreender, pode ser ligado ao sistema enoquiano.

O Plano Terrestre e as Torres de Vigia

O plano material é a chamada realidade objetiva, percebida pelos sentidos comuns do homem. O plano material é governado pela matéria e pelo tempo. Para os não iniciados, este mundo é absolutamente verdadeiro e não há nada além dele. No sistema enoquiano, o universo terrestre é limitado e fechado por Quatro Torres de Vigia. Além destes, em círculos cada vez maiores, estão os Trinta Aethyrs. Estes podem convenientemente ser pensados ​​como níveis de consciência.

O Plano Etérico: 30º Aethyr (TEX)

O mais baixo ou mais material dos Aethyrs é o reino imediatamente atrás do da matéria física. Ele se expande para a matéria em certo sentido, enquanto as partes superiores do Plano Etérico tocam as regiões inferiores do Plano Astral. O Plano Etérico é a morada tradicional de fantasmas, carniçais, fantasmas e vampiros, e é o principal reservatório do que é frequentemente chamado de sobrenatural. É o principal campo de atuação de médiuns, médiuns profissionais e afins, que frequentemente imaginam estar trabalhando com inteligências espirituais “superiores”. Em teoria, um Neófito deve ser capaz de entrar e experimentar o TEX, o 30º Aethyr, mas não aqueles além dele.

O Plano Astral: 29º (RII) ao 24º (NIA) Aethyr

As regiões inferiores do Plano Astral são idênticas aos reinos do céu e do inferno que são o esteio das religiões do mundo. Esses Aethyrs são relativamente escuros. Eles são permeados por um pesado senso de julgamento e pecado, mas incluem zonas de intenso desejo e anseio. Uma vez alcançado o NIA, o 24º Aethyr, o mago se acostuma a viajar em um corpo de luz. O contato foi obtido com forças espirituais ou inteligências que ajudarão a progredir ainda mais. O Limiar entre o Plano Astral e o Plano Hermético está entre NIA e TOR, o 23º Aethyr. Isso é mais ou menos idêntico ao Véu de Paroketh e ao grau mágico de Dominus Liminis.

O Plano Hermético: 23º (TOR) ao 14º (UTA) Aethyr

O Plano Hermético é um reino de pura consciência desconhecida do corpo astral de luz. No 22º Aethyr de LIN, o Sagrado Anjo Guardião prepara o Adeptus Minor para a realização da ausência de forma por trás de todas as formas. Quando o 20º Aethyr de KHR foi explorado, o Adeptus Major se acostumou com o Plano Hermético e obteve um certo domínio dos processos de pensamento. POP, o 19º Aethyr, traz a primeira indicação do limiar do Abismo. Em ZEN, o 18º Aethyr, o Adeptus Major é preparado para a iniciação ao próximo grau de Adeptus Exemptus. O nível mais alto do Plano Hermético é encontrado no 14º Aethyr de UTA, que é o último Aethyr a ser explorado antes que o Juramento do Abismo seja feito.

O Plano Espiritual: 13º (ZIM) ao 1º Aethyr (LIL)

Os graus mais altos envolvem toda a experiência da vida. O Magister Templi é preparado gradualmente para a travessia do Abismo. É imprudente tentar entrar nos Aethyrs superiores sem o grau ou nível correspondente de iniciação e experiência.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/enoquiano/o-que-se-pode-encontrar-nos-aethyr-enoquianos/

Então você quer virar um vampiro?

Os vampiros são uma raça de seres inconformados com a morte. o sentimento deles em relação ao fim da matéria orgânica é tão forte que acaba por criar um novo metabolismo corporal através de evocações místicas. É essa transformação que torna os vampiros imortais. No entanto, para chegar à imortalidade , é necessário morrer para depois assumir a forma de Nosferatu (morto-vivo). Contaminado pelo vírus do vampyr , o iniciado terá diversas opções para seguir o culto, sendo que a maioria pode acarretar muito sofrimento e solidão. A eternidade plena só é conseguida com muita sabedoria,  e quase sempre através de um processo espiritual, e não corporal. Por isso muitos que conseguiram a preservação d matéria corpórea através dos ritos vampirescos acabaram encontrando um vazio inexpurgável. Estes enlouqueceram e conheceram horrores capazes de gelarem a alma. A solidão fortalece quando é controlada. É como as Drogas que abrem as portas da Percepção para se penetrar por novas portas, mas quando se tornam a razão da vida, são a morte sem fim.  Nesse sentido, vale citar as palavras do mestre Gíacomo, que define a morte sem fim como um dos piores momentos que um humano ou ex-humano pode conhecer “QUEM PERSEGUE OS TÊNUES FIOS DA IMORTALIDADE TEM QUE ESTAR CONSIENTE DOS MOTIVOS E PROPÓSITOS DA PROCURA. SE FOR POR PURA VAIDADE O PREÇO SERÁ MUITO ALTO. ”

INICIAÇÃO 

Aqueles que forem escolhidos para seguir a trilha imortal devem se dedicar a encontrar os sinais que revelam os mistérios proibidos. O primeiro passo é encontrar os santuários espalhados pelo planeta , onde se podem fazer os rituais de transposição d morte prematura. Esses locais normalmente estão escondidos por entre as montanhas mais altas do mundo e guardam forças energéticas vitais intocadas pelo tempo finito. O encontro sempre acontece num momento de silêncio profundo. O reconhecimento se dá de maneira natural: todos os sentidos avisarão que o lugar tem fluidos para o ritual. A melhor maneira de fazê-lo é deixar fluir a energia procurando os caminhos da iluminação, para que os processos sejam livres e culminem num estado de positividade. Para se encontrar condições de realizar o ritual, no entanto deve se imunizar contra os desejos sórdidos proporcionados apenas pela vaidade. Aquele que anseiam demasiadamente a transformação apenas pelo gosto do sangue e de poder certamente encontrarão os seus santuários para rituais em locais mortos , como cemitérios , igrejas abandonadas , encruzilhadas etc. estes carregarão pela eternidade uma ansiedade de destruição que os aprisionará a mais terrível das solidões.

Quem se deixar morrer na podridão viverá uma sangrenta existência atormentada pelos séculos e só encontrará libertação nas chamas de uma fogueira ou na corrente de um rio. Mesmo assim, poderá ser evocado por outros homens malévolos sedentos de poder. O caminho dos rituais profanos na verdade é estéril porque não há renascimento, apenas a morte.

Por outro lado , os que tiverem uma iniciação iluminada , procurando as tradições que formam uma iluminada raça de homens revolucionários ,  serão chamados de magos e terão uma imortalidade que pode evoluir até a plenitude , alcançando níveis de compreensão que beneficiarão outros da espécie. Quem segue por esses caminhos poderá voar e não terá que se esconder da luz quando ela se prenunciar no horizonte. Tornar-se á um mestre e encontrará novos homens e mulheres para serem iniciados de acordo com os desígnios do destino.

Nada terá a temer, pois será um ponto de concentração de força e de vida que se espelhará e se renovará constantemente. Como se vê, a imortalidade não está ligada apenas ao vampirismo. Não apenas os que se alimentam de sangue podem contemplar a passagem do tempo.

Só que na questão do vampiro de sangue a preservação essencial é puramente da casca que protege o espírito,

um vazio; por isso suas imagens não são refletidas no espelho. Quem no entanto trilha o caminho á transformação através da sensibilidade aprenderá segredos mágicos só alcançáveis pela iluminação divina.

A pergunta que fica no ar seria: Não serão os magos então também vampiros? Sim! É Por isso que os vampiros iluminados ficaram conhecidos como magos, sábios, filósofos, poetas, artistas; enquanto os vampiros das Trevas se tornaram malditos renegados pela luz , detentores apenas dos poderes profanos proibidos que tornam as suas existências uma eterna solidão

Tanto os Vampiros de Sangue como os Vampiros Astrais são seres eminentes noturnos , pois é nesse período que os canais de transferência energética estão livres para que o mal transite livremente . Por isso que dificilmente uma pessoa que desperta com o sol e repousa durante a noite terá poder para beber na fonte da eternidade . Isso não quer dizer que não possa sair de dia. Mas sim que não terá os mesmos privilégios ex :

Um vampiro Astral pode sair de dia porem alem de se sentir fraco dificilmente conseguirá se alimentar de energia diferente da noite , por isso escolherão a noite pra viver ; nesse péridod, podem estudar os meios que lhe garantam a sobrevivência. È comum ver as pessoas saírem à noite , que evitam o contato com o sol e , quando o fazem se protegem com óculos escuros para que sua pupila não se influencie com as cores do brilho solar. Na casa de um vampiro , as luzes ficam acesas até altas horas da madrugada e só se apagam com o esaparecimento da estrela da manhã. Dorme enquanto os outros  seres trabalham para garantir sua sobrevivência .

Seus hábitos são diferentes dos das pessoas comuns. Gostam de comer carne crua ou quase crua, é estudiosos e prolixos quando desejam seduzir alguém ou conseguir alguma vantagem. Possuem um aguçado sentido para saberem quando estão em perigo e são rápidos para escaparem de confusões. Sabem o momento certo de aparecem num local e o momento de desaparecer  quando necessário, gostam de conversar olhando fixamente o interlocutor para poder enxergar um pouco além da massa que reveste o corpo (aura) gostam de bebe álcool, mas já mais  são vistos embriagados. Alem disso possuem um desejo cego pelo poder . Normalmente vampiros são pessoas cultas e de famílias tradicionais .

No caso  também dos vampiros de sangue utilizam sempre um caixão com terra do seu país de origem para  locomoção para se sentirem em casa , o nomadismo é uma característica de um ser morto vivo , ambos os vampiros  tanto de sangue como o astral não pode entrar numa casa sem serem convidados , não ligam para cruzes etc… Se bem que num lugar sagrado também só pode entrar se for convidado isso não vale para o vampiro astral.

Aqui você saberá um pouco sobre os vampiros, segundo o autor desse Site ao qual vos escreve , pode ser que as informações que contenham aqui você já os tenha tido ou está num nível superior e conheça até mais porem é bons relembrar que poucos sabe tudo . Com o decorrer de uma existência é que tu és beneficiado com o poder da  sapiência quanto mais sabedoria  muito melhor será ao convívio de um novo Millennium procurando a tão inalcançável Eternidade. Dês dos Primórdio até os tempos atuais fala-se sobre o floucore dos Vampiros.

Eles existem ?  Já existiram ? Ou nunca existiu ?  E tudo foi inventado por um louco irlandês chamado Brain Stocker. ? Pois aqui daremos algumas explicações ! É bom lembrar que o Objetivo desse site é de informatização as pessoas que buscam o conhecimento sobre o ocultismo. A qual hoje em dia é tão procurado. E também  a outros amigos vampiros a qual procuram preencher o vazio de encontrar  alguém semelhante . Pois a você caro amigo é bom lembrar  que você não está mais sozinho. Não somos muitos é verdade mas estamos em todos os lugares e a procura de outros que nos entendam. Iremos por parte!

1º Não direi tudo! mas quase tudo que você viu em Filmes é uma grande mentira , coisas inventadas por débil mentais as quais  além de atrapalharem acabam a esconderem a verdade sobre o vampirismo. Cruzes , Água benta etc… é tudo piada em relação ao vampirismo.

2º Lamentavelmente  com informações erradas  assistindo a filmes ou estórias ou coisas escritas em livros apenas pra ganhar dinheiro às pessoas acabam se identificando com o vampirismo e acham que já nascerão ou são vampiros, isso é muito errado não é tão simples quanto parece. Desculpe me se com essas coisas que estou lhe contando  e vou ainda  lhe contar ,tirar uma possível esperança de ser um vampiro, mas infelizmente a vida é cheia de desilusões e é melhor a verdade do que você viver numa mentira e acabar ficando louco. mas os objetivos dessa Hp são bem claros! Infelizmente existem pessoas que são solitárias , pessoas mal  compreendidas pela família, pela sociedade , por todos, mas isso não significa que você é um Vampiro o Vampirismo é muito mais que isso envolve coisas e valores a qual você vive  e acredita. Por isso eu lhes digo ser vampiro além de não ser fácil é triste , agora você que Quer mexer com o Vampirismo.  CUIDADO!!!! existem portas a qual você não deve abrir, pois depois de abertas não se fecham mais . Eu costumo a dizer que antes de fazer uma viagem saiba onde ela vai acabar .novamente eu digo e insisto  CUIIDADO!!! POIS VOCÊ PODE PERDER A SUA ALMA. uma coisa eu lhe digo e juro. JURO por tudo que é mais sagrado nessa vida o Mal existe. Já pude comprovar isso. O mal é grande, perigoso, injusto, falso, mentiroso, invejoso e tudo de mais negro e podre que existe. Mas se existe o MAL, e que é uma grande força também sei agora que existi o BEM. e que se existe o DEMONIO que é forte ,traiçoeiro ,existe um DEUS justo e que é 100.000 vezes mais forte . tudo isso que lhe conto me foi roubado por uns tempos  mas que hoje em dia acredito que foi recuperado. estava descrente de minha fé e de tudo mas nunca é tarde pra se arrepender  e pra sair dessa .

Bom ! levei a coisa por um lado um pouco pessoal né !! Mas é bom comentar pra que você use o vampirismo pras coisas boas e não pras coisas ruins pode até parecer estranho mas existe pra tudo um lado bom. agora voltemos  ao assunto!

3º Existem dois tipos de vampiros . Os Vampiros  de Sangue (clássico de filmes) mas que como aqui já mencionados não tem nada  haver com ficção. se alimentam de sangue a essência da vida . e existem os

Vampiros Astrais  a qual sobrevivem de Energia .

VAMPIROS DE SANGUE 

Houve uma época  em que existiram em até certa quantidade muito mais radicados na Europa a quais fizeram mais semelhantes e construíram famílias  eram devotos do mal idealizavam Satanás como seu deus e radicavam o vampirismo ao culto da Serpente Velha.  muitos estudiosos dizem ser essas Serpentes as das  Torres de SET

pra quem  nunca ouviu falar  teve um tempo em que essas Torres das serpentes de SET invadiram as grandes cidades  de todo o mundo eram fanáticos que devoravam crianças, controlavam a mente de outras pessoas, e sacrificavam virgens tinham vários Templos. Devo confessar a vocês duas coisas : 1º A brilhante história do Empalador Vlad Tepes da Romênia ao qual o Lunático Brain Stocker depois de saber sobre a cultura das regiões mais remotas da antiga Europa juntou a história do vampirismo com o empalador e sanguinário Vlad  Tepes também conhecido por todos como Vlad Dracúla ou somente Dracula o vampiro mais conhecido dos cinemas ao qual inspirou muita gente que se acha vampiro. Pois Bem ! Vlad Tepes era sim um sanguinário como há registro na história do mundo antigo porem ele era sanguinário porque além de ser um excelente guerreiro era um Empalador. adorava matar seus inimigos e estripados em uma estaca enfiada na terra por isso era chamado de Vlad o Empalador defendeu a Romênia Cristã contra os bárbaros Turcos que eram Mulçumanos. dentre muitos registros  na história podemos destacar dois deles :

Uma vez Vlad depois de terrível batalha contra seus inimigos os empalou na frente de seu castelo para quem quase se admirar o grande feito . Enquanto isso ele se deleitava num glorioso e farto banquete com convidados

com muito vinho e vários tipos de carne.

Numa outra oportunidade ele convidou varias pessoas pobres  para um grande banquete em seu castelo enquanto os pobres coitados comiam ,no meio da refeição Vlad Tepes saiu e ordenou ao capitão de sua guarda para que queimassem todos vivos. Como ordens são ordens o capitão o fez  enquanto as pessoas morriam lentamente queimadas Vlad tepes se acabava numa imensa Gargalhada. Todas essas histórias estão devidamente registradas . Como vimos Vlad Tepes(dracula) era realmente mau mas jamais houve qualquer indicio ou suspeita de praticar vampirismo principalmente de sangue . Por tanto o irlandês Brain Stocker juntou as histórias de vampirismo da idade média e da antiga Europa e os juntou com a fascinante história de Vlad Tepes escrevendo a famosa Estória de Conde Dracula. Agora você já sabe tudo sobre a ficção e um pouco da verdadeira história  dos vampiros.

A segunda coisa que eu iria confessar é que até agora em toda  minha vida nunca encontrei um VAMPIRO de SANGUE sei que já existiram mas numa experiência que eu tive muito forte em minha vida ao qual não quero passar nunca mais  me foi dito que além de não existir mais tal criatura jamais eles voltariam a existir.

Sobre essa  Experiência que tive irei contar numa outra oportunidade mas devo adiantar que foi dai que vi que além do mal existir também podia vender e perder a minha Alma.

Bom  continuando , um amigo meu vampiro me disse que o maximo que um vampiro de sangue chegou perto de nosso país “Brasil” foi  na  Argentina. Ele me contou isso antes de eu ter essa experiência, quando me contou eu acreditei pois sei de suas intenções sei que jamais iria mentir pra mim pois somos iguais somos vampiros, mas depois dessa experiência me convenci do que sei e doque escrevi a respeito disso. A muito mais a escrever sobre Vampiros de sangue mas por hora  chega!

VAMPIRISMO ASTRAL 

O vampiro astral se alimenta das Energias de outras pessoas, se deleita com o esgotamento de energia de uma pessoa para além de lhe roubar suas energias e  emoções se fortalecer.

Você já tentou ler através do espelho o seu próprio rosto ? Existem mistérios dentro de nós  que não ousamos revelar nem para nós mesmos. Todos os dias saímos à procura de alguma coisa para saciar nossas ansiedades, e este é um processo que se realiza ao preço da nossa sanidade mental , ou , quem sabe , da insanidade. Nessa busca , sugamos energias e nos deixamos ser sugados, num metabolismo que às vezes escapa a nosso controle.

Procuramos fontes para nos alimentarmos de sabedoria , sexo , sonhos , esperanças , vida. Por mais que um suicida deseje a morte , oque está procurando é um meio de libertar-se dos marasmos causados pela sua ansiedade. Então na verdade , ele não quer morrer , mas saciar-se com a vida , e para isso é capaz de qualquer atitude , chegando ao extremo de matar-se por desespero , sem saber que é justamente nela que está a fonte que lhe permitiria a autopreservação diante da morte. A ação do tempo envelhece a matéria , tornando a realidade da morte cada vez mais próxima ; o objetivo do vampiro astral é conseguir vencer esse círculo tomando a energia de outros , para aumentar sua beleza física e seus dotes intelectuais, ampliando o fascínio que as outras pessoas terão por ele. Para isso não mede esforços , e procura  sugar tudo que possa  converter sua força para realizar a travessia através do inexorável círculo do tempo.

Normalmente esses vampiros são atraentes de alguma forma ou são muito bonitos ou tem um charme muito especial e sabem formar teias com as palavras , capazes de aprisionarem para sempre  o coração de um incauto

Seus olhos irradiam a sedução de fogo dos infernos , despertando em sua s vítimas o ardente desejo de conhecer os mistérios que domina. Nos movimentos transmite  a sabedoria adquirida pela experiência.

O vampirismo astral acontece em todos  os níveis de relações humanas , tanto no social como no físico.

O empresário de uma grande  empresa alimenta-se do trabalho dos seus operários, e por isso pode pagar tratamentos de luxo que lhe preservam a juventude por mais tempo. Já os operários, exauridos , em pouco tempo se transformam em esqueletos , devido às dificuldades que enfrentam no dia-a-dia

Já na relação entre duas mulheres é necessário que uma beba o sêmen da outra para alimentar a sua beleza e sua força masculina capaz de quebrar as barreiras que se colocam à sua frente . O Lesbianismo o mais autêntico caso de vampirismo astral assim como toda relação homossexual. Porque na verdade um vampiro não liga para o sexo em si e sim para a troca de energia .  O mesmo ocorre com um vampiro de sangue. No sexo aquela que esta sendo possuída tem a sensação de estar se entregando a mil serpentes que eleva o seu gozo ao mais louco êxtase. A essência que flui nesse orgasmo é imediatamente absorvida e transformada em vitalidade. Numa relação heterossexual também pode ocorrer o vampirismo astral apartir que um possui o outro . A mulher absorve o esperma para transformá-lo em energia  viva , e o homem por sua vez domina a fêmea porém vale lembrar que numa relação homossexual o vampirismo Astral  fica evidente no mínimo dez vezes mais. Era muito comum no Império Romano às esposas dos poderosos convocarem muitos escravos para se masturbarem diante de uma banheira , onde era recolhido o esperma para seus banhos de embelezamento. O líquido saído das entranhas dos escravos era um eficiente creme contra as rugas, e deixava a pele macia , num nítido desejo de fugir da ação do tempo outro caso famoso foi o da  Condessa Elizabeth barthory , que recolhia centenas de camponesas no interior de seu castelo na  Itália prometendo-lhes uma vida mais confortável e depois de realizar todos os tipos de libertinagem com as moças . passava todas elas  a espadas para depois  na madrugada tomar orgíacos banhos de sangue. Quando presa e interpelada pelas autoridades sobre o porquê da necessidade do sangue , ela confessou que temia ficar velha , e o sangue das jovens lhe restituía a mocidade perdida. com um vampiro astral acontece à mesma coisa porem sem o envolvimento de sangue e sim de energia.

Os detalhes do ‘como’ e do ‘porque’ alguém pode se tornar um vampiro

Postagem original feita no https://mortesubita.net/vampirismo-e-licantropia/entao-voce-quer-virar-um-vampiro/

Homens de Preto – A Realidade por trás da Ficção

“Queimando discos, queimando livros, Soldados sagrados, visual nazista” – Holy Smoke, Iron Maiden

 “Não os temais, pois; porque nada há de escondido que não venha à luz, nada de secreto que não se venha a saber.” – Mateus 10:26

Homens de preto e Ufologia

 

Milhões de pessoas ao redor do mundo assistiram ao filme “Homens de Preto” e suas sequências, mas poucas sabem de onde foi tirada a inspiração para fazê-los. Como muitos filmes, ele foi baseado numa HQ, e esta num livro escrito em 1956 pelo estadunidense Gray Barker, intitulado “Eles Sabiam Demais sobre Discos Voadores” . Livro este no qual pela primeira vez o mundo ouve falar dos Homens de Preto, um grupo que “sugere” a indivíduos silenciar sobre suas incomuns experiências. Sua alcunha deve-se não apenas a cor que trajam, mas a seu estranho e total anonimato: não revelariam seus nomes, de onde vieram ou por quem foram enviados, daí nenhuma outra forma de referir-se a eles ou descrevê-los. Os carros que dirigem, contudo, teriam aparência oficial.

Antes de escrever este que foi seu primeiro livro, Barker já escrevia artigos do gênero para a revista Space Review, publicada por Albert K. Bender e seu Escritório Internacional de Discos Voadores. Em 1953, Bender abruptamente dissolveu sua organização, alegando que não poderia continuar a escrever sobre OVNIs devido a “ordens de fonte superior”. Após ser pressionado por Barker a revelar maiores detalhes, Bender relatou seus supostos encontros com os Homens de Preto, o que teria motivado Barker a escrever seu livro. É claro que tudo pode não ter passado de um conluio entre os dois, dizem até que o próprio Barker não acreditava no que escrevia, só queria ganhar dinheiro. Mas isto também pode não passar de um boato forjado e espalhado pelos Homens de Preto.

Seja qual for a verdade, isto foi no meio do século passado, época onde a informação sobre tais assuntos deveria ser escassa em relação a hoje, e a Internet apenas uma utopia para a população global. Então, se os Homens de Preto queriam ocultar da humanidade este tipo de relato, podemos dizer que neste âmbito falharam miseravelmente, pois hoje abundam livros e sites sobre o tema. Perante este fato, é claro que muitos vão pensar algo do tipo: “Bem, se isso aconteceu, estes Homens de Preto não devem existir, pois não teriam permitido.” Mas, ora, se existissem, não seria exatamente isto que iriam querer que você pensasse?

Uma hipótese que não podemos esquecer é que a coisa pode não ter acontecido com a permissão deles; talvez eles simplesmente não puderam controlá-la. Eles podem ser poderosos, mas não invencíveis – e certamente teriam alguns inimigos. Isso sem falar que, entre aqueles que conhecem um segredo, às vezes há os que querem revelá-lo. Além disso, como se pode deduzir o trabalho deles teria sido fácil por muito tempo, portanto talvez não estivessem preparados para enfrentar as novas armas na difusão do conhecimento que surgiram junto com os tempos modernos: a invenção da imprensa[1], fotografia (pois esta também reproduz texto), a já citada Internet, etc. Para não falar na TV, é claro. Ao redor de todo o globo, muitos telejornais e diversos programas já apresentaram relatos de avistamentos, abduções, etc. Mas não se pode hipnotizar, drogar ou matar praticamente um país inteiro (pois através da hipnose ou drogas pode-se causar amnésia, mas logicamente não de modo seguro e matematicamente exato como o prático flash do filme).

Então, perante este quadro, nada restaria aos Homens de Preto e seus superiores senão negar e ridicularizar tais testemunhos, esperando assim desacreditá-los – pois uma das coisas que o homem comum mais teme, além da morte, é cair no ridículo, a opinião alheia importa-lhe mais que a própria. Ademais, o governo e a Aeronáutica dos países onde OVNIs são avistados só poderiam negar mesmo, seria grande ingenuidade esperar que admitissem tal coisa. Que governo assumiria ser incapaz de proteger sua população de incontroláveis e desconhecidos invasores? Afinal, boa parte dos impostos pagos destina-se exatamente a este fim. A única razão de existir da Aeronáutica é proteger o espaço aéreo de seu respectivo país, então ela não pode assumir que não consegue cumprir sua tarefa plenamente, que há invasores contra os quais nada pode fazer. Seria como o zelador de um prédio dizer que há um tipo especial de pessoa a qual ele não pode impedir de entrar e sair ao seu bel-prazer. Também não podemos esquecer a hipótese dos OVNIs não serem nada mais que aeronaves ultra-sofisticadas de determinados países. Qualquer um sabe, por exemplo, que os EUA gastam zilhões de dólares em tecnologia militar, então não seria nenhuma surpresa se eles tivessem coisas que nem imaginamos nesse campo (e tudo indica que tenham, vide Área 51). Nesse caso, alguns se perguntariam por que manter secreta a existência destas fabulosas armas e, ao mesmo tempo, algo com que poderia-se inclusive lucrar muito. Bem, a resposta é simples: para que seus vizinhos não sintam-se ameaçados e tentem desenvolver coisa parecida. Não é preciso ser Maquiavel ou Sun Tzu para perceber que só se deve permitir o acesso a uma arma quando já se dispõe de uma arma superior. E no caso dos OVNIs serem aeronaves comandadas por humanos, admitir uma invasão contra a qual nada pode se fazer seria ainda mais vergonhoso – para ambas as partes.

Portanto, apesar de tantos mistérios e dúvidas, um fato ergue-se e permanece indiscutível: os OVNIs, seja lá o que forem, realmente existem. Aliás, vários pilotos de avião já relataram tê-los avistado. Desnecessário dizer, estes são pessoas instruídas que deveriam saber identificar qualquer coisa que surja nos céus (e astrônomos mais ainda). Alguns destes relatos, é claro, permanecem confidenciais, pois são de pilotos militares. Falando nisso, a edição de setembro de 2013 da revista Super Interessante traz uma matéria de capa sobre a abertura de arquivos no Brasil. Então, já sabemos que OVNIs existem, mas não o que são (ou não teriam esse nome, afinal). A pergunta que fica é: Existirá alguém querendo impedir que saibamos o que são? No caso deles terem origem humana, como na hipótese recém explanada acima, obviamente que sim. E se sua origem não for humana, restam-nos duas hipóteses: ou o homem ainda é simplesmente incapaz de descobrir e explicar o que são os OVNIs, ou alguns descobriram mas não quiseram (ou foram impedidos de) revelar ao mundo.

Quanto a extraterrestres, talvez uma pergunta interessante a ser feita seja: Se eles existem, será que iriam querer que soubéssemos? Provavelmente não, ou já teríamos provas disso.

Mas agora vamos mudar de assunto, pois essa é  só a ponta do iceberg.

 

Escondendo mais do que você imagina… Homens de Preto e outros Segredos

“Existe uma história escrita para gente comum, e outra invisível aos olhos do povo, escrita por nós, que fizemos a história acontecer. Assim é a vida, assim somos nós e vocês: os que fazem a história e os que a aprendem com obediência, como nós desejamos.” – Serrano Suner em “A Fórmula da Eterna Juventude e outros Experimentos Nazistas”, de Carlos Nápoli

“Somente os pequenos segredos precisam ser guardados; os grandes, ninguém acredita.” – Herbert Marshall

De qualquer forma, quer extraterrestres existam ou não, não se pode, como nos mostra a própria História, negar a existência de grupos – interligados ou não – cujo objetivo é suprimir e/ou monopolizar o conhecimento (este, definitivamente, ainda não é e nunca foi livre). Assim, extraterrestres podem até não existir, mas creio que o mesmo não pode ser dito, como veremos a seguir, dos Homens de Preto. “Mas então, o que eles escondem de nós?” Bem, se eu soubesse seria um deles, mas não é preciso ter uma imaginação de Julio Verne para fazer algumas suposições.

Só para citar alguns exemplos, Mussolini assim como Hitler tinha seus conselheiros místicos, e sob ordens de dois deles, em 1944 foram queimados 80.000 (sim, 80 mil, mas espere até ler sobre Alexandria) livros e manuscritos da Sociedade Real do Saber de Nápoles, visando impedir que documentos mágicos importantes caíssem nas mãos dos Aliados. Entre eles, encontravam-se manuscritos inéditos de Leonardo Da Vinci, como também documentos apreendidos de Aleister Crowley na sua abadia em Cefalu, Sicília. Todos já ouviram falar da famosa Biblioteca de Alexandria, segundo a Wikipédia “ela continha praticamente todo o saber da Antiguidade em cerca de 700.000 rolos de papiros e pergaminhos” – também não é para menos, pois seu lema era “adquirir um exemplar de cada manuscrito existente na face da Terra”. Mas ao contrário do que tantos pensam, ela não foi destruída por acidente em decorrência de batalhas. Ela continha inúmeros documentos alquímicos que foram roubados ou destruídos, não só pela cobiça e avareza como também pelo fanatismo religioso dos arábes, que seguiam as absurdas máximas “não há necessidade de outros livros senão O Livro (Alcorão)” e “o livro de Deus é-nos suficiente”. Mas isto, é claro, pode ter sido apenas um pretexto. Afinal, é fácil entender o medo, ou mesmo desespero, dos poderosos perante a Alquimia. Se todos pudessem fabricar ouro em casa, obviamente ele perderia o seu valor e, assim, impérios ruiriam. Portanto, não é difícil entender por que a Igreja Católica combateu tão fortemente a Alquimia. (Sobre a Magia de modo geral, poderia-se dizer que ela supostamente permitiria ao homem comandar a Natureza e seu próprio destino, e às vezes o dos outros também, assim “brincando de deus”.) Em 1897, herdeiros de Stanislas de Guaita foram ameaçados de morte se não destruíssem quatro manuscritos inéditos do autor que versavam sobre “Magia negra”, assim como todo seu arquivo. A instrução foi cumprida.

Em 1971, um russo radicado na França, Jacques Bergier[2] escreveu “Os Livros Malditos”, no qual relata não só os casos acima descritos como também outros semelhantes, e diz estar convencido da existência de uma antiga sociedade secreta destinada a ocultar certos conhecimentos da humanidade. Bergier refere-se a ela como – adivinhe? – “os Homens de Preto”. De sua existência (ou, pelo menos, de algo parecido) há muitos indícios e estou inclinado a concordar com Bergier. A História está cheia de exemplos de livros ou documentos que são censurados ou mesmo avidamente procurados, e a cujos proprietários às vezes acontecem estranhos acidentes – daí também o adjetivo “malditos” para descrever os livros que Bergier aborda em cada capítulo. Parafraseando o próprio, é preciso ler “Os Livros Malditos”, assim, não me estenderei muito sobre seu conteúdo aqui.

Num mundo ignorante como o nosso, certamente será taxado de paranóico ou esquizofrênico quem alegue existir um grupo de homens cujo principal objetivo é esconder certas coisas da humanidade. Mas há uma enorme prova, a qual todos conhecem só não se apercebem, de que um tal grupo, pelo menos, existiu: A Inquisição. E infelizmente, não se pode negar que ainda existe coisa semelhante, pois é bem sabido que os Arquivos do Vaticano contém inúmeros documentos secretos e únicos. E tal supressão do conhecimento é ainda mais evidente em certos cantos mais atrasados do mundo, que parecem continuar na Idade das Trevas ou coisa até pior, chegando ao extremo de proibir as mulheres de aprender a escrever e estudar – às vezes, até de falar. Perante estes fatos, é difícil refutar a existência de uma espécie de “fraternidade negra” inimiga da luz do conhecimento – os místicos e ocultistas chamam-na “a loja negra”. Mas, num mundo feito de cegos, aqueles que enxergam são taxados de loucos.

Veja onde o homem chegou, já querem enviar pessoas a Marte – o que não muito tempo atrás, também seria loucura. Agora considere, por um momento, que nossa civilização tenha sido de alguma forma aniquilada, mas alguns poucos tiveram a sorte – ou o azar, pelas condições em que o mundo se encontraria – de sobreviver (sim, exatamente como naquela imbecil dinâmica de grupo. Aliás qual não é?) Suponha que, com alguma sorte e muito sexo, estes poucos remanescentes tenham conseguido dar continuidade à raça humana. Seus descendentes nasceriam num mundo devastado, onde as coisas que consideramos mais triviais tornariam-se as mais incríveis lendas: televisores, automóveis, aviões, computadores, telefones, armas de fogo e qualquer outro tipo de máquina ou tecnologia. Os primeiros, os que sobreviveram à catástrofe, saberiam que tais coisas um dia existiram e contariam a seus filhos, dos quais talvez alguns acreditariam, outros não. E se ninguém fosse capaz de recriar estas coisas um dia (ou se fossem recriadas mas mantidas em segredo), tais “lendas” passariam de geração em geração tornando-se cada vez mais desacreditadas, podendo até mesmo caírem no esquecimento. E se eles encontrassem qualquer um de nossos “misteriosos artefatos”, não saberiam como nem para que foram feitos – hei, isso não parece familiar? Tal descrição se aplica, por exemplo, aos Crânios de Cristal

Então, quem pode nos garantir que já não aconteceu coisa semelhante?

Ou melhor, e se eu lhe disser que há provas de que existiu uma prodigiosa ciência perdida?

Provas estas, aliás, muito grandes e concretas que todos conhecem.

Do que eu estou falando?

Das Pirâmides do Egito. (Não disse que eram grandes e concretas?)

Mas por que as Pirâmides do Egito seriam provas de que um dia houve uma ciência perdida?

Ora, por uma razão muito simples: curiosamente é um fato pouco divulgado, mas ao menos por enquanto é impossível reproduzí-las com perfeita exatidão. Ainda mais pelo mesmo método, qualquer que tenha sido. Existem variadas teorias sobre como foram construídas as pirâmides, mas nenhuma delas plenamente satisfatória – não à toa, não há nem sombra de consenso. Ou seja, atualmente, o homem é incapaz de repetir um feito de milhares de anos atrás, porque o conhecimento necessário para tal se perdeu (ou foi preservado em segredo). Como se isso não bastasse, também não se sabe POR QUE elas foram construídas, isto é, sua verdadeira finalidade. Não, não foi para servirem de tumba ou cofre de tesouros, como surpreendentemente veremos a seguir. Àqueles interessados em maiores detalhes, recomendo a leitura dos textos de Marcelo Del Debbio sobre o assunto (além daqueles citados aqui, o divertido “A Pirâmide do Faraó Del Debbio I”). Todavia, alguns destes detalhes são tão impressionantes que não poderei deixar de citá-los. É bem conhecida e justificada a predileção dos mais céticos por números, então vamos a eles:

(Dentro das aspas, coloquei meus comentários ou cortes do texto entre colchetes, aqueles entre parênteses são do próprio Del Debbio)

“A base da pirâmide [de Queops] é perfeitamente plana, com desnível de apenas 0,075cm/100m (para quem não é arquiteto ou engenheiro esses números não dizem muita coisa, mas para ter uma idéia comparativa do quão preciso foi o nivelamento das pirâmides, basta dizer que edifícios modernos de alta tecnologia chegam a 15-20cm/100m em desnível). As 3 pirâmides alinham-se com a constelação de Órion [3 Marias] com margem de erro de 0,001% quando comparadas com a posição destas estrelas no céu em 10.500 AC.” – Extraído do texto “Pirâmides, Pirâmides… – parte II”

“Assim como são ‘coincidências’ […] as pirâmides encontradas na China alinharem perfeitamente com a constelação de Gêmeos, os Templos astecas de Tecnochtitlan estarem alinhados com a constelação de Urso, Angkor Wat (aqueles templos que a Lara Croft explora no Cambodja) estarem alinhados com a constelação do Dragão e assim por diante…” – Extraído do texto “Pirâmides Submersas no Japão – parte 1”

“E eu nem comecei ainda a falar sobre a Câmara do Rei, cuja configuração e proporção das pedras do chão refletem as medidas/translações dos seis primeiros planetas do Sistema Solar (Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno). […] apesar de todo este cuidado milimétrico de projeto da pirâmide, o ‘sarcófago’ é PEQUENO DEMAIS para caber uma pessoa deitada dentro dele. […] As otoridades egípcias afirmam que a pirâmide é a tumba de um faraó. Embora NUNCA se tenha encontrado sequer uma múmia em NENHUMA das 111 pirâmides catalogadas. Também nunca foram encontrados NENHUM tesouro de faraó algum. Todas as múmias foram encontradas em cemitérios localizados aos pés das pirâmides ou em templos adequados para tal (Mastabas). Todos os tesouros encontrados estavam nos templos e antecâmaras, mas nunca dentro das estruturas. A explicação oficial é que ‘ladrões de tumbas’ saquearam todos os tesouros e as múmias. Embora, voltando a Khufu [nome egípcio de Queops], os exploradores tiveram de DINAMITAR a passagem para entrar, e nada encontraram lá dentro. Ou seja, se houvessem ‘ladrões de tumba’ eles entraram, levaram TUDO (tudo tudo tudo) e ainda tiveram a paciência de recolocar todas as pedras na entrada de modo a deixá-la do mesmo modo que ela estava antes deles chegarem, com direito a mesma precisão milimétrica dos encaixes.” – Extraído do texto “Pirâmides, Pirâmides… – parte II”

“As medidas internas oficiais [do sarcófago] são 1,68m x 68,1cm x 87,4cm. A menos que o faraó fosse bem anãozinho, não poderia ser colocado junto com seu ‘chapéu de faraó’ e ‘ornamentos de faraó’ dentro de um sarcófago tão pequeno. Teriam nossos amigos escravos egípcios, que empurraram tantas pedras tão pesadas ladeira acima e construíram uma pirâmide com erro de 58mm em 230m, errado tão idiotamente logo no ‘coração’ da tumba?” – Extraído do texto “Pirâmides parte III – A Câmara dos Reis”

Embora o complexo de templos Abu Simbel não tenha nada a ver com as pirâmides, eu também não poderia deixar de citar o estranho caso de sua “mudança” aqui, pois talvez o método usado no transporte de seus blocos tenha sido o mesmo das pirâmides. Se você acha que as coisas não podem ficar mais estranhas, prepare-se para o gran finale:

“…existia um enorme complexo de templos chamados Abu Simbel no Egito. As otoridades precisavam construir uma grande barragem e uma mega-hiper operação mundial foi organizada para desmontar e transportar o templo de Abu Simbel para uma montanha a salvo das águas da barragem. Pois bem. A grande maioria das pedras esculpidas no templo de Ramsés II foi retirada das pedreiras de Assuã, distantes cerca de 120km do templo, incluindo a cabeça do faraó, que foi transportada e esculpida em UM ÙNICO bloco de pedra. Quando os técnicos e engenheiros suíços e alemães foram transportar estes blocos para o local seguro, apesar dos GUINDASTES e HELICÓPTEROS envolvidos na operação, tiveram de fragmentar diversas estátuas e blocos de construção do templo para transportá-los. Vamos escrever mais devagar para os que não entenderam: blocos de pedra que os egípcios (os ‘escravos seminus de 6.000 anos atrás’ haviam conseguido manobrar, esculpir e encaixar intactos) tiveram que ser divididos, pois a tecnologia do século XX não conseguiu repetir o feito.” – Extraído do texto “Dilúvio, Pirâmides e Stonehenge”

As implicações disto são tão óbvias quanto espantosas: ou eles dispunham de guindastes e helicópteros de maior capacidade que os atuais, ou… ou o quê? Que dizer diante disto?

Perante estes fatos, a introdução do misterioso “Livro da Perdição” da O.A.I. já não parece mais tão fantástica:

“1.1. Eons atrás, muito antes da humanidade vagar por este planeta, existe uma irmandade de feiticeiros.

1.2. Eles são mestres em sabedoria, ciência e conhecimento até então ignorado pela história da humanidade.”

Para os mais céticos, é claro que a palavra “feiticeiros” pode ser substituída por “cientistas”. Afinal, que é a ciência aos olhos da ignorância, senão feitiçaria? A Igreja Católica que o diga. “Feitiçaria”, “Magia” e etc. nada mais são do que palavras inventadas para descrever aquilo que não conseguimos compreender COMO e POR QUE acontece, entretanto todo efeito tem sua causa, mesmo que oculta e ignorada. Um homem primitivo, ao ver você apertar uma tecla e acender uma lâmpada consideraria isto Magia, porque ele não compreende e ignora o porquê da lâmpada acender-se. Assim é com todas as coisas. Para produzir determinado efeito, é preciso saber como causá-lo, e os que não sabem consideram-no “mágico” por parecer inexplicável. Mas como todo efeito tem sua causa, não existe NADA realmente inexplicável, apenas coisas cuja explicação desconhecemos.

Laurence Gardner, em seu instigante livro “Os Segredos Perdidos da Arca Sagrada – Revelações Surpreendentes sobre o Incrível Poder do Ouro” alega que o ouro monoatômico, um pó extraído do ouro, possibilita tornar objetos mais leves, dentre outras propriedades especiais, e seria a verdadeira Pedra Filosofal. (No filme Alone In The Dark, é dito que a humanidade já não se lembra mais do real motivo que torna o ouro tão valioso. Ao contrário do que se comumente pensa ele até tem utilidade prática, não só ornamental, mas nada que justifique seu exacerbado valor aos olhos do bom senso. Outros metais, muito mais úteis e necessários, não deveriam valer mais?)

Antes de prosseguirmos, uma incômoda e desconcertante questão merece ser posta:

Se não há uma espécie de conspiração destinada a esconder estes surpreendentes fatos sobre as pirâmides, por que eles são tão pouco divulgados? Se eles não forem dignos de menção, então eu não sei o que é. Não é o tipo de coisa que deveria inclusive ser ensinado nas escolas?

Somos ensinados que aqueles que habitaram o globo antes de nós eram primitivos, selvagens e ignorantes. Mas este parece ser apenas um lado da História – o que querem que conheçamos. Afinal, nada impede que dois ou mais grupos com diferentes graus de evolução (tanto científica como moral) co-habitem o planeta. Ficou complicado? Não tem problema, Tamosauskas descomplica em “A Improvável História do Macaco que Virou Gente”:

“Quando os Tasmanianos foram contatados pelos europeus no século XVI eles não tinham descoberto o fogo, não tinham escrita, crenças, nem qualquer conceito de música. Era cerca de 1600 depois de Cristo, mas isolados do resto do mundo eles não tinham sequer desenvolvido ferramentas feitas de pedras. E eles tinham o mesmo cérebro e corpo que o nosso e muitas, muitas pedras.”

Este tipo de situação discrepante é uma realidade ainda hoje. Da mesma forma, alguns dos antigos poderiam ser muito evoluídos, mais do que podemos imaginar, e tudo indica que tenham sido mesmo. Aparentemente, e em alguns casos comprovadamente, eles já sabiam de coisas que o homem só descobriu recentemente, ou nem descobriu ainda. No capítulo de “Os Livros Malditos” que aborda o livro “A Dupla Hélice”, Bergier nos chama a atenção para uma coincidência que, não considero exagero descrever como espantosa: A grande semelhança entre a molécula do DNA e o caducéu de Hermes, antigo símbolo da Medicina (anterior ao bastão de Asclépio).

 

(Interessante lembrar que a descoberta do DNA possibilita a engenharia genética, motivo pelo qual segundo algumas lendas Atlântida foi castigada. Alguns chegam a dizer que o porco, animal muito semelhante ao ser humano, foi resultado de experiências deste tipo. Isto também explicaria, é claro, quaisquer seres híbridos da mitologia.)

As duas serpentes representam as forças opostas (embora eu prefira o termo complementares) do Universo em equilíbrio. Afinal, uma pilha com dois pólos positivos ou negativos não funciona, sem vida não haveria morte e sem morte não haveria vida, sem trevas não haveria luz e assim por diante. Não obstante, alguns devem estar se perguntando por que tal figura foi adotada como símbolo da Medicina. A estes respondo com outra pergunta: Não poderíamos dizer que saúde é, numa palavra, equilíbrio?

No caso, o equilíbrio dos elementos presentes em nosso corpo.

Ainda, devido ao fato de trocar de pele, a serpente era considerada um símbolo do rejuvenescimento e saúde. Como as coisas mudam, não? De símbolo da saúde a símbolo do mal, infelizmente parece que Goebbels estava certo: “Uma mentira contada mil vezes torna-se verdade.” Por isso devemos sempre nos questionar e procurar conhecer a verdade por nós mesmos, ao invés de aceitar tudo que nos empurram goela abaixo como verdadeiro. Claro que isto pode soar paranóico, mas talvez a paranóia ainda seja preferível à ignorância. Aliás, não é exatamente isto que os formadores de opinião desejam que se pense? Ainda sobre a injustiçada serpente, é engraçado como não enxergamos o que está bem embaixo de nosso nariz; poucos notam, mas a serpente é também o símbolo de um famosíssimo herói bastante vigoroso e, digamos, com uma “saúde de aço”:

Alguns podem ter se lembrado da Kundalini, a energia adormecida no chakra mais baixo que, se despertada eleva-se como uma serpente ao longo da coluna vertebral e concederia poderes paranormais ao Iniciado. Talvez isso explique por que os Faraós eram considerados deuses e tinham a cabeça adornada por uma serpente.

E falando nisso, é também extremamente semelhante à molécula do DNA a posição dos canais Ida e Pingala, presentes em nosso corpo sutil segundo a sabedoria oriental:

 

A também extrema semelhança entre o caducéu de Hermes – uma representação do equilíbrio universal – e os três principais nadis, como são chamados estes canais da ilustração, lembra-nos da máxima “o que está acima é como o que está abaixo”. E também da afirmação de que o homem foi criado “à imagem e semelhança de deus”, sendo deus, neste caso, apenas outra palavra para designar o Universo.

Outra coisa que suscita a existência de um antigo saber são os chamados “ooparts”, sigla de Out Of Place Artifacts, artefatos fora de lugar ou época. Há bastante controvérsia sobre eles, mas talvez possamos dizer que o mais famoso e legítimo seja a Máquina de Anticítera (ilha grega), capaz de prever com precisão o movimento de astros e apontada como o primeiro computador do mundo. Sua datação foi estimada em 87 a.C.. Utilizando-se tal máquina, seria possível prever eclipses, então não é preciso muita imaginação para perceber que ela poderia ser usada pela classe dominante para convencer o povo de que ela “conversa com os deuses”. O fato de só ter sido encontrado até hoje apenas UM exemplar da Máquina de Anticítera torna a questão ainda mais embaraçosa. O que eu disse antes sobre Ciência e Magia se aplica muito bem aqui. Enquanto ignoramos como se dá determinado processo, ele permanece (na verdade aparenta ser) simplesmente mágico. Uma arma de fogo, por exemplo, certamente também seria vista como “mágica” por um homem de outra época, ainda mais porque ninguém é capaz de enxergar uma bala percorrendo o ar no momento do disparo. Então você pode imaginar a reação e espanto das pessoas. Você não seria visto como um grande feiticeiro… seria visto como um DEUS. Afinal, como alguém poderia inflingir dor ou mesmo matar alguém a metros de distância sem nem tocá-lo?! Na verdade, poderia alguma coisa ser mais espantosa, assustadora e mágica do que isso? Quem sabe um Theremin, um instrumento musical que emite som sem que seja necessário contato físico direto com ele. Não, você não entendeu errado:

“Obra do Diabo!” Podemos rir da ignorância de nossos antepassados, mas provavelmente também rirão de nós daqui alguns milhares de anos, ou talvez menos. Provavelmente temos “certezas” tão erradas como a de que a Terra era plana.

Mas o exemplo recém exposto nos leva à uma conclusão curiosa, e talvez a própria razão da existência dos Homens de Preto. Quando o conhecimento é compartilhado (no caso o conhecimento de como fabricar e usar uma arma), advém a igualdade. Mas quem disse que a igualdade é sempre boa? Imagine um mundo onde todos tivessem uma arma, e estou falando de uma arma igual (e com munição infinita, para tornar o jogo mais divertido). Será que nesse mundo haveria mais respeito pelo próximo ou mais violência e caos? Disto concluímos algo simples e evidente: A manutenção da ordem depende da desigualdade de poder, esta infelizmente parece ser um mal necessário. Mas aqui nos deparamos com outro sério problema. Se para manter a ordem é preciso que o poder esteja nas mãos de uns em detrimento de outros, o ideal seria que apenas os bons e justos detivessem o poder. Mas são estes que governam o mundo? Ninguém é estúpido o suficiente para crer nisso. Os detentores do poder deveriam usá-lo para defender os desprotegidos que não o possuem, fazer justiça e manter a ordem. Entretanto, o que mais vemos é ele ser usado apenas em benefício próprio, escravizando os mais fracos – às vezes sutilmente, como no caso do dinheiro, a mais poderosa arma de dominação em massa projetada pela mente humana. Disto não há maior exemplo do que o próprio capitalismo, pois seu único objetivo é o aumento do próprio poder, o que não pode ser feito sem tirar de outrem. Para que uns tenham mais, é preciso que outros tenham menos, para um lado da balança subir o outro tem que descer. Talvez até possa ser dito que Cristo profetizou o capitalismo ao dizer que “os ricos ficarão mais ricos e os pobres mais pobres”. A palavra “capital” deriva do latim “caput” que significa “cabeça”, ou seja, capital é aquilo que comanda todo o resto. E como sabemos, capital é apenas um eufemismo para dinheiro, ou seja, o dinheiro comanda o mundo, isto é, aqueles que o possuem em maior quantidade. O que move este mundo é o dinheiro – literalmente, se não fosse por ele as pessoas não sairiam de casa todos os dias para ir ao trabalho. Como diria David Icke com toda razão, a melhor tirania é a invisível, a menos que ela queira ser derrubada.

De qualquer forma, infelizmente alguns seres humanos só respeitam o que temem, o que pode lhes causar dano e é mais poderoso do que eles. Enquanto isto continuar, a desigualdade de poder também continuará extremamente necessária para o bem geral, pois os maus nada respeitam senão a ameaça de uma força maior. Mas o que fazer quando os maus estão no poder? Uma luta desigual vale a pena ser lutada?

Mas dilemas morais à parte, se houve um saber antigo em alguns aspectos igual ou mesmo superior ao atual, como ele se perdeu?

Bem, temos de admitir que nem só de mentiras é feita a Bíblia; pois já foram encontradas o que podemos chamar de provas que o dilúvio, se não total então parcial, realmente aconteceu. Já foram encontradas pirâmides submersas no Japão e próximas à Cuba. Lembremos que certas profundidades do oceano, devido à alta pressão, ainda são inacessíveis para o homem ou qualquer máquina, então talvez ainda haja muito mais lá – Cthullu, você está aí? Veja só como somos ignorantes, não conhecemos nem nossa própria casa por completo. Mas como se isto não bastasse, lembremos que o dilúvio está presente na “mitologia” de muitos povos que nunca tiveram nenhum contato entre si. A Wikipédia nos fornece até mesmo uma “lista de dilúvios”:

  • Dilúvio sumério
  • Dilúvio africano
  • Dilúvio hindu
  • Dilúvio grego
  • Dilúvio mapuche
  • Dilúvio pascuenses
  • Dilúvio maia
  • Dilúvio asteca
  • Dilúvio inca
  • Dilúvio uro

Esqueceram de incluir também o dilúvio nórdico, no qual todas as criaturas choram pela morte do mais amado e belo dos deuses, Balder (ou Baldur). Ainda segundo a Wikipédia:

“Antropólogos dizem que há mais de 1.000.000 (isso mesmo, um milhão!) de narrativas do dilúvio em povos e culturas diferentes do mundo e todas elas, coincidentemente ou não, são no início destas civilizações.”

Agora, se houve uma Ciência de alguma forma superior à nossa, terá ela se perdido por completo ou tido alguns resquícios preservados? Vejamos o que nos diz Del Debbio:

“…a Bíblia deve ser lida de maneira alegórica. Quando escrevemos que Noé levou dentro da Arca dois elefantes, queremos dizer que ‘os conhecimentos da civilização hindu foram preservados’, quando escrevemos que ele levou duas girafas, quer dizer que ‘os conhecimentos da civilização africana’ foram preservados e assim por diante. Não existe e nem nunca existiu barquinho algum. A ‘Arca’ de Noé é a mesma ‘Arca’ da Aliança, a fuga das águas e a fuga do Egito são apenas metáforas diferentes para a mesma situação: a preservação do conhecimento oculto.” – Extraído do texto “Dilúvio, Pirâmides e Stonehenge”

Ainda segundo ele:

“…o ato de imergir o corpo do candidato dentro de um rio ou banheira com água em uma iniciação (‘Baptizem’ em grego) representa simbolicamente que, apesar das águas terem coberto toda a civilização antiga e destruído tudo, sempre haverá alguém – o iniciado – para guardar e proteger estes segredos. Além disto, está ligado intimamente aos ritos de morte e renascimento (as doutrinas da reencarnação)…”

Mas… por que guardar esse conhecimento em segredo?

Como explanarei a seguir, suspeito de outras nem tão nobres, mas Bergier aponta-nos a possibilidade de uma boa razão:

“…se outras civilizações existiram antes da nossa e foram destruídas por abusos dos poderes da ciência e da técnica, a lembrança delas e de sua morte podem inspirar uma conspiração que visaria evitar que tais catástrofes tornassem a reproduzir-se. Uma ideologia dessa natureza pode, talvez, ser encontrada sem dificuldade nos escritos de Joseph de Maistre, Saint-Yves d’Alveydre ou René Guénon. Tal ideologia consiste em admitir a existência de uma Tradição mais antiga que a História, de centros detentores dessa Tradição e poderosamente protegidos; para ela, a ciência, as técnicas e os conhecimentos de toda natureza constituem um perigo permanente.”

Conclusão – As Duas Faces da Moeda

“…loucos jogam com palavras e fazem todos dançarem sua música
Afinada com milhões de famintos, para criar um tipo melhor de arma
(…) Enquanto os responsáveis pelo massacre cortam sua carne e lambem o molho
Lubrificamos os dentes da máquina de guerra e a alimentamos com nossos filhos” – 2 Minutes To Midnight, Iron Maiden

“Estou persuadido de que é possível escrever cinco linhas apenas que bastariam para destruir a civilização.” – Fred Hoyle, Os Homens e as Galáxias

Portanto, apesar de todos os pesares, devemos enxergar o quadro todo, isto é, ser imparciais e até mesmo fazer o papel de “advogado do Diabo” ou, no caso, dos Homens de Preto. Pois o conhecimento por si só não é mau nem perigoso, mas as pessoas que se apoderam dele podem sê-lo, assim como seu uso ou abuso. Infelizmente, podemos dizer que Hoyle estava certo: é possível “varrer” todo o planeta com armas nucleares, e o número de armas nucleares existentes já é suficiente para fazer isso até mais de uma vez. Então, dizer que o homem pode deflagar o Apocalipse[3] não é uma afirmação simbólica ou exagerada. Isto demonstra o lamentável grau de evolução em que o homem se encontra: ele já inventou algo capaz de fazer o mal a todos, mas ainda não inventou nada que possa beneficiar toda a humanidade (será que um dia inventará?). Mas mais assustador e preocupante do que o fato do homem ter desenvolvido uma arma capaz de aniquilar a si mesmo, é o fato de que ele tende, mais ou cedo ou mais tarde, a utilizar as armas que desenvolve. Uma civilização cujo grau de evolução científica é muito superior a seu grau de evolução moral talvez esteja fadada à auto-destruição. O ideal seria que caminhassem juntas, mas não é o que vemos. A corrida armamentista é um perigoso círculo vicioso onde, uma vez dado o pontapé inicial, não há mais volta. Uma vez que seu semelhante tenha desenvolvido determinada arma, é preciso pelo menos ficar em pé de igualdade para defender-se e não ser subjugado. E quando o conhecimento é usado para subjugar ao invés de beneficiar a todos, talvez ele deva mesmo ser proibido. Bergier também aborda esta importante questão em “Os Livros Malditos”:

“…o problema da aplicação das ciências e das técnicas para a guerra continua. A maior parte dos congressos científicos chegam cada vez mais à conclusão de que é preciso esconder certas descobertas e adotar atitude semelhante a dos antigos alquimistas; senão o mundo perecerá.” (Lembrem-se que isto foi escrito em 1971.)

Logo a seguir, ele vai ainda mais longe:

“Do mesmo modo, é evidente que os segredos da Alquimia não possam ser divulgados. Se é possível fabricar uma bomba de hidrogênio em um forno a gás, o que creio possível, pessoalmente, é preferível que o processo de fabricação não seja dado a público. (…) Não esqueçamos que em nossos dias qualquer um pode, com investimentos mínimos, construir um laboratório que Curie ou Pasteur teriam invejado. Pessoas já fabricam, em suas casas, o LSD ou a fenilciclidina, droga ainda mais perigosa. Se qualquer um, hoje, conhecesse o segredo de Filippov, poderia certamente encontrar no comércio todas as peças necessárias para construir o aparelho e, sem nenhum risco pessoal, fazer explodir, a muitos quilômetros de distância, pessoas (ou coisas) que lhe desagradassem.”

Cientista russo, em 1903 Filippov foi “encontrado morto em seu laboratório. (…) A polícia apreendeu todos os trabalhos do sábio, notadamente o manuscrito de um livro que deveria ser sua 301ª publicação. O Imperador Nicolau II examinou, ele mesmo, o processo, depois o laboratório foi completamente destruído e os papéis queimados.”

Então, quando nos lembramos do quão maligno o homem pode ser (ou, no fundo, é) fica difícil não dar pelo menos um pouco de razão aos Homens de Preto. O que é uma lástima, pois diz-se que tudo tem dois lados, e o conhecimento/poder também é uma faca de dois gumes: pode ser usado em prol do bem geral, ou para escravizar. O mesmo se aplicaria à descoberta de Filippov:

“Gorki publicou uma entrevista que teve com Filippov, e o que marcou o escritor foi a possibilidade de transmitir a energia à distância e industrializar, dessa forma, mais depressa o país que precisasse disso. Glenn Seaborg, presidente da comissão americana de energia atômica, evocou, o ano passado (1970), possibilidades análogas: uma energia que viria do céu sobre um feixe de ondas e que permitiria industrializar quase instantaneamente um país em vias de desenvolvimento, isto sem criar nenhuma poluição.”

Mas, se o conhecimento é uma faca de dois gumes, seu ocultamento também o é. O que nos deixa com a pergunta:

Através da ocultação do conhecimento somos mais protegidos ou dominados? Serão os Homens de Preto protetores da humanidade ou tiranos inescrupulosos que visam o monopólio do conhecimento e, assim, do poder? Talvez um pouco de cada, pois, parafraseando um amigo de Bergier, a porcentagem de cretinos talvez seja a mesma em todos os lugares.

A questão acima lembra-nos do significado de um famoso símbolo frequentemente mal interpretado como “satânico”, o Olho na Pirâmide. Como nos ensina o sábio Sr. Meias: “O cume é a elite, esclarecida pelo olho da consciência que tudo vê, e domina uma base cega feita de tijolos idênticos, que seria a população.” (O que também lembra-nos, é claro, de uma famosa canção de rock progressivo.)

Quem guardará os guardiões?

Para finalizar, é importante deixar claro que o termo “Homens de Preto” não refere-se a um grupo específico, mas é absolutamente genérico designando qualquer grupo cujo objetivo seja suprimir qualquer conhecimento. E agora tome cuidado, porque o Sr. J e o Sr. K podem bater à sua porta. E como nos ensina o Teste de Fidelidade, não confie em ninguém.

Notas:

[1] Na verdade a imprensa (máquina) é mais antiga do que muitos imaginam: segundo a Wikipédia, foi inventada em 1439 pelo alemão Gutenberg. Contudo, a impressão em escala industrial só surgiu no séc. XIX, possibilitada pela substituição da imprensa operada manualmente por prensas rotativas inicialmente movidas a vapor.

[2] Nascido Yakov Mikhailovich Berger, Bergier é mais conhecido por sua obra em parceria com Louis Pauwels, “O Despertar dos Magos”.

[3] Para outras possibilidades apocalípticas, leia “Projeto HAARP: A Máquina do Apocalipse”

Por Fenix Konstant

Postagem original feita no https://mortesubita.net/ufologia/homens-de-preto-a-realidade-por-tras-da-ficcao/

Quem pode ser e o que deve ser feito para se tornar um Thelemita?

Por Jonatas Lacerda

Faze o que tu queres deverá ser o todo da Lei.

Muitas vezes sou questionado a respeito de como uma pessoa pode se tornar Thelemita, assim como de quais são os requisitos para ser um. A partir disso fica a questão: Quem pode e o que deve ser feito para se tornar um Thelemita?

Não existem escolas que trabalhem na formação de Thelemitas, já que não se forma um Thelemita, todo homem e toda mulher nascido após o Equinócio dos Deuses[1], está preparado para esta era e está em suas mãos aceita-la ou não. Não são necessárias quaisquer certificações e nem mesmo patentes que atestem seu conhecimento ou o status, assim como, não são necessários mestres ou instrutores[2]. Enfim, ser Thelemita é uma questão pessoal e somente o indivíduo tem capacidade para se considerar um[3].

A verdade é que a resposta dessa pergunta é muito simples. Por definição, um Thelemita é aquele que aceita o Livro da Lei e que trabalha, de alguma forma, na divulgação e no estabelecimento da Lei do Novo Æon, Thelema. O Thelemita está cônscio de seu papel na sociedade e está disposto a avaliar seus atos sob a ótica da Lei e a trabalhar dia-a-dia na evolução de sua própria concepção: sobre si mesmo, sobre o próximo, sobre a humanidade e sobre o meio-ambiente. Ele é responsável por todos os seus atos e deve observar esses constantemente, para que dessa forma, jamais interfira na órbita de outras estrelas.

O Thelemita toma a consciência da não existência do pecado, e dessa forma se não existe pecador não existe redenção e, portanto não há como culpar a Deus ou ao Diabo por suas dádivas ou por suas tentações. Toda ação tem uma reação e toda mudança só é realizada com intenção, portanto, somos responsáveis por tudo de bom e tudo de ruim em nossas vidas e devemos sempre procurar melhorar cada aspecto dela, avaliando e corrigindo nossas falhas.

O Thelemita deve buscar por sua ascensão em Luz, Vida, Amor e em Liberdade e a Lei de Thelema tem a fórmula que é capaz de auxiliá-lo a compreender sua relação com cada ponto deste vasto espaço. O mais importante é que o Thelemita está consciente de sua realidade como uma estrela única e também da existência de muitas outras, que são, por direito, também únicas.

A Lei de Thelema é sim o encontro da liberdade incondicional, mas exatamente por ser a Lei de Liberdade, ela se mostra ao Thelemita como a mais restrita de todas as restrições, já que a liberdade não está ali somente para ele, ela está da mesma forma para todos.

Todo homem e toda mulher tem o sagrado direito de aceitar o Livro da Lei e de aplicar os preceitos da Lei de Thelema em sua vida. Não existe a obrigatoriedade de uma iniciação ou rito de passagem, nem de nomeação ou ainda de se filiar a uma organização[4]. Todo homem e toda mulher que aceita o Livro da Lei e caminha em direção da aplicação completa dos preceitos da Lei de Thelema em sua vida e trabalha de alguma forma, na divulgação e no estabelecimento do Æon da Criança Coroada e Conquistadora, é um Thelemita.

Amor é a lei, amor sob vontade.

Notas de Rodapé

1- O início do Æon de Hórus, em 1904.

2- É evidente que em muitos casos é necessário que um Thelemita auxilie outro em diversas questões relativas à Lei. O importante é ter em mente que mesmo que existam mestres ou instrutores, eles não são fundamentais para que uma pessoa se considere uma Thelemita.

3- Dizer que alguém é Thelemita, lhe forçando, de alguma forma a sê-lo é uma interferência danosa que jamais deve ser realizada. Um homem ou uma mulher só é Thelemita se ele ou ela assim o quiser. ? voltar

Muito embora realmente não haja a necessidade de se filiar a uma organização de cunho Thelêmico, é muito comum que se faça isso, já que essas organizações são extremamente importantes, em primeiro lugar para ajudar no crescimento individual da pessoa e em segundo lugar, para fornecer ferramentas que auxiliem na tarefa de divulgação da ideia do Novo Æon.

Publicado originalmente em Thelema.com.br

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/quem-pode-ser-e-o-que-deve-ser-feito-para-se-tornar-um-thelemita

Alquimia e a Transmutação dos Metais

A Arte alquímica, ao tratar da transmutação dos metais, considera estes como os símbolos das mudanças psicológicas que nos primeiros tempos operam no aprendiz, que estudando com concentração e paciência os textos sagrados e os vivenciando em seu Atanor interno, irá observando as transformações que produz uma nova visão. Desta maneira, perceberá coisas que se lhe escapavam, detalhes nos quais não reparava, e que se lhe vão apresentando carregados de significação. O fascinante processo das transmutações metálicas gera no aspirante uma reverente discrição. Por isso a ciência alquímica é um espelho em que o aprendiz deve se olhar para compreender a estrutura do Cosmo, sua própria constituição. Neste sentido, a busca e a investigação tradicional é especialmente importante.

Por outro lado, relacionamos o processo alquímico com o processo de iniciação, conhecido e praticado desde sempre pela Tradição Unânime e pela Antigüidade. Esta é a Alquimia espiritual, que não se contrapõe, mas, muito pelo contrário, complementa-se com as operações materiais, psicofísicas. A transmutação interior se expressa na psique como uma revolução ou regeneração de valores completa, que inclui a morte do velho homem e o nascimento do Novo Homem. Esta gestação se compara com o nascimento de um mundo, pelo que se corresponde com a Cosmogonia. Por outra parte, o Caminho ou Via iniciática é também réplica do percurso da alma post mortem e inclui a imersão no país dos defuntos. O alquimista, sujeito e objeto desta ciência, deve velar, forçar-se a compreender, ainda que paradoxalmente saiba que os resultados de sua arte só se obtêm com suma paciência e cuidado, e que em ocasiões tem de redobrar esforços. A deidade é permanente assombro e não se deixa conhecer sem sacrifício, ou seja, sem um “ato ou ação sagrada”, que é o que a palavra sacrifício (do latim sacrum facere) quer dizer exatamente. Desta forma, é sabido que os alquimistas da Antigüidade, como os medievais e renascentistas, usavam da oração como um meio efetivo de transmutação e de comunicação com o espírito e a alma do mundo, que através de seus eflúvios temperavam seu caráter.

#hermetismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/alquimia-e-a-transmuta%C3%A7%C3%A3o-dos-metais

Candomblé, Origem e Liturgia

Candomblé é uma palavra derivada da língua bantu: ca [ka]=uso, costume, ndomb=negro, preto e =lugar, casa, terreiro e/ou pequeno atabaque. A reunião dos três vocábulos resulta em “lugar de costume dos negros”, por extensão, lugar de tradições negras, tradições entre as quais, destacam-se, no sentido atual as práticas religiosas que incluem a música percussiva [A TARDE, 1980]. Outra interpretação informa que kandombele significa “adorar” [Ngunz’tala, 2006].

Hoje reconhecido como religião, no passado, o Candomblé teve seus dias de marginalidade. No período do Estado Novo, por exemplo, entre 1937 e 1945, foi proibido por lei, seus adeptos perseguidos e presos pela polícia. Quando se fala em Candomblé um dos aspectos mais destacados é o sincretismo entre religiosidade africana e catolicismo. Todavia, em geral, a tal religiosidade africana é vista como algo monolítico, homogêneo.

Trata-se de uma visão estereotipada da África e de seus povos. O sincretismo do Candomblé, na verdade, tem sua origem na própria África, onde existiu, na época da colonização, e antes, e atualmente, uma enorme diversidade de povos e culturas interagentes. O panteão africano reúne mais de 400 divindades.

No Candomblé, forjado em terras brasileiras, esse panteão, atualmente, é composto de 16 orixás [ou Òrìsà, em ioruba] principais, numa significativa condensação das forças metafísicas que levou mais de um século para se definir no processo de integração das diferentes nações cujos representantes chegaram ao Brasil durante o período da escravidão. Não obstante, “correndo por fora”, contam-se ainda, outros 14 orixás reconhecidos em diferentes centros de culto. Entre as nações que contribuíram na formação do panteão principal relacionam-se: os bantu, nativos de Angola, Moçambique, Congo; Gana, Benin, Nigéria [Ioruba ou Nagôs]; Sudaneses, da Costa do Marfim, os Ewe, muitos, muçulmanos; os Fon e os Ashanti. Todos esses, falando línguas diferentes e cultuando seus próprios deuses.

Liturgia do Candomblé

Apesar das contradições do candomblé, especialmente no que se refere ao número dos Orixás, a teologia não é complicada: um Deus criador de todas as coisas e deuses menores regentes da Natureza, da personalidade e da vida dos homens. Entretanto, a liturgia ou seja, as práticas rituais, de iniciação, cultos e sobretudo o oráculo, esta liturgia é extremamente complexa.

O Candomblé não é uma religião “caseira”. Um católico, depois de ser catequizado, depois de aprender princípios básicos, pode se sentir perfeitamente livre [apesar das admoestações do vaticano] para dispensar a freqüência às missas, pode rezar o Terço em casa, até acompanhando pela televisão [Rede Vida]. Um muçulmano também: estende seu tapete cinco vezes ao dia para orar voltado para Meca em qualquer lugar. O budista segue o caminho do meio, medita sobre as oito verdades do Buda Sakyamuni e tudo está bem. Os evangélicos, não obstante a insistência dos pastores para que freqüentem a igreja, uma vez que tomam consciência da força da fé em Deus-Jesus Cristo [a técnica] pode igualmente” dar um tempo das reuniões. É verdade que judeus e hinduístas são mais cobrados em suas obrigações religiosas porém nada que se compare à rígida disciplina exigida dos adeptos do Candomblé.

No Candomblé não existe autodidata nem auto-iniciação. Para ser um Filho [a] de Santo um longo tempo de Iniciação é indispensável e se o interessado em Candomblé pretende se utilizar do oráculo africano, o Jogo de Búzios, foco de interesse de muita gente, a religião se mostra ainda mais inacessível. Apesar dos inúmeros oráculos online [softwares, programas] disponíveis na internet; apesar, ainda, de existir até um Tarô do Búzios ou Tarô dos Orixás [Tarô dos Orixás: Senhores do Destino ─ Editora Palas], inovações recentes, o oráculo afro-brasileiro, o Jogo de Búzios [Ifá], somente é confiável quando “operado” pelas mãos credenciadas dos sacerdotes, o Babalorixá [Pai ou Zelador de Santo] ou Yalorixá [Mãe ou Zeladora de Santo]. Este é um ponto indiscutível entre os especialistas.

por Ligia Cabús

Postagem original feita no https://mortesubita.net/cultos-afros/candomble-origem-e-liturgia/

Conselhos para Iniciantes no Caminho

O texto que segue é uma adaptação de textos de Veos, Prophecy, Rawn Clark e Bardonista e destina-se a quem está começando na senda. Outras dicas para quem está começando podem ser encontradas em Três Conselhos Úteis em Magia Prática, Conselhos aos que desejam estudar o Oculto, Conselhos para as Práticas Mágica e Dez Conselhos de Magia Prática. Se é novo aqui no site, recomendo que veja esta lista de links. E se está procurando uma ótima ordem hermética/alquímica, dê uma olhada na Arcanum Arcanorum. Vamos à lista de conselhos.

1. MOTIVE-SE CONSTANTEMENTE!

A fonte para a prática continuada é a sua motivação. Baixe ou compre livros sobre Magia e Ocultismo e comprometa-se a lê-los frequentemente.

Nessa fase, não é errado aspirar aos poderes que um mago possa vir a ter – na verdade, é até saudável, porque faz com que o estudante prossiga no treinamento. No início, o mago aspirante tem apenas uma noção grosseira do que é a verdadeira união com a divindade e precisa de metas mais concretas para se motivar, como, por exemplo, as habilidades mágicas como a clarividência, a clariaudiência, a sensitividade, etc.

Deve haver uma mudança na sua perspectiva. “Seja um mago que estuda e trabalha, não um cara normal que estuda, trabalha e faz um pouco de magia nas horas vagas”, como Veos diz. O praticante deve se estabelecer firmemente como um mago aspirante, que está destinado à mais elevadas alturas e poderes espirituais – um mago que não deixa o mundo ao seu redor dominá-lo, mas que o domina com uma vontade de ferro. Pode-se até recitar uma pequena frase, logo após de acordar, ou uma prece reafirmando a si mesmo a importância do treinamento e as recompensas possíveis.

Outra boa maneira de manter esse estado mental seria decorar o local de trabalho ou descanso com fotos, imagens ou objetos que lhe lembrem constantemente as suas práticas. Você deve posicionar esses objetos de modo a serem frequentemente notados em sua rotina diária. Isso seria ideal se você tivesse um quarto ou lugar visitado apenas por você mesmo. Caso a sua família não apoie ou acredite nas suas práticas, seria melhor não exibir tais objetos à vista de todos os membros da sua casa. Pensamentos desfavoráveis de outros podem negativar as suas práticas e desacelerar o seu progresso. É por esse mesmo princípio que Bardon recomendou, em seu segundo livro, que o mago, quando estiver praticando a evocação mágica, esconda da vista dos “profanos” (pessoas que não são adeptos ou pessoas que não acreditam ou combatem a magia) os seus instrumentos e vestes, de modo a não serem influenciados negativamente.

Ao mesmo tempo, se atividades de lazer (Internet, filmes, jogos, música etc.) atrapalharem com a sua motivação de praticar magia ou até mesmo subjugá-la, você deve reduzir ou cortar tais hábitos de modo que eles não interfiram mais e você possa continuar a praticar.

2. COMECE POR BAIXO

Os resultados dos exercícios místicos podem ser demorados e difíceis. Algumas escolas e ordens colocam exercícios difíceis cedo para poder separar aqueles que querem “brincar de magia” daqueles estudantes sérios. Você se confrontará com muitas coisas que vão contra o seu atual estilo de vida e precisa se acostumar a elas de forma natural, sem correria. Se você praticar durante longos períodos de tempo logo do início, não importando a sua vontade e motivação, é mais provável que você se canse e desista.“É preciso aprender a andar antes de correr”, diz o ditado.

Utilize tempos de práticas pequenos e aumente lentamente a cada semana, a fim de que você possa estabelecer o hábito e se acostumar à rotina. Dessa maneira, terá muito mais chances de ter sucesso com o passar do tempo.

Algumas coisas interessantes a se fazer neste ponto são:

Obter um caderno ou computador no qual anotará diariamente as práticas. Sempre anote os resultados de suas práticas em grande detalhe. Sinta-se como um cientista entusiasmado que quer manter um registro completo de suas experiências – e na verdade é isso mesmo que você é. A única diferença é que você está fazendo experiências em si mesmo. Só com esse registro completo você saberá onde está melhorando ou piorando, se está praticando demais ou de menos, e o que fazer para consertar problemas na sua prática.

Conseguir um japa mala ou um cordão de nós, preferivelmente de 108 contas. Você usará esse cordão tanto para o japa quanto para manter o registro das suas interrupções nos exercícios, ou, se preferir, compre ou monte dois, um para cada coisa. Se não conseguir, um terço poderia ser adaptado.

Conseguir um relógio ou um celular que possua despertador ou alarme – o último é preferível, e, se possível, o celular não deveria ter um alarme alto ou inconveniente. Eu uso na minha prática um Nokia que desperta usando não o som, mas apenas a sua vibração – que, se colocado no chão ou uma mesinha próxima, produz barulho na medida certa para me fazer abrir os olhos e parar meu exercício. Para fazer o celular despertar apenas com vibração, sem som, tente mexer nas configurações do celular ou fazer download de um arquivo de som que seja completamente silencioso. No caso do Nokia, o celular vibra mesmo se o arquivo sendo tocado como alarme não tenha som e isso funciona muito bem.

Montar o cronograma da semana. Estabeleça os horários de suas práticas. De preferência, divida as práticas em duas sessões distintas – uma de manhã, logo após acordar e outra à noite, antes de dormir. Esse cenário seria o melhor, porque distribui melhor as práticas e não cansa tanto o estudante quanto uma longa prática uma vez só ao dia. Casos excepcionais deverão ser adaptados.

Pratique todo dia na mesma hora. Isso estabelece o hábito e o circuito magnético do treinamento mágico.

Alguns horários são especiais. Não pratique das 13h às 15h quando possível, porque a energia desse período do dia não é ótima. Faça o treinamento ao nascer do sol, pôr do sol ou meia-noite. De 1h às 3h é particularmente bom, bem como 3h às 5h (aos que estudam Yoga, lembrem-se da importância de praticar às 4h particularmente). Em noites de lua cheia, treine à luz da lua. A Fraternidade Branca lhe enviará energia para lhe ajudar. Gaste 15 a 30 minutos na luz do sol todos os dias, preferivelmente enquanto treina.

3. APRIMORE-SE

Eu disse antes que magos controlam o mundo ao seu redor. Por que não começar na sua vida diária, que é a mais próxima a você? Existem decisões simples que você pode tomar que podem mudar não só a visão e o impacto de sua atuação no mundo, mas também a visão que as outras pessoas têm sobre você. Eu enumerei várias coisas:

Como e o quanto você fala. Investigue o conteúdo e quantidade da sua fala (se tem expressões chulas ou inúteis, se você conversa muito ou pouco demais etc.). Preste atenção também na tonalidade da sua voz. Já encontrou alguém que fala de jeito arrastado, insolente ou preguiçoso? Você pode ser uma dessas pessoas, mas pode nem perceber. Fale sempre com uma voz firme, segura, e fale apenas o que for necessário. Não fale mal de outras pessoas, nem expresse sua opinião quando não for perguntado. Diminua ou, o que é melhor, elimine as críticas negativas sobre as coisas ao seu redor. Tente falar sobre coisas boas e interessantes, e não sobre coisas negativas e mal-feitas. Sempre fale sobre coisas e histórias proveitosas. Controle-se para não doutrinar ninguém e passar a sua opinião como se ela fosse a verdadeira e absoluta.

Sua postura, seja em pé, sentado ou deitado. Esforce-se para manter a coluna reta em todas as situações, seja em pé ou sentado. Pesquise no Google como dormir na posição certa – geralmente a posição de lado, com um travesseiro entre as pernas, é a mais correta – e reeduque-se para não ter problemas de coluna mais tarde. Além disso, uma pessoa com um porte reto e imponente causa uma impressão muito melhor do que alguém todo encolhido e torto.

Tenha uma forte atenção e seja perfeccionista. Ao fazer as suas tarefas diárias, tanto na casa quanto na escola, concentre toda a sua energia mental e atenção para elas. Isso fará com que você faça as coisas muito mais rapida e eficientemente, e, além disso, de forma muito mais perfeita. Esforce-se para ser o melhor em tudo que se propor fazer. Um mago não deve ser preguiçoso nem descuidado. Fique sempre alerta! Não permita a sua mente viajar em pensamentos inúteis. Adote uma agenda para anotar os seus compromissos de modo que você não precise pensar constantemente neles. Evite ao máximo o uso de fones de ouvido e música, porque essas músicas grudam no fundo da sua mente, atrapalhando as suas práticas. Permita-se raramente exceções a essa regra, é claro.

Atente para a sua alimentação. Leia no Google noções básicas de nutrição e faça um plano alimentar balanceado para você. De preferência, neste caso, procure um nutricionista. Se você não controlar o que entra na sua cozinha, tome suplementos vitamínicos – Centrum é uma boa escolha até mesmo para as pessoas que tenham uma alimentação balanceada. Centrum não precisa de receita e oferece todas as vitaminas necessárias no dia-a-dia. Se possível na sua região, busque informações sobre o melhor suplemento alimentar para você com o seu nutricionista ou farmacêutico. Fora de casa, tente comer coisas mais saudáveis, como sanduíches naturais, saladas etc.

Faça atividades físicas. Segundo o Centers for Disease Control and Prevention, um centro de saúde ligado ao governo americano, adultos precisam de pelo menos 150 minutos de uma atividade aeróbica de intensidade moderada (por exemplo, caminhada) por semana e atividades de fortalecimento de músculos em 2 ou mais dias por semana que trabalhem em todos os grupos maiores de músculos (pernas, quadris, costas, abdômen, peito, ombros e braços). Os efeitos da atividade física na vida diária não precisam nem ser enumerados, porque são evidentes a todos.

Modere o consumo de carne vermelha. Carne vermelha (bovina e suína) é destrutiva para o seu corpo, é ruim para o meio ambiente, uma injustiça quanto aos animais (que, segundo algumas doutrinas, são tão filhos de Deus quanto nós, mas em estados diferentes de evolução) e ela atrapalha até mesmo suas práticas espirituais, tornando o progresso muito devagar. Animais com carne vermelha são de inteligência mais elevada e, portanto, capazes de expressar uma profundidade mais intensa de emoção que impregnará sua carne. Essa energia emocional se transfere para você depois da refeição. Lembre-se sempre, o segredo está na moderação. Evite carne vermelha ao máximo que a sua saúde permitir. Se você come carne, coma primariamente aves e peixes que eram selvagens ou mantidos em fazendas de uma forma boa e saudável sem química, e com boas condições de vida. Não evite a carne simplesmente pelo idealismo. Os corpos de algumas pessoas simplesmente precisam de carne para manterem uma boa saúde. Se você deseja ser vegetariano, mas sê-lo o afeta negativamente, então espere até que esteja mais avançado no seu treinamento para gradualmente retirar a carne. Resumindo, o segredo é a moderação.

Pare de fumar e de beber. Além de serem hábitos destrutivos, eles também desaceleram o seu progresso nas práticas espirituais. Se você não conseguir parar imediatamente, pare pouco a pouco, através de etapas. Busque na Internet métodos para parar de fumar ou de beber, ou procure ajuda em instituições para esse fim. No caso das bebidas alcoólicas, novamente digo que o segredo está na moderação.

Controle a atividade sexual. Quando em uma relação estável e monogâmica, o sexo deve ser controlado. Uma ou duas vezes por semana é um bom número. O celibato também é uma boa opção. A masturbação e a autoestimulação sexual devem ser totalmente proibidas para quem deseja obter um sucesso mais rápido e completo. O sexo pode constituir um vício tanto quanto as outras coisas, e portanto as regras de parar pouco a pouco aplicam-se aqui também. Repetindo novamente, o segredo está na moderação.

Seja uma pessoa culta. Os magos desta ciência devem aspirar sempre à perfeição – o intelecto também está na lista. Tente obter um conhecimento geral das ciências materiais, da história, literatura, artes e espiritualidade (incluindo os sistemas religiosos do mundo). Para saber como o meio acadêmico trata da magia e da espiritualidade, seria interessante ler sobre a Antropologia da Religião (ou Religiosa). A maioria das pessoas sai do Ensino Fundamental e Ensino Médio e esquece totalmente de tudo que aprendeu. Claro, coisas são ensinadas que não têm nenhum valor prático para grande parte das pessoas, como fórmulas e teorias complexas da Física, Matemática e Química, mas é útil manter pelo menos um conhecimento geral sobre essas ciências. Tudo isso é facilmente acessível hoje através da Internet, ainda mais se você souber inglês – o que nos leva ao próximo tópico.

Aprenda pelo menos uma língua estrangeira. Se você quiser aprender uma língua estrangeira, aprenda o inglês. Isso vai lhe abrir um campo extremamente grande de informação sobre tudo que você desejar saber. Grande parte do conhecimento do mundo está disponível ou traduzido para o inglês. Além disso, você poderá se comunicar com muito mais pessoas ao redor do mundo e isso será muito útil em possíveis viagens para o exterior. Inglês é, definitivamente, uma língua mais fácil que o português brasileiro – o vocabulário é extenso e a pronúncia desafiadora no começo, mas quando você aprender as palavras mais usadas os textos se abrirão pra você e você será capaz de compreendê-los. Existem muitos cursos por aí, mas para a pessoa sem tempo nem dinheiro, eu aconselho o seguinte: Baixe o programa Rosetta Stone. Esse programa de aprendizado de línguas é fantástico. Contudo, apesar de ajudar imensamente, ele não é tudo. Além de fazer lições do Rosetta sempre que puder, traduza textos do seu interesse para o português – o seu vocabulário vai aumentar imensamente e você ganhará fluência muito mais rapidamente. Na Internet tudo pode ser feito fácil e sem pagar absolutamente nada. Quando você tiver bastante fluente no inglês, você ficará impressionado com a quantidade de conteúdo que vai ser capaz de absorver, sem contar que a maioria dos livros de esoterismo e magia está em inglês. Só quando ganhar fluência no inglês, prossiga para outras línguas, se tiver o interesse de se tornar poliglota.

Controle o que você aprende pela Internet. É fácil se engajar em assuntos fúteis, discussões que chegam a lugar algum e conhecimentos inúteis caso você não tenha discernimento disso. Passe a fazer o tempo que você passa na frente do computador um pouco mais instrutivo de agora em diante.

Humildade. Quando estudantes brigam entre si, não há vencedor. O vitorioso é aquele que humildemente se desculpa em nome da harmonia do grupo. Não se vanglorie, ou diminua outrem.

Não faça nada em excesso. Até praticar em excesso (6 ou mais horas por dia) é prejudicial no começo. De todas as coisas que podem ser feitas em excesso, as mais prejudiciais são comer, dormir e desperdício de energia sexual.

Não se associe demais com pessoas negativas. Se o ambiente do seu trabalho é negativo, é altamente aconselhável obter um novo emprego (quando possível) para o bem do seu treinamento. Não gaste tempo demais com amigos que seguem um caminho contrário ao progresso espiritual, porque eles são grandes tentadores. Preciso repetir sobre moderação? Se você precisar treinar depois de um longo dia de trabalho ou após estar com pessoas negativas, tome um banho frio primeiro e visualize a negatividade saindo de você na medida em que se lava. O treinamento será melhor. Um banho de banheira é melhor que o de chuveiro para esse objetivo.

Nunca profane objetos ou nomes sagrados. Nunca profane outra religião. Não discrimine entre religiões.

Reze ao acordar e antes de dormir.

Pratique o distanciamento ou desapego. O “distanciamento” ocorre quando o estudante se distancia das coisas materiais e passa a observá-las como elas realmente são: transitórias. Quando os sentidos desejam algo, vitalidade preciosa é gasta.

Não se preocupe demais sobre as coisas. Ansiedade e nervosismo gastam energia preciosa.

Não pense mal dos outros.

Sempre execute suas tarefas. Não renuncie, pensando secretamente que é o caminho fácil enquanto proclama externamente que é o mais difícil.

Tenha fé no Deus de seu coração e de sua compreensão e no treinamento mágico.

Pratique amor e compaixão.

Não se veja como melhor do que o próximo simplesmente por causa do seu treinamento. Desenvolva a compaixão àqueles que não têm a Teurgia ou outro caminho em direção à Deus.

Pratique a abnegação.

4. EXERCITE O SILÊNCIO SEMPRE!

“Quanto mais [o mago] se calar sobre as próprias experiências e conhecimentos, sem se isolar das outras pessoas, tanto mais poderes ele obterá da fonte primordial.” – Franz Bardon, CVA

No tópico 1, falamos do efeito negativo que parentes e amigos podem ocasionar em nossas práticas caso sejam desfavoráveis ou descrentes quanto ao caminho que estamos trilhando. A primeira e mais essencial maneira de evitar esse efeito é não dizer absolutamente nada aos seus pais, seus membros da família ou até mesmo seus melhores amigos sobre a sua prática na magia. Eu posso falar da minha própria experiência, e posso dizer qual será a reação deles em 99,9% dos casos quando você os contar:

1) Eles não acreditarão em magia e, consequentemente…

2) … Se você for jovem, dirão que é uma “fase”. Se for mais velho, acharão que você é um imbecil por acreditar nisso. Em alguns casos, eles vão achar ambas as coisas.

3) Não lhe apoiarão, mesmo que você tente explicar que a magia na verdade é uma ciência divina e válida tanto quanto as outras religiões. Não importa o quanto você escreva, fale ou mostre a eles, não espere que eles entendam ou aceitem o que você diz. Não fique com falsas esperanças de que eles vão aceitar o que você diz, porque eles NÃO VÃO. Não importa o que você disser, e isso é a coisa mais verdadeira de todas, os seus amigos e parentes sempre estarão certos de suas opiniões, geralmente infectadas não pela pesquisa ou estudo deles próprios sobre o que você diz, mas por preconceito, ignorância e (até mesmo) de materialismo. Em alguns casos, eles podem até não dizer nada sobre isso, como se aceitassem calados, mas na menor oportunidade vão mostrar o quanto eles não acreditam nem lhe apoiam.

4) O que é pior, eles poderão rir de você quando ouvirem você dizer alguma coisa sobre o assunto. Imagine todos na sua família, na hora do almoço aos domingos, vão discutir sobre o “bobo” e nas “bobeiras” que ele diz. Dependendo de como você reage a isso, você pode quebrar laços e piorar a sua relação com eles.

Nos casos mais extremos, de pais de religiões cristãs como o Catolicismo e o Protestantismo, pode acontecer o seguinte:

5) Eles proibirão você de fazer essas coisas e passarão a vigiá-lo mais de perto. Talvez até lhe mandem confessar isso num padre ou chamarão uma “autoridade de religião” para conversar ou consertar o seu problema à força.

É por isso que digo que é melhor você deixar a sua prática para si mesmo. O melhor seria se manter totalmente calado e, se eles descobrirem acidentalmente, diga que é apenas uma espécie de prece ou de meditação bem simples. Planeje as suas práticas de modo que eles não percebam o que você está praticando exatamente. Tranque sempre a porta do seu local de prática e pratique em horários em que eles estejam fora ou dormindo, se possível.

É evidente o impacto negativo que as opiniões e sensações de outras pessoas podem causar em suas práticas. Esse impacto ocorre invisivelmente, sem mesmo a consciência deles próprios, e de repente você não está conseguindo progredir nem mais um milímetro na sua prática. É por isso que Bardon adverte sobre isso em seu livro. A humanidade ainda não está pronta para aceitar certas verdades – segundo Emil Stejnar, o próprio Bardon dizia constantemente que tinha escrito O Caminho do Verdadeiro Adepto 600 anos mais cedo do que deveria. Seria melhor confiarmos no que o mestre diz em sua obra do que acreditarmos em nossas falsas (e ingênuas) esperanças.

5. PREMIE-SE E PUNA-SE

Uma outra prática que pode lhe ajudar seria um sistema de auto-recompensa pelo seu esforço na magia. Parece irônico, mas o mundo material pode lhe ajudar no começo a manter sua perseverança. Escolha algo que você goste muito de fazer ou de ter e prometa a si mesmo que, se você continuar a praticar por um período determinado, vai se dar o que você tanto deseja.

Ao mesmo tempo, também obrigue-se a passar por certas “provações” caso a sua determinação diminua. A sua própria personalidade lhe dirá do que você gosta ou desgosta, e assim você pode criar punições e recompensas de acordo.

Por fim, “o discípulo deve ser mais rápido em escutar do que o Mestre em falar.” (Hermes)

Esta lista poderia continuar por um bom tempo, mas eu acho que esses são bons pontos básicos para ajudar a assegurar o progresso espiritual.

EU TENHO QUE PARAR DE FUMAR, BEBER, COMER CARNE OU FAZER SEXO?

Não, você não TEM que fazer nada. Mas, se você quiser ter sucesso no trabalho inicial é aconselhável que você temporariamente elimine todas as substâncias que afetem a mente. Essas substâncias ficam na sua corrente sanguínea por períodos estendidos de tempo e vão agir no controle que você tem de mentalizar. A ideia de uma iniciação mágica é que você deve aprender como alcançar os estados alterados equivalentes, espontaneamente e sem precisar de um apoio artificial. O mago bem treinado pode ter qualquer estado que uma droga pode induzir – e controlar a natureza e a duração da experiência.

Uma vez que você tenha dominado a sua própria mente, não há razão pela qual você não possa conceder-se a estados mentais alterados e prazerosos com moderação. Normalmente, o único problema é se o estado mental alterado interfere com sua prática mágica. Com a atenção com o tempo, isso pode ser abolido.

No que diz respeito a desistir de toda a expressão sexual, isso não é nem necessário nem aconselhável a longo período para o mago que procura por equilíbrio. A abstinência sexual produz desequilíbrio. Invocar esse certo tipo de desequilíbrio pode, algumas vezes, ser útil para o mago avançado, mas apenas por períodos de curta duração e para tarefas muito específicas. Se você tem o que agora é chamado de “vício sexual”, então uma abstinência temporária pode ser um componente auxiliar de sua recuperação. Mas, sozinha, a negação não resolve um vício – o indivíduo tem de alcançar a raiz de um vício e trabalhar nele por dentro E por fora.

Sobre ser vegetariano. Na melhor das hipóteses, é uma boa ideia, se seu corpo se sente confortável comendo apenas uma dieta vegetariana e você se sente confortável ao preparar apenas refeições vegetarianas. Mas não é obrigatório. Os benefícios em potencial à saúde de uma pessoa são inegáveis, mas isso não é uma parte essencial ao se aprender magia. Alguns autores até recomendam que o vegetarianismo apenas aconteça em curtos períodos de tempo.

O que é muito mais importante é comer uma dieta bem balanceada. Basta uma dieta que forneça ao seu corpo os nutrientes e fontes de energia que ele precisa. Tente evitar comer em excesso ou pouco demais.

#Exercícios #hermetismo #MagiaPrática

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/conselhos-para-iniciantes-no-caminho

O Martinismo e o Movimento Gnóstico

Jules-Stanislas Doinel nasceu em 1842 em Moulins, no Allier. Doinel surge ligado a este assunto por ter sido um personagem essencial de um movimento neocátaro que surgiu no final do século passado em França. A sua carreira de arquivista e paleógrafo iniciou-se nos Archives du Cantal, e posteriormente na Biblioteca de Loiret. Foi nesta última que ele encontrou algo que aparentemente mudou a sua vida: uma carta com a assinatura de um chanceler episcopal, de nome Etienne, que fora queimado em 1022, por heresia.

Talvez se inicie aqui a história da Igreja Gnóstica, pois foi através desta carta que Doinel tomou conhecimento do grupo sectário do qual Etienne fazia parte. Tratava-se de uma seita de popelicanos, da qual faziam parte homens e mulheres de forma indistinta, e que se estabeleceu na diocese de Orleães, no século XI, durante o reinado de Roberto II. Os membros desta seita eram dualistas, ou seja, acreditavam na luta eterna entre as forças do Bem e do Mal.

As reuniões da seita tinham lugar em Orleães. Doinel descobriu que uma mulher Eslava tinha vindo da península itálica para participar nos encontros, o que indica se tratar de alguém com importância para os membros da seita. Possivelmente, a mulher seria uma bogomil, o nome pelo qual são conhecidos os cátaros Eslavos. Doinel conseguiu obter várias informações sobre o que se passava nas reuniões dos popelicanos, possivelmente lendo os documentos relativos ao processo do herético Etienne. As reuniões principiavam com todos os participantes entoando litanias com uma vela acesa na mão.

Doinel filiou-se a diversas Ordens ocultistas no intuito de obter informações e respostas as suas perguntas e percebeu que as pessoas que tinham uma espiritualidade mais avançada participavam secretamente de sessões do espiritismo kardecista. Começou então a freqüentar o kardecismo e ficou muito surpreso, quando viu figuras conhecidas do ocultismo participando das chamadas “mesas falantes”. Começa então a se dedicar em seu desenvolvimento mediúnico, sempre com o objetivo de obter respostas para o seu intrigante manuscrito.

Foi então que, numa determinada sessão, na presença de vários espíritas conhecidíssimos sete Entidades espirituais manifestaram-se na seção. Um deles incorporou em Jules Doinel e os demais seis se materializaram na presença de todos os presentes. Era a resposta que Doinel procurava! Tratava-se dos mártires cátaros que foram queimados na fogueira da inquisição, e que teriam manifestado naquele dia para consagrar Jules Doinel como Bispo Gnóstico e outorgar-lhe a missão de restaurar a Igreja Gnóstica no mundo.

Doinel, sentindo-se extremamente realizado, voltou aos grupos ocultistas que participava, e com o aval dos altos dignitários das Ordens mais respeitadas da França, e que outrora presenciaram secretamente o fenômeno, instituiu a Igreja Gnóstica.

Logo em seguida Doinel fez uma aliança com Papus – Grão Mestre e um dos membros fundadores da ordem Martinista, consagrando-o Bispo. Papus em retribuição, e sentindo a força da Iniciação recebida de Doinel, decretou que a Igreja Gnóstica seria a Igreja oficial dos Martinistas.

Não demorou muito para a Igreja crescer. Pessoas de várias partes do mundo vinham ver o que era aquilo que todos chamavam de “a nova revelação”.

Anos se passaram; Doinel, extremamente instável e assustado com o crescimento da Igreja, e que tinha formação católica, viu-se num dilema entre a fé e a razão, e guiado pela fé, arrependeu-se de sua obra, renunciando ao patriarcado da Igreja e nomeando o Bispo Jean Bricaud como novo patriarca.

Jean Bricaud, agora patriarca, transformou a Igreja Gnóstica em uma organização sólida, tão sólida que recebeu a sucessão apostólica original de um Bispo ortodoxo (da Igreja Sirio-Jacobita), que tinha se convertido ao gnosticismo.

Assim, a Igreja Gnóstica, além de sua sucessão cátara, agora possuía a sucessão apostólica, o que a colocaria numa posição confortável perante Roma.

A grandeza da Igreja Gnóstica, agora reconhecida por Roma provocou um enorme arrependimento em Jules Doinel, que se sentiu traidor de sua missão. Pediu um encontro com Jean Bricaud para voltar a Igreja. Nesse encontro, Jean Bricaud fez questão de reunir todo o Sínodo para testemunhar a conversa, onde Doinel, após explicar sua situação para Bricaud, insistiu em ser recebido de volta à Igreja Gnóstica como Patriarca.

Bricaud, explicou a Doinel as razões legais e espirituais para recusar a oferta. Então, por decisão do Sínodo da Igreja, Doinel voltou, não como patriarca, mas sim como Bispo. Era a primeira vez na história que um patriarca vivo voltava a condição de Bispo.

Em seu leito de morte havia um crucifixo e uma medalha de Abraxas (divindade Gnóstica). Sua vida, cercada de excentricidade, foi marcada pela solidão e pelo arrependimento. Suas últimas palavras foram de agradecimento aos mártires cátaros. Testemunhas documentaram que ao último suspiro de Doinel, uma névoa branca tomou conta do aposento e, na presença de todos, Doinel aparece em pé, em forma etérea acima de seu corpo que estava deitado na cama, com uma coroa e um cetro patriarcal, e ao seu lado, três anciãos o escoltavam em direção aos céus.

Originalmente, a Igreja Gnóstica recebeu uma doutrina essencialmente cátara, dando ênfase à pureza e a castidade. Tinha apenas 4 graus: Acólito, Diácono, Sacerdote e Bispo. Este foi o modelo original, criado por Jules Doinel e que ainda existe em algumas organizações.

Posteriormente, o Patriarca Jean Bricaud acrescenta mais 4 graus: Tonsurado (ou Clérigo), Leitor, Exorcista e sub-Diácono, totalizando 8 graus. Assim iniciava dentro da Igreja Gnóstica um caminho operativo, tornando-a uma Ordem Iniciática, diferente da proposta de Doinel, que seguia a via da contemplação.

A doutrina pregada por Jean Bricaud tinha por base o catarismo, mas com fortes influências maçônicas e ocultistas.

Essa doutrina durou alguns anos, até que Jean Bricaud introduziu elementos do cristianismo ortodoxo na Igreja, chegando até a consagrar alguns Arquimandritas, que caracterizava os cleros branco (sem celibato) e negro (celibatário) da Igreja Ortodoxa.

A doutrina ortodoxa foi logo retirada da Igreja, pois Jean Bricaud sentiu que estava fugindo das origens de Doinel, ficando somente as influências Maçônicas e ocultistas.

Com a rápida expansão da Igreja e, devido a autoridade e independência dos Bispos, a Igreja Gnóstica ganha cada vez mais ramificações.

Assim, existem várias ramificações da Igreja Gnóstica, que recebem os nomes de seus idealizadores:

-O ramo de Jules Doinel

-O ramo de Jean Bricaud;

-O ramo de Aleister Crowley

-O ramo de Krum Heller

-O ramo de Samael Aum Weor

-O ramo Lucien Jean Maine

Estes ramos citados são os mais antigos e conhecidos, mas existem dezenas de outras linhagens.

Algumas destas Escolas praticam uma Gnose mais pura, baseada nas culturas pré-cristãs, com forte influência oriental.

Outras Escolas praticam uma Gnose com fortes influências judaico-cristã-islâmica.

Mas ainda existe uma terceira manifestação da Gnose, baseada nos ensinamentos de Carl Gustav Yung. Esta Escola baseia sua Gnose na psicologia, dando ênfase na interpretação das reações psicológicas do homem e sua relação com o universo. Nesse ramo não existe clero nem sistema de graus, sendo apenas uma metodologia de trabalho interior.

Um ponto em comum a todas estas Escolas é a Grande Virgem da Gnose, Sofia, que é de fato a grande manifestação egregórica da Gnose. Representa a base da doutrina e mãe de todas as organizações gnósticas, inspirando a Igreja do invisível. Abaixo dela está São Miguel Arcanjo (ou Mikael), que é o guardião da Igreja, agindo de forma disciplinadora. Sua influência estende-se tanto a clérigos quanto a fiéis da Igreja Gnóstica. E completando a Trindade de comando espiritual da Igreja está o Mestre Desconhecido, um Ser Espiritual que comanda a Igreja como um Patriarca invisível, sendo o responsável pela administração e transmissão da Gnose no mundo.

Do excelente site Hermanubis

#Gnose #Martinismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-martinismo-e-o-movimento-gn%C3%B3stico