V Simpósio Brasileiro de Hermetismo

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O V Simpósio Brasileiro de Hermetismo e Ciências Ocultas trará para discussão e exposição o tema “A Grande Obra: o caminho e a responsabilidade”. Dessa forma, pediu-se aos palestrantes e expositores que trouxessem um pouco de sua vivência e da visão das filosofias que os mesmos representam a respeito dos aspectos de compromisso com a Grande Obra e da Responsabilidade do praticante para com o conhecimento mágico.

Em 2016 o evento ocorrerá na cidade de São Paulo, nos dias 26 e 27 de novembro, no Espaço Federal, na avenida Paulista, 1776, primeiro andar (próximo ao metrô Trianon-Masp).

Para esse ano traremos para conversação o tema “A Grande Obra: o caminho e a responsabilidade”. Dessa forma, pediu-se aos palestrantes que trouxessem um pouco de sua vivência e da visão das filosofias que os mesmos representam a respeito dos aspectos de compromisso com a Grande Obra e da responsabilidade do praticante para com o conhecimento mágico.

Sábado – 26 de novembro

08:30 – 09:00 – Abertura Oficial

09:00 – 11:00 – Fernando Maiorino – Xamanismo Hermético

11:00 – 12:30 – Marcelo Del Debbio – Kabbalah Hermética

12:30 – 14:00 – Almoço

14:00 – 15:30 – Claudio Caparelli – Sagrado Masculino

15:30 – 17:00 – Constantino K. Riemma – Tarô

17:00 – 17:30 – Coffee Break

17:30 – 19:00 – Marcelo Alexandrino – Caminhos, atalhos e desvios: a Grande Obra e a responsabilidade no ocultismo

Domingo – 27 de novembro

09:00 – 11:00 – Fernando Liguori – Thelema e a Grande Obra

11:00 – 12:30 – J.R.R. Abrahão – Magia Ritual e Cerimonial

12:30 – 14:00 – Almoço

14:00 – 15:30 – Oswaldo Turriani Siqueira – O caminho da astrologia na consecução da Grande Obra

15:30 – 16:00 – Coffee Break

16:00 – 18:00 – Déia Filhadágua – Jurema

Inscrições abertas no site (http://simposiohermetismo.com.br/) – aproveite o primeiro lote de ingressos no valor de R$ 150,00 até o dia 10 de setembro. Inscreva-se já!

#Blogosfera #hermetismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/v-simp%C3%B3sio-brasileiro-de-hermetismo

O Uso Oracular do RPGQuest

O RPGQuest foi o maior Financiamento Coletivo de RPG no Brasil e, até agora, o terceiro maior entre os Jogos de Tabuleiro, mas o que pouca gente sabe é que ele traz dentro de si um conjunto oracular dos mais completos e complexos já criados, envolvendo Tarot, Runas e a própria Árvore da Vida.

Antes de começarmos, vamos explicar o que a Sincronicidade. Termo cunhado por Carl Gustav Jung para sua teoria de que tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, que fazia certos eventos isolados parecerem repetidos, em perspectivas diferentes. Tal idéia desenvolveu-se primeiramente em conversas com Albert Einstein, quando ele estava começando a desenvolver a Teoria da Relatividade. Einstein levou a idéia adiante no campo físico, e Jung, no psíquico.

A sincronicidade é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos. Um sonho de um avião despencando das alturas reflete-se na manhã seguinte numa notícia dada pelo rádio. Não existe qualquer conexão causal conhecida entre o sonho e a queda do avião. Jung postula que tais coincidências apóiam-se em organizadores que geram, por um lado, imagens psíquicas e, por outro lado, eventos físicos. As duas coisas ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo, e a ligação entre elas não é causal.

Desta maneira, quando se utiliza um Oráculo, o leitor está trabalhando o contato com o Sagrado Anjo Guardião e as cartas escolhidas, embora pareçam ter sido sorteadas ou escolhidas aleatoriamente, formarão uma história através do significado simbólico daquelas cartas e, ao ser interpretada, trará uma luz aos fatos que estão sendo perguntados.

O RPGQuest, além de sua utilidade como Boardgame para passar uma tarde de diversão, pode ser usado para o autoconhecimento através da Jornada do Herói em sincronicidade com sua própria Jornada naquele momento. Vou detalhar melhor isso com um exemplo de uma partida:

– Os territórios são formados por Esferas da Árvore da Vida, cada qual trazendo na forma de símbolos as características próprias daquela esfera, e são embaralhados formando uma Grande Ilha que se chama “Arcádia”. Nela serão sorteados três grandes Monstros que, por sua vez, são baseados nos Elementos da Alquimia e possuem uma Escala de dificuldade. Existem Combinações pareadas de todos os 4 Elementos, e graduações que variam de 12 a 18 em Dificuldade. Em uma Partida ritualística em Modo Oracular, o Leitor jogará sozinho ou cada um dos Jogadores terá seu próprio Desafio, que será sorteado entre os Desafios e representará o Problema a ser derrotado.

Os Monstros são representações simbólicas dos 4 elementos: Terra (Concretização, dificuldades no Reino Material); Ar (Razão, problemas no campo de trabalho/intelectual); Água (Emoção, problemas no campo emocional) e Fogo (Vontade, problemas em realizações de Projetos pessoais). A Combinação de 2 ou mais elementos deverá ser interpretada em sincronicidade ao que está acontecendo na vida do Jogador naquele momento.

Os símbolos podem aparecer na forma de um Observador Qliphotico (água/Fogo – um problema emocional que afeta um projeto importante), um Gigante Bestial (Ar/Terra – A dificuldade de se colocar um texto no papel), um Dragão (fogo/Terra – a dificuldade de concretização de um projeto importante), Cérberus (Agua/Ar/Terra – A dificuldade de entendimento em uma relação e trazer isto para algo mais concreto), uma Hidra (uma dificuldade no trabalho, onde cada problema resolvido parece criar mais problemas) e assim por diante… a intensidade dos Problemas em correlação aos Elementos sorteados indicam que tipo de problemas seu Herói (ou seja, você mesmo) terá de lidar em sua Jornada (o Ritual de enfrentamento deste Problema).

Os Heróis que farão esta jornada também são cartas e possuem poderes relativos aos Quatro Elementos da Alquimia. Podem representar a Terra (Guerreiros), o Ar (Ladinos, Espiões e Diplomatas), a Água (os Clérigos e Curadores emocionais) e o Fogo (os Magos e Intelectuais), e eles serão as forças que serão trabalhadas durante o ritual.

O Sorteio do Herói inicial também ocorre por Sincronicidade e você pegará UM Herói, que representará suas virtudes naquele momento. Pode ser um Personagem mais focado em resolver problemas concretos, em ajudar emocionalmente, em realizar tarefas intelectuais ou em tocar projetos de Verdadeira Vontade. As imagens e desenhos deles, em suas classes de heróis medievais, facilitarão todo o processo da Jornada.

E realiza-se o ritual jogando a partida solitária (ou, no caso de um grupo, cada um estará focado em resolver seu próprio Nêmesis). Ao longo do jogo, os Heróis vão resolvendo enigmas, solucionando missões e cumprindo tarefas dadas pelos Arcanos do Tarot, Runas e pelas Esferas da Árvore da Vida. Para quem já tem um conhecimento em Oráculos, pode interpretar os próprios Arcanos enquanto a Jornada vai se desenrolando. Os Heróis encontrarão com outros Aventureiros e poderão recrutá-los (escolher amigos e aliados representando as classes de energias que se deseja trabalhar e resolver, como Magos e Clérigos se o Desafio envolver estas dificuldades).

Se o Monstro apresentado possui desafios emocionais, busque cartas de curandeiros e clérigos para remediar a situação. Pesquise no interior das Cavernas: “Visita o Centro da Terra, Retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta”. Muitos Artefatos estão disponíveis para serem encontrados pelos buscadores, e nesta partida oracular, cada um deles (são todos relacionados a Artefatos da História e do Hermetismo) trará uma parte da energia que falta ao Herói para derrotar sua sombra.

O Herói encontrará Ordens Iniciáticas, Artefatos (alguns amaldiçoados), Cavernas a serem exploradas e quem sabe até a Pedra Filosofal?

O Jogo é o Ritual. Cada Jogador se torna mais próximo de compreender o problema real ao mesmo passo em que o Aventureiro se torna mais próximo de conquistar o poder que precisa para derrotar o Grande Desafio da partida. Os Arcanos do tarot vão guiá-lo através das Esferas da Árvore da Vida. Algumas Esferas mais difíceis de serem trilhadas, outras mais fáceis.

As Esferas da Árvore da Vida, as Runas e os Arcanos do Tarot guiarão o Herói até a solução do Grande Problema.

O Financiamento Coletivo oficial já terminou, mas fizemos cerca de 200 unidades a mais do que as que foram vendidas no Projeto e abrimos pré-venda por mais 30 dias enquanto o Jogo está sendo produzido na gráfica (e já vendemos umas 30 até agora, então restam 170 jogos e o RPGQuest não será reimpresso). É a sua última chance de poder apoiar este projeto único que trabalha Jogos, Alquimia e Hermetismo! Uma maneira bacana de ensinar hermetismo para seus filhos e também para utilizá-lo em suas meditações.

Você pode comprar o RPGQuest aqui:

https://daemoneditora.com.br/categoria-produto/boardgames/

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-uso-oracular-do-rpgquest

Cursos de Kabbalah, Astrologia e Tarot – 2012

Este é um post sobre um Curso de Hermetismo já ministrado!

Se você chegou até aqui procurando por Cursos de Ocultismo, Kabbalah, Astrologia ou Tarot, vá para nossa página de Cursos ou conheça nossos cursos básicos!

Tentando ser mais organizado e também para ajudá-los a se organizar com passagens, hoteis e datas, programei todos os cursos de 2012 em São Paulo e já deixei tudo agendado.

Os cursos costumam ser realizados nos finais de semana, próximo ao Metrô Vila Mariana, das 10h às 18h e, nos sábados, emendamos o curso com a visita a um terreiro para que os alunos conheçam uma Gira de Umbanda.

Janeiro/2012

21/01 – Tarot (Arcanos Maiores) – SP

22/01 – Tarot (Arcanos Menores) – SP

Fevereiro/2012 – Carnaval

18/02 – Kabbalah – SP

19/02 – Astrologia Hermética – SP

20/02 – Runas, Talismãs e Magia Nórdica – SP

21/02 – Magia Prática

Março/2012

24/03 – Kabbalah – SP

25/03 – Astrologia Hermética – SP

Abril/2012

06/04 – Qlipoth (sexta-feira Santa) – SP

08/04 – Chakras, Kundalini e Magia Sexual – SP

Maio/2012

19/05 – Tarot (Arcanos Maiores) – SP

20/05 – Tarot (Arcanos Menores) – SP

Junho/2012

23/06 – Kabbalah – SP

24/06 – Astrologia Hermética – SP

Julho/2012

21/07 – Astrologia Hermética II – SP

22/07 – Magia Prática

Agosto/2012

18/08 – Kabbalah – SP

19/08 – Astrologia Hermética – SP

Setembro/2012

22/09 – Tarot (Arcanos Maiores) – SP

23/09 – Tarot (Arcanos Menores) – SP

Outubro/2012

06/10 – Magia Enochiana – SP

07/10 – Magia Prática – SP

Novembro/2012

17/11 – Kabbalah Judaica

18/11 – Astrologia Hermética II – SP

Dezembro/2012

08/12 – Runas, Talismãs e Magia Nórdica – SP

09/12 – Chakras, Kundalini e Magia Sexual – SP

Para maiores informações sobre valores e detalhes dos cursos:

marcelo@daemon.com.br

Quero marcar os Cursos em outras cidades. Com certeza teremos em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Brasília pelo menos os 6 principais, mas acho que é possível organizar isso em várias capitais. Tudo o que eu preciso é de uma Sala com carteiras para 20-25 pessoas com lousa branca, que seja de fácil acesso. O restante fica simples de organizar. Quem tiver contato com locais assim me manda por email que começamos a ver datas.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-de-2012

Animais Fantásticos e a Kabbalah Hermética

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O Novo Filme da Saga Harry Potter segue todos os passos da Jornada do Herói, mas não da maneira que você está pensando…

“Animais Fantásticos e onde Vivem” é um filme sensacional em todos os sentidos, que segue a Jornada do herói clássica, contando em pouco mais de duas horas toda a Aventura de um herói em direção à realização de sua Verdadeira Vontade: Abrir uma Confeitaria. Vamos acompanhar passo a passo a Jornada, comentando com episódios do filme:

Malkuth – O Mundo Comum: O herói é apresentado em seu dia a dia, em sua vida normal, com a rotina que toda a normalidade carrega.

Jacob Kowalski trabalha em uma fábrica de comida enlatada; seu dia a dia é inóspito e sem perspectiva de futuro, mas ele sonha em abrir o seu próprio negócio: uma Confeitaria. Um belo dia, Jacob está tentando pegar um empréstimo no banco quando de repente…

O Chamado à Aventura: A rotina do herói é quebrada por alguma coisa inesperada, incomum ou insólita.

Nem preciso comentar… Representando HOD, o Elemento AR (sendo um magizoologista, ou a pessoa que recolhe e organiza todo o conhecimento de um determinado aspecto – no caso, Animais fantásticos – mais Ar impossível…). Newt Scamander atravessa a rotina de Jacob, trazendo-o para um mundo incomum.

Recusa ao Chamado: O herói não quer (ou não pode, por ser algo difícil) se envolver no acontecimento e prefere continuar na sua vidinha normal, na sua rotina.

Apesar de todas as tentativas, Jacob tenta se livrar de Newt mas é puxado para o “Mundo Secreto” da Magia.

Encontro com os aliados/mentores: O herói se encontra com alguém mais experiente ou com uma situação que o force a tomar a decisão de sair da rotina e encarar o desafio.

Jacob e Newt encontram seus respectivos pares românticos nas esferas de Netzach (Porpentina Goldstein), que carrega consigo a vontade de se reunir novamente ao grupo dos magos por ter sido expulsa (por causa de um rompante emocional – agredir uma no-maj que estava maltratando) e Yesod (Queenie Goldstein), que além de ser a condutora do Herói ainda possui os dons psíquicos e sensitivos lunares (leitura de mentes). Juntos, os 3 companheiros trafegam com Jacob pelos meandros da magia em uma jornada em busca da recaptura dos animais perdidos.

Travessia do Umbral: Enfim, o herói toma a decisão de encarar o desafio e se aventura em um mundo novo. Essa decisão pode ser baseada em muitos fatores, até algo que o obrigue, mesmo que não seja sua opção.

Testes, Desafios e Inimigos. A maior parte da história se desenvolve aqui. No novo mundo (fora do ambiente de rotina do herói) é que ele irá passará por testes, receberá ajuda (esperada ou inesperada) de aliados e terá que enfrentar os inimigos. Toda a ação dos antagonistas envolve personagens mais velhos, Percival Graves, diretor de Segurança Mágica, no melhor cargo de energia de Geburah, e Seraphina Picquery, a Presidente de MACUSA, a Sociedade Mágica Americana, que faz as vezes da anciã sábia que está tentando consertar todos os maiores problemas.

A Aproximação. O herói se aproxima do sucesso no objetivo de sua missão, mas o nível de tensão aumenta e fica um clima de dúvida e indefinição no ar. A Sombra, representada literalmente por uma… sombra destrutiva advinda da repressão dos poderes mágicos, ou seja, o próprio conceito de Qlipoth e da Sombra no Hermetismo, que mais cedo ou mais tarde, se reprimida, causará estragos inimagináveis na psique dos magos.

A Provação. Dispensa maiores explicações. É o auge do desafio no novo mundo. Vou manter esta parte em segredo com um ponto de interrogação porque se você assistiu ao filme, vai saber quem é o Desafio Primordial do Herói e se não assistiu e caiu aqui sem querer, eu sou legal bagaraio e não vou estragar a parte mais plot-twist para você…

A Recompensa. Logo depois de vencer a provação máxima, o herói conquista a(s) recompensa(s). Jacob recebe o lastro que precisava para o empréstimo no banco e poder abrir sua Confeitaria, além de um segundo presente na memória que permitirá a ele se tornar único em sua manifestação.

O Retorno/Deus-Ex Machina. É a parte mais curta da história. Após ter conseguido seu objetivo, o herói retorna ao mundo anterior. No filme, Newt e Porpentina conseguem resolver seus objetivos, e Jacob PENSA que perdeu tudo o que havia conseguido mas, no último momento, Newt aparece como Deus Ex-machina para entregar o Elixir.

O Elixir. É o fim da história. O herói já não é mais o mesmo, volta transformado ao seu antigo mundo, por isso, tudo é diferente. Através do lastro de prata que Newt entrega a ele, Jacob consegue o empréstimo que tanto precisava para realizar seu sonho. Através do contato com a Magia, ele é capaz de criar doces e guloseimas originais e únicas, seguindo sua Verdadeira Vontade no retorno ao Mundo Profano, onde colhe os frutos de sua Jornada.

Se você gostaria de saber mais sobre a Kabbalah e a Jornada de Heroi, seria legal dar uma conferida no Projeto do Livro de Kabbalah Hermética que escrevi. O Financiamento Coletivo já acabou, mas você pode comprar o livro na Loja da Editora Daemon. Como eu não faço parte dos grupos e foruns de debate sobre Harry Potter, se vocês puderem me ajudar a divulgar, eu ficaria imensamente agradecido.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/animais-fant%C3%A1sticos-e-a-kabbalah-herm%C3%A9tica

RPGQuest – Um Jogo baseado na Kabbalah Hermética

Entramos nos últimos 15 dias de Financiamento Coletivo e o RPGQuest já é o maior financiamento de um RPG nacional de todos os tempos e chegou aos Top 10 de Jogos/RPGs, desbancando clássicos como “Call of Cthulhu”, “Tormenta” e “Runicards”.

Agora queremos chegar aos primeiros lugares e mostrar que os jogos brasileiros podem ser tão bons e até melhores que os gringos.

RPGQuest – A Jornada do Herói é um Boardgame para 1 a 4 pessoas, no qual cada jogador controla um pequeno grupo de Aventureiros em busca de fama e fortuna em Arcádia. Os Reinos são baseados nas Sephiroth da árvore da Vida, as Classes nos 4 Elementos da Alquimia e as Missões são baseadas nos Caminhos da Árvore da Vida.

Durante o jogo, os Heróis enfrentarão Monstros da Mitologia Grega, Encontrarão Artefatos e Itens Mágicos e enfrentarão criaturas clássicas dos RPGs como Orcs, Esqueletos, mortos-vivos e dragões.

Ainda não apoiou? Corre lá que dá tempo…
https://www.catarse.me/rpgquest

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpgquest-um-jogo-baseado-na-kabbalah-herm%C3%A9tica

Brasão do Arcanum Arcanorum

O Brasão do Arcanum Arcanorum representa todo o processo de busca e trabalho com o Sagrado Anjo Guardião. A Jornada por dentro de nosso Brasão começa pelo centro, na fagulha divina, perfeita e única que habita cada um de nós. Esta fagulha é representada pela Rosa Rubra dentro da Cruz Dourada.

Desperta a Vontade do buscador de trilhar as sendas do autoconhecimento e o aperfeiçoamento próprio em benefício da humanidade, esta pequena fagulha incandesce e acende as três primeiras pétalas do Lamen Rosacruz, representadas nas três letras mãe hebraicas: Alef, Mem e Shin. Alef representa o sopro divino, Mem as águas primordiais e Shin o fogo que testará o neófito em suas provações. Os três elementos etéreos que, somados à manifestação em Malkuth dada pela encarnação do buscador, completam os Quatro Elementos primordiais da Alquimia.

Do domínio dos Quatro elementos no grau de Zelator, o buscador passa a estudar os Sete Planetas no grau de Theoricus, seu próprio Mapa astral e toda a simbologia contida nas Sete Letras duplas do alfabeto Hebraico. São elas: Resh (o Sol), Gimmel (a Lua), Beit (Mercúrio), Daleth (Vênus), Peh (Marte), Kaph (Júpiter) e Tav (Saturno), cada um com seus mistérios, poderes ocultos e cobranças pessoais no caminho da Luz.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/bras%C3%A3o-do-arcanum-arcanorum

Entrevista a Thomas Karlsson, 2009

Thomas Karlsson é o fundador da ordem magica Dragon Rouge, e um cientista proeminente que lançou varios livros sobre temas como interpretação de runas e magia goetica. Sabendo que ele é uma figura bastante reclusa, nós nunca nem tentamos entrar em contato com o homem, apesar das letras de albuns como “Lemuria/Sirius B” (2004) e “Gothic Kabbalah” (2007) literalmente pedem por uma entrevista com seu autor. Mas uma oportunidade apareceu de repente, quando o livro de Karlsson “Adulruna, ou Kabbalah Goetica” foi traduziso pro idioma russo e publicado domesticamente. Assim, aqui vamos nós…

É do conhecimento de todos que você conheceu Chris pela primeira vez em 1990, mas apenas começou a escrever as letras pro Therion alguns anos depois. Qual foi o ponto de partida de sua cooperação criativa, e quais foram os motivos pra você começar a escrever as letras pra musica de Christofer?

Christofer me perguntou se eu gostaria de escrever as letras posto que as letras já tratavam de temas os quais eu estava profundamente envolvido. Ele achou que eu talvez pudesse melhor transformar esses temas em letras. Fomos amigos muito proximos todos esses anos, temos uma cooperação parcimoniosa e debatemos quais temas poderiam se encaixar ás diferentes canções.

Fiquei sabendo pelas bandas de metal russas que trabalham com letristas “de fora” que é um trabalho muito dificil juntar musica e letra, tão dificil que muitas vezes eles tem que reescrever as letras do começo ao fim para obter um resultado que satisfaça ambas as partes. Quantas versões de uma letra você geralmente escreve pra uma canção do Therion?

É muito trabalho, e é dificil dizer qualquer coisa no aspecto geral sobre quanto tempo leva, mas eu começo com uma versão bruta e coloco toques finais ate terminar. Há tantos passos, primeiro conhecer a musica e seu caráter especial, e depois encontrar um tema apropriado e disso escrever e fazer se encaixar na musica.

Você disse uma vez, “letra e musica se originam do mesmo lugar, que é o mito e a magia”. Nessa perspectiva, você se considera mais um criador de algo novo ou um medium que apenas ajuda a trazer pra este mundo algo que já existe em outro lugar?

Preferiria dizer que eu medio temas que ja existem por aí, mas claro que com um toque pessoal.

Quanto você se interessa pela atual situação do heavy metal? E há letristas no metal cujos trabalhos você considera interessantes ou inspiradores?

Tenho muitos amigos que tocam em bandas de metal, mas infelizmente não estou muito bem-informado, mas eu sei que existem muitos musicos talentosos e letristas na cena. A banda sueca Saturnalia Temple foi fundada por amigos e membros da ordem esoterica Dragon Rouge. Tanto sua musica como letras são auxiliadas e profundamente afetadas pela magia. Escrevi um pedaço de uma letra pra banda sueca de death/black metal Nefandus, e essa banda tambem é muito influenciada pela magia.

Há muitas bandas de metal que dizem que expressam o ocultismo por suas musicas e letras. Claro, para muitos isso é apenas moda, interesse infantil ou estupidez, mas há algumas bandas que são, no minimo, pela primeira impressão, sinceras no que fazem. Quais são as bandas que lidam com temas ocultos e são convincentes para você? O que você pensa sobre, por exemplo, os gregos do Necromantia?

Não conheço o background da maioria das bandas e é dificil ter uma opinião, mas o Necromantia parece ser serios e praticantes esotericos avançados, assim como otimos musicos.

Therion é associado na maior parte das vezes com Christofer, enquanto você permanece nos bastidores, entretanto sua contribuição nos albuns do Therion é obviamente muito grande. O que você sente quando você vai a algum show do Therion (alias, isso acontece com frequencia?), e vê todo o publico cantando junto ““Powers of Thagirion / Watch the Great Beast to be…”?

É muito rara a minha ida aos shows, mas claro que é agradável ver todos esses fãs entusiastas cantando em coro minhas letras.

Você se importa com o modo com que suas letras são vistas e interpretadas pelo publico? Há alguma “mensagem” especial ou “ideia” que você tenta passar pelas canções? Seria correto dizer que um dos propositos de seu envolvimento no Therion é fazer com que mais pessoas se interessem em magia/ocultismo/filosofia?

Não, não tento promover qualquer filosofia especial pelas letras, mas sim inspirar o interesse nos temas nos quais me baseio ao escrever. Sei que muitos fãs do Therion foram inspirados a estudar mitologia e esoterismo por causa das letras.

No “Sirius B” há duas canções onde personagens russos proeminentes são mencionados. Vamos começar com “The Voyage of Gurdjieff” – o que você pensa sobre essa pessoa e sua filosofia? Ele te influenciou de alguma forma?

Algumas partes da filosofia de Gurjieff tiveram influencia sobre mim. Compartilho a ideia dele de auto-criação, auto-desenvolvimento e percepção pelo trabalho. Acho os trabalhos dele como “Beelzebub’s Tales to His Grandson”, “Meetings with Remarkable Men” e “Life is Real Only Then, When ‘I Am’” otimas leituras, entretanto muitas coisas que assimilei de sua filosofia vieram de seu discípulo P.D. Ouspensky. Sou entretanto não um seguidor do Quarto Caminho, como o sistema dele é chamado, mas acho que muitas coisas são uteis.

Outra figura é Rasputin, mas minha pergunta não é sobre a pessoa, mas sim sobre a letra de “The Khlysti Evangelist”. Desculpe dizer, mas as frases russas no começo da canção não estão muito corretas, por assim dizer, e pelo que sei, elas foram traduzidas por uma garota da Estonia, onde o idioma russo não é tão comum mais. Por que uma escolha tão estranha assim de tradutor? Tanto você quanto Christofer são tão exigentes quanto ás pessoas que trabalham com vocês na maior parte das vezes…

Lamento saber que a parte em russo dessa letra não esta tão correta. Não tenho resposta pra isso porque não estava envolvido na gravação ou na escolha do tradutor. Mas obrigado pela informação. Proximas frases em russo num album do Therion estarão esperançosamente mais corretas.

Continundo com o tema russo – Em fevereiro veremos a publicação de seu livro “Adulrunan och den Gtiska Kabbalan” no idioma russo pela primeira vez. O quanto este livro ajudara àqueles que ficaram intrigados pelas letras do “Gothic Kabbalah” a encontrar respostas? Quanto em comum o livro e o disco tem?

O livro e as letras estão profundamente conectados e baseados na mesma fonte. O livro será a chave para a compreensão das letras do “Gothic Kabbalah”. O livro e as letras derivam da filosofia oculta do magico da corte sueca Johannes Bureus (1568 – 1652). Ele foi o professor do rei e guerreiro Gustavo II Adolf e criou um sistema o qual chamou de “cabala gotica”. De acordo com ele, as tribos goticas se originaram na Escandinavia e disse que as runas poderiam ser interpretadas como sinais cabalisticos que descrevem a origem do universo. Há muitos enigmas nesse sistema. Inspirado pelo alquimista suiço Paracelsus ele disse que há três tesouros a serem encontrados e que eles transformarão o mundo todo quando alguem os encontrar. Ele provavelmente disse isso no sentido simbolico como tesouros espirituais.

O que você acha dos leitores dos seus livros? Em outras palavras, a quem você os recomendaria?

É um livro bastante academico, mas eu acho que todos que gostariam de entender as letras do “Gothic Kabbalah” deveriam ler, e eu acredito que as pessoas interessadas em ocultismo e/ou historia acharão o livro interessante. É entretanto não um livro de esoterismo pratico, como meu livro Qabalah, Qliphoth e Magia Goetica que descrevem selos, rituais, e trabalhos magicos na prática.

Existe uma crença em comum de que a magia verdadeira deveria se manter clandestina, e se trazida ao conhecimento do publico, a magia perde seu poder. Você, pelo contrario, escreve sobre magia em detalhes no “Qabalah, Qliphoth e Magia Goetica”. Você discorda da afirmação acima, ou o que você escreve nesse livro é apenas o estagio inicial, e estagios mais avançados precisam ser mantidos em segredo?

Acredito que a magia verdadeira é clandestina por si só. Não importa se você conversar ou escrever sobre ela porque seu efeito é mais profundo que o conhecimento comum. Não acredito que tenha album sentido em manter isso em segredo como um objetivo propriamente. Leva anos de dedicação para conhecer os segredos da magia, e meu papel como autor é ajudar os adeptos dedicados a encontrar o caminho aos segredos da magia, mas a revelação e iluminação não são coisas que eu possa influenciar. É um processo interior da pessoa.

Além do Therion, você se envolveu na banda Shadowseeds, a qual você chama de “um manifesto musical de algumas partes de nosso trabalho magico”. Você pode descrever a musica deste projeto ou recomendar modos de conhece-la (alem de baixar mp3 da internet, claro)?

É um projeto de musica baseado na magia junto com Tommie Eriksson, meu amigo e frater da Dragon Rouge. É um projeto passivo e aparece quando é conectado a certos processos esotericos. Da ultima vez aconteceu devido a um longo trabalho com a cabala gotica de Bureus, e o Shadowseeds o manifestou pela musica. Minhas primeiras letras baseadas na Cabala Gotica foi numa produção do Shadowseeds. A melhor maneira de ouvir às musicas é encontrar Tommie no MySpace. Ele é a força que comanda por trás do Lapis Niger e o Saturnalia Temple.

Já faz muito tempo que o Shadowseeds teve alguma atividade (estudio ou ao vivo). Alguma chance de reviverem o projeto em breve, ou trabalhar em alguma outra colaboração musical?

Com certeza iremos criar novas musicas, mas não sabemos quando. É um projeto magico e de muitas maneiras fora de nosso controle consciente. Mas acredito que o proximo album não demorara muito pra sair.

Que tipo de musica você ouve em casa? Heavy Metal, algo similar ao Shadowseeds, ou outras coisas?

Ouço muitos tipos de musica. Gosto dos black metals antigos como Bathory, e metal esoterico como Dio. Gosto muito dos álbuns antigos do Mercyful Fate e do King Diamond. Ouço musica feita por amigos e fraters como o Saturnalia Temple e Kaamos. Quando escrevo eu ouço bandas ambientes obscuras como Arcana e Raison d’Etre e gosto de ouvir bandas como Ain Soph, Blood Axis and Fire + Ice. Curto musica clássica, e isso soará como babação de ovo aos leitores russos, mas a maioria dos meus compositores favoritos são russos. Aleksandr Nikolajevitj Skrjabin é um dos meus compositores favoritos absolutos, mas eu tambem sou muito aficionado pela musica de Stravinskij, e pela de todos esses 5 (Csar Cui, Alexander Borodin, Modest Musorgskij, Nikolaj Rimskij-Korsakov e Milij Balakirev). Tambem ouço muito folk music e gosto especialmente de musica folk oriental. E devo confessar secretamente que ás vezes eu ouço musica comercial contemporanea, apesar de tentar negar. (risos)

O poder da musica é motivo de debate há muito tempo. Na idade media havia esse conceito “diabolus en musica”, no começo dos anos 90 havia um julgamento contra o Judas Priest, e daí por diante. Na sua opinião, quanto poder a musica tem? É possivel influenciar intencionalmente a vida de alguem ou o modo de pensar por uma canção ou uma progressão de cordas/sons?

O poder da musica não pode, de acordo com minha visão de mundo, ser superestimado. Musica é o argumento mais forte para uma visão não-nihilista e não-darwinistica. A musica não pode ser explicada por simples Darwinismo. Musica é irracional, mas ao mesmo tempo fundamental para ser um ser humano. A musica tem o poder de abrir os portões pra outras realidades e pode criar revoluções e guerra, tambem como o amor e a paz. Compartilho a filosofia antiga de Pitágoras de que o universo é, em seu fundamento, musical.

Voltando a coisa da Russia – você disse uma vez que era muito interessado em mitologia eslava. O que você acha da Russia no dias atuais? Já esteve neste país?

Infelizmente nunca fui á Russia, mas certamente irei num futuro proximo. Sou muito aficionado pela cultura russa e espero aprender mais sobre os mitos e tradições.

Quantos membros russos tem a Dragon Rouge? Algum plano sobre construir um templo na Russia ou algum outro país eslavo?

Não sei. Como sou o fundador da Dragon Rouge, alguns fraters froam gentis e me liberaram de alguns deveres administrativos, mas não acho que temos membros o suficiente ainda, entretanto penso que os livros mudarão isso e espero que tenhamos mais membros russos. Assim que tivermos uma base solida gostariamos de construir um templo na Russia e em outros países eslavos.

Falando sobre planos – foi anunciado que o Therion começará a gravar o novo album em 2009. Que assuntos as canções terão dessa vez?

Ainda é segredo.

E com o que você pessoalmente planeja estar ocupado num futuro proximo? Há algum livro sendo escrito? Talvez um sobre Lilith, como você mencionou numa entrevista uns anos atrás?

Estou prestes a terminar meu doutorado na Universidade de Estocolmo, e o meu prozimo livro será provavelmente semibiografico sobre minhas experiencias em ocultismo, mas eu não sei exatamente ainda, poderá haver outro antes deste.

Para terminar essa entrevista, você pode dizer algo aos leitores do Headbangers.ru e aos potenciais leitores da tradução russa de seus livros?

Espero que curtam a leitura e talvez eu conheça alguns de vocês no futuro.

Agradecimento em especial ao Warrax (editora Darkon) por conseguir essa entrevista.

Fonte: Headbangers.ru, Tradução Nathalia Claro

Postagem original feita no https://mortesubita.net/musica-e-ocultismo/entrevista-a-thomas-karlsson-2009/

Yod-He-Shin-Vav-He e Maria Madalena

Quero avisar que estou acompanhando os comentários, mas que só vou montar um post de respostas depois que as matérias sobre Yeshua terminarem, porque a maioria das perguntas feitas devem ser respondida ao longo dos textos. O que ficar faltando eu faço uma geral depois…

Continuaremos nesta semana a pequena série de matérias sobre Yeshua Ben Yossef, o Jesus, o Cristo, histórico. Como vimos na coluna anterior, Yeshua nunca foi o pobrezinho coitadinho nascido de uma virgem e de um carpinteiro que a Igreja Católica fez as pessoas acreditarem durante a Idade Média, nem nasceu em uma manjedoura porque não havia vagas nos hotéis de Belém por causa do recenseamento e muito menos três reis perdidos no deserto entregavam presentes para qualquer moleque nascido em estábulos que encontrassem pela frente.

Paramos a narrativa quando Yeshua é levado por seus pais para ser educado no Egito; mais precisamente nas Pirâmides do Cairo, e lá permanece estudando. A Bíblia nos dá um hiato de quase 30 anos…

O que aconteceu neste período?

Antes de continuarmos, precisamos explicar algumas coisas que os leitores estavam confundindo:

A primeira é “Se Yeshua é tão fodão quanto os ocultistas falam, porque ele não soltou bolas de fogo pelos olhos e raios elétricos pelo traseiro e matou todos os romanos?”

A resposta para isso é obvia. Yeshua é um humano como qualquer outro. Ele come, dorme, vai no banheiro e solta puns como eu ou você. Seu “poder” vem de sua iluminação e de seu conhecimento e do “ser Crístico” que foi despertado nele, assim como Buda, Krishna, Salomão, Davi, Moisés ou os Faraós. Claro que os conhecimentos alquímicos, astrológicos e místicos que possuía fazem com que Jesus fosse um ser humano muito superior aos demais, tanto física quanto mentalmente… um Mestre de bondade, caridade e iluminação, mas não o torna um super-homem. Cinco soldados com espadas dariam cabo dele com a mesma facilidade com que dariam cabo do Dalai Lama.

Quando Yeshua nasceu, os romanos já dominavam Jerusalém desde 63 AC e Herodes já estava no poder desde 37 AC.

Quando os romanos substituíram os selêucidas no papel de grande potência regional, eles concederam ao rei Hasmoneu Hircano II autoridade limitada, sob o controle do governador romano sediado em Damasco. Os judeus eram hostis ao novo regime e os anos seguintes testemunharam muitas insurreições. Uma última tentativa de reconquistar a antiga glória da dinastia dos Hasmoneus foi feita por Matatias Antígono, cuja derrota e morte trouxe fim ao governo dos Hasmoneus (40 AC); o país tornou-se, então, uma província do Império Romano.

Em 37 AC, Herodes, genro de Hircano II, foi nomeado Rei da Judéia pelos romanos. Foi-lhe concedida autonomia quase ilimitada nos assuntos internos do país, e ele se tornou um dos mais poderosos monarcas da região oriental do Império Romano. Grande admirador da cultura greco-romana, Herodes lançou-se a um audacioso programa de construções, que incluía as cidades de Cesaréia e Sebástia e as fortalezas em Heródio e Masada.

Dez anos após a morte de Herodes (4 AC), a Judéia caiu sob a administração romana direta. À proporção que aumentava a opressão romana à vida judaica, crescia a insatisfação, que se manifestava por violência esporádica, até que rompeu uma revolta total em 66 DC. As forças romanas, lideradas por Tito, superiores em número e armamento, arrasaram finalmente Jerusalém (70 DC) e posteriormente derrotaram o último baluarte judeu em Massada (73 DC), mas falarei sobre isso mais para a frente.

Portanto, estas Ordens das quais estamos discutindo (Pitagóricas, Essênias… ) das quais Yossef e Maria faziam parte já precisavam se manter “secretas” desde o Tempo de Pitágoras (eu tive de pular algumas partes da história do Ocultismo para chegar a Jesus mas voltarei aos Gregos assim que terminarmos esta série).

A conexão de Yeshua com a Ordem Pitagórica e com os ensinamentos orientais é simples de ser demonstrada. O nome Yeshua representa “Aquele que vem do fogo de Deus” ou, como mais tarde a Igreja colocou, “O Filho de Deus”, representando um sacerdote solar.

Cabalisticamente, Deus é representado pelas letras hebraicas Yod-Heh-Vav-Heh ou o tetragrama YHVH que simbolizam os 4 elementos e toda a Àrvore da Vida. Estas letras são dispostas em um quadrado ou uma cruz. O alfabeto hebraico não possui vogais e o nome de Deus precisava ser passado apenas oralmente de Iniciado para Iniciado. Quando surgia nos textos, os sacerdotes precisavam oculta-lo e usavam outras palavras para designá-lo. Eis o verdadeiro significado do mandamento “Não tomarás o nome de Deus em vão”.

A letra SHIN representa o espírito purificador. O fogo celestial que remove o Impuro (tanto que, como veremos mais adiante, ela representa o Arcano do Julgamento no tarot). Da evolução do quatro vem o número cinco, o pentagrama sagrado dos Pitagóricos, representado pela união dos 4 elementos mais o espírito (SHIN). Note que são os MESMOS elementos utilizados na bruxaria, no xamanismo, nas Ordens Egípcias, na wicca e na magia celta.

O pentagrama será, então, representado pelas letras Yod-Heh-Shin-Vav-Heh, ou YHSVH ou Yeshua. Este título já havia sido usado por Rama, Krishna, Hermes, Orfeu, Buda e outros líderes iluminados do passado.

A Infância de Jesus

De sua infância até seus 30 anos, Jesus viajou por muitos lugares, conhecendo a Índia, a Bretanha e boa parte da África. Sabia falar várias línguas, incluindo o grego, aramaico e o latim. Conhecia astrologia, alquimia, matemática, medicina, tantra, kabbalah e geometria sagrada, além das leis e políticas tanto dos judeus quanto dos gentios.

De toda a sua infância, a Igreja deixou escapar apenas um episódio ocorrido aos 12 anos, quando Jesus discute leis com os sábios e rabinos mais inteligentes de Jerusalém (Lucas 2: 42-50). Todo o restante foi destruído, já que seria embaraçoso para a Igreja ter de explicar onde o Avatar estava aprendendo tudo o que sabia. A versão oficial é que foi a “inteligência divina”, mas a verdade é muito mais óbvia e simples: Yeshua sabia tudo aquilo porque estudou. Conhecimento não vem de “graças dos céus”, mas de estudo e trabalho.

Jesus e Maria Madalena

Depois da febre Dan Brown, na qual a Opus Dei e todas as facções possíveis e imaginárias da Igreja tentaram abafar, criticar ou ridicularizar, sem sucesso, o mundo inteiro ficou sabendo do casamento de Jesus e Maria de Magdala. Foi um belo chute no saco da hipocrisia clerical e muita gente se sentiu finalmente vingada vendo os bispos e pastores desesperados pensando em como varrer tudo isso para debaixo do tapete sem a ajuda das fogueiras da Inquisição.

Para entender como este casamento aconteceu, precisamos passar por algumas explicações. A primeira é o fato de Jesus ser chamado de Rabbi (Rabino, ou Mestre) por todo o Novo Testamento. O titulo de Rabbi é passado de iniciado para iniciado desde Moisés, através de um ritual chamado Semicha (“ordenamento”). No período do Antigo Testamento, de acordo com o Judaísmo, para se tornar Rabbi, uma pessoa precisa obrigatoriamente preencher três requisitos:

1 – Ser um homem,

2 – ter conhecimento profundo do Tora e das Leis judaicas,

3 – ser casado.

Com isso, sabemos que Yeshua, por ser um líder religioso considerado um Rabbi por seus discípulos, era obrigatoriamente CASADO (não importando com quem) ou NUNCA poderia ter recebido este título. Além disso, naqueles tempos, qualquer líder religioso que estivesse na casa dos 30 anos e ainda fosse solteiro certamente seria considerado algo completamente fora dos padrões e digno de nota.

Sabemos, então, que Yeshua era casado… mas com quem?

Que mulher poderia ser digna do Mestre Carpinteiro?

A resposta é uma sacerdotisa vestal chamada Maria de Magdala, irmã de Lázaro e Marta. Assim como Yeshua, ela foi educada e preparada desde criança para ser a companheira do Avatar. Tinha grandes conhecimentos das artes lunares, divinatórias, dança e magia sexual, além de conhecimentos de astrologia, geometria, medicina e matemática. Assim como Maria, mãe de Yeshua, Maria de Magdala também era considerada uma “virgem”.

Lázaro, o irmão de Maria Madalena, é o sacerdote iniciado pelo próprio Yeshua. A bíblia cita isso como a “Ressurreição de Lázaro”, mas claramente percebemos que se trata de uma Iniciação Egípcia, lidando com a morte e renascimento do Sol. Lázaro era um iniciado muito importante em sua época, membro de uma das famílias mais ricas da Betânia, assim como os outros apóstolos também eram pessoas influentes. Passou três dias confinados em uma caverna (o templo religioso mais importante para os Essênios), sendo resgatado do Reino dos Mortos simbólico no terceiro dia por Yeshua.

Repare no mosaico acima, do século V. Note os 4 degraus, duas colunas e pirâmide com um olho que tudo vê na porta da “tumba” de Lázaro. Certamente “coincidências” estranhas…

Vamos ver o que a Bíblia fala de Maria Madalena:

Segundo o Novo Testamento, Jesus de Nazaré expulsou dela sete demônios, argumento bastante para ela pôr fé nele como o predito Messias (Cristo). (Lucas 8:2; 11:26; Marcos 16:9). Esteve presente na crucificação, juntamente com Maria, mãe de Jesus, e outras mulheres. (Mateus 27:56; Marcos 15:40; Lucas 23:49; João 19.25) e do funeral. (Mateus 27:61; Marcos 15.47; Lucas 23:55) Do Calvário, voltou a Jerusalém para comprar e preparar, com outros crentes, certos perfumes, a fim de poder preparar o corpo de Jesus como era costume funerário, quando o dia de Sábado tivesse passado. Todo o dia de Sábado ela se conservou na cidade – e no dia seguinte, de manhã muito cedo “quando ainda estava escuro”, indo ao sepulcro, achou-o vazio, e recebeu de um anjo a notícia de que Jesus Nazareno tinha ressuscitado e devia informar disso aos apóstolos. (Mateus 28:1-10; Marcos 16:1-5,10,11; Lucas 24:1-10; João 20:1,2; compare com João 20:11-18)
Maria Madalena foi a primeira testemunha ocular da sua ressurreição e foi quem foi usada para anunciar aos apóstolos a ressurreição de Cristo. (Mateus 27:55-56; Marcos 15:40-41; Lucas 23:49; João 19:25).

Ela também aparece como a da pecadora que ungiu os pés de Jesus (Lucas 7:36-39) e como a mulher que derrama óleo perfumado sobre sua cabeça (Mateus 26:6-7), mas a “versão oficial” em nenhum momento afirma que essas mulheres eram a Madalena. Para a Igreja Católica, eram 3 mulheres distintas.

Agora vamos explicar cada uma destas passagens:

Bodas de Caná
Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de Jesus;

e foi também convidado Jesus com seus discípulos para o casamento.

E, tendo acabado o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Eles não têm vinho.

Respondeu-lhes Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.

Disse então sua mãe aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser.

Ora, estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam duas ou três metretas.

Ordenou-lhe Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram- nas até em cima.

Então lhes disse: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E eles o fizeram.

Quando o mestre-sala provou a água tornada em vinho, não sabendo donde era, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água, chamou o mestre-sala ao noivo

e lhe disse: Todo homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho.

Assim deu Jesus início aos seus sinais em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória; e os seus discípulos creram nele. (João 2: 1,11)

As Bodas de Caná é a passagem do Novo Testamento que narra o Casamento de Jesus com Maria Madalena (e não a Santa Ceia, como Dan Brown afirma).

A versão “oficial” não fala de quem é o casamento mas, pelo bom senso, veremos que não faz muito sentido a versão do papa: Imagine que você convide Jesus e seus amigos para sua festa de casamento e, de repente, a mãe dele começa a dar ordens e palpites para os seus serviçais… não tem muita lógica, não é mesmo? E, se é Jesus quem transforma água em vinho, porque o mestre-sala vai agradecer ao noivo? A resposta é óbvia.

Basta conhecer um pouco de cultura judaica para saber que, em um casamento judeu, e mais especificamente o casamento dinástico, a ÚNICA pessoa que pode dar ordens para os serviçais é a mãe do noivo, que é a pessoa responsável pela organização da festa… e tudo faz muito mais sentido agora. E transformar água em vinho certamente não seria uma dificuldade para um Avatar.

O Ritual Sagrado da Unção com Nardo

Como já vimos, as regras do matrimônio dinástico não eram banais. Parâmetros explicitamente definidos ditavam um estilo de vida celibatário, exceto para a procriação em intervalos regulares.

Um período extenso de noivado era seguido por um Primeiro Casamento em setembro, depois do qual a relação física era permitida em dezembro. Se ocorresse a concepção, havia então uma cerimônia do Segundo Casamento em março para legalizar o matrimônio.

Durante esse período de espera, e até o Segundo Casamento, com ou sem gravidez, a noiva era considerada, segundo a lei, um almah (“jovem mulher” ou, como erroneamente citada, “virgem” ).

Entre os livros mais pitorescos da Bíblia está o Cântico dos Cânticos – uma série de cantigas de amor entre uma noiva soberana e seu noivo. O Cântico identifica a poção simbólica dos esponsais com o ungüento aromático chamado nardo. Era o mesmo bálsamo caro que foi usado por Maria de Betânia para ungir a cabeça de Jesus na casa de Lázaro (Simão Zelote) e um incidente semelhante (narrado em Lucas 7:37-38) havia ocorrido algum tempo antes, quando uma mulher ungiu os pés de Jesus com ungüento, limpando-os depois com os próprios cabelos.

João 11:1-2 também menciona esse evento anterior, explicando depois como o ritual de ungir os pés de Jesus foi realizado novamente pela mesma mulher, em Betânia. Quando Jesus estava sentado à mesa, Maria pegou “uma libra de bálsamo puro de nardo, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo” (João 12:3).

No Cântico dos Cânticos (1:12) há O refrão nupcial: “Enquanto o rei está assentado à sua mesa, o meu nardo exala o seu perfume”. Maria não só ungiu a cabeça de Jesus na casa de Simão (Mateus 26:6-7 e Marcos 14:3), mas também ungiu-lhe os pés e os enxugou depois com os cabelos em março de 33 DC. Dois anos e meio antes, em setembro de 30 DC, ela tinha realizado o mesmo ritual três meses depois das bodas de Caná.

Em ambas as ocasiões, a unção foi feita enquanto Jesus se sentava à mesa (como define o Cântico dos Cânticos). Era uma alusão ao antigo rito no qual uma noiva real preparava a mesa para o seu noivo. Realizar o rito com nardo era maneira de expressar privilégio de uma noiva messiânica, e tal rito só se realizava nas cerimônias do Primeiro e do Segundo Casamento. Somente como esposa de Jesus e sacerdotisa com direitos próprios, Maria poderia ter ungido-lhe a cabeça e os pés com ungüento sagrado.

e check-mate, papa.

Este rito também é narrado no Salmo 23, um dos meus favoritos (só perde para o Salmo 133).

O Senhor é o meu pastor; nada me faltará.

Deitar-me faz em pastos verdejantes; guia-me mansamente a águas tranqüilas.

Refrigera a minha alma; guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome.

Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o teu cajado me consolam.

Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges com óleo a minha cabeça, o meu cálice transborda.

Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida, e habitarei na casa do Senhor por longos dias.

O Salmo 23 descreve Deus, na imagem masculina/feminina da época, como pastor e noiva. Da noiva, o salmo diz “Prepara-me uma mesa… Unge-me a cabeça com óleo“.Os De acordo com o rito do Hieros Gamos da antiga Mesopotâmia (a terra de Noé e Abraão), a grande deusa, Inana, tomou como noivo o pastor Dumuzi (ou Tammuz),106 e foi a partir dessa união que o conceito da Sekiná e YHVH evoluiu em Caná por meio das divindades intermediárias Asera e El Eloim.

No Egito, a unção do rei era o dever privilegiado das irmãs/noivas semidivinas dos faraós. Gordura de crocodilo era a substância usada na unção, pois era associada à destreza sexual, e o crocodilo sagrado dos egípcios era o Messeh (que corresponde ao termo hebraico Messias: “Ungido” ). Na antiga Mesopotâmia, o intrépido animal real (um dragão de quatro pernas) era chamado de MushUs.

Era preferível que os faraós desposassem suas irmãs (especialmente suas meio-irmãs maternas com outros pais) porque a verdadeira herança dinástica era passada pela linha feminina.

Alternativamente, primeiros de primeiro grau maternos também eram consideravam. Os reis de Judá não adotavam essa medida como prática geral, mas consideram a linha feminina um meio de transferir realeza e outras posições hereditárias de influência (mesmo hoje, o judeu verdadeiro é aquele nascido de mãe judia). Davi obteve sua realeza, por exemplo, casando-se com Micol, filha do rei Saul. Muito tempo depois, Herodes, o Grande, ganhou seu status real desposando Mariane da casa real sacerdotal.

Assim como os homens que eram designados para várias posições patriarcais assumiam nomes que representavam seus ancestrais – como Isaac, Jacó e José – também as mulheres seguiam sua genealogia e escalão. Seus títulos nominais incluíam Raquel, Rebeca e Sara. As esposas das linhas masculinas de Zadoque e Davi tinham o posto de Elisheba (Elizabeth, ou Isabel) e Miriam (Maria), respectivamente. Por isso a mãe de João Batista é chamada de Isabel e a de Jesus, Maria, nos Evangelhos. Essas mulheres passaram pela cerimônia de seu Segundo Casamento só quando estavam com três meses de gravidez, quando a noiva deixava de ser uma almah e se tomava uma mãe designada.

Ou seja: Através destas passagens bíblicas, sabemos que, além de casada com Jesus, Maria Madalena teve filhos com ele.

Os Sete Demônios

“Expulsou sete demônios” é uma expressão simbólica esotérica e representa que Jesus e Maria Madalena realizaram os rituais sagrados de magia sexual (os sete demônios representam os sete chakras despertos nos rituais sexuais, como eu já havia explicado em colunas anteriores). Estas alegorias são descritas várias vezes na Bíblia, especialmente no Apocalipse, quando se fala de “Sete Igrejas” e “Sete Selos” que precisam ser “rompidos”. Isto nada mais é do que o ser humano desenvolvendo sua energia kundalini e explorando todo o seu potencial divino, aflorando e abrindo os sete chakras.

Maria Madalena foi a principal discípula de Jesus e sua grande companheira. Em lugar algum da Bíblia ela é referida como uma “prostituta” embora eu já tenha conversado com vocês a respeito de como a Igreja Católica (e evangélica) trata as sacerdotisas das outras religiões.

A primeira citação oficial da Igreja a respeito da “prostituta Maria Madalena” foi feita pelo papa Gregório I em 591 DC, para coibir o culto a Maria Madalena (Notre Damme) no Sul da França (falarei sobre o herege “Culto à Virgem Negra” mais tarde).

Maria Madalena é a figura feminina mais sagrada para os Templários e todas as catedrais chamadas de “Notre Damme” na França construídas pelos Templários foram dedicadas a ela (inclusive a Notre damme de Paris, que mereceria uma coluna só para ela de tanto simbolismo que possui escondida nela.

Santa Maria Madalena, a prostituta arrependida, foi canonizada em 886 e transformada em Santa pela Igreja Ortodoxa, que dizia que suas relíquias estavam em Constantinopla. De acordo com a versão oficial, Madalena e Maria (mãe de Jesus) foram até o Éfeso onde passaram o restante de suas vidas e seus ossos foram levados para Constantinopla após sua morte… Mas a inconveniente tradição francesa insistia que Maria Madalena, sua filha Sara (Santa Sara Kali), Lázaro e outros companheiros aportaram em Marseille, vindos do Egito, e se juntaram aos nobres que ali viviam, continuando uma dinastia de reis-pescadores que mais tarde daria origem aos Merovíngios.

A seguir: João Batista, Apóstolos, Crucificação, Mel Gibson, a Fuga de Maria Madalena para o Egito e José de Arimatéia para Glastonbury, a Revolta dos Judeus de 66 DC, Masada e o descanso final na Cachemira.

Marcelo Del Debbio

#Essênios #Gnose #ICAR #Templários

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/yod-he-shin-vav-he-e-maria-madalena

O Livro Enochiano dos Amuletos e Talismãs

Pesquisa, tradução e adaptação feita
POR ROBSON BÉLLI
abril de 2022

Sumario

Origem deste material
Teoria dos Amuletos e Talismãs
Correspondências.
Geometria Talismanica da Golden Dawn.
Gematria Enochiana.
Magnetizando um Talismã.
Teoria dos quadrados mágicos.
Usos dos quadrados mágicos.
Ritual para magnetizar os talismãs.
O que fazer?
Perguntas para este material
Bibliografia.

Origem deste material

Este material tem origem no livro “The Enochian workbook” e no livro “Advanced Enochian Magic” dos autores Gerald & Betty schueller, obra recomendadíssima para aqueles que desejam entender mais sobre o assunto aqui apresentado, foram usadas inúmeras outras referencias tanto pelos autores quanto por mim (Robson Bélli) para a composição deste material.

Este material se refere a pratica da magia neo-enochiana, não sendo usado em outras vertentes, quaisquer outras duvidas pergunte no grupo, estamos sempre prontos em melhor aconselhar o grupo em suas praticas.
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Teoria dos Amuletos e Talismãs

Talismãs e amuletos são dispositivos bem conhecidos que são usados ​​por praticantes de magia há milhares de anos. Amuletos e talismãs geralmente têm o mesmo design; a principal diferença entre os dois dispositivos é como eles devem ser usados.

Amuletos são geralmente usados ​​no corpo como uma forma de proteção mágica – para afastar forças indesejadas ou entidades hostis. Eles podem ser feitos e usados ​​no corpo sem ser previamente magnetizados. O material de que são feitos influencia você diretamente. Um amuleto deve durar muito tempo, um cristal, um orgonite.

Os talismãs geralmente não são usados ​​no corpo e são construídos e carregados com força mágica para um propósito específico. Um talismã pode ser usado uma vez – então geralmente é cuidadosamente destruído ou recarregado (assim como uma bateria deve ser recarregada periodicamente).

Na Magia Enochiana, amuletos e talismãs são usados ​​como uma expressão física de sua Vontade Mágica. Eles são usados ​​para lembrá-lo do poder de sua Vontade Mágica. Além disso, outros que o virem também serão movidos consciente ou inconscientemente para realizar a sua vontade ou intento.

Correspondências

A construção de um amuleto ou talismã depende de sua função e como será usado. Seu propósito geralmente determina o material do qual é feito, as inscrições que são colocadas nele e o tipo de força ou poder que é invocado nele. Vários metais, cores, pedras preciosas e os dias da semana têm correspondências mágicas com os corpos sutis e planetas. Essas correspondências, mostradas na Tabela a seguir, devem ser consideradas ao projetar/desenhar um amuleto ou talismã.

Correspondências do Talismã

Corpo Planeta Metal Cor Dia Pedra
1 Físico Sol Ouro Amarelo Domingo Topázio, Jade amarelo
2 Etéreo Marte Ferro Vermelho terça-feira Rubi, Hematita
3 Astral Lua Prata Violeta segunda-feira Quartzo, pedra da lua
4 Mental Saturno Chumbo Preto Sábado Onix, Turmalina
5 Causal Vênus Cobre Verde sexta-feira Jade, esmeralda
6 Espiritual Mercúrio (não usar) Laranja quarta-feira Cornalina, Berilo
7 Divino Júpiter Estanho Azul quinta-feira Ametista, Lapis-Lazuli

Outras correspondências

Símbolo Incenso Animal
1 Cruz, candelabro, mandala Olibano, arruda, louro Leão, águia. Ecaravelho, veado
2 Espada, lança, açoite, escudo Café, alho, lavanda, cravo Lobo, Javali, Carneiro
3 Arco e flecha, taça, meia lua Jasmin, Canfora, Acacia Serpente, sapo, peixe
4 Foice, Cranio, Cruz Tau Mirra, Almiscar, Salsa Morcego, Coruja, Corvo
5 Rosa, Pomba, cruz ansata Rosa, Sandalo, Baunilha Pomba, Pavão, Borboleta
6 Caduceu, Livro, Pluma Benjoin, Estoraque, Alecrim Íbis, Macaco, Cão
7 Sino, Flor de liz, Quadrado Hortelã, Olibano, Eucalipto Bufalo, Alce, Elefante

Todas as correspondências aqui descritas foram conferidas no 777 e no livro Kabbalah Hermetica do Marcelo Del Debbio

Geometria Talismanica da Golden Dawn

Na Golden Dawn temos formas geométricas especificas para cada talismã e isso pode ser encontrado no livro “Self Initiation in the Golden Dawn Tradition” do Chic Cicero e Sandra Tabatha Cicero, na realidade a Golden Dawn oferece modelos de talismãs prontos para cada planeta especifico, a seguir algumas informações que podem ajudar você a compor seus proprios talismãs:

Planeta Arestas Nome da forma geométrica
Sol 6 Hexágono
Lua 9 Eneogono
Marte 5 Pentágono
Mercúrio 8 Octogono
Júpiter 4 Quadrado
Venus 7 Heptagono
Saturno 3 Triangulo

Gematria Enochiana

Os dados de origem a partir dos quais as tabelas de gematria foram calculadas são tão preciso quanto várias revisões rápidas poderiam fornecer, mas é não é garantido que seja preciso além da expectativa razoável, e sem dúvida contém pelo menos um erro. Alerta Mago!

VALORES DE GEMATRIA DOS CARACTERES ENOQUIANOS

GOLDEN DAWN CROWLEY ULISSES MASSAD
A 1 6 1
B 2 5 2
C 20 300 10
D 4 4 4
E 5 7 8
F 6 300 9
G 3 9 3
H 8 1 5
I 10 60 10
J 0 0 10
K 0 0 10
L 30 40 11
M 40 90 12
N 50 50 13
O 70 30 15
P 80 8 16
Q 90 40 17
R 100 100 20
S 200 10 14
T 300 400 22
U 0 0 6
V 400 70 6
W 0 0 6
X 60 400 21
Y 0 0 10
Z 7 1 7

Para maiores relações entre cabala, arvore da vida e magia enochiana, recomendo a leitura atenta ao Liber Arphe de Ulisses Massad, As demais gematrias podem ser encontradas através de estudos no Liber 777 e The Golden Dawn de Israel Regardie.

Magnetizando um Talismã

Os talismãs devem ser recarregados periodicamente. Os passos necessários para construir e carregar um talismã enoquiano são os seguintes:

1. No dia indicado na Tabela de correspondencias, faça um talismã em forma de pantáculo de preferencia com o metal mostrado na mesma tabela. Se os metais não estiverem disponíveis, use um substituto, como madeira ou papel pintado na cor apropriada, conforme indicado na Tabela. Esta cor serve como a cor de fundo do talismã e não da tinta.

2. No mesmo dia, inscreva o talismã com os números e símbolos apropriados. Por exemplo, se invocar uma divindade, use o número de gematria do nome do deus e sigilo, se conhecido.

3. No dia apropriado (veja a Tabela de correspondencias), realize um ritual de invocação para carregar o talismã (um ritual típico para este propósito é dado mais adiante).

4. Após carregar o talismã com a força adequada, enrole-o em linho branco ou seda e guarde-o cuidadosamente em sua própria caixa para ajudar a manter a carga até que seja usado.

5. Use o talismã quando e onde for necessário para obter o resultado desejado.

Geralmente isso feito é durante um ritual apropriado onde o talismã é usado para enfatizar o propósito desejado e garantir um resultado favorável.

Exemplo:

Vejamos um exemplo, mas lembre-se de que não existem regras rígidas e rápidas. Use os símbolos/sinais disponíveis neste e em outros livros e coloque-os juntos de uma maneira que seja do seu agrado. Uma regra da Golden Dawn era “Na construção de um talismã, o simbolismo deve ser exato e em harmonia com as forças universais”.

Exemplo:

A Figura acima mostra um talismã que pode ser usado para obter riqueza, fertilidade, abundância e prosperidade geral. Ele emprega o poder mágico de ALHKTGA, o quarto Sênior da Terra. Este talismã é projetado com um heptágono de sete lados que tem uma letra do nome do Sênior em cada espaço. Deve ser feito de cobre e pintado de verde (o metal e a cor de Vênus porque este Sênior está associado a Vênus.

O centro do talismã contém um pentagrama verde com o número 338 no centro. O verde esmeralda é a cor especial do ALHKTGA. O pentagrama simboliza o número 5. (O valor da gematria do nome deste Sênior é 338 que se reduz a 5 por adição teosófica. Ou seja, você adiciona os três números que compõem o valor da gematria, 338, (3+3+8=14) e, em seguida, some os números que compõem o resultado, 14, (1+4=5), para obter um valor de 5.

Os principais símbolos deste Sênior também estão incluídos: uma rosa vermelha e um amuleto vermelho de cinco faces. O vermelho é usado porque é o complemento do verde, a cor de ALHKTGA. Ao lado da parte superior da estrela está o signo mágico do elemento Terra (elemento deste Sênior); e abaixo do pentagrama temos o símbolo de vênus.

Teoria dos quadrados mágicos

 

Um antigo texto egípcio diz: “A vida de uma pessoa é investida em seu nome”. Esse antigo ensinamento expressa a ideia de que os nomes têm poder no sentido de que, se você souber o verdadeiro nome de algo, terá um grau de controle sobre ele. Nomes e palavras sempre foram considerados importantes na magia.

A Magia Enoquiana usa nomes e palavras enoquianas. Algumas palavras podem ser colocadas juntas de uma maneira especial para formar um quadrado. Estes são chamados de Quadrados Mágicos.

As tabelas abaixo mostram dois típicos Quadrados Mágicos Enochianos.

 

N E M O
E M O A
M O A D
O A D O

NEMO. Este quadrado soma 516, o número para MIKA-SOESA que significa “o poderoso salvador interior”.

Também 516 = 129×4 onde 129 é o número para MOZ que significa “alegria”. Além disso, 516 = 12×43 onde 43 é o número para BALT-ZA que significa “na justiça”. AIK BKR reduz 516 e 129 para 12 que reduz a 3, “o filho ou soma de um” (o pai supremo) e “dois” (a mãe suprema). Esta é a praça de NEMO, o Magister Templi ou Mestre do Templo.

 

B A B A L O N
A D A N O D O
B A H A N O Q
A N A N A E L
L O N A S M I
O D O R M N A
N O Q L I A D

BABALON. Este quadrado soma um total de 1183, o número de KA-KAKOM-ZORGE que significa “fazer o amor florescer”. Também 1183=169×7, onde 169 é o número para RIT que significa “misericórdia” e PIR, “brilhante”. AIQ BKR reduz 1183 para 4, o número para definição através da memória.

BABALON é a corrente feminina encontrada nos Aethyrs, ADNA-ODO implica abrir-se ao conceito de obediência; BAHA [L]-NOQ [01 é “o clamor de um servo fiel”; ANANAEL significa “a sabedoria secreta”; LONSA-MI sugere o poder ou energia que está latente em todos; ODO-EMNA pode significar “abrir-se a partir de agora” e NOQ[01-L-IAlD pode significar “o servo supremo (ou ministro) de Deus”.

Uma interpretação deste Quadrado Mágico é:

Ó BABALON

Reverências a você.

Receba-me,

Seu servo fiel

Quem proclama sua Sabedoria Secreta.

Você é o poder que reside em todos.

Receba-me,

Por agora e para sempre.

Usos dos quadrados mágicos

O uso de tais quadrados é variável. Por exemplo, muitos, se não todos, os Quadrados Mágicos podem ser transformados em talismãs, devidamente carregados, e então usados ​​em rituais mágicos. De acordo com o livro da  magia de Abramelin, simplesmente ter tal quadrado em sua pessoa e tocá-lo, enquanto faz um desejo correspondente, ajudará a tornar esse desejo realidade.

Muitos magos, especialmente aqueles que praticam Magia Enochiana, os usam para meditação. Cada letra representa uma ideia mágica especial, conforme mostrado na Tabela abaixo.

Letra ZODIACO/ELEMENTO Tarô
A Touro Hierofante
B Aries Estrela
C, K Fogo Julgamento
D Espirito Emperatris
E Virgem Eremita
F Cauda Mago
G Cancer Carruagem
H Ar Louco
I, J, Y Sagitario Temperança
L Cancer Carroagem
M Aquario Imperador
N Escorpiao Morte
O Libra Justiça
P Leão Força
Q Agua Pendurado
R Peixes Lua
S Gêmeos Amantes
T Leão Força
Caput Draconis Alta sacerdotiza
U, V, W Capricornio Diabo
X Terra Universo
Z Leão Força
Caput draconis Alta sacerdotiza

Quadrados de letras podem fornecer a base para meditações poderosas simplesmente concentrando-se nos significados das letras e sua disposição dentro dos quadrados.

Os três exemplos a seguir são fornecidos.

Exemplos

Exemplo 1. O quadrado LAMA.

L A M A
A A I T
M I A O
A T O L

Este quadrado contém as palavras enoquianas, LAMA-AAI-T-MI-AOA-TOL, que podem ser traduzidas como “o caminho que está dentro de você leva ao poder que está dentro de todos”, ou “o caminho em você é o poder em todo.” Este quadrado contém a ideia de que todos nós temos uma fonte interna de poder que podemos usar para superar quase todos os problemas que podem surgir se soubéssemos como. O valor da gematria de todas as 16 letras é 430 e isso se reduz a 7 (4+3+0=7), o número para integridade e completude. Este quadrado deve ser usado sempre que nos sentimos indignos ou mal sucedidos para aumentar nossa auto-estima e otimismo.

Exemplo 2. O quadrado PAHS.

P A S H S
A B R A M
S R O R N
H A R G A
S M N A D

Este quadrado contém as palavras enoquianas, PASHS-ABRAM-S-ROR-NHARG-A-SMNAD, que significam “As crianças são providas pelo Sol. Posso conceber uma assim”, ou “As crianças são preparadas pelo Sol. Que eu semear outro.” Este quadrado contém a ideia de que as crianças são um presente da divindade criativa porque o Sol foi ensinado pelos antigos a ser a mais alta divindade criativa em nosso sistema solar. O valor da gematria de todas as 25 letras é 802 que a adição teosófica reduz a 1 (8+0+2=10, 1+0=1). O número 1 é o número para a mônada, unidade e para masculino e feminino conjugados. Tomado em conjunto, este quadrado deve ser usado para garantir a fertilidade ao tentar produzir um filho.

Exemplo 3. O quadrado ZORGE.

Z O R G E
O I L
R I T Z
G A
E L Z A P

Este quadrado representa um tipo popular de quadrado, um quadrado incompleto, pois nem todas as posições contêm letras. O quadrado contém três palavras enoquianas: ZORGE, que significa amor; RIT, significando misericórdia; e ELZAP, significando o caminho. Sugere que a maneira correta de viver é com misericórdia e amor. As 19 letras enoquianas têm um valor total de gematria de 489 que reduz para 3 (4+8+9=21 e 2+1=3), o número de palavras usadas. O número 3 indica inteligência e manifestação. Sugere que a maneira inteligente de viver neste mundo é expressar amor e misericórdia. Este quadrado deve ser usado por qualquer pessoa que queira ver mais amor e misericórdia em suas vidas.

Ritual para magnetizar os talismãs

Talismãs

Ritual para Carregar o Talismã

PASSO 1.

Faça um círculo mágico. Coloque uma mesa ou altar no centro. Coloque o Talismã de no altar. Entre no círculo.

PASSO 2.

Conduza o Ritual de Invocação do Pentagrama e depois o Ritual de Invocação do Hexagrama para invocar as forças necessárias da Torre de Vigia.

PASSO 3.

Vire a face para a respectiva Torre de Vigia (direção).

PASSO 4.

Entre no seu Corpo de Luz (conforme ensinado no Livro do Mochileiro dos éteres).

PASSO 5.

Trace o Hexagrama de Invocação de (do planeta da entidade).

PASSO 6.

Vibre os nomes:

(nome divino de 12 letras da torre adequada)

(nome do rei da torre adequada)

(nome do sênior da torre adequada)

PASSO 7.

Assuma o caráter e a forma divina da entidade enochiana que vai atuar no talismã. Deixe seu Corpo de Luz assumir a aparência deste anjo.

PASSO 8.

Recite uma invocação:

Ó (nome do anjo), (titulo) da atalia do (elemento), Venha a mim e me ajude.

Ajude-me a eliminar tudo o que se opõe ao meu progresso.

Conceda-me sua grande dádiva de (campo de atuação da entidade).

Ajude-me em minha Vontade Mágica E dilacere meus inimigos.

PASSO 9.

Assuma o caráter do anjo (veja-se como se fosse o mesmo).

PASSO 10.

Agindo como se fosse o anjo, estenda sua mão direita sobre o Talismã e veja uma névoa das cores do sigilo da atalaia correspondente. Deixe sua mão e entre no Talismã carregando-o com seus poderes e habilidades.

PASSO 11.

Retorne a sua própria forma. Retorne ao seu corpo físico.

PASSO 12.

Trace o Hexagrama de Banimento de (do planeta da entidade).

PASSO 13.

Conduza o Ritual de Banimento do Pentagrama e depois o Ritual de Banimento do Hexagrama para banir as forças da Torre de Vigia.

O que fazer?

  1. Faça seu próprio Talismã de um anjo a sua escolha e necessidade de acordo com as regras dadas na Lição.
  2. Faça um talismã do quadrado LAMA ou de qualquer outro a sua escolha e necessidade.

Perguntas para este material

  1. Qual é a diferença entre um talismã e um amuleto?
  2. Verdadeiro ou Falso: Quadrados Mágicos podem ser usados ​​como talismãs mágicos.
  3. Verdadeiro ou Falso: A construção de um amuleto ou talismã depende do seu uso.
  4. Verdadeiro ou Falso: Quadrados Mágicos podem ser usados ​​para meditação.

 

Bibliografia

Self Initiation of the Golden Dawn Tradition. By Chic Cicero and Sandra Tabatha Cicero, Llewellyn.

Kabbalah Hermetica. By Marcelo Del Debbio, Daemon editor.

Liber Arphe, By Ulisses Massad, V0.15 2015

Liber 777, Aleister Crowley, Weiser Books

The Golden Dawn. Ed by Israel Regardie, Llewellyn.

The Sacred Magic of Abramelin the Mage. Trans, by S.L. Macgregor Mathers, Dover.

The Magus. Francis Barrett, Citadel.

The Book of the Goetia of Solomon the King. Ed. by Aleister Crowley, Magical Childe.

Amulets and Superstitions. E.A. Wallis Budge, Dover.

Egyptian Magic, E.A. Wallis Budge, Citadel.

The Complete Book of Spells, Ceremonies & Magic. Migene Gonzalez-Wippler, Llewellyn.

The Secret Lore of Magic. Idries Shah, Citadel.

The Book of Ceremonial Magic, a Complete Grimoire. A.E. Waite, Citadel.

The Legend ofAleister Crowley. RR. Stephensen and Israel Regardie, Llewellyn.

The Eye in the Triangle. Israel Regardie, Llewellyn.

A Pictorial History ofMagic and the Supernatural. Maurice Bessy, Spring Books.

The Complete Book ofAmulets & Talismans. Migene Gonzalez-Wippler, Llewellyn.

The Book of Ceremonial Magic: A Complete Grimoire. A. E. Waite. Citadel.

Techniques of High Magic; A Manual of Self-Initiation. Francis King and Stephen Skinner, Doubleday.

Applied Magic. Dion Fortune, Weiser.

The Swordand the Serpent. Denning & Phillips, Llewellyn.

The New Magus. Donald Tyson, Llewellyn.

The Golden Dawn. Ed. by Israel Regardie, Llewellyn.

The Key ofSolomon the King. S. Liddell MacGregor Mathers, Weiser.

The Secret Rituals ofthe O.T.O. Ed. by Francis King, Weiser.

The Book of the Goetia of Solmon the King. Trans, by Aleister Crowley, Magickal Childe.

Buckland’s Complete Book of Witchcraft. Raymond Buckland, Llewellyn.

A Witches Bible Compleat. Janet and Stewart Farrar, Magical Childe.

Planetary Magick. Denning and Phillips, Llewellyn.


Robson Belli, é tarólogo, praticante das artes ocultas com larga experiência em magia enochiana e salomônica, colaborador fixo do projeto Morte Súbita, cohost do Bate-Papo Mayhem e autor de diversos livros sobre ocultismo prático.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/enoquiano/o-livro-enochiano-dos-amuletos-e-talismas/

Os Cavaleiros Templários – parte 1

Publicado no S&H em 1/9/09

Retornando à nossa História das Ordens Iniciáticas, chegamos ao começo do século XII. Herdeiro da desintegração do Império Romano, o Ocidente Europeu do início da Idade Média era pouco mais que uma colcha de retalhos com populações rurais e tribos bárbaras. A instabilidade política e o definhar da vida urbana golpearam duramente a vida cultural do continente. A Igreja Católica, como única instituição que não se desintegrou juntamente com o extinto império, mantinha o que restava de força intelectual, especialmente através da vida monástica.
Com o tempo a sociedade foi se estabilizando e, em certos aspectos, no século IX o retrocesso causado pelas migrações bárbaras já estava revertido, mas nessa época os pequenos agricultores ainda eram impelidos a se proteger dos inimigos junto aos castelos. Esse cenário começa a mudar mais fortemente com a contenção das últimas ondas de invasões estrangeiras no século X, época em que o sistema feudal começa a ser definido. O período de relativa tranqüilidade que se segue coincide com um período de condições climáticas mais amenas. A partir do ano 1000, o Feudalismo entra em ascensão.

Os Templários e a Primeira Cruzada
Depois que Maomé morreu (632), as vagas de exércitos árabes lançaram-se com um novo fervor à conquista dos seus antigos senhores, os bizantinos e persas sassânidas que passaram décadas a guerrear-se. Estes últimos, depois de algumas derrotas esmagadoras, demoram 30 anos a ser destruídos, mais graças à extensão do seu império do que à resistência: o último Xá morre em Cabul em 655. Os bizantinos resistem menos: cedem uma parte da Síria, a Palestina, o Egito e o norte de África, mas sobrevivem e mantêm a sua capital, Constantinopla.
Num novo impulso, os exércitos conquistadores muçulmanos lançam-se então para a Índia, a Península Ibérica, o sul de Itália e França, as ilhas mediterrânicas. Tornado um império tolerante e brilhante do ponto de vista intelectual e artístico, o império muçulmano sofre de um gigantismo e um enfraquecer guerreiro e político que vai ver aos poucos as zonas mais longínquas tornarem-se independentes ou então serem recuperadas pelos seus inimigos, que guardavam na memória a época de conquista: bizantinos, francos e reinos neo-godos.
No século X, esse desagregar acentua-se em parte devido à influência de grupos de mercenários convertidos ao islã e que tentam criar reinos próprios. Os turcos seljúcidas (não confundir com os turcos otomanos antepassados dos criadores do atual estado da Turquia; nem com os Mamelucos, que só vão surgir em 1250; os Seljucidas seguiam o califa Seljucida), procuraram impedir esse processo e conseguem unificar uma parte desse território. Acentuam a guerra contra os cristãos, chutam a bunda das forças bizantinas em Mantzikiert em 1071 conquistando assim o leste e centro da Anatólia e finalmente tomam Jerusalém em 1078.

O Império Bizantino, depois de um período de expansão nos séculos X e XI está completamente ferrado e em sérias dificuldades: vê-se a braços com revoltas de nômades no norte da fronteira, e com a perda dos territórios da península Itálica, conquistados pelos normandos. Do ponto de vista interno, a expansão dos grandes domínios em detrimento do pequeno campesinato resultou em uma diminuição dos recursos financeiros e humanos disponíveis ao estado. Como solução, o imperador Aleixo I Comneno decide pedir auxílio militar ao Ocidente para poder enfrentar a ameaça seljúcida.
E adivinha quem eles mandaram?

Errou. Ao invés de mandarem cavaleiros bem preparados, em 1095, no concílio de Clermont, o papa mané Urbano II exorta a multidão de esfomeados malucos religiosos a libertar a Terra Santa e a colocar Jerusalém de novo sob o domínio cristão, apresentando a expedição militar que propõe como uma forma de “penitência”. A multidão presente aceita entusiasticamente o desafio e logo parte em direção ao Oriente, tendo consigo uma cruz vermelha sobre as suas roupas (daí terem recebido o nome de “cruzados”). Assim começavam as cruzadas. A idéia basicamente era “Vão lá e matem todo mundo, e Deus perdoará os seus pecados”.
Treinamento? Equipamento? Blá…

A Cruzada dos Pobres
A Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096) foi um acontecimento extra-oficial que consistiu em um movimento popular que bem caracteriza o misticismo da época e começou antes da Primeira Cruzada oficial. O monge Pedro, o Eremita, graças a suas pregações comoventes, conseguiu reunir uma multidão. Entre os guerreiros, havia uma multidão de mulheres, velhos e crianças.
Auxiliado por um cavaleiro, Guautério Sem-Haveres, os peregrinos atravessaram a Alemanha, Hungria e Bulgária, causando todo tipo de desordens e desacatos, sendo em parte aniquilados pelos búlgaros. Ainda no caminho, seus seguidores tinham criado diversos tumultos, massacrando comunidades judaicas em cidades como Trier e Colônia, na atual Alemanha.
Chegaram em péssimas condições a Constantinopla. Mal equipada e mal alimentada, essa “Cruzada” massacrou judeus pelo caminho, matou, pilhou e destruiu tudo, como hordas assassinas de personagens de RPG. Ainda assim, o imperador bizantino Aleixo I Comneno recebeu os seguidores do eremita em Constantinopla. Prudentemente, Aleixo aconselhou o grupo a aguardar a chegada de tropas mais bem equipadas… Mas a turba começou a saquear a cidade.

O imperador bizantino, desejando afastar esse “bando de personagens low level de world of warcraft” (ok, ele não os chamava assim, mas vocês entenderam a idéia) de sua capital, obrigou-os a se alojar fora de Constantinopla, perto da fronteira muçulmana, e procurou incentivá-los a atacar os infiéis. Foi um desastre, pois a Cruzada dos Mendigos chegou muito enfraquecida à Ásia Menor, onde foi arrasada pelos turcos, que tinham um level muito maior e melhores equipamentos… Noobs.
Somente um reduzido grupo de integrantes conseguiu juntar-se à cruzada dos cavaleiros.

Durante um mês, mais ou menos, tudo o que os cavaleiros turcos fizeram foi observar a movimentação dos invasores, que se ocupavam apenas de badernar e saquear as regiões próximas do acampamento onde foram alojados. Até que, em agosto de 1096, o bando inquieto cansou-se de esperar e partiu para a ofensiva.
Quando parte dos europeus resolveu partir em direção às muralhas de Nicéia, cidade dominada pelos muçulmanos, uma primeira patrulha de soldados do sultão turco Kilij Arslan foi enviada, sem sucesso, para barrá-los. Animado pela primeira vitória, o exército do Eremita maluco continuou o ataque a Nicéia, tomou uma fortaleza da região e comemorou bebendo todas, sem saber que estava caindo numa emboscada. O sultão mandou seus cavaleiros cercarem a fortaleza e cortarem os canais que levavam água aos invasores. Foi só esperar que a sede se encarregasse de aniquilá-los e derrotá-los, o que levou cerca de uma semana.
Quanto ao restante dos cruzados maltrapilhos, foi ainda mais fácil exterminá-los. Tão logo os francos tentaram uma ofensiva, marchando lentamente e levantando uma nuvem de poeira, foram recebidos por um ataque de flechas. A maioria morreu ali mesmo, já que não dispunha de nenhuma proteção. Os que sobreviveram fugiram como galinhas amarelas.
O sultão, que havia ouvido histórias temíveis sobre os francos, respirou aliviado. Mal imaginava ele que aquela era apenas a primeira invasão e que cavaleiros bem mais preparados ainda estavam por vir…

Os Cavaleiros e o Templo
No início de 1100, Hugo de Paynes e mais oito cavaleiros franceses, abrasados pelo fervor religioso e movidos pelo espírito de aventura tão comum aos nobres que buscavam nas Cruzadas, nos combates aos muçulmanos a glória dos atos de bravura e a consagração da impavidez, abalaram rumo à Palestina levando no peito a cruz de Cristo e na alma um sonho de amor. Eram os Gouvains do Cristianismo, que se constituiam fiadores da fé, disputando as relíquias sagradas que os fanáticos do Crescente retinham e profanavam. Reinava em Jerusalém Balduíno II que os acolheu e lhes destinou um velho palácio junto ao planalto do Monte Moriah, onde os montões de escombros assinalavam as ruínas de um grande Templo. Seriam as ruínas do GRANDE TEMPLO DE SALOMÃO, o mais famoso santuário do XI século antes de Cristo.

Hugo de Payens (1070-1136), um fidalgo francês da região de Champagne, foi o primeiro mestre da Ordem dos Templários. Ele era originalmente um vassalo do conde Hugues de Champagne. Conde Hugues de Champagne visitou Jerusalém uma vez com Hugo de Payens, que ficou por lá depois de o conde voltar para a França. Hugo de Payens organizou um grupo de nove cavaleiros para proteger os peregrinos que se dirigiam para a terra santa no seguimento das iniciativas propostas pelo Papa Urbano II.
De Payens aproximou-se do rei Balduíno II com oito cavaleiros, dos quais dois eram irmãos e todos eram parentes de Hugo de Payens, alguns de sangue e outros de casamento, para formar a primeira das ordens dos Templários.
Os outros cavaleiros eram: Godofredo de Saint-Omer, Archambaud de Saint-Aingnan, Payen de Montdidier, Geofroy Bissot, e dois homens registrados apenas com os nomes de Rossal ou possivelmente Rolando e Gondamer. O nono cavaleiro permanece desconhecido, apesar de se especular que ele era o Conde Hugh de Champagne.

O símbolo destes Templários era esta imagem ao lado: dois Cavaleiros “tão pobres que precisavam dividir um cavalo”… você escutou esta balela na escola, certo? Vamos aos fatos: FIDALGO Hugo de Payens; Godofredo de Saint Omer, nobre da Família de Saint Omer, cujos VASSALOS foram alguns dos primeiros cavaleiros recrutados; Payen de Montdidier, da casa nobre flamenca Montdidier; o CONDE Geofroy Bissot, da família Bissot, entre outros… tantos nobres reunidos e não tinham dinheiro sequer para comprar um cavalo para cada um? Fala sério…
O que o Símbolo dos Templários realmente representa é que eles eram guerreiros espirituais. Os dois corpos no cavalo representam a união do guerreiro físico com o guerreiro espiritual que eles ali representavam. Mas a idéia de falar que eles eram pobres não era ruim…
Outro ponto bizarro é dizer que a função dos Templários era “defender as rotas de Peregrinos dos Muçulmanos”… ora, o que nove cavaleiros de meia-idade poderiam fazer contra as hordas de muçulmanos que estavam tomando conta da região? O que estes nove cavaleiros fizeram foi escavar sob os estábulos do Templo durante nove anos (de 1109 a 1118), até que finalmente encontraram o que estavam procurando…

As ruínas do Templo
Destruído pelos caldeus e reconstruído por Zorobabel, fora ampliado por Herodes em 18 antes de Cristo e, finalmente, arrasado pelas legiões romanas chefiadas por Tito, na tomada de Jerusalém. Os “Pobres Cavaleiros de Cristo” atraídos pela sensação do mistério que pairava sobre as veneradas ruínas, não tardou para que descobrissem a entrada secreta que conduzia ao labirinto subterrâneo só conhecido pelos iniciados nos mistérios da Kabbalah. E entraram. Uma extensa galeria conduziu-os até uma porta chapeada de ouro por detrás da qual deveria estar o maior Segredo da Humanidade.

Sobre a porta, uma inscrição em caracteres hebraicos prevenia os profanos contra os impulsos da ousadia: SE É MERA CURIOSIDADE QUE AQUI TE CONDUZ, DESISTE E VOLTA; SE PERSISTIRES EM CONHECER O MISTÉRIO DA EXISTÊNCIA, FAZ O TEU TESTAMENTO E DESPEDE-SE DO MUNDO DOS VIVOS.

Hugh de Payens escancarou aos olhos vidrados dos cavaleiros um gigantesco recinto ornado de figuras bizarras, delicadas umas e monstruosas outras, tendo ao Nascente um grande trono recamado de sedas e por cima um triângulo equilátero em cujo centro em letras hebraicas marcadas a fogo se lia o TETRAGRAMA YOD. Junto aos degraus do trono e sobre um altar de alabastro, estava a “LEI” cuja cópia, séculos mais tarde, um Cavaleiro Templário em Portugal, devia revelar à hora da morte, no momento preciso em que na Borgonha e na Toscana se descobriam os cofres contendo os documentos secretos que “comprovavam” a heresia dos Templários. A “Lei Sagrada” era a verdade de Jahveh transmitida ao patriarca Abraão.

A par da Verdade divina vinha depois a revelação Teosófica da Kabbalah. Extasiados diante da majestade severa dos símbolos, os nove cavaleiros, futuros Templários, ajoelharam e elevaram os olhos ao alto. Na sua frente, o grande Triângulo, tendo ao centro a inicial do princípio gerador, espírito animador de todas as coisas e símbolo da regeneração humana, parece convidá-los à reflexão sobre o significado profundo que irradia dos seus ângulos. Ali estão representadas as Trinta e Duas Vidas da Sabedoria que a Kabbalah exprime em fórmulas herméticas, e que a Sepher Yetzira propõe ao entendimento humano. As chaves expostas sobre o Altar de alabastro onde os iniciados prestavam juramento dão aos Pobres Cavaleiros de Cristo a chave interpretativa das figuras que adornam as paredes do Templo. Na mudez estática daqueles símbolos há uma alma que palpita e convida ao recolhimento. Abalados na sua crença de um Deus feroz e sanguinário, os futuros Templários entreolham-se e perguntam-se: SE TODOS OS SERES HUMANOS PROVÊM DE DEUS QUE OS FEZ À SUA IMAGEM E SEMELHANÇA, COMO COMPREENDER QUE OS HOMENS SE MATEM MUTUAMENTE EM NOME DE VÁRIOS DEUSES? COM QUEM ESTÁ A VERDADE?

Entre as figuras mais bizarras que adornavam o majestoso Templo, uma em especial chamara a atenção de Hugo de Paynes e de seus oito companheiros. Na testa ampla, um facho luminoso parecia irradiar inteligência; e no peito uma cruz sangrando acariciava no cruzamento dos braços uma Rosa, encantadora. A cruz era o símbolo da imortalidade; a rosa o símbolo do princípio feminino. A reunião dos dois símbolos era a idéia da Criação. E foi essa figura atraente que os nove cavaleiros elegeram para emblema de suas futuras cruzadas.

Quando em 1128 se apresentou ante o Concílio de Troyes, Hugo de Paynes, primeiro Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros do Templo, já tinha uma concepção acerca da idéia de Deus que não era muito católica. A divisa inscrita no estandarte negro da Ordem “Non nobis, Domine, sed nomini tuo ad Gloria” não era uma sujeição à Igreja mas uma referência à inicial que, no centro do Triângulo, simbolizava a unidade perfeita: YOD.

Continua…

#Maçonaria #Templários

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/os-cavaleiros-templ%C3%A1rios-parte-1