Defumação e Incensos

Ninguém sabe quando a humanidade começou a usar as plantas aromáticas. Estamos razoavelmente seguros de que os sentidos do homem antigo eram bem mais aguçados, e o sentido do olfato foi crucial para sua sobrevivência. Há evidência do período Neolítico de que ervas aromáticas eram usadas em culinária e medicina, e que ervas e flores eram enterradas com os mortos. A fumaça ou fumigação foram provavelmente um dos usos mais antigos das plantas, como parte de oferendas rituais aos deuses. Era provavelmente notado que a fumaça de várias plantas aromáticas tinha, entre outros, efeitos alucinógenos, estimulantes e calmantes. Gradualmente, um conjunto de conhecimentos sobre as plantas foi acumulado e passado a centenas de gerações de xamãs.

As plantas aromáticas têm sido honradas de um modo especial desde os tempos antigos. Eram utilizadas em rituais religiosos e mágicos, assim como nas artes curativas. Estas três práticas eram fundamentais para a existência humana (ainda hoje continuam sendo).

A antiga civilização egípcia era devotada em direcionar os sentidos em direção ao Divino. O uso das fragrâncias era muito restrito. Inicialmente, sacerdotes e sacerdotisas eram as únicas pessoas que tinham acesso a estas preciosas substâncias. As fragrâncias dos óleos eram usadas em perfumes, na medicina e para uso estético, e ainda, para a consagração nos rituais, queimados como incenso. Sobre as paredes das tumbas dos templos antigos perdidos no deserto, podemos ver com freqüência uma fumaça que sai de um pote, ou um incensário horizontal muito parecido com os atuais. Quando o Egito se fez um país forte, seus governantes importaram de terras distantes incenso, sândalo, mirra e canela. Esses tesouros aromáticos eram exigidos como tributo aos povos conquistados e se trocavam inclusive por ouro. Os faraós se orgulhavam em oferecer às deusas e aos deuses enormes quantidades de madeiras aromáticas, gomas, resinas e perfumes de plantas, queimando milhares de caixas desses materiais preciosos. Muitos chegaram a gravar em pedras semelhantes façanhas.

Os materiais das plantas aromáticas eram entregues como tributos ao estado, e doados a templos especiais, onde se conservavam sobre altares como oferendas aos deuses e deusas. Todas as manhãs as estátuas eram untadas pelos sacerdotes com óleos aromáticos. Se queimava muito incenso nas cerimônias do templo, durante a coroação dos faraós e rituais religiosos. Se queimavam também em enterros, para neutralizar odores e afugentar maus espíritos.

Sem dúvida o incenso egípcio mais famoso foi o Kyphi. O Kyphi se queimava durante as cerimônias religiosas para dormir, aliviar ansiedade e iluminar os sonhos, e acreditava-se inclusive que pudesse reavivar a sexualidade dos mortos.

Sumérios e Babilônios

É difícil separar as práticas destas culturas distintas já que os Sumérios tiveram uma grande influência dos babilônios, e transcreveram muita da literatura dos seus antepassados para o idioma sumério. Sem engano sabemos que ambos os povos usavam o incenso. Os Sumérios ofereciam bagas de junípero como incenso à deusa Inanna. Mais tarde os babilônios continuaram um ritual queimando esse suave aroma nos altares de Ishtar.

Tudo indica que o junípero foi o incenso mais utilizado, eram usadas outras plantas também. Madeira de cedro, pinho, cipreste, mirto, cálamo e outras, eram oferecidas às divindades. O incenso de mirra, que não se conhecia na época dos Sumérios foi utilizados posteriormente pelos babilônios. Heródoto assegura que na Babilônia queimaram uma tonelada de incenso. Daquela época nos tem chegado numerosos rituais mágicos. O Baru era um sacerdote babilônio esperto na arte da adivinhação. Acendia-se incenso de madeira de cedro e acreditava-se que a direção que a fumaça levantava determinaria o futuro, se a fumaça movia-se para a direita o êxito era a resposta, se movia-se para a esquerda a resposta era o fracasso.

Hindus e Budistas

A Aromaterapia tem sido uma parte essencial do ritual religioso Hindu desde o tempo dos Vedas, cuja idade pode ser estimada em 5.000 a.C. O incenso favorece um estado meditativo, por isso ele também foi incorporado pelos budistas, que são naturalmente avessos a rituais externos. É usado na iniciação de Lamas e Monges, e é oferecido aos bons espíritos nos cultos diários.

Gregos e romanos

Estes povos acreditavam que as plantas aromáticas procediam dos deuses e deusas. Queimavam o incenso como obrigação e para proteção das casas. Em Roma usava-se nas ruas e em especial na adoração do Imperador. O povo chegou a consumir tantos materiais aromáticos que no ano de 565 foi decretada uma lei que proibia utilizar essências aromáticas pelas pessoas, com temor de não se ter suficiente incenso para queimar nos altares das divindades.

Nativos americanos

Os nativos americanos vivem em harmonia com a terra, reverenciam-na como geradora de vida. Desde muito eles conhecem as propriedades de cura das plantas de poder, usadas em tendas de suor, dança do tambor etc. Queima-se sálvia branca, cedro, pinho e resinas para limpeza de objetos de poder e rituais de adoração. É usada para a saúde e o bem-estar da tribo. Na América do sul resina aromática de copal é oferecida ainda hoje pelos descendentes Maias e Astecas para suas divindades ancestrais.

Judeus

De acordo com o Zohar, oferecer incenso é a parte mais preciosa do serviço do Templo para os olhos de Deus. A honra de conduzir este serviço é permitida somente uma única vez na vida. Diz-se que quem teve o privilégio de oferecer o incenso está recompensado pela sorte com riqueza e prosperidade para sempre, neste mundo e no seguinte.

Católicos

Como esquecer a historia maravilhosa dos três Reis Magos, que presentearam com o Líbano e Mirra o Mestre Jesus, quando ele nasceu? Essas resinas aromáticas são presentes mágicos, são incensos de alta importância e fragrância. Em varias igrejas católicas, misturas de incensos contendo resinas de Líbano e Mirra são queimados durante os rituais.

A fumaça aromática

Hoje percebe-se um aumento do interesse pelos incensos naturais de antigamente, e isso se deve ao fato que querermos que nossa casa seja um lugar mais aconchegante, convidativo e mais agradável. Infelizmente incensos comerciais raramente contém resinas ou óleos essenciais, e são feitos com essências sintéticas, carvão e derivados de petróleo que, na verdade, não trazem grandes beneficios. Prefira os feitos com sândalo (sandalwood) ou serragem (sawdust powder).

Várias pessoas associam incensos com rituais religiosos ou espiritualidade; realmente varias religiões usam fumaça aromática em seus rituais e suas cerimônias. A fumaça que sai do incenso é usada para santificar, purificar ou abençoar, e acredita-se que a fumaça é o mensageiro para o reino dos céus. Nossos ancestrais faziam uso de incensos em suas casas porque pensavam que podiam protegê-los das pragas e doenças. Essa teoria possui alguma verdade: incensos feitos de ervas, incluindo tomilho e capim limão, há muito são usados por suas propriedades anti-sépticas e curativas. Estas e outras ervas eram queimadas em quartos de doentes, em hospitais, antes da descoberta dos antibióticos. Quando queimamos incensos naturais, moléculas de óleos essenciais são soltas no ar. Então elas acham seu próprio caminho, pelo sistema olfativo ou pelos poros da pele, e atuam no cérebro, onde se processam efeitos químicos que podem mudar seu ânimo, evocar boas memórias e lembranças. Essa fumaça aromática pode relaxar, estimular e aumentar nossa energia, nos levando para um momento de paz e tranquilidade.

Umbanda

A defumação é essencial para qualquer trabalho num terreiro de Umbanda, bem como nos ambientes domésticos. Este ritual é praticado com o objetivo de purificar o ambiente (terreiro/residência), bem como o corpo do mediúm e a assistência (pessoas que irão participar da gira), retirando as energias negativas e preparando o local para que a gira possa ocorrer em harmonia.

Pode-se aproveitar o know-how pego pela Umbanda para fazer uma limpeza em sua própria casa. Para fazer uma defumação correta só precisa de carvão em brasa, dentro de um turíbulo (incensório pequeno, geralmente feito de barro). Jogue as ervas secas dentro (ou na parte de cima, dependendo do modelo de incensório) e vá defumando toda a casa: Se for para limpeza espiritual, defume sempre de dentro para fora, se for para atrair bons fluidos e dinheiro, defume de fora para dentro. Os resíduos da defumação podem ser jogados no rio, no lixo, no terreno baldio, em qualquer lugar bem longe da casa, na encruzilhada, etc. (isto vai variar com a bula da defumação). Várias pessoas também aconselham a seguir a posição da lua. Ex: Para quebrar feitiços e limpeza em geral, fazer na lua minguante. Na lua nova, crescente ou cheia, fazer a defumação para prosperidade, amor, etc.

Existem dois tipo de defumação:

DEFUMAÇÃO DE DESCARREGO- Serve para afastar seres do baixo astral, e dissipar larvas astrais que impregnam qualquer ambiente, tornando-o carregado e ocasionando perturbações nas pessoas que neles se encontram. Ervas utilizadas:

ALECRIM DO CAMPO: Defesa dos males, tira inveja e olho gordo, protege de magias.
ARRUDA: Descarrego e defesa dos males, proteção e remove o efeito de feitiços.
BELADONA: Limpeza de ambientes
BENJOIM RESINA e CANELA: Limpa o ambiente e destrói larvas astrais.
CARDO SANTO: Defesa, quebra olho gordo
CIPÓ CABOCLO: Elimina todas as larvas astrais do ambiente
FOLHA DE BAMBU: Afasta vampiros astrais
GUINÉ: Atua como um poderoso escudo mágico contra malefícios.
INCENSO: Tanto a erva como a resina (pedra) são bons para limpeza em geral.
MIRRA: Descarrego forte, afasta maus espíritos
PALHA DE ALHO: Afasta más vibrações

Modo de usar: Varra a casa ou local a ser defumado, acenda uma vela para seu anjo de guarda, depois acenda um braseiro e coloque dentro do mesmo três tipos diferentes de ervas. Defume de dentro para fora, mantendo o pensamento firme de que está limpando sua casa, sua família e seu corpo.

DEFUMAÇÃO LUSTRAL- Além de afastar alguns remanescendes astrais que por ventura tenham se mantido após a defumação de descarrego, esta defumação atrai para o ambiente correntes positivas das entidades, que se encarregarão de abrir seus caminhos. Ervas usadas:

ABRE CAMINHO: Abre o caminho atraindo bons fluidos dando força e liderança.
ALFAZEMA: Atrativo feminino, deixa o lar mais suave, limpa, purifica e traz o entendimento
ANIS ESTRELADO: Atrativo. Chama dinheiro
COLÔNIA: Atrai fluidos benéficos
CRAVO DA ÍNDIA: Atrativo e chama dinheiro e dá força á defumação.
EUCALIPTO: Atrai a corrente de Oxossi
LEVANTE: Abre os caminhos do ambiente
LOURO: Abre caminho, chama dinheiro, prosperidade e dá energia ao ambiente
MADRESSILVA: Desenvolve a intuição e a criatividade, favorece também a prosperidade.
MANJERICÃO: Chama dinheiro
ROSA BRANCA: Paz e harmonia
SÂNDALO: Atrativo do sexo oposto e também ajuda a conectar com a essência Divina

Modo de usar: Esta defumação deve ser feita da porta da rua para dentro do ambiente.

Na limpeza, evite escolher ervas com funções diferentes, por exemplo: Levante, Louro e cardo santo, pois duas estão abrindo o caminho, e a terceira (cardo santo) é para limpeza. Isso pode não combinar, por isso primeiro defume a casa fazendo somente a limpeza, de dentro para fora, depois use as ervas para atrair coisas boas (de fora para dentro).

Quando for fazer defumação de café e açúcar, não faça com os 2 juntos; Primeiro defume de dentro para fora com café, jogue as brasas e os resíduos bem longe, depois defume de fora para dentro com açúcar.

Quando for usar Incenso, Mirra e Benjoim, pode-se usar uma quarta erva para limpeza.

Muitas pessoas não podem defumar a casa porque o marido, mulher ou vizinhos não gostam de defumação. Então, para uma defumação mais simples e funcional, faça-a com incensos, seguindo a orientação abaixo:

PARA LIMPEZA DE AMBIENTE COM INCENSOS

Encha um copo virgem (de vidro) de arroz cru, coloque 8 varetas de incenso, podendo ser de Arruda, Alecrim, Cânfora, Eucalipto, Madressilva ou Pimenta, passe este copo na casa inteira (começando de dentro para fora da porta de entrada) e quando chegar na porta de entrada, deixe-os queimando, no término, jogue todos os resíduos (arroz e o pó do incenso) na água corrente, e o copo guarde para a próxima defumação.

Tabela de incensos:

Limpeza: Olibano, elemi,copal,cravo da índia, junipero, louro cedro, lavanda alecrim, salvia branca, sangue de dragão, sweetgrass.
Coragem: Elemi, sangue de dragão, balsamo do peru, olibano, palusanto, louro, lavanda, cedro, pinho, junipero, salvia branca, tomilho.
Criatividade: Anis estrelado, copal, cravo da índia, mastic, elemi, breuzinho, olibano, capim limão, junipero.
Relaxar: Lavanda, sândalo, vetiver, sandarac, nardo.
Meditação & oração: Sândalo, mirra, olibano, mastic, copal, nardo, Ladano, sangue de dragão, damar, aloes madeira.
Sono: Sândalo, nardo, galbano, mirra, salvia branca, lavanda.
Sonhos: Aloés madeira, mastic, louro, lavanda.
Amor: Sândalo, aloés copal, bejoin, mirra, vetiver, cássia, nardo, rosa patchuli.

#Religiões

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/defuma%C3%A7%C3%A3o-e-incensos

Fo Hi

Fo-Hi, o imperador imortal da China, não está sujeito a datas precisas .Pertencia ao reino Xia. O grande e único historiador da ciência chinesa , Joseph Needham , sustenta a princípio que o reino Xia é imaginário. Posto que se estabelece por volta de 2.000 a.C. ?!

Na verdade , cada vez que se trata dum acontecimento transcendente , a localização precisa no tempo é praticamente impossivel, não podendo ser senão aproximativa. A projeção das realidade transcendentes no eixo do tempo é movel e é preciso manejar com prudencia nossa noção de data.

Também é dificil tomar ao pé da letra as crônicas chinesas , as quais nos dizem que Fo-Hi nasceu duma virgem, no caso dele, sem intervenção divina . A tal virgem , indo tomar banho, encontrou uma flor presa em suas roupas , e a comeu. Em seguida concebeu o Mestre do Tempo . A tradição chinesa situa esse nascimento em datas que variam entre 50.000 e 3.000 a.C.

De acordo com certas tradições , Fo-Hi veio do céu, acompanhado de extraterrestres munidos de trompas de marfim, sendo que esses extraterrestres deixaram baixos-relevos que os sábios chineses datam de 50.000 anos a.C. Infelizmente não se conhece na Europa um meio para datar um objeto desprovido de carbono que tivesse cinquenta mil anos . Certos sistemas de datação são eficientes mesmo quando se trata de bilhões de anos , porem a datação através de carbono 14 não vai além de 30.000 anos , perdendo além disso sua precisão à medida que nos aproximamos de tal limite. De modo que não se sabe bem como os sábios chineses chegaram a essa idade de 50.000 anos para seus baixos-relevos.

Em contra-partida – e estamos seguros quanto a isso porque os objetos existem – há certos seixos que podemos datar de entre menos de quarenta mil anos e menos de cinquenta mil anos. Aliás, não se trata aqui de pedras separadas, mas de seixos descobertos na China em camadas geológicas datáveis.

Esses seixos trazem três linhas – geralmente duas linhas continuas e uma linha quebrada – as quais não são devidas ao acaso ou à natureza. A tradição chama tais linhas de trigramas. Afirma a tradição: “Fo-Hi governava todas as coisas sob o céu . Ele olhou para o alto e contemplou as constelações cintilantes formadas pelas estrelas , em seguida olhou para baixo e considerou as formas que via sobre a Terra. Observou as marcas que decoravam as aves e as feras e, mais próximo de si , examinou seu proprio corpo onde descobriu igualmente marcas cósmicas. A partir de tudo isso ele aplicou os oito trigramas essenciais de modo a desvelar os fenomenos celestes que se desenvolvem na natureza , e tudo compreender”( Observar-se-a a que ponto a filosofia do Imperador se aproxima da idéia de Jorge Luis Borges em A Escrita de Deus , onde se pode deduzir todas as leis do universo a partir das manchas dum leopardo!)

Esses trigramas compreendem duas linhas fundamentais : a linha contínua representa o yang ( céu) e a linha quebrada representa o yin ( terra). Agrupando essas linhas em três obtém-se oito combinações , que são os oito trigramas do Imperador imortal, o Mestre do Tempo.

Este e os mandarins-cientistas, os quais estariam a seu serviço, poderiam muito bem ter descoberto, e mais cedo do que pensam os historiadores racistas da ciência, as leis fundamentais do universo. Era essa , sem dúvida, a opinião de Einstein , que escreveu em 1953 a um dos seus correspondentes californianos, J. E. Switer:

“Caro Senhor,

O desenvolvimento da ciencia ocidental teve por base duas grandes realizações , a invenção dum sistema lógico-formal ( na geometria euclideana) pelos filósofos gregos e a descoberta da possibilidade de encontrar relações acusais por ume experiencia sistemática ( no Renascimento). Na minha opinião , não há razão para se espantar pelo fato dos sábios chineses não term dado os mesmos passos. O que é de espantar é simplesmente o fato dessas descobertas terem sido feitas.

Sinceramente , seu

Albert Einstein”

Gostariamos de saber exatamente o que FO-HI fez desde essa primeira aparição, pois houve outras. Na verdade , constata-se a aparição do Imperador imortal em momentos de gravidade . Crença espantosa num país onde não se crê na imortalidade fisica. A tradição registra que no fim de sua vida ele se retirou para longe , para um lugar celeste ou para uma ilha , segundo as variações. Não envelhece e as vezes sai de seu retiro.

Cada uma de suas reaparições era acompanhada do fenomeno apavorante do “quangao”, a censura vinda do céu. Foi ele que o trouxe aos homens , e foi uma dessas censura, no século XIV de nossa era, que parece ter detido a expansão da tecnologia chinesa.

O que é certo , em todo caso – e todos os estudos históricos o mostram – é atribuir-se ao imperador Fo-Hi o único meio que está até o presente à disposição dos homens para navegar, por assim dizer, nas ramificações do tempo, e basear seu comportamento nas informações provenientes de alhures ( ou do mais profundo do inconsciente coletivo).

Trata-se do I Ching ou Livro da Mutações.

A teoria de base do I Ching que, veremos, é tambem a da física moderna, tal como ressalta dos trabalhos de Everest , de Wheeler e de Cooper , é a seguinte: a cada ponto de seu percurso, o tempo se separa em ramificações diferentes das quais podemos dispor à vontade.

E o Livro da Mutações fornece orientações para a escolha certa desta ou daquela decisão, o emprego desta ou daquela ramificação do tempo. Históricamente , eis o que sabemos do I Ching.

Apareceu em 1143 A. C. . Um chines nobre , o duque Wen, foi posto na prisão pelo imperador por tentativa de rebelião . Na prisão , ele se pôs a estudar os trigramas do Imperador Imortal. Combinou-os em sessenta e quatro hexagramas, dando para cada um deles uma explicação. Pleno dessa ciência, acabou saindo da prisão , votou ao imperador uma guerra sanguinolenta que lhe proporcionou a vitória após quinze anos. Contudo, morreu pouco antes da vitória definitiva e foi nomeado rei postumamente.

O filho dele, Tan, depois de ter executado o imperador, foi nomeado Duque de Chou. Quarenta anos mais tarde , restabelecido a paz civil, retomou o trabalho de seu pai , sistematizou-o e publicou o Livro das Mutações, que chamamos também de o Livro de Chou.

Confuncio o estudará com sofreguidão, a ponto de utilizar três exemplares . Leibniz se servirá dele para descobrir o cálculo binário, lançando assim as bases das matemáticas modernas e do sistema de computadores.

C. G. Jung , após ter tido contato com ele concluiu que constitui um meio para obter de algo conselhos valiosos. O almirantado japonês se servirá do I Ching para preparar o ataque a Pearl HArbour. É um perito em estratégia do Serviço de Inteligencia, Blofeld , sabendo que os chinese fazem uso do I Ching, pôde prever todo o desenrolar da guerra sino-indiana de 1962, inclusive a pausa do exercito chinês, que desconcentrou todas as estratégias.

Atualmente nos Estados Unidos, médicos utilizavam o I Ching para diagnosticar e tratar certas doenças mentais. No plano experimental , o I Ching sem dúvida funciona. Num outro plano , constitui a primeira conquista do tempo pelo homem. O I Ching se apresenta como uma obra que contem sessenta e quatro hexagramas e suas interpretações.

Quando somos colocados na vida diante de uma decisão ou opção , a primeira coisa a fazer é determinar qual o hexagrama conveniente à circunstancia. Lança-se então ao ar moedas, pequenos bastões ou, tradicionalmente, certos talos vegetais.

De acordo com Jung, não é o espirito humano que influencia a sorte e permite , graças à combinação dos objetos , escolher o hexagrama. Mas há sincronização entre a queda dos objetos indicadores e a situação na qual está colocado aquele que indaga. Trata-se da célebre teoria da sincronicidade, exposta simultaneamente por Jung e pelo grande físico Wolfgang Pauli, prêmio Nobel.

Seria trair essa teoria não empregar matemática para expô-la . Vamos entretanto tenta-lo. Ao longo do fluxo temporal, do passado ao futuro, certos eventos se influenciam. É a causualidade determinista clássica, ou probabilistica, conforme as teorias.

Porém determinados eventos se influenciam também perpendicularmente a esse fluxo temporal , como as ondas produzidas na água por um navio podem perturbar outros navios ou as ondas que estes provocam. Tentemos deixar isto mais claro através duma história.

Em 1951, C.G.Jung recebeu um paciente que lhe disse ter dor de garganta . Jung achou que tal dor fosse simplesmente psicossomática, mas aconselhou de qualquer modo que seu paciente fizesse um check-up completo. Meia hora após a partida desse paciente Jung recebeu um telefonema de sua esposa( do paciente). Estava prestes a elouquecer, pois pássaros se reuniram em grande número à sua janela, fenomeno que já se produzira logo que seu avô , depois seu pai, tinham morrido. Jung a tranquilizou da melhor forma que pode. Entretanto, no momento dessa conversa ao telefone, o paciente já se encontrava morto: um enfarte o matou logo que chegava a pé em casa.

Pela lógica comum , não se pode dizer que o agrupamento dos pássaros causou a morte nem que a morte provocou o agrupamento dos pássaros. Os dois eventos foram sincronos. Perpendicularmente ao fluxo do tempo , eles se influenciaram. Do mesmo modo , segundo Jung, a queda dos objetos indicadores que se interroga e a situação daquele que interroga são sincronizadas.

O I Ching constitui de certo modo uma flecha perpendicular ao eixo do tempo , e mostra entre as diversas bifurcações do tempo aquela que convém escolher . Em suma, um painel de sinalização. Essa interpretação foi dada por Shao Yung no anos 1060 de nossa era. Foi ele igualmente que expôs partindo do I Ching a numeração binária , a qual Libniz reinventou em 1679. Ë essa numeração , que emprega apenas os numeros 1 e 0 , que possibilitou os computadores. Shao Yung vivia numa época que seguiu de perto uma reaparição do Imperador Imortal Fo-Hi, uma época em que a ciência chinesa deu um grande salto à frente . Certos livros dessa época foram redescobertos pelo governo chinês atual , em especial os “Ensaios sobre a fonte do sonho” de Shen Gua.

Descreve a invenção , em 1045 de nossa era , da imprensa em tipos móveis por Bi Sheng. Por volta da mesma época , os chineses enviaram às Indias Orientais uma expedição científica para estudar as constelações do hesmifério austral a 20 º do pólo celeste sul. Essa expedição estudou igualmente as estrelas “Novas” , e os radioastronomos modernos empregam ainda listas de Novas estabelecidas pelos chineses, agora que a ciência grega não serve mais para nada. Pela mesma época, no século XI , os chineses inventaram a pólvora de canhão . A fórmula escrita que chegou a nós data de 1044. Os chineses serviram-se da pólvora tanto para a fabricação de armas quanto para utilização militar como para aplicações cientificas.

Nesse mesmo ano, 1044, decididamente bem rico, apareceu a bússola magnética , que não provém nem duma ciência , nem duma experimentação, mas duma magia cósmica revelada pelo Imperador Fo-Hi em ocasião de sua reaparição por volta do ano 1.000.

Na mesma época ainda , apareceu um aparelho adequado para a medição da intensidade e a indicação da direção dos tremores de terra. Trata-se dum vaso cheio de esferas , de onde saem quatro cabeças de dragões. Os impactos do tremor de terra fazem sair as esferas por uma das cabeças, a qual indica a direção. A distância percorrida pelas esferas fora do vaso permite medir a intensidade. É um instrumento ao mesmo tempo muito poético e bastante preciso.

A industria química apareceu na mesma época. No século XI , uma obra intitulada “O fundo borbulhante do mar” trata da industria do sal e de suas aplicações. O aço apareceu na mesma época , com diversos usos.

Os chineses agora exploravam o planeta . Entre 1100 e 1450 de nossa era , a frota deles é a mais poderosa do mundo; certos navios podem transportar mil homens, que desembarcam em Madagascar ou em Kamtchatka. No século XIV , dezoito expedições chinesas desembarcam na Africa a fim de a explorar.

Em seguida tudo se detém . Depois de uma reaparição do Imperador Imortal que manifesta seu descontentamento. As explicações racionais que se dá dessa súbita interrupção são pouco satisfatórias.

Joseph Needham , que conhece admiravelmente a ciência chinesa , apresenta a seguinte razão : não havia uma China de verdadeiro proletariado e a luta de classes é o verdadeiro motor do progresso: daí a interrupção do desenvolvimento científico na China. Mas tal explicação me parece indigna dum marxista e tão pouco cientifico quanto possivel.

Entretanto , existe uma outra explicação que não me satisfaz também . Foi-me dada por um amigo chinês. Disse-me ele: “No século XV de vossa era , as pontes com os Imortais foram cortadas”. Gostaria de saber de mais alguma coisa.

Houve uma misteriosa expansão na China . É preciso observar que foram os chineses que descobriram a Europa , e não o contrário . Tal descoberta foi devida ao explorador Zhang Quian , cuja viagem durou de 138 a 126 a.C. . A ciência chinesa incluía também as ciências secretas, como a alquimia , que começou em 140 a.C. com os trabalhos de Wei Bo Yang e seu manual “A União dos Três Principios”

É dessas ciencias secretas que procederam a bússola magnética , a acunpuntura e as narrativas de combates com seres não-humanos registrados pelas lendas. Alguns desses seres são chamados de “sacos vazios”, o que não corresponde a nada que conhecêssemos. . .

Desde a alvorada dos tempos , O Imperador Fo-Hi parece ter feito recuar esses “sacos vazios”, “e eles retornaram”. Aonde? A tradição não o diz.

É igualmente no quadro dessas ciências secretas que é necessário colocar as pesquisas de Xu Lu Zhai (1029-1081), que guiado pelo I Ching tentou datar a origem da civilização chinesa. Ele remonta a 129.600 anos de nossa era . Por que esse número? Gostaríamos de dispor de precisões quanto a essa longa cronologia , particularmente precisões arqueológicas. À falta de tais provas , podemos supor que o Mestre do Tempo viajou não apenas no seu passado , como também no seu futuro , e que essa data de 129600 anos representa o limite último que ele pôde atingir.

O que é certo é que ele trouxe dessa expedição e do passado , o conhecimento dos fósseis , conhecimento que data para nós do século XIX com Boucher de Perthes. Acham-se entre as informações sagradas fornecidas pelo Imperador Fo-HI consignadas nos documentos chinese desde o ano 1000 de nossa era descrições e explicações a respeito de fósseis .

Bem mais cedo ainda , por volta de 260 a.C. , a literatura chines encerrava descrições de objetos neolíticos , em especial uma vasilha de metal pintada de vermelho e negro. Needham observa com muita propriedade:

“É absolutamente estranho que ninguem associou nem estudou desse ponto de vista todas as passagens , que encontramos nas literaturas Zhou, Qin e Han, no que concerne à antiguidade mais remota.”

Seria com efeito interessante no mais alto grau conhecer o que foi a pré-história na China , tanto quanto as datas das reaparições do Imperador Fo-HI no periodo histórico. Ë absolutamente possível , ademais , que trabalhos sobre esse assunto tenham sido executados , mas que não tenham chegado até a nós.

Conviria saber , especialmente , se as aparições do Imperador Imortal coincidem com outros fenomenos não-periódicos e imprevisíveis que os chineses consignaram cuidadosamente; por exemplo, a aparição do que eles poéticamente chamavam de “As estrelas em visita”, isto é as Novas.

Saber também se as diversas aparições de visitantes vindos de outras partes , bastante numerosas nas cronicas chinesas , correspondem às passagens do Imperador Fo-Hi. O importante , de qualquer modo, é que a civilização estabelecida originalmente por Fo-Hi e que se manteve por cinco milênios era uma civilização do tempo e não do espaço. Tanto assim que os chinese nunca inventaram a geometria, mesmo a euclidiana. Esta eles a tomaram dos missionários ocidentais. Suas ciencias matemáticas , bastante avançadas, eram exclusivamente algébricas. Em contrapartida, desde o primeiro século da era cristã , colocaram em cena um movimento de relojoaria , e desde então não cessaram de descobrir outros meios engenhosos para medir o tempo .

Com efeito, o tempo evidentemente lhes interessa mais que o espaço. Alguma de sua teorias , as quais datam de mais de três mila anos, mas que os sábios chinese no ponto extremo da modernidade retomam atualmente, afirmam que o espaço não existe e que os objetos podem atuar uns sobre os outros a distancias absolutamente fantásticas. Needham escreve:

“Encontra-se, desde a época dos San guo, enunciados notáveis a respeito da ação à distancia, efetuando-se sem contato físico , a enormes intervalos de espaço”

Talvez por não lhe concederem importancia os chinese achavam fácil neutralizar o espaço , enquanto o tempo lhes parecia fundamental. No I Ching como nos extraordinários dispositivos da relojoaria chinesa , percebe-se a marca duma atenção extrema ao tempo. É o que confirma os comentários de Wang Bi ao I Ching, que datam do ano 240 de nossa era:

“A significação geral do Tao de Gwan – escreve ele – é que não se deveria governar graças a punições , nem graças a coações jurídicas ; mas se deveria , perscrutando o porvir, exercer-se uma influencia e intervir de maneira a mudar tudo que não opera bem.”

Prever e dominar o futuro, subjugar o tempo , eis os objetivos que surgem desde o início da civilização chinesa.Interessa-se , em contrapartida , muito pouco com o Cosmo. O que faz com que seja ainda mais curioso o fato dos chinese serem nesse domínio muito avançados. Sabe , desde o ano 1000 a.C. , que , contrariamente ao que se acreditavam os gregos , não existe esfera cristalina ao redor da Terra, que o espaço se estende ao infinito e contém provavelmente outros astros habitados.

Entretanto, mesmo lançando foguetes na atmosfera a fim de estudar uma propriedade por volta do ano 1000 da nossa era, os chinese não parecem interessados absolutamente na exploração do Cosmos, nem na colonização de outros astros.

Nos seus escritos há pouca referência a esse respeito, enquanto que, desde 1909, descrevem um relógio astronomico com uma tal profundidade de detalhes que não nos é possivel depois reproduzir tal descrição inteiramente. Os chineses possuíam certamente mapas do céu e um sistema de coordenadas espaciais , mas o interesse deles pelo espaço não era nada comparado ao interesse que tinham pelo tempo.

Extraido do livro Os Mestres Secretos do Tempo de J. Bergier – Hemus – 1974


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Postagem original feita no https://mortesubita.net/biografias/fo-hi/

Ganesha Concorda em Escrever o Mahabharata

Por Nanda Dulal Dasa

O roteiro de Mahabharata mostra um clima especial de amor mútuo.

As deidades védicas são muito populares no subcontinente indiano e em seu entorno. Não é raro encontrar deidades antigas como o Senhor Ganesha e o Senhor Rama, mesmo em terras distantes como a Malásia e  a Indonésia. Por mais que tente, o homem moderno tem dificuldade de abandonar sua afinidade por eles. Algumas vezes, porém, esta multidão de deidades parece criar uma ideia de panteísmo nas mentes imaturas dos desinformados. Alguns chegam ao ponto de imaginar alguma forma de rivalidade entre essas deidades. Para entender melhor a realidade, examinemos um incidente central do tempo passado.

Temos que viajar no tempo cerca de 5.000 anos atrás. O fim do Dvapara-yuga se aproxima no horizonte do tempo. Srila Vyasadeva, impelido pela compaixão pelas massas do futuro, pensou em colocar por escrito todo o conhecimento que estava disponível naquela época em forma sólida. As pessoas avançadas de seu tempo, descritas como srutidhara, lembraram para a posteridade tudo o que se ouvia mesmo uma vez durante suas vidas. Prevendo o mundo de Kali-yuga, Vyasadeva previu a próxima era como uma era de competência decrescente. As capacidades humanas diminuiriam e as fragilidades aumentariam. A inteligência e a memória diminuiriam. Muitas outras limitações se tornariam proeminentes. Para ajudar os necessitados, Vyasadeva compilou o Veda e depois o dividiu em quatro, ou seja, Sama, Yajur, Rg e Atharva. Depois disso, ele explicou melhor o texto em histórias chamadas Puranas. Neste ponto, ele sentiu que estes textos seriam difíceis de compreender para o homem comum de Kali-yuga. Ele desejava compilar para eles algo que explicasse o mesmo assunto dos Vedas de uma forma simples, atraente e lúcida, facilmente compreensível pelo homem comum. Neste ponto ele pensou em compilar o Mahabharata, a narração épica das atividades da maior dinastia de Bharata-varsa.

Querendo expressar sua aprovação, o Senhor Brahma deu suas bênçãos a Srila Vyasadeva mencionando, asya kavyasya kavayo na samartha visesane (Mahabharata, Adi, 1.73): os maiores poetas deste mundo não serão capazes de compor uma composição melhor do que esta. Ele então aconselhou Vyasa a pedir a ajuda do Senhor Ganesha para escrever a composição.

Embora Vyasadeva tivesse um filho do calibre de Srila Sukadeva Goswami e discípulos como Vaisampayana, a seleção do Senhor Brahma para esta valiosa tarefa foi Ganesha. É também interessante notar que o próprio Vyasa é uma encarnação de Narayana e sempre que alguém canta a literatura védica, oferece-lhe reverências. Antes de chegar a este ponto, Srila Vyasadeva já havia compilado os Vedas e até resumido na forma dos Vedanta-sutras. Claramente, não há dúvidas sobre as capacidades do próprio compilador ou de seus seguidores na forma de seu filho ou de seus discípulos. No entanto, o Senhor Brahma ordenou que Vyasa comissionasse o Senhor Ganesha para este importante serviço. Claramente, o Senhor Ganesha é uma personalidade especialmente escolhida para este importante serviço.

Seguindo a grande autoridade do Senhor Brahma, quando Srila Vyasadeva chamou o Senhor Ganesha, o texto estava pronto na mente de Vyasadeva, mas como aconselhado pelo Senhor Brahma, ele pediu a Ganesha que o ajudasse a escrevê-lo. Ele é mencionado no Mahabharata (Adi Parva, 1.78-79).

srutvaitat praha vighneso
yadi me lekhani ksanam

likhato navatistheta tada
syam lekhako hyham

“Ao ouvir este Senhor Ganesha dizer, ‘Ó Vyasa! concordarei com uma condição enquanto escrevo, minha caneta não deve parar nem por um momento””.

Vyasa respondeu, vyaso ‘pyuvaca tam devama-buddhva ma likha kvacit omityuktva ganeso ‘py babhuva kila lekhakaù: “Você também não pode escrever um único alfabeto sem entender corretamente seu significado”. O Senhor Ganesha deu seu consentimento respondendo com o som ‘Om’ e assim concordou em escrever.

A contracondição apresentada por Vyasa é outra característica marcante de todo este episódio. O Mahabharata segue principalmente a vida dos Pandavas, que, como devotos inabaláveis e convictos do Senhor Krishna, enfrentaram muitas dificuldades em suas vidas. No entanto, diante das reviravoltas, sua devoção ao Senhor Krishna nunca vacilou. O ápice desta poesia está na grande guerra. A melhor de todas as instruções, o Bhagavad-gita, foi dita pelo Senhor Krishna pouco antes do início desta guerra para guiar seu querido devoto Arjuna. O Bhagavad-gita é glorificado como um sucinto livro de texto espiritual, levando seu ouvinte (ou leitor) do básico aos níveis avançados de espiritualidade. Por isto, ele é altamente respeitado em todo o mundo.

O texto explica claramente como o panteísmo alegado pelo homem moderno contra a concepção védica de autoridade não é verdadeiro, e estabelece claramente a posição do Senhor Krishna e Sua relação com outras deidades (Bg. 7.20-23 e 9.20-24). É claro e transparente para o estudante compreender que não existe tal coisa como rivalidade mesmo em uma forma sutil entre as diferentes divindades védicas. Os textos Védicos certamente não promovem qualquer tipo de panteísmo. E se isto foi escrito por Ganesha, então, de acordo com a condição de Vyasa, ele deve ter compreendido estes conceitos claramente antes de escrevê-los. Se estas palavras tivessem explicado algo contraditório ao entendimento real, o Senhor Ganesha não o teria posto por escrito. Assim, este simples incidente prova que as divindades védicas estão em harmonia umas com as outras e o Senhor Ganesha está feliz em prestar serviço de glorificação ao Senhor Krishna, glorificando Suas palavras que fazem parte do Mahabharata.

Sobre o autor:

Nanda Dulala Dasa tem bacharelado em Engenharia Mecânica. Ele faz parte da equipe editorial do inglês indiano BTG. Ele permanece na ISKCON Mumbai onde ensina a consciência de Krishna aos estudantes universitários.

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Fonte:

DASA, Nanda Dulal. Ganesha agrees to Write. Back to Godhead India, 2009.  Disponível em: <https://www.backtogodhead.in/ganesa-agrees-to-write-by-nanda-dulal-dasa/>. Acesso em 13 de março de 2022.

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Texto revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/yoga-fire/ganesha-concorda-em-escrever-o-mahabharata/

Entrevista com Goddess Rosemary Sahjaza

Goddess Rosemary é uma bruxa, ocultista, artista de belas artes, modelo, empresária, pioneira da computação gráfica e matriarca da dinastia Sahjaza. Em 1976 fundou Black Rose Coven, grupo que se tornou referência dentro do mundo vampyrico. Conforme a organização evoluiu adotou outros nomes como Castle Cloud e Z/n Society nos anos 80’s e House Sahjaza nos anos 90’s. Em 2007 o grupo se estabeleceu como Temple House Sahjaza e, apesar da multiplicidade de nomes, a sociedade criada por Goddess Rosemary é reconhecida hoje como a mais longeva organização do seu tipo dentro do ocultismo.

Sahjaza vem do sânscrito “Nascidos Juntos”, um termo que denota como o lado diurno, a “Realidade Empírica” e o lado noturno, a “Realidade Transcendental” não são coisas independentes, mas coexistem desde o momento em que nascemos. Do despertar para o estado Sahjaza deriva o  equilíbrio entre os opostos, entre o “Zênite” e “Nadir”, o lado diurno e o noturno em todos os aspectos da vida.

Goddess descreve o Temple House Sahjaza como “um grupo explícito de indivíduos artísticos, criativos e literários interessados ​​em ciência e artes”, a maioria de seus ensinamentos contudo são privados e permanecem um mistério para aqueles não iniciados. No grupo se reúnem poetas, músicos, escritores, fotógrafos, dançarinos, performers e outros tipos criativos que optaram por se dedicar ao crescimento tanto místico como pragmático de si mesmos na medida em que promovem um terreno mútuo no qual esse crescimento pode ocorrer.

Em 2008 Goddess Rosemary escreveu o “The Sahjaza Book of Secrets” onde compilou as partes dos ensinamentos do Temple House Sahjaza que podem ser levadas ao grande público. Em 2019 foi formada a Academy of Gray Mystics onde divulga seus ensinamentos de auto-espiritualidade, poder pessoa e equilíbrio.

No Brasil a dinastia Sahjaza está presente por meio das muitas iniciativas de redevampyrica.com e do trabalho de Lord. A.’. e Xendra Sahjaza. A entrevista abaixo foi concedida a Dave Wolff, no Azine em setembro de 2016.

Você se descreve como uma Bruxa Eclética e uma Bruxa do Jardim, e parece ter um amplo conhecimento da Arte, do Deus e da Deusa e do Caminho Pagão. Retorne às origens do seu caminho e nos conte seu desenvolvimento ao longo dos anos…

Comecei meu interesse pelo ofício muito jovem, ou pode-se dizer que o ofício me encontrou. Eu sou uma bruxa nata; o ofício não é algo que você apenas aprende, é um caminho que você vive. Há muitos aspectos diferentes do ofício que exploro: adivinhação, incluindo o Tarot mais popular e mais conhecido até a menos conhecida adivinhação de nuvens e adivinhação de velas que temos na magia das velas. A magia em si está toda interconectada, então é difícil colocar um rótulo no que qualquer bruxa faz ou não faz. No Templo Sahjaza minha vida foi entrelaçada com Sahjaza, e antes disso no Temple of the Goddess como Z/n Society onde pude falar de Sahjaza como uma entidade viva, pois nos parece que talvez seja a melhor maneira de descrevê-la, pois é sempre um reflexo de seus membros em um determinado momento, bem como um vislumbre ou glamour da essência de quem atravessou as paredes da realidade ou à distância ao longo do acúmulo de anos desde sua concepção formal em 1976. Nós ainda estávamos descobrindo o que eramos em 1975 e nos tornamos um Coven formal em 1976. As origens do meu caminho estão no meu sangue, desde as eras em meus genes e em meu coração; é um caminho e é um chamado. Fiz pausas ao longo dos anos, mas sempre volto ao mesmo lugar. Está no meu estilo de vida, na minha arte e na minha decoração na decoração do meu ambiente no meu cenário e direção de arte assim como na minha jardinagem. Eu sempre soube que esse era o meu chamado antes mesmo de saber qual era. Não houve despertar, houve apenas iluminação. Meu próprio caminho pessoal é muito mais visual do que descrito em uma escrita formal. Não é o que eu faço, embora eu também escreva o pensamento livre mais canalizado meu forte é o visual, e mesmo meus trabalhos com o ofício e criação de rituais é uma forma muito visual de participar do ofício ou de ser uma bruxa praticante.

Conheço algumas pessoas que disseram que eram bruxas naturais. Qual é a sua definição pessoal de uma bruxa natural? Quão jovem você era quando descobriu as origens de seu caminho em sua linhagem? Que pesquisa você fez sobre essa descoberta?

Você nasce com “os dons”. Eles são uma parte natural do seu código genético, ou se preferir, você reteve essas informações passadas ao longo das eras e tem agora a habilidade natural de explorar isso. Você então passa o resto de sua vida trabalhando com métodos aperfeiçoados de ler essas informações ou procurando por outras pessoas que tenham esses mesmos dons compartilhados ou outros empatas que a ajudem a entender a si mesma e possam ensinar algo sobre seus dons e como usá-los. Há muita pesquisa para começar a mencionar; é o caminho e a jornada de uma vida.

Você foi atraída pelas várias formas de adivinhação que agora explora enquanto percorre seu caminho? Qual é a extensão de seus estudos no campo da adivinhação? Existem baralhos de tarô específicos que você acha que produzem os melhores resultados para você?

Eu uso o deck Waite Rider na maior parte. Eu tenho alguns outros, mas fico com o que tenho mais tempo e que funciona para mim. Quando não os uso, uso o que criei para mim. A adivinhação é um dom natural e você o tem na forma de premonição, P.E.S. ou outros aspectos de sua vida. Esta é uma progressão natural de dons como “a vidência”.

Você mencionou ser uma musa e artista sombria. Quais são as suas formas de arte e de ser uma artista e uma musa sombria, e como seu interesse nessas formas de arte coincidiu e progrediu com seu interesse na Arte e no Caminho Pagão?

Este é um modo de ser, um modo de pensar, pois tendo usado meu corpo para criar arte na fotografia e na dança, é lógico que evolui para me tornar uma musa sombria das artes e da própria feminilidade. Alguém é uma musa natural se abraça a própria feminilidade e todas as suas facetas, artimanhas e selvagerias. A sexualidade é algo que se esconde ou se abraça e energia sexual é energia artística para mim, e eu sou uma artista. Também faço fotografia e belas artes com canetas coloridas, lápis, acrílico, caneta e tinta, além de muitos outros meios. Não tenho um gênero que pinto; qualquer coisa está aberta para minhas telas ou criações.

Vejo que você é amiga da Goddess Sky Claudette da dança de fogo Eros Fire, que entrevistei para a edição 16 da AEA. Você é amiga íntima de Sky e seu parceiro Vlad Marco há algum tempo? Vocês colaboraram em algum projeto juntos?

Sou amigo de Sky Claudette e Vlad Marco há décadas. Ao mesmo tempo fui vizinha deles. Morávamos a um quarteirão de distância um do outro e muitas vezes eu via a limusine deles desfilar pelas ruas do Lower East Side. Compartilhamos alguns projetos e momentos criativos há muitos anos e sempre fomos próximos. Quando o Playboy Channel pediu que eu trabalhasse em um filme especial para eles eu sabia que Sky era a minha escolha para enfeitiçar olhos com sua beleza e encantos. Seja na Playboy ou qualquer outro evento artístico você sempre pode contar com eles para estar lá e serem profissionais. Eles estão muito envolvidos em Chiller, bem como em seus eventos  incêndiários, que são algo que ninguém deve perder. Sky, Vlad e eu compartilhamos o amor pela cidade de Nova York e lamentamos o jeito que está. Também compartilhamos o amor pelos animais e animais de estimação. Fomos apresentados em muitos clubes em Gotham City, bem como em eventos privados compartilhados. Seus fogos de artifício são impressionantes e eles compartilham um belo relacionamento único que se deve admirar. Eles são o tipo de amigos para mim onde eu sei os nomes de seus animais de estimação como se conhecesse os nomes de outras crianças e vice-versa. Vlad lia cartas de tarô, incluindo as minhas, durante as noites do clube e era cartomante nos dias dos primeiros eventos góticos da contracultura, bem como nas primeiras festas pagãs de vampiros.

Cite os outros clubes onde você e o Eros Fire estiveram envolvidos em funções públicas e privadas? Como eram aquelas festas de contracultura gótica e de vampiros? Descreva como foi o segmento de Sky no especial da Playboy Channel com Sky e Vlad… Discutimos em particular os clubes de Manhattan Vault e Hellfire. Houve eventos especiais que você organizou lá?

Me pediram para criar uma peça para o Playboy Channel que eu ia coreografar e sabia que a Sky seria perfeita nesse papel e então incluí a Sky na coreografia de uma peça de dança e arte performática que fizemos para o show deles em Sexettera. Sky e Vlad foram apresentados em outra parte desse mesmo segmento. Eu também montei e organizei a cenografia dos atores e aqueles que apareceriam nesta parte deste segmento, dirigi minha parte deste segmento que era um pedaço de um trabalho maior no show chamado Sexettera. Foi muito divertido com um elenco de personagens, incluindo Jerico of the Anglos, Sky, Vlad e outros. Minha boa amiga, a escritora Katherine Ramsland, também estava nesse segmento. Ela foi entrevistada em uma cadeira que montei projetada para apresentá-la em uma cadeira de encosto alto com luz de velas. Juntei-me a Katherine Ramsland no Chelsea Hotel, onde ela estava trabalhando no livro Ghost. Gostei da minha amizade e aventuras de caça aos fantasmas e vampiros com Katherine Ramsland. Estou em uma seção do livro Ghost, bem como em alguns de seus outros livros; Piercing The Darkness na edição de bolso, e alguns de seus outros trabalhos em que gostei de aparecer. Vivendo na cidade de Nova York ao longo dos anos, vi os clubes mudarem durante nossos anos no Limelight, o Saint, o Palladium, o Bank, o Clit Club que se tornou o Mothers e muito mais. Lembro-me de Vlad lendo cartões no Banco. Dei festas e eventos sob o rótulo de Z/n Society, por exemplo como o meu “Cirque De Erotique” que realizamos no clube The Vault e no Hellfire Club também. Eu costumava usar esses dois clubes que davam boas-vindas ao nosso entretenimento de suas multidões e tinham muito espaço, eram maravilhosos anfitriões para nossa criatividade e exploração na arte performática. Também fizemos alguns trabalhos no clube Paddles que estava aberto ao uso de suas instalações para eventos. Eu continuo grata a eles por sua hospitalidade para comigo.

Como você sente que tantos clubes que acolheram a contracultura fecharam desde o final dos anos 90 até o presente? Ainda existem clubes que compreendem uma cena gótica saudável e de vampiros hoje?

A gentrificação da cidade de Nova York destruiu a contracultura com suas leis “anti-ruído”, o aumento dos aluguéis e a queda de pequenos teatros e comércio. A “limpeza” da cidade também varreu os artistas e performers e aqueles que usavam pequenos orçamentos para criar. Como os artistas deixaram a cidade devido ao custo dos aluguéis subindo repentinamente com aqueles que antes preferiam os subúrbios se mudarem para a cidade de Nova York, eles se mudaram e a plataforma mudou, o clima mudou e a perda de tantos locais pequenos, bem como a a repressão ao ruído mudou para sempre a cena em tantos níveis e em todos os formatos de contracultura. Não tenho certeza de que nunca mais será o mesmo. Eu apenas me considero sortuda por ter estado lá “no passado”.

Você é a Alta Sacerdotisa Matriarca de Sahjaza no Templo Sahjaza. Este é um coven privado ou aberto? Descreva como você chegou a ser Alta Sacerdotisa.

Como o criadora do Templo, eu evoluí à medida que evoluímos. Ficou claro em algum momento que eu seria a Suma Sacerdotisa tendo sido a primeira Sacerdotisa sem nenhuma Suma Sacerdotisa acima de mim. Sou mais frequentemente abordada pelo meu título Goddess Rosemary ou apenas Goddess, como sou conhecida desde o final dos anos 1980. Eu me tornei a Alta Sacerdotisa quando outras Sacerdotisas entraram no Templo; era apenas a ordem natural. Como tem sido o caminho da minha vida, fica claro para mim que nasci para esta posição, e a posição me encontrou. Passei a maior parte da minha vida me dedicando ao Templo que evoluiu através de várias mudanças de nome; seja Sahjaza ou não. É um reflexo direto do que qualquer um de nós e todos nós colocamos nele. Nós somos as bruxas-vampiras vivas e cada uma de nós cria seu próprio caminho e papel dentro de um todo. Somos uma família com toda a dinâmica familiar. Temos uma política de adesão exclusiva, mas temos amigos do Sahjaza em todos os lugares. A Madame Webb se tornará Alta Sacerdotisa e estará na fila para essa posição quando eu não estiver mais administrando Sahjaza e assim nossa ordem continuará. Ela é uma líder maravilhosamente habilidosa e provou isso muitas vezes quando eu não consegui fazê-lo ao longo dos anos. Ela é de longe uma das mulheres mais interessantes e espiritualmente e intelectualmente poderosas que já conheci, e seu conjunto de habilidades fornece a ela todas as ferramentas necessárias para levar isso adiante para as gerações futuras. Ela é minha Nadja (aluna) há mais de uma década e como sua Adra (professora) sempre fico impressionada com seus trabalhos únicos e iluminados. É bom saber que o que começamos há tanto tempo continuará sob a orientação de Madame Webb, com a ajuda dos outros; há muitos para citar aqui neste artigo.

Enquanto no Temple Sahjaza você é conhecida como Goddess Rosemary, no Facebook atendepelo nome de SilkyRose…

Meu nome que eu uso no meu dia a dia é Goddess Rosemary ou Goddess. O nome SilkyRose é um pseudônimo que tenho usado na comunidade pagã por muitos anos escrevendo e ensinando o ofício. Eu também usei o nome Silky ao longo dos anos para uma variedade de projetos de dança e outros projetos artísticos.

Quais são alguns dos projetos artísticos para os quais você participou sob o nome de Silky Rose? Fotos ou clipes deles podem ser vistos na internet em qualquer lugar?

Tínhamos sites com mais de 10.000 membros no MSN, e quando os grupos foram removidos sem aviso prévio pelo MSN a maioria ou nossos anos e décadas de materiais foram perdidos. Estamos no processo de reconstruir o que perdemos. Os sites eram conhecidos como SistersAvalon, AvalonsWitches, Webwitch e Sahjaza. Estamos trabalhando para reconstruir décadas de informações, plataformas e contatos perdidos. Retornaremos e enviaremos um comunicado quando isso acontecer. Teremos isso em funcionamento no próximo ano, pois tivemos que trabalhar toda a nossa plataforma de baixo para cima. Teremos o painel completo de mídias sociais e eventos interativos, além de informações e muito mais sobre uma ampla variedade de questões que dizem respeito à nossa comunidade de bruxas vampiras pagãs e artistas, além de anúncios, conversas e informações sobre uma ampla variedade de assuntos e muito de surpresas na loja também. Incluindo leituras de tarô e cartomancia feitas pelo Elder Fae Sahjaza, bem como outros leitores. Então fique atento, em breve estaremos online novamente. Os anúncios serão postados nas páginas do Facebook com o mesmo nome; Templo (House) Sahjaza e vampytarot.com.

Descreva a política de associação do Temple Sahjaza e as responsabilidades que ela implica.

Somos uma sociedade secreta. Nossa associação não está aberta ao público; nem nossos detalhes. No entanto, nossos membros trabalham para criar um nível mais alto de consciência e nível de vibração, bem como nossa própria excelência individual e equilíbrio entre o lado noturno e o lado diurno. Somos uma plataforma para artistas, pensadores e outros se juntarem, discutirem e criarem, assim como uma verdadeira família, por isso apoiamos e encorajamos uns aos outros de todas as maneiras em todos os momentos.

O que é a Regra de Equilíbrio Sahjaza, de acordo com as crenças e práticas do Templo Sahjaza? Como essa regra surgiu e como ela é seguida pelos membros do coven?

O que é a Regra de Equilíbrio Sahjaza? É simples e complexa; o que antes era complexo torna-se simples com a prática com trabalho duro com perseverança. Com equilíbrio nunca se está muito escuro ou muito claro; há um ponto médio que se mantém no caminho certo. Garantir que seu lado diurno seja tão forte quanto seu lado noturno é o conceito básico de Z/n, o equilíbrio dos opostos. É o nosso jeito e nosso estilo de vida; um forte lado diurno cria um forte lado noturno.

No seu perfil do Facebook você tem muitas fotos que podem ser consideradas fotos de modelagem, em várias pastas diferentes. Essas fotos são tiradas principalmente profissionalmente ou em nível amador? Em que locais foram tiradas algumas das fotos. E de todas as fotos do seu perfil, quais você considera suas favoritas?

Minha página no Facebook é apenas minha página pessoal. Sou modelo fotógrafica há mais de vinte anos. Fiz uma série de imagens em velhas cidades fantasmas em Nevada viajando de uma ponta a outra do estado com o fotógrafo Bligh em um jipe ​​vermelho com um cachorro preto velho dele, de Lama Reade, de mim com minha limosine branca e o World Trade Center ao fundo. Fotos foram tiradas de mim ao redor do mundo; alguns com fotógrafos com quem trabalhei por mais de vinte anos, alguns apenas uma vez. São uma história em fotos que tenho, pois tenho mais de 80.000 fotografias em minha coleção e uma grande variedade de lugares, eventos e aventuras em fotos. Fui fotografada por Eric Kroll e estou no livro Fetish Girls By Kroll, assim como Alan Whitney, e adoro trabalhar com Tony Knighthawk, que exibe minhas fotos em seus eventos fotográficos e muito mais, pois estão incluídas em seu corpo de trabalhos. Fui fotografada por fotógrafos que vão desde Annie Sprinkle, Baird Jones e Andy Warhol, fui modelo de fotógrafos e modelo de arte na NYU e SVA em NYC e muito mais. Muitos outros artistas usaram minha imagem para pintar, incluindo Will Kramer, que criou a peça usando-me como modelo de vida chamado She Calls Ravens. muitos outros artistas que usaram minha imagem são Gunther Knop, Rex RexRode e Barbra Adleman. Barbra fez sua tese de mestrado em arte, que era um livro de arte e imagens minhas e da minha vida naquela época, e está em algum lugar no catálogo da Biblioteca de Referência em Nova York apenas no formato original. O meu perfil do Facebook tem algumas das minhas imagens favoritas e como a página é a minha página pessoal; um lugar para meus amigos pessoais virem e se encontrarem, conversarem comigo sobre os tempos antigos e compartilharem eventos atuais; há imagens que alguns dos meus amigos não viram antes ou podem não ter visto de um evento que compartilhamos, ou podem não ter visto há anos ou podem ter sido tiradas, pois muitos dos fotógrafos estão na minha página ou podem não as ter visto antes.

Quando eu estava olhando suas fotos, um nome que não parava de aparecer era Lady Ophelia. Ela é atriz ou modelo? Há quanto tempo você é amiga dela e em quais atividades você se envolveu com ela?

Sim Lady Ophelia, ela é minha Filha Espiritual; ela é uma Sacerdotisa Sahjaza e Mradu (guerreira), do Templo Sahjaza, você teria que perguntar a ela o que de sua vida ela desejava revelar (sorri). Por que você pergunta? As rotas e caminhos subsequentes foram introduzidos pela primeira vez na Sociedade Z/n, em 1985, pelo Élder DarkeRaven. Há “níveis”, como um caminho de trabalho e de foco e função de energia dentro de uma Família. cultura sob os nomes atuais de Mradu, (guerreiro), Ramkht e Kitra, e caminhos como Escriba Sagrado e Mestre de Runas. Temos muitos membros que estão conosco há tanto tempo que, à medida que evoluíram, o templo também evoluiu, como Marc / Violet e, como mencionei DarkeRaven, há outra geração que está conosco há muito tempo que começou a escrever formalmente nossos rituais e formas incluindo; A Madame Webb, Black Raven, Priestess Oscura, Lady Eden, Priestess Dahlia, Lady Ophelia, Elder Lord A Sahjaza e muitos mais. Há muitos membros ativos da nossa família Sahjaza que você verá por aí como; DarkeRaven Sahjaza, Akira Sahjaza, Lady Azraelina Sahjaza, Blues lady Sahjaza, Corvo Sahjaza, Pythia Truthseeker Sahjaza, Lucilla Sangmoreaux Sajhaza Amazon Victoira Sapphire, Elder Fae Hedgewitch e outros procuram por eles e eles estarão lá. Nós estamos em todo lugar. Apoiamos o Tribunal de Lázaro, muitos de nossos membros vão lá para seus eventos e são Cidadãos do Tribunal, assim como muitas outras organizações dignas de escolha de nossos membros.

O que você pode nos revelar sobre o Vampire Theatre e o projeto de filme intitulado Bloodlust que notei entre suas fotos?

O filme Bloodlust está em um cofre agora, pois os dois parceiros que fazem este filme de ação me apresentando como uma vampira estão em uma discussão entre os dois produtores e, portanto, permanece lá neste momento. Um dos sócios é Eric que criou a primeira arte para a personagem de quadrinhos conhecida como Lady Death. Quanto ao teatro de vampiros, acho que você deveria entrevistar meu bom amigo e membro do Z/n Sahjaza, o músico, escritor e dramaturgo Tony Sokol. La Commedia del Sangue: Vampyr Theatre (1992–1997) foi uma série de peças sobre o tema dos vampiros, apresentada pela primeira vez na cidade de Nova York. Foi iniciado pelo dramaturgo Tony Sokol. Às vezes o elenco tinha os mesmos atores e o público nunca sabia se os “verdadeiros vampiros” estariam na peça ou entre eles no teatro. A primeira apresentação do Vampyr Theatre foi no Le Bar Bat em maio de 1992. À medida que as peças foram elogiadas no New York Times e em outras publicações por seus diálogos nervosos e grande uso de adereços e truques de truques visuais de Tony Knighthawk, Sokol colocou algo da direção nas mãos do dramaturgo e cineasta Troy Acree, que é o talento sedento de sangue do Conde Orloc que divertiu e horrorizou o público. Tony Sokol tinha um anúncio na parte de trás da New York Press perguntando: “Você é um vampiro?” Assim, eventualmente, ele se tornou o líder mundial para vampiros e vampiros, bem como um dos principais especialistas em como encontrar as figuras culturais subterrâneas, pois passou muito tempo entrevistando centenas de vampiros autoproclamados. Eu tenho certeza de que alguns de nós estão em suas obras. Eu sei que sim, e algumas dessas entrevistas tornaram-se forragem para o sangue e a diversão das treze peças que ele escreveu para La Commedia del Sangue. Lamento o fim desta corrida e espero que um dia eles com um bom orçamento por trás voltem à vida mais uma vez. Por isso espero porque eles são dignos de uma peça de longa duração no formato de palco ou teatro de jantar. La Commedia del Sangue significava A Comédia de Sangue, e havia sangue com os maravilhosos efeitos especiais criados pelo fotógrafo e mágico Tony Knighthawk. Cada um deles é um talento que vale a pena explorar, foi necessária uma equipe inteira para criar essas peças e eles criaram seguidores e imprensa que não eram como nada antes ou depois neste local do Teatro Vampyr. Espero que algum dia haja apoio financeiro para ver essas peças preencherem a escuridão da noite mais uma vez.

Você escreveu um artigo de tributo sobre o falecido Herman Slater, o Sumo Sacerdote Wiccano e renomado autor ocultista que era o proprietário de uma loja de ocultismo em Nova York, a Magickal Childe. Conte aos leitores como você o conhecia e o que o levou a escrever o artigo comemorando sua vida.

Ele foi um dos primeiros personagens da contracultura que conheci quando vim para Nova York para viver como adulta. Ele era um pato estranho, mas ele era meu amigo. Muitas das primeiras pessoas da minha juventude já se foram, que eram todas minhas amigas maravilhosas e queridas; Reb Rebel Stout, David Aaron Clark, Andy Warhol, Alan Whitney, Baird Jones, Regent D’Drennan, Lenny Waller, Designer Kenny O’Brian, que criou uma jaqueta de couro e cristal uma para mim uma para a cantora de Blondie que ainda tenho. Houve tantos que nos deixaram, e tantos mais. Nós éramos uma multidão pré-internet, então há pequenos rastros de nós na rede ou na web, mas ainda estamos aqui e por aí. Aqueles que fizeram parte desse movimento clandestino abriram o caminho para que aqueles expressassem livremente que inauguramos na década de 1980.

Você também escreveu um poema ou dois em seu tempo. Discuta alguns deles que representam seu melhor trabalho.

Os primeiros trabalhos eram principalmente lamentos de energia artística reprimida, depois foi canalizada a espiritualidade ou apenas o pensamento e a consciência livres. Há seções do que eu gosto, há o lado diurno e o lado noturno ou talvez meu trabalho abranja ambos os lados da escrita, assim como minha arte. O assunto da maior parte da minha arte é criar uma resposta de melodia física de algum antigo acorde interno ou invocar a ideia ou ambiente de ritual, como o trabalho de galeria interativa que fiz na Galeria Andros no Carnage Hall chamado ‘minha web’ (que não se referia ao computador). Eu gosto tanto do escuro quanto do claro, então não tenho certeza se existe um “melhor trabalho”.

Que paixões de vida fora de Sahjaza e do Temple Sahjaza você perseguiu e continua perseguindo?

Minhas paixões incluem animais e arte. Estou muito envolvida na conservação de animais e afastando as pessoas do uso de produtos artificiais e químicos em seus gramados. Estou convencido de que esses produtos estão sujando nossa terra e as vias navegáveis ​​são responsáveis ​​pela alta contagem de câncer de pâncreas e outros, bem como altas taxas de câncer de pulmão e asma. Estou muito envolvida em arrecadar dinheiro para os habitats dos morcegos, pois cada um deles consomem 10.000 mosquitos por noite e mais de 200 podem ser alojados em uma única unidade da BatBox custando 300,00 com o poste sendo 150,00 e uma taxa simples de manutenção duas vezes por ano para limpar qualquer lixo que esteja entupindo as caixas. As defesas naturais serão encontradas como a única maneira eficaz de combater o Nilo Ocidental e outras doenças transmitidas por mosquitos, além de ser o controle natural de pragas. Os morcegos são nossos freios e contrapesos naturais para esses e outros insetos, assim como sapos, rãs e libélulas. Precisamos confiar mais na natureza para limpar a natureza. Não seríamos tão obesos se saíssemos para o gramado em uma noite quente de verão como eles faziam nos anos 50 para puxar as ervas daninhas do gramado com as próprias maos, limpássemos e o mantivéssemos livre de produtos químicos como uma unidade familiar. Quando os dentes-de-leão se tornaram o inimigo? Os seres humanos sobreviveram a eles em tempos difíceis e viveram para contar isso devido a essas plantas antioxidantes muito poderosas. Uma xícara de chá de dente-de-leão é uma ajuda poderosa para uma vida longa. Não venha e peça nenhum dos meus se você borrifou todos os seus com veneno. Estou envolvida no resgate de animais há anos e sou um grande fã do Facebook como uma ferramenta para conscientização de abrigos e apresentação de animais que seriam perdidos no sistema. É uma plataforma maravilhosa. Alguns estão salvos, muitos ainda estão perdidos, mas para aqueles que saem desses buracos infernais, se mesmo um só escapar vale a simples ação de pressionar um botão de compartilhar no Facebook. Sem essa ferramenta, tantos animais saudáveis ​​e vibrantes que de outra forma não teriam nome e rosto teriam perecido foram salvos devido ao compartilhamento desses animais com a criação da tecnologia. Antes do Facebook havia o Yahoo onde os animais eram resgatados e transportados via 5013c como Truckers-N-Paws, Pilots-N-Paws, Roads Of Hope e inúmeros voluntários que trabalham incansavelmente para salvar e levá-los para seus novos lares ou santuários em organizações de resgate ou lares adotivos. Castre e esterilize seus animais de estimação, pare o abate de todos esses animais indesejados. Não deixe seus animais se juntarem a esta lista de animais de estimação indesejados; faça sua parte para manter os números baixos sendo donos responsáveis ​​de animais de estimação. Precisamos renovar o sistema de abrigos neste país; se formos julgados pela forma como tratamos os animais, obteremos uma pontuação muito baixa. Acho que nem preciso dizer o quanto sou contra a caça ao lobo; se você o matar e pegar um animal, agradeça ao espírito do pássaro, peixe ou animal, e então use cada pedacinho dele. Muitas vezes me pergunto para onde foi nosso couro, usamos a mesma quantidade, se não mais, de gado no sistema alimentar, mas você não consegue mais encontrar um cinto de couro real. Para onde exatamente nosso couro está indo agora? Essas são as coisas que eu fico pensando até tarde da noite, e mais (risos).

Vivo como artista em todas as coisas que estou criando. Independentemente do que estou fazendo, é meu catalisador e minha motivação para criar. Em projetos grandes ou pequenos, gosto de criar atmosfera e explorar a estética, seja uma simples mesa ou um plano extenso para um jardim com gazebos, lareiras, treliças e caminhos ou cantaria. O impulso para o artístico está no meu sangue e é a minha paixão em tudo o que faço. Eu sou a arte e a arte sou eu. Adoro fazer filmes, pois nunca há espaço suficiente em qualquer tela para criar tudo o que procuro expressar como vejo através das lentes do artista. Eu adorava a direção de arte para filmes e usei minhas habilidades para criar o reino onde a ação aconteceria. Espero que esta entrevista sirva como um catalisador para que outros saiam e criem. Criatividade gera criatividade.

Quando começou seu interesse pela conservação animal e onde você pesquisou mais sobre os tópicos discutidos acima, sobre controles naturais e equilíbrio e os produtos químicos que colocam em risco o equilíbrio da natureza? Quais fontes da internet você recomendaria para as pessoas adquirirem mais informações sobre esses assuntos?
Esta é talvez uma questão multifacetada. Eu me interessei pela conservação de animais, começando com a observação na Cordilheira dos Andes do Peru, observando uma lagoa de girinos eclodindo aos sete ou oito anos. Eu gosto muito de ciência e animais, então a observação e observação deles veio naturalmente. Eu também estou no estudo do antigo, então eles estão todos ligados em um fio comum. Eu adoro animais de todos os tipos e tive muitos “animais de estimação” para contar, ou você poderia dizer que eles me tiveram. Atualmente estou levantando fundos para caixas de morcegos em toda a América para combater o vírus do Nilo Ocidental e outros problemas de mosquitos. Se você deseja doar para uma caixa de morcegos, pergunte-me sobre este projeto digno. Crie tais projetos e fundos em seu bairro. Temple Sahjaza tem informações sobre planos para construir e criar caixas de morcegos, bem como algumas dicas e truques para colocar os morcegos em suas caixas e manter uma caixa saudável.

Em relação à questão da obesidade desenfreada nos Estados Unidos, assisti a alguns documentários (como Food, Incorporated) sobre como o consumo em massa de animais em supermercados e redes de fast food contribuiu para o problema, que é chamado de epidemia em algumas áreas. Eu sou um daqueles consumidores que compram nas seções orgânicas dos supermercados e evitam os fast food agora. Quais são seus pensamentos pessoais sobre isso?

Não tenho certeza se a seção orgânica é melhor do que qualquer outra e é por isso: considere se nosso solo já está contaminado como o ar e eles pulverizam no campo próximo a essa cultura quem é que pode dizer se é realmente orgânico ou apenas mais caro? Quando pudermos escolher entre uma maçã com uma ou dois pesticidas ou uma com um buraco de minhoca que você mesmo cortou, seremos realmente orgânicos novamente. Não vejo nenhum produto “orgânico”, e você?
A obesidade é afetada por uma grande variedade de coisas. Nossos hormônios não estão funcionando direito devido à inatividade desde o ponto de partida. Nem toda pessoa com excesso de peso está comendo demais e eu fico cansada de ouvir que o peso é um distúrbio alimentar quando é genético e hormonal, bem como afetado por nossos alimentos. Não é algo que todas as pessoas possam mudar e superar; há pessoas que têm ossos grandes e a genética diz que sempre serão grandes. Nossa sociedade está muito focada na aparência, tanto na imagem corporal e na imagem do rosto, quanto no gênero e na idade. A obesidade pode ser afetada por alterações genéticas, herbicidas e pesticidas, além de injeções hormonais adicionadas à alimentação, não tanto pela alimentação e pela falta de capacidade física para malhar ou caminhar. Temos uma nação de shoppings, sem cidades centrais em todo o país. Precisamos sair e arrancar as ervas daninhas, não pulverizá-las. As ruas seguras estão desaparecendo na maioria das partes para as crianças poderem correr e brincar. A obesidade começa cedo, há muita atividade sedentária e pouca brincadeira imaginária lá fora. O fato de nossa cultura estar ligada agora às mídias sociais aumentará essa questão/problema nos próximos anos. Precisamos de saídas criativas para jovens e adultos. As academias são muito caras e clichês.

E você realmente tem que ter cuidado para levar em conta a genética e a construção do corpo, existem pessoas simples que são maiores que outras, é a maneira como seu corpo é criado, elas são tão bonitas quanto aquelas que são magras e cada um de nós tem um corpo diferente e poder ser saudável e feliz com o próprio peso normal é muito importante, assim como boas escolhas alimentares saudáveis ​​ou moderação. Eu hesito em chamar qualquer um na categoria de obesidade, pois existem alguns indivíduos que são apenas maiores, independentemente do que comem ou do quanto trabalham, não vão mudar a estrutura óssea. Este é um tema de discussão no País neste momento, mas devemos ter muito cuidado para não rotular cruelmente os indivíduos e olhar para o que é normal para eles.
Precisamos de alguns lugares onde possamos sair como fazíamos nos primeiros anos da juventude: clubes de dança, patins e clubes onde há música ao vivo real, além de horas de DJ. Volte para a nossa dança e movimento, faça um movimento, volte no tempo quando apenas dançávamos com bandas ao vivo. Naquela época eu estava na melhor forma. Eu vejo um pouco da obesidade simplesmente como tédio; precisamos libertar nossas mentes e nosso corpo.
Nossos Anciãos costumavam ser reverenciados e valorizados. Podemos aprender muito conversando e procurando os mais velhos em nossa comunidade e a população em geral. Não os deixe passar ou perca a oportunidade de aprender e aproveite o tempo para ouvir os Anciãos do mundo. Eu vejo esta sociedade como um ritmo acelerado e perdendo oportunidades, passando por elas enquanto ziguezagueamos quando realmente precisamos zaguear. Por exemplo, nossa capacidade de fornecer serviços básicos, como escolas de comércio e educação, nos forneceria isso e em breve não teremos ninguém que saiba como consertar coisas como um cano quebrado básico, porque todos estarão esperando por algum trabalho de tecnologia já que as habilidades básicas foram perdidas. A máquina conserta a máquina; onde você ouviu isso antes? Talvez o Google irá lembrá-lo.

Quais são alguns outros alimentos naturais que você recomendaria às pessoas para consumir de forma mais saudável e ajudar a preservar a natureza no processo?

Estou em tomar vitaminas específicas. Eu tomo um multivitamínico uma vez por semana, mas gosto de saber o que e quanto estou tomando e aprendi o que funciona para mim. Estou muito atrás de manter vitaminas sem receitas, o que é mega importante para mim, e equilibro tudo com exercícios, dança, artes marciais, ioga ou alongamento. Há um grande programa PBS chamado Sit And Be Fit. Você pode incorporar diretamente em seu escritório se não puder sair para malhar ou fazer muito durante uma pausa para o almoço no escritório. Use-os antes de comer e entre seus brainstorms no computador e ande ande ande; deixe o carro em casa e corra. Eu uso muito alho, gengibre e endro, bem como mel, limão e hortelã para evitar resfriados e gripes. Eu adoraria ter todos os alimentos rotulados, incluindo os pontos de origem. Tudo e qualquer coisa com moderação; ouça seu corpo e aproveite a vida.

Quais organizações de resgate de animais você atualmente apoia e divulga no Facebook e na internet, além de Truckers-N-Paws, Pilots-N-Paws e Roads Of Hope?

Você precisa encontrar lugares que visitou ou conhece para apoiar. Eu pessoalmente apoio e confio no Truckers-N-Paws (encontrado em grupos do Yahoo), Pilots-N-Paws, Roads Of Hope (por favor, use o site, não a página do Facebook) e um projeto especial 5013c chamado Animal Ark of Grangeville, Idaho . Existem outras organizações de resgate locais que você pode localizar em sua própria área.
O Facebook tem sido uma ferramenta para salvar animais individuais de abrigos de matança, que talvez seja a melhor ferramenta de internet que eu já vi. Não desconsidere o sucesso que tivemos com os grupos do Yahoo, porque eles fizeram milagres para animais desesperados, além de fornecer transporte para eles pelo país. Tenha cuidado com quem você confia em um transporte, use associações confiáveis, porque animais que são valorizados desaparecem ao longo da rota de transporte se você não estiver usando meios de transporte testados e comprovados. Cuidado, pois há pessoas por aí que procuram particularmente cães ou gatos que ainda não foram alterados. Uma das melhores maneiras de garantir que você não seja vítima de roubo do criador durante o transporte é usar métodos testados e honestos de transporte, como os que mencionei acima, e ter o animal castrado e esterilizado antes do transporte, se puder dar-lhes um pouco de tempo de descanso. Se o transporte não for muito longo e difícil mas isso, é claro, dependerá da condição inicial do animal, do seu meio de transporte e da distância que você está indo. Será necessário um exame veterinário. Nesta economia visite seu resgate local 5013c; você pode perguntar no seu abrigo local, ir visitá-los ou ligar para eles e perguntar o que está na lista de desejos deles, seja comida, suprimentos ou outros itens que você pode doar. Pode não haver resgate em sua área; trabalhe para obter as informações de cada animal do abrigo e mantenha as informações atualizadas e atualizadas, se você deseja criar o perfil de seu novo melhor amigo lá no Facebook.

Eu compartilho muitas páginas de animais de vários abrigos de todo o país que mantêm suas páginas atualizadas e as informações atualizadas, pois compartilhar no Facebook é uma maneira conhecida de divulgar histórias e rostos de animais individuais, bem como acolhimento e adoção de animais que estão em corredor da morte. Não apoio abrigos para matar; há muito poucos deles hoje. Há alguns animais vivem nestes lugares por muitos anos; considere procurar seu próximo animal de estimação lá. Um exemplo é o de Yonkers, NU

Quanto às instituições de caridade que a Sahjaza apoia, um dos nossos eventos oficiais de caridade é o DOV ou Dia dos Vampiros. O DOV começou no Brasil como um jogo de palavras. Isso está crescendo para se tornar um projeto mundial unificado de doação de sangue sincronizado que ocorre anualmente em 13 de agosto para retribuir à sua própria comunidade local e se divertir um pouco. O tema do vampiro é que você está vestido e todos vão juntos para doar sangue enquanto vestem fantasias ou vestem sua personalidade noturna. O Dia dos Vampiros é um projeto de sucesso e dever cívico um dia em que as almas criativas retribuem à comunidade vestidas com fantasias, por que retribuir à sua comunidade. Pergunte-nos sobre a criação de um Dia dos Vampiros em sua comunidade, podemos fornecer informações sobre a criação e coincidir seu evento com os outros que estão ocorrendo e ao redor do mundo. Este evento de sucesso foi criado anos atrás, criado pela renegada atriz de filmes de terror no Brasil Liz Marins e auxiliado por nosso próprio Elder Lord A. Sahjaza e Srta Xendra Sahjaza, (Elder Lord A. Sahjaza pode ser encontrado no Facebook como Axikerzus Sahjaza no Facebook ou pelo site https://redevampyrica.com/). Esta é uma causa tão digna, e como um de nossos atos oficiais de caridade, o que se trata é que todos se vestem com fantasias ou sua personalidade pessoal ou roupas noturnas e doam sangue para o banco de sangue local ou para a cruz vermelha. Este evento foi criado no Brasil e onde atualmente são cerca de 100 fortes todos os anos em Sahjaza Brasil guiado lá pelo Elder Lord A Sahjaza. Você pode encontrar seus eventos postados nas páginas do Temple Sahjaza no Facebook e mais sobre esses eventos pergunte-nos se você deseja criar um desses eventos consecutivamente em sua área, pois podemos ajudá-lo em como esse evento é feito. Eu apoio totalmente este evento, assim como Sahjaza. Meu primo de sangue Steven é um receptor de transplante de fígado e rim e eu sei como o dom da vida pode afetar a vida de uma família e indivíduos e o sangue que ele usou durante esta cirurgia tornou possível a doação de órgãos para realizar esta cirurgia complexa. Meu primo é um sobrevivente em sua nova vida há 3 anos e 3 meses agora agradeço ao meu Deus e Deusa todos os dias que ele sobrevive pelo dom da vida que foi dado a ele. Considere esta causa nobre ao criar seus planos para eventos. Podemos ajudá-lo a coordenar este evento. Deixe suas dúvidas em nossa página do Facebook Temple Sahjaza. Lord A está no twitter e pode ser contatado pela nossa página no Facebook.

Falando em caça ao lobo, li que atrizes como Ashley Judd se manifestaram contra a prática; ela muitas vezes foi contra a política Sarah Palin por seu apoio à caça ao lobo. Você acompanhou esse debate entre eles e está envolvido em alguma organização que se oponha à prática da caça ao lobo?

Eu acho que caçar lobos é nojento. Não sou a favor de nenhum tipo de manejo de lobos em relação à caça e encorajo todos a entrar em contato com seu Congresso e autoridades locais para desencorajar essa prática vulgar. Como é que gastamos dinheiro para repovoar só para matar depois. Quanto a este tópico, como podemos nos dar ao luxo de financiar países que nos odeiam e cortar orçamentos para jogar um pouco de feno de inverno para nossos próprios mustang selvagens americanos? Se você olhar para a literatura de Yellowstone, o parque está em um equilíbrio muito mais saudável após a introdução de matilhas de lobos no parque e as mudas uma vez pastadas estão retornando para criar um parque mais saudável para todos. O ecossistema está muito mais equilibrado; a informação está na ciência.

Nomeie os projetos artísticos e as atividades ambientais/de direitos dos animais que você planeja realizar no futuro? Qual a importância da criatividade nos próximos anos?

Tenho muitos projetos para nomear. Eu sou uma artista viva. Minha vida é uma tela como eu sou a vampira viva e a bruxa natural. Minha vida é arte como artista não há distinção entre o que é arte e o que é artista; estão todos combinados. Eu estaria totalmente perdida sem criatividade, porém as fontes de inspiração mudam e evoluem com o passar do tempo e dos tempos. Eu posso ser inspirada por qualquer coisa, desde algo simples até algo complexo. Meu filme The Elegant Spanking, que eu dirigi, coreografei, escrevi e fiz cenografia e, claro, estrelei, era tudo sobre arte e sonhos dentro de sonhos. Era a minha versão do banho, o antigo ritual que mostrava duas mulheres entre a aristocrata e a dona da casa, a deusa e a sacerdotisa. Este filme ganhou muitos prêmios ao redor do mundo em seu original, cuidadosamente editado para mostrar imagens fetichistas, e é atemporal, embora vários adereços venham de uma variedade de tempos diferentes não é uma peça de época, mas pode ser de qualquer momento. São minhas imagens artísticas em preto e branco de fetiche e fantasia, a relação entre níveis de elenco, a velha roda dentro da roda e um pouco do sonho dentro do sonho enquanto eles passam pelo antigo ritual. Eu gosto do uso de imagens em preto e branco como usei neste projeto. Vou lançar um livro de fotos de mesa de centro para o meu filme em algum momento deste ano.

Acabei de ajudar um pouco em alguns projetos de filmes, sendo um deles com meu bom amigo, escritor e cineasta Troy Acree, e estou ansioso para poder contar mais sobre esses projetos em breve. Agora eu não tenho a liberdade de revelá-los ainda.

Espero fazer uma exposição de arte em Nova York em algum momento no futuro próximo, talvez neste verão. Estou conversando com Behind the Blue Door sobre as possibilidades, o furacão Sandy interrompeu alguns de nossos trabalhos, por eu fazer algumas coisas no outono passado em Nova York e fui impedida por elas pelo clima, minhas orações ainda estão com aqueles que perderam tanto nesta tempestade. Estamos trabalhando na criação de projetos de financiamento para comunidades específicas, bem como para indivíduos específicos. Em seguida, há eventos virtuais e compras no futuro e muitas viagens são planejadas em conjunto com estas para uma cidade pitoresca nos EUA remotos e nevados. Há também viagens para NOLA, Toronto e, claro, para casa, Nova York.

Algumas palavras para encerrar?

Chegando no ano da Serpente, vemos o círculo de que tudo é eterno e, no entanto, tudo muda, cada passo na vida é um processo de iniciação. Temos pequenas mortes e renascimentos todos os dias. O velho eu morre e o novo e mágico eu renasce, remodela-se ou começa de novo. O mundo e todos nós nele estamos em um período de crescimento e transição. Para mim, cada dia é um rito de autodedicação ao Templo Sahjaza, ao meu eu espiritual, às minhas obrigações mundanas e, claro, à minha amada família. Viver dessa maneira em um fluxo de ritos de autodescoberta, criatividade e autodedicação requer um compromisso e dedicação ao caminho, meu próprio caminho que escolho compartilhar com os outros através de meus esforços de arte e espiritualidade. A arte é minha vida, como eu sou a arte, e como um sonho dentro de um sonho vivo como arte dentro da arte. Como Deusa Rosemary ou SilkyRose, Artista.

Procure TempleSahjaza.com que deve estar pronto e funcionando em breve e lá você encontrará mais notícias, ou encontre o Temple House Sahjaza no Facebook.

Fonte: https://www.tapatalk.com/groups/obsidiansylph/azine-interview-with-goddess-rosemary-sahjaza-by-d-t225.html

2 de setembro de 2016

Postagem original feita no https://mortesubita.net/vampirismo-e-licantropia/entrevista-com-goddess-rosemary-sahjaza/

Babalon sem véu

Este artigo é uma resenha abreviada de
Babalon Unveiled! Thelemic Monographs (19th January 2019 e.v.)
© Oliver St. John 2018, 2020

Na região do Cairo Velho, chamada Keraha-Babilon, há restos de um colosso que ficava nas proximidades do antigo templo egípcio de Babilona. A poderosa imagem era de Hathoor, como pode ser determinado pela base intacta de sua coroa arruinada. Por relatos históricos, há uma associação significativa entre Hathoor (ou Ísis) e a esfinge que guarda as pirâmides próximas. A associação se tornará evidente à medida que prosseguirmos com nossa investigação.

A antiga cidade egípcia de Keraha-Babilon fica a leste do planalto de Gizé, ao norte da moderna cidade do Cairo. É de grande significado histórico, pois sua situação no Nilo significava que era tanto porto quanto porta de entrada fortificada para a antiga estrada sagrada para On, ou Heliópolis (Egípcio Aunnu). As pirâmides e a esfinge do planalto de Gizé estão à vista da porta de entrada para On. O templo de Per-Hapi, no porto do Nilo, ao sul de Keraha, continha uma linha de esfinges, entre outras relíquias extraordinárias encontradas espalhadas por toda a região.

O nome da Esfinge do Egito é Harmachis, como também de sua própria estela, chamada de Estela dos Sonhos. A estátua muito antiga que retrata a mulher e o leão em uma imagem é também conhecida como Hrumachis ou Hormaku. A grande estátua de Hathoor, coroada com o sol, contempla eternamente a Esfinge do Egito, sua estrela infantil, consorte e imagem divina. Embora isso possa ser interpretado metaforicamente, foi um fato literal enquanto o colosso, Babilônia, a Grande, estava às portas de On.

Babilônia como catalisador alquímico

Babalon era o nome pré-histórico do grande centro antes mesmo de ser chamado de Keraha. O nome Babilônia deve-se a uma corrupção, ou simplificação linguística, do antigo nome egípcio: pr-hpi-n-iunu, ‘templo do Nilo do nome Aunnu’. Um nomo é um antigo local da terra egípcia considerado como centro sagrado. De acordo com os Textos da Pirâmide, o nome Keraha se refere ao campo de batalha entre Hórus e Set.

A batalha torna-se auto-explicativa quando se considera que Keraha marca a divisão exata ou limite entre as duas terras de Khem, Alto e Baixo Egito. É o encontro geográfico ou união das coroas vermelhas e brancas do Norte e do Sul. Ao longo dos tempos, o simbolismo da união do vermelho e do branco foi incorporado na literatura mágica e alquímica como o casamento místico ou casamento real de Sol e Luna. O templo persa da Babilônia era conhecido pelos árabes como Qubbat Babylon, “cúpula da Babilônia”, um templo do fogo. A cúpula, uma torre quadrada com uma cúpula arredondada, é frequentemente usada na literatura alquímica para significar a fornalha ou o atanor.

Nos tempos modernos, os textos alquímicos foram mal interpretados. Uma explicação rudimentar e falsa dos segredos da alquimia como pertencentes aos mistérios ocultos do sexo físico ou ao “processo” psicológico humano resultou em atribuições ridículas. Por exemplo, o atanor foi associado por Aleister Crowley e outros ao órgão sexual masculino, enquanto na verdade é um símbolo feminino, a “cúpula da Babilônia”. A cucurbitácea, embora aparentemente um emblema da mulher, é melhor compreendida como o princípio de contenção de toda a anatomia oculta.

Babilônia: Palavra Perdida dos Aeons

A racionalização do conhecimento fragmentário que sobreviveu à queda do Egito para ser então filtrado pelo espelho distorcido da erudição não iniciada continuou até os dias atuais. A “palavra perdida”, longe de ser recuperada, está enterrada mais profundamente do que nunca no substrato da consciência humana. No entanto, através da idade das trevas do reinado do homem na terra, a voz viva de Babilônia, a Grande, que conhecemos como BABALON, emerge das profundezas, chamando-nos à verdade e à justiça.

Fui enviada do Mistério,
E irei para aqueles que refletirem sobre mim,
Pois aqueles que me procuram, me encontrarão.
Eis-me, vós que refletis sobre mim,
E ouçam-me, vocês que têm ouvidos para ouvir!
Vós que me esperastes, levai-me para vós,
E não me bana de sua vista.
Não diga coisas odiosas de mim, não as ouça falar.
Não seja ignorante de mim em qualquer lugar ou a qualquer momento.
Esteja vigilante! Não me esqueça.

A antiga escritura gnóstica, Thunder Perfect Mind, foi indubitavelmente recebida de forma oracular. Quando os evangelhos bíblicos do Novo Testamento foram compostos, a língua egípcia foi esquecida junto com os segredos velados por seus hieróglifos. Escritores e editores bíblicos foram influenciados pelo ascetismo militar.

Babilônia, a Caída

A poderosa Babilônia, símbolo gigantesco da autoridade espiritual do antigo sacerdócio egípcio, foi profanada há muito tempo pelos escravos de um rei persa invasor que achava que aquele tesouro poderia estar enterrado embaixo! De acordo com o livro de Apocalipse, 14: 8:
E seguiu outro anjo, dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, porque deu de beber a todas as nações

A ironia se aprofunda no livro de Apocalipse, 14: 8. Para os fanáticos religiosos ao longo dos tempos, é Babilônia que simboliza o orgulho e a arrogância do materialismo. Podemos agora levantar o véu tecido da confusão dos escribas das escrituras. A mítica ‘queda’ de Babilônia, a Grande, tem sua origem em fatos literais.

Babalon e Ouarda, a Vidente

Liber AL vel Legis é um oráculo contencioso desde que uma religião foi formada em torno dele, e seu assim chamado profeta, Aleister Crowley. No entanto, certamente havia uma pitonisa que trouxe fragmentos luminosos da antiga sabedoria egípcia, embora fortemente envolta na presunção de Crowley, uma vez que ele determinou que poderia colocar o poder em suas mãos. É provável que Rose Edith Kelly (Rose Crowley) tenha muito mais a ver com a transmissão e escrita de Liber AL do que é evidente no relato dado por Aleister Crowley. Foi sugerido que poderíamos renomear o livro oracular em questão como o Livro de Ouarda, a Vidente, ou de Soror Ouarda, 576, pois esse era o nome mágico de Rose.

Rose foi, segundo todos os relatos, o meio e a inteligência para a transmissão ativada através da Estela da Revelação no museu do Cairo em 1904. Sabemos que Crowley precisou de sua ajuda quando desejou mudar algumas palavras após a transmissão, embora mais tarde tenha alegado ela nem estava presente na sala quando o livro foi recebido! Babalon aparece em dois aspectos no Livro da Lei. Em primeiro lugar, na forma cósmica como Nuit, e em segundo lugar como a Mulher Escarlate ou alma, que pode “cair” ou sofrer ressurreição. As palavras que Crowley queria mudar eram de Nuit, Liber AL, I: 26:

E o sinal será meu êxtase, a consciência da continuidade da existência, o fato não-atômico não fragmentado de minha universalidade.

Crowley recebeu permissão (presumivelmente) para mudar as últimas cinco palavras para “a onipresença do meu corpo”, uma intervenção teológica bastante banal em comparação com a vitalidade da frase original. Embora superficialmente o significado seja o mesmo, o neologismo “não fragmentário”, usado em conjunto com “não-atômico”, declara especificamente a geometria do espaço-tempo como não-euclidiana e o mundo atômico como uma mera ilusão convencional. Desde que Einstein produziu sua teoria da relatividade, os instrumentos da ciência dos materiais provaram, por exemplo, que a luz das estrelas se curva ao redor do campo gravitacional do sol. A curvatura dos raios do sol forma uma esfera de sensação atemporal e adimensional ao redor da estrela. Isso é comparável ao esplendor nu do corpo de Nuit, que é o antigo princípio egípcio de contenção universal.

Babalon: Coração e Alma

Babilônia, a Grande do Egito, nossa Senhora BABALON, como a conhecemos através de nossos ritos e cerimônias, oráculos, sonhos e aspirações, é o coração e a alma da antiga civilização egípcia. Ela fica para sempre no limiar entre as duas terras, união do leão vermelho e da águia branca, o reino da terra e o do céu, corpo e alma, mente e coração. A evidência empírica apóia o ideal, ecoado ao longo dos tempos através de inúmeros exemplos de escritos e pensamentos inspirados, de que aqueles que colocaram em prática a ciência e a arte mágica de Khem não eram humanos, mas uma raça mais antiga da qual muito poucos na terra podem agora suportar o imagem. A continuidade da existência era, portanto, conhecida eras antes de Einstein produzir suas teorias para ajudar na autodestruição do homem.

Os remanescentes sobreviventes das artes egípcias declaram uma doutrina que é racional e não-racional. Muito antes da lei geral da relatividade ser conhecida pela ciência, o sacerdócio de Set entendeu que a geometria do espaço-tempo não é euclidiana. Não é o falo de Osíris que é a “palavra perdida”, mas a alma da Natureza que ainda é desconhecida para aqueles que vivem na escuridão e na ignorância. Chamamos isso de Thelema, que é a semente viva do poder criativo latente dentro da alma anã ou estrela do homem. Enquanto o homem dorme, uma miríade de formas surge para desnorteá-lo e encantá-lo. No entanto, essas formas, cada uma mascarando a realidade sem forma do espaço sem nascimento, podem igualmente escravizar o homem ou iluminar o caminho para a iluminação e a liberação final. Podemos então supor que o motivo para fundar na terra um espelhamento exato das complexidades da natureza foi inspirado pelo amor, que também é Thelema.

O espelho da terra negra do Egito expressa a verdade através da matemática, astronomia, hieróglifos, arte, deuses, ritos mágicos e cerimônias. Esses videntes pré-evais, que perscrutaram eras de tempo, poderiam sem dúvida prever que a raça humana está predestinada a espalhar violência, guerra, contágio e doenças por todo o planeta. Por amor, eles plantaram as sementes da salvação da alma nas profundezas da matriz oculta de nossa existência. A Gnose é em si mesma indestrutível. O colosso da Babilônia-Hathoor foi derrubado e quebrado em fragmentos por um rei louco. Seu templo ainda está de pé, inviolado até o fim dos tempos. O fim está com o começo.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/thelema/babalon-sem-veu/

Origens do Martinismo

A tradição do Martinismo pode ter sua origem à Martinez de Pasqualy .

O Martinismo moderno está disseminado em todo o mundo através destas três ramificações principais:

A ordem que está a mais próxima a Pasqualy é a Ordem dos Chevaliers Elus Cohens de l`Universe com 5 graus.

A ordem mais próxima a Willermoz é Os Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa, um rito maçônico antigo que foi reorganizado por ele em 1778.

E há então as Ordens próximas a Papus baseadas no trabalho de Saint Martin, e que foram nomeadas como A Ordem dos Filósofos Desconhecidos (Silencieux Inconnus de Ordre), mas que é mais conhecida como Ordem Martinista ( L`Ordre Martinisme).

Certamente os Elus-Cohen os Cavaleiros Benfeitores têm a relação mais forte com a maçonaria.

Não há historicamente documentos que comprovem que Saint-Martin fundou realmente uma ordem, entretanto existe um rito maçônico chamado Rito Retificado de Saint Martin, constituída de dez graus, que mais tarde foram reduzidos a sete a saber :

1. Aprendiz 2. Artesão ou journeyman 3. Mestre 4. Mestre Antigo 5. Mestre Eleito 6. Grande Arquiteto 7. Mestre Secreto 8. Príncipe de Jerusalém 9. Cavaleiro da Palestina

10. Kadosh

Posteriormente :

1. Aprendiz 2. Artesão ou journeyman 3. Mestre 4. Mestre Perfeito 5. Mestre Eleito 6. Escocês 7. Santo
Criação da Ordem dos Filósofos Desconhecidos

Quase todas as ordens Martinistas modernas são uma manifestação do bom trabalho de Papus (Dr. Gerard Encausse, 1865-1916), que criou ou se preferirem, revitalizou, o pensamento de Saint Martin durante o período de 1882-91. Recrutou diversos de seus irmãos em 1888 para dar forma ao primeiro conselho supremo Martinista, a fim de regularizar as diversas iniciações Martinistas livres da época. Em 1891 este conselho sob a direção de Papus deram forma a uma organização chamada Ordem Martinista ou Ordem dos Superiores Incógnitos com três graus, é reconhecido que esta Ordem Martinista que foi baseado em dois Ritos Maçônicos extintos : o Rito de Elus-Cohens (de Pasqually) e o Rito Retificado de Saint-Martin De características templárias dividiram a iniciação em três partes: S.I. – P.I. e L.I. Entretanto, com o tempo o grau S.I. (originalmente apenas um grau) foi dividido em quatro partes, como mostramos abaixo, e esta divisão causou muita confusão entre os diferentes ramos do Martinismo. Algumas ordens dividiram-no somente em três partes, e fizeram mais um grau o S.I.I ou Circulo dos Filósofos Desconhecidos. :

1) associado ou (S.I. I) 2) iniciado ou (S.I. II)

3) superior incógnito ou (S.I. III) 4) filósofo desconhecido (P.I.)(S.I. IV) 5) S.I.I. ( Filósofo Desconhecido; P.I.)

6) Livre Iniciador (L.I.)

Certamente alguns Martinistas preferiram continuar seus trabalhos de forma independente. Era Martinistas ” livres “. Ainda se tem noticias de que há ainda algum Martinistas livres , independentes não associados com as chamadas Ordens regulares.

As Ordens Sinarquica( Synarchy), Martinista (Ordre Martiniste), e a Ordem Martinista de Elus Cohen (Ordem de Martinist do lus Cohens) são consideradas theurgicas da linha de Martinez de Pasqually menos mística que as Ordens fundadas com a orientação em Louis Claude de Saint Martin. Há também outras ordens regulares menos conhecidas dentre as quais : ìRussianî que descende de Papus quando de sua visita à corte do Czar Nicholas e a Belgo/ Holandesa. As ordens as mais antigas em existência, derivando-se todas da ordem de Papus são estas : a Ordem Martinista Synarquica (Synarchy de Martinist), a Tradicional Ordem Martinista TOM (Tradicional de Martinist) e finalmente a Ordem Martinista ( Ordre Martiniste. )

As Ordens Martinistas em geral se reúnem em grupos , dependendo do número de participantes , cada uma possui um nome diferente :
Círculo (sete membros ou menos) , Heptada (sete Membros ou mais) , Loja (vinte e um membros ou mais) . Vale notar que a Tradicional Ordem Martinista somente possui um organismo previsto em sua constituição , a que chamamos de Heptada , que é constituída de no mínimo 21 membros de preferencia SI na sua fundação.

A base dos ensinamentos em todas as Ordens incluem Misticismo Cristão, Teosofia, Kabbalah, Hermetismo, e outros assuntos esotéricos semelhantes. A filosofia Martinista está inspirada no teosofismo clássico e nos trabalhos de Jacob Boehme, Swedenborg, além é claro em Martinez de Pasqually, Jean-Baptiste Willermoz e Louis-Claude de Saint Martin.

A maioria dos historiadores confirmam que foram membros Martinistas dos diversos segmentos proeminentes figuras do mundo esotérico, como: Papus, Arthur Edward Waite, Eliphas LÈvi, Margaret Peeke, Henri Delaage, Maria Desraimes e Gearges Martin, Helena Petrovna Blavatsky, Coronel Olcott, Annie Besant, James Ingall Wedgwood, Charles Webster Leadbeater e outros , e muitos Rosacruzes e Maçons da Inglaterra, Alemanha, Bélgica, França, e E.U.A..

Vamos agora tentar resumir o pensamento e a estrutura das maiores Ordens Martinistas no mundo .
Ordem Martinista de Papus (L`Ordre Martiniste)

É o nome da primeira ordem criado por Papus em Paris 1888. Papus foi o primeiro Soberano Grande Mestre de 1888 até a sua morte em 1916. O seu primeiro Conselho Supremo foi constituído dos seguintes Irmãos:

1. Papus (o Grande Mestre ) 2. Pierre Augustin Chaboseau 3. Paul Adam 4. Charles Barlet 5. Maurice Barres 6. Burget 7. Lucien Chamuel, 8. de Stanislas Guaita 9. LeJay 10. Montiere 11. Josephin Peladan 12. Yvon Le Loup (Sedir) 13. Eduoard

Maurice Barres e Josephin Peladan foram posteriormente substituídos por Marc e Emile Michelet. O Dr. Blitz de Edouard , Delegado Soberano no E.U.A., também era um membro do Conselho Supremo, entretanto ele é negligenciado freqüentemente na história do Martinismo, provavelmente porque ele deixou a Ordem, depois de uma controvérsia com Papus que não pretendia manter a subordinação maçônica em sua organização.

A sucessão de Papus na linhagem de Saint Martin era assim:

1. o Louis-Claude Saint Martin (1743-1803) 2. Jean-Antoine Chaptal (de Compte Chanteloup)(morto em 1832) 3. (?)X 4. Henri Delaage (morreu 1882) 5. Dr. Gérard Encausse

Porém, havia um elo ou melhor um vácuo (o X) na linhagem de Papus, assim em 1888, Augustin Chaboseau (um membro do Conselho Supremo original de 1888) e Gérard Encausse trocaram Iniciações pessoais para consolidar a sucessão. A Ordem Martinista se constituiu então de 2 linhagens espirituais, a que vimos acima e a seguinte :

1. o Louis-Claude de Saint Martin (1743-1803) 2. Abbe de la Noue (morreu 1820) 3. J. Antoine-Marie Hennequin (morreu 1851) 4. Adolphe Desbarolles (morto em 1880) 5. Henri la de Touche (Paul-Hyacinthe de Nouel de la Touche)(morto em 1851) 6. a marquesa de Amélie de Mortemart Boisse 7. Pierre Augustin Chaboseau .

Depois de morte de Papus , Charles Detré (nome místico Teder ) se tornou o Soberano Grande Mestre, ele decidiu limitar a afiliação à Ordem Martinista (L`Ordre Martiniste) para Mestres Maçons, especialmente do Rito de Memphis & Misraim. Claro que isto significou que as mulheres seriam excluídas do Martinismo, e isto também não estava de acordo à filosofia do Martinismo original. Naturalmente isto causou grande discordância entre os membros, e vários membros do Conselho Supremo original de 1891 deixaram a Ordem.
Ordem Martinista Martinezista (L’Ordre Martiniste-Martineziste de Lyons)

É o nome que Detré deu para a ordem em 1916, depois de ter mudado para Lyon e levado a Ordem com ele. Então, poderíamos considerar a Ordem Martinista original de Papus como morta, pelo menos até que depois de vários anos ela fosse reativada pelas inúmeras outras organizações que se fundaram. A linha de sucessão da Ordem Martinista-Martinezista é :

0. (Papus 1888-1916) 1. Charles DetrÈ (Teder) (1916-1918) 2. Jean Bricaud (1918-1934) 3. Constantin Chevillon (1934-1944) 4. Henri-Charles Dupont (1944-1958) A exigência maçônica de DetrÈ em 1916, foi a primeira causa da criação de todas as Ordens Martinistas modernas e mistas.
Ordem Martinista de Paris (L`Ordre Martiniste de Paris)

Fundado em 1951 por Philippe Encausse (o filho de Papus). Ele havia reunido vários Martinistas livres da França e formou a uma ordem baseada da constituição original. Phillipe Encausse sendo o Grande Mestre fundiu-se com a Federação das Ordens Martinistas , com A Ordem Martinista e Elus Cohen ( L`Ordre Martiniste e o Martinist Order do Elus Cohen de Robert Ambelain) e removeu a exigência da qualificação maçônica pela qual era determinada a pré afiliação. Ele resignou como Grande Mestre em 1971, e teve como sucessor Irénée Séguret . Philippe Encausse retomou a direção em 1975 e resigna finalmente em 1979. O Irmão Emilio Lorenzo encabeça atualmente a Ordem . A linhagem é:

1. Papus (morreu 1916) 2. o Charles Deter (ie. Teder, morreu em 1918) 3. Jean Bricaud (morreu em 1934) 4. Chevillon (morreu em1944) 5. Charles-Henry Dupont (morreu 1960) 6. Philippe Encausse (se aposentou em 1960) 7. IrÈnÈe SÈruget (1971-74) 8. Emilio Lorenzo (1979)
Ordem Martinista Belga (L’Ordre Martiniste Belge)

Criado em 1968 e encabeçada pelo astrólogo belga e membro anterior do Conselho Supremo da Ordem Martinista, Gustave-Lambert Brahy. Os membros de seu Conselho Supremo eram: Gustave-Lambert Brahy, Pierre-Marie Hermant, Stéphane Beuze e Maurice Warnon (que resignou em 1975 para trabalhar na Ordem Martinista dos países Baixos). Todos os quatro eram membros anteriores do Conselho Supremo da Ordem Martinista . Esta Ordem desapareceu praticamente com o falecimento de Gustave Brahy em 1991. Há só um Grupo permanecendo, sob a direção de Irmão Loruite.

Ambas as Ordens Martinista Belga e Países Baixos foram criadas a pedido de Philippe Encausse. A razão disto era a discordância interna na Ordem Martinista sobre qual afiliação religiosa a ordem deveria ter. Muitas religiões independentes e igrejas Gnósticas eram populares entre os Martinistas , mas alguns preferiam o silêncio a aderir a estas igrejas. Quando a Ordem Martinista ( L`ordre Martiniste) em 1968 confirma uma aliança com a igreja Gnóstica (fazendo dela a religião oficial da ordem), muitos membros objetaram a esta limitação da liberdade religiosa . Então, para permitir para os membros mantivessem a liberdade para adorar nas igrejas de sua escolha , eles ofereceram as duas outras ordens como uma alternativa.
Ordem Martinista dos Países Baixos (L’Ordre Martiniste de Pays-Bas)

Foi introduzido no Países Baixos em 26 de Setembro de 1968, o Presidente da Federação das Ordens Martinistas localizou em Paris Maurice H. Warnon de Bruxelas (um membro anterior do Conselho Supremo da L`Ordre Martiniste)ele foi designado por Philippe Encausse como Representante Nacional e Soberano para o Países Baixos, com a missão de esparramar as idéias Martinistas e iniciações naqueles países em particular.

Depois de trabalhar bem de perto na Ordem Martinista francesa, ficou evidente que os membros holandeses objetaram à relação íntima da Organização francesa com a igreja Gnostica e Apostólica, pois a maioria deles que é de origem protestante. Eles quiseram manter uma liberdade completa de religião. Philippe Encausse sugestionou a criação de um segundo ramo separada da árvore original .

A decisão pela independência começou em Setembro de1975, durante a reunião anual dos membros da Ordem no Países Baixos. Uma Constituição nova foi adotada e subseqüentemente, a ” Ordem des Martiniste Pagar-Bas ” foi fundado 12 de setembro do mesmo ano, pela transmissão dos poderes do Representante Nacional da Ordem Martinista francesa para o Conselho Supremo recentemente criado do Países Baixos. Os membros de seu Conselho Supremo eram: Maurice Warnon, Augustus Goetmakers, Bep Goetmakers, Femke Iken, Annie Iken e Joan Warnon-Poortman.

A Ordem Martinista dos Países Baixos não é uma jurisdição territorial, mas uma orientação específica do movimento de Martinista.
Ordem Martinista dos Elus Cohens (des Ordem Chevaliers Maçons Elus-Cohen de l’Univers)

Originalmente fundado por Martinez de Pasqually em 1768. Foi fundido com alguns ritos Maçons pelo discípulo dele e sucessor Jean-Baptiste Willermoz. O Dr. Blitz de Eduoard, um companheiro antigo de Papus, trabalhou com os Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa de Willermoz, nos E.U.A., e consequentemente mantinha a exigência de afiliação maçônica. Depois do Segunda Guerra Mundial, Robert Ambelain (Sar Aurifer),era seu Grande Mestre e mantinha rituais Elus Cohen que ele tinha obtido de várias fontes , reavivou a Ordem Martiniste des lus Cohens que praticava justamente esta forma operativa de teurgia. Ambelain também preservou somente esta Ordem aos Homens.

A Ordem original do Cohens Eleitos tinha trabalhado de 1767 a pelo menos até 1807. De lá para cá a linhagem está quebrada ou pelo menos incompleta. Estes são o iniciados principais da Ordem dos Cavaleiros Maçons Eleitos do Elus Cohen do Universo na França:

1. Martinez de Pasqually 1767-1774 2. Caignet Lestere 1774-1779 3. o Sebastian las de de Casas 1780 4. G.Z.W.J. 1807 de 1942-1967: 1. Robert Ambelain (Aurifer) 1942-1967 2. Ivan Mosca (Hermete) 1967-1968

No seguimento Italiano : 1. Krisna Frater 2. Francesco Brunelli

Os graus transmitidos nos Elus Cohen são assim:

1º grau – o Mestre Elus-Cohen 2º grau – Cavaleiro do Oriente 3º grau – o Chefe do Oriente 4º grau – RÈaux-Croix Outras fontes relatam assim: 1 – Ordem dos Cavaleiros de Elus-Cohen L’Univers 2 – ordem de Cavaleiros maçons 3 – Eleitos sacerdotes do Universo 4 – RÈaux-Croix

A ordem se fundiu com a Ordem de Martinista de Phillipe Encausse. Ambelain publicou uma declaração na revista de Martinista ´L’Initiation” em 1964 relatando o fechamento da ordem. 30 anos depois foi reavivado mais uma vez – novamente por Ambelain – que ainda parece estar morando em Paris.
Ordem Martinista Sinarquica (L’Ordre et de Martiniste Synarchique)

Esta ordem é a mais antiga das que tiveram uma existência ininterrupta desde sua fundação em 1918 por Blanchard (Sar Yesir). Originalmente era Blanchard que iria se tornar o sucessor de Detré como Grande Mestre da Ordem Martinista Martinezista. Blanchard desistiu disto, pois ele não estava a favor da exigência de afiliação maçônica no Martinismo. Assim em 1918 Blanchard reuniu o Conselho Supremo anterior de Martinistas e Martinistas independentes que não aderiram ou pertenceram às Ordens Martinistas maçônicas e formaram uma Ordem de Martinistas sob a constituição original que Iniciou homens e mulheres. Depois, em 1934 a Ordem de Blanchard mudou seu nome para Ordem Martinista e Sinarquica, e Blanchard foi elegido Soberano Grande Mestre Universal.

Com uma idade de 75 anos , Blanchard faleceu em 1953, em Paris. O Soberano Grão Mestre a substitui-lo foi Sar Alkmaion (Dr. Edouard Bertholet), da Suíça. Foi Sar Alkmaion, Soberano Grão Mestre da Ordem para as Lojas Inglesas que recebeu a Carta Constitutiva como Delegado Geral para a Grã Bretanha e a Comunidade britânica. A Grande Loja Britânica era governada por um comitê interno conhecido como o Tribunal Soberano do qual este era um dos membros permanentes: Presidente: Sar Sorath (também conhecido como Sar Gulion, ainda em vida)

No momento, a jurisdição principal desta ordem está na Inglaterra sob da liderança de Sar Gulion. Nos E.U.A. há uma filial da ordem que funciona regularmente com uma carta constitutiva da Inglaterra. Depois da morte de Fusiller, o sucessor de Blanchard, a Ordem Martinista dos Eleitos Cohens fundiu com o OMS e mantém o nome do posterior.

A linhagem de OMS atual: 1. Papus & Chaboseau (linhagem dobro) 2. Charles DetrÈ (Teder) 3. Georges de de BogÈ LagrËze (Mikael) 4. Auguste Reichel (Amertis) 5. V. Churchill (Sar Vernita) 6. Sar Gulion/Sorath (o Grande Mestre Inglês)

O OM&S independente do Canadá, tem estas linhagens; 1. Papus & Chaboseau (linhagem dobro) 2. Charles DetrÈ (Teder) 3. Georges de BogÈ LagrËze (Mikael) 4. Auguste Reichel (Amertis) 5. V. Churchill (Sar Vernita) 6. Sar Sendivogius 7. William Pendleton 8. Sar Parsifal/Petrus ( morto, 1994)

O tribunal de OM&S no Canadá, 1965, era compostos de,: 1. Sar Resurrectus, Presidente (iniciado por Pendleton) 2. Sar Sendivogious, 3. Sar Petrus

A Jurisdição canadense se declarou independente. Sar Resurrectus se tornou o Grande Mestre, Sar Sendivogius se retirou das atividade da OMS para se concentrar nos Elus Cohen , e Sar Petrus se tornou Grande Mestre.
Tradicional Ordem Martinista (L’Ordre Martiniste Traditionnel)

Certamente é dispensável discorrermos a respeito de nossa própria organização uma vez que existem um sem número de documentos e literatura e este respeito, dentro e fora de nossa Ordem. Entretanto alguns comentários são importantes.

A Tradicional Ordem Martinista permanece como a maior e mais fechada Ordem Martinista em atividade no mundo, para tanto conta com a aliança fraterna com a Ordem Rosacruz AMORC , é a organização Martinista que possui o maior número de Heptadas tradicionalmente constituídas e é a que possui a melhor organização administrativa

A sucessão da Tradicional Ordem Martinista possui vários ramos a saber :1. V.E. Michelet 2. Augustin Chaboseau (Sar Augustus) 3. Ralph Maxwell Lewis (Sar Validivar) 4. Gary L. Stewart 5. Cristian Bernard (Phenix)

Sucessões iniciáticas : 1. Papus & Chaboseau (linhagem em dobro) 2. o Charles Deter (Teder) 3. Blanchard 4. H.S.Lewis

1. Papus & Chaboseau (linhagem em dobro) 2. Charles Deter (Teder) 3. Georges de BogÈ LagrËze (Mikael) 4. Ralph Lewis

O atual Grande Mestre é o Irmão Charles Vega Parucker ( Vega). O Soberano Grande Mestre da Tradicional Ordem Martinista é o Ir Cristian Bernard ( Phenix) que possui duas linhagens:

1. Ralph Lewis 2. Sepulcros de Orval 3. Cristian Bernard e

1. Ralph Lewis 2. Cecil UM. Poole 3. Gary L. Stewart 4. Cristian Bernard.

O intuito desta compilação é o de fornecer informações históricas sobre o Martinismo através dos séculos. Como todo Martinista deve saber , não se julga um irmão pela riqueza ou pobreza do berço que o embalou e sim pela fraternidade que une dois seres que possuem gravados em seus íntimos a mesma iniciação e a mesma paternidade espiritual. Este é o elo que nos une.

Monte Cristo SI

in “HERMENUBIS” ANO 7 NÚMERO 1

TOM – CAMPINAS

#Martinismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/origens-do-martinismo

A tradição Wicca de Gerald Brosse Gardner

Gardner nasceu em 1884 perto de Liverpool. Teve diversas carreiras, e sempre se interessou pelo místico e pelo oculto. Conta-se que estudou desde as fábulas e as lendas antigas até os cultos secretos da Grécia, Roma e Egito. Gardner pertenceu à Hermetic Order of the Golden Dawn (Hermética Ordem da Aurora Dourada).

Em 1954 ele apoiou as teorias de Margaret Murray; que havia lançado um livro anteriormente defendendo a teoria de existirem cultos à Deusa que se perpetuavam desde a antigüidade; e que tiveram de ser disfarçados devido às caças às bruxas da idade média. Nesse mesmo ano ele lançou o livro ” Witchcraft Today”. Segundo ele, a bruxaria teria sido perpetuada pelos séculos de fogueira por uma tradição oral e familiar. Ele dizia que havia tido contato( em 1939) com a “Velha Dorothy” Clutterbuck, herdeira e alta sacerdotisa de um culto milenar sobrevivente . Segundo ele ela o havia iniciado e lhe revelado a palavra Wicca.

Dizia também que lhe foi dado a missão de ser o porta-voz informal da prática da Wicca.

Gardner reuniu antigas lendas , rituais e fragmentos de textos antigos como base de sua doutrina. Somado a isso, ele teria inserido elementos da simbologia da magia tradicional e alguns rituais e citações de seu amigo Aleister Crowley. Com isso Gardner adotou como livro sagrado ou “Evangelho”, chamado Aradia. Este último era uma coleção de textos selecionados por Charles Leland em 1899; que contava várias lendas, entre as quais a principal era a de Diana, cujo encontro com o deus-sol Lúcifer originou Aradia, a primeira bruxa que revelou os segredos da feitiçaria aos humanos.

O culto de Gardner consistia em reuniões conduzidas por sacerdotes ( apenas mais tarde foram consideradas as mulheres como as sacerdotisas principais peças do ritual). Nestes ritos eram adorados os deuses da fertilidade, a grande Deusa tríplice enquanto que dançavam nus e invocavam as forças da natureza. Os rituais eram semelhantes aos da magia tradicional, com círculos mágicos, exercícios de meditação, o uso de instrumentos como a adaga, a espada, o cálice e etc…

O ideal, segundo Gardner, era que os ritos fossem celebrados em plena nudez, pois dessa forma simbolizavam um regresso à era anterior à perda da inocência. Além disso, havia uma passagem em Aradia que dizia: ” Como sinais de que sois verdadeiramente livres, deveis estar nuas em seus ritos; cantai, celebrai, fazendo música e amor, tudo em meu louvor”

Gardner ainda considerava o que chamava de ” O Grande Rito”, que era a prática sexual ritualística.

Entre os principais críticos , encontram-se Francis King e Aidan Kelly.

Francis King não tolerava Gardner pelo fato dele ter pago enormes quantias em dinheiro à A. Crowley para desenvolver os principais rituais de seu culto.

Já Kelly ( fundador da Nova Ordem Ortodoxa Reformada da Aurora Dourada) acusou Gardner de criar uma religião inteiramente diferente do velho paganismo. Ainda não reconheceu Wicca como uma autêntica e “antiga tradição originada do paganismo europeu”. Ele revela também, que o pretenso “Livro das Sombras” escrito por Gardner que dizia ter sido criado no séc. XVI , nada mais era que uma coletânea das várias tradições medievais.

A tradição Gardneriana era realmente muito diferente dos relatos de outras bruxas. A maioria delas revelavam que o culto se limitava à uma tradição mestre X discípulo, muitas vezes na família ( mas nem sempre); que o ensinamento era oral, e que depois de anos e anos de muito treino e provas, o discípulo era apresentado ao Conven. Se fosse aceito no Conven, depois de um ano e um dia recebia a iniciação. Segundo as bruxas, esse acesso era limitado a poucos escolhidos pois os rituais sagrados eram perigosos. Eles podiam provocar chuvas, ventanias, manifestar espíritos, elementais e etc…

Essa evidência, que supunha grande autenticidade, virou pretexto para aparecerem incalculáveis novas tradições subitamente; todas com pequenas variações do gardnerismo e supondo pertencerem à “antiquíssimas” tradições.

Com novas tradições aparecendo por todos os lados ligadas à Wicca, tornou-se moda, entre os anos 60-80 cada um inventar sua própria tradição. Cada livro publicado dava uma concepção diferente ; começaram a aparecer os famosos “cursos de bruxaria por correspondência ” e em pouco tempo o número de wiccanos auto-didatas era maior que os que ainda se mantinham à tradições específicas.

Na minha opinião essa desagregação livre é que originou os diversos manuais de “auto-iniciação” , que para mim não passa de uma fuga à responsabilidade de estudar profundamente ou de se submeter à uma disciplina compromissora.

Vemos hoje em dia uma corrupção da tradição. E a iniciação Wicca não é reconhecida pelas tradições de que mantém o método mestre X discipulo, pois qualquer um pode se conceder o título de iniciado sem critério algum.

Se alguém disser: ” Estudo a tradição antiga da bruxaria, busco a comunhão com a Deusa e procuro me aprimorar espiritualmente” ; isso será muito aceitável e incentivador. Porém se uma pessoa ler um livro ( quando lê!) e realizar um simples ritual de auto-iniciação, e com isso se considerar no mesmo nível dos altos sacerdotes e iniciados, e disser: ” Sou um iniciado, um bruxo, já posso fundar meu coven” ; jamais vai ser levado a sério por um bruxo autêntico.

A bruxaria é aberta a todos, qualquer um pode adorar a Deusa e estudar profundamente sua literatura. Mas uma iniciação só é conseguida por esforço, compromisso e merecimento.

por Bruno

Postagem original feita no https://mortesubita.net/paganismo/a-tradicao-wicca-de-gerald-brosse-gardner/

Mapa Astral de Machado de Assis

Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 — Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, amplamente considerado como o maior nome da literatura nacional. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista, e crítico literário. Testemunhou a mudança política no país quando a República substituiu o Império e foi um grande comentador e relator dos eventos político-sociais de sua época.

Mapa

O Mapa de Machado de Assis mostra Sol em Gêmeos-Câncer (Rainha de Copas), Mercúrio em Gêmeos (o “Mercúrio dos Escritores”), Lua e Júpiter em Libra (reforçando aspectos do elemento Ar no Mapa); Vênus em Leão, Marte em Virgem e Saturno em Sagitário (o “saturno dos professores”). Seu Planeta mais forte é Mercúrio em Gêmeos, com nada menos do que 7 Aspectações fortes (influenciando praticamente todo o Mapa).

O Mapa indica uma pessoa com facilidade muito acima da média para contar histórias, com um senso de justiça e harmonia também acima da média e facilitado na escrita pela capacidade de se colocar no ponto de vista dos outros. Marte em Virgem indica tendência ao perfeccionismo, lapidado pela responsabilidade na carreira (esta combinação normalmente gera workaholics ou pessoas com extensa produção; no caso dele intelectual já que toda a sua Verdadeira Vontade flui em consonância com Mercúrio/Hod).

Um Mapa perfeito para um escritor-acadêmico (em tempo: Machado de Assis fundou e foi o primeiro presidente da academia Brasileira de Letras, não por coincidência…).

#Astrologia #Biografias

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/mapa-astral-de-machado-de-assis

Astaroth

Uma Breve Introdução ao Conceito da definição do Ser.

Há muito que se aprender sobre determinadas Inteligências, só que, é sabido pela grande maioria dos estudiosos do Ocultismo, seja este em qualquer ramificação das religiões da mão esquerda, que os detentores dos poderes políticos das religiões de massa e escravistas, fizeram de tudo para que esses conhecimentos não chegassem até nós, nos dias de hoje. Infelizmente a religião judaico-cristã contribuiu para a destruição quase que total de toda fonte verossímil acerca de tais saberes.

O que podemos ainda contar, mas não em grande veracidade são com alguns Grimórios (livro de conhecimentos mágicos, a grosso modo falando), que em 90% dos casos estão propositalmente alterados pela religião, a fim de distorcer, denegrir e ocultar a Gnose ou Sabedoria, como queira, acerca de determinadas Inteligências.

Não usarei de delongas explicando o que é um demônio, pois o Portal Morte Súbita está repleto de informações riquíssimas sobre os mesmos, somente abrirei um parêntese sobre a etimologia do vocábulo a fim de sustentar a minha posição de utilizar Inteligência neste texto em vez de Demônio. É praxe que até a expressão “demônio, foi demonizada” por quem muito astutamente não queria que todos tivessem acesso a estes seres brilhantes e ajudadores em via de regra da humanidade. “Demônio” deriva da língua grega daimónion, ou daimon que quer literalmente dizer Gênio, ramificando-se para a língua árabe, a palavra se dimana para “djjins” que significa gênio. Daí surgira o mito do “Gênio da Lâmpada”, como todos conhecem.

Um Deus, uma Deusa, um Demônio ou uma Inteligência?

Neste caso, o uso da palavra Inteligência tem a denotação de atribuir toda à Sabedoria que um Ser Superior, diferente dos homens, possui em sua totalidade. Pois bem, mais a frente, tentarei sucintamente atribuir Astaroth em relação à sua Esfera Cabalística e em relação à sua Qliffot (sem adentrar a fundo no conceito de Kabbalah), pois se encontram também aqui no Portal, bons materiais que abordam o assunto, mas é através destes textos cabalísticos que Astaroth é mais profundamente conhecido como um Arquedemônio com poderes inimagináveis!
Em 1458, em alguns fragmentos de escritos hebraicos relacionados a demonologia, pode-se encontrar, por exemplo, no Livro de Abramelin,  Astaroth sendo o primeiro conhecido demônio do “sexo masculino” além de Satã, Beelzebuth, dentre outros, o que se popularizou ainda mais nas escritas de outros grimórios ao longos dos séculos conseguintes.

A antiga cidade da Cananéia, ademais de “pertencer” ao povo hebreu, de origem monoteísta, (hoje compreendida entre parte da Faixa de Gaza, talvez a Cisjordânia e a Jordânia) incluíram em suas adorações aos deuses pagãos o culto a esta Divindade como uma Deusa chamada Astarote. Na demonologia antiga, esta Inteligência pôde ser chamada de Astaroth, Astarote, Astarot e Asteroth, todas significando a sua coroação de um Príncipe no Inferno.

Alguns teóricos em demonologia afirmam veementemente que somente a partir do segundo milênio a.C. que o nome Astaroth fora reconhecido, e que fora derivada da Deusa fenícia Astarte, também anteriormente como a sumeriana Ianna e equivalente a babilônica Ishtar.
Ademais disso também temos a questão da antropomorfização, onde queremos atribuir questões inimagináveis ao que imaginável, do impalpável para o palpável, fora as questões culturais da época em relação principalmente do povo hebreu com questões machistas, que não aceitavam nem em suas relações interpessoais que mulheres tivessem algum valor, quanto mais atribuir a uma Deusa, digamos assim, o poder de trazer algum tipo de benção, seja lá qual fosse a este povo. Todavia, deixando de lado o estereótipo sobre a “sexualidade” da Inteligência, daremos curso ao nosso pequeno estudo.

Astaroth e a Bíblia

Astharthe (singular) e Astharoth (plural) vem da tradução da Bíblia Vulgata Latina, tradução essa possivelmente da Deusa Ashtart ou Astarté, conforme dito no tópico anterior.

No livro de Juízes, no capítulo 2, dos versos 11 ao 13 é clara a insatisfação dos hebreus com seu Deus Iavé, o que os faz, quase que repentinamente, e, por toda a bíblia, repetidamente abandoná-lo e seguir aos outros Deuses.

“Então fizeram os filhos de Israel o que era mau aos olhos do senhor; e serviram aos baalins.

E deixaram ao senhor, deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros Deuses, dentre os Deuses dos povos, que havia ao redor deles, e adoraram a Eles; e provocaram o senhor à ira.

Porquanto deixaram ao senhor, e serviram a Baal e a Astarote.”

A insatisfação também toma conta do dito Rei mais sábio de Israel Salomão em 1 Reis 11:5:

“Porque Salomão seguiu a Astarote, deusa dos sidônios, e Milcom, a abominação dos amonitas”.

Em guerras entre Filisteus e Hebreus: em 1 Samuel 31:8-10:

“Sucedeu, pois, que, vindo os filisteus no outro dia para despojar os mortos, acharam a Saul e a seus três filhos estirados na montanha de Gilboa. E cortaram-lhe a cabeça, e o despojaram das suas armas, e enviaram pela terra dos filisteus, em redor, a anunciá-lo no templo dos seus ídolos e entre o povo. E puseram as suas armas no templo de Astarote, e o seu corpo o afixaram no muro de Bete-Seã.”

O Deus dos hebreus com crises de ciúmes e consciência em 1 Reis 11:33 :

“Porque me deixaram, e se encurvaram a Astarote, deusa dos sidônios, a Quemós, deus dos moabitas, e a Milcom, deus dos filhos de Amom; e não andaram pelos meus caminhos, para fazerem o que é reto aos meus olhos, a saber, os meus estatutos e os meus juízos, como Davi, seu pai.”

De novo? Em Juízes 10:6:

“Então tornaram os filhos de Israel a fazer o que era mau aos olhos do SENHOR, e serviram aos baalins, e a Astarote, e aos deuses da Síria, e aos deuses de Sidom, e aos deuses de Moabe, e aos deuses dos filhos de Amom, e aos deuses dos filisteus; e deixaram ao SENHOR, e não o serviram.”

Astaroth e a Goétia

Segundo a Arte Goétia (tema bastante controverso e polêmico, particularmente falando), tentarei aqui, ser ao máximo imparcial, apenas apontado relatos de crença e histórico. Através de “A Chave Menor e As clavículas de Salomão”, é “possível” ao magista através de “triângulos” com os nomes de anjos e nomes do deus hebreu, através de um suposto anel com símbolos judaicos, “submeter” esta Inteligência, e, até mesmo sujeitá-la a interrogatórios para diversos fins de proveito próprio, como a arte adivinatória, os segredos da Criação, questões que envolvem o passado, o presente e o futuro, sabedoria ilimitada nas artes liberais e eticétera. Ainda pela Goétia, temos conhecimento de que Astaroth é na contagem dos 72 “Demônios” é o 29º, que aparece montado sobre uma besta, semelhante a um Dragão Infernal, tem a fisionomia de um anjo medonho, e, ainda reina sobre 40 legiões, além de ser um demônio poderosíssimo!


Selo de Astaroth segundo a Goétia

Esta é a descrição de Astaroth segundo o Dicionário Infernal: Usa uma coroa reluzente, vêm sempre montado em sua besta-fera-dragão, que possui uma cauda de serpente e asas, e vem despido, aparentemente tendo algumas penas (provavelmente asas). Outra versão de aparições bem semelhante é a de que Astaroth propriamente é um homem desnudo com asas, possui mãos e pés de dragão e segura uma serpente em uma das mãos, vindo cavalgando sobre um lobo ou cachorro gigante. A possibilidade do livro do Apocalipse estar fazendo menção à Astaroth é segundo ainda outras aparições, onde Ele é um Cavalheiro Negro montado em um grande escorpião.

Existe uma teoria extremamente controversa de que Ele tem como seu principal adversário o “santo” Bartolomeu, porque este último resistiu as suas “tentações” e pode ajudar a quem rogá-lo. Segundo remonta a história, as tentações vencidas foram nada mais nada menos que: a preguiça, a vaidade e as filosofias racionalizadas, isso também é relatado por Sebastien Michaelis.

Já segundo Francis Barret e outros demonologistas do século 16, Astaroth é um dos principais acusadores e inquisidores, onde no mês de Agosto os ataques ao homem por esse demônio são extremamente fortes. Pode ser que o mito da frase: “Agosto o mês do desgosto” tenha alguma relação com o fato narrado.

Outros que afirmam que tiveram contato direto ou indireto com esta inenarrável Inteligência passaram a terem uma desenvoltura absurdamente ampla nas ciências da matemática, no artesanato, na pintura, conseguiram desvendar segredos indecifráveis, além de encontrarem tesouros escondidos por magos e feiticeiros, e, até mesmo a tão almejada arte da invisibilidade. Além de terem recebido poderes para enfeitiçarem serpentes de todos os tipos.

A Influência desta Inteligência em nosso presente século é absurdamente inconfudível!

Astaroth e as Artes

Na Música:

  • Referência na música da Banda de Back Metal Mercyfull Fate – “No som do sino do demônio”.
  • Referência na música da Banda de Doom Metal Candlemass – “Anão Negro”.
  • Referência na música da Banda de Doom Metal Draconian – “Embrace the Gothic” e Serenade of Sorrow”
  • A Banda Testament contém uma referência à Astaroth na música “Alone in the Dark”
  • A Banda Behemoth de Death Metal menciona-O na canção “Mate os Profetas Ov Isa”
  • Em  “Abrahadabra” de Dimmu Borgir o selo de Astaroth está lustrado  na capa do álbum.
  • Astarte é uma Banda feminina de Black Metal grega, formada em 1995 – aonde um dos hits que mais fizeram sucesso foi uma louvação própria a esta Inteligência – nome da música: Mutter Astarte – do Álbum Demonized, de 2007.
  • Mägo de Oz é uma banda espanhola de folk metal – diante de muitas músicas, possui uma de Adoração Explícita à Astaroth, inclusive informações de como invocar a Inteligência.
  • Dentre muitas outras bandas…

No Cinema:

  • Uma Filha para o Diabo de 1976 – O filme é sobre um duelo entre um escritor de livros sobre ciências ocultas e o demônio, com quem a filha de um casal de amigos fez um pacto. A chave do mistério está nos códigos de Astaroth, num livro satânico.
  • Der Golem, wie er in die Welt Kam  de 1920, Adaptado por Heinrik Galeen e Paul Wegener é sobre uma lenda do gueto de Praga. O rabi Low, para proteger o seu povo de uma ameaça dá vida a uma estátua de barro com a ajuda das forças das trevas. Mas, depois de cumprida a sua missão, o “demônio” é de novo animado para satisfazer a vingança de um rapaz apaixonado pela filha do rabi, e destrói tudo à sua volta. Este é um dos mais famosos títulos do cinema alemão dos anos 10 e 20, de que se fizeram várias versões. A de 1920 é a segunda representação do cinema. Livros esotéricos de consultoria surgiram posteriormente para encontrar o segredo de como criar o tal “monstro de barro”, que segundo muitos apreciadores da obra, atribuem este ser “criado” advindo do submundo a Astaroth.
  • Em 1971 Bedknobs e Broomsticks, é um filme musical onde “A Estrela de Astaroth ‘é um artefato que os protagonistas começam a utilizar a partir da cena da “Ilha de Naboombu”.

Na TV:

  • Num episódio de um seriado chamado “Não ao Exorcista”, no primeiro episódio aparece um demônio que possuía um adolescente, e este demônio “foi” Astaroth.
  • Na 3ª temporada de Friday the 13th: The Series o episódio chamado “As Profecias”, quem está incumbido de abrir a porta de entrada de Lúcifer para a Terra, contada em seis profecias, é Astaroth que aparece como um dos “anjos caídos”.
  • Em Blood Ties, o selo de Astaroth aparece magicamente tatuado nos pulsos da personagem principal.
  • Em “Trials of the Demon”, episódio de Batman: The Brave and the Bold, Astaroth aparece como um demônio, a fim de buscar as almas que tentam escapar de suas mãos.
  • Dentre muitas outras aparições, que tornaria exaustivo a explanação completa aqui.

Nos Games:

  • O Arquidemônio Astaroth é o “chefe” final no game original Ghosts ‘n Goblins e um “chefão” em Ghouls e Super Ghouls ‘n Ghosts . Um personagem similar em aparência e ataque a Ele também aparece como um chefe mediano em Rosenkreuzstilette Freudenstachel .
  • Em MapleStory , Astaroth é um chefe no final do desafio das aventuras
  • No Never Dead , o principal vilão é Astaroth, que mata seu amado e das lágrimas de seus olhos, faz um Demônio Lord Imortal que vai sofrer por toda a eternidade.
  • Em Dungeons & Dragons jogo RPG, Astaroth aparece como uma divindade para aqueles de alinhamento com o “mal caótico”.
  • No game Castlevania: Portrait of Ruin, Astaroth aparece como um nobre egípcio.
  • Em Soul Calibur série de jogos de games, um demônio chamado Astaroth é um personagem jogável.
  • E assim, continua…

Na Literatura:

  • Astaroth aparece como um demônio brevemente no Warhammer 40.000 em Daemonifuge (quadrinhos).
  • É a personagem de Luigi Pulci ‘s Renascença, Épico de Morgante .
  • É o nome de um Romance escrito pelo croata escritor Ivo Brešan .
  • Astaroth aparece como um personagem de apoio / vilão de Marlon Pierre-Antoine de Wandering Stars .
  • É o vilão de Henry H. Neff na Tapeçaria (série).
  • Fez várias aparições como um demônio na história em quadrinhos Hellboy .
  • Dentre outras muitas dezenas de relatos.

Segundo um segmento religioso da “mão esquerda”, Astaroth possui:

  • Posição no Zodíaco de 10 a 20º de Capricórnio
  • Dias concernentes à Inteligência: de 31 de Dezembro a 09 de Janeiro
  • Dentro das Cartas de Tarô é o Ás de Copas
  • Planeta associado: Vênus
  • Cor de vela predileta: Marrom ou Verde
  • Metal: Cobre
  • Elemento: Terra
  • Hierarquia: Grão-Duque das Regiões Ocidentais do Inferno.

 

De todas as informações “colhidas” e expostas em nível de conhecimento e até mesmo como objeto de estudo e verificação anterior, ademais das muitas linhas de raciocínio e compreensão desta Inteligência, sem querer ser pretensioso, o ponto de vista a seguir explanado, é o que tem maior coerência, pois tem extrema relação e compromisso com a Verdade na qual é compreendido Astaroth, Ele pertence e tem relação com a Esfera Planetária de Júpiter, a Porta Obscura associada às suas Evocações chama-se Abbadon e sua Esfera Cabalística é a de Gha´aghsheblah.

Sigilo de Gha´aghsheblah

Os favores daqueles que comungam a verdadeira essência deste Magnífico Deus são:

Misantropia, Aristocracia Satânica, Inteligência, Filosofia, Sabedoria, Riqueza, Luxúria Sangrenta e Fatal, a Manipulação, a Divulgação do Suicídio, a Sorte, a Honra e Descoberta de Novos Aliados, assim como a Canalização das Energias “Sinistras” e a Abertura do “Olho do Holocausto”.

Ele habita / está composto no Quarto Ângulo de Sitra AHRA, simploriamente falando sobre as esferas Qliffóticas da “Árvore da Morte”.
Devido o Seu Portal Obscuro ser Abbadon, Astaroth também é capaz de abrir a 3ª visão e dar poderes de Clarividência ao Magista que o busca, além de fortalecê-lo cada vez mais, a fim de que as falsas luzes demiúrgicas sejam cada vez mais diminuídas, e o adepto da Religião da Mão Esquerda recebe mais ascensão na Luz Negra.

Esses “novos aliados” citados acima, tanto podem ser seres humanos quanto espirituais (espíritos familiares e/ ou daemons), e, a sabedoria não deriva somente da humana, mas também a Satânica (Emancipação do Intelecto), e, quem se aproxima desta Inteligência com o intuito de contemplá-la e não somente usufruir de seus Incontáveis Poderes, poderá ter neste Deus um Verdadeiro amigo, companheiro, e uma fonte inenarrável de Gnose e avanços em amplos sentidos na vida.


Sigilo de Astaroth segundo a Tradição Anticósmica da Corrente dos 218

“Astaroth Nisa Chenibranbo Calevodium Barzotabrasol!”

Hail Astaroth!

Bibliografia: Wikipédia, a enciclopédia livre, A Chave Menor de Salomão, As Clavículas de Salomão, Bíblia Sagrada – Versão Corrigida e Atualizada, Joy of Satan, MLO (Misantropic Luciferian Order), T.O.T.B.L (Templo of the Black Light) e o Liber Azerate – O Livro do Caos Irado 2002.

 

Bruxo Του Βάαλ – A’ arab Zaraq

Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/astaroth-2/

Fernando Pessoa

COMO TUDO COMEÇOU

1888: Nasce Fernando Antônio Nogueira Pessoa, em Lisboa.
1893: Perde o pai.
1895: A mãe casa-se com o comandante João Miguel Rosa. Partem para Durban, África do Sul.
1904: Recebe o Prêmio Queen Memorial Victoria, pelo ensaio apresentado no exame de admissão à Universidade do Cabo da Boa Esperança.
1905: Regressa sozinho a Lisboa.
1912: Estréia na Revista Águia.
1915: Funda, com alguns amigos, a revista Orpheu.
1918/1921: Publicação dos English Poems.
1925: Morre a mãe do poeta.
1934: Publica Mensagem.
1935: Morre de complicações hepáticas em Lisboa

VOLTA AMANHÃ, REALIDADE

Lisboa. 26 de Novembro de 1935. Pessoa encerra o expediente no escritório de import-export e segue para casa. Debaixo do braço, sempre a sua pasta de cabedal. Antes de chegar ao seu andar na rua Coelho da Rocha, passa pelo bar do Trindade, logo na esquina. Rotina. O amigo vende-lhe fiado.

Chega-se ao balcão e diz: – 2, 8 e 6.

Trindade serve-o: fósforos, um maço de cigarros e um cálice de aguardente. No olhar, cumplicidade. Os fósforos custam 20 centavos, os cigarros 80 e um cálice de aguardente 60.

Pessoa simplifica: 2, 8, e 6 tostões. Trindade já está acostumado. O poeta acende um cigarro e bebe o cálice, um trago só. Retira da pasta uma garrafa vazia, preta. Entrega-a ao Trindade que, discretamente, a devolve cheia.

Com a pretinha bem guardada, Pessoa despede-se. Sai aos tropeções e a recitar:

Bêbada branqueia
Como pela areia
Nas ruas da feira,
Da feira deserta,
Na noite já cheia
De sombra entreaberta.
A lua branqueia
Nas ruas da feira
Deserta e incerta…

A MINHA ALMA PARTIU-SE COMO UM VAZO VAZIO

No quarto passa a noite debruçado à secretária. Confundimo-lo com os livros, papéis, também lápis minúsculos que só ele consegue manusear. O cinzeiro cheio de pontas de cigarro.

Escreve, compulsivamente, ao jovem amigo Casais Monteiro:

“…Desde criança tive a tendência para criar em meu torno um mundo fictício, de me cercar de amigos e conhecidos que nunca existiram. (Não sei, bem entendido, se realmente não existiram, ou se sou eu que não existo. Nestas coisas, como em todas, não devemos ser dogmáticos.) Desde que me conheço como sendo aquilo a que chamo eu, me lembro de precisar mentalmente, em figura, movimentos, carácter e história, várias figuras irreais que eram para mim tão visíveis e minhas como as coisas daquilo a que chamamos, porventura abusivamente, a vida-real. Esta tendência, que me vem desde que me lembro de ser um eu, tem me acompanhado sempre, mudando um pouco o tipo de música com que me encanta, mas não alterando nunca a sua maneira de encantar.”

A carta vai a todo o vapor quando Pessoa começa a receber visitas inesperadas. Caeiro, Reis Campos e Soares. Têm planos, e querem levá-los ao conhecimento do grande poeta. Chegam um a um. É madrugada e já estão todos reunidos. São surpreendidos por um Pessoa emocionado, papéis em punho.

Terá recebido más notícias? perguntam, preocupados. O poeta tenta desconversar. É confuso, perde-se nas palavras, coisa que nunca acontecera antes. Mas também nunca recebera visitas em tão adiantada hora. Muito menos sem combinação prévia. É obra do “Grande Arquiteto do Universo”, pensa.

Então que se cumpra o destino… Aos solavancos:

– Adiei a verdade quanto pude. É chegada a hora de deixar cair a máscara.

Os quatro ansiosos. Quem está sentado levanta-se, quem está de pé senta-se ou passeia pelo quarto.

Pessoa e o seu discurso enviesado, interrompido por dores e gemidos:

– Numa carta confidenciava a um amigo tudo o que agora sinto que devo dizer-vos.

Um gole de coragem e solta:

– Vocês não existem.

Consternação na assistência.

– É isso, vocês não são mais que personagens da minha criação. Morro e levo-os comigo.

– Só pode ser delírio. Desatino. (diz Álvaro de Campos, ofendido).

– Vou-lhes contar como tudo aconteceu. “Num dia em que finalmente desistira – foi em 8 de Março de 1914 – acerquei-me de uma cómoda alta, e, tomando um papel, comecei a escrever, de pé, como escrevo sempre que posso. E escrevi trinta e tantos poemas a fio, numa espécie de êxtase cuja natureza não conseguirei definir. Foi o dia triunfal da minha vida, e nunca poderei ter outro assim. Abri com um título, O Guardador de Rebanhos. E o que se seguiu foi o aparecimento de alguém em mim, a quem dei desde logo o nome de Alberto Caeiro. (…) E tanto assim que, escritos que foram esses trinta e tantos poemas, imediatamente peguei noutro papel e escrevi, a fio também, os seis poemas que constituem a Chuva Oblíqua, de Fernando Pessoa. Aparecido Alberto Caeiro, tratei logo de lhe descobrir – instintiva e subconscientemente – uns discípulos. Arranquei do seu falso paganismo o Ricardo Reis latente, descobri-lhe o nome, e ajustei-o a si mesmo, porque nesta altura já o via. E, de repente, e em derivação oposta à de Ricardo Reis, surgiu-me impetuosamente um novo indivíduo. Num ato, e à máquina de escrever, sem interrupção, nem emenda, surgiu a Ode Triunfal de Álvaro Campos – a Ode com esse nome e o homem com o nome que tem.”

– Então, todo este tempo não passámos de uma mentira? (pergunta Ricardo Reis).

Bernardo Soares responde:

O poeta é um fingidor
Mente tão completamente
Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente. – Pois esta é a chave, explica Pessoa.- Não aceito. Morra em paz o meu criador, porque eu cá continuarei vivinho, poetando como sempre (desafia Álvaro de Campos).

– Arre! Que a criação agora vira-se contra o próprio criador. Deveria ter suspeitado (lamenta-se Pessoa). E quanto a si, Caeiro?

Gosto de tudo que seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,

Porque tudo é real e tudo está certo Álvaro de Campos:

– Não entendo a sua complacência. Não está a ver, Caeiro, que Pessoa usou-nos e, principalmente, usou-o. Compelido a vencer o seu subjetivismo lírico decadentista, venceu-o de forma tão súbita e agressiva que não teve remédio senão dar um nome a esse crítico. É ai que você surge, para salvá-lo.

Caeiro não esconde seu desgosto.

Pessoa então revela:

– Escrevi, com sobressalto e repugnância, o poema oitavo do Guardador de Rebanhos, com a sua blasfêmia infantil e antiespiritualista. A cada personalidade que consegui viver dentro de mim, dei uma índole expressiva, e fiz desta personalidade um autor, com livros, com as ideias, as emoções, e a arte dos quais eu, autor real, nada tenho, salvo o ter sido, no escrevê-las, o médium de figuras que eu próprio criei.

– Você não tinha esse direito (insiste Campos).

Ainda Pessoa:

– Negar-me o direito de fazer isto seria o mesmo que negar a Shakespeare o direito de dar expressão à alma de Lady Macbeth. Se assim é das personagens fictícias de um drama, é igualmente lícito das personagens fictícias sem drama, pois que é lícito porque elas são fictícias e não porque estão num drama. Parece escusado explicar uma cousa de si tão simples e intuitivamente compreensível. Sucede, porém, que a estupidez humana é grande, e a bondade humana não é notável.

Ricardo Reis, que assistira mudo à revelação, pergunta:

– Mas por que é que você nos inventou? Qual a origem de tudo?

Pessoa, pacientemente, tenta explicar-lhe:

– É o fundo traço de histeria que existe em mim. Não sei se sou simplesmente histérico, se sou, mais propriamente, um histero-neurastênico. Seja como for, a vossa origem mental está na minha tendência orgânica e constante para a despersonalização e para a simulação. Se eu fosse mulher – na mulher os fenómenos histéricos rompem em ataques e coisas parecidas – cada poema do Álvaro de Campos (o mais histérico de mim) seria um alarme para a vizinhança. Mas sou homem – e nos homens a histeria assume principalmente aspectos mentais; assim tudo acaba em silêncio e poesia…

A resposta não convence, não agrada. Longe está o tempo em que fora loquaz. Agora fazem-lhe ouvidos moucos. Pessoa é todo angústia. O silêncio que o rodeia. A incompreensão, mágoa e até o desprezo dos seus outros “eu”. Vira-se para um último apelo. Fica só com a sua verdade.

VOU EXISTIR

Quando pensa deitar-se, já é outro dia. Batem à porta. É o “sô” Manacés, o barbeiro. Pessoa mal lhe dá os bons-dias. O pigarro prende-lhe a fala. Calças a cair do corpo, aponta para a pretinha. Manacés compreende o sinal. Vai ao Trindade enchê-la, ainda nem afiara a navalha. Barba feita, o poeta vai para o escritório. Faz algumas traduções. Almoça no Martinho da Arcada e, antes de voltar ao trabalho, entra numa taberna, meio titubeante. Pensa no seu médico que o proibira de beber.

Então questiona-se:

Devo tomar qualquer coisa ou suicidar-me?
Não: vou existir. Arre! vou existir.
E-xis-tir…
E-xis-tir…
Dêem-me de beber, que não tenho sede!

Noite de 27 para 28 de Novembro. Pessoa encolhido na sua cama, as mãos a pressionarem o abdómen, cólica hepática. Geme, dor. Manhã de 28. Pessoa é transportado para o Hospital de S. Luís dos Franceses. A dor aperta, sufoca. O poeta agoniza. Implora pelo fim de tanto sofrimento. Aplicam-lhe um analgésico. Sob o efeito da droga, reflete sobre a vida que ameaça escapar-lhe agora.

Ó MÁGOA REVISITADA

1888. 13 de Junho. Dia de Santo António, padroeiro da cidade. 15h20. As ruas de Lisboa tomadas por uma procissão. No número 4 do Largo São Carlos a agitação é ainda maior. A açoriana Maria Magdalena Pinheiro Nogueira banhada em suor. Crava os dedos no travesseiro, dores de parto. O marido, Joaquim de Seabra Pessoa, põe-se a ouvir música nas traseiras da casa. Lá fora um Padre reza missa. Dentro do quarto, um bebé a chorar. Nasce Fernando António Nogueira Pessoa. O sol em Caranguejo. “Será uma criança dotada de sensibilidade e humanismo”, arrisca uma das tias.

Aos seis anos perde o pai, funcionário público do Ministério da Justiça e crítico de música do Diário de Notícias. Pouco depois morre o irmão Jorge, com pouco mais de seis meses. Muito cedo a solidão no dia-a-dia de Pessoa.

Inventa um amigo: um certo Chevallier de Pas, por quem escreve cartas dele a ele mesmo.

Aos sete anos muda-se para Durban. A mãe casara, por procuração, com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal na colônia inglesa de Natal, África do Sul. Deste casamento nascem cinco filhos. Uma nova família para Pessoa. Viverá naquela cidade até aos 17 anos. Em 1896 entra para West Street, onde tem aulas de inglês e faz a sua primeira comunhão. Em escolas inglesas aprende técnicas de comércio. Destaca-se como um dos melhores alunos. Em 1904 conclui a sua Intermediate Examination em Artes. Ganha o prêmio Rainha Vitória de estilística inglesa no exame de admissão à Universidade do Cabo. Escreve poesia e prosa, sempre em inglês. Lê Milton, Byron, Shelley, Tennyson e Poe. Conhece Pope e a sua escola.

1905. Pessoa decide voltar a Lisboa para fazer o Curso Superior de Letras. Parte a bordo do navio alemão Herzog. Instala-se na casa de sua avó Dionísia. A língua portuguesa revela-se como “estrangeira”, com a novidade do “estranho”, se bem que a entenda perfeitamente. Ou seja, ao seu ouvido o português não está ainda desgastado pelo uso quotidiano, bom dia, boa tarde, como está? passou bem? e a mãezinha está melhor? está melhorzinha, muito obrigado ! É um bloco de mármore que apetece esculpir, literatura. Inscreve-se no curso. Descobre Cesário Verde e Baudelaire.

1907. Desiste do curso.

A avó morre. Com a herança, Pessoa monta uma tipografia: Ibis-Tipográfica Editora-Oficinas a Vapor. Mal chega a funcionar. Frustração.

Falhei em Tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa…

O poeta entra no comércio como tradutor de cartas e depois correspondente estrangeiro. Monotonia. Dá as suas escapadelas sempre que pode.

Levanta-se, pega no chapéu e avisa: “Vou ao Abel”.

O seu chefe descobre que afinal o Abel é o depósito da casa vinícola Abel Pereira da Fonseca, onde Pessoa vai tomar uns copos de aguardente. É apanhado “em flagrante delitro”. O chefe não se importa, pois “volta sempre mais em forma para trabalhar”. O emprego é a meio-tempo.

A outra metade é para a literatura: Camões, António Vieira, Antero de Quental e os simbolistas. Começa a escrever versos em português. Surge a Renascença Portuguesa, movimento saudosista de Teixeira de Pascoaes. No Porto, o grupo funda a revista Águia. Pessoa colabora. Publica uma série de artigos, entre os quais “A Nova Poesia Portuguesa Sociologicamente Considerada”.

Também faz crítica no semanário Teatro. Trava amizade com Mário de Sá-Carneiro, Luís de Montalvor, Armando Cortes-Rodrigues, Raul Leal, António Ferro, Alfredo Guisado e o pintor Almada Negreiros.

Não falta às tertúlias: Café Chiado, Montanha, A Brasileira, Os Irmãos Unidos.

Com este grupo Pessoa funda o Orpheu, revista de vanguarda em sintonia com os novos movimentos europeus: futurismo, orfismo, cubismo… A publicação revela nomes como Santa-Rita Pintor e Ângelo de Lima, poeta marginal internado em manicómio. Orpheu não chega ao terceiro número. Porém bastaram dois para afrontar os conservadores das Letras.

Farto do misticismo transcendental, Pessoa sente-se recompensado.

A um amigo escreve: Em ninguém que me cerca eu encontro uma atitude para com a vida que bata certo com a minha íntima sensibilidade, com as minhas aspirações, com tudo quanto constitui o fundamental e o essencial do meu íntimo ser espiritual.

Encontro, sim, quem esteja de acordo com atividades literárias que são apenas dos arredores da minha sinceridade. E isso me basta. De modo que à minha sensibilidade cada vez mais profunda, e à minha consciência cada vez maior da terrível e religiosa missão que todo o homem de génio recebe de Deus com o seu génio, tudo quanto é futilidade literária, mera arte, vai gradualmente soando cada vez mais a oco e a repugnante.

OS OUTROS POETAS

1914. Pessoa conhece Alberto Caeiro, homem “louro sem cor, olhos azuis”. Nascera em Lisboa em 1888, mas vive no Ribatejo. Não tem profissão. Instrução, pouca. Da quinta de uma velha tia lança o seu olhar sobre o mundo. Simples, bucólico, escreve O Guardador de Rebanhos, O Pastor Amoroso e uma parte dos Poemas Inconjuntos.

Em carta a um amigo, Pessoa revela: Desculpe-me o absurdo da frase: Aparecera em mim o meu mestre.

(…) Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me: Aqui estou!

Pessoa respira e transpira poesia, atrai os poetas. Conhece o vanguardista Álvaro de Campos, autor de Ode Triunfal, Ode Marítima e de Ultimatum. Sujeito alto, cabelo pró liso, risca ao lado, monóculo. Nascera em Tavira em 1890. Concluíra o liceu em Portugal e depois seguira para Glasgow na Escócia, onde se formara em engenharia mecânica e naval. Escrevera Opiário, poema irônico sobre o ópio, o exotismo, decadência. Em Lisboa, dedicara-se apenas à literatura, e às polêmicas modernistas. Escrevera também em alguns jornais sobre a atualidade política. Para Pessoa, Álvaro não passava de um tardo-simbolista blasé, burguês culto e entediado. Campos também é discípulo de Caeiro. Mas ao contrário da serenidade de Caeiro, opta pela ética do dinamismo e da violência.

Ah! a selvajaria desta selvajaria! merda
Pra toda a vida como a nossa, que não é nada disto!
Eu pr’aqui engenheiro, prático à força, sensível a tudo,
Pr’aqui parado, em relação a vós, mesmo quando ando;
Mesmo quando ajo, inerte; mesmo quando me imponho, débil;
Estático, quebrado, dissidente, cobarde da vossa Glória,
Da vossa grande dinâmica estridente, quente e sangrenta!

Pessoa dedica-se por inteiro às novas amizades. O convívio com poetas tão distintos dá mais cor ao seu dia-a-dia cinzento. Um outro escritor fará parte deste rol de artistas. Num destes restaurantes de pasto,(…) o poeta conhece um homem que aparentava 30 anos, magro, mais alto que baixo, curvado exageradamente quando sentado. Passaram a cumprimentar-se e logo se tornam amigos. Soares dá ao poeta o seu Livro do Desassossego, um conjunto de escritos, de fronteiras pouco nítidas, entre fragmento autobiográfico, a confissão, a introspecção psicológica, a descrição paisagística, a reflexão, o poema em prosa.

Pessoa tem uma desavença com Campos. A jovem Ophélia Queiroz, que conhecera num dos escritórios da Félix Valadas & Freitas, está na origem do conflito. Aos 20 anos ela desperta logo o interesse no poeta. A relação estremece quando Pessoa e Ophélia começam a namorar. Passeiam de mãos dadas, trocam cartas e bilhetinhos. Ela sente-se hostilizada pelo amigo de Fernando. Campos teme que, por causa de Ophélia, Pessoa se distancie da poesia. Talvez influenciado pelo apelo, Pessoa acaba por desistir do romance.

Ah! a selvajaria desta selvajaria! merda
Pra toda a vida como a nossa, que não é nada disto!
Eu pr’aqui engenheiro, prático à força, sensível a tudo,
Pr’aqui parado, em relação a vós, mesmo quando ando;
Mesmo quando ajo, inerte; mesmo quando me imponho, débil;
Estático, quebrado, dissidente, cobarde da vossa Glória,
Da vossa grande dinâmica estridente, quente e sangrenta!

Junho de 1914. Outro poeta surge na vida de Pessoa. Já soubera da sua existência dois anos antes. Ricardo Reis, estatura média, embora frágil não parecia tão frágil como era, de um vago moreno mate. Um ano mais velho que Pessoa, este médico portuense é defensor da monarquia, passa um tempo exilado no Brasil depois da proclamação da República. Tradicional, conservador, parte do classicismo para abordar a inquietação humana, interrogar o sentido do Universo.

Escreve intensamente: onze odes num mês.

E assim, Lídia, à lareira, como estando,
Deuses lares, ali na eternidade,
Como quem compõe roupas
E outrora compúnhamos
Nesse desassossego que o descanso
Nos traz às vidas quando nós pensamos
Naquilo que já fomos.
E há só noite lá fora.

Pessoa dedica-se por inteiro às novas amizades. O convívio com poetas tão distintos dá mais cor ao seu dia-a-dia cinzento. Um outro escritor fará parte deste rol de artistas. Num destes restaurantes de pasto,(…) o poeta conhece um homem que aparentava 30 anos, magro, mais alto que baixo, curvado exageradamente quando sentado. Passaram a cumprimentar-se e logo se tornam amigos. Soares dá ao poeta o seu Livro do Desassossego, um conjunto de escritos, de fronteiras pouco nítidas, entre fragmento autobiográfico, a confissão, a introspecção psicológica, a descrição paisagística, a reflexão, o poema em prosa.

Pessoa tem uma desavença com Campos. A jovem Ophélia Queiroz, que conhecera num dos escritórios da Félix Valadas & Freitas, está na origem do conflito. Aos 20 anos ela desperta logo o interesse no poeta. A relação estremece quando Pessoa e Ophélia começam a namorar. Passeiam de mãos dadas, trocam cartas e bilhetinhos. Ela sente-se hostilizada pelo amigo de Fernando. Campos teme que, por causa de Ophélia, Pessoa se distancie da poesia. Talvez influenciado pelo apelo, Pessoa acaba por desistir do romance.

MISTÉRIO

1916. Mário de Sá-Carneiro suicida-se em Paris. Pessoa atordoado. Em carta à sua tia Anica diz ter sentido o suicídio à distância. Tormentos. Começa a procurar respostas nas ciências ocultas. “Creio na existência de mundos superiores ao nosso e de habitantes desses mundos e em existências de diversos graus de espiritualidades”, revela. Entusiasma-se com as Sociedades secretas (Rosa-Cruz, Maçonaria, Templários). Conhece o espiritismo, a magia, a cabala. Traduz para o português muitos livros da Coleção Teosófica e Esotérica. Sob a influência do ocultismo escreverá O último sortilégio e Além-Deus. Inicia-se e cultiva, sobretudo, a astrologia. Pensa até em estabelecer-se em Lisboa como astrólogo encartado. Caeiro é contemplado com um mapa astral feito pelo poeta.

A poesia de Pessoa começa a despertar o interesse de críticos. O Times e o Glasgow Herald dedicam espaço às duas plaquettes de poemas ingleses publicados em 1918. Escreve nas mais importantes revistas literárias portuguesas. Em Contemporânea publica O Banqueiro Anarquista, Mar Português, O Menino da Sua Mãe, Lisbon Revisited…

Em 1928 intervém na política. No Interregno (manifesto político do Núcleo de Ação Nacional) o poeta defende a ditadura salazarista. Um equívoco. Pessoa não alinha com o despotismo e o ultranacionalismo do regime vigente. Mais tarde, compõe três textos de sátira ao Estado Novo.

Um deles dirigido ao seu próprio chefe:

António de Oliveira Salazar
Três nomes em sequência regular…
António é António
Oliveira é uma árvore.
Salazar é só apelido.
Até aí está tudo bem.
O que não faz sentido
É o sentido que isso tudo tem.

No mesmo ano Pessoa mete-se na publicidade.

A Coca-Cola acaba de entrar no mercado português e o poeta fica encarregado de criar um slogan para o produto: “Primeiro estranha-se, depois entranha-se”. A mercadoria vende como água. Mas proíbem a sua representação em Portugal. A Direção de Saúde entende que o slogan é o próprio reconhecimento da sua toxidade.

Nos anos seguintes Pessoa mergulha na astrologia. Inicia correspondência com o mago inglês Aleister Crowley, famoso em todo o mundo. Crowley vem a Lisboa para conhecer Pessoa e desaparece misteriosamente. Pessoa colabora na solução do que a polícia passa a chamar de crime.

A respeito de toda esta confusão, Pessoa escreve a um amigo: “O Crowley, que depois de suicidar-se passou a residir na Alemanha, escreveu-me há dias e perguntou-me pela tradução, ou antes, pela publicação da tradução.” Pessoa refere-se à poesia do mago, “Hino a Pã”, que ele publica em 1931.

1934. Pessoa publica Mensagem, poema sobre a história de Portugal. Esotérico, místico. Será o único volume dos seus versos em português, publicado durante a sua vida. Ganha o prêmio da segunda categoria do Secretariado de Propaganda Nacional.

DESENCONTRO

1935, 30 de Novembro. Inquieto, a remexer-se na cama, Pessoa arde em febre

Não sou nada
Nunca serei nada
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Estou hoje vencido, como soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer.

O capelão tenta acalmá-lo. Ele insiste em chamar Caeiro, Reis, Campos e Soares. Como que ouvindo o chamamento do seu criador, os poetas seguem para o hospital. Pessoa em agonia. Repuxa o lençol, contrai-se. Dá-me os óculos, os meus óculos, pede. Prepara-se para o último olhar sobre a sua criação. E eles que não chegam. Mas pressente, eles vêm, Ah se vêm.

Caeiro, Reis, Campos e Soares entram de rompante. Porém tarde, já morto o poeta.

Sobram uns rabiscos num papel:

Fiz de mim o que não soube,
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me. Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido,
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo.
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/biografias/fernando-pessoa/