‘Árvore Qliphotica: Seu mapa de fuga da prisão

Tamosauskas

Este material é um acompanhamento do curso de Qlipoth: A Árvore da Morte, oferecido por Marcelo del Debbio adicionado de alguns insights pessoais do autor e apresenta uma introdução ao estudo da árvore da morte da cabala qliphótica. Esse estudo pode trazer medo quem só está acostumado com o lado luminoso da cabala e ilusões quem não está acostumado com cabala nenhuma. Ele fornece entretanto conceitos importantes tanto para quem quer evitar os erros do caminho com para quem quer se proteger da malícia dos demais.

Lida de cima para baixo a árvore da morte é um manual de como a opressão é criada e mantida,  Lido de baixo para cima entretanto pode ser vista como uma rota de fuga. Um mapa capaz de denunciar os mecanismos usados para nos escravizar. Este resumo trará a segunda opção com os nomes e características de cada Qlipha, bem como dos túneis que as ligam. Também foi incluído um pequeno questionamento meditativo em cada qlipha sobre os obstáculos que a árvore da morte impõe.Também será fornecida uma referência de ficção da literatura ou do cinema de uma distopia .

Entretanto a forma mais de compreender a árvore da morte é comparar cada um de seus elementos com seu correspondente na árvore da vida. Trata-se sempre de uma versão corrompida, prostituída e degenerada de sua contraparte. Por essa razão a cada elemento estudado será sempre mencionada a sephira ou caminho da qual é a sombra. Se estes nomes forem novidades para você, interrompa a leitura e faça um estudo da cabala pela via luminosa antes de continuar.

Conceitos chave:

  •  Árvore da morte: É o oposto da árvore da vida. Composta por qliphoth e túneis.Algumas pessoas tratam a árvore da morte como como as raízes subterrâneas, a sombra ou ainda o reflexo invertido da árvore da vida.
  • Qlipha: Qlipha (plural Qliphoth) é para a árvore da morte o que uma sephiras é para a árvore da vida. Cada uma possui sua correspondente em uma das duas árvores. Qlipha significa literalmente casca no mesmo sentido da casca de uma fruta, que depois de separada de sua polpa doce e nutritiva e só que só serve para ser jogada fora para servir de adubo.
  • Túneis: Os túneis ligam duas qliphoth na árvore da morte da mesma maneira que os caminhos ligam duas sephiroth na árvore da vida. São pontos em que duas forças se influenciam mutuamente gerando um resultado específico e que engana e prende a luz como uma teia.

Vejamos agora as Qliphoth e seus túneis separadamente:

X – Nahema (Os sussuradores)

Sombra de Malkuth

Conceito chave: escravidão

Ficção distópica: Matrix

Também chamada de Lilith. Esta é a masmorra, o porão da árvore da morte. É o resultado concreto em um reino de escravidão, ignorância e servidão onde em vez de perseguirem sua verdadeira vontade as pessoas aceitam, servem e obedecem completamente um sistema criado para aprisioná-las. É uma jaula fácil de ver por fora mais difícil de enxergar por dentro. Por essa razão é trivial detectar as ideologias, sistemas e religiões que manipulam outras pessoas mas é muito difícil detectar os sistemas que manipulam a nós mesmos. A primeira atitude para quem quer liberdade é se tornar consciente da falta dela.

Questionamento meditativo:

“Consigo enxergar os mecanismos de escravidão em que estamos imersos?”

 

IX –  Gamaliel (Os obscenos)

Sombra de Yesod
Conceito chave: Ilusão
Ficção distópica: Jogos Vorazes, a Ilha

Gamaliel é a terra das ilusões. Enquanto a imaginação consciente pode ser libertadora a mera fantasia é um grande obstáculo para o desenvolvimento. Em Gamaliel são produzidas as aspirações e ideias de que que um dia, de alguma forma a verdadeira realização virá e justificará toda escravidão dando então ao oprimido os mesmos benefícios que os opressores já tem.  Essa mitologia artificial deve de preferência durar toda a vida, por isso tradicionalmente nos sistemas religiosos a justificação só ocorre depois da morte. Enquanto isso, em termos de política, o socialismo convence as massas que a elite do partido é um mal temporário é necessário e o capitalismo convence os pobres que um dia, se tiverem sorte ou trabalharem muito poderão se tornar ricos. Tudo isso faz os prisioneiro serem os primeiros a defender suas prisões e a defender o mesmo sistema que os vampiriza. Na escala pessoal se trata da preguiça e da auto-ilusão que tudo consome e nada produz.

Questionamento meditativo:

“Quanto da minha criatividade é limitada pelas fantasias que consumo?”

 

Túneis:

32 (IX – X)

Thantifarax (Intolerância)

Sombra do Mundo

Afim de vender as ilusões de Gamaliel dominar os escravos de Nahema, Thantifarax, o carcereiro do jardim do éden, é a intolerância que garante exclusividade dos sonhos. Individualmente é a incapacidade de imaginar. Na sociedade  é o consumo apenas dos mitos enlatados e autorizados rechaçando qualquer sonho que saia da norma como ridículo, insano ou perverso.

 

VIII – Samael (O veneno de Deus)

Sombra de Hod

Conceito chave: Mentira

Ficção distópica: 1984

Esta qlipha é a ninho da mentira e da desonestidade intelectual e da auto-ilusão. Aqui os interesses são mais importantes do que a verdade e a própria linguagem é manipulada para não mais expressar a realidade mas sim favorecer nossos planos. No indivíduo essa sombra se manifesta sempre que pronunciamos inverdades e distorcemos os fatos por interesse próprio. Em uma escala maior ela faz nascer o controle da mídia para atender interesses políticos. Por essa razão quem tem o poder político sempre tentará controlar o poder midiático. Além disso o próprio controle de quais palavras e rótulos são usados para descrever uma situação já é uma expressão de poder. Usualmente em um sistema opressor bem estabelecido a liberdade de expressão é cerceada e toda produção intelectual precisa de aprovação.

 

Questionamento meditativo:

“Fui convencido de que algo é tão complicado que não possa entender?”

“Minto para mim mesmo por conforto ou comodismo?”

 

Túneis:

 

31(VIII-X) Shalicu  (preconceito)

Sombra do Julgamento
As mentiras fabricadas em Samael são perpetuadas no reino de Nahema através do preconceito. A cultura de escravidão e das falsas idéias são disseminada aqui por meio do uso de imagens, símbolos, piadas, histórias e linguagem viciadas que sustentam algumas mentiras essenciais.

 

30 (VIII-IX) Raflifu (falsos ídolos)

Sombra do Sol

Para assegurar que as mentiras se integrem a sociedade são construídos ídolos que representam o sucesso dentro de um sistema particular.  Estes falsos ídolos, são castas ou heróis que representam os sonhos encarnados dos escravos, mostrando que é possível chegar lá. Para serem como eles as massas o imitarão e farão tudo o que ele disser.

 

VII – A’arab’zarak (Os corvos da dispersão)

Sombra de Netzach

Conceito chave: Distração

Ficção distópica: Admirável Mundo Novo

Aqui gralham os corvos da dispersão cujo grande objetivo é tirar o nosso foco. Na esfera pessoal a influência dessa qlipha é sentida no escapismo de distrações usadas como válvula de escape para os problemas reais. Na esfera coletiva essas distrações reafirmam as ilusões criadas em Gamaiel e as mentiras criadas em Samael quando as autoridades desviam a atenção das massas mantendo-as ocupadas e longe das questões importantes e dos problemas reais. É o famoso Pão e Circo de Roma que se desenvolveu hoje para se transformar na indústria do entretenimento vazio onde o burlesco e o grotesco impede as pessoas de pensarem.

 

Questionamento meditativo:
“As distrações que me ocupam me afastam de meus problemas reais?”

 

Túneis:

 

29 (VII-X) Quliefi (Medo)

Sombra da Lua

Por outro lado quando os corvos da distrações falam diretamente com os escravos é sempre em um contexto de restrição no intuito de gerar um medo institucionalizado. Enquanto Tzuflifu diz que tudo vale, Quliefi brada que tudo é proibido. Isso torna os escravos confusos, sem saber como agir, para onde seguir e prontos para obedecer.

 

28 (VII-IX) Tzuflifu (Desejos)

Sombra do Imperador

As distrações de  A’arab’zmak quando conversam com as ilusões de Gamaliel criam um espaço onde finalmente os oprimidos podem dar vazão aos seus desejos. Numa escala pessoal aqui estão os vícios m geral Seguindo uma receita aprovada todos os desejos e paixões podem ser satisfeitos. Estes desejos não são apenas permitidos, mas compulsórios e quem quer que não os alimente é um proscrito.

 

27 (VII-VIII) – Paraxitas (Ódio ao diferente)

Sombra da Torre

As distrações de  A’arab’zmak somadas as mentiras de Samael se unem para formar uma casca mental de o ódio a tudo o que for diferente.  Assim esse túnel é a origem de toda cultura do “nós contra eles” e faz uma eficiente separação de seres humanos em grupos opostos. Se você identifica um certo ódio irracional a um tipo específico de ser humano, provavelmente já está respirando o ar deste túnel.

 

VI – Thagirion (O Sol Negro)

Sombra de Tipheret

Conceito chave: Egoísmo

Ficção distópica: V de Vingança

Thagirion é o agente centralizador das ações de todas as esferas vistas anteriormente. Ela queima com a  obsessão de fazer valer seus desejos acima de todas as outras  vontades e arde ao extremo de não emitir mais qualquer luz de cima. Isso faz  a estrela da vontade entrar em colapso gravitacional tornando-se um grande buraco negro no centro da árvore da morte. Em uma escala pessoal é o egoísmo autoritário, na história tem se traduzido na ascensão de imperadores na antiguidade e dos grandes ditadores industriais como Stalin, Hitler e Mao.

 

Questionamento meditativo:

“Abro mão de minha verdadeira vontade por medo e insegurança? Sou autoritário com alguém?”

 

Túneis:

 

26 (VI-VIII) A’ano’nin (Propaganda)

Sombra do Diabo

O imperativo egolatria de Thagirion é reforçado por meio da máquina da propaganda. Ou seja, um esforço ativo e oficial de promulgar sua ideologia e, muitas vezes, um culto a sua imagem divina. Na política pode surgir como um monopólio declarado dos meios de comunicação ou como criptocracia das mídias por parte

dos poderosos.

 

25 (VI-IX) SakSakSalin (Status Quo)

Sombra da Temperança

A normalização da realidade para atender os designeos de Thagirion é o que dá origem ao status quo. A idéia aqui é que a opressão não é apenas uma configuração arquitetada com malícia mas sim o estado natural e original das coisas. Qualquer tentativa de mudança é portanto não natural e fadada ao fracasso.

 

24 (VI-VII) Niantiel (Culto a juventude)

Sombra da Morte

Uma das maneiras de tornar seu controle certo é criar nos escravos um culto a juventude no qual qualquer acúmulo de sabedoria ou vivência é visto como não desejável. A indústria da moda, os padrões de beleza são alguns de seus efeitos físicos na coletividade. Mas o culto a ignorância e a infantilização são também sinais mais sutis deste túnel.

 

V – Golachab (Os incendiários)

 

Sombra de Geburah

Conceito chave: Violência

Ficção distópica: MadMax

Esta é a esfera da violência e da subjugação por meio do uso da força. Sua diretriz é reinar pelo terror causando danos, sofrimento ou morte em qualquer oposição. No mundo particular se traduz em ira ou mesmo violência doméstica e em termos de geopolítica na indústria bélica. O monopólio das armas e o constante pensamento belicoso é um dos mais antigos artifícios de tomada e concentração da autoridade. Se a concentração de força for desproporcional a opressão está garantida, permitindo como disse Sun Tzu, em A Arte da Guerra, subjugar o inimigo sem lutar. Quem controla as armas coloca-se ainda acima de todos os conflitos menores e geralmente prospera vendendo munição para os dois lados.

 

Questionamento meditativo:

“De quem ou do que tenho medo? Do que esse medo me afasta?”

 

Túneis:

 

23 (V-VIII) Malkunofat (Burocracia)

Sombra do Enforcado

A força de Gloachab se expressa no mundo das mentiras de Samael por meio da regularização extrema e imposição de regras e procedimentos explícitos. Aqui nascem os impostos dos governos,  as regras inúteis capazes de validar ou invalidar rituais e em particular a hierarquia das castas que colocam cada pessoa em seu devido lugar.

 

22 (V-VI) Lafoursian (Injustiça)

Sombra da Justiça

Enquanto as regras de  Malkunofat algemam toda intelectualidade, Lafousian estabelece a injustiça por meio de uma política de exceção. Por um lado isso significa que algumas pessoas terão tratamento especial enquanto outras pessoas enfrentarão todo o rigor da lei. A decisão de quem é quem cabe a quem possui o monopólio da violência.

 

IV – Gma’Asheklah (Os perturbadores)

Sombra de Chesed
Conceito chave: Ganância
Ficção distópica: Elysium

A influência dessa qlipha se revela quando a prosperidade e riqueza serve apenas a si mesma.  Quando isso acontece o comércio e a indústria não prosperaram mais provendo soluções, mas sim perpetuando problemas. Aqui nascem as atuais indústrias químico-farmacêutica-alimentar onde as sementes só podem ser plantadas uma vez para serem compradas e remédios de uso prolongado recebem mais pesquisas do que a cura das doenças propriamente ditas. É também a casa da indústria financeira onde riqueza não tem mais origem no trabalho e sim na especulação e nos juros sobre juros. Em uma escala microcósmica a influência dessa qlipha pode ser vista quando o dinheiro torna-se um fim em si mesmo.

 

Questionamento meditativo

“Quais são as coisas que cobiço? Do que essa cobiça me afasta?”

 

Túneis

 

21 (IV-VIII) Kurgasiax (Poluição)

Sombra da Roda da Fortuna

A fim de vender e enriquecer cada vez mais Gma’Asheklah produz neste túnel toda sorte de poluição. De um lado do túnel o vendedores vendem qualquer coisa que gere lucro, do outro lado o comprador compra qualquer coisa que lhe sirva de distração. Isso significa total negligência com as consequências de longo prazo, o meio ambiente e as outras pessoas.

 

20 (IV-VI) Yamalu (Suborno)

Sombra do Heremita

O poder do ego aliado ao desejo da riqueza por si só faz nascer o corrupto e o corruptor. Sabendo disso Gma’Asheklah e Thagirion se manipulam mutuamente o tempo todo, um para acumular ainda mais recursos e o outro para impor mais facilmente seus planos

 

19 (IV-V) Temphioty (Desumanização)

Sombra da Força

O acúmulo de poder como meta e a violência extrema como método nos levam ao último limiar da árvore da morte que ainda pode ser considerado humano. Aqui ocorre a completa desumanização e não existe mais nenhuma barreira. O “Nós contra eles” se degenera ainda mais e dá origem ao “Eu contra todos”.

 

III – Satariel (Os ocultadores)

Sombra de Binah

Conceito chave: Negação

Ficção distópica: Fahrenheit 451

Ocultar recursos, informações e possibilidades é o que rege esta qlipha. A idéia é que as pessoas não podem lutar contra um inimigo que você nem sabem que existe e não podem buscar por tesouros dos quais você nunca ouviram falar. Daí vem o impulso imediato de todo criminoso de ocultar o próprio crime e de todo ser humano de negar as próprias falhas. Além disso, quanto mais subimos na hierarquia de uma corporação, mais avessa ela será a transparência. Existem câmeras de vídeo apontando para a cabeça de todo caixa, mas nenhuma janela nas salas de reunião de cúpula. O governo nega ter conhecimento.

 

Questionamento meditativo:

“Sou um agente de luz e libertação ou um agente da restrição e ocultamento?”

 

Túneis:

18 (III – V) – Characith (Censura)

Sombra da Carruagem

A ocultação violenta se traduz em censura.  Ou seja, no uso sistemático de uma força superior para suprimir idéias, recursos e pessoas. Queimar livros, controlar acesso, proibir manifestações e calar pessoas são os primeiros degraus deste túnel, o último deles é a execução  de qualquer pessoa que pense ou fale demais.

 

17 (III-VI) – Zanradiel (Difamação)

Sombra dos Amantes

Difamação é outra arma usada para ocultar esforços da oposição. Numa escala pessoal este túnel se traduz na fofoca e na inveja, mas na humanidade não faltaram exemplos históricos do uso sistemático da difamação como no macartismo e na inquisição espanhola.

 

II – Ghogiel (Os estorvadores)

Sombra de Chokmah

Conceito chave: Confusão

Ficção distópica: Arquivo X

Enquanto Satariel preocupa-se em ocultar a realidade por meio da restrição e da falta de acesso, Gkogiel faz a mesma coisa por meio de um lamaçal de lixos inúteis, vomitando infinitas versões deturpadas da verdade. A idéia aqui é que a razão se não pode ser completamente eliminada ela será então ocultada em uma multidão de irracionalidade. A verdade desaparece assim em meio a um mar de mentiras. Um governo por exemplo pode criar e soltar as mais bizarras teorias da conspiração para ocultar a conspiração verdadeira tornando-se impossível distinguir o certo do errado. Os estorvadores causam a alienação pelo excesso de informação.

 

Questionamento meditativo:

“As coisas que consum, defendo, e acredito colaboram com minha verdadeira vontade?”

 

Túneis:

 

16 (II-IV) Uriens (Sectarismo)

Sombra do Hierofante

O enxame de lixo de Gkogiel  encontra a ganância de  Gma’Asheklah e dá origem ao túnel do sectarismo.  Em pequena escala aqui nascem as panelinhas, mas nas grandes corporações gera círculos internos dentro de círculos internos e eventualmente no surgimento de dissidências concorrentes.

 

15 (II-VI) Hemetherith (Loucura)

Sombra da Estrela

O ego inflado em Thagirion dá a luz a todo tipo de extravagância que reforça seu poder e caráter único distanciando-o das demais pessoas. Desvirtuada da verdadeira vontade quando mais poder, mais loucura ao ponto de não haver diferença entre o poder supremo e a loucura completa.

 

14 (II-III) Dagdagiel (Corrupção)

Sombra da Imperatriz

Ação dos ocultadores e dos estorvadores dão origem a corrupção em seu sentido mais abstrato, de essência estragada, ou core (núcleo), rupto (rompido). Se estabelece uma versão invertida do lema caoista e então “Nada é permitido e tudo é verdadeiro”. Daqui o erro se multiplica de forma virulenta para todos os outros túneis abaixo como uma herança maldita, um pecado original e um câncer fora de controle que cresce até consumir tudo, incluindo a si mesmo.

 

I – Thaumiel (O Gêmeo de Deus)

Sombra de Kether.

Conceito chave: Destruição

Ficção distópica: H.P. Lovecraft

Toda perversão vista nas outras sombras e que causam a escravidão ao desembocar em Nahema podem ser rastreadas até essa qlipha que essencialmente fala da essência do mal sendo causada por um ato de vontade externo ao sistema em uma intenção de destruí-lo. Essa é a única explicação possível para a existência da arte da morte, pois ela existe em uma constante situação de auto-destruição com diversos sistemas de opressão concorrendo uns com os outros e  se destruindo mutuamente. Segundo a tradição da cabala sepharadita, por exemplo, entidades de fora do nosso sistema solar, não podendo participar da criação de nosso mundo lançaram no coração humano suas sementes de corrupção e essas sementes por sua vez destroem toda a árvore da vida, de dentro para fora. Esses seres anti-cósmicos são retratados também nos mitos de H.P Lovecraft que fala de deuses extraterrenos completamente fora de nossa realidade, sem qualquer interesse humano e capazes de destruir tudo o que existe.

 

Questionamento meditativo:

 

“Eu mesmo colaboro com a escravidão e opressão de outras pessoas?”

 

Túneis

 

13 (I-IV) Gargoprias (Traição)

Sombra do Sacerdotiza

O agente externo é o verdadeiro manipulador que puxa os cordões de quem puxa o cordão. Ele promete o domínio completo da árvore ao mesmo tempo que estimula sua destruição, o resultado não poderia ser outro senão a traição. O ego pensa estar traindo o mundo quando na verdade está sendo traído e colaborando com sua aniquilação final.

 

12 (I-III) Barachial (Feitiçaria)

Sombra do Mago

As sementes do mal de Thaumiel podem corromper mais facilmente o sistema quando existe dentro dele um agente colaborador. A figura do mago negro como alguém que usa a feitiçaria de um poder sombrio superior é fácil de visualizar e representa bem este túnel, mas em outras escalas a feitiçaria está presente em qualquer ato intencional e consciente de maldade. Esse agente entende que a árvore da morte não pode ser mantida por muito tempo e, decidido a tirar o maior proveito possível antes da destruição final, opta pelo mal.

 

11 (I-II) Amprodias (Suicídio)

Sombra do Louco

O terceiro túnel que liga a Thaumiel é o daquelas pessoas que, entendendo que a árvore da morte é por si só decadente e que esconde em sua própria estrutura a essência de sua destruição, não vê outra solução senão destruir a si mesmo em antecipação da destruição do todo. Essas pessoas também optam pelo mal, mas levam seu ódio ao cosmos a última consequência acabando com sua própria vida numa tentativa de escapar do sistema.

 

Considerações finais

 

Embora essas explicações possam dar a entender que a Árvore da Morte só existe em grandes instituições, seitas e organizações, devemos considerar que o aspecto sombrio pode estar presente em qualquer manifestação. Mesmo uma relação a dois pode ser qliphotica. Ainda mais, é possível e bastante comum sabotarmos nós mesmos e assim fazemos sempre que nos desvirtuamos do caminho de nossa verdadeira vontade.

 

Rápidas Análises Qliphotica

Com base no que foi passado tentamos estruturar duas árvores da morte para servirem de comparação.

Este primeiro exemplo foi escolhido para mostrar como é muito fácil ver os mecanismos de escravização dos outros, particularmente um tão reforçado atualmente como a alemanha nazista. Por outro lado o atual sistema ocidental também tem um viés escravizador que muitas vezes passa despercebido.

Qlipha Terceiro Reich Ocidente
I. Thaumiel Mönch mit dem grünen Handschuh
(O monge da luva verde)
Elite Oculta (?)
(“Illuminati”, “sionistas”, “reptilianos”, etc..)
II. Ghogiel Contrainformação e Naziesoterismo
(Heinrich Himmler, Der Stürmer, Julios Evola, Savitri Devi Mukherji,
Karl Maria Wiligut)
Grande Mídia
(Thomson-Reuters, Time-Warner, News Corporation)
III. Satariel Gestapo
(Walter Schellenberg, Espionagem, Bücherverbrennung)
G8
(NSA, CIA, MI6, GCHQ, etc…)
IV. Gma’Asheklah Fascismo

(Lebensraum, Dr. Hjalmar Schacht )

Indústria Petroquímica
(Exxon Mobil, Chevron, Bayer, Basf, etc…)
V. Golachab Militarismo
(Invasões, Präventivkrieg, Holocausto, Einsatzgruppen)
Indústria Bélica
(Lockheed Martin, Constellis Holdings, Boeing, etc…)
VI. Thagirion Adolf Hitler

(Führerprinzip, Gleichschaltung)

Elite Financeira
Bilderberg Group, Fórum Econômico Mundial, etc…)
VII. A’arab’zmak Propaganda e Totalitarismo

(Lebensorn, Joseph Goebbels)

Show business e Politicamente correto
(Comcast, Disney, Sony, Viacom, etc..)
VIII. Samael Filosofia e Ciência Nazista
(Nietzschismo, Darwinismo Social, Eugenia,  Racismo, Joseph Mengele)
Controle da Informação
(Silicon valley: Google, Facebook, Amazon, Apple, Microsoft, etc..)
IX. Gamaliel Ideal Nazista

(Volksgemeinschaft, Herrenvolk, Richard Wagner, Leni Riefenstahl, Albert Speer)

American Way of Life
X. Nahema Povo Alemão Consumismo Global

A segunda análise traz duas aproximações genérica para facilitar o reconhecimento de uma natureza Qliphotica em cultos e organizações políticas. O primeiro caso é um bom exemplo de árvore da morte de ação particular, e o segundo de ação coletiva, embora é claro uma coisa afete a outra. Note que em ambos os casos em Thaumiel temos alguém que sobrevive ao desmoronamento de toda estrutura e que pode facilmente fundar outro grupo para reiniciar o processo de vampirização. Outro ponto interessante é que nestes exemplos fica clara a natureza fractal destas estruturas. Assim com a árvore da vida cada qlipha tem dentro de si uma mini árvore da morte. Dentro da Gestapo certamente os membros e subdivisões se organizam de modo semelhante, assim como o Politicamente Correto que rege o que é ou não pecado no mundo moderno tem expressões em todas as outras Qliphas.

Qlipha Grupos Religiosos Grupos Políticos
I. Thaumiel Alta hierarquia Alta Cúpula
II. Ghogiel Boataria Desinformação
III. Satariel Tabus Censura
IV. Gma’Asheklah Lavagem de Dinheiro Lobismo
V. Golachab Repressão Militancia agressiva
VI. Thagirion Líder do Culto Caudilhismo
VII. A’arab’zarak Monopólio Social Pão e Circo
VIII. Samael Doutrinação Propaganda
IX. Gamaliel Promessas da fé Ideologia
X. Nahema Cultistas Eleitores

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/cabala/arvore-qliphotica-seu-mapa-de-fuga-da-prisao/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/cabala/arvore-qliphotica-seu-mapa-de-fuga-da-prisao/

Deu ruim lá no Jardim do Éden!

Neste vídeo falo sobre um dos mitos mais conhecidos e universais da história humana, que narra o dia em que fomos expulsos do Paraíso e adquirimos a consciência do bem e do mal. Também veremos como Rousseau considerava puros e imaculados os primeiros selvagens, e como isso pode não estar assim tão certo. Ah, e também tem ele, o Coisa Ruim:

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#Mitologia

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/deu-ruim-l%C3%A1-no-jardim-do-%C3%A9den

O software angélico que roda no eixo do mundo (parte final)

« continuando da parte 2

Eu tendo a pensar o Paganismo como um tipo de alfabeto, de linguagem. É como se todos os deuses fossem letras dessa linguagem. Elas expressam nuances, sombras de uma espécie de significado ou certa sutileza de ideias, enquanto o Monoteísmo é só uma vogal, onde tudo está reduzido a uma simples nota, e quem a emite nem sequer a entende (Alan Moore).

“Watson derrota a humanidade”

Essa foi uma das manchetes para a vitória de Watson, um computador que ganhou dos melhores competidores que a raça humana tinha disponível no Jeopardy!, um jogo de perguntas e respostas da TV americana. Como seus concorrentes humanos, Watson não estava ligado à internet. Tudo o que ele tinha à disposição era uma memória de 15 mil gigabytes com alguns milhões de textos arquivados e uma capacidade de processamento equivalente à de 2.800 micros caseiros. Um computadorzão bem programado, só isso.

Os cérebros humanos por trás são tão importantes que o próprio Watson errou questões por bobeira de programação. Um dos deslizes: perguntaram qual categoria da elite do automobilismo tem o nome de uma tecla de computador. “F-1” era a resposta. Qualquer batedeira tem capacidade de processamento para cruzar uma lista de nomes de teclas com uma de categorias de corridas. Mas a coisa mais próxima que Watson tinha para dizer era “Nascar”. Falha dele? Não, dos programadores – a Fórmula 1 é solenemente ignorada nos EUA.

O erro nessas horas é imaginar que as máquinas são uma espécie à parte. Computadores são só alicates e martelos mais complexos. E quando você marreta o dedo não é culpa da natureza do martelo, mas sua, que não soube “programar” a martelada. A vida é melhor com martelos. Com supercomputadores também [1].

O que os bons observadores constatam, portanto, é que não existe nem existirá exatamente uma inteligência artificial, mas apenas uma ferramenta que é a extensão de alguma inteligência natural, que a programou. Computadores somente computam informação, mas são os seres que as interpretam, são os seres que as moldam em suas mentes, e as passam adiante, com uma nova forma e uma nova luz. E quem sabe disso, torna-se, nesta Criação, um cocriador.

Os muwakkals

Os sufis, místicos do Islã, dizem que assim como no corpo físico de um indivíduo muitos germes nascem e se desenvolvem como seres vivos, de forma análoga, existem também muitos seres no plano mental, chamados muwakkals ou elementais. Estes são entidades ainda mais etéreas nascidas do pensamento humano, e assim como os germes vivem no corpo humano, tais elementais sobrevivem de seus pensamentos. Segundo os místicos do Islã, o homem muitas vezes imagina que seus pensamentos não têm vida; ele não percebe que eles são mais vivos do que os germes físicos, e que eles também passam por nascimento, infância, juventude, velhice e morte. Eles trabalham contra ou a favor dos homens de acordo com sua natureza. Os sufis afirmam que os criam, elaboram e controlam. Um sufi os repete e os educa através de sua vida; ele forma seu exército e subjuga seus desejos.

Para os descrentes, a possibilidade de que nossa mente possa criar “pensamentos vivos”, e os educar para que sigam adiante com vidas próprias, pode parecer algo mais próximo do pensamento mágico do que da ciência. Mas, se procurarem saber o que Richard Dawkins, apóstolo do ateísmo, descreveu tão bem em sua obra prima, O gene egoísta, chegarão a um conceito muito próximo dos muwakkals sufi – apenas Dawkins os chamou de memes.

Sejam o que for, entretanto, estamos aqui analisando a possibilidade lógica de que seres possam ser criados “com algum grau de perfeição” do nada, sem passar por evolução alguma. Sejam robôs com inteligência artificial, sejam memes, sejam muwakkals, todos estes são candidatos, mas absolutamente nenhum deles é realmente capaz de se enquadrar no que buscamos. Pois o que buscamos, de fato, não existe: uma ferramenta, um computador, um algoritmo, um pensamento vivo – todos são tão somente extensões da mente que os criou em primeiro lugar, e não seres que evoluem por conta própria. No fim, um robô será sempre um robô.

O Grande Desconhecido

Conforme já dissemos, muitas mitos de criação das mais diversas e antigas culturas humanas falam de um “deus obscuro e ocioso”, que criou tudo o que há, inclusive os demais deuses, e depois se retirou. Olorun, afinal, não aceita oferendas, pois já possuí todas as oferendas do Cosmos, pois que é o próprio Cosmos, e estamos neste momento, como em todos os outros, encharcados por sua substância divina. No Evangelho de Tomé, Jesus também diz que o Reino de Deus se encontra espalhado pela Terra, mas os homens não o veem. No taoismo, o Tao é aquela substância “anterior ao Soberano do Céu”, um “vazio” que a tudo preenche, profundo e inesgotável. Benedito Espinosa a chamou de “a substância que não poderia haver criado a si mesma”. Mesmo o cristão de religiosidade mais superficial a conhece como algum elemento estranho chamado de Espírito Santo…

Mas e qual é o santo, iogue, rabi ou guru, que pode bater no peito e bradar: “Eu sei o que é Deus”? E, ainda que saiba, será mesmo que qualquer outra mente, qualquer outra máquina de interpretar a realidade, poderá chegar exatamente a mesma concepção? Como saber de que forma seu amante lhe ama? Como saber de que forma uma pessoa sente dor?

Para criar uma torta de maçã a partir do nada, antes seria preciso criar todo o universo… Para compreender exatamente como outro ser sente, ama ou sofre, antes seria preciso ser todo o universo.

Seria preciso conhecer o Grande Desconhecido, o Inefável, o Inalcançável, como ele mesmo se conhece. E esta é a aventura, a jornada, o prazer de todo verdadeiro religioso: religar-se a Deus.

O software angélico que roda no eixo do mundo

Tendemos a ver o xamanismo, o politeísmo e o paganismo em geral com certa desconfiança, particularmente no Ocidente. O que o monoteísmo sempre nos ensinou é que os pagãos são incapazes de perceber a mais básica das ideias: que tudo o que existe necessariamente surgiu de algo eterno e incriado, um Deus antes dos deuses… Entretanto, como já vimos, sempre existiram pagãos que sabiam perfeitamente disso, e devemos antes nos sentir orgulhosos destes sábios ancestrais, que muito antes dos hebreus já haviam chegado a tal concepção maravilhosa: a ideia de que há um Deus, uma substância ou ser incriado, anterior a tudo, causa primeira de tudo, o que se opõe ao nada… Aquele quem primeiro disse, quem sabe, “Eu sou”.

Como podemos ter alguma esperança de conhecer este Infinito? Ora, da mesma forma que temos esperança de um dia conhecer todas as leis da Natureza… A ciência nos ensinou, na verdade, uma lição que lhe era ainda muito anterior: separar o Infinito em pequenas partes, em aspectos e reflexos, para quem sabe um dia, estudando e compreendendo, amando e sentindo, uma a uma, cheguemos a uma compreensão melhor e mais profunda daquele Ser que tanto incomodou a Nietzsche: “Eu quero Te conhecer, Desconhecido” – disse o alemão quando ainda jovem, para uma plateia de jovens.

Assim como a ciência elaborou a Biologia, a Física, a Química ou a Neurologia, a mitologia elaborou o Soberano do Céu, Palas Atena, Hermes, Odin, Oxalá, e tantos outros deuses (e orixás) que são tão somente pequenas partes do Uno, aspectos do Infinito… Os deuses são o alfabeto com o qual a mente humana é capaz de reencenar, neste mundo objetivo, os fatos subjetivos de sua própria alma. Toda a mitologia é uma encenação da alma humana, toda a mitologia diz respeito a você: “Você venceu o seu monstro interior? Você morreu para seu lado animal, para renascer, três dias depois, como um novo ser?”.

Mas, seja este Grande Desconhecido quem for, talvez tenha tanta necessidade de nos amar, e reconhecer a si mesmo, através de nós, quanto nós temos esta necessidade ancestral de caminhar em sua direção – cada vez mais adentro. Nesta grande aventura, talvez também sejamos como o João no Pé de Feijão, que precisa escalar o axis mundi, e retornar com a galinha dos ovos de ouro… Ou talvez sejam precisas várias tarefas de Hércules, muitas e muitas aventuras, e inúmeras vidas.

Podemos então precisar de aliados, pois a longa jornada por vezes vai além de nossas capacidades humanas… E se o Grande Desconhecido não pode se revelar ainda, se é ainda muito arriscado que o vejamos face a face, sem estarmos amadurecidos para tal momento, quem sabe ele não nos ajude de outra forma?

Um software é uma sequência de instruções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecionamento ou modificação de uma informação ou acontecimento. Na mente divina existe tudo o que há, o Todo é mental. Na própria engenharia da realidade, ou mesmo no eixo que liga a Terra ao Céu, e o consciente ao inconsciente, pode sim haver um software rodando sem que o percebamos. Não fomos nós os programadores – os anjos podem ser robôs, portanto, mas robôs programados pelo Grande Arquiteto, o Programador dos programadores, o Deus dos deuses.

Eles são o Seu presente para esta grande aventura, e dizem que existem 72 deles a bailar pelo axis mundi. De vez em quando, um poeta vê uma de suas asas no céu, e de alguma forma sabe que não se trata apenas de um pássaro…

***

[1] O texto dos últimos 3 parágrafos foi retirado de um artigo de Pedro Burgos e Alexandre Versignassi para a revista Superinteressante, edição 290.

Crédito da imagem: Latajace

O Textos para Reflexão é um blog que fala sobre espiritualidade, filosofia, ciência e religião. Da autoria de Rafael Arrais (raph.com.br). Também faz parte do Projeto Mayhem.

Ad infinitum

Se gostam do que tenho escrito por aqui, considerem conhecer meu livro. Nele, chamo 4 personagens para um diálogo acerca do Tudo: uma filósofa, um agnóstico, um espiritualista e um cristão. Um hino a tolerância escrito sobre ombros de gigantes como Espinosa, Hermes, Sagan, Gibran, etc.

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#anjos #Deus #Mitologia #Paganismo

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-software-ang%C3%A9lico-que-roda-no-eixo-do-mundo-parte-final

Cursos de Kabbalah e 72 Nomes de Deus

Dias 29/06/19 e 30/06/19 serão ministrados os Cursos de Kabbalah Hermética e dos 72 Nomes de Deus.

Informações: marcelo@daemon.com.br

Kabbalah

Pré-Requisitos: Nenhum.

A Kabbalah Hermética é baseada na Kabbalah judaica adaptada para a alquimia durante o período medieval, servindo de base para todos os estudos da Golden Dawn e Ordo Templi Orientis no século XIX. Ela envolve todo o traçado do mapa dos estados de consciência no ser humano, de extrema importância na magia ritualística.

O curso abordará as diferenças entre a Kabbalah Judaica e Hermética, a descrição da Árvore da Vida nas diversas mitologias, explicação sobre as 10 Sephiroth (Keter, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os 22 Caminhos e Daath, além dos planetas, signos, elementos, cores, sons, incensos, anjos, demônios, deuses, arcanos do tarot, runas e símbolos associados a cada um dos caminhos.

O curso básico aborda os seguintes aspectos:

– A Árvore da Vida em todas as mitologias.

– Simbolismo e Alegorias na Kabbalah

– Descrição e explicação completa sobre as 10 esferas (sefirot).

– Descrição e explicação completa sobre os 22 caminhos.

– Cruzando o Abismo (Véu de Paroketh).

– Alquimia e sua relação com a Árvore da Vida.

– O Rigor e a Misericórdia.

– A Estrela Setenária e os sete defeitos capitais.

– Cores, metais, incensos,

– Construção do Templo Astral e exercícios relacionados.

– Letras hebraicas, elementos, planetas e signos.

– Sigilações envolvendo a Kabbalah.

Total: 8h de curso.

72 Nomes de Deus

Shemhamphorash é o nome dado aos 72 Nomes de Deus, estudado principalmente a partir das anotações de Cornellius Agrippa. Ao todo, são especificações zodiacais que possuem atributos antropomórficos, podendo ser utilizados em rituais e evocações.

Os 72 Nomes de Deus não são nomes no sentido comum, são 72 sequências de três letras hebraicas que atuam como um disparador de frequências espirituais específicas. Simplesmente passar os olhos sobre as letras, bem como formar uma imagem mental delas, pode nos conectar com essas diferentes energias que formam a corrente espiritual infinita que flui no Universo.

Inclui o estudo dos 72 nomes/anjos

Imagens Telesmaticas

Estudo dos Anjos no Mapa pessoal

Salmos e meditações

Total: 8h de curso.

#Cursos #Kabbalah

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/cursos-de-kabbalah-e-72-nomes-de-deus

’23 Livros Essenciais sobre Magia

 

Imagine uma universidade de magia. Não um curso de uma ou duas semanas, nem uma ordem iniciática com segredos ocultos, mas um estudo profundo de introdução, guia, iniciação e aprofundamento para os interessados em todo e qualquer aspectos importantes da antiga arte. Esta universidade faria os fãs de Harry Potter ficarem com inveja, infelizmente tal instituição não existe. Mas se você estava procurando um caminho para as artes arcanas, não poderia ter tido um sorte maior. Nesta série de artigos, caso você seja diligente, encontrará todas as indicações que precisa para o estudo sem igual da prática mágica.

Conta a tradição que para salvar o conhecimento oculto do colapso de sua civilização os magos do Antigo Egito guardaram toda sua sabedoria nas cartas do Tarot. Seu império terminou mas seu ensinamentos continuaram e se desenvolveram numa vasta gama de práticas e teorias chamada hoje, pelos adeptos, de Magia.

Agora, imagine que você se encontra na mesma situação que os sacerdotes egípcios: você recebeu a notícia de que a civilização como a conhecemos será extinta e tem a tarefa de salvar todo o conhecimento mágico que foi acumulado até hoje. Mas para isso você terá que escolher apenas 10 livros. Esse é o desafio que foi proposto pela iniciativa Morte Súbita Inc. a 150 ocultistas brasileiros e estrangeiros, todos eles magistas praticantes de notório saber. Cada um poderia recomendar apenas uma lista com 10 livros que considerassem essenciais. Além disso foram reconstruídas as listas de recomendação de grandes ocultistas históricos como Papus, Eliphas Levi, Aleister Crowley afim de identificar em suas obras e cartas quais livros eles sugeriam aos seus iniciados.

Como foi criada a lista

Os livros foram então colocados em uma lista e organizados em ordem de mais recomendados. Assim conseguimos uma lista preciosa de aproximadamente 120 livros, já que vários apareceram em mais de uma lista. Destes apenas os 23 mais votados foram selecionados, conforme os filtros que relataremos a seguir. É importante notar que nenhum dos entrevistados teve qualquer tipo de contato uns com os outros.

A navalha foi dolorosa, muitos livros extremamente bons ficaram de fora, de modo que o estudante acima da média deve lembrar que esta lista é apenas o início de sua jornada e não o fim do conhecimento. Para tornar esta uma lista definitiva, ela foi submetida a um processo quase alquímico de purificação.

Em primeiro lugar, foram retiradas da lista todas as obras de cunho estritamente religioso. Sabemos que, historicamente, religião e magia são inseparáveis e que, em sua maioria, os livros sagrados trazem embutidas as principais chaves mágicas. Entretanto nosso objetivo é conseguir obras práticas, que tratem de magia de forma direta ao invés de reunir sabedoria desta ou daquela tradição. Assim ficaram de fora o I-Ching, Aforismos de Patañjali, O Livro Tibetano dos Mortos, os Vedas, os Upanishad, o  Tao Te King, O Torah, os Evangelhos, o Principia Discordia e o Liber al vel legis, apenas para citar alguns, embora todos eles tenham tido uma votação expressiva. Quando uma excessão é feita a essa regra, ela é claramente justificada na resenha.

A segunda navalha eliminou, da mesma forma, obras da literatura mundial que não fossem explicitamente sobre magia prática. Ou seja, embora possamos encontrar as principais chaves da magia em ‘O Coelho de Pelúcia’ de Margery Williams, significados cabalísticos em Alice no País das Maravilhas, os princípios do caos na trilogia Illuminatus, o paganismo xamânico nas obras de Castañeda e assuntos esotéricos no romance Zanoni, estes foram eliminados por serem muito simbólicos ou muito barrocos para nossos propósitos práticos. Ficaram de fora portanto livros importantes como O Asno de Ouro, Drácula, As Mil e uma Noites, entre outros.

O terceiro refinamento foi a retirada de obras que não lidam diretamente com magia, mas que abordam temas que todo ocultista deveria dominar. Muitos entrevistados foram enfáticos em afirmar que o magista deve ser um profundo conhecedor de filosofia, mitologia, psicologia, simbologia, história, química, física e biologia. Ficaram de fora assim manuais técnicos destas áreas assim como obras primas de Carl Gustav Jung, Joseph Campbell, Maquiavel, Sun Tzu e outros autores.

Por fim a lista passou por um processo de condensação. Isso quer dizer que se um livro pode ser encontrado em outro livro maior o voto de ambos é acumulado no segundo. Por exemplo, os votos para Anathema of Zos e The Book of Pleasure foram acumulados com os votos para uma coletânea bastante completa das obras de Austin Osman Spare. Isso foi feito para que o resultado final fosse sólido e consistente e para que essa reduzida lista de livros fosse o mais rica possível.

É claro que nenhuma dessas restrições foi feita aos participantes consultados, vários livros destes surgiram em mais de uma lista, não queríamos que ninguém fosse limitado ou manipulado por regras na hora de formar a própria lista. Entretanto esses cortes foram necessários para o bem de uma lista precisa e específica sobre a prática mágica.  Em um mundo onde a alienação é causada pelo excesso de informação um filtro desses é valiosíssimo para separarmos as bobagens dos estudos sérios e assim extrairmos ouro do chumbo.

Como usar esta lista

 

Os responsáveis pela construção da lista de 23 livros essenciais de magia foram, por mais de uma vez, tentados a  propor uma ordem didática para os interessados em estudarem estas obras, ou ao menos um guia para que cada um siga, se decidir começar a investir na compra destes livros. Este trabalho, por mais bem intencionado que fosse acabaria se tornando em si só uma obra provavelmente maior do que todas estas combinadas e terminaria por não ajudar em nada, mas ao contrário, apenas causaria mais confusão na mente do buscador.

Por isso acontece?

Nosso objetivo ao criar esta lista foi o de agrupar as obras essenciais da magia, e não desenvolver um curso, propriamente dito. Com os livros desta lista você com certeza encontrará todo o conhecimento e toda a prática necessária para se tornar um mago ou ocultista de respeito e muito poder, mas isso não significa que as obras se complementem ou ofereçam um grau de desenvolvimento que possa ser suprido pela leitura e estudo de outra.

Os 23 livros desta lista lidam com Thelema, Magia do Caos, Cabala, Hermeticismo, etc. Uma hora falamos de Satanismo e em seguida falamos de magia judaico-cristã. Algumas obras trazem em si um guia de estudos próprio com começo, meio e fim, enquanto outras servem de catalizador para o melhor aproveitamento das experimentações práticas. Alguns são grimórios antigos consagrados pela tradição, outros são anotações pessoais mal organizadas mas de profunda importância histórica.

Outro motivo de nos recursarmos a oferecer uma ordem de leitura é que a Magia, assim como a Ciência e a Arte, tende a ficar mais poderosa na proporção do conhecimento de quem a pratica. Um físico só tem a ganhar ao se estudar matemática e química, mas não é necessário que estude matemática antes da química ou que a química venha em primeiro lugar.

Desta forma cada estudante acaba seguindo os caminhos com os quais tem maior empatia, num primeiro momento, e depois é que se enveredam por aqueles que despertam sua curiosidade. O leitor que deseje ultrapassar a simples curiosidade também irá notar que algumas obras trazem em si um sistema de estudo completo que deve ser praticado por pelo menos um ano. Outros livros trazem uma arte que leva uma ou duas décadas para ser aperfeiçoada e praticada com maestria. Assim o estudo de cada obra vai depender do compromisso do estudante com o material.

A ordem em que as obras serão expostas aqui é a ordem em que foram votadas pelos participantes da pesquisa. Em contagem regressiva iremos expor as que receberam menos votos e rumar à mais votada. Agora tenha em mente que isso diz respeito à importância que nossos magos deram aos livros, não à ordem que devem ser lidos. Uma obra que recebeu 125 votos não é mais importante ou mais poderosa do que uma que recebeu apenas 76 e por isso deva ser estudada em primeiro lugar, uma melhor posição na lista simplesmente mostra que mais magos que estudaram este livro acreditam que ele é tão importante quanto ao outros 9 que escolheram para a sua lista final, que foi feita sem apresentar qualquer ordem de importância.

Assim o que recomendamos é: compre todos os livros assim que puder, mas saiba que alguns deles estão atualmente esgotados na livrarias e precisam ser negociados de segundas mãos, outros só existem em sua língua original, mas sempre que possível indicamos aqui a versão lançada no Brasil. Leia o resumo que oferecemos de todas as obras vendo qual caminho te agrada mais e comece por ele a se desenvolver. Use também esta lista para completar sua biblioteca. Caso você já seja um estudante sério é bem provável que já tenha algumas dessas obras mas não todas. Como vivemos em uma realidade onde dinheiro não nasce em árvores a melhor dica é ler as resenhas que disponilibilizaremos a seguir e ir procurando as obras com que você se sinta mais à vontade ou aquelas que despertem mais a sua curiosidade.

Muitas delas estão disponíveis na internet em formato digital, algumas delas aqui mesmo no portal público Morte Súbita Inc. Sempre que este for o caso junto da resenha teremos um link para o livro digitalizado. A leitura digital é ótima para que você se familiarize com o texto, mas nada é mais valioso do que um livro impresso que você possa carregar com você para rituais ou momentos de estudo, que geralmente ocorrem em locais sem eletricidade ou que pedem uma concentração dificilmente conseguida na frente de um computador ligado.  Além disso, nunca se sabe quando pode explodir uma nova onda de censuras e inquisição ou quando a atual  civilização vai entrar em colapso e a única fonte de acesso a este material for o bom e velho papel. Isso já aconteceu antes. Mais de uma vez.

Essa preciosidade de conhecimento você confere aqui nessa listagem dos 23 livros essenciais para qualquer pessoa que deseja entender e praticar seriamente a Grande Arte. Esta portanto não é uma lista qualquer, mas um guia certeiro e hierarquizado do que você, caso tenha algum interesse real em mergulhar na forma mais pura de magia, precisa ler.

23 Livros Essenciais sobre Magia

23º lugar – 76 votos – Tratado Elementar de Magia Prática

22º lugar – 77 votos – Modern Magick

21º lugar – 79 votos – A Chave para a Verdadeira Cabala

20º lugar – 80 votos – A Golden Dawn

19º lugar – 84 votos – Autodefesa Psíquica

18º lugar – 85 votos – Liber Kaos

17º lugar – 86 votos – A Prática da Evocação Mágica

16º lugar – 87 votos – Livro de Thoth

15º lugar – 89 votos – A Cabala Mística

14º lugar – 94 votos – Renascer da Magia, as Bases Metafísicas da Magia Sexual

13º lugar – 97 votos – A Árvore da Vida

12º lugar – 98 votos – Magick Without Tears

11º lugar – 101 votos – A Magia Sagrada de Abramelim

10º lugar – 102 votos –  Sistemagia

9º lugar – 104 votos – A Bíblia Satânica

8º lugar – 105 votos  – Doutrina Secreta

7º lugar – 108 votos  – Dogma e Ritual da Alta Magia

6º lugar – 110 votos – Ethos (Essays on Magic), Austin Othsman Spare

5º lugar – 117 votos – Magia Prática: o caminho do Adepto

4º lugar – 119 votos – Liber Null & Psychonaut

3º lugar – 120 votos – Magick – Liber Aba

2º lugar – 123 votos – Filosofia Oculta

1º lugar – 125 votos –  As Clavículas de Salomão

Mas Ainda Não Acabou!!!

Durante os meses em que publicamos semanalmente os livros escolhidos, muitas pessoas ficaram curiosas sobre os livros deixados de fora. Alguns comentários perguntando quais seriam os outros e uma assombrosa avalanche de 220 mails perguntando, pedindo, implorando, um deles inclusive oferecendo sexo, para que nós publicássemos ou enviássemos em particular a listagem completa de todo o material que recebemos.

Em respeito a todos os psiconautas, webmagos, evangélicos entediados e amigos termos semana que vem, a FESTA DE ENCERRAMENTO da Corrida Maluca Morte Súbita Inc. com a publicação da lista completa de todos os livros que nos foram considerados na empreitada de tentar oferecer a todos vocês os livros essenciais da magia.

E, para a pessoas que ofereceu o próprio corpo para conseguir trapacear nossa corrida, tenham em mente que todo tipo de suborno é bem-vindo aqui na casa negra virtual, mesmo que não sejam aceitos. Mas para ficar mais interessante, futuramente envie fotos junto com a oferta.

E aos vencedores, as batatas: Todos os Outros Livros

 

 

 

[…] Sendo uma das personalidades mais importantes do ocultismo do século XIX, Helena Petrovna  Blavatsky foi fundamental na formação do movimento teosófico e na fundação da Sociedade Teosófica. Aqui no Morte Súbita sua obra ficou muito bem posicionada no nosso estudo dos 23 Livros Essenciais sobre Magia. […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/alta-magia/23-livros-essenciais-sobre-magia/