Elias Ashmole (1617-1692) foi um historiador e estudioso inglês com um intenso interesse na Alquimia. Elias Ashmole é mais conhecido como o fundador da Biblioteca Ashmoleana em Oxford.
Ashmole nasceu em 1617, filho de um selador de Lichfield. Ele estudou Direito e depois serviu como Realista (Royalist) na Guerra Civil. Em 1673, foi eleito Companheiro (Fellow) da Royal Society e foi um de seus membros fundadores. Ele foi um dos primeiros “maçons especulativos” aceitos na guilda londrina de “maçons trabalhadores”.
Ashmole estava intensamente interessado em alquimia, astrologia, filosofia hermética, magia, magia de anjos e outros tópicos esotéricos. William Backhouse, seu pai adotivo, era um alquimista que, um dia, levou Ashmole para o lado e lhe revelou o segredo da Pedra Filosofal.
Em 1652, Ashmole publicou Theatricum chemicum Brittanicum, uma obra substancial sobre o estudo da alquimia. Nela, ele expõe os princípios herméticos e neoplatônicos. A tábua de esmeralda – o que está acima é como o que está abaixo – contém a verdadeira cosmologia, expressando as correspondências que ligam o mundo celestial e o mundo terreno juntos. O verdadeiro alquimista é aquele em quem o espiritual desce no material, criando uma unidade, ou vínculo, que tem o poder de segurar todas as influências celestes.
Ashmole acreditava nos poderes transmutadores da Pedra, mas sustentava que seu verdadeiro poder e propósito residiam na transmutação espiritual, não na transformação dos metais de base em ouro e prata. Ele disse:
“E certamente aquele a quem todo o curso da Natureza jaz aberto, regozija-se não tanto que ele possa fazer o Ouro e a Prata, ou os Divinos se tornarem Sujeitos a ele, mas que veja os Céus abertos, os Anjos de Deus Ascendentes e Descendentes, e que seu próprio Nome esteja escrito com justiça no Livro da Vida.”
Ele defendeu os princípios da magia natural. Ele considera a medicina eremita como uma arte hermética ligada ao sol e à musa, que, juntamente com os eremitas, são os únicos que já compreenderam plenamente a natureza e os poderes da Pedra. A Pedra, disse ele, tem uma relação com cristais de Cristal, como o usado por John Dee e Edward Kelly para o contato com anjos. Ashmole acreditava em uma pedra de Cristal invisível que:
“tem um Poder Divino, Celestiais e Invisíveis, acima dos demais; e dota o possuidor de Dons Divinos. Ela proporciona a Aparição dos Anjos, e dá o poder de conversar com eles, por Sonhos e Revelações: nem ousa qualquer Espírito Maligno aproximar-se do Lugar onde se aloja.”
Ashmole acreditava fortemente na astrologia prática – ele mantinha um horóscopo de Backhouse – e na eficácia das ferramentas mágicas, sigilos, seloss, e assim por diante. Ashmole também traduziu o Fasciculus chemicus de Arthur Dee, publicado em 1650, uma obra destinada aos adeptos. Para o seu próprio nome, ele usou um anagrama, James Hasolle.
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Fonte:
The Encyclopedia of Magic and Alchemy, por Rosemary Ellen Guiley.
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Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
Postagem original feita no https://mortesubita.net/biografias/elias-ashmole/