Boardgames e a Kabbalah

kabbalah-jogos-boardgame

A Árvore da Vida é o diagrama estrutural de todos os Arquétipos conhecidos e pode ser aplicada em praticamente qualquer método filosófico, o que inclui toda a estrutura de Jogos, Boardgames, videogames e puzzles. Um irmão que também é fascinado pelo universo dos Boardgames me desafiou a escrever um artigo relacionando a Árvore da Vida da Kabbalah Hermética ao universo dos Boardgames e aqui está o resultado. Assim como TUDO dentro de um Universo de Estudos, os Boardgames estão diretamente ligados à estrutura da Árvore da Vida e suas principais características refletem as propriedades das Esferas da Kabbalah.

Como eu imagino que este post irá circular entre um monte de gente que não faz idéia do que seja a Kabbalah Hermética, mas é apaixonado por Boardgames, farei explicações mais detalhadas sobre cada uma das 10 Esferas da Árvore da Vida e darei exemplos em cada etapa da descrição. Agora no final do ano estaremos lançando um Boardgame baseado na Jornada do herói, Kabbalah e Alquimia e acredito que já servirá como porta de entrada para se conhecer estes mistérios.

Quando falamos de “Jogos”, utilizamos a teoria dos jogos como principal base de estudos. A Teoria dos Jogos tornou-se um ramo proeminente da matemática nos anos 30 do século XX, especialmente depois da publicação em 1944 de The Theory of Games and Economic Behavior de John von Neumann e Oskar Morgenstern. A teoria dos jogos distingue-se na economia na medida em que procura encontrar estratégias racionais em situações em que o resultado depende não só da estratégia própria de um agente e das condições de mercado, mas também das estratégias escolhidas por outros agentes que possivelmente têm estratégias diferentes ou objetivos comuns. E dentro destas possibilidades encontramos diversas estruturas:

KETHER

Na Kabbalah, Kether representa os Grandes Mistérios, O Universo, o Todo, o Deus Primordial e tudo aquilo que está inefável e impossível de descrever. Dentro dos jogos, estamos falando de Mágica (não Magia, mas prestidigitação, ilusionismo e coisas como tirar um coelho da cartola ou fazer um elefante desaparecer). Os grandes shows de David Copperfield e de Pen & Teller, bem como os eventos pirotécnicos de Las vegas se enquadram nesta categoria. Para os participantes do jogo (a platéia), tudo o que ocorre em um show de mágica é fantasia e nos remete ao impossível.

Kether é o Topo da Árvore e a origem de todos os Jogos, que é nos divertir, assombrar, passar o tempo e estimular a conexão entre as pessoas. A partir de Kether, podemos dividir a Árvore em dois pilares: o Pilar da Esquerda (Rigor) e o Pilar da Direita (Misericórdia). No Pilar do Rigor está tudo o que mantém a FORMA do Universo, enquanto no Pilar da Misericórdia está tudo o que dá MOVIMENTO ao Universo. A Emanação primordial de Kether divide-se em duas principais Esferas, Hochma (Os Grandes Mistérios) e Binah (O Código de Programação).

HOCHMA e BINAH

A Esfera do Topo do Pilar da Expansão lida com todos os Grandes Mistérios da Humanidade, ou a forma como a Mágica se apresenta. Binah envolve o código matemático com o qual esta esfera irá se manifestar. Da interação entre estas duas Esferas surgem os Boardgames. Podemos entender Hochma como os grandes “temas”: medieval, Grécia Antiga, futurista, Star Wars, Star Trek, masmorras, um laboratório, o Caribe, etc… enfim, a ambientação onde o jogo estará construído; Binah representa os códigos matemáticos e a probabilidade que farão aquele cenário funcionar. Em um videogame, por exemplo, envolvem os códigos de programação para PS4, X-Box, Android, Flash e toda aquela matemática de probabilidade que fará com que o jogo funcione; enquanto Hochma definirá o cenário como Terra Mystica, Zumbicide, Westeros, Star Wars, Catan, Grécia Antiga e infinitos outros.

Binah e Hochma trabalham sempre entrelaçados, tendo DAATH (O Abismo) entre eles. Quando criamos algum jogo, um Game-Design precisa sempre integrar Binah e Hochma de maneira harmoniosa para que o jogo possa passar para a próxima etapa da manifestação. Podemos pegar as regras de Catan e aplicá-las no mundo de Westeros, ou as regras de WAR e usá-las no mapa do Terra Mystica ou as regras do terra Mystica e aplicá-las em Coruscan, as regras de Masmorra de Dados para jogar Zumbicide; poderíamos adaptar Zelda usando o engine de GTA, jogar Sonic em primeira pessoa, como Doom, e assim por diante… Apesar de infinitas combinações, algumas são fáceis de converter, outras complicadas e outras impossíveis ou bizarras demais para funcionar. Todas as combinações estranhas demais para compreendermos caem no Abismo de Daath. O restante possui potencial de manifestação.

CHESED e GEBURAH

O próximo andar dentro da construção de Boardgames está nas Esferas de Chesed e Geburah. Chesed envolve o ENREDO, ou a estratégia do jogo, enquanto Geburah lida com os MECANISMOS do jogo. Como Esferas inferiores na Árvore da Vida, Chesed está subordinado a Hochma e Geburah está subordinado a Binah, ou seja: Você pode imaginar um Jogo no universo de Star Wars, mas cujo ENREDO se passa em Coruscan, Naboo, Tatooine, nas colônias dos Hutt ou até mesmo um jogo de corrida de naves; um Tema de Grécia Antiga pode envolver ou não deuses e tropas, pode ser uma cidade ou toda a Grécia; um jogo de Tema Espacial pode envolver planetas, galáxias, um sistema solar ou apenas uma Cantina Espacial! Do outro lado, temos os Mecanismos do jogo. Como o jogo funciona? alocação de trabalhadores, domínio de área, movimentação, conquista, etc… São regras simples ou complexas? como faz para vencer o jogo? como se contam os pontos de vitória? o jogo é cooperativo ou altamente competitivo? um Boardgame pode ser tão cooperativo quanto um Pandemic, Robinson Crusoe ou Sentinelas do Multiverso ou ser tão dedo-no-olho quanto Munchkin, Illuminati ou Pequenas Igrejas, Grandes Negócios.

Geburah também determina coisas como: Quanto custa cada movimento? Quantas e quão complicadas serão as regras? Perceba que, enquanto Binah dita a matemática da probabilidade e a linguagem de programação, Geburah remete à construção das rotinas de programação do jogo. Em um videogame, a Inteligência Artificial que controla os inimigos, por exemplo, que pode até mesmo variar (fácil, médio, difícil, nightmare…). Binah determina que o jogo é baseado em rolagem de dados; Geburah diz como os dados serão usados nas batalhas (se são 2d6, 3d10 ou compare resultados…)

TIFERET

Equilibrando Chesed e Geburah chegamos ao Pilar do Meio, TIFERET, que representa a ESSÊNCIA do Jogo; a Descrição do Jogo em si. “Vocês são super heróis que precisam defender o Planeta X”, “voces são sobreviventes em um apocalipse zumbi”, “vocês controlam exércitos na batalha de Waterloo”, “todos precisam colaborar para impedir Cthulhu de aparecer e destruir a Terra”, “jogo de cartas para apostar dinheiro contra outros jogadores”, “Um RPG de Horror Moderno”, “arremesse a bola na canaleta para fazer um strike e derrubar o maior número de pinos que puder”, “divirta-se desenhando e adivinhando palavras”, “quem chegar primeiro na linha de chegada ganha”, “os jogadores precisam descobrir quem matou Carlos Fortuna, onde e com que arma?” e assim por diante…

No Hermetismo, Tiferet é a Verdadeira Vontade e, no Game-Design, a própria identidade do Jogo. TODOS os jogos existentes possuem estas Esferas em maior ou menor proporção e são estas características que compõem a Essência de cada Boardgame. Tiferet está localizado no centro da Árvore da Vida e conecta todas as Esferas, recebendo influxos de cada uma delas. Tanto os criadores dos jogos quanto os que participarão da co-criação deles (os jogadores, que podem inventar regras caseiras, modificar as regras ou mesmo criar jogos novos a partir dos jogos pré-existentes misturando, modificando ou melhorando partes do que já existe) estão conectados neste pequeno espetáculo.

Abaixo de Tiferet encontramos o Microcosmos, que é a maneira com que o jogo se apresenta para os Jogadores, dividido em quatro Elementos: Razão, Intuição, Sorte e Físico, que não por acaso estão atrelados aos 4 elementos da alquimia:

NETZACH (SORTE)

A Esfera de Netzach, de número 7, agrega as Emoções e lida com os elementos de SORTE. Jogos que dependam primariamente de sorte, rolagem de dados e cartas, como Banco Imobiliário, Ludo, Hero Quest, WAR, Ludo, Jumanji, jogos de aposta e muitos outros. Os RPGs e Ameritrash lidam bastante com cenários e rolagem de dados.

HOD (ESTRATÉGIA)

A Esfera de Hod, de número 8, agrega a Razão, a Lógica e a Estratégica. São jogos que não possuem nenhum tipo de sorte envolvido, como Damas, Xadrez, Go, Hive, Tsuro, Blokus e outros. A esfera de Hod lida mais com a forma do Boardgame e geralmente são jogos abstratos e de intelecto.

YESOD (INTUIÇÃO/BLEFE)

A Esfera de Yesod, de número 9, lida com a Intuição e com o Blefe. trata-se de adivinhar o que o oponente irá mostrar, escolher ou colocar em jogo e também de blefar, esconder e tentar direcionar os oponentes para o erro e Jogos de associações e correspondência. Pode ser simples como Pedra-papel-tesoura, três copos e uma bolinha, Dixit, Apples to apples, jogos de adivinhações e charadas; ou complexos como Game of Thrones, Cosmic Encounter, Love Letter, Citadels, Coup ou Diplomacia.

MALKUTH (FÍSICO)

Jogos que envolvem movimento e contato físico ou ações físicas, como tapão, boliche, jogos de bater-palmas, pegar a peça mais rapidamente, equilíbrio (Jenga, Bamboleo), bolinha de gude, construção e outros fazem parte de Malkuth, a esfera de número 10. Costumam ser jogos de party ou mais infantis.

Claro que, dentro do Microcosmos, todos os Boardgames possuem características destes 4 Elementos, dosados de maneira única em cada um. Por exemplo, Poker possui elementos grandes de Estratégia, Sorte e Blefe; nada de enredo e a mecânica de jogo simples; Bridge, por outro lado, não possui nada de blefe e, em campeonatos, nada de sorte; Truco é baseado em sorte e blefe; Jenga e arremesso de dardos são jogos físicos; Dobble possui um pouco de Intuição e físico; Xadrez, Damas, Blokus e Go são totalmente Estratégicos; Magic:The Gathering possui Estratégia e Sorte e muito pouco blefe;

Codename possui estratégia e intuição enquanto Imagem e Ação possui intuição e físico; Zumbicide possui ambientação, mecânica simples, muita sorte e alguma estratégia; e assim infinitamente podemos aplicar o diagrama da Árvore da Vida para QUALQUER tipo de jogo e estabelecer uma Zodíaco Comparativo.

Os Caminhos da Árvore da Vida lidam com as interações entre as Esferas, mas isto é assunto para outro texto…

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/boardgames-e-a-kabbalah

RPGQuest – Diário de Produção – 01

mapa-rpgquest

Muita gente tem pedido para acompanhar o dia-a-dia da criação e desenvolvimento do Boardgame RPGQuest. A proposta é colocar nesta sessão as decisões que tomamos ao longo do processo, para que vocês possam entender melhor o complicado processo de transformar uma idéia em algo real.

A primeira dica que eu posso dar a alguém que queira publicar um Boardgame é “Escreva sobre o que você conhece”. Não adianta querer criar um RPG ou jogo de tabuleiro sobre algum tema porque é modinha ou porque você acha que vai dar dinheiro ou porque todo mundo está falando sobre um assunto X. Um boardgame bem sucedido nasce no coração do designer, antes de passar pelo cérebro e pelas matemática das regras até se materializar. Quem já acompanha meus textos sabe o quanto sou apaixonado por alquimia, hermetismo e RPG. Um Boardgame meu teria, obviamente, de envolver estes assuntos!

Desde 2006 tínhamos a idéia de lançar um jogo de tabuleiro. Quando o Hero Quest deixou de ser fabricado, o mercado de tabuleiros ficou sem uma excelente porta de entrada para os RPGs. Na época, eu e meu sócio, Norson Botrel, pensamos em um jogo que fosse um RPG simplificado, fácil e gostoso de ser jogado, sem muitas regras e preocupações, de modo que pudesse ser utilizado como módulo básico para iniciantes, barato e acessível. Nos juntamos ao Ronaldo barata e bolamos a essência do RPGQuest. Um Dungeon-Crawler (tipo de jogo no qual os jogadores controlam heróis que se aventuram por masmorras e labirintos, matando monstros e recolhendo tesouros) que tivesse características de um RPG simples.

Lançado na Bienal do Livro de 2006, o jogo vendeu mais de 20 mil cópias e teve 5 volumes publicados (Masmorras, Mitologia Grega, Templários, Oriental China e Oriental Reinos de Jade), um Módulo Básico e um Livro de Monstros. O jogo acabou se tornando um sucesso também entre os professores que acompanhavam as hordas de alunos do primeiro grau no evento. Uma aventura que poderia ser usada para praticar matemática, redação e desafios lógicos enquanto as crianças se divertiam.

RPGQuest vendeu até 2010, quando as regras de distribuição em bancas de jornal foram radicalmente afetadas e muitas editoras fecharam as portas, levando inclusive ao fim da Dragão Brasil. o RPG de Mesa nunca mais foi o mesmo e as crianças debandaram para os videogames e jogos eletrônicos. Os jogadores de RPG de antigamente cresceram, se formaram, arrumaram emprego, família e a imensa maioria nunca mais conseguiu jogar uma Campanha de Fantasia Medieval. Mas a chama da Aventura em nossos corações nunca se apagou…

Por volta de 2013, tivemos um boom no mercado de Boardgames. Jogos de tabuleiro melhores e mais inteligentes do que WAR ou Banco imobiliário começaram a ser vendidos dentro do Mercado Nerd. Muita gente que jogava RPG quando criança/adolescente viu nos Boardgames uma chance de retornar ao lúdico e ao prazer de rolar os dados mais uma vez. No final de 2014, as pessoas começaram a pedir a volta do RPGQuest, desta vez como Boardgame.

Pois bem. Já tinhamos o conjunto de regras montado e testado exaustivamente durante mais de 4 anos, o que nos ajudaria bastante, pois um dos tópicos mais delicados em game-design é justamente o balanceamento das regras e estratégias de jogo. Poderíamos nos focar no design do jogo em si. Como converter um livro de recortar em um tabuleiro com peças?

O Tabuleiro

Uma das coisas que eu tinha decidido logo no começo é que o Boardgame teria uma relação direta com o Hermetismo. Em 2014 eu estava no final de um trabalho de quase 6 anos sobre Kabbalah Hermética e sabia que era perfeitamente possível adaptar o contexto da Árvore da Vida para cenários (Alan Moore fez isso em sua HQ Promethea) e adaptar as Esferas da Árvore da Vida para o tabuleiro seria obrigatório.

Desta maneira, pensamos originalmente em 11 Reinos, representando cada um uma Esfera da Árvore da Vida. Kether estaria representado por seus Jardins magníficos, Hochma pelo vulcão, Binah pelas Montanhas, Chesed pelas florestas, Geburah pelo deserto e assim por diante. Cada Reino refletindo os aspectos de cada Esfera que representasse.

Um charme a mais que nenhum outro jogo de tabuleiro teria. Para quem não conhece Hermetismo, seriam apenas Reinos com características próprias, mas para quem já está familiarizado com os termos, seria algo sensacional!

Outra coisa que pensei foi no tabuleiro. Um Mapa estilizado transformando a Árvore da Vida em um Mapa de um Continente seria bacana, mas achei que seria mais interessante fazer um mapa que pudesse ser SEMPRE DIFERENTE a cada partida, para que cada Campanha fosse sempre algo inédito e apresentasse novos desafios a cada Aventura.

Procuramos por Mapas que se encaixassem entre jogos que já existiam e chegamos a algumas possibilidades interessantes. Catan possuía hexas individuais, Mage Knight possui conjuntos de 7 hexas unidos; Mighty Empires trazia conjuntos de hexas representando mapas maiores e finalmente Magic Realms trazia hexas únicos representando partes próximas de um reino.

Acabei optando por uma solução diferente e original. Tiles formados por 19 Hexas (o formato de um tabuleiro completo de Catan) mas menores e encaixados de maneira a formar Regiões maiores (Kether, Hochma, Binah…), como as dos Mapas de RPG que estávamos acostumados na infância. Assim, na escala que eu queria, um hexa poderia representar algumas horas de viagem a cavalo (cada 5-6 Hexas representando um dia de viagem dos Heróis, o que representaria aprox. 10km por hexa). Chegamos assim a um modelo que seria grande, mas não tão grande; o suficiente para representar uma região do tamanho da Europa, por exemplo…

A vantagem principal é que a combinação de cada conjunto de Reinos seria praticamente infinita, pois cada Reino pode ser encaixado de 6 maneiras diferentes (girando o tile). Tendo como base 11 Reinos, chegamos ao número insano de 14 quatrilhões de combinações de mapas diferentes!

Isso garante que praticamente cada partida de RPGQuest será única.

Sobre esta geografia, colocaremos Castelos, Vilas, Mercados, Guildas, Torres de Magos, Templos, Cemitérios, Árvore Élfica, Acampamento dos Orcs e outros locais de interesse, que descreverei melhor em textos futuros. Para que realmente cada partida tenha um sabor único, faremos com que estas localidades especiais sejam sorteadas no mapa a cada partida!

Já temos o Mapa onde as Aventuras acontecerão. No próximo capítulo, falaremos mais sobre os Heróis e sobre as Regras.

#boardgames #Kabbalah #RPG

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpgquest-di%C3%A1rio-de-produ%C3%A7%C3%A3o-01

TOT – The One Tarot

Existe uma regra não escrita na Hod Studio que é a seguinte: “Nós Criamos e Oferecemos Aquilo que Gostaríamos de Ter”.

Ou seja, cada curso, aplicativo, ou material de qualquer natureza que fazemos, existe porque para nós mesmos aquilo precisava existir, seja por necessidade pessoal, para solucionar um problema ou por comodidade.

Um exemplo clássico é o próprio HTK o Hermetic Kabbalah Tarot, ele existe, pois, é um copilado pessoal feito pelo Rodrigo Grola dos cursos e materiais que ele obteve aprendendo com o Marcelo Del Debbio e pelo seu próprio caminho e lógica. Em um determinado momento as tabelas e anotações foram dispostas em um formato de facilitação visual. Nascia um tarô.

O curso Tarô: Mitos Modernos e a Cultura Pop idealizado e realizado pelo Grola e este que vos escreve, segue a mesma regra. Particularmente, detesto um curso que poderia ser um pdf ou um vídeo de 30 minutos, conteúdo de curso para mim precisa ter sustância. A mesma lógica está no Runologia, a experiência e vivência rúnica bolada pelo Cussa Mitre, onde ele responde à pergunta “como eu gostaria de ter sido introduzido às runas?” assim nasce um projeto.

Essa forma de pensar e agir estende-se aos boardgames, aos materiais de estudo, poster, apostilas, facilitações gráficas, grupos de estudo e troca, conteúdo do Lupus in Fabula nosso canal no youtube, e por aí vai.

Logicamente que nossos aplicativos não seriam diferentes. A Sephirat Ha Omer, o app desenhado pelo Cris Dornelles antes mesmo do ingresso dele na Hod Studio – e posteriormente redesenhado com pitaco de todo mundo – surgiu como uma forma de organizar e facilitar a consulta dos textos, reflexões e compreender melhor a peculiar lógica de horário e tempo de meditação deste período devocional. É uma ferramenta que nós queríamos.

E como nós queríamos o TOT.

Ter sempre um meio oracular a mão é uma facilitação incrível, muita gente inclusive tem versões portáteis de tarô, carregam as runas e pedras geomânticas no cinto ou na bolsa. A ideia de ter essa facilidade no celular não é uma novidade nem uma inovação. Mas nós queríamos algo bem específico, então fizemos.

A ideia do TOT não é modesta, o código do Cris e as muitas – MUITAS – horas dedicadas a ele são a prova disso. Queríamos não só um app de tarot, mas o melhor possível dentro das nossas necessidades e exigências.

Por exemplo: particularmente compreendo o tarot como uma forma de exercício também da criatividade, e criatividade precisa de espaço. Não conhecia nenhum app que me permitia a liberdade e construir sistemas de leitura (as famosas tiragens) de maneira livre, sem estar preso a uma só carta, ou três ou cruz celta, precisava de algo que emulasse a minha mesa e o meu tarô, posicionando as cartas como e onde quero. Ou ainda que fizesse uso do método europeu com um arcano maior e um menor por posição, meu método preferido de leitura.

A solução foi seguir o mesmo caminho que sempre caminhamos. O The One Tarot, ainda está em construção e provavelmente vai estar por um tempo, melhorando e incorporando novas liberdades e possibilidades, ele é vivo e está em constante evolução, temos planos brilhantes para o futuro deste aplicativo, fazê-lo ser aquilo que gostaríamos de ter.

Esse é o TOT.

E ele também é seu.

Baixe o TOT The One Tarot em:

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/tot-the-one-tarot

A Jornada do Herói e a Kabbalah

Aproveitando o aniversário do Joseph Campbell e o início do financiamento coletivo do jogo RPGQuest, que é baseado no conceito da Jornada do herói e da Kabbalah, aproveito para falar um pouco de como estes dois conceitos importantíssimos estão intimamente ligados.

O monomito (às vezes chamado de “Jornada do Herói”) é um conceito de jornada cíclica presente em mitos, de acordo com o antropólogo Joseph Campbell. Como conceito de narratologia, o termo aparece pela primeira vez em 1949, no livro de Campbell The Hero with a Thousand Faces (“O Herói de Mil Faces”). No entanto, Campbell era um conhecido estudioso da obra de James Joyce (em 1944 publicara, em co-autoria com Henry Morton Robinson, a resenha A Skeleton Key to Finnegans Wake, “Uma Chave-Mestra para Finnegan’s Wake”) e tomou emprestado o termo monomyth (monomito) do conto Finnegan’s Wake, do autor irlandês.

Campbell e outros acadêmicos, tais como Erich Neumann, descrevem as narrativas de Gautama Buddha, Moisés e Cristo em termos do monomito e Campbell afirma que mitos clássicos de muitas culturas seguem esse padrão básico. O padrão do monomito foi adotado também por George Lucas para a criação da saga Star Wars, tanto na trilogia original quanto suas sequencias.

O roteirista de Hollywood e executivo da indústria cinematográfica Christopher Vogler também usou as teorias de Campbell para criar um memorando para os estúdios Disney, depois desenvolvido como o livro “The Writer’s Journey: Mythic Structure For Writers” (A Jornada do Escritor: Estrutura Mítica para Roteiristas). Este trabalho influenciou os 10 filmes produzidos pela empresa entre 1989 (A Pequena Sereia) e 1998 (Mulan), além da trilogia Matrix dos irmãos Wachowski, Harry Potter de JK Rowlings, o Senhor dos Anéis de JRR Tolkien e muitos outros.

Arquétipos dentro da Jornada do Herói

Herói: é aquele que se sacrifica por um bem coletivo. É com ele que o espectador se identifica. Podem haver vários tipos de heróis com interesses distintos, como por exemplo o Anti-Herói, que se sacrifica não por bondade, mas por motivações próprias.

Mentor: é uma figura mais experiente que motiva e fornece dons ou ferramentas para o Herói durante sua Jornada.

Guardião de Limiar: Personagem ou situações que impedem a entrada do Herói na Jornada. Guardam o limite entre o cotidiano do Herói e sua aventura.

Arauto: este personagem anuncia para o Herói o chamado à aventura. Pode ser o Mentor, o Vilão ou simplesmente um objeto como, por exemplo, uma carta.

Camaleão: é o personagem com personalidade dúbia, ou seja, nunca se sabe ao certo se ele está do lado do bem ou do mal. Por exemplo, o aliado que se revela inimigo no final ou o inimigo que salva o Herói em algum momento, revelando-se um aliado.

Sombra: Normalmente é o Vilão da história e deseja a destruição do Herói. É a personificação dos monstros internos de medos e traumas do subconsciente.

Pícaro: este personagem surge como um alívio cômico para equilibrar a seriedade da história. Serve também para derrubar o status quo do Herói e quebrar seu orgulho.

Estágios dentro da Jornada do Herói

Estágio Um: Mundo Comum (Malkuth)
Cotidiano do Herói, sua zona de conforto.

Os estágios 2 a 8 ocorrem dentro das esferas de Hod, Netzach, Tiferet, Geburah e Chesed. São as interações do Personagem Solar com os Arquétipos do Mestre, Guerreiro, Intelecto, Emocional e a figura protetora, bem como o confronto saturniano com o Inimigo e a sombra.

Estágio Dois: Chamado à Aventura
Herói recebe um chamado a uma aventura inesperada.

Estágio Três: Recusa do Chamado
Herói normalmente recusa ao chamado pois prefere ficar em sua zona de conforto.

Estágio Quatro: Encontro com o Mentor
Herói encontra um Mentor que o motiva e fornece dons para a aventura.

Estágio Cinco: Travessia do Primeiro Limiar
Herói enfrenta os guardiões entre seu mundo comum e o mundo da aventura.

Estágio Seis: Testes, Aliados, Inimigos
Herói conhece o mundo especial, suas regras, amigos, inimigos e enfrenta diversos testes.

Estágio Sete: Aproximação da Caverna Oculta
Neste momento o herói se aproxima da grande provação

Estágio Oito: Provação
Na grande provação o herói chega no limite entre a vida e a morte na luta contra o Vilão, mas é salvo milagrosamente.

Os Estágios 9 a 12 estão relacionados com o Cruzamento do Abismo e o retorno de Kether a Malkuth

Estágio Nove: Recompensa (Apanhando a Espada)
Por vencer a provação, Herói conquista uma recompensa.

Estágio Dez: Caminho de Volta
Voltando para casa o herói se depara com uma ameaça muito maior. Aqui ele morre.

Estágio Onze: Ressurreição
Como recompensa pelo seu sacrifício, o herói ressuscita dos mortos e vence a grande ameaça final, tornando-se um ser superior.

Estágio Doze: Retorno com o Elixir
O herói então volta para casa (mundo comum) ou fica no mundo especial, porém agora como uma nova pessoa, com novos conceitos e totalmente diferente do que era no início.

Um Jogo da Jornada do Herói

Após mais de uma década estudando a Kabbalah Hermética e a Jornada do herói, estruturamos um Jogo de Tabuleiro com o objetivo de contar histórias épicas. Nele, os participantes controlarão cada um um pequeno grupo de Heróis e Aventureiros que são chamados de suas vilas e cidades para uma Grande Aventura. Durante uma tarde, os Jogadores controlarão o destino destes Personagens, conduzindo-os através de florestas, colinas, montanhas, desertos e pântanos em busca de Artefatos de Grande Poder, Criaturas perigosas a serem enfrentadas, Ruínas de Templos abandonados e missões arriscadas enquanto cada personagem no grupo vai desenvolvendo suas melhores qualidades interiores. Há mentores, há provações e há o elixir. Como Grandes Desafios, Monstros destruidores aguardam os heróis que irão enfrentá-los. E NUNCA haverá uma partida remotamente parecida com outra! Cada elemento do jogo torna aquela tarde única e divertida!

Os Territórios do jogo são formados pelas Esferas da Árvore da Vida (Kether, Hochma, Binah, Chesed, Geburah, Tiferet, Netzach, Hod, Yesod e Malkuth), os Reinos são os 4 Naipes do tarot (Reino de Bastões, Taças, Espadas e Moedas) e os Conselhos de Classe são baseados nos 4 Elementos da alquimia (Terra, os Guerreiros; Ar, os ladinos; água, os clérigos e Fogo, os Magos) e todos os personagens do tarot estarão presentes (o Louco, o Mago, a Sacerdotisa, o Eremita, o Diabo, o imperador, a Imperatriz…)

Faremos apenas 500 unidades do jogo e, em menos de dez dias, já vendemos mais de 150. Se você é um estudante ou entusiasta da Jornada do herói, quer escrever roteiros para quadrinhos ou livros de fantasia Medieval, curte Hermetismo, ja jogou de RPG (mesmo se não tiver mais tempo para jogar – o RPGQuest não precisa de Mestre/narrador) ou tem filhos pequenos e quer ensinar a eles sobre como contar Grandes Histórias e desenvolver a imaginação, este jogo foi feito para você!

https://daemoneditora.com.br/categoria-produto/boardgames/

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-jornada-do-her%C3%B3i-e-a-kabbalah

RPGQuest Dungeon, o maior Financiamento Coletivo de Boardgames no Brasil em 2018

No Diversão Offline deste ano foram anunciados os maiores Financiamentos Coletivos de Boardgames (Jogos de Tabuleiro) de 2018 e, pelo segundo ano consecutivo, o RPGQuest ficou em primeiro lugar.

2018 foi um ano com muitas novidades e muitos candidatos de grande porte concorrendo. Em ano de Copa do Mundo e Eleições, tivemos jogos de temática de futebol e dois jogos de política na parada, além de pesos pesados de marketing e um cardgame zoeira nos mesmos moldes do Pequenas Igrejas, Grandes Negócios participando.

O RPGQuest foi lançado inicialmente em 2006 como um RPG de Banca de Jornal, no final da Era de Ouro do RPG e até hoje ainda possui uma rede enorme de fãs, em um dos grupos mais ativos de projetos no Facebook. Muitos deles apoiaram o jogo para jogar com seus filhos. O RPGQuest serve como uma excelente porta de entrada para o universo dos RPGs.

Para quem não ficou sabendo do Financiamento Coletivo à tempo, os Jogos de Tabuleiro do RPGQuest podem ser comprados na Loja da Editora Daemon

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpgquest-dungeon-o-maior-financiamento-coletivo-de-boardgames-no-brasil-em-2018

História do RPG no Brasil

Parte 1 – O início do RPG no Brasil. A “Geração xerox” e os primeiros RPGs. Dos primeiros encontros na Forbidden Planet até a organização da Uspcon, primeiro evento de RPG do Brasil. A Gibiteca Henfil, a Dragão Brasil e as adaptações de desenhos, filmes e HQs. Arkanun e Trevas, dois dos mais importantes jogos de RPG do Brasil, baseados em hermetismo e kabbalah, que concorriam em igualdade com os principais jogos importados. 3D&T, o sistema mais jogado do país, graças à distribuição em bancas de jornal.
https://www.youtube.com/watch?v=Lf0UZsnJR_I

Parte 2 – Anos 1995-2000 – A era de Ouro do RPG: Eventos para 30 mil pessoas no Martcenter, patrocínio de grandes empresas como Coca-Cola, Banco do Brasil e prefeituras. O Crime de Ouro preto em 2001, falsamente atribuído ao RPG e as consequências negativas que quase quebraram o mercado. Boicotes de distribuidoras e o fim do Encontro Internacional de RPG. A “Era de Prata” e a ascensão dos eventos de Anime. Publicação do AnimeRPG, único RPG brasileiro escrito por uma mulher, que vendeu 20 mil exemplares. A explicação de como funciona o ciclo de vida do mercado de RPG.
https://www.youtube.com/watch?v=-qYw6f8iHWM

Parte 3 – Final dos anos 2007-2008, a morte do RPG? RPGQuest e stands na Bienal do Livro e nas escolas; o fim da Dragão Brasil e o renascimento dos RPGs indies através de impressões de 100-200 exemplares e a mudança de público no mercado. Os novos livros da Daemon em sistema aberto e os mais de 500 netbooks gratuitos. Como a pirataria manteve o Sistema Daemon como um dos mais jogados até os dias de hoje. O renascimento tímido do mercado através dos Financiamentos Coletivos e o novo mercado dos Boardgames.
https://www.youtube.com/watch?v=_KQAjX39ZxQ

Parte 4 – Pequenas Igrejas, Grandes Negócios: a história de um dos cardgames mais engraçados e ao mesmo tempo mais polêmicos que já foram lançados, batendo todos os recordes de Financiamento Coletivo de 2014, que virou até matéria na revista Playboy; da procura pelas notícias bizarras aos processos e ameaças de morte. Dois mil exemplares esgotados e material para três novas edições só com as barbaridades que os pastores criam a cada dia…
https://www.youtube.com/watch?v=DHLbNudzdMg

#Entrevista #RPG

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/hist%C3%B3ria-do-rpg-no-brasil

RPG Inclusivo – Projeto RPG para Todos

“Um dos principais autores de RPG do País, Marcelo Del Debbio participou da edição do projeto #RPGParaTodos, que visa a inclusão através do RPG, que ocorreu na tarde da última quinta-feira (21), na Biblioteca Municipal Silvério Fontes, no Centro Cultural da Zona Noroeste (Av. Afonso Schmidt s/nº, Areia Branca).

Autor de mais de 30 livros de RPG, Marcelo veio falar sobre a RPG Quest, uma das plataformas de jogo utilizadas pelo projeto, baseada na cabala e na mitologia clássica. “Essa ideia que eles desenvolveram aqui, de utilizar o RPG Quest tanto como um jogo de tabuleiro como um RPG, é sensacional”.

Del Debbio explica que o colorido ajuda no processo de inclusão. “Por ele ter muitas peças e um tabuleiro muito colorido, e de muito fácil compreensão, acabou sendo usado para jogar com crianças e no #RPGParaTodos. O pessoal consegue visualizar o RPG, que normalmente é visto somente na cabeça das pessoas. Às vezes, quem tem algum problema cognitivo ou não consegue compreender direito, acaba utilizando os elementos coloridos para se orientar melhor e ser incluído”.

O encontro RPG para Todos, adaptado para pessoas com deficiência, é uma realização dos grupos Aventureiros das Masmorras Proibidas e Convivendo, da Unifesp, que trabalha com Terapia Ocupacional. A realização é da Secretaria de Cultura (Secult), com apoio da Eternal Poose (TavernaRPG).”

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpg-inclusivo-projeto-rpg-para-todos

O Uso Oracular do RPGQuest

O RPGQuest foi o maior Financiamento Coletivo de RPG no Brasil e, até agora, o terceiro maior entre os Jogos de Tabuleiro, mas o que pouca gente sabe é que ele traz dentro de si um conjunto oracular dos mais completos e complexos já criados, envolvendo Tarot, Runas e a própria Árvore da Vida.

Antes de começarmos, vamos explicar o que a Sincronicidade. Termo cunhado por Carl Gustav Jung para sua teoria de que tudo no universo estava interligado por um tipo de vibração, e que duas dimensões (física e não física) estavam em algum tipo de sincronia, que fazia certos eventos isolados parecerem repetidos, em perspectivas diferentes. Tal idéia desenvolveu-se primeiramente em conversas com Albert Einstein, quando ele estava começando a desenvolver a Teoria da Relatividade. Einstein levou a idéia adiante no campo físico, e Jung, no psíquico.

A sincronicidade é definida como uma coincidência significativa entre eventos psíquicos e físicos. Um sonho de um avião despencando das alturas reflete-se na manhã seguinte numa notícia dada pelo rádio. Não existe qualquer conexão causal conhecida entre o sonho e a queda do avião. Jung postula que tais coincidências apóiam-se em organizadores que geram, por um lado, imagens psíquicas e, por outro lado, eventos físicos. As duas coisas ocorrem aproximadamente ao mesmo tempo, e a ligação entre elas não é causal.

Desta maneira, quando se utiliza um Oráculo, o leitor está trabalhando o contato com o Sagrado Anjo Guardião e as cartas escolhidas, embora pareçam ter sido sorteadas ou escolhidas aleatoriamente, formarão uma história através do significado simbólico daquelas cartas e, ao ser interpretada, trará uma luz aos fatos que estão sendo perguntados.

O RPGQuest, além de sua utilidade como Boardgame para passar uma tarde de diversão, pode ser usado para o autoconhecimento através da Jornada do Herói em sincronicidade com sua própria Jornada naquele momento. Vou detalhar melhor isso com um exemplo de uma partida:

– Os territórios são formados por Esferas da Árvore da Vida, cada qual trazendo na forma de símbolos as características próprias daquela esfera, e são embaralhados formando uma Grande Ilha que se chama “Arcádia”. Nela serão sorteados três grandes Monstros que, por sua vez, são baseados nos Elementos da Alquimia e possuem uma Escala de dificuldade. Existem Combinações pareadas de todos os 4 Elementos, e graduações que variam de 12 a 18 em Dificuldade. Em uma Partida ritualística em Modo Oracular, o Leitor jogará sozinho ou cada um dos Jogadores terá seu próprio Desafio, que será sorteado entre os Desafios e representará o Problema a ser derrotado.

Os Monstros são representações simbólicas dos 4 elementos: Terra (Concretização, dificuldades no Reino Material); Ar (Razão, problemas no campo de trabalho/intelectual); Água (Emoção, problemas no campo emocional) e Fogo (Vontade, problemas em realizações de Projetos pessoais). A Combinação de 2 ou mais elementos deverá ser interpretada em sincronicidade ao que está acontecendo na vida do Jogador naquele momento.

Os símbolos podem aparecer na forma de um Observador Qliphotico (água/Fogo – um problema emocional que afeta um projeto importante), um Gigante Bestial (Ar/Terra – A dificuldade de se colocar um texto no papel), um Dragão (fogo/Terra – a dificuldade de concretização de um projeto importante), Cérberus (Agua/Ar/Terra – A dificuldade de entendimento em uma relação e trazer isto para algo mais concreto), uma Hidra (uma dificuldade no trabalho, onde cada problema resolvido parece criar mais problemas) e assim por diante… a intensidade dos Problemas em correlação aos Elementos sorteados indicam que tipo de problemas seu Herói (ou seja, você mesmo) terá de lidar em sua Jornada (o Ritual de enfrentamento deste Problema).

Os Heróis que farão esta jornada também são cartas e possuem poderes relativos aos Quatro Elementos da Alquimia. Podem representar a Terra (Guerreiros), o Ar (Ladinos, Espiões e Diplomatas), a Água (os Clérigos e Curadores emocionais) e o Fogo (os Magos e Intelectuais), e eles serão as forças que serão trabalhadas durante o ritual.

O Sorteio do Herói inicial também ocorre por Sincronicidade e você pegará UM Herói, que representará suas virtudes naquele momento. Pode ser um Personagem mais focado em resolver problemas concretos, em ajudar emocionalmente, em realizar tarefas intelectuais ou em tocar projetos de Verdadeira Vontade. As imagens e desenhos deles, em suas classes de heróis medievais, facilitarão todo o processo da Jornada.

E realiza-se o ritual jogando a partida solitária (ou, no caso de um grupo, cada um estará focado em resolver seu próprio Nêmesis). Ao longo do jogo, os Heróis vão resolvendo enigmas, solucionando missões e cumprindo tarefas dadas pelos Arcanos do Tarot, Runas e pelas Esferas da Árvore da Vida. Para quem já tem um conhecimento em Oráculos, pode interpretar os próprios Arcanos enquanto a Jornada vai se desenrolando. Os Heróis encontrarão com outros Aventureiros e poderão recrutá-los (escolher amigos e aliados representando as classes de energias que se deseja trabalhar e resolver, como Magos e Clérigos se o Desafio envolver estas dificuldades).

Se o Monstro apresentado possui desafios emocionais, busque cartas de curandeiros e clérigos para remediar a situação. Pesquise no interior das Cavernas: “Visita o Centro da Terra, Retificando-te, encontrarás a Pedra Oculta”. Muitos Artefatos estão disponíveis para serem encontrados pelos buscadores, e nesta partida oracular, cada um deles (são todos relacionados a Artefatos da História e do Hermetismo) trará uma parte da energia que falta ao Herói para derrotar sua sombra.

O Herói encontrará Ordens Iniciáticas, Artefatos (alguns amaldiçoados), Cavernas a serem exploradas e quem sabe até a Pedra Filosofal?

O Jogo é o Ritual. Cada Jogador se torna mais próximo de compreender o problema real ao mesmo passo em que o Aventureiro se torna mais próximo de conquistar o poder que precisa para derrotar o Grande Desafio da partida. Os Arcanos do tarot vão guiá-lo através das Esferas da Árvore da Vida. Algumas Esferas mais difíceis de serem trilhadas, outras mais fáceis.

As Esferas da Árvore da Vida, as Runas e os Arcanos do Tarot guiarão o Herói até a solução do Grande Problema.

O Financiamento Coletivo oficial já terminou, mas fizemos cerca de 200 unidades a mais do que as que foram vendidas no Projeto e abrimos pré-venda por mais 30 dias enquanto o Jogo está sendo produzido na gráfica (e já vendemos umas 30 até agora, então restam 170 jogos e o RPGQuest não será reimpresso). É a sua última chance de poder apoiar este projeto único que trabalha Jogos, Alquimia e Hermetismo! Uma maneira bacana de ensinar hermetismo para seus filhos e também para utilizá-lo em suas meditações.

Você pode comprar o RPGQuest aqui:

https://daemoneditora.com.br/categoria-produto/boardgames/

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-uso-oracular-do-rpgquest

RPGQuest – Um Jogo baseado na Kabbalah Hermética

Entramos nos últimos 15 dias de Financiamento Coletivo e o RPGQuest já é o maior financiamento de um RPG nacional de todos os tempos e chegou aos Top 10 de Jogos/RPGs, desbancando clássicos como “Call of Cthulhu”, “Tormenta” e “Runicards”.

Agora queremos chegar aos primeiros lugares e mostrar que os jogos brasileiros podem ser tão bons e até melhores que os gringos.

RPGQuest – A Jornada do Herói é um Boardgame para 1 a 4 pessoas, no qual cada jogador controla um pequeno grupo de Aventureiros em busca de fama e fortuna em Arcádia. Os Reinos são baseados nas Sephiroth da árvore da Vida, as Classes nos 4 Elementos da Alquimia e as Missões são baseadas nos Caminhos da Árvore da Vida.

Durante o jogo, os Heróis enfrentarão Monstros da Mitologia Grega, Encontrarão Artefatos e Itens Mágicos e enfrentarão criaturas clássicas dos RPGs como Orcs, Esqueletos, mortos-vivos e dragões.

Ainda não apoiou? Corre lá que dá tempo…
https://www.catarse.me/rpgquest

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpgquest-um-jogo-baseado-na-kabbalah-herm%C3%A9tica

RPGQuest – Diário de Produção – 03

rpgquest-desafios-00

Estes conjuntos de texto têm a finalidade de comentar sobre os elementos do jogo RPGQuest – A Jornada do Herói, um Boardgame (Jogo de Tabuleiro) baseado na Kabbalah. Nos textos anteriores falamos sobre a Construção do Reino onde se passará a Campanha e a respeito das Classes de Personagem, baseadas nos quatro Elementos tradicionais do Hermetismo.

Neste texto, falaremos sobre os GRANDES DESAFIOS.

Criando um Mundo de Desafios!

Na Jornada do Herói, cada jogador começa a Narrativa com um Personagem que, aos poucos, através de missões, desafios e jornadas, encontrará novos companheiros, objetos mágicos, aliados e até mesmo artefatos, tornando-se cada vez mais famoso dentro de Arcádia, até estarem preparados para enfrentar os chamados “Grandes Desafios”.

Quando fazemos o setup (arrumação) do jogo para começar uma nova partida, em primeiro lugar sorteamos todos os Reinos e Territórios, de modo que cada geografia seja única a cada partida. Em seguida, sorteamos onde ficarão os Castelos, Vilas, Mercados e demais pontos de interesse, para personalizar aquele mundo de Campanha.

O terceiro passo no Setup do Jogo é sortear os Grandes Desafios, que são os Monstros mais perigosos de todos os Reinos. Os Jogadores sorteiam três Desafios entre os Grandes Monstros disponíveis (lembrando que este é o setup original, mas que pode ser modificado para tornar o jogo mais fácil ou mais difícil conforme os Jogadores desejarem).

Cada tipo de Grande Monstro possui poderes únicos (representados por Valores dentro dos Quatro Elementos). No RPGQuest existem vários tipos de Monstros e combinações entre seus poderes e isso também definirá algumas das estratégias para cada partida.

Neste exemplo, todos os Grandes Desafios dos Reinos precisam de Magia (Fogo) para serem derrotados. A Classe de Guerreiro (Terra) também aparece em 2 dos 3 Desafios. Magos e outros heróis que lidam com Magia Arcana serão mais valorizados nesta partida específica. A cada partida, serão sorteados novos Monstros, com habilidades e poderes diferentes.

Em outros setups, Ladinos, Clérigos ou Guerreiros podem ser mais importantes… Dragões, Observadores, Mortos-Vivos, Necromantes, Generais Goblinóides, Fantasmas, Demônios e Construtos são apenas alguns exemplos do tipo de Grandes Monstros que podem surgir. Isso garante que a cada partida os Jogadores precisem repensar suas estratégias de jogo, pois cada tipo de Desafio requer uma estratégia de combate diferente para derrotá-lo, tornando RPGQuest sempre divertido e desafiador! Cada um dos Desafios possui poderes únicos e regras específicas que dificultarão a vida dos Heróis de alguma maneira diferente…

Uma vez que os três Grandes Desafios tenham sido revelados, a partida de RPGQuest começa…

Metas e Mais Monstros

Uma das razões pelas quais escolhemos fazer este Projeto em Financiamento Coletivo é que poderemos ter muitos Monstros novos como metas a serem batidas, escolhidos pelos próprios apoiadores do Projeto. Dragões específicos, Seres Extraplanares, Daemogorgon e quem sabe até o Grande Chtulhu?

No próximo post falaremos mais sobre as Regras do Jogo.

#boardgames #Kabbalah #RPG

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/rpgquest-di%C3%A1rio-de-produ%C3%A7%C3%A3o-03