Exercícios Práticos – Música e Respirações

Um outro exemplo da aplicação da música no ocultismo e vice-versa é o Ritual Gnóstico do Pentagrama. Esta é uma das práticas essenciais e básicas da IOT (Illuminates of Thanateros) e é uma adaptação dos tão já conhecidos Ritual Menor do Pentagrama / Ritual do Pilar do Meio (Golden Dawn/OTO)… No RGP primeiramente a intenção é a libertação de qualquer simbolismo pré-existente, afim de que o magista possa entrar em contato com o Self e assim obter o sucesso desejado em qualquer operação mágica.

Ele se inicia com a respiração profunda e mentalização de radiâncias em cinco centros vitais de nosso corpo (relacionados completamente com os chakras citados anteriormente). Cada radiância é acompanhada com a vibração de uma vogal e deve causar uma sensação específica no momento de sua entoação. As vogais são vibradas como mantras no momento da exalação (técnica conhecida como pranayama) Conforme descrito em sua concepção “. O corpo deve ser tocado como um instrumento musical, com cada parte ressonando de acordo com um tom.”

Realizado tal processo, deve-se traçar em sentido horário um pentagrama para cada um dos quatro cantos (leste, sul, oeste, norte). Ao concluí-los, deve-se novamente voltar ao início e entoar novamente as vogais.Segue o procedimento do ritual:

1) De pé, para qualquer direção que prefira.

2) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som “I”, enquanto visualiza uma energia radiante na região da cabeça.

3) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som “E”, enquanto visualiza uma energia radiante na região da garganta.

4) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som “A”, enquanto visualiza uma energia radiante na região do coração e dos pulmões, que se espalha para os membros.

5) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som “O”, enquanto visualiza uma energia radiante na região da barriga.

6) Inspire profundamente. Exale lentamente, sustentando o som “U”, enquanto visualiza uma energia radiante na região entre a genitália e o ânus.

7) Repita o 6). Então o 5), 4), 3), 2), repetindo de trás para frente, até chegar à cabeça.

8) Inspire profundamente. Exale lentamente, repetindo o mantra IEAOU, enquanto desenha o pentagrama no ar, com o braço direito. O pentagrama deve ser visualizado com muita nitidez.

9) Vire para o próximo quadrante e repita o 8), então, desenhe os pentagramas restantes com os mantras e as visualizações, até chegar ao ponto de partida.

10) Repita os números 2) até o 7), inclusive.

#Chakras #Exercícios #Música

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/exerc%C3%ADcios-pr%C3%A1ticos-m%C3%BAsica-e-respira%C3%A7%C3%B5es

Desvendando o Onmyoudou

Aoi Kuwan

O Onmyoudou (leia-se onmyodo) é um sistema de magia oriental que abrange princípios do taoísmo, do budismo, do shungendou e do xintoísmo. Eu já havia comentado brevemente sobre ele aqui.

Sei que fiquei devendo em falar um pouco mais sobre essa arte, já que as informações são escassas e nada confiáveis. Ao invés de explicar os conceitos pouco a pouco, decidi fazer o contrário: reuni uma lista de grandes bobagens que circulam da internet sobre Onmyodou, e agora vocês saberão como surgiram essas esquisitices e a como filtrar melhor as informações que procuram.

Shikigami

São entidades criadas e ou evocadas pelo magista para determinado fim. Diferente dos seres elementais/familiares parecem depender muito da capacidade do magista em questão nos quesitos energia e controle dessa energia, assim sendo sempre dependentes de alguma forma do mago que os ‘gerou’. Os Shikigamis “básicos” que protegem, auxiliam e até emprestam poder para o onmyoji são os chamados Zenki e Goki (ou ainda há uma tradução Kouki para esse último, embora não seja utilizada), cada um feito de uma polaridade Yin-Yang oposta.

A.K. A primeira parte do texto está parcialmente correta. Shikigamis são entidades criadas pelos magistas para determinado fim. Se assemelham aos elementais artificiais dos sistemas ocidentais e, exatamente por serem criados pelos onmyouji, dependem de sua capacidade e de sua energia.

A segunda parte do texto já é um completo FAIL. Novamente, exatamente pelo fato de serem criados, é muito difícil um onmyouji possuir mais do que UM shikigami. Dizem que Abe no Seimei chegou a possuir 12 shikigamis ao longo de sua existência, mas, de qualquer forma, é necessário ser um onmyouji muito avançado para possuir mais do que um.

Os shikigamis são criaturas pessoais e recebem o nome que o magista der para eles. Zenki e Goki são dois onis que passaram a servir Ozunu, tido como fundador do Shugendou. Ou seja, eles não são shikigamis, quanto mais shikigamis “básicos”. Esse hoax de que seriam shikigamis e que protegeriam onmyoujis surgiu do anime Shaman King. O personagem principal, Yoh Asakura, é de uma família de onmyojis. Seu irmão gêmeo, Hao Asakura, é a reencarnação de um poderoso onmyoji, antepassado da família que possuía dois shikigamis chamados Zenki e Koki.

Para saber mais sobre a lenda de Ozunu, Zenki e Goki: http://dungeon.taisa-labs.com/facts/ask_ozunu_who_zengoki.htm (em inglês)

Onmyoujutsu é uma técnica de magia baseada nos conceitos do Yin-Yang que utiliza vários “encantamentos” e invocação de shikigamis (espiritos demoníacos), para defender ou libertar pessoas.

A.K. Shikigamis são criaturas criadas da energia do e pelo próprio onmyoji. Não há nada de demoníaco num shikigami.

Alguns exemplos de Onmyoujutsu e suas respectivas traduções:

A.K. Jura que você vai encontrar onmyoujutsu na internet em pleno século XXI, sendo que o Onmyouryou (espécie de secretaria a qual todo onmyouji estava vinculado) foi extinto no início da era Meiji devido ao poder que os onmyoujis exerciam, razão pela qual é tão difícil achar informações mesmo em japonês.

Enfim… já adiantando o que vem por aí, os “onmyoujutsus” abaixo foram todos usados pelos personagens do mangá X/1999, da CLAMP. Ou seja, são fantasia, não são encantamentos verdadeiros. Eles funcionam tanto como os encantamentos de Harry Potter, os do seu livro de RPG, ou os de qualquer obra FICCIONAL, de LITERATURA ou ENTRETENIMENTO, fui clara?

“On vajra dharma kiri shawa” – Invoca ou sela um espírito.

“Rin pyo to sha kai chin retsu zai zen” – Exorciza espíritos consumidos por demônios ou outras criaturas ocultas.

A.K. Essas palavras são os nomes dos mudras do Kuji-In, usadas também no Kuji-Kiri. Simplesmente recitá-las não faz absolutamente NADA, ainda mais se não se tem o devido preparo, sem saber o seu significado, nem nada. Recitá-las tendo uma idéia do que fazer, mas sem saber o que fazer exatamente, causa um baita desequilíbrio nos chakras.

“On abokya beiroshanam” – Cria uma barreira espiritual (kekkai).

A.K. hauahuahauahauhaauhauahauaha. Momento para me recompor. Criar uma kekkai é algo extremamente complexo que leva anos de treinamento! Ela é muito mais forte do que o Ritual Menor do Pentagrama, que era ensinado aos neófitos da Golden Dawn. Jura que recitar um simples mantra irá construir uma kekkai!

“Makabodara… Manihandomajin… Parahara paritayanam” – Liberta espíritos presos dentro de objetos. Normalmente usado em espíritos irritados ou perigosos.

“On batarei yo sowaka” – Liberta espíritos presos dentro de objetos. Normalmente usado em espíritos pacíficos.

“On sanmaji handomei kiriku” – Convoca espíritos assombrando uma área.

“Noumaku shamandra bastra donkam” – Cria chamas para engolir um espírito ou outra criatura oculta.

“Rin pyo to sha… Kai chin retsu zai… Zen…” – Cria uma luz espiritual que ajuda a acalmar os espíritos.

A.K. Olha o Kuji-In aí de novo. Ele é muito utilizado em mangás e animes como base para “encantamentos”. Em Sailor Moon (episódio 10 da primeira fase), Rei Hino (Sailor Marte) recita essas mesmas palavras no episódio em que ela recebe seus poderes para ter visões em uma fogueira.

Link do You Tube para os preguiçosos: http://www.youtube.com/watch?v=vR-M6elRTYg (a partir de 1:02)

“On kirikyara harara futaranbaswoha” – Desmorona uma barreira espiritual ou queima o espírito de vigilância ausente (ofuda).

“Nouboua-kyasha… Kalabhaya-on-arikya… Maribhori-showaha…” – Permite que o espírito de quem a usa possa entrar em outro corpo e interagir com a alma que anima este. Comumente usado para entrar no Chakra do Coração de outra pessoa.

A.K. Depois as pessoas desequilibram seus chakras, ficam doentes, tudo começa a dar errado para elas e elas não sabem por quê.

“On sowahanba shuda saraba tamara sowahanba shudo kan… On tatagyato dohanbaya sowaka… On handobo dohanbaya sowaka… Onbazoro dohanbaya sowaka… On basaragini harajihattaya sowaka… On barodaya… sowaka” – Cria uma Kekkai (barreira) poderosa usando um ofuda molhado para proteger de energias mágicas já estabelecidas dentro de uma área.

A.K. Um simples mantra não cria uma kekkai, um mantra mais “encorpado” tampouco irá criar. Um ofuda só funciona com a sua respectiva kotodama e, ainda assim, um ofuda também não é capaz de criar uma kekkai. Pelo amor dos deuses! Quer saber por que não cria? Primeiro, procure saber como é o Ritual Menor do Pentagrama, depois, considere que uma kekkai é muito mais forte do que ele. Agora, leia meus posts “Os três mistérios do Shingon” e “Como funciona um Ofuda” que você vai entender.

“On boku ken” – Usado como uma Kekkai-barreira- para parar energias mágicas dentro de uma área. Normalmente destrói a Kekkai-barreira- no processo.

“Shuku… Dou… Shou…” – Invoca um espírito cerimonial (Shikigami).

“Hikuu” – Normalmente usado depois de invocar um Shikigami para fazê-lo atacar.

“Rin… pyou… tou… sha… kai… jin… retsu… zai… zen” – Utilizado em conjunto com uma faca cerimonial para controlar um shikigami para atacar outra criatura oculta em áreas distantes da redondeza.

A.K. Mais uma vez o Kuji-In. Sério, a CLAMP bem que podia ser mais original, não é?

“Noubu aratannou tarayaaya… Nou makuariya mitabaya… Tatagyataya arakatei sanmyaku sambodya…” – Magia poderosa que purifica uma área de feitiços e criaturas ocultas, bem como criar uma Kekkai para proteção adicional.

“Saraba arata sadanei… sarabakyara kishougyarei…” – Usado para exorcizar espíritos ou outras criaturas ocultas.

“Amirita gyarabi… Amirita shiddi… Amirita teisei… Amirita beki andei… Kisha yogyarei sowaka…” – Magia poderosa que ataca e defende contra magia ofensiva.

“Namah samanta buddhanam Indraya svaha…” – Uma magia de ataque que invoca um raio do relâmpago(?).

A.K. Repetindo, já que repetir nunca é demais: esses “encantamentos” foram todos retirados do mangá X/1999, da CLAMP. Ainda que sejam baseados em mantras de verdade, eles não são técnicas verdadeiras do Onmyoudou, eles não funcionam! Nem preciso lembrar que recitar palavras em sânscrito (ou em qualquer idioma) sem saber o seu significado é a mesma coisa do que brincar com fogo, não é?

Observações:

*Os textos aqui em maioria são traduções do japonês, chinês para o inglês, e do inglês para português, então algumas falhas de tradução são comuns de serem encontradas.

A.K. Volta e meia eu procuro por informações sobre Onmyodo na internet em chinês e em japonês (e, apenas para constar, eu tenho nível intermediário em língua japonesa – o tradutor do Google até que dá uma mão, mas ele é uma porcaria em língua japonesa, para não dizer coisa pior) e eu NUNCA li nada parecido nessas línguas. Muito menos em inglês.

Não vou divulgar de onde eu tirei esses textos porque meu objetivo não é “atacar” ninguém. Qualquer pessoa com o mínimo de juízo e bom senso, que estude qualquer tipo de sistema de magia, sabe que esses textos são fantasia.

Acontece que, como vocês podem observar, a maioria das informações que circulam pela internet sobre o assunto são retiradas de animes e mangás por alguém sem mais o que fazer, e reproduzida por pessoas interessadas que, sem ter fontes confiáveis, acaba acreditando por ser a única coisa que encontrou.

Só que o problema começa quando alguém resolve pegar algum desses “encantamentos” aí de cima para ver “se funciona mesmo”, faz alguma besteira e se prejudica, tal qual fazem os satanistas de Orkut.

Muito pior, na verdade, porque um encosto ocidental é mais fácil de se livrar do que um encosto oriental. Quero ver encontrarem um sacerdote taoísta ou xintoísta para se livrar da criatura. Por essas e outras que vocês jamais verão um post meu ensinando como fazer ofuda.

Postagem original feita no https://mortesubita.net/asia-oculta/desvendando-o-onmyoudou/

A Música na Umbanda

Um dos mais importantes fundamentos na umbanda é o ponto cantado e as cantigas em louvor aos Orixás. Estes pontos funcionam de maneira análoga aos mantras que evocam determinadas energias, entre diversas finalidades, servem tanto para trazer as entidades como para se despedir delas. As pessoas responsáveis por isso recebem o título de Curimba, eles “defendem” a gira com uma série de pontos corretamente selecionados, purificam o ambiente e auxiliam o médium na incorporação.

De origem africana, o atabaque é um instrumento Sagrado, Consagrado e Firmado por Orixás e Guias. Constituído por couro animal, madeira e ferragens, essas três partes correspondem as seguintes regências: O couro pertence ao Caboclo que dá força ao atabaqueiro para tocá-lo, a madeira a Pai Xangô que dá ao atabaque a condição de justiça para não ser utilizado para o mal, a ferragem aos Exús que não permitem que eles sofram demandas. “É na verdade o caminho e a ligação entre o homem e seus orixás, os toques são o código de acesso e a chave para o mundo espiritual“
Existem três tipos de atabaques:
Rum (grave) – É o primeiro atabaque, onde fica o chefe da Curimba. Ele lidera todos os outros curimbeiros que se seguem. Geralmente é quem dá início aos cânticos e o toque. Estes deverão ter conhecimentos mais aprofundados sobre a doutrina umbandista e música.
Rumpi (médio) – Neste fica o segundo curimbeiro que auxilia “puxando” e cantando os pontos, podendo também iniciar o toque.
Lê (agudo) – O terceiro curimbeiro realça o toque e acompanha o canto. Nestes últimos atabaques, geralmente são colocadas pessoas amadoras com relação ao conhecimento musical e doutrina umbandista.
O uso do atabaque na Umbanda também ajuda no processo de sincronização do ritmo cardíaco de todas as pessoas no terreiro, tornando possível que tanto pessoas muito agitadas, como muito sonolentas tenham seu ritmo cardíaco normalizado.
Em suma, os atabaqueiros transmitem a vibração da espiritualidade superior através dos atabaques, criando um campo energético favorável à atração de determinados espíritos, são como mensageiros entre nós e o mundo espiritual.
Sabemos que, grosso modo, a comunicação entre os planos espiritual e material, efetua-se através da sintonização de frequências. Cantar e bater palmas juntos, faz com que a vibração das pessoas entre na mesma faixa de freqüência do trabalho que será realizado, afastando maus espíritos, diluindo miasmas, larvas astrais e criando toda uma atmosfera psíquica com condições ideais para a realização das práticas espirituais.
No plano espiritual, antes de dar início no processo de incorporação, os guias aguardam nossa vibração equilibrar-se com a vibração deles, desta forma, quando começamos a cantar os pontos dos guias que trabalharão na gira, estamos avisando os guias que estamos prontos. Uma só melodia, ritmo cardíaco igualado, foco em um mesmo objetivo, tudo isso fortalece os trabalhos dentro de uma egrégora e facilita a aproximação das entidades.
Os cantos, quando vibrados de coração (assim como nos mantras indianos é a vibração do osso esterno, localizado logo a frente do coração), atuam diretamente nos chakras superiores, notavelmente o cardíaco, laríngeo e frontal, ativando-os naturalmente e melhorando a sintonia com a espiritualidade superior, assim como, os toques dos atabaques atuam nos chakras inferiores, criando condições ideais para a prática da mediunidade de incorporação.
“Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Ah, como é lindo o batuque do Tambor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
Na Umbanda linda de Nosso Senhor
É a mensagem que enaltece os Orixás
É a oração que elevo ao senhor
É a vibração que nos faz incorporar
Sem batuque na Umbanda não se pode trabalhar
Eu não sabia, mas agora aprendi
Que o canto faz a gira de Umbanda
Quem canta, encanta a vida dos Orixás
É uma benção divina que emana muita paz”
(Louvação aos Atabaqueiros)
Referências
MATTOS, Sandro da Costa O livro Básico dos Ogans.
ORPHANAKE, João Edson A umbanda às suas ordens.
http://www.espiritualismo.hostmach.com.br/umbanda2.htm
http://www.umbandacomamor.com.br/aumbanda/elementos/atabaques.html
https://www.daemon.com.br/wiki/index.php?title=Umbanda

Fabio Almeida

Fabio Almeida

#Arte #Música #Umbanda

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-m%C3%BAsica-na-umbanda

Altar DeMolay – Setenário e Geometria

Altar é um local cujo objetivo é dedicado a conexão com o Divino, um lugar onde são realizadas as práticas espirituais, onde são colocados os materiais necessários para realização de um Ritual e a conexão com uma egrégora. É um utensílio religioso, mas não exclusivo de Religiões. No Templo – que significa “local sagrado”, do latim templum – DeMolay, chamado de Sala Capitular, o Altar tem esse objetivo e é utilizado dessa maneira.

Arquitetonicamente falando, o Altar é a base de todo Templo, é a Pedra Fundamental da qual toda sua estrutura será construída. Ocupa uma posição intermediária no Templo de maneira que se torne uma conexão simbólica entre o mundo espiritual e o mundo terreno, o local de união entre o Macro e o Microcosmo.

No campo simbólico o Altar é um local dentro de nós em que entramos em comunhão com nosso lado divino, é um estado de consciência que nos liga com o que está no Alto. Dessa ideia que vem um mito conhecido como “Montanhas Sagradas”, como temos no mito de Moisés que subiu ao alto do Monte Sinai para falar com Deus e desceu com seus mandamentos. Essa história não passa de um símbolo cabalístico em que “Monte Sinai” representa um estado elevado de consciência que Moisés alcançou através de 49 dias de meditação dentro de si. É um local simbólico, e não físico.

Na construção física do Altar, ele se torna o nó do Templo onde se cruzam as energias psíquicas. É o local utilizado para se realizar uma ruptura entre os planos, é nele que realizamos as invocações, evocações e damos determinações à egrégora. É onde pedimos permissão para começar ou terminar uma reunião, apresentamos os membros aos seus novos cargos, e onde são admitidos novos membros dentro da egrégora.

O SETENÁRIO

Dentro dos símbolos e dos rituais percebemos que uma certa importância é dada a certos números dentro da Ordem DeMolay, e o número sete ocupa um local especial desse mistério: ocupa nosso Altar.

“Por que sete, e por que não oito ou nove virtudes e velas?” é uma pergunta básica a qualquer interessado em nossa ritualística. Sete é um número sagrado e misterioso a todas as culturas, é o número da criação, são a quantidade das notas musicais, são os astros móveis visíveis no céu, são o número de Leis Herméticas, dos chakras, são o número das Sephirot Emocionais na Árvore da Vida, e assim por diante. Essa tradição numérica e geométrica também estão presentes em nossa Ordem.

O sete é expresso através de uma Geometria Sagrada que a muito tempo atrás foi utilizada na Ordem DeMolay, mas essa tradição foi perdida e pouquíssimos Capítulos usam desse artifício. Alguns dispõe suas sete velas em lua crescente, outros em ferradura, outros em triângulo, e outros ainda sem um símbolo identificável, deixando as velas no altar da maneira ao acaso. É uma triste realidade, visto que em textos anteriores estudamos a importância do símbolo e da egrégora.

Três é tido como o número do espírito, está relacionado com os três aspectos de Deus e com o equilíbrio entre os opostos que existe em toda criação, e seu desenho geométrico é o triângulo. O quatro é a representação da matéria, de tudo que é concreto, e sua figura geométrica é o quadrado. A soma de três e quatro é sete, que representa a criação material regida pelo poder espiritual, portanto é tido como o número da perfeição.

GEOMETRIA DO ALTAR

Os rituais do DeMolay sempre tocam, relembram, exemplificam e conduz sua ritualística no assunto do nascimento e morte. Sobre o nascimento somos ensinados que devemos erguer nossas vidas através das sete virtudes e os três baluartes, e sobre a morte somos ensinados que ela não passa de uma passagem ao dia eterno, uma outra etapa. Essas referências dizem respeito ao espirito sobre a matéria, que é um ensinamento central dentro das nossas virtudes, e isso também representa o altar através do número sete.

Num campo simbólico o triângulo está relacionado com o elemento fogo, que representa a Luz e o próprio espírito. O quadrado está relacionado com a geometria plana, com o simbolismo do número quatro, que é o elemento terra, o material. A matéria sozinha é inerte, mas quando aplica-se a ela o fogo, surge a vida, como nos ensina o hermetismo.

Quadrado sob Triângulo é o ensinamento do material sob espiritual. E a mesa do Altar é posta entre ambas as figuras. Eis a Geometria Sagrada do Altar, que aponta ao Oriente, de onde vêm a luz que se espalhará a todos seus membros, à egrégora e a todos que forem direcionados as intenções durante as orações.

Ainda por “coincidência” temos no Setenário Místico virtudes aplicadas a vida material e a vida espiritual. As virtudes materiais que formam o quadrado temos: Amor Filial, Cortesia, Fidelidade e Patriotismo; as espirituais: Reverências pelas coisas Sagradas, Companheirismo e Pureza.

Esses símbolos são de fundamental importância na eficácia da prática ritualística. Quando formos estudar Cabala veremos que nosso Altar se situa na sephirot Tipheret, responsável por trazer a Luz de Deus a nós, que é também a representação do Sol. Veremos também em breve os tattwas orientais e veremos sua relação com essa geometria, assim como estudaremos as velas vermelhas, a linha imaginária, entre outros elementos que não podem ser desprezados.

Coincidência ou não nosso Setenário Mistico está ai.

#Demolay

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/altar-demolay-seten%C3%A1rio-e-geometria-1

Energia Telúrica, Linha de Ley 1 ½

Fico feliz que a idéia destas colunas “intermediárias” tenha agradado o pessoal. Sei que os assuntos que tratamos aqui são razoavelmente complexos, quase nunca abordados na internet e às vezes eu me empolgo, vou escrevendo… e esqueço que certas coisas, apesar de óbvias e corriqueiras para os ocultistas, são um tanto quanto complicadas para quem nunca teve contato com este tipo de informação.

Mas, volto a insistir, se pintar alguma dúvida, basta perguntar que eu tento responder na medida do possível.

Ah, eu andei apagando uns comentários desta vez… acho que comentários de céticos fanáticos sem argumentação que falam apenas “seu texto é uma baboseira, isso ai não está nos livros de ciência” tem tanto valor pra mim quanto os fanáticos religiosos que falarão “seu texto é uma baboseira, isso ai não está na Bíblia”. Se o cara quer questionar e pedir uma explicação adicional (como o Zatraz fez) a gente tenta ajudar da melhor maneira possível, mas ninguém aqui tem de ficar dando espaço pra xingamento gratuito. E é mais triste ainda que isso venha de gente que quer posar de “argumentador pela lógica racional”.

Douglas Moraes, Pokan – Quanto as perguntas. Eu percebi que isso deixaria o post interminável, então não vou fazer… mas dá pra usar o “localizar palavra” com o nome da pessoa que eu coloco em negrito para achar o comentário dela, e vou tentar colocar um subtítulo na frente da resposta para ajudar o povo a se localizar. E outra… de acordo com um dos comentários, a gente só escreve estas colunas para fazer vocês visitarem as páginas do site, então esta é uma conspiração para fazer vocês voltarem inúmeras vezes nos meus posts… =D

Caio – Sobre o Benitez. Sim, ele é autor de ficção, mas… até ai… eu também sou… muitos autores de ficção (escritores, tanto de livros quanto de HQs) eram (e são) ocultistas e usam o recurso da “ficção” para preparar a mente das pessoas para aceitar algumas coisas que virão posteriormente. Alguns exemplos incluem Shakespeare, Victor Hugo, Alexandre Dumas, Arthur Conan Doyle e Julio Verne, pra ficar nos clássicos. Alan Moore e Grant Morrison pra ficar nos contemporâneos.

Igniz – Este site tem muitos textos legais para ler e consultar.

Thiago – Daniel Mastral? Aquele pastor evangélico que se finge de ex-satanista pra inventar bizarrices medievais contra o “tinhoso” e os “adoradores do capeta” e faturar com isso?… Assim como o “TIO CHICO” (ex-bruxo, ex-macumbeiro, ex-maçom, ex-aidético, ex-homossexual… entre outras bizarrices) que se “converteu” e agora ganha uma grana dando “testemunhos”. As igrejas caça-níqueis são pródigas em inventar atrações circenses.

Mais pra frente, eu pretendo falar sobre satanistas de verdade aqui na coluna.

CacauPE, Daniel – Kardec, a Maçonaria e Espiritismo. Allan Kardec, ou melhor, Hippolyte Léon Denizard Rivail, pertenceu à Grande Loja da França, foi um dos primeiros estudiosos a promover uma pesquisa científica séria e metódica a respeito do Plano Astral e seus habitantes e manifestações (chamados de “espíritos” por ele), em 1857. Apesar das otoridades classificarem o kardecismo como “religião” nos rótulos que gostam de colocar nas pessoas, o kardecismo não é uma religião, mas uma filosofia, mesmo porque a Maçonaria não permite debates religiosos dentro de suas lojas e os estudos que Kardec coordenou eram puramente científicos.

Se você já leu os livros básicos dele, eu recomendo os trabalhos do prof. WALDO VIEIRA e da CONSCIENCIOLOGIA, que coordena estudos científicos há 40 anos, com centenas de experimentos em laboratórios sobre todo tipo de manifestação extrafísica. Recomendo especialmente o livro “700 experimentos da Conscienciologia”.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Waldo_vieira
http://www.iipc.org/
700 Experimentos da Conscienciologia

Scherer– o Projeto HAARP (High Frequency Active Auroral Reserach Program) era para ser usado em comunicações ao redor do planeta, controle do clima, irrigação de áreas desérticas, iluminação noturna entre outros usos que os Atlantes possuíam através da combinação das camadas mais sutis da Ionosfera atuando em com as Linhas de Ley. Hoje este projeto está classificado de Top Secret e é coordenado pela USAF, com estudos voltados apenas para o lado bélico, como “ataques de ondas eletromagnéticas”. Uma das minhas teorias da conspiração favoritas envolvem Nicolai Testa (o gênio) e a explosão “inexplicada” de Tunguska. Outro dia falamos mais sobre isso…

Evandro – Yoga. Não tem como falar sobre yoga em apenas um parágrafo, mas eu prometo que, quando chegar nos chakras, a gente entra em detalhes sobre a origem e explicação das 6 linhas de yoga (Hatha, Raja, Bhakti, Jnana, Kriya e Karma).

Daniel, Julien – Vocês estão certos, eu acabei mandando o texto pro eightbits faltando um parágrafo. Apesar de Stonehenge ser construída com base nos mesmos moldes dos templos romanos, ela possui 10 conjuntos de pedras, sendo que o local onde fica a sexta posição é o local onde os sacerdotes levavam certas pedras como as Lia Fail ou Pedra de Scone (a bíblia fala sobre a pedra onde Jacob descansou sua cabeça antes de vislumbrar a “Escada de Jacó” mas falaremos mais sobre isso na Kabbalah) que faziam às vezes de canalizador de energia (como a Arca da Aliança fazia nas Pirâmides). Ou seja: da mesma maneira que os sacerdotes egípcios recebiam suas iniciações dentro da pirâmide na câmara do Faraó, os sacerdotes celtas recebiam suas iniciações neste ponto do círculo. E este costume mágico continua até os dias de hoje. TODOS os reis e rainhas da Inglaterra e Escócia não eram coroados se não estivessem sentados sobre a “Pedra de Scone”. Até eu chegar na parte do Rei Arthur, vamos todos parar para meditar sobre o que pode ter de coincidência nisto que falei acima e na história da “espada cravada na pedra”.

Cícero – Arquivo kmz das linhas de Ley: http://www.vortexmaps.com/hagens-grid-google.php

David – Quem foi que disse que elas não tentaram?

Tio Patinhas – sim, você pode. Eu vou explicar com calma isso no post dos Chakras, mas se você estiver curioso sobre que tipo de efeitos práticos você pode ter, vai no youtube, digita meu nome lá e dá uma olhada nos vídeos de Chi-kung que eu deixei. São demonstrações que a energia dos chakras pode ser manipulada para efeitos práticos/visíveis a qualquer hora em qualquer local, exatamente como os céticos adoram dizer que as coisas científicas devem ser… o único “senão” é que a disciplina mental para chegar neste ponto é extremamente trabalhosa… Ah, as barras de aço tem meia polegada cada uma (e são 4 em cada demonstração).

A HELLSTONE fica em Dorset, é um mini observatório usado para calcular datas de plantio e colheita. Tem este nome porque os cristãos acusavam os bruxos de fazerem “sacrifícios humanos” sobre o altar de pedra central. Como curiosidade, o desenho formado no chão ao redor das pedras é um ouroboros.

Lázaro, Xtecox, Dave, PH, Bolívar, Lego, Thahy, Pet – Thelema rulez. É claro que vou falar sobre Golden Dawn, Rosa Cruz Alfa et Omega e OTO. Tudo a seu tempo… Por sinal, ontem (12/10) foi aniversário do Aleister Crowley.

Jean Bulinckx, Arthur, Krebys – Não importa o quão avançada seja a sua civilização, não dá pra segurar ondas com 500m de altura chegando nas suas cidades. Segundo as informações que temos, o continente afundou em um único dia. Apesar dos avisos dos sacerdotes/cientistas, os governantes não deram atenção a eles. Você já deve ter visto alguma história fictícia semelhante nas HQs, com um cara de capa vermelha e um planeta que explode… Mas, como estamos conversando nas colunas, muitas das informações e conhecimentos se salvaram, SIM. Apenas ficaram sob a guarda de Iniciados para que os erros cometidos pelas civilizações antigas não se repetisse.

Betopow – Na medida do possível, sempre vamos colocar fotos, links ou vídeos para mostrar que todas as pesquisas estão muito bem embasadas. Mas nunca ouvi falar na “Teoria da Terra Chata”. Nos campos ocultistas, os estudiosos já sabiam que a Terra era esférica desde os tempos Egípcios.

Zatraz – Sobre computadores de cristal, controlados por ondas mentais. Os cientistas ortodoxos estão engatinhando nesta tecnologia ainda, mas já possuem alguma coisa pesquisada. Veja estes dois sites das autoridades sobre estas pesquisas (é… autoridades, porque eu gosto dos japoneses e hindus quando se trata de tecnologia, pois eles não têm os preconceitos católicos/muçulmanos/ateus para trabalhar com o espiritual x tecnológico).

http://www.livescience.com/health/050317_brain_interface.html
http://www.newscientist.com/article/mg16922741.000-a-clear-winner.html

O conceito dos “computadores de cristal acionados pela mente humana” exigem um domínio e concentração mental que devem existir em 0,001% da população de hoje em dia, no máximo… Histórias sobre estes computadores de cristal conectados a Linhas de Ley sobreviveram entre os profanos na forma das lendas de “bolas de cristal” das bruxas.

Renan, Mateus, – Vocês estão confundindo as bolas… Místicos e Ocultistas são coisas BEM diferentes… ocultistas são extremamente céticos também… conhecem e estudam todos os livros ateus e normalmente fazem parte de grupos de discussão como os Céticos S/A do Mori… só que são discretos. Nada me irrita mais do que falsos videntes, tarólogos picaretas, astrólogos de programas femininos, falsos médiuns e todo tipo de esquisotérico demente que colabora para colocar mais preconceito na cabeça das pessoas.

É uma burrice achar que estamos em posições antagônicas. A única diferença entre ocultistas e cientistas ortodoxos é que os ocultistas possuem mais informações que vocês para trabalhar seus estudos.

#Astrologia #Pirâmides

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/energia-tel%C3%BArica-linha-de-ley-1

Ritual da Igreja Luciferiana comentado

Bom dia Marcelo,

te peço encarecidamente que me tire uma dúvida, pois sou leigo e não tenho outra pessoa para perguntar, se eu fizer o ritual descrito abaixo (para fazer parte de uma igreja Luciferiana), eu corro algum perigo?

Resposta na continuação…

@MDD – Eis que agora comentarei todo o ritual que circula entre os satanistas de orkut e listas de discussão satânicas entre a gurizada. O ritual está todo em maiúsculas mesmo, deve ter sido escrita pelo próprio tinhoso (por isso os erros de português, deve ser problema de digitar com os cascos hehehe). meus comentários estão na forma tradicional:

Vamos à pérola da ritualística:

DETALHES PARA O RITUAL

VC TERÁ QUE FAZER O MESMO RITUAL POR 03 VEZES, PROCURE AZER MAIS OU MENOS DENTRO DO MESMO HORÁRIO QUE FEZ O PRIMEIRO CASO SEJA DIFICIO MANTER O MESMO HORÁRIO, TENTE PELO MENOS SE APROXIMAR DO HORÁRIO QUE FEZ O PRIMEIRO, O HARÁRIO MAIS INDICADO PARA FAZER ESTES RITUAIS, É ENTRE 23:30 E 24:OO ORAS, OU SEJA PROXIMO DA MEIA NOITE.

@MDD – 3 erros de português/digitação. O ritual pede que seja repetido 3 vezes, no mesmo horário. trata-se de um ritual de invocação ou chamamento de alguma energia (que examinaremos mais adiante). As três vezes têm a função de estabelecer um vínculo energético entre o fulano que realiza o ritual e a entidade chamada.

LISTA DE MATERIAL NECESSÁRIOS, OBS: TERÃO QUE SER MATERIAIS NUNCA USADOS

05 – VELAS PRETA

03- VELAS BRANCA

01- CAPA PRETA, TIPO SUBRE TUDO, PODE SER SEM CAPUS! CASO VOCE NÃO TENHA COMO PROVIDENCIAR ESTA CAPA, PODE PROVIDENCIAR UM TECIDO GRANDE NA COR PRETA, APENAS PARA COBRARI O SEU CORPO POR CIMA DAS SUAS VESTES COMUM.

01- COPO OU TAÇA COMUM QUE NUNCA TENHA CIDO USADO PARA VINHO, SEPARE ESTE P/ OS 03 RITUAIS

01- AGULHA FINA NUNCA USADA

01-UMA GARRAFA DE VINHO TINTO A SUA ESCOLHA, OBS: NÃO PODE SER VINHO BRANCO.

01-FOLHA DE PAPEL BRANCO,

01-PRATO BRANCO PARA COLOCAR O PAPEL DO JURAMENTO PARA QUEIMAR

01- UMA CANETA PRETA, COMUM PARA VC ESCREVER O JURAMENTO SEGUIDO DOS SEUS PEDIDOS, OBS: VC PRECISA ESCREVER A MÃO, POIS ASSIM VC IMPRIME NO PAPEL A SUA ENERGIA, E ESTE PAPEL SERÁ QUEIMADO.

03- COPOS COMUM NUNCA USADOS NA COR TRANSPARENTE, OU SEJA SEM NENHMA DESCRIÇÃO, PARA VC COLOCAR ÁGUA.

OSB: TODOS OS UTENSILIOS ACIMA, PODE SER USADOS PARA FAZER OS 03 RITUAIS, EXETO AS VELAS, POIS ESTAS TERÃO QUE QUEIMAR ATÉ O FIM..

@MDD – Lista de materiais cheia de erros de português (eu contei 12, fora a péssima organização das idéias no texto). Dá pra imaginar a precariedade do ritual, já que a pessoa não vai consagrar absolutamente nada e provavelmente nem “subre-tudo” a pessoa vai ter. Me parece escrito de um analfabeto de orkut para outro. Eu me assombro como alguém com um mínimo de conhecimento sobre o Plano Astral seguiria uma tosqueira dessas.

**********

LOCAL DO PACTO

ESCOLHA UM LOCAL DE 1.5 METROS POR 1.5 METROS, OU SEJA UM METRO E MEIO,POR UM METRO E MEIO, FAÇA UMA CIRCOFERÊNCIA COM FITA ADESIVA BRANCA OU GIZ PARA MARCAR E FAZER O DESENHO IGUAL AO PENTAGRAMA.

@MDD – que bom que 1,5 metros continua sendo um metro e meio! Achei que Satan tinha mudado toda a física. Agora imagina a qualidade da “circoferencia” feita com fita adesiva.

PEGUE TODOS OS MATERIAIS E PREPARE TUDO DA SEGUINTE FORMA!

ACENDA UMA VALA PRETA EM CADA PONTA DA ESTRELA, CONFORME INDICADO NO PENTAGRAMA. NO PONTO INDICADO ACENDA AS VELAS BRANCA, QUE VAI FICAR NA SUA FRENTE NO CENTRO DO PENTAGRAMA QUE TEM UM ( X ) É NESTE PONTO QUE VOCÊ VAI FICAR SENTADO PARA INICIAR O RITUAL.

@MDD – Eu consigo pensar em poucas coisas mais estúpidas a se fazer do que acender velas pretas em um pentagrama e sentar DENTRO do pentagrama em um ritual de invocação. Recapitulemos as explicações sobre o RMP (Ritual Menor do Pentagrama) no qual o magista cria um círculo de defesa através da visualização dos pentagramas ou das velas brancas. Trocar as velas brancas por pretas apenas muda o ritual de defesa para abertura. Esta parte pode ser traduzida como “ei, entidades de baixa vibração que estejam aqui perto, eu estou sentado aqui totalmente desprotegido e afastei qualquer defesa que eu tinha”. E não obstante, o infeliz vai repetir o ritual 3 vezes consecutivas… ok.

NOS 03 PONTOS INDICADO FORA DA CIRCONFERENCIA COLOQUE OS 03 COPOS COM ÁGUA. A CENDA AS VELAS PRETAS, FIQUE A TENTO PARA EVITAR QUE UMA DELAS ESTEJA APAGADA, POIS NA HORA DO RITUAL TODAS PRECISAM ESTÁREM ACESAS PARA A SUA OFERENDA, CASO ALGUMA SE APAGUE VOLTE A CENDER.

ESTANDO TUDO PREPARADO NO LOCAL, ACENDA AS VELAS E PROCURE SE CONCETRAR DE OLHOS FECHADOS, POR UNS 05 MINUTOS,

PARA ESTÁ TOTALMENTE SOLTO PARA QUE VOCE POSSA FAZER UM RITUAL TRANQUILO, CASO VOCE PERCEBA ALGUM SINAL ATRVEZ DE ALGUMA COISA , NÃO SE PREOCUPE PODE SER O MESTRE OU UM DOS SEUS ENVIADOS , SE FAZENDO PRESENTE PARA RECEBER O SEU RITUAL E JURAMENTO. DIFICILEMNTE VC VERÁ A PRESENÇA DELE, POIS PARA ISTO TERIA QUE TER ANOS DE PREPARAÇÃO MAS DE ALGUMA FORMA ELE SE FAZ PRESENTE PARA RECEBER O SEU JURAMENTO!

@MDD – huahauahau eu aposto todo o dinheiro da minha carteira que se por algum milagre um demônio goético de verdade aparecesse, o “satanista” iria borrar as calças e chamar por Jesus e pelo papa.

Bem, nesta etapa, o infeliz já acendeu as velas pretas, abriu suas defesas energéticas e entrou em vibração com os “planos inferiores”. No astral, qualquer quiumba ou espírito zombeteiro ou cascão ou vampiro que esteja passando perto já sentiu que há um idiota facinho dando sopa naquela região.

CASO ELE NÃO SE MANIFESTE, NÃO SE PREOCUPE ISTO NÃO QUER DIZER QUE ELE NÃO ESTAJA COM VOCÊ. MAS COMO VOCÊ TERÁ UM PERIODO DE 03 SEMANAS, ESTE É O TEMPO QUE VOCÊ PRECISA PARA SER TOTALMENTE ENTREGUE A ELE!

TODOS NOS SABEMOS QUE SOMOS FILHOS DO CRIADOR, O NOSSO MESTRE RECONHECE ISTO, POR TANTO, TODOS NOS TEMOS AS NOSSAS PROTEÇÕES NATURAIS DA VIDA, ÀS VEZES ESTAS PROTEÇÕES IMPEDEM QUE EM UM PRIMIERO MOMENTO, QUALQUER SER MESMO SENDO DE LUZ,QUE SE APROXIME DE NÓS SEM UM PREPARAÇÃO DEVIDA!

MAS COMO O NOSSO MESTRE É BÁBIO COM CERTEZA VAI ENCONTAR UMA FORMA DE LHE DAR BOAS VINDAS!

@MDD – O Mestre deles certamente é “bábio” (seja lá o que isso for), pois fez o satanista de orkut baixar todas as suas proteções para que pudesse se aproximar do infeliz sem ser perturbado. continuemos…

PROCURE ESTÁ CONFIANTE, POIS NESTE MOMENTO NADA DE MAL LHE ACONTECERÁ, ESTES 03 COPOS, SERVIRÃO COMO PILARES DE SEGURANÇA ESPIRITUAL, PARA ASSIM EVITAR QUE OUTROS SERES MAL INTECIONADOS SE PROXIME DE VOCE, NO MOMENTO DO RITUAL.

@MDD – a água, como já expliquei em vários posts, serve como absorção das energias residuais do ritual. Assim sendo, em diversos rituais de geração de energia, a água vai absorver tudo o que está sendo trabalhado. Em alguns rituais, de cura, por exemplo, a água fica imantada e deve ser bebida; em outros, de limpeza, a água fica carregada com aquele miasma e deve ser jogada fora… vamos continuar a leitura para ver que tipo de ritual nosso amigo satanista de orkut estará fazendo…

VALTANDO AO PACTO

TUDO MATERIAL JÁ ESTANDO POSICIONADO, COLOQUE O VINHO NO COPO OU TARÇA VC QUEM SABE NA HORA DE FURAR O SEU DEDO, TANTO FAZ SER DA MÃO ESQUERDA OU DIREITA. OU QUALQUER DOS DEDOS..

JÁ DEIXE PREPARADO E O TEXTO A BAIXO QUE É O SEU JURAMENTO JÁ ESCRITO A MÃO VOCE FALAR EM VOZ ALTA E BOM TOM

@MDD – Voce beber da tarça depois? hehehehe.

O JURAMENTO

EU X ?? DIGA O SEU NOME COMPLETO E DATA DE NASCIMENTO E NOME DA CIDADE A ONDE NASCEU

VENHO NESTE MOMENTO INVOCAR O MEU MESTRE E PAI LUCIFER PARA QUE POSSAMOS FAZER UM ACORDO, NESTE MOMENTO LHE ENTREGO COM TODA AMINHA VERDADE, AMINHA FIDELIDADE, A MINHA ALMA E TODA A MINHA ADORAÇÃO.

PROMETO A PATIR DE HOJE, SER O FILHO DA DUA VONTADE, SER OBEDIENTE E DECIPLINADO, PARA QUE TENHAS ORGULHO DA MINHA VIDA, PARA QUE ASSIM, APÓS AMINHA EXISTENCIA AQUI NA TERRA , TENHAS TODOS OS DIREITOS DA MINHA VIDA E ALMA.

NESTE MOMENTO TE INVOCO O MEU DEUS E MEU MESTRE LÚCIFER, SENHOR DA MATERIALIZAÇÃO, SENHOR DA LUZ, SENHOR DA SABEDORIA, SENHOR DA PROTEÇAO E SENHOR DA PROSPERIDADE!

PARA QUE ESTEJA AQUI E A GORA, PARA RECEBER AMINHA ENTREGA DE TODO O MEU CARAÇÃO, TE ENTREGO A MINHA VIDA E ALMA.

MEI PAI E MEU MESTRE LUCIFER, QUERO SER MERECEDOR DE TUDO QUE EU PEDIR SEJA EM BENS MATARIAIS, SEJA EM BENS DIVERSOS E PESSOA PARA AMINHA COMPANHIA. TUDO QUE SEJA PARA FAZER A MINHA VIVA MELHOR, PARA QUE EU SEJA FARTO DE FINANÇAS, FARTO DE PROTEÇÃO, FARTO DE SAÚDA, FARTO DE SABEDORIA, FORTO DE BOAS COMPANHIAS.

NESTE MOMENTO JÁ ME SINTO O TEU FILHO AMADO E NA CONDIÇÃO DE FILHO JÁ ME SINTO NO DIREITO DE FAZER OS MEUS PRIMEIROS PEDIDOS!

PEDIDOS

ENTÃO VOCÊ JÁ FAZ OS SEUS PRIMEIROS PEDIDOS, EXEMPLO DINHEIRO-CASA-FAMA- TRABALHO

RELAÇÃO COM A PESSOA DESEJADA ETC. CONTINUA>

AGORA SELO O NOSSO A CORDO, TE ENTREGO O MEU SAGUE E O SANGUE DESTA VIDA, REPRESANTADA POR VINHO. PARA QUE POSSA TER A CERTEZA DA MINHA DECISÃO E FIDELIDADE!

@MDD – Supondo por absurdo que Lúcifer escutasse uma ladainha dessas cheia de erros de português, vinda de um perdedor que está oferecendo uma alma que não vale uma paçoca, me dê um único motivo pela qual ele daria algum desejo ao idiota só porque o zé mané já acha que é filho dele?!?! HAUAHAUAHAU fala sério. Se um babaca desses fala uma coisa dessas pra voce, estimado leitor, você atenderia o seu “filho” com os pedidos esdruxulos que um sujeito desses deve ter?

ENTÃO AGORA VC FURA O DEDO DE UMA DAS MÃOS, PINGA UMAS 04 GOTAS DE SANGUE DENTRO DO COPO QUE JÁ ESTÁ COM O VINHO , AGORA BEBE O VINHO DO COPO COM O SEU SANGUE, LOGO QUE VC FURAR O DEDO PARA COLOCAR PELO MENOS UMAS 04 GOTAS DE SANGUE JUNTO COM O VINHO, VOCÊ PINGA 04 GOTAS DE SANGUE NO PAPEL NA PARTE DE BAIXO, SIMBOLIZANDO A SUA ASSINATURA,APÓS BEBER O VINHO, ENTÃO VOCÊ QUEIMA O PAPEL NO FOGO DA VELA PRETA POSICIONADA EM UMA DAS PONTAS DO PENTAGRAMA.DEIXA O PAPEL QUEIMAR DENTRO DO PRATO BRANCO

@MDD – No momento em que espetar o dedo e romper a pele, qualquer vampiro astral que estiver por perto poderá chupar você como uma galinha de macumba, só que com mais prana.

LOGO QUE O PAPEL COMEÇAR A QUEIMAR, VC FALA

APARTIR DESTE MOMENTO JÁ CONTO COM A SUA AJUDA, POIS JÁ ME SINTO SEU FILHO ENTÃO REPETE O SEU NOME COMPLETO NOVAMENTE. E ASSIM SE ENCERRA O RITUAL

@MDD – Encerra nada. O que quer que estiver grudado nos seus chakras vai ficar por lá, já que as defesas são praticamente inexistentes e o mané voluntariamente se declarou serviçal. A tal da Igreja Luciferiana nem logo possui, senão poderia roubar a energia desse mané (como faz a ONA) fazendo ele desenhar o logo da Igreja no pergaminho queimado.

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ENTÃO VOCE PODE SAIR DE DENTRO DO PENTAGRAMA, DEIXE AS VELAS QUEIMAREM ATÉ O FINAL E OS RESTOS DAS VELAS PODE DESCARTAR EM ALGUM LIXO COMUM!

@MDD – Joga no lixo da cozinha hauahauahau e não explicou o que fazer com os copos de água

ATENÇÃO

VOCE PRECISA FAZER ESTE RITUAL POR 03 VEZES, SENDO UM DIA POR SEMANA.

APÓS ESTES 03 RITUAIS O SEU PACTO ESTARÁ COMPLETO ENTÃO VOCE ENTRA EM CONTATO COMIGO, PARA QUE EU VERIFIQUE JUNTO AO NOSSO PAI SE OCORREU TUDO BEM, OU SE TERÁ QUE REPETIR ALGUNS DOS RITUAIS.

@MDD – e ele vai verificar como? com mais velas pretas? hauahauahau Supondo que o fulano tenha mesmo alguma conexão com algum kiumba, o satanista de orkut apenas se tornou o mais novo doador de prana para a entidade que comanda aquela egrégora, sem direito a nada em troca.

POR TANTO ESTE FOI O PACTO QUE MUDOU A MINHA VIDA PARA MELHOR, ESPERO QUE A PARTIR DESTE VOCE TAMBEM POSSA TER UMA NOVA VIDA, CHEIA DE SÁUDE, SUCESSO, PROTEÇÃO E BENS MATERIAIS, PARA QUE VOCE AO TERMINO DESTA EXISTENCIA PERCEBA O QUENTO FOI VITORIOZA A SUA PARCERIA COM

LUCIFFER.

@MDD – Bem que Lúcifer poderia ter dado algumas aulas de português aos seus discípulos.

CERTO DE TER LHE ENVIADO A CHAVE DAS PORTAS PARA QUE VOCE OBTENHA UMA VIDA MELHOR, FICA AQUI OS MEUS AGRADECIMENTOS E DESEJO DE MUITO SUCESSO

SINTOMAS DO PACTO

É importante que você saiba que neste período dos 03 rituais de pacto será feita uma limpeza total em todo o seu campo energético, neste período cada filho tem uma reação diferente, uns tem uma sensação de bem está muito grande, outros sentem uma vontade muito grande de dar risadas e correr pular etc, outros sentem uma tristeza profunda e muita vontade de ficar sozinho em locais de muito silencio, por tanto

é perfeitamente normal, pois até que você complete o seu pacto as sua energias serão totalmente transformada e a sua forças, reflexo e energias vitais serão revitalizadas, por tanto não estranhe caso você

sinta alguma destas reações!…

LEMBRE-SE QUE UM PACTO É REGIDO POR ENERGIAS, ESTAS ENERGIAS, SERÃO CANALIZADAS CADA VEZ MAS PARA O SEU PACTO,, DA SEGUINTE FORMA, CADA VEZ QUE VOCE CONSIDERAR QUE OBTEVE UM RESULTADO POSITIVO OU UMA VITÓRIA, PELA AJUDA DO NOSSO MESTRE, BASTA OFERTAR UMA OFERENDA EM FORMA DE AGRADECIMENTO, PARA QUE ELE POSSA CANALIZAR MAS E MAIS ENERGIAS, FORTALECEDORAS PARA O SEU PACTO. SENDO QUE ESTAS OFERENDAS SERÁ FEITA AQUI NO TEMPLO, EM SEU NOME COMO FORMA DE AGRADECIMENTO, MAS NÃO É OBRIGATÓRIA!

, NÃO SE ESQUEÇA DE ENTRAR EM CONTATO PARA RELATAR OS BENEFICIOS DO SEU PACTO

@MDD – Rá! O dízimo… sabia que estava faltando alguma coisa hauahauahau. O fulano passa de servo de Jesus à servo de Kiumba, com contrato e tudo. O mais comum é essas criaturas se voltarem mais e mais pra depressão, fuga do sol (som aniquila com os miasmas) e solidão. Quem tem vidência até consegue enxergar as gosmas pretas pendendo dessas figuras que infestam o orkut, sem poder nenhum de nada.

Chega a dar pena.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ritual-da-igreja-luciferiana-comentado

A Corrupção Moderna da Magia

Eu me identifiquei muito com o autor do texto. Ao longo destes 30 anos estudando ocultismo, presenciei praticamente os mesmos problemas que o “Prophecy” (autor do texto original). Atualmente, graças à internet, tenho visto tomos e mais tomos de magias disponíveis em pdf, e gente que se acha mago e thelemitas de facebook só porque leram meia dúzia de livros, mas que se você for ver, não sabem nem ao menos fazer os rituais mais básicos do Pentagrama ou um banimento simples.

Magia é como kung fu ou natação: você pode ler todos os livros do mundo a respeito, mas não vai saber fazer a não ser que tenha a parte prática.

Esta será uma lição longa, portanto, ao trabalho. Não pule partes por causa de seu tamanho. Leia cada palavra, e tome notas diligentemente.

A predominante abordagem à magia, nos dias atuais, deve ser abolida. O processo iniciatório dos maçons do passado e a ideia do avanço espiritual através apenas do conhecimento devem ser deixados como relíquias do passado. Como a Jnana Yoga atesta, e como Francis Bacon declara, existe, certamente, poder no conhecimento. Porém, o melhor poder é aquele adquirido da prática e, consequentemente, da experiência. Um pouco de prática vale muitos livros. Esta deve ser a ideia predominante dos anos vindouros, se a humanidade quiser reviver a irmandade de magos no mundo e redistribuir a carga de trabalho espiritual que, no momento, cai quase inteiramente nos ombros de iogues.

A incompreensão da magia legítima criou uma ameaçadora carência de adeptos ocidentais iluminados. Esses adeptos mestres, reais Deuses-Homens do passado, estão raramente reencarnando. Parece, portanto, que, no geral, existem poucos grandes magos disponíveis. O número deles se tornou escasso; seu nível, baixo. Nos meus tempos de garoto, antes de minhas memórias retornarem, eu procurei aqui e ali alguma faísca de sabedoria, estudei muitos sistemas de magia e de xamanismo, e, no fim, me senti como Abraão, o Judeu, depois de seus anos de procura pela Ciência Divina, antes de ser abençoado por seu guru, Abramelin. Em lugar algum, eu pude encontrar alguém que merecesse o título de professor da ciência divina. Fraudes e charlatãos eram numerosos, e pessoas pensavam que eles eram magos só porque nunca conheceram um mago verdadeiro. Hoje, essas mesmas pragas ainda infectam bastante as buscas de jovens aspirantes ao redor do mundo.

Existe um número de razões para a escassez atual de sábios na tradição oculta ocidental. Eu me esforçarei aqui para compartilhar com vocês algumas das razões que as minhas experiências com aspirantes esperançosos, os ensinamentos de várias ordens e paradigmas, e meu tempo com as “vítimas” de vários movimentos new age, me levaram a classificar como causas para o problema. Eu baseei essas conclusões nas súplicas de aspirantes esperançosos buscando iniciação, e nos meus encontros pessoais com alguns dos ditos adeptos de vários grupos e ordens. Ao fazê-lo, eu compreendo totalmente que falar com alguns estudantes e alguns membros superiores nunca pode dar uma representação compreensiva. Porém, eu também compreendo que, não importa quão ideais as condições internas de uma ordem possam ou não ser, ela não deveria levar seus estudantes externos à procrastinação ou a um treinamento inadequado.

Eu identifiquei dez problemas principais na magia de hoje. O primeiro é que o treinamento proposto por certas ordens nos últimos 200 anos ou mais era incompleto, e por eles terem ditado a regra para as ordens de hoje, os problemas continuaram. O segundo é que os materiais originais e manuscritos para certos sistemas são atribuídos com mais valor do que o que eles realmente possuem. O terceiro é que a mente ocidental transformou a magia em algo feito para se realizar os desejos materiais. A quarta razão para o problema presente é que, na medida em que nossa cultura propaga a concessão à preguiça, a abordagem ocidental à magia se torna mais e mais preguiçosa. A quinta razão é a tendência peculiar da mente ocidental de se tornar altamente investida em sua própria personalidade. A sexta razão é a destruição da sucessão de mestre e discípulo, a causa que é a raiz para muitos outros problemas. A sétima razão, que é um verdadeiro veneno para a evolução, é o movimento presente, na magia ocidental, de se tentar remover a ideia essencial de Deus e o valor da moralidade da magia. A oitava razão é a popularidade crescente de charlatãos, e seu poder sobre as massas ignorantes. A nona razão é a tendência de magos legitimamente treinados permanecerem silenciosos, aceitarem poucos estudantes e escreverem pouco ou nada. A décima e última razão que discutiremos é a atenção dada, no Ocidente, ao desenvolvimento dos poderes mágicos em vez do desenvolvimento de estados elevados de consciência. Essas dez razões primárias bastarão para nossa consideração, embora mais razões pudessem ser listadas.

A Primeira Razão

Treinamento Inadequado em Ordens Modernas

Entre aproximadamente 1850 e 1920, o mundo ocultista presenciou a formação de várias ordens que se ergueram no mundo como realizações gloriosas. De seus ensinamentos, vieram muitos dos livros influentes que agora são considerados clássicos do ocultismo, e os quais agora muitos estudantes otimistas estudam. Infelizmente, essas ordens não eram tão ideais quanto tentavam parecer. A maioria delas usava como fonte manuscritos desatualizados, sobre os quais falaremos mais daqui a um momento, e o resto usava métodos que se baseavam inteiramente sobre estimulação intelectual ou emocional, e muito pouco sobre a consciência da alma.

Essas ordens iludidas criaram muitos iniciados igualmente ou até mais iludidos. Um número considerável deles publicou livros, muitos dos quais agora são considerados clássicos do oculto no mundo da literatura ocidental ocultista. Em alguns casos, esses livros tinham riqueza de informação teórica, mas a maioria deles não tinha quase um momento de percepção prática. O aspirante esperançoso é levado a folhear um livro de centenas de páginas, para perceber que ele não absorveu nada dele além de filosofia. Até mesmo os livros chamados de “teoria e prática” deveriam ser renomeados para “teoria e possível aplicação ritual”.

Isso pode parecer uma afirmação iconoclástica. Ela é, e com razão, porque a iconologia da magia está falhando gravemente. Portanto, o que não produz resultados deve ser jogado de lado. “E agora também o machado é enterrado nas raízes das árvores: desse modo, qualquer árvore que não traga bons frutos é cortada, e jogada no fogo. (Mateus 3:10)”. A série de ações à qual a magia ocidental foi levada não trouxe muitos frutos. Essas ações produziram pseudoiniciados que conseguem executar truques de salão, que eles, erradamente, chamam de magia. Enquanto magos de cadeira estiveram gastando seu tempo, exercitando suas mentes com teorias e filosofias, o trabalho prático que realmente cria um mago esteve apodrecendo. Quem pode culpá-los, quando cada livro que lêem diz que precisam saber essa ou essa outra palavra hebraica ou magia simbólica para serem efetivos? Tudo isso compõe as armadilhas postas para o teste de iniciados, testes nos quais essas “autoridades” não passaram.

Um indivíduo pode memorizar sigilos do sol, kameas planetários, selos e talismãs salomônicos, e compreender intelectualmente os muitos processos que compõem a Maquinaria Universal. Ainda assim, ele não será um mago nos olhos de iniciados verdadeiros. Eu conheci pessoas que poderiam ser chamadas de enciclopédias de filosofia oculta, e, ainda assim, não possuem rotina diária de prática estabelecida, e nenhuma faculdade mágica de qualquer tipo. Eles estão presos à ilusão de Maya do mesmo modo que os homens comuns também o estão. A única diferença é que eles sabem que existe uma ilusão, enquanto a maioria nem se apercebe disso. Pessoas assim gostam de falar muito, porque, ao se ouvirem, tentam apoiar sua abordagem à magia, psicologicamente, para si mesmos. Tais pessoas sempre terão uma opinião, sempre parecerão ter respostas prontas, e esse tipo de “aspirante em potencial” torna-se particularmente perigoso aos buscadores genuínos da verdade. Você não pode construir uma base confiável somente nas palavras! Ao mago treinado, aos irmãos e irmãs de minha Ordem (N.T.: Fraternidade Rosa-Cruz), e os verdadeiros mestres reinantes deste mundo, essas pessoas estão mais enganadas do que o mais cru dos iniciantes neste caminho. O grupo deles é o pior, e, infelizmente, não é sempre a culpa deles. Para essas pessoas, eu farei muito esforço para desligar suas mentes e abrir seus corações para receber instrução prática. É por isso que eu aconselho a todos não se tornarem ligados demais a livros. Eu já li todos esses livros, e extraí seus pontos importantes em artigos no fórum do Veritas para o benefício de todos.

Isso não significa que a informação teórica é ruim. Um conhecimento sólido da filosofia oculta é necessário para que o mago compreenda tudo que faz. Ele deveria se orgulhar de conhecer todas as operações em funcionamento quando ele manipula um tipo de energia, e, quando uma operação mágica se manifesta, ele deveria ser capaz de explicar perfeitamente os mecanismos envolvidos. De fato, ele deve ser um cientista. Contudo, mais e mais pessoas se contentam apenas com o conhecimento da filosofia e o “como fazer”, sem nunca colocarem nada na prática, e, normalmente, sem terem ideia de como fazê-lo. Em muitas ocasiões, estudantes vieram a mim e disseram, “Eu li todos os livros que as pessoas me recomendaram, mas não tenho idéia alguma de como começar o caminho.” Isso acontece porque a estimulação intelectual somente não faz de alguém um mago, e, lá no fundo, o estudante inteligente sabe isso. A mente procura por fórmulas e símbolos; a alma busca por prática e experiência.

Que utilidade há em se conhecer como as estrelas afetam as nossas atividades, e não ser capaz de meditar por nem dez minutos? Que utilidade há em se conhecer todas as filosofias sobre quem Deus é, sem nunca experimentar Deus diretamente? Essas pessoas nunca se tornam nada na verdade, mas sim só aparentam ser magos. Você não pode alcançar o Reino através de inquisição intelectual somente. Você precisa viajar até lá.

O ponto ao qual eu quero chegar aqui é que o estudo intenso da Tábua de Bembine de Ísis, ou do selo da Rosa-Cruz, ou do dodecaedro mágico, etc, é incorreto. Eu não estou sugerindo que, por exemplo, a investigação das fórmulas do Etz Chaim e dos Nomes Divinos é inútil. Eu não estou dizendo que uma pessoa não deveria compreender os usos mágicos do pentagrama e do hexagrama. Do contrário, eu sou um forte defensor de tudo isso. Porém, tudo deve ser aprendido no tempo certo! Um aspirante não tem razão alguma para estudar os pentagramas, hexagramas, etc. Ele não deveria passar seus dias praticando magia ritual. Sim, com o passar do tempo isso gerará resultados no termo de crescimento de poder, mas afetará muito pouco a consciência e a realização geral do mago, depois, em sua carreira mágica. Por, pelo menos, os dois ou três anos iniciais, dependendo da aptidão do estudante, o foco deveria ser colocado no treinamento da mente, do corpo material, e do corpo astral para a verdadeira execução da magia. Uma vez que o estudante se preparou dessa maneira, e criou uma excelente base em sua consciência, então ele pode continuar, a fim de compreender e apreciar totalmente o poder de tal conhecimento e do simbolismo oculto.

A razão pela qual esses autores, embora não intencionalmente, cobriram o mundo ocultista ocidental em filosofia, é a de que eles nunca receberam o treinamento correto que deveria dá-los a base da experiência espiritual autêntica. Eles serviam como enciclopédias que regurgitavam o que eles foram ensinados. Juntos, eles criaram uma imagem contraprodutiva de que a prática diária não era necessária para se tornar um adepto. Eles se referiam a pessoas que nem tinham conquistado suas emoções primitivas e desejos como adeptos! Desse modo, eles baixaram muito o nível para as gerações seguintes, que seriam forçadas a olhar os ensinamentos dessas pessoass se quisessem saber alguma coisa sobre magia. Agora que o nível está tão baixo, as pessoas em geral são incapazes de alcançar grandeza espiritual. Portanto, esse nível deve ser elevado novamente, certo?

O que exatamente essas ordens estão fazendo de errado? Seus dois problemas principais foram que eles tentaram ensinar aos iniciados a correr antes de mostrá-los como engatinhar e andar, e eles não incluíram o desenvolvimento do caráter como parte de seu treinamento. O aspirante egoísta, glutão, e de pavio curto, entraria na ordem como neófito, e sairia como um “adepto” ainda contendo essas falhas de caráter. Eles são todos capazes de pequenos feitos de magia, e pelo fato de o nível ser baixo, pensam que são adeptos.

Muitas vezes o aspirante começaria a trabalhar com ritual e forças espirituais muito antes de ter aprendido a como sensibilizar seu corpo astral ou desenvolver suas faculdades mágicas. Através de repetição contínua, alguma proficiência poderia ser alcançada, talvez algumas pancadas fantasmais durante uma evocação ou coisa do tipo, mas o resto de seu ser nunca era desenvolvido. O caminho para a evocação deveria ser um caminho longo e frutífero, que preparasse o estudante de modo que, pela primeira vez que ele execute um ritual, ele receba a total experiência, por causa de seu treinamento e as faculdades que ele já desenvolveu. Pessoas que entram na sala ritual para evocar sem tal treinamento estão apenas enganando a si mesmas. Elas irão, é claro, ser as primeiras a te contar que são magas bem-sucedidas, e que elas conversam regularmente com esse ou aquele espírito. Eles dirão que “sentiram” isso ou aquilo, ou receberam essa ou aquela “impressão”, e desse modo “sabiam” que um espírito estava presente. Deixe essas pessoas continuarem desse modo em suas práticas. Na verdade, o que você pode experimentar em uma evocação real não são “sensações” ou “impressões”, mas fenômenos muito reais!

Quantos aspirantes perdidos pensam que executar o Ritual Menor do Pentagrama cem vezes por dia os levará às alturas espirituais? Até mesmo o mago aspirante que medita somente 10 minutos por dia para controle e foco mental fará um progresso em um ano que o outro estudante fará em cinqüenta!

A Segunda Razão

Manuscritos originais Sobrestimados

Um número das ordens populares que surgiram no século 19 estilizou uma parte de suas práticas e rituais, baseando-se em coisas que não continham, na verdade, o valor atribuído a elas. Desses manuscritos, talvez aquele que foi mais usado (e abusado) foi o Livro Egípcio dos Mortos. Embora seja uma bela série de rituais e de invocações, os fundadores de uma pretensa ordem oculta não deveriam precisar de se basear em antigos pergaminhos empoeirados e da interpretação de seus hieróglifos para serem capazes de ensinar magia! Se a fonte deles para muitas de suas práticas e filosofias vem de tais coisas, então isso só serve para demonstrar que eles não tinham experiência prática real através da qual organizavam seus ensinamentos, e não eram treinados por adeptos verdadeiros que podiam iniciá-los numa linha de sucessão de mestre e discípulo. Simplesmente o fato de se ler algo que está disponível num Museu de História Egípcia nunca poderia ser o suficiente para permitir que alguém iniciasse uma ordem ocultista.

O Livro Egípcio dos Mortos não foi a única coisa atacada pela ignorância dos autoproclamados adeptos, no entanto. Sua hostilidade os levou também ao coração de Jerusalém, onde eles se uniram, com suas facas, para despejar terror sobre a Cabala. Usando dois ou três textos hebraicos pobremente traduzidos, eles presumiram ter diante deles informação cabalística suficiente para uma compreensão do sistema inteiro. Assim sendo, eles roubaram uma pequena parte desse sistema glorioso de misticismo e a levaram de volta a suas ordens, onde eles tentaram ao máximo fazer com que um fragmento se parecesse com algo completo.

A Cabala ocidental moderna, frequentemente chamada de Cabala Rosacruz (erradamente), se tornou apenas uma fina camada de manteiga espalhada em muito pão. Interpretações e mais interpretações bombardearam o sistema, e o tornaram inteiramente sujeito aos caprichos filosóficos de intelectuais e estudantes de simbolismo. Agora, reconhecidamente, a beleza da Cabala é a de que ela é um sistema universal, cuja ideia pode ser aplicada fora do esquema judaico. Porém, tudo deve ter seus limites razoáveis, e esses limites foram ultrapassados há muito tempo atrás pela maioria dos autores desse assunto. Se você quiser relacionar a esse esquema os deuses de outras religiões, os nomes divinos judaicos, plantas, animais, ações, planetas etc, tudo bem com isso, mas essas relações deveriam fazer ao menos sentido!

A mais infeliz destruição da Cabala não ocorreu em relação ao simbolismo empregado ou a seu papel como um método de categorização conveniente. Embora essas duas coisas tenham saído do controle, elas não são a jóia da Cabala. A jóia, o verdadeiro tesouro, é sua real aplicação prática na ciência da magia. Essa jóia tem sido quase inteiramente esquecida por ordens modernas e autores, que proclamam que a aplicação prática da Cabala reside somente em se conhecer quais nomes divinos ou cartas de tarô correspondem a quais sephiroth e a quais caminhos. Esse é um dos usos da Cabala, mas não é a verdadeira essência da Cabala prática posta em execução. Em sua raiz, anterior a todas as culturas, num nível muito mais profundo do que qualquer associação religiosa, a Cabala é uma bela síntese de forma, de som e de virtude. Isso pode ser dito de outra maneira, ao se afirmar que a Cabala combina, numa maneira prática, os três pilares primários de quantidade, vibração e qualidade. Isso se torna aplicado tangivelmente como luz, som e vibração. Quando isso é compreendido pelo iniciado, então, muitas portas são abertas a ele, e o uso prático da Cabala é entendido. Então, em vez de passar horas num devaneio espiritual, tentando fazer “pathworking” de uma esfera para outra, o adepto consegue absorver praticamente as autoridades e poderes daquela esfera e conquistá-los diretamente, de uma maneira mágica. Não apenas tal abordagem é muito mais eficiente, mas, por causa do maior número de habilidades conseguidas, artigos de sabedoria que se tornam compreensíveis, e por causa de mais trabalho meticuloso em todos os três reinos, é, dessa maneira, uma experiência mais significativa. Passar tempo se contemplando os símbolos de uma esfera pode ser uma prática útil, mas torná-la o curso principal é um erro. A consciência se expande mais quando todo o ser se torna imergido nas energias através de suas utilizações, não apenas através de sua contemplação.

A Cabala e sua aplicação apropriada devem ser, necessariamente, reservadas para um trabalho posterior em minha vida, mas é importante para o estudante sincero da magia de hoje compreender que uma das pedras angulares da magia ocidental moderna foi enormemente corrompida, e que ela não é tudo que as pessoas tentam fazê-la parecer. É meu conselho ao aspirante, se ele deseja aprender a Cabala, que espere até que um professor apropriado seja conseguido. Deixo que o estudante avançado contemple, nesse meio tempo, o significado da sabedoria de Poimandres a Hermes Trismegisto, quando ele disse, “A vida é união da palavra e mente.” O estudante que consegue entender isso, mais especialmente em conexão à formula Abracadabra, começará a pegar a essência da Cabala prática.

Portanto, acontece que os fundadores das ordens mágicas eram, simplesmente, intelectuais. No início, eles só eram mais avançados que o homem comum, em vista de sua compreensão superior de linguística e sua vontade de visitar frequentemente os museus. Por causa de sua habilidade de apenas traduzir, não por sua proeza mágica, tais homens eram tratados como adeptos. Embora houvesse alguns raros, como MacGregor Mathers, que eventualmente se tornou um adepto por um curto tempo, em essência, a maioria deles era simplesmente de intelectuais. Intelectuais podem treinar intelectuais, mas eles não têm nem uma ideia de como criar magos.

A Terceira Razão

A Corrupção da Magia para a Realização de Desejos Pessoais

Quando se folheia livros sobre espiritualidade, e até livros que, supostamente, ensinam a evolução espiritual, descobre-se que a maioria dos ensinamentos espirituais se adequou à satisfação de paixões e desejos mundanos. Ironia peculiar, porque o indivíduo iluminado compreende que essas duas coisas (evolução espiritual e desejos materiais) não podem vir juntos, porque um é contraprodutivo à consumação do outro. Eu não consigo deixar de rir alto ao ler títulos tais como “Tornando-se um Mestre Ascencionado: Como Materializar Todos os Seus Desejos”. Seria igual a intitular um livro de “Tornando-se Elevado: Como ser Inferior.”

A poluição da tecnologia espiritual foi uma inevitabilidade quando alguns relances das leis espirituais foram obtidos pelas massas indisciplinadas. O homem normal, abatido pela tristeza, procura um caminho fácil de sair dela, e erradamente acredita que ele encontrou a alegria dentro dos salões da espiritualidade. Realmente, nada poderia ser mais distante da verdade. Essas pessoas, desejando modos de alcançarem facilmente todos os seus desejos mundanos e terem sucesso, glória, honra, riquezas etc, se trancam ao pequeno número de leis espirituais que foi publicado, nas esperanças de usá-las para seus próprios fins egoísticos. Eles lêem um livro que discute alguns dos pequenos mistérios, e então corrompem essas chaves para fins egoísticos. Se eles tiverem algum sucesso, eles ficam cheios de excitação e, ansiosamente, escrevem livros ou criam websites que pregam os bons ensinamentos do egoísmo. Desse modo, em apenas poucas décadas, a vasta maioria de livros “ocultistas” se tornou livros que prometem ao homem fraco e egoísta um caminho fácil, ao se usar leis ocultas básicas para abastecerem seu animalismo. As pérolas foram jogadas aos porcos, e, tão certo quanto o sol deva nascer e se pôr novamente, também os porcos pisaram sobre essas pérolas, aprofundando-as na lama.

Muito mais perigosos do que o homem de negócios ambicioso desejando modos de aumentar seu portfólio, ou do que aquelas pessoas em sofrimento que procuram por um modo fácil de sair dele, são aqueles que perseguem seriamente a magia prática e ainda assim a corrompem numa arte egoística. Eles proclamam, ignorantemente, “A Magia é uma ferramenta do homem, e deixemos o homem usá-la para conseguir tudo que ele deseja!”. Eles gritam orgulhosamente, “Faça como quiser, tudo é caos mesmo, e não existem repercussões negativas”. Tais pessoas cegaram a si mesmas a até a mais básica das operações, observada até na própria natureza. Elas são tão cegas, contudo, que nem percebem que suas “realizações” não são realmente mágicas. Elas são egoístas e egoísticas, e, realmente, executam apenas truques de salão. Elas ficam tão presas em suas ilusões de sucesso por terem sido capazes de ganhar um aumento de salário ou seduzir alguém que não percebem quão fracos e inferiores esses pequenos truques são. Quando essas pessoas, iludidas como são, passam para os mundos espirituais depois da morte física, eles percebem imediatamente o tempo que gastaram, e depois de servirem o seu tempo, voltam ao mundo para levarem uma vida mais frutífera. Por eles nunca terem buscado uma realização imortal, e não “construíram seu tesouro no céu”, eles não estão mais distantes no caminho supremo do que o homem mediano. Esse é um ponto importante, que todos aqui deveriam dedicar à memória: você NÃO CARREGA poderes mágicos com você para a sua próxima encarnação. Até que você alcance henosis, que é a deificação e a imortalidade do corpo astral, a única coisa que continuará a crescer e expandir, de uma vida a outra, é a sua consciência. Isso irá, naturalmente, carregar algumas siddhis, que são poderes inerentes, mas não os frutos de uma grande parte de seu treinamento mágico. O corpo astral cresce e evolui de uma vida a outra, como resultado de treinamento mágico, e discutiremos isso mais no futuro.

Por causa da obsessão com os pequenos mistérios, que podem ser aprendidos até antes de alguém ter alcançado um caráter iluminado, as pessoas se tornaram satisfeitas com o aperitivo e esqueceram até que a entrada principal exista. O resultado disso é que o termo “magia” tomou um significado ambíguo, que nunca pretendeu de ter: na mão esquerda, refere-se simplesmente à mudança de acordo com a vontade, e, na mão direita, significa a perseguição da evolução espiritual. Se o mundo fosse um lugar bom e o último significado de magia o mais bem conhecido, todos compreenderiam que a magia é uma maneira de se buscar Deus. Esse não é o caso, contudo, e o mundo é um lugar predominantemente egoístico. Assim, a mais comum compreensão do quê magia significa é fenomenalmente egoísta e corrompida. Através da graça de Deus, o século por vir verá uma evolução acontecer dentro do mundo da magia, no qual esse grande e glorioso caminho será exaltado à sua altura correta em seu mérito espiritual.

A Quarta Razão

Preguiça

Na medida em que a tecnologia avança e o mundo material se torna mais e mais uma parte do ser de alguém, as pessoas têm se tornado mais e mais preguiçosas. A preguiça, é claro, é um instinto diretamente conectado ao egoísmo, o qual vimos acima como um desejo dominante no modo com o qual as pessoas abordam a magia. Assim, a preguiça também é inerente na maioria das abordagens das pessoas à magia.

Hoje, as pessoas se acostumaram a ter tudo em suas mãos. O sucesso se tornou definido como se fazer o mínimo possível para alcançar alguma coisa. Pessoas ao redor do mundo, todos os dias, prefeririam passar dez minutos em busca de um controle remoto do que levantarem e ligarem ou desligarem a televisão em poucos segundos de esforço físico. Essas pessoas abordam a magia do mesmo modo. Querem saber onde o controle remoto para a evolução espiritual está, de modo que eles possam se ligar em Samadhi quando não estão muito ocupados para Deus, e então o desligam novamente quando eles têm coisas “melhores” para fazer. Do mesmo modo que se procura por um controle remoto, eles gastarão uma hora numa livraria procurando por um livro “torne-se um mago rapidamente”, quando o fato de se gastar até mesmo dez minutos daquela hora em meditação teria sido muito mais benéfico.

A profundidade do egoísmo da pessoa comum nunca cessa de me impressionar. Eu falo a eles sobre magia, e sobre se procurar Deus e evolução espiritual, e eles desistem porque soa como “muito trabalhoso”. As mesmas pessoas que não jogarão nem dez dólares para um dízimo também não darão a Deus nem dez minutos de seu dia. “Eu dou a Ele uma hora por semana todo domingo”, dizem para si mesmos. “Se isso não é bom o bastante para Ele, Ele precisa superar isso. Eu estou ocupado.”

A falta de habilidade de se perturbar a rotina usual de preguiça por até poucos minutos, por Deus, é precisamente o que muitos autores e os chamados professores pregam hoje. Eles ganham centenas de milhares de dólares ao escreverem livros especificamente criados para esse tipo de pessoa, dizendo a ela “É normal ser preguiçoso”. Nos olhos desse autor, é claro que é normal. Essas pessoas irão torná-lo rico!

Formas de magia que estão surgindo hoje estão refletindo essa preguiça. As pessoas estão tentando convencer outras de que a magia pode ser um esporte de um tipo fácil, e que tudo estará bem. O que eles estão ganhando? Eles estão convencendo pessoas de que magia não é real, porque, depois de tentarem essas tentativas preguiçosas e não verem nenhum resultado, proclamam que, uma vez, tentaram fazer magia e descobriram que era tudo mentira. Nunca diriam que talvez eles só estivessem sendo preguiçosos. O homem comum se levanta orgulhosamente e grita, “Eu, com certeza, não sou o problema!”.

Não espere ter uma boa colheita sem primeiro trabalhar o solo e cultivar as plantas com cuidado. Não espere ter uma boa refeição sem primeiro cozinhá-la. Não espere chegar a um lugar distante sem viajar até lá. O universo não é mau; mas ele não atenderá à sua egoística letargia.

A Quinta Razão

Egomania

A quinta razão que eu observei como fonte dos problemas de hoje na magia, é a egomania geral que infesta o mundo ocidental. No mundo de hoje, somos constantemente ensinados a sermos individuais, que ser único é o sonho humano, que você é especial e diferente de todo mundo, e que tudo isso é bom e verdadeiro. Infelizmente, o incorreto nessas autoafirmações é uma ligação fenomenalmente resistente à falsa percepção de quem se é. As pessoas se tornaram absolutamente investidas em suas cascas de ego que permeiam a parte mais externa de sua personalidade, e a defendem selvagemente.

Um dos medos mais comuns que as pessoas têm no que diz respeito à evolução espiritual é a perda de autoidentidade. Esse medo é baseado sobre duas percepções inteiramente falsas: a falsa percepção do que a iluminação é, e a falsa percepção de si mesmo. Quando esses dois se unem, um medo intrínseco surge, colocando muralhas entre a mente e a ideia de realização espiritual. Em algum ponto, as pessoas colocaram em suas cabeças que a destruição do ego é a destruição de sua personalidade, de seu caráter, e isso é, simplesmente, não verdadeiro. É, na realidade, simplesmente, a purificação do seu caráter, de modo que se eliminem os vícios e defeitos maiores, removendo-se assim o desequilíbrio espiritual. O problema real surge quando alguém é tão defensivo de sua personalidade que defenderá até mesmo seus vícios. Eles dirão coisas como “Claro, eu sou um mentiroso crônico, mas isso é quem eu sou, é assim que Deus me fez”. Tal ideia é inteiramente sem fundamento. Você não é um mentiroso crônico, porque, em sua essência, você é Deus. Apenas sua casca de ego mais externa é mentirosa, e não foi porque Deus o fez, mas por causa de suas ações que você, conscientemente, escolheu perseguir. Contudo, as pessoas não aceitarão isso.

Isso cai novamente no quarto problema, o da preguiça. As pessoas desejam tudo por nada, ou, se elas investem dez dólares, querem instantaneamente cem dólares de volta. Elas não acreditam que um relacionamento com Deus é um relacionamento recíproco, mas sim que é um relacionamento de “servidão”, onde Deus dá tudo, enquanto nós recebemos. Não funciona dessa maneira; nunca funcionou, nunca funcionará. Deus é um pai melhor que isso. Infelizmente, as pessoas prefeririam se apegar a seus vícios do que oferecerem seus aspectos negativos ao fogo alquímico para que sejam destruídos. A uma pessoa assim, o “ser único” é sempre mais importante que a Divindade. Existe esperança para tal pessoa? Você não pode ajudar alguém que não ajuda a si mesmo.

A falta de desejo de se sacrificar as falhas pecaminosas de caráter resultou não apenas na corrupção da magia, mas contribuiu grandemente à queda de um grande número de ordens ocultistas. No campo geral da magia, autores não treinados, que não são mais maduros do que uma criancinha de um ponto de vista mágico estão lançando livros que são absolutamente corrompidos por suas falhas pessoais. No campo das ordens ocultistas, os “adeptos superiores” são ainda crianças egoístas que tramarão vários dramas dentro da ordem, normalmente a fim de abolirem a autoridade do Grão-Mestre, de modo que possam competir com esse poder. Uma ordem ocultista genuína consiste de adeptos que ultrapassaram tais simples preocupações, e que nunca tentarão se elevar para prejudicar outras pessoas ou ao risco de prejudicarem um bem maior. Quando pessoas são permitidas a carregarem todas as suas falhas mundanas para uma posição de, supostamente, autoridade divina, o caos deve, necessariamente, resultar. Precisa-se meramente olhar a história do Papa para ver as evidências.

Deveria ser suficiente, nesse meio tempo, enfatizar que aspirantes nunca são postos em algum programa de lavagem cerebral que faz com que eles pensem e ajam de um modo determinado. Isso não poderia ser mais verdadeiro. Cada pessoa tem uma personalidade absolutamente única, e essa personalidade é uma expressão muito real do próprio Deus. Desse modo, todos são um avatar, uma manifestação de uma Personalidade Divina. A diferença entre uma pessoa comum e um santo realizado, porém, é a de que a pessoa comum turvou e sujou sua personalidade divina com uma lama imunda, enquanto o santo realizado poliu sua alma de modo que sua verdadeira personalidade pudesse brilhar. Você não é quem pensa que é! As pessoas acreditam que são tão velhas quanto seus corpos físicos, mas, na verdade, você é muito mais velho. Pelo fato de que a única personalidade que você pode lembrar é aquela em seu presente corpo, que tem apenas alguns anos de idade, você pensa que é você. A verdade é que você tem uma personalidade universal, uma personalidade muito única, sendo a única expressão total de Deus em essa forma exata, que esteve por aí por muito mais tempo do que o seu corpo. Deslocar a sua identidade de si mesmo da falsa percepção de seu corpo, para o supremo local de sua alma, é a meta da Grande Obra, a Verdadeira Alquimia. Para fazer isso, você deve remover gradualmente a lama que se acumulou como um grosso muco sobre sua alma, de modo que você se torne o você verdadeiro, em vez de esse você mortal e temporário. A personalidade que você tem neste momento tem todas as virtudes positivas da sua alma, mas você adicionou a elas os vários vícios e defeitos que você adquiriu nesta e nas últimas encarnações. A sua personalidade pode ser vista como uma parede cheia de buracos. A luz que brilha através desses buracos é sua personalidade real, enquanto o resto da parede é a imundície e o muco com o qual você se cobriu. A meta da sublimação pessoal é fazer com que o seu inteiro ser brilhe com pura luz.

Isso é, como muitos assuntos do oculto são, uma coisa difícil de ser explicada se usando a linguagem humana. Até com a explicação acima, será difícil, até para os mais inteligentes leitores, absorverem exatamente o que eu estou tentando dizer, até se pensam que compreendem. É algo que deve ser experimentado individualmente para saber, e, portanto, eu evitarei qualquer discussão compreensiva sobre isso.

A Sexta Razão

A Destruição da Sucessão de Mestre e Discípulo

A sexta maior razão para o deplorável estado da magia moderna é a destruição de uma linha de sucessão entre o guru e chela, mestre e discípulo. Quanto mais pessoas lançaram vários livros contendo os Pequenos Mistérios, mais pessoas começaram a, lentamente, substituir o mestre pela estante. Eles colocam em suas cabeças que, desde que consigam ler muito, nunca precisarão de um professor. Não é preciso dizer que essa abordagem raramente encontra sucesso. Por razões que já foram clarificadas, a vasta maioria dos livros de hoje é quase inteiramente inútil para alguém que esteja procurando por um meio prático e eficiente de autoavanço. Seu conhecimento pode crescer, mas sua alma normalmente não.

Uma razão para essa substituição, que deveria agora ser óbvia ao leitor, é o fato de que as pessoas hoje simplesmente não gostam da ideia de um professor, de um guru. Um mentor é, às vezes, bem recebido, mas apenas sob a exigência de que o mentor não seja saudado com muita apreciação, e a de que ele possa ser facilmente afastado. O ego da maioria das pessoas as leva a odiar a ideia de serem subservientes a um verdadeiro professor, por até mesmo pouco tempo, para assegurarem sua evolução espiritual. Isso as faria sentir menos sagradas que o guru, o que, de fato, elas são, e isso machucaria demais os seus egos. Dessa forma, elas não tolerarão isso.

Isso tudo fez com que muitos autores de hoje não tenham recebido treinamento legítimo de um professor verdadeiro. O conhecimento que eles apresentam em seus livros é, simplesmente, a mesma informação reprocessada que qualquer um poderia armazenar com tempo suficiente numa biblioteca, e eles, portanto, não se tornaram melhores que seus predecessores uma centena de anos atrás, os quais pensavam ser adeptos simplesmente por causa de sua habilidade de compilar a informação disponível. Tais autores, assim, começaram uma tendência que infectará totalmente os autores do amanhã, e, dessa maneira, solidificará essa tendência infeliz e autodestrutiva. Eu rezo seriamente para que, no futuro, mais adeptos que tenham passado por treinamento real nas mãos de um professor treinado dêem um passo à frente e passem os ensinamentos de seus mestres para o mundo. Até se isso acontecesse, cada livro deveria dizer dentro de suas páginas o que eu estou precisamente para dizer: embora o conhecimento ajude e ilumine a mente, a iluminação da alma deve ser recebida de um bom professor.

Por que você não pode fazer tudo sozinho? Por que você não pode ser aquele “lobo solitário” sobre o qual você ouviu falar? Aquele lobo solitário e durão que nunca precisa da ajuda de ninguém? Supere você mesmo. Você não pode fazer isso sozinho porque você nem sabe o que fazer ou onde começar, e se você soubesse, você não entenderia como fazê-lo mesmo assim. Se você pode derrotar o seu ego o suficiente para admitir isso, então você pode ainda ter esperança para o Reino de Deus. Se não, então você está muito mais interessado em si mesmo do que em Deus. Um livro pode sugerir lugares para começar, pode fornecer fórmulas e técnicas práticas (embora poucos, muito poucos o fazem) e podem até suprir uma rotina de treinamento completa. Até se você tenha esses livros memorizados, a quem você se voltaria quando um obstáculo surgisse que você não pudesse superar intelectual ou espiritualmente? Se você, embora com treinamento rigoroso, não visse resultados, como adivinharia o porquê disso? De qual lugar você receberia a informação que nunca foi antes publicada? Além disso, você seria forçado a aceitar a legitimidade de qualquer sistema de treinamento ou séries de informação, baseado inteiramente sobre a sua própria crença. Quando você tem um bom professor que está lhe iniciando diretamente, numa linha de mestre e discípulo, na magia genuína, então você tem alguém para se referir como um modelo e um exemplo. Você consegue ver quão efetiva essa abordagem à magia é, toda vez que você vê o seu professor. Através das ações dele, você pode decidir se o sistema é válido ou não. Dessa forma, o professor destruirá níveis de dúvida que, frequentemente, infectam pessoas que se submetem ao que agora é popularmente chamado de “autoiniciação”.

Neste ponto, nós dificilmente poderíamos continuar sem uma rápida consideração de uma jóia em particular, o livro O Caminho do Adepto, pelo Mestre Arion, Grande Iniciador Rosacruz, o S.F.C.R. (Sagrado Frater Christian Rosencreutz), que vocês conhecem pelo nome de Franz Bardon. Essa grande alma, um dos doze maiores adeptos mestres na inteira Fraternidade Branca, que governa particularmente sobre a iniciação, veio ao mundo em total Nirvikalpa Samadhi, na glória de seu corpo astral imortal, por toda a humanidade. Houve um grande sacrifício nisto.

Urgaya o invocou e ordenou que, enquanto estivesse aqui, ele lançasse ao mundo os primeiros três dos vinte e dois estágios de iniciação da Fraternidade Branca. Ele o fez, mas, do mesmo modo que Veos e eu fizemos, ele suavizou o sistema consideravelmente, para alcançar e ajudar o maior número possível de pessoas, enquanto tomava como estudantes pessoais aqueles poucos que estavam prontos para os ensinamentos mais sérios. O resultado desse serviço altruísta foram os três livros que ele escreveu, que foram feitos para levar o estudante até o ponto em que ele atraia um mestre espiritual que o inicie nos Grandes Mistérios. Embora essa trilogia seja excelente, particularmente seu primeiro livro, O Caminho do Adepto, eles ainda contém todas as inibições que um livro traz. Você não pode perguntar questões ao livro, não pode receber experiências espirituais dele, não pode chorar nos seus ombros quando o mundo parece ter se voltado contra você. O livro não irá assumir o seu karma para te ajudar, não limpará suas nadis e trabalhar nos seus chakras, não imergirá você, amavelmente, em sua própria aura. Acima de tudo, não servirá como um canal de mediação entre sua Kundalini pequena e a Kundalini Cósmica superior.

É minha convicção, baseada na experiência, que existe somente um tipo de pessoa que pode se submeter à autoiniciação com sucesso sem nunca ter tido um professor. Deve ser um adepto reencarnado que está simplesmente recapitulando seu desenvolvimento mágico de vidas passadas. Para tal pessoa, na medida em que ele aprende até apenas técnicas básicas, suas memórias mágicas começarão a, quietamente, voltar a ele, na forma de intuição acurada sobre como certas coisas deveriam ser executadas. Essa intuição mágica guiará suas ações, e sua alma guiará a consciência aos lugares corretos. Essa pessoa não precisa de um professor. Porém, a um tempo atrás ele certamente teve um, e se não tivesse sido pelo professor, ele nunca teria se tornado o adepto que se tornou.

A Sétima Razão

A Remoção de Deus da Situação

Na medida em que o mundo se torna, gradualmente, mais materialista, uma escuridão começa a envolver o intelecto de pessoas inteligentes. É um tipo de doença que dá a uma pessoa cegueira e a torna surda; de fato, deixa-a quase completamente insensível a qualquer estímulo. O nome dessa aflição, que paralisa e torna mudos todos os três corpos, é chamado Ateísmo. Quando algumas pessoas são afligidas por ele, tornam-se totalmente desafiantes contra todos os impulsos espirituais que sugiram a existência de Deus. Eles são uma ninhada de pessoas peculiar, sendo ignorantes ao grau de se tornarem engraçados aos olhos do iniciado.

Existe uma ninhada particular de ateístas que é mais divertida que todas as outras. É uma ninhada relativamente nova, que apareceu apenas neste século passado. Esse tipo de pessoa é um ateísta que acredita que fenômenos espirituais são, na verdade, fenômenos físicos num nível altamente refinado, e dessa forma buscam explicações para as coisas espirituais. Eles não negarão que as energias dos elementos, por exemplo, existem. Eles simplesmente pensarão em alguma teoria absurda e estúpida de como essas energias são apenas divisões de uma substância mental física, mas enormemente refinada, e que suas qualidades atribuídas são algum tipo de ilusão. Eles dirão que espíritos são as expressões externas de arquétipos subconscientes na psique, e sugerem que, quando eles são conjurados à aparência visível, tudo que está ocorrendo é autohipnotismo. Essa estranha espécie de pessoa fará tudo pelo motivo de ser capaz de sugerir que Deus não existe, que mundos espirituais não são reais, que não existe alma, etc, etc.

É óbvio ao iniciado que qualquer pessoa que se submeta ao treinamento adequado possa provar a si mesma além de qualquer possibilidade de dúvida que espíritos não são arquétipos pessoais, que mundos espirituais existem, que existem energias externas diferenciadas, que a alma é real e imortal, e que Deus é uma verdade eterna. Qualquer pessoa que sugere ao contrário está fazendo-o do ponto de vista da teoria e especulação somente, e não tem base prática na magia. Embora o iniciado devesse sempre mostrar respeito sobre a opinião da outra pessoa, de modo a não causar conflito imediato e desconforto, ele não deveria permitir ser persuadido por tais argumentos. Frequentemente, essas pessoas são ótimas em argumentar e debater, mas não podem fazer quase nada a esse respeito com magia verdadeira. Dessa forma, deixe-os falarem a si mesmos enquanto você quietamente volta a sua mente à meditação sagrada.

Isso precisa que consideremos um ponto importante, contudo. Apenas você, no fim, pode provar a si mesmo a realidade de todas essas coisas. Apesar de todos os meus poderes e siddhis, eu não posso fazê-lo. A mente animal duvidará da sua escolha de perseguir esse caminho a cada virada, e, acima de tudo, também tentará me fazer duvidar, não importa o que eu faça. Alguns exemplos podem ilustrar bem este ponto. Ano passado, quando eu estava morando com um grupo de oito aprendizes (com mais cinco visitando regularmente) num belo lote de 5 acres firmado entre árvores e invisível a todos os vizinhos ou à estrada, uma grande tempestade apareceu sobre nós. O vento uivava ferozmente, a chuva parou por um momento, e, então, no pátio próximo a nós, um tornado começou a descer. Os aprendizes, até Veos (até hoje eu brinco com ele sobre isso!) ficaram muito assustados. Na verdade, eu estaria assustado também, apesar da minha confiança para lidar com a situação, se eu não tivesse aberto meus olhos de uma maravilhosa hora de meditação profunda no momento em que o tornado começou a surgir. A mim, naquele estado elevado de felicidade, o tornado era apenas uma demonstração da natureza para ser amada e reverenciada. Apesar disso, eu me esforcei o suficiente para me convencer de que o tornado, tão próximo à casa, era uma coisa ruim. Eu me coloquei na direção da tempestade, com Veos ao meu lado e ajudando, e nós dois elevamos o tornado de volta ao céu e redirigimos a direção da tempestade para longe da casa. Isso foi feito com todos os estudantes assistindo. Em outra ocasião, apenas quatro semanas antes, eu usei um sigilo para criar uma chama sólida e negra no coração de um grande fogo ritual que todos viram e cuja realidade de sua presença atestaram. No momento em que começou a chover, por ele ser um importante ritual do fogo, eu chamei um espírito que me serve para nos proteger da chuva. A chuva parou, mas os estudantes logo notaram que estava chovendo em todos os lugares da propriedade, menos no lugar onde estávamos!

Eu estou relembrando essas coisas não para glorificar a mim mesmo, mas para ajudar a ilustrar este assunto. Embora eu demonstrasse essas aparentemente “maravilhosas” ocorrências, sem pouco esforço meu, eu rudemente exibia a magia aos meus estudantes como um prêmio por sua devoção duradoura aos meus ensinamentos, e, mesmo assim, essas coisas não preveniam suas mentes de, às vezes, duvidar que magia não existia. Pouco menos de um mês depois do incidente com o tornado, um dos meus estudantes melancolicamente veio a mim e confessou que ele estava tendo de lutar com a dúvida, porque ele nunca tinha visto antes um poder mágico. Numa classe do Veritas quatro anos atrás, eu tive um estudante para o qual, um dia, eu mandei uma mensagem e informei que ele estava desenvolvendo uma infecção de sinus. Sendo alguém que duvida por natureza, ele decidiu não tomar nenhum remédio. Quatro dias depois, ele pegou uma infecção de sinus, e, num instante, eu o curei da infecção completamente. Eu não consegui mais informações desse estudante, que terminou aquela classe como um estudante de magia muito devotado, por um longo tempo depois que a classe terminou. Eu descobri, poucos meses atrás, que, pouco depois da minha classe terminar, ele decidiu que eu era uma fraude e um mentiroso, e que eu não tinha habilidade mágica ou consciência elevada, e que ele estava convencido de que magia em si pudesse nem ser real.

Essas, e outras experiências parecidas, me convenceram de que não é o dever do professor fazer o estudante acreditar em magia, e, realmente, que o professor não é capaz de fazê-lo, não importa quais habilidades ele possa ter demonstrado. No final, a última evidência convincente que o estudante será capaz de usar para conquistar a dúvida de seu ser inferior é a evidência que surge de suas próprias práticas continuadas, as recompensas de sua fé douradoura em seu caminho.

Mas, voltando ao assunto à mão, é uma grande má sorte ao mundo dos aspirantes sinceros que esses mesmos ateístas estão realmente se juntando para formar sistemas de “magia” juntos, embora esses, na realidade, sejam feitiçaria astral no máximo. Ao fazê-lo, eles estão apelando aos lados animalistas e mundanos da consciência do ego que governa sobre os não iniciados antes de alma ter uma chance de se agarrar a algo significativo. Por tais sistemas de feitiçaria não terem nenhuma ênfase real na moral, por eles não terem ideia nenhuma de Deus ou de avanço espiritual, as pessoas estão se unindo para achar uma desculpa para praticar o que eles pensam que é magia sem ter de desistir de seus modos pecaminosos de viver. Tais pessoas adoram se ostentar, dizendo “Eu descobri que magia é tão efetiva sem o componente espiritual desnecessário”. Eu juro a todos vocês, pelo meu grande amor por essa ciência, que, nos meus anos de magia, eu nunca encontrei, nunca mesmo, nenhum estudante dessa escola de feitiçaria que poderia produzir até a mais simples das demonstrações mágicas. Eu nunca descobri um estudante dessa escola que possuísse alguma das faculdades mágicas a um grau demonstrável ou talvez significativo. Por quê? Porque eles estão praticando ideias, não verdades. Eles estão tentando fazer com que o universo satisfaça os seus próprios desejos egoísticos, em vez de quererem sacrificar qualquer coisa que seja para se tornarem magos reais.

A Oitava Razão

Charlatãos

À luz de todas as razões previamente mencionadas, deveria se tornar óbvio que charlatãos e fraudes naturalmente surgiriam. A falta quase total de iniciados verdadeiros e adeptos conhecidos às pessoas comuns tornou impossível se comparar uma fraude contra a coisa real. Os fraudadores, é claro, saberão isso, e usam isso ao seu favor. O fato de que existam tantos enganadores que se tornaram muito bem-sucedidos não sugere em momento algum que eles tenham alguma habilidade, mas, em vez disso, simplesmente mostra o quão mal informada e enganada a pessoa comum é nesses assuntos.

Bem como fizeram no início dos anos 1900, médiuns começaram a ir e vir e a escreverem pilhas de lixo para encherem as estantes das livrarias modernas. Essas pessoas, que são normalmente tão boas em enganar a si mesmas quanto a enganar os outros, lançam livro após livro. Eles escrevem centenas de páginas, e ainda, de alguma forma, não dizem nada nelas. Eles citam seres espirituais como a fonte de sua sabedoria, ou guias espirituais, ou animais totem, ou trevos de quatro folhas e tal nonsense. Embora eu ainda não o tenha encontrado, eu estou certo de que exista um médium por aí que alega receber instruções místicas de seu sanduíche de presunto. Não seria mais absurdo que as alegações anteriores. Embora, é claro, uma vez, eu tive uma conversa muito reveladora com uma garrafa de coca-cola, e um espírito decidiu, por uma razão qualquer, falar comigo numa voz audível que até os não iniciados poderiam ter ouvido.

Se tais médiuns estão de fato conversando com seres espirituais, então esses espíritos são muito misteriosos ou são muito estúpidos. Se esses médiuns estão conversando com guias espirituais, eles devem estar precisando despedir seus guias e encontrar novos. Em minhas experiências com seres espirituais, animais totem e guias espirituais, nenhum deles era tão mal informado quanto os desses médiuns. Dessa forma, podemos concluir que é muito provável que eles não estejam falando com nenhum dos acima, mas, em vez disso, que eu estou terrivelmente enganado, e que todos estão, na verdade, conversando com sanduíches de presunto. Se eles estivessem conversando com garrafas de coca, então, baseado na experiência, eu seria levado a acreditar que seus livros poderiam ter sido melhores.

Nada disso implica que todos os médiuns são fraudes. É, porém, um infeliz fato que a vasta maioria de fraudadores alegue ser médium, e, se o resto da comunidade de bons médiuns não quiser ser associada com esses charlatãos, então eles deveriam aparecer e lutar contra eles. Eu conheci vários bons médiuns em meu tempo, alguns deles naturais e outros treinados, portanto, essas declarações, de modo algum, se aplicam a esses tipos de pessoa. O leitor observador, porém, será capaz de fazer uma caminhada, achar uma estante de New Age numa livraria popular e ser capaz de ver precisamente de quais autores eu estou falando.

O grupo de médiuns impostores é apenas uma das duas maiores categorias de fraudadores na comunidade ocultista. Para a pessoa firmada em pensamento racional e com pelo menos alguma educação em literatura ocultista, os médiuns impostores são comparativamente fáceis de serem reconhecidos. Embora eles agarrem um número entristecedor de otimistas da New Age, os mais eruditos tendem a ficar longe deles. É, portanto, minha opinião que o mais perigoso dos dois grupos não é o médium impostor, mas o sim mago impostor.

O mago impostor é muito mais difícil de distinguir, e apenas alguém que é firmemente enraizado na experiência prática pode descobrir o disfarce. Existem autores que escrevem livros que fascinam seus leitores sobre simbolismo oculto, aparente conhecimento da Cabala, algumas correspodências ocultas etc, e mostram isso como se a experiência os tivesse levado a acreditar nessas coisas. Eu não estou falando aqui de meros ocultistas. Um ocultista é um filósofo, portanto ele se preocupa com as várias cosmogonias filosóficas, em vez de experimentar o lado prático da espiritualidade. Desse modo, é perfeitamente normal para um ocultista falar num nível puramente intelectual, igual ao filósofo. Não, eu não estou me referindo a esses autores, mas aos autores que criam um véu de suposto conhecimento experimental. Essas pessoas são geralmente indivíduos que aprenderam e, subsequentemente, praticaram apenas duas ou três técnicas básicas, e, então, se consideraram a si mesmos grandes magos. Eles escrevem livros sob esse propósito, e prescrevem ridículos regimes de treinamento para seus leitores.

Tudo isso naturalmente resultou numa situação na qual pessoas que queiram aprender magia, queiram comprar um livro e, por causa da probabilidade, pegarão um livro escrito por um autor fraudulento. Percebendo como pessoas que são completamente novas à magia não são tão sábias, elas acreditam em muito do que é dito, e assim a corrupção começa. Muitos desses aspirantes promissores vieram à minha casa por um curto tempo, e eu descobri que, depois de alguns anos de encherem suas mentes com tal lixo, eles se tornaram ligados demais a esses mundos ilusórios para serem salvos pela luz da experiência prática. Espero que, nas próximas vidas deles, suas almas levarão suas mentes a buscarem algo mais elevado.

A Nona Razão

O Silêncio dos Adeptos

Durante o período do Renascimento, e por um tempo após, houve um número de adeptos que escrevia. O advento do aparecimento público dos rosacruzes na Europa, por um pouco tempo, gerou informação suficiente para os autores discutirem por muitos anos. Pessoas como Paracelso, Agrippa e Francis Bacon forneceram suficientemente os Pequenos Mistérios às pessoas. Autores rosacruzes como Francis Bacon promoviam a iluminação intelectual das pessoas, como a Ordem Exterior Rosacruz (que eventualmente gerou a Maçonaria), focada primariamente no avanço espiritual através de conhecimento e de sabedoria em vez da prática. As práticas estavam presentes, mas eram normalmente ritualísticas e reservadas para dias especiais. Os exercícios mágicos verdadeiros eram mantidos para o próximo nível de iniciados.

Autores como esses forneciam tanto uma vantagem quanto uma desvantagem. De um lado, as pessoas estavam engajando suas mentes, pela primeira vez, no feijão-e-arroz da magia teórica. Em vez de lerem sobre demônios e feitiços mágicos, eles podiam aprender sobre o magnetismo espiritual, o archeus, os éteres, a lei de atração, a lei do microcosmo, e por aí vai. Alguns dos Pequenos Mistérios mais básicos tinham finalmente se tornado disponíveis às pessoas. Isso permitiu que leitores da época checassem duas vezes os escritos de pessoas sobre ocultismo contra autoridades conhecidas. Embora fraudes e charlatãos estivessem ainda rampantes, eles não estavam se focando tanto nas contribuições literárias ao ocultismo e assim não deixaram uma impressão duradoura sobre aspirantes das gerações futuras.

Por outro lado, a explosão de informação intelectual sem uma fundação de trabalho prático levaria gerações futuras ao engajamento somente na filosofia, em vez de na magia verdadeira. Isso permitiria a todos que tivessem lido alguns livros a regurgitarem a informação em novos livros e chamá-los seus. Acima de tudo, deixaria muitas questões sem resposta nas mentes de muitos aspirantes sinceros, sobre onde começar e como avançar na magia. A tendência de alguns dos grandes magos do passado de não aceitarem discípulos diretos resultou numa falta de sucessão de mestre e discípulo, como foi falado anteriormente, e o fato de nenhum manual real de avanço na magia ter sido publicado resultaria em autores lançando livros em assuntos puramente teóricos, em vez de terem investigado praticamente suas ideias.

Nos últimos cinqüenta anos, quase não houve adeptos escritores, e até aqueles que escreveram algo normalmente não forneceram uma base prática para os leitores. Toda uma geração surgiu e desapareceu sem ter quase informação publicada confiável sobre magia. É claro, tudo isso aconteceu de acordo com a Providência Divina, e há razões exatas para os períodos históricos de silêncio que os adeptos escritores assumiram e assumem. Ainda assim, é importante considerar os efeitos desses períodos.

Os poucos adeptos que ainda estão por aí no hemisfério ocidental têm permanecido silenciosos, e talvez por razão, porque o dom de expressar ideias na linguagem escrita não pertence a todas as pessoas. Pelo fato de existirem tão poucos adeptos, existem poucos autores entre eles. Eu espero honestamente que, num futuro próximo, isso comece a mudar.

A Décima Razão

A Falta de Expansão da Consciência

A natureza incompleta das deploráveis desculpas de muitas ordens modernas para rotinas de treinamento resultou na quase extinção da real expansão de consciência entre os chamados iniciados. Seus estudantes recebem complicado “pathworking” e várias invocações para executarem, mas esses são meios tão indiretos de progresso que uma inteira vida de prática renderia pouco sucesso. Infelizmente, a lavagem cerebral de muitos aspirantes hoje os convenceu de que um conhecimento simplesmente experimental dos símbolos das esferas elevadas, e até seu funcionamento, é a realização de modos superiores de consciência. Isso simplesmente não é verdadeiro. Até se você colocar sua mente regularmente na contemplação de reinos nos quais vibrações são muito mais elevadas e puras que as suas, nunca se produzirão os mesmos resultados se você tivesse elevado sistematicamente sua consciência a esse nível. Isso dá um bom suplemento, mas não deveria ser a completa abordagem.

Existem duas principais maneiras de se expandir a consciência:

1) Imergir-se em energias, como em invocação ou viagem esférica.

2) A ascensão gradativa da Kundalini psicossexual da base da espinha e órgãos sexuais até o córtex cerebral.

Nenhum desses métodos resultará necessariamente na realização do outro. A ativação dos seis maiores centros inteiros da consciência na espinha não resultará no aumento de vibração no seu corpo astral, para se adequar às vibrações das esferas elevadas, e passar tempo em esferas mais elevadas não despertará automaticamente a Schechinah-Kundalini e despertar as fortalezas, de modo que ela possa entrar e estar com Elohim-Siva. No mago, ambos deveriam ser realizados. O primeiro é a deificação de si de fora para dentro, e o segundo de dentro para fora.

Até os sistemas de treinamento que utilizam pelo menos o primeiro método de ascensão da consciência, sendo o mais comum no mundo ocidental hoje, não prestam tanta atenção a ele quanto deveriam. Muito frequentemente, ênfase excessiva é dada sobre as habilidades mágicas, ou pelo professor ou na mente do estudante. A meta da magia se torna o poder, em vez da evolução da consciência pessoal. Quando nenhuma habilidade é conseguida, ou uma vez que a curiosidade científica do estudante seja satisfeita, o caminho para. É por essa razão que as escrituras orientais advertem tão ferozmente que poderes mágicos devam ser rejeitados, e não porque tais poderes são inerentemente maus. Os iniciados do Oriente compreendiam simplesmente que, se o estudante acreditasse, do primeiro dia de seu treinamento, que habilidades mágicas eram ruins, ele provavelmente não sacrificaria depois sua evolução espiritual por causa da tentação dessas siddhis. Ele não se distrairia. Na realidade, isso não é ruim, e o estudante é altamente encorajado a adquirir várias habilidades mágicas para manifestar a Vontade Divina mais efetivamente no mundo, mas isso deve ser abordado muito metodicamente e apenas de uma base muito bem estabelecida, com os motivos corretos.

“Pathworking” se tornou, infelizmente, o modo principal com o qual as escolas ocidentais tentam fazer com que seus estudantes expandam sua consciência, mas existem muitas desvantagens nisso. O estudante consegue captar uma compreensão intuitiva de esferas superiores ao elevar suas vibrações às delas diretamente. Quando ele tem um flash e uma visão de Tzaphqiel, ele percebe o simbolismo de Luna e de Hécate, e compreende o tridente e os quatro minotauros índigo que cercam o Templo da Deusa de Três Faces e o Homem Nu, e começa a acreditar que ele realmente elevou seu status espiritual à esfera de Yesod. A iluminação intelectual sobre simbolismo universal é confundida com realização espiritual legítima. O resultado é que o tolo que consegue superar as imagens do Demônio de Face de Cachorro e o Portador do Vinho no limiar do abismo intelectual acredita ter fatualmente cruzado esse abismo e emergido no outro lado como “Magister Templi” ou qualquer cargo sua facção possa ter designado para essa realização. A direção do simbolismo, e a natural habilidade da mente de entrar num modo de resolução de problemas, quando confrontada com a diversidade, levou, neste caso, a mente racional a uma série de equações lineares, resultando na compreensão de certos símbolos ocultos. Embora essa compreensão tenha um efeito positivo sobre o espírito, é quase uma blasfêmia dizer que essa estimulação intelectual sozinha pode ser considerada como uma cruzada do Abismo. Quando a respiração cessa, quando a pele se torna gelada e as suturas entre os ossos parietal e occipital do crânio ficam quentes, quando visões de anjos e personificações de Deus aparecem no olho da mente, quando todas as escrituras se tornam instantaneamente compreendidas, quando os joelhos de cada anjo e arcanjo se dobram em reverência, quando a aura se estende para encompassar um inteiro vale, quando a palavra se torna universalmente criativa, então saiba que o abismo foi cruzado. Procure o homem com o inteiro universo em seus olhos; ele é um deus.

Isso deve bastar por agora. O estudante terá agora uma sólida compreensão dos problemas no modo com o qual a magia é frequentemente praticada hoje, e, com esse conhecimento, ele pode escolher começar seu caminho com uma compreensão correta e a salvação resultante desta bela ciência. Eu forneci nesta aula meras linhas de direção pelas quais o estudante pode checar a si e àqueles que se chamam gurus. Busque o homem que fala da autoridade da experiência, e não da autoridade dos livros.

#Magia #Pessoal

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-corrup%C3%A7%C3%A3o-moderna-da-magia

A personalidade mágica e a prática.

Você dorme mal, acorda cedo, trabalha muito, se desgasta, come porcarias com pressa, navega na internet sem rumo, sem foco e sem atenção, chega em casa acabado e o Frater Prophecy quer que você acorde as 4 horas da manhã para rezar ? E o Marcelo Del Debbio quer que você fique fazendo exercícios de visualização ?

Como superar a inércia ? Como travar esse combate com a preguiça física, mental e espiritual ?

Existem várias formas, mas poucas tão eficazes e eficientes como uma personalidade mágica.

Uma personalidade mágica basicamente é um personagem criado por você para realizar as tarefas que o seu Eu comum seria incapaz de realizar.

O mundo como se encontra hoje parece ser desenhado para dificultar seu trabalho espiritual e mágico impedindo o desenvolvimento das nossas práticas, seja antes (preparação), durante (realização) e depois (estudo).

Na prática funciona assim:

João chega em casa cansado e quer ver TV, mas comprometeu-se a realizar uma meditação de 10 minutos e anotar os resultados, para fazer isso ele precisa pelo menos tomar uma banho simples de limpeza e se alimentar de algo leve e saudável.

9 em cada 10 vezes João vai para a internet, e de lá para a cama.

Porque João faz isso ? Em uma próxima coluna abordaremos o conceito dos muitos “Eus” morando em cada um de nós, por ora basta dizer que João não conseguirá realizar seus rituais, porque João quer descansar do trabalho, fica pensando na conta que vai vencer, nos problemas na família e em todo tipo de poluição mental e emocional que o impede de dedicar 10 minutos para si mesmo.

João então pensa como seria bom se ele já fosse um mago sábio, diligente e poderoso. Então ele decide criar uma personalidade mágica, reúne qualidades que ele tem dentro de si mas que raramente usa, em conjunto ou separadamente, transcreve tudo isso e pensa num nome que lhe traga essa sensação de tudo que ele quer ser. Frater Hierofante.

No dia seguinte João chega cansando do trabalho e tem certeza que não vai conseguir realizar o ritual, então ele decide “invocar” o Frater Hierofante. Ele se sente meio esquisito e meio ridículo no começo, mas decide se esforçar para manter o padrão de pensamentos do Frater Hierofante, se ele era incapaz de tomar um bom banho antes, o Frater Hierofante agora toma um banho cheio de significados, imaginando que a água o limpa em vários níveis, físico, emocional e espiritual. Ele ingere uma fruta mas antes se concentra em dar alguma energia específica para a fruta. Como hoje será um trabalho de concentração ele vai comer um morango devidamente carregado de disciplina. Coloca suas roupas de Frater Hierofante e medita durante os 10 minutos, anotando todos os resultados em seu diário mágico.

Frater Hierofante deixa suas roupas e seu quarto e João pode surfar a vontade na internet com a sensação de trabalho bem feito.

Na magia do CAOS existe o conceito de “fake it, until you make it”, a ideia aqui é dissociar por alguns momentos a sua persona comum da sua persona mágica permitindo que você realize um trabalho bem feito, sem se preocupar com as frivolidades da sua vida profana.

É importante ter a consciência de que não basta escrever meia dúzia de palavras num papel, pensar num nome pomposo e achar que vai fazer as chamadas enochianas ainda hoje. A personalidade mágica é algo que precisa ser desenvolvido e cultivado com carinho e responsabilidade.

É como um Você melhorado, despido das justificativas do ego, tudo o que você tem de melhor, uma amalgama de todas as suas qualidade que despontam quando você fez aquele ritual com o coração, quando você teve aquela intuição, quando você superou um limite.

Praticamente uma incorporação de EU superior, e como incorporação deve ser treinada e levada a sério, não ao ponto de virar uma neurose de dupla personalidade mas um comprometimento consigo mesmo de não estragar essa coisa especial que você criou para si.

Comece com pequenos passos, não realize um ritual logo de primeira se você ainda não esta confiante, um banho ou uma refeição por exemplo, ainda que seja só uma ducha ou uma fruta.

Você pode assumi-la momentaneamente numa fila de banco para realizar um alinhamento de chakras ou uma respiração consciente, treinando-a e treinando você pouco a pouco para tirar melhor proveito dela.

Os desdobramentos da técnica são muitos mas todos com esses propósito: Realizar, Concretizar, Manifestar.

Eu espero que você faça bom proveito dessa técnica e caso tenha alguma dúvida ou queira compartilhar com os irmão suas experiências, é mais que bem vindo para utilizar o espaço dos comentários.

Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/a-personalidade-m%C3%A1gica-e-a-pr%C3%A1tica

O Fumo e os Terreiros de Umbanda

O fumo é a erva mais tradicional da terapêutica psico-espiritual praticada na Umbanda. Originário do mundo novo, os nativos fumavam o tabaco picado e enrolado em suas próprias folhas, ou na de outras plantas, conhecendo o processo de curar e fermentar o fumo, melhorando o gosto e o aroma.

Durante o período físico em que o fumo germina, cresce e se desenvolve, arregimenta as mais variadas energias do solo e do meio ambiente, absorvendo calor, magnetismo, raios infravermelhos e ultravioletas do sol, polarização eletrizante da lua, éter físico, sais minerais, oxigênio, hidrogênio, luminosidade, aroma, fluidos etéreos, cor, vitaminas, nitrogênio, fósforo, potássio e o húmus da terra. Assim, o fumo condensa forte carga etérea e astral que, ao ser liberada pela queima, emana energias que atuam positivamente no mundo oculto, podendo desintegrar fluídos adversos à contextura perispiritual dos encarnados e desencarnados.

O charuto e o cachimbo, ou ainda o cigarro, utilizados pelas entidades filiadas ao trabalho de Oxalá são tão somente defumadores individuais. Lançando a fumaça sobre a aura, os plexos ou feridas, vão os espíritos atuando em benefício daqueles que os procuram com fé.

Os solos com textura mais fina, com elevado teor de argila, produzem fumos mais fortes, como os destinados a charutos ou fumos de corda, enquanto os solos mais arenosos produzem fumos leves, para a fabricação de cigarros. No fabrico dos charutos (palavra derivada do tâmil churutu), as folhas, após o processo de secagem, são reunidas em manocas de 15 a 20 folhas e submetidas a fermentação, destinada a diminuir a percentagem de nicotina, aumentar a combustividade do fumo e uniformizar a sua coloração. Os tipos de fumo mais utilizados na confecção dos charutos brasileiros são: Brasil-Bahia, Virgínia, Sumatra e Havana.

Nos trabalhos umbandistas é muito utilizado por Exu Bombogira. A cigarrilha de odor especial, quando utilizada por esta entidade, melhor se ajusta ao descarrego do magiado, por proporcionar-lhe mais tranquilidade. Os cigarros são utilizados para fins mais materiais, normalmente relacionados com negócios financeiros.

Os charutos de fumo grosseiro e forte são peculiares à magia dos Exus, enquanto os charutos de fumo de melhor qualidade são usados por Caboclos. Já os Pretos-Velhos dão preferência aos cachimbos, nos quais usam diversos tipos de mistura de ervas, como o alecrim, a alfazema e outros, além de utilizarem cigarros de palha, impregnando assim os elementos com a sua própria força espiritual, transformando o tradicional “pito” em um eficiente desagregador de energias negativas. Desta maneira, como o defumador, o charuto ou o cachimbo são instrumentos fundamentais na ação mágica dos trabalhos umbandistas executados pelas entidades. A queima do tabaco funciona como um defumador individual, próprio, dirigido ao objetivo do Guia, que não traz nenhum vício tabagista, como dizem alguns, representando apenas um meio de descarrego, um bálsamo vitalizador e ativador dos chakras dos consulentes. Vemos assim que, como ensinou um Pai Velho, “na fumaça está o segredo dos trabalhos da Umbanda”.

#Umbanda

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A Arquidemônia Qalilitu

Nomes: Madogiel, Qalilitu

Direção: Oeste

Qlipha: Gamaliel (Lua Negra / Lilith)

Cor: Preto, Amarelo, Roxo

Qalilitu é uma arquidemonia que habita nos mares de sangue de Gamaliel (Lua Negra/ Lilith). Ela é uma combatente astral surpreendentemente brutal e talentosa. É uma ajuda poderosa em ritos de coerção ou abatimento de espíritos, na predação vampírica dos inimigos e por meio do glamour ela desencaminha quem quer que o mago precise enfeitiçar. Seja qual for seus inimigos, coloque-os diante de Qalilitu e veja-os devorados. Ela é o demônio mais mortal com quem eu já trabalhei.

Qalilitu instrui no uso do tarô, também ajuda em visões no  espelho negro, cristal, adivinhação por geomancia e nas runas, e ela pode encantar esses mecanismos de adivinhação pois é poderosa em encantamento de objetos. Ela é profundamente conhecedora das runas e pode dar assistência e gnose para aqueles que aspiram executar esse oráculo.

Qalilitu é uma demonia vingativa, sádica e cruel que usa emoções doentias em seu trabalho de feitiço. No entanto, ela pode ensinar a amar alguém com honestidade. Qalilitu é praticamente incapaz de afetar nosso mundo quando está coberto pela luz solar.

Qalilitu domina o sadismo, sedução, ilusão, assassinato, amor, ocultação, discrição, manipulação. Ela habilita o duplo etérico do feiticeiro com garras aptas para alimentação vampírica e chifres que podem ser usados ​​para discernir a localização de inimigos escondidos nos planos físico e astral. Qalilitu é especialista em bebidas espirituais. Ela pode criar egregoras vampíricas que orientem onde estão as vítimas de sangue para o mago e se alimenta da vítima de sangue junto com o mago, adoçando o sangue que ela provar. Qlilitu pode ajudar na manipulação do seu magnetismo pessoal e determinar como você se relaciona com as pessoas.

Ela pode ensiná-lo a mudar seu duplo etérico em vários atavismos – bestas aquáticas, por exemplo. Pode capacitar os rituais de iniciação através dos elementos água e terra, também instruir nas esferas de Gamaliel (Lua Negra / Lilith), Nehemoth (Terra Negra) e Gashkalah (Jupiter / Astaroth) e as esferas planetárias da Terra e da lua.

As miríades de aptidão mágica de Qalilitu incluem vampirismo psíquico e sanguíneo, magia do sangue, proteção contra necromancia, maldições letais, combate astral, abertura de portais, trabalho com os chakras, sacrifício de sangue, shaktidharma, experiência de consciência transcendental, encantamento de objeto e psicometria. Ela pode fortalecer os sentidos astrais do mago e telepatia.

Qalilitu geralmente aparece como uma sereia. A sereia representa uma fantástica perversão do desenvolvimento evolutivo da humanidade, enquanto o sapo, como anfíbio, representa um estágio evolutivo intermediário durante o qual nossa espécie evoluiu para deixar as águas e ir para a terra. A sereia assinala uma evolução obscura da humanidade. Ela é uma ramificação da nossa espécie adaptada para retornar às profundidades primitivas que aprendemos a temer. A sereia é o ser humano que transgrediu os limites da lei natural para reintegrar as características primárias e caóticas que pensávamos estar perdidas no tempo.

Como uma espécie híbrida, a sereia representa as realidades ocultas que negam os sistemas que usamos para “compreender” a vida – o caos que revela a verdadeira blasfêmia de não entendermos a natureza e nem termos idéia do nosso lugar nesse mundo. Tanto quanto sei, o primeiro lugar a falar sobre Qalilitu foi o jornal chamado Qliphoth Opus III da Black Tower Publishing em um artigo de Daemon Barzai. Barzai descreve-a da seguinte maneira: “Ela aparece como metade mulher, metade peixe. Seus olhos são completamente brancos, e ela tem um terceiro olho ardente em sua testa. Ela tem um cabelo avermelhado e dentes muito afiados. Ela freqüente aparece em visões sobre templos subaquáticos, feitos de caveiras e ossos que pertenciam a suas vítimas anteriores. Ela não fala, mas é capaz de se comunicar telepaticamente.”  Se as profundezas do mar representam o subconsciente, esses templos subaquáticos podem significar os atos religiosos primitivos, inconscientemente retidos em nossa memória genética. Uma vez que um dos atributos mais conhecidos de Gamaliel é a percepção dos desejos e instâncias subconscientes, isso faz sentido.

Quando Qalilitu se manifesta ao meu redor pessoalmente, ela geralmente aparece como uma sereia de nove metros de altura envolta em sombra e olhos brancos. Quando ela se manifesta de forma totalmente humana, ela aparece na raça caucasiana com cerca de cinco á sete pés, com cabelo longo e preto. Também tem uma forma física incrível – Seu rosto é idêntico ao rosto de Amy / Avnas na forma feminina (veja meu artigo), exceto que a forma feminina de Avnas tem pele branca e olhos completamente vermelhos.

Canto de Evocação

Liftoach Pandemonium, Et Germinet Qalilitu!

Abra o plano infernal e traga Qalilitu

Qalilitu, venire Madogiel venire Aperiatur Acharayim Et Germinet Qalilitu!

Qalilitu / Madogiel, venha. Abra o plano infernal e traga o Qalilitu

Agios Ischyros

(V.K. Jehannum, Adaptação e Trad.Pt Dom Wilians)

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-arquidemonia-qalilitu/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/demonologia/a-arquidemonia-qalilitu/