Mapa Astral de Adam Smith

Mapa Astral

O Mapa Astral de Adam Smith possui Sol em Gêmeos; Ascendente em Libra; Lua em Câncer; Mercúrio em Câncer-Gêmeos (Rainha de Taças); Vênus em Touro; Marte em Áries; Júpiter em Capricórnio-Sagitário (Rainha de Ouros) e Saturno em Sagitário-capricórnio (Rainha de Ouros) e Caput Draconis em Gêmeos, em conjunção com o Sol.

Os Planetas mais fortes do Mapa de Adam Smith são Júpiter e Saturno, com 5 Aspectações fortes cada, o que faz do mapa dele algo ainda mais interessante: Júpiter é o regente de Sagitário. Isso significa que as energias desse Planeta e Signo são praticamente harmônicas; o Mesmo vale para Saturno e Capricórnio. Saturno e Júpiter em Conjunção dentro da energia de Sagitário-Capricórnio onde cada planeta está no signo adjacente significa que há uma integração tão gigantesca dessas energia como se fosse uma única, na Rainha de Ouros (que é a energia que lida com a relação de patrões-empregados!).

Some-se a isso a capacidade de negociações de seu Ascendente em Libra e a facilidade de comunicação geminiana tanto em seu Sol quanto em seu Caput Draconis.

Outra curiosidade (e facilitador absurdo no entendimento destas energias) de seu mapa é o fato de ter Plutão (em Virgem), Júpiter (em Capricórnio) e Netuno (em touro) formando um triângulo de Aspectações (duplo-Trígono) em energias de Terra, administrativas e concretizadoras.

Sem dúvida, Adam Smith estava trabalhando firme dentro da sua Verdadeira Vontade.

#Astrologia #Biografias

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Mapa Astral do Bruce Lee

De origem Chinesa, nascido nos Estados Unidos, foi um ator, lutador, artista marcial, filósofo, diretor, roteirista e mestre em Artes Marciais, tendo fundado o Jeet Kune Do. É considerado o artista marcial mais importante do século XX. Foi o responsável pela popularização dos filmes de Hong Kong no mundo.

Bruce tinha uma facilidade acima do comum para aprender e executar os movimentos ensinados pelo seu mestre. Como em muitas das escolas de artes marciais na época, os alunos eram ensinados por outros alunos mais graduados. Mas Yip Man começou a treinar Lee em particular após alguns alunos se recusarem a treiná-lo, pelo fato de que sua mãe não era totalmente chinesa (o Avô materno de Bruce era alemão e sua avó Chinesa) e a maioria dos chineses naquele tempo recusavam-se a ensinar artes marciais aos ocidentais e aos mestiços.

Após a guerra, Hong Kong era um lugar difícil de se crescer. Haviam diversas gangues pelas ruas da cidade e Lee foi muitas vezes forçado a lutar contra elas. Mas Bruce gostava de desafios um contra um e por diversas vezes enfrentou membros dessas gangues. Mesmo com o pedido de seus pais para que ele se afastasse desse cotidiano, pouco adiantou. Devido aos desafios que Bruce venceu as confusões vinham naturalmente até ele.

Embora Lee seja mais conhecido como um artista marcial, ele também estudou teatro e filosofia, enquanto estava na Universidade de Washington. Ele estava bem e tinha lido uma extensa quantidade de livros. Seus próprios livros sobre artes marciais e filosofia de combate são conhecidos pelas suas afirmações filosóficas, tanto dentro como fora dos assuntos sobre artes marciais. Sua filosofia eclética, muitas vezes espelhando suas crenças, lutas, embora ele afirmou que suas artes marciais eram apenas uma metáfora para tais ensinamentos. Ele acreditava que qualquer conhecimento o levou ao auto-conhecimento, e disse que seu método escolhido foi a auto-expressão das artes marciais. Suas influências incluem o taoísmo, Jiddu Krishnamurti, e do Budismo. Quando perguntado por Little John, em 1972, qual era sua religião, Lee respondeu: “Nenhuma.” Também em 1972, quando perguntado se ele acreditava em Deus, ele respondeu: “Para ser sincero, eu realmente não sei”.

O Mapa Astral de Bruce Lee

Sol e Ascendente em Sagitário; Lua, Mercúrio e Marte em Escorpião, Júpiter e Saturno em Touro e Caput Draconis em Libra. O Mapa de um filósofo que deseja chegar ao âmago daquilo que está estudando, física, mental e emocionalmente.

O ascendente em Sagitário é indicativo de pessoas que gostam de formular teorias e regras; vemos ele em diversos filósofos, legisladores e advogados; pessoas que observam os acontecimentos ao seu redor e os agrupam em regras e leis. Marte em Escorpião indica pessoas capazes de guerrear e trabalhar sobre enorme pressão psicológica; é muito encontrado em artistas marciais, atletas, empresários, pessoas que gostam de lidar com o poder, especialmente ocultistas (encontrei desvios enormes estatísticos dessa energia em pilotos de Fórmula-1 e lutadores de Ultimate, por exemplo). Marte indica a maneira como a pessoa gasta sua energia, e esta combinação com as energias de escorpião favorece grandes competidores (seja na área física, mental, emocional ou mais de uma combinação). O Planeta mais forte de seu mapa, no entanto, é Plutão em Leão (com 8 aspectações) cujas combinações com outros planetas seriam suficientes para que um estudante de astrologia afirmasse que o Mapa pertence a um artista de TV…

Combine a Lua também em Escorpião e você tem um mapa de uma pessoa extremamente focada (quase tendendo a obsessão) e disposta a ir até as últimas consequências para provar seu ponto. O treinamento físico e sua capacidade de aguentá-lo vêm das energias de Touro… Saturno (Responsabilidade) e Júpiter (facilidade) dentro de uma energia que, uma vez em movimento, não pode ser parada. Touro também “desviou” o Mapa de Bruce para algo mais físico, mais palpável e tangível, como exercícios ou combates, na qual a praticidade precisava ser colocada à prova. Muita gente me pergunta como fazer com um mapa onde haja oposições… Bruce Lee canalizou as oposições entre Escorpião (obstinação e poder) e Touro (perseverança e persistência) em um treinamento inigualável, levando seu corpo a extremos de treino e repetição que pouquíssimas pessoas teriam a dedicação necessária para fazer. E tudo guiado por uma mente de filósofo e pesquisador. O Tao do Jeet Kune Do é o legado de toda esta combinação energética.

Fantástico Mapa e a maneira como Bruce Lee desenvolveu sua Verdadeira Vontade aqui na Terra. Nunca tinha parado para olhar o Mapa dele, mas esta sessão aqui do TdC tem se provado uma excelente fonte de estudos na Astrologia Hermética. Agradeço aos leitores que me lembraram do aniversário do Mestre.

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A Busca do “Eu”, por Alan Moore

Texto poderoso do Alan Moore, traduzido pelo Acid.

“Quando cumprimos a vontade de nosso verdadeiro Eu, nós estamos inevitavelmente cumprindo com a vontade do universo. Na magia ambas as coisas são indistinguíveis. Cada alma humana não é, de fato, UMA alma humana: é a alma do universo inteiro. E, enquanto você cumprir a vontade do universo, é impossível fazer qualquer coisa errada.

Muitos dos magos como eu entendem que a tradição mágica ocidental é uma busca do Eu com “E” maiúsculo. Esse conhecimento vem da Grande Obra, do ouro que os alquimistas buscavam, a busca da Vontade, da Alma, a coisa que temos dentro que está por trás do intelecto, do corpo e dos sonhos. Nosso dínamo interior, se preferir assim. Agora, esta é particularmente a coisa mais importante que podemos obter: o conhecimento do verdadeiro Eu.

Assim, parece haver uma quantidade assustadora de pessoas que não apenas têm urgência por ignorar seu Eu, mas que também parecem ter a urgência por obliterarem-se a si próprias. Isto é horrível, mas ao menos vocês podem entender o desejo de simplesmente desaparecer, com essa consciência, porque é muita responsabilidade realmente possuir tal coisa como uma alma, algo tão precioso. O que acontece se a quebra? O que acontece se a perde? Não seria melhor anestesiá-la, acalmá-la, destruí-la, para não viver com a dor de lutar por ela e tentar mantê-la pura. Creio que é por isso que as pessoas mergulham no álcool, nas drogas, na televisão, em qualquer dos vícios que a cultura nos faz engolir, e pode ser vista como uma tentativa deliberada de destruir qualquer conexão entre nós e a responsabilidade de aceitar e possuir um Eu superior, e então ter que mantê-lo.

Tenho estudado a escola da história do pensamento mágico e o ponto em que começou a dar errado. No meu entender, o ponto em que começa a dar errado é com o monoteísmo. Quero dizer, se olhar a história da magia, verá suas origens nas cavernas, verá suas origens no xamanismo, no animismo, na crença de que tudo o que te rodeia, cada árvore, cada rocha, cada animal foi habitado por algum tipo de essência, um tipo de espírito com o qual talvez possamos nos comunicar. E ao centro você tinha um xamã, um visionário, que seria o responsável por canalizar as idéias úteis para a sobrevivência. No momento em que você chega às civilizações clássicas, verá que tudo isto foi formalizado até certo grau. O xamã atuava puramente como um intermediário entre os espíritos e as pessoas. Sua posição na aldeia ou comunidade, imagino, era a de um “encanador espiritual”. Cada pessoa no grupo devia ter seu papel: A melhor pessoa durante uma caçada tornava-se o caçador, a pessoa que era melhor pra falar com os espíritos, talvez porque ele ou ela estivesse um pouco louco, um pouco separado do nosso mundo material normal, eles tornavam-se os xamãs. Eles não seriam mestres de uma arte secreta, mas sim os que simplesmente espalhariam sua informação pela comunidade, porque se acreditava que isto era últil para todo o grupo. Quando vemos o surgimento das culturas clássicas, tudo isso se formalizou para que houvesse panteões de deuses, e cada um destes deuses tinha uma casta de sacerdotes, que até certo ponto atuariam como intermediários, que te instruiriam na adoração a estes deuses. Então, a relação entre os homens e seus deuses, que pode ser vista como a relação entre os humanos e seus “Eus” superiores, não era todavia de um modo direto.

Quando chega o cristianismo, quando chega o monoteísmo, de repente tem uma casta sacerdotal movendo-se entre o adorador e o objeto de adoração. Tem uma casta sacerdotal convertendo-se em uma espécie de gerência intermediária entre a humanidade e a divindade que está se buscando. Já não se tem mais uma relação direta com os deuses. Os sacerdotes não têm necessariamente uma relação com Deus. Eles só têm um livro que fala sobre gente que viveu há muito tempo atrás que teve relação direta com a divindade. E assim está bom: Não é preciso ter visões milagrosas, não é preciso ter deuses falando contigo. Na verdade, se você tem algo disto, provavelmente está louco. No mundo moderno, essas coisas não acontecem; as únicas pessoas as quais se permite falar com os deuses, e de um modo unilateral, são os sacerdotes. E o monoteísmo é, pra mim, uma grande simplificação. Eu quero dizer, a Cabala tem uma grande variedade de deuses, mas acima da escala, da Árvore da Vida, há uma esfera que é o Deus Absoluto, a Mônada. Algo que é indivisível, você sabe. E todos os outros deuses, e, de fato, tudo mais no universo é um tipo de emanação daquele Deus. E isto está bem. Mas, quando você sugere que lá está somente esse único Deus, a uma altura inalcançável acima da humanidade, e que não há nada no meio, você está limitando e simplificando o assunto.

Eu tendo a pensar o paganismo como um tipo de alfabeto, de linguagem. É como se todos os deuses fossem letras dessa linguagem. Elas expressam nuances, sombras de uma espécie de significado ou certa sutileza de idéias, enquanto o monoteísmo é só uma vogal, onde tudo está reduzido a uma simples nota, que quem a emite nem sequer a entende”.

#AlanMoore

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A Heptarquia Mística: o livro da magia enochiana planetária

Por Robson Bélli, 21 de março de 2022

Este trabalho é o resultado das investigações e experimentações realizadas por John Dee no ano de 1582 no campo da magia, ao qual foi apresentado por Edward Kelley. Foi escrito em forma de diário e sobrevive até hoje em um Manuscrito (Sloane MS 3191) na Biblioteca Britânica em Londres. Ao longo da história foi impresso em poucas ocasiões e geralmente em edições muito pequenas ou privadas, por grupos ou seitas que seguem o Mago Elizabetano. Para muitos dos seguidores do trabalho de Dee, a Heptarquia é mais do que uma obra literária, é o Grimório pessoal de Dee, que ele possivelmente usou na invocação das Entidades Espirituais Governantes dos Sete Dias da Semana. Não há dúvida de que a Heptarquia é em si um grimório para uso prático, que o leitor pode usar em sua própria experimentação.
Parte Integrante do sistema da magia enochiana, muitos a consideram um sistema diferente contudo nesta obra o leitor perceberá que os anjos e a revelação é a mesma.

Sabemos que as versões online nem sempre são as melhores para uso ritualístico, assim convidamos o leitor a adquirir a obra Heptarquia Mística, aproveitando assim para prestigiar o autor que nos trouxe tamanho conteúdo relevante.

Aproveite também para se aprofundar na Magia Enochiana pelo site Enoquiano.com.br e pelos canais do Instagram , Telegram.

Sumário

MODELO OU EXEMPLODE LITURGIA RITUAL DA HEPTARQUIA MISTICA

  1. Preparação
    Configure o templo Enochiano da melhor maneira possível, moveis, altar disposições gerais dos objetos. Use o anel, a túnica e o Lamen Enochiano. Fique a oeste da Mesa Santa, voltado para o leste.
  2. Abrindo o Templo – Cerimonial (METODO NEO ENOCHIANO)
    a) Realize o ritual de banimento do pentagrama AOEVEAE.

Alternativamente, você pode abrir o templo com o Ritual Menor de Banimento do Pentagrama da Golden Dawn ou o Rubi Estelar de Aleister Crowley.
b) Se você pretende que seu ritual tenha um efeito macrocósmico que se estenda além do Reino psicológico, execute o ritual do hexagrama de invocação MADRIAX. Alternativamente, se você abriu com o LBRP, você deve executar o Ritual Menor de Invocação do Hexagrama, ou se você abriu com o Rubi Estrela, você deve executar o Safira Estrela. A combinação de um ritual de banimento de pentagrama e um ritual de invocação de hexagrama forma um campo adequado para as operações.

  1. Abrindo o Templo – Devocional (METODO PURISTA)
    Faça a Oração de Enoch. Esta oração pode ser realizada sozinha para abrir o templo, ou pode seguir a abertura cerimonial realizada como passo 2.
  2. A Invocação Preliminar
    a) Realize a Oração de John Dee a Deus original ou revisada.
  3. b) Para uma invocação, entoe a Segunda Chave em Enochiano seguida pela tradução.
    c) Para um ritual incluindo elementos evocatórios e invocatórios, execute a Primeira Chave seguida pela Segunda Chave. Se você estiver trabalhando com outra pessoa como Dee e Kelley fizeram, com uma pessoa atuando como mago e a outra como vidente, o mago deve ler a Primeira Chave seguido pelo vidente lendo a Segunda Chave.
  4. Timming
    a) Seu ritual deve ser programado para que seja realizado no dia apropriado e durante a hora planetária apropriada, conforme explicado na tabela dos dias e horas.
  5. A Conjuração
    Coloque o talismã apropriado para o Rei ou Príncipe no chão e fique em cima dele. Em seguida, entoe a conjuração apropriada com base na tabela a seguir.

 

Dias da semana Rei Conjuração Principe Conjuração
(qualquer) CARMARA Pag. 16 HAGONEL Pag. 20
Domingo BOBOGEL Pag. 16 BORNOGO Pag. 20
Segunda-feira BLUMAZA Pag. 17 BRALGES Pag. 21
Terça-feira BABALEL Pag. 17 BEFAFES Pag. 21
Quarta-feira BNASPOL Pag. 18 BLISDON Pag. 22
Quinta-feira BYNEPOR Pag. 18 BUTMONO Pag. 22
Sexta-feira BALIGON Pag. 19 BAGENOL Pag. 23
Sábado BNAPSEN Pag. 19 BROGES Pag. 23
  1. O Encargo do Espírito
    Entregue o Encargo que você compôs pessoalmente ao espírito ou espíritos.
  2. Fechando o Templo
    a) Execute a Licença para Partir.
  3. b) Para rituais abertos usando o método cerimonial (NEO-ENOCHIANO), conclua o MADRIAX e AOEVEAE.
    Alternativamente, se o ritual foi aberto com os Rituais Menores da Golden Dawn do Pentagrama e Hexagrama, execute o Ritual de Banimento Menor do Pentagrama para um ritual que tem apenas um alvo externo ou a Cruz Cabalística por si mesmo para um ritual que se destina a afetar o mago exclusivamente ou tanto o mago quanto um alvo externo. Para o Rubi Estrela / Safira Estrela as mesmas regras se aplicam – feche com o Rubi Estrela ou a forma do ritual da Cruz Cabalística, dependendo do alvo do ritual.
    c) Declare o templo fechado. O ritual agora está completo.

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RITUAL DE BANIMENTO AOEVEAE

Para substituir o Ritual Menor do Pentagrama da Golden Dawn, foi desenvolvido por Scott Michael Stenwick um ritual de pentagrama Enochiano que o mesmo chamava de  AOEVEAE (“estrelas” em enochiano). Vários escritores criaram rituais de pentagrama Enochianos desse tipo e todos eles compartilham certas semelhanças. É bastante claro que os nomes mais lógicos para usar ao traçar os pentagramas são os nomes triplos de Deus de Dee/Kelly e da Grande Tábela (ORO IBAH AOZPI, MPH ARSL GAIOL, OIP TEAA PDOCE e MOR DIAL HCTGA) e os equivalentes mais lógicos aos Arcanjos são os Reis das quatro direções (BATAIVAH, RAAGIOSL, EDLPRNAA e ICZHIHAL).

1. Com o dedo ou arma mágica, trace do quadril esquerdo até o ombro direito enquanto vibra NANTA (NANETA – Terra), de seu ombro direito para o ombro esquerdo enquanto vibra HCOMA (RRECOMA – Água), do ombro esquerdo ao quadril direito enquanto vibra EXARP (EXAREPE – Ar), do quadril direito à testa enquanto vibra BITOM (BITOME – Fogo), e, finalmente, da testa de volta ao quadril esquerdo enquanto vibra

EHNB (ERREMEBE – Espírito).

Em seguida, coloque as mãos sobre o coração e vibre JAIDA (JAIDA – “O Mais Alto”).

Visualize o pentagrama traçado sobre seu corpo em um tom lilás elétrico brilhante.

2. No leste, trace o Pentagrama de Banimento da Terra enquanto vibra ORO IBAH AOZPI.

Os pentagramas devem ser visualizados como formados de chamas ardentes e tão vividamente quanto possível.

3. Vire (ou vá) para o norte. No norte trace o Pentagrama de Banimento da Terra enquanto vibra MOR DIAL HCTGA.

4. Vire (ou vá) para o oeste. No oeste trace o Pentagrama de Banimento da Terra enquanto vibra OIP TEAA PDOCE .

5. Vire para o sul. No sul, trace o Pentagrama de Banimento da Terra enquanto vibra

MPH ARSL GAIOL.

6. Volte para enfrentar o leste. Estenda os braços para formar uma cruz e vibrar:

RAAS I BATAIVAH

(“No Oriente está BATAIVAH”,

SOBOLN I EDLPRNAA

(“No Ocidente está EDLPRNAA”),

BABAGE I RAAGIOSL

(“No Sul está RAAGIOSL”),

LUCAL I ICZHIHAL

(“No Norte está ICZHIHAL”).

7. Faça uma rotação completa no sentido anti-horário enquanto vibra:

MICMA AO COMSELH AOEVEAE

(“Eis o Círculo de Estrelas”)

Em seguida, coloque as mãos sobre o coração enquanto vibra:

OD OL, MALPRG, NOTHOA

(“E eu, um fogo que empurra através do meio”).

Se você estiver usando este ritual em conjunto com o ritual do hexagrama MADRIAX que se segue, ele deve ser inserido neste momento.

8. repita o passo 1

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RITUAL MANDRIAX

1. Com o dedo ou uma ferramenta como uma varinha, trace o Hexagrama Unicursal de Invocação da Terra sobre você enquanto vibra:

BOBOGEL

2. No leste, trace o hexagrama de invocação unicursal do Fogo em vermelho enquanto vibra:
BABALEL

3. No sul, trace o hexagrama unicursal de invocação do Ar em branco enquanto você vibra:

BNASPOL

4. No oeste, trace o hexagrama unicursal da Água em verde enquanto você vibra:
BYNEPOR

5. No norte, trace o hexagrama unicursal da Terra em preto enquanto você vibra:

BALIGON

6. Acima de você, trace o hexagrama invocador de Saturno em lilás brilhante enquanto você vibra:
BNAPSEN

7. Abaixo de você, trace o hexagrama de invocação da Lua em violeta profundo enquanto você vibra:
BLUMAZA

8. Estenda os braços e faça uma rotação completa no sentido horário (ou circunvolução do templo, se estiver usando a Mesa Santa) enquanto vibra:
TA CALZ I OROCHA
(“como acima do firmamento, então abaixo de você”)
(provavelmente a melhor tradução Enochiana de “como acima, é abaixo”.) Em seguida, coloque as mãos sobre o coração por um momento e mantenha a visualização completa do rito em sua mente.

9. Para a forma de invocação deste ritual, mantenha suas mãos na frente de você com as palmas voltadas para fora e, em seguida, separe-as como se abrisse uma cortina pesada enquanto você vibra:
MADRIAX CARMARA, YOLCAM LONSHI
(“ó céus de Carmara, trazei o poder”.)
Carmara é o oitavo Rei Heptarchial que governa os outros sete.

10. O trabalho ritual para o qual você abriu o campo entra aqui.

11. Na conclusão do trabalho ritual, coloque as mãos na sua frente e para os lados com as palmas voltadas para dentro e, em seguida, junte-as como se fechasse uma cortina pesada enquanto vibra:
MADRIAX CARMARA, ADRPAN LONSHI
(“ó céus de Carmara, encerre o poder”.)

Esta é a forma de invocação do ritual. Para a forma de banimento, você deve virar para cada direção indo no sentido antihorário (Leste -> Norte -> Oeste -> Sul -> Leste), seguir os hexagramas de banimento (além do hexagrama de abertura da Terra que deve ser sempre a invocação forma) e faça a rotação / circunvolução final no sentido anti-horário.

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ORAÇÃO DE ENOCH

Senhor Deus, a Fonte da verdadeira sabedoria, tu que abres os segredos de ti mesmo ao homem, tu conheces a minha imperfeição e minha escuridão interior: Como posso (portanto) falar àqueles que não falam segundo a voz do homem; ou dignamente invocar teu nome, considerando que minha imaginação é variável e frutífera, e desconhecida para mim? Será que as Areias parecem convidar as Montanhas: ou
podem os pequenos Rios entreter as ondas maravilhosas e desconhecidas? Pode o receptáculo do medo, da fragilidade, ou de determinada proporção, erguer-se, erguer as mãos ou recolher o Sol em seu seio?

Senhor não pode ser: Senhor minha imperfeição é grande: Senhor eu sou menor que areia: Senhor, teus bons Anjos e Criaturas me superam em muito: nossa proporção não é igual; nosso sentido não concorda: Apesar de tudo, estou consolado; Para que todos nós tenhamos um Deus, todos começando de ti, para que te respeitemos como Criador: Portanto, invocarei o teu nome, e em ti me tornarei poderoso.

Tu me iluminarás e eu me tornarei um vidente; eu verei tuas Criaturas e te magnificarei entre elas. Aqueles que vêm a ti têm a mesma porta e, através da mesma porta, descem, como tu enviaste. Eis que ofereço minha casa, meu trabalho, meu coração e alma, se for do agrado dos teus anjos morarem comigo e eu com eles; alegrar-me comigo, para que eu possa alegrar-me com eles; para me servir, para que eu engrandeça o teu nome. Então, eis que as Tábuas (que eu providenciei e de acordo com tua vontade, preparadas) eu ofereço a ti e a teus santos Anjos, desejando-as, em e por meio de teus santos nomes; que assim como tu és a luz deles e os confortas, assim eles estarão em ti a minha luz e conforto.

Senhor, eles não te prescrevem leis; portanto, não é adequado que lhes prescrevam leis; O que te agrada oferecer, eles recebem; Portanto, o que lhes agrada oferecerem, eu também receberei. Eis que eu digo (ó Senhor) se eu os invocar em teu nome, seja-me feito com misericórdia como ao servo do Altíssimo. Que eles também se manifestem a mim: Como, por quais palavras e em que horas os chamarei. Ó Senhor, há alguém que meça os céus, que seja mortal? Como, portanto, os céus podem entrar na imaginação do homem? Tuas criaturas são a glória de teu semblante; nisto tu glorificas todas as coisas, cuja glória excede e (ó Senhor) está muito acima do meu entendimento.

É grande sabedoria dizer e falar segundo o entendimento com os Reis; mas ordenar a Reis por um mandamento sujeito não é sabedoria, a menos que venha de ti. Eis, Senhor, como hei de subir aos céus? O ar não me carrega, mas resiste à minha loucura, eu caio, pois sou da terra. Portanto, ó tu, grande Luz e verdadeiro Conforto, que podes, e comandas os céus; eis que ofereço estas Tábuas a ti, ordena-as como te agrada; e ó vós, ministros, e verdadeiras luzes do entendimento, governando esta estrutura terrestre e na qual vivemos, fazei por mim como pelo servo do Senhor; e a quem aprouve ao Senhor falar de vocês.

Eis, Senhor, tu me designaste 50 vezes; Três vezes 50 vezes levantarei minhas mãos para ti. Seja feito para mim o que quiser, a ti e a teus santos ministros. Nada exijo senão de ti e por teu intermédio e para tua honra e glória; espero, porém, ficar satisfeito e não morrer (como prometeste) até que ajuntem as nuvens e julguem todas as coisas; quando em um momento serei transformado e habitarei contigo para sempre.
Amém.

ORAÇÃO DE JOHN DEE

Ó Todo-Poderoso, eterno, o Deus verdadeiro e vivo; Ó Rei da Glória, Ó Senhor dos Exércitos, Ó Tu, o Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas, visíveis e invisíveis; Agora, (mesmo agora, finalmente), entre outras Tuas múltiplas misericórdias usadas e para serem usadas para comigo, Teu servo simples, [John Dee] , eu humildemente imploro a Ti, nesta minha petição presente para ter misericórdia de mim, ter pena de mim, ter compaixão de mim. Eu, fiel e sinceramente, por muito tempo, tenho procurado entre os homens, na Terra, e também por meio da oração (muitas vezes e lamentavelmente) fiz o favor de Tua Divina Majestade para a obtenção de alguma porção conveniente do Verdadeiro Conhecimento e Entendimento de Tuas leis e ordenanças, estabelecidas nas naturezas e propriedades de Tuas criaturas; pelo qual Conhecimento, Tua Divina Sabedoria, Poder e Bondade, (em Tuas criaturas concedidas e a elas transmitidas), sendo feito para mim e me seduzindo, (pelo mesmo) incessantemente para pronunciar Teus louvores, para render a Ti, os mais sinceros agradecimentos , para promover Tua verdadeira honra, e ganhar por Teu Nome, um pouco de Tua devida Glória Majestosa, entre todas as pessoas, e para sempre. E, considerando que te agradou (ó Deus) de Tua Bondade Infinita, por Teus fiéis e santos Mensageiros Espirituais, entregar-me, há muito tempo (pelos olhos e ouvidos de EK)  uma forma ordenada de exercício Heptarchial ; Como, (para Tua Honra e Glória, e Conforto de minha própria pobre alma, e de outros, Teus servos fiéis), posso, em todos os momentos, usar muitos de Teus bons Anjos, seus conselhos e ajudas; de acordo com as propriedades de tais funções, e ofícios, como para eles, por Teu Divino Poder, Sabedoria e Bondade, é atribuído e limitado; (Em que forma ordenada e modo de exercício, até agora, nunca encontrei oportunidade e extrema necessidade para me aplicar.) Portanto, eu, teu pobre e simples servo, o mais humilde, de coração, fielmente rogo a Tua Divina Majestade, com muito amor e paternidade ao favor; e por Teu Divino Sinal para promover este meu presente intento e me esforçar para me exercitar, de acordo com a forma e maneira ordeira mencionadas; E, agora, (por fim, mas não tarde demais), por amor de Teu amado Filho Jesus Cristo (ó Pai Celestial), conceda-me também esta bênção e porção de Tuas Graças celestiais; que Tu queiras imediatamente, capacita-me, torna-me apto e aceitável, (em corpo, alma e espírito) para desfrutar sempre da conversa santa e amigável, com a ajuda sensível, simples, plena e perfeita, em palavras e ações, de Teus poderosos, sábios e bons mensageiros espirituais e ministros em geral; e, a saber, do Bem-aventurado Michael, do Bem aventurado Gabriel, do Bem-aventurado Rafael e do Bem aventurado Uriel; e também especialmente, de todos aqueles que pertencem ao Mistério Heptarchial, teurgicamente (por enquanto) e muito brevemente para mim declarado; sob o método dos Sete Reis Poderosos, e seus Sete Ministros Fiéis e Príncipes, com seus súditos e servos, a eles pertencentes. E nesta Tua Grande Misericórdia e Graça, concedida a mim, e confirmada a mim, (Ó Deus Todo-Poderoso) Tu deverás, (para o grande conforto de Teus servos fiéis), aprovar, para Teus próprios inimigos, e meus, a verdade e certeza de Tuas múltiplas e misericordiosas promessas, até agora, feitas a mim: E que Tu és o Deus Verdadeiro e TodoPoderoso, Criador do Céu e da Terra, (a quem invoco e em quem coloco toda a minha confiança) e Teu Ministros, para serem os verdadeiros e fiéis Anjos de Luz; que, até agora, principalmente, e de acordo com Tua Divina providência tratou conosco; E, também, eu, teu servo pobre e simples, então, em Ti e por Ti, serei melhor capaz de Te servir, de acordo com Tua bem agrado; para Tua Honra e Glória; Sim, mesmo nestes dias mais miseráveis e lamentáveis. Conceda, oh, conceda, ó nosso pai celestial, conceda isto, (eu oro a Ti), por Teu unigênito Filho Jesus Cristo por amor a Ele: Amém, amém, amém.

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TABELAS DOS DIAS E HORAS PLANETARIAS

É importante mencionar que os dias e horas planetários não tem exatamente uma hora, variando conforme a estação do ano, portanto saiba o horário do nascer do sol e o do por do sol e divida por doze e você descobrira quanto tem sua hora planetária naquele dia.

HORAS DO DIA – A PARTIR DO NASCER DO SOL

SOL LUA MARTE MERCURIO JUPITER VENUS SATURNO
DOM SEG TER QUA QUI SEX SAB
1 Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter Vênus Saturno
2 Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter
3 Mercúrio Jupiter Vênus Saturno Sol Lua Marte
4 Lua Marte Mercúrio Jupiter Vênus Saturno Sol
5 Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter Vênus
6 Jupiter Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio
7 Marte Mercurio Jupiter Vênus Saturno Sol Lua
8 Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter Vênus Saturno
9 Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter
10 Mercúrio Jupiter Vênus Saturno Sol Lua Marte
11 Lua Marte Mercúrio Jupiter Vênus Saturno Sol
12 Saturno Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter Vênus

 

HORAS DA NOITE – A PARTIR DO POR DO SOL

SOL LUA MARTE MERCURIO JUPITER VENUS SATURNO
DOM SEG TER QUA QUI SEX SAB
1 Jupiter Vênus Saturno Sol Lua Marte Mercúrio
2 Marte Vênus Jupiter Vênus Saturno Sol Lua
3 Sol Mercúrio Marte Mercúrio Jupiter Vênus Saturno
4 Vênus Lua Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter
5 Mercúrio Saturno Vênus Saturno Sol Lua Marte
6 Lua Jupiter Mercúrio Jupiter Vênus Saturno Sol
7 Saturno Marte Lua Marte Mercúrio Jupiter Vênus
8 Jupiter Sol Saturno Sol Lua Marte Mercúrio
9 Marte Vênus Jupiter Vênus Saturno Sol Lua
10 Sol Mercúrio Marte Mercúrio Jupiter Vênus Saturno
11 Vênus Lua Sol Lua Marte Mercúrio Jupiter
12 Mercúrio Saturno Vênus Saturno Sol Lua Marte

INCENSOS

Domingo: Olíbano, Canela, todos os odores gloriosos.
Segunda-feira: Jasmim, Cânfora, Aloe, todos os odores virginais doces.
Terça-feira: Tabaco, Pimenta, Sangue de Dragão, todos os odores quentes e pungentes.
Quarta-feira: Mástique, Sândalo Branco, Noz-moscada, Moscadeira, Estoraque, todos os odores fugitivos.
Quinta-feira: cedro, açafrão, todos os odores generosos.
Sexta-feira: Benjoim, Rosa, Sândalo Vermelho, Sândalo, Murta, todos os odores voluptuosos suaves.
Sábado: Mirra, Civeta, Assa-fétida, Escamonéia, Índigo, Enxofre, todos os odores ruins.

VELAS

Domingo: amarelo
Segunda-feira: roxo
Terça-feira: vermelho
Quarta-feira: laranja
Quinta-feira: azul
Sexta-feira: verde
Sábado: preto

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ATRIBUIÇÕES E CONJURAÇÕES

Tabela das atribuições dos reis

Rei Poderes de Conjuração Poderes Tradicionais
Carmara Distribui e governa a doutrina heptárchica Visão da Maquinaria do Universo
Bobogel Distribui, dá e confere sabedoria e ciência Visão da Harmonia das Coisas, Mistérios
da Crucificação, Visão Beatífica
Blumaza Distribui e governa a doutrina heptárchica Visão da Maquinaria do Universo
Babalel Que é o Rei das Águas, Poderoso e Maravilhoso nas Águas Visão do Poder
Bnaspol Para Quem a Terra com suas
entranhas e segredos são entregues
Visão do Esplendor, como visto no Livro
de Ezequiel
Bynepor Cujo Poder exaltado, especial e glorificado, repousa apenas e depende da condição geral de todas as coisas Visão do Amor
Baligon Quem veio distribuir e doar com prazer, tudo e o que quer que seja, pode ser realizado em ações aéreas Visão da Beleza Triunfante
Bnaspen Expulsa os poderes de todos os espíritos iníquos, conhecendo os atos e práticas dos homens maus Visão do Pesar / Visão da Maravilha

 

Tabela das atribuições dos príncipes

Príncipe Poderes de Conjuração Poderes Tradicionais
Hagonel A quem o poder sobre o funcionamento da Terra está sujeito A Tintura Branca, Clarividência,
Divinação e Sonhos
Bornogo Alteração da Corrupção da Natureza em perfeição, Conhecimento de Metais Poder de Adquirir Riqueza
Bralges Que disse: As criaturas que vivem
em sua dominação estão sujeitas ao seu próprio poder
A Tintura Branca, Clarividência,
Divinação e Sonhos
Befafes Que é o Príncipe dos Mares. Teu
poder está sobre as águas
Trabalhos de Fúria e Vingança
Blisdon Que é a Vida e a Respiração nas
Criaturas Vivas
Milagres de Cura, Dom das Línguas e Conhecimento das
Ciências
Butmono Para quem as Chaves dos Mistérios da Terra são entregues Poder de Aquisição de Ascendência Política e
Outras
Bagenol A quem o poder sobre operações da Terra está sujeito Filtros do Amor
Brorges Que governa os “portões da morte” Trabalhos de
Maldição e Morte

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CONJURAÇÃO DE CARMARA (QUALQUER DIA DA SEMANA)

Ó pujante e correto Nobre Rei CARMARA e por qual nome você é chamado, ou pode ser verdadeira e devidamente chamado:

Quem na Doutrina Heptarquica, no Abençoado Uriel, sua mão, recebeu a vara de ouro do governo e medição, e a corrente de Dignidade e Doutrina: E não apareceu primeiro para nós, adornado com um Triplo Diadema em um longo manto roxo. Quem me disse em Mortlake: Eu ministro a força de Deus a ti. Da mesma forma, tu disseste: Estes Mistérios tem Deus por último, e de suas grandes Misericórdias, concedido a ti. Você se saciará, sim se fartará: sim, você se intensificará e se inflará, com o perfeito Conhecimento dos Mistérios de Deus, em Suas misericórdias. E disse: Esta Arte, é para a compreensão posterior de todas as Ciências, que são passadas, presentes ou ainda por vir. E imediatamente, disse-me: Reis existem na Natureza, com a Natureza e acima da Natureza. Tu és digno. E disse, a respeito do uso dessas Tábuas, Este é apenas o primeiro passo: Nem tu as praticarás em vão: E disse, assim geralmente das misericórdias e Graças de Deus sobre mim decretadas e concedidas. Tudo o que você falar, fazer ou trabalhar será lucrativo e aceitável. E o fim será bom.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó Nobre Rei CARMARA, venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido ofício real e governo, posso ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei CARMARA, eu digo, Venha, Amém.

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amém.

Thelêmico:

Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amen.

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CONJURAÇÃO DE BOBOGEL (DOMINGOS)

Ó pujante e correto Nobre Rei BOBOGEL e por qual nome você é chamado, ou pode ser verdadeira e devidamente chamado:

A cujo governo peculiar, cargo, disposição e ofício real pertence a distribuição e doação de Sabedoria e Ciência. O Ensino da Verdadeira Filosofia, a verdadeira compreensão de todo o Aprendizado, baseado na sabedoria: Verdade e Excelências na Natureza: e de muitos outros grandes Mistérios, maravilhosamente disponíveis e necessários para o avanço da Glória de nosso Deus e Criador. E quem diz a mim (com respeito a esses Mistérios atingir) Dee, Dee, Dee, finalmente, mas não tarde demais.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó Nobre Rei BOBOGEL, venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido ofício real e Governo, posso ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei. BOBOGEL Eu digo, Venha, Amém.

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen.

Thelêmico:

Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amen.

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BLUMAZA (SEGUNDAS FEIRA)

 

Ó pujante e justo Nobre Rei BLUMAZA e por que nome és tu, chamado, ou podes verdadeira e devidamente ser chamado: Quem na Doutrina Heptarquica, no Abençoado Uriel sua mão, recebeu a vara de ouro do governo e medição, e a corrente de Dignidade e Doutrina: E não apareceu primeiro para nós, adornado com um Triplo Diadema em um longo manto roxo. Quem me disse em Mortlake: Eu ministro a força de Deus a ti. Da mesma forma, tu disseste: Estes Mistérios tem Deus por último, e de suas grandes Misericórdias, concedido a ti. Você se saciará, sim se fartará: sim, você se intensificará e se inflará, com o perfeito Conhecimento dos Mistérios de Deus, em Suas misericórdias. E disse: Esta Arte, é para a compreensão posterior de todas as Ciências, que são passadas, presentes ou ainda por vir. E imediatamente, disse-me: Reis existem na Natureza, com a Natureza e acima da Natureza.

Tu és digno. E disse, a respeito do uso dessas Tábuas, Este é apenas o primeiro passo: Nem tu as praticarás em vão: E disse, assim geralmente das misericórdias e Graças de Deus sobre mim decretadas e concedidas. Tudo o que você falar, fazer ou trabalhar será lucrativo e aceitável. E o fim será bom.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó Nobre Rei BLUMAZA, venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido ofício real e Governo, posso ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei BLUMAZA, eu digo, Venha, Amém.

 

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen.

 

Thelêmico:

Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amen.

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BABALEL (TERÇAS FEIRAS)

 

Ó pujante e correto Nobre Rei BABALEL e por qual nome você é chamado, ou pode ser verdadeira e devidamente chamado: Quem é o Rei das Águas: Poderoso e Maravilhoso nas Águas, cujo poder está nas entranhas das Águas. Cuja pessoa real com teu Nobre Príncipe BEFAFES e seus 42 Ministros, o Rei da Tríplice Coroa CARMARA me pediu que eu usasse para glória, louvor e honra dele, o que criou todos vocês para o louvor e glorificação de sua majestade.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó Nobre Rei BABALEL, venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido ofício real e Governo, possa eu ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei BABALEL Eu digo, Venha, Amém.

 

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et sempre, et in saecula saeculorum. Amém.

 

Thelêmico:

Gloria Patri e Matri e Filio e Filiae and Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in Saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amém.

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BNASPOL (QUARTAS FEIRAS)

 

Ó pujante e justo Nobre Rei BNASPOL e por que nome és tu chamado, ou podes verdadeira e devidamente ser chamado: A quem a Terra com suas entranhas, e segredos de qualquer natureza são entregues: e tu me disseste: aqui para frente O que tu é. Lá eu posso saber. Tu és grande, mas (como Tu, verdadeiramente confessaste). Aquele em quem estás é maior do que tu.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó Nobre Rei BNASPOL, venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido ofício real e Governo, posso ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei BNASPOL, eu digo, Venha, Amém.

 

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen.

 

Thelêmico:

Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amen.

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BYNEPOR (QUINTAS FEIRAS)

 

Ó pujante e justo Nobre Rei BYNEPOR e por que nome és tu és chamado, ou podes verdadeira e devidamente ser chamado: A cujo governo peculiar, cargo, disposição e ofício real pertence a ti sobre a distribuição e participação de cujo exaltado, especial e O poder glorificado repousa apenas e depende da condição geral de todas as coisas. Cuja santificação, glória e renome, embora tivesse princípio, não pode nem terá fim. Aquele que mede disse, e tu és o fim de sua obra. Tu és como ele e dele: ainda não como participante ou aderente, mas diferente em um grau. De quem ele veio, tu foste magnificado por sua vinda e és Santificado, Mundo sem Fim.

Vita Suprema.

Vita Superior.

Vita Infina tuis sunt mensurata mambus.

No entanto, tu não és de ti mesmo: nem é teu próprio o teu poder: Magnificado seja o seu nome, tu estás em tudo: E tudo tem algum ser por ti: No entanto, o teu poder é nada, em relação ao poder que te enviou. Tu começasses novos mundos, novas pessoas, novos reis e novo conhecimento de um novo governo. E tu me disseste: Tu deverás trabalhar maravilhosamente, maravilhosamente por minha obra no Altíssimo.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó certo Nobre Rei BYNEPOR, venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido ofício real e Governo, posso ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei. BYNEPOR Eu digo, Venha, Amém.

 

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen.

 

Thelêmico:

Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amen

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BALIGON (SEXTA FEIRA)

 

Ó pujante e correto Nobre Rei BALIGON e por que nome tu és chamado, ou pode ser verdadeira e devidamente chamado: Quem pode distribuir e doar com prazer, tudo e tudo o que pode ser executado em ações aéreas. Quem tem o governo de si mesmo perfeitamente, como um mistério conhecido apenas por você mesmo. Quem me fez anunciar esta pedra, e Santo Receptáculo: ambos necessários para serem tidos: e também me indicou que a levasse: sendo presentemente e em poucos minutos, trazido à minha vista (do Segredo das Profundezas onde estava escondida, na parte mais remota da possessão romana) Pedra essa que, Tu, me avisaste que nenhuma mão mortal senão a minha tocará; e disse-me: Tu prevalecerás com ela, com os reis, e com todas as criaturas do mundo. Cuja Beleza (em virtude) valerá mais, que os Reinos da Terra. Para os propósitos aqui ensaiados: e outros: em parte, agora para serem exercitados e desfrutados: e em parte a seguir mais abundantemente (como o Senhor Deus dos Exércitos deve dispor), E também porque tu mesmo és o governador dos 42 Ministros, teus poderosos fiéis e obedientes.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó Nobre Rei BALIGON, Venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido escritório real e Governo, posso ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei BALIGON, eu digo, Venha, Amém.

 

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen.

 

Thelêmico:

Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amen.

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BNAPSEN (SABADO)

 

Ó pujante e justo Nobre Rei BNAPSEN e por que nome és tu chamado, ou podes verdadeira e devidamente ser chamado: Quem me disseste que por ti expulsarei o poder de todos os espíritos iníquos: E que por ti o farei ou poderei saber as ações e práticas dos homens maus, e muito mais que pode ser falado ou dito ao homem.

Em Nome do Rei dos Reis, o Senhor dos Exércitos, o Deus Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis: Ó Nobre Rei BNAPSEN, venha agora e apareça, com teu Príncipe e seus Ministros, e súditos, ao meu olho perfeito e sensível de Julgamento: de uma maneira bondosa e amigável, para meu conforto e ajuda, para o avanço da Honra e Glória de nosso Deus Todo-Poderoso pelo meu serviço. Tanto quanto por tua Sabedoria e Poder, em teu devido ofício real e Governo, posso ser sustentado e inflamado: Amém.

Venha, ó Nobre Rei BNAPSEN, eu digo, Venha, Amém.

 

Cristão:

Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto, Sicut erat in principio, et nunc, et semper, et in saecula saeculorum. Amen

 

Thelêmico:

Gloria Patri et Matri et Filio et Filiae et Spiritui Sancto externo et Spiritui Sancto interno ut erat est erit in saecula Saeculorum sex in uno per nomen Septem in uno Ararita. Amen.

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HAGONEL (QUALQUER DIA DA SEMANA)

 

Ó nobre Príncipe HAGONEL e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa verdadeiramente e devidamente ser chamado: A cujo mandamento os filhos dos homens e seus filhos estão sujeitos: e são teus servos a cujo Poder a Operação da Terra está sujeita . Quem és o Primeiro dos Doze: e cujo selo é chamado Barces e este é: Sob cujo comando estão os Reis, Homens Nobres e Príncipes da Natureza. Quem é o Primus et Quartus Hagonel.

Quem pelos Sete dos 7 (que são os Filhos dos Sempiternos) faz maravilhas entre os povos da Terra: e me disse que também eu, também teu Servo, deveria fazer maravilhas. Ó Nobre Hagonel, que é Ministro do Rei Tríplice Coroado – CARMARA: E não obstante, que é Príncipe sobre 42 Anjos, cujos Nomes e caracteres estão aqui apresentados.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, e possa sua honra e Glória ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe HAGONEL, que venha imediatamente e se mostre ao meu olho perfeito e sensível do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de teu Nobre Ofício: Venha, ó Nobre Príncipe HAGONEL, digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Amen.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salvame do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

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BORNOGO (DOMINGOS – VENUS[1])

[1] Sim eu sei que domingo é o dia do sol, contudo este principe deve ser chamado no dia do sol na hora de vênus, isso se repetira constantemente com os outros príncipes, a fonte para isso esta no livro Mastering  Mystical Heptarchy de Scott Michael Stenwick.

Ó nobre Príncipe BORNOGO e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa verdadeiramente, e devidamente ser chamado: A cujo governo peculiar, encargo e disposição, ofício e dignidade principesca pertence a alteração da corrupção da natureza em perfeição: o Conhecimento dos Metais. E, geralmente, o Príncipe Ministrando ao Nobre e Poderoso Rei BOBOGEL correto, em seu governo: Distribui, dá e concede Sabedoria, Ciência, Verdadeira Filosofia e verdadeira compreensão de todo o aprendizado baseado na sabedoria e de muitas outras propriedades reais peculiares. E quem me diz: O que tu desejas em mim será cumprido.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, E para que sua honra e Glória possa ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe BORNOGO, que venha presentemente e se mostre ao meu olho perfeito e sensato do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de teu Nobre Ofício: Venha, ó Nobre Príncipe BORNOGO Eu digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Amen.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salvame do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

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BRALGES (SEGUNDA FEIRA – SATURNO)

 

Ó nobre Príncipe BRALGES e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa verdadeiramente, e devidamente ser chamado: Quem disse: As Criaturas que vivem em seu Domínio estão sujeitas ao seu próprio poder. Cujos assuntos são invisíveis: E que (para meu Vidente) pareciam pequenas fumaças sem forma.

Cujo selo do governo é este: Quem disse: Eis que vim, ensinarei o Nome sem números. As Criaturas Sujeitas a mim serão conhecidas por você.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, E para que sua honra e Glória possa ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe BRALGES, que venha presentemente e se mostre ao meu olho perfeito e sensato do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de teu Nobre Ofício: Venha, ó Nobre Príncipe BRALGES, digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Amen.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salvame do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

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BEFAFES (TERÇA FEIRA – XXX)

 

Ó nobre Príncipe BEFAFES e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa ser verdadeiramente, e devidamente chamado: Quem é o Príncipe dos Mares. Teu poder está sobre as águas. Você afogou o Faraó e destruiu os ímpios. Teu nome era conhecido por Moisés. Tu habitaste em Israel; o qual mediste as águas, aquele que estava com o rei Salomão, e também muito depois com Scotus; mas não o conheceste pelo teu verdadeiro nome; porque te chamou Maris. E desde então, tu não estavas com ninguém: Exceto, quando tu me preservaste (embora a misericórdia de Deus), do poder dos ímpios: e estava comigo na extremidade. Estavas comigo por completo.35 Quem, dos egípcios, foi chamado OBELISON por causa da tua agradável libertação. E por esse nome a mim conhecido: e de mim anotado em registro, para ser nobre e cortês OBELISON. Cujos nobres 42 Ministros são de grande poder, dignidade e autoridade. Como alguns na medição dos movimentos das águas e salinidade dos mares, em dar bom sucesso em batalhas reduzindo navios e todos os tipos de embarcações que flutuam sobre os mares. Para alguns, todos os peixes e Monstros dos Mares, sim, tudo o que neles vive é bem conhecido: E geralmente são os Distribuidores dos Julgamentos de Deus sobre as Águas que cobrem a Terra. Outros embelezam a natureza em sua composição. O resto são doadores e Distribuidores das substâncias desconhecidas dos Mares. Tu, ó Nobre Príncipe BEFAFES, me usaste em Nome de Deus.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, E para sua honra e Glória ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe BEFAFES, que venha presentemente e se mostre ao meu olho perfeito e sensato do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de teu Nobre Escritório: Venha, ó Nobre Príncipe BEFAFES Eu digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Amém.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salvame do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

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BLISDON (QUARTA FEIRA – JUPITER)

 

Ó nobre Príncipe BLISDON e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa ser verdadeiramente, e devidamente chamado: Que é Vida e Respiração nas Criaturas Vivas. Todas as coisas vivem por ti: a imagem de um exceto. Todos os tipos de bestas da Terra tu imbuíste de vida. O teu selo é a glória de Deus; tu és santificado; e tu te regozija. A vida, o fim e o começo de todos os animais, tu sabes e por meio do sofrimento os livras até que o teu tempo se esgote.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, E para que sua honra e Glória possa ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe BLISDON, que venha presentemente e se mostre ao meu olho perfeito e sensato do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de teu Nobre Ofício: Venha, ó Nobre Príncipe BLISDON, eu digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Um homem.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salvame do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

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BUTMONO (QUINTA FEIRA – MARTE)

 

Ó nobre Príncipe BUTMONO e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa verdadeiramente e devidamente ser chamado: Para quem, as Chaves dos Mistérios da Terra são entregues. Cujos 42 ministros são Anjos, que governam sob ti.

Tudo o que teu Poderoso Rei BYNEPOR me ordenou que usasse e afirmou que eles são e estarão sob minhas ordens.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, E para que sua honra e Glória possa ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe BLISDON, que venha presentemente e se mostre ao meu olho perfeito e sensato do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de teu Nobre Ofício: Venha, ó Nobre Príncipe BLISDON, eu digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Um homem.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salva-me do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

 

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BAGENOL (SEXTA FEIRA – LUA)

 

Ó nobre Príncipe BAGENOL e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa verdadeiramente, e devidamente ser chamado: A cujo mandamento os filhos dos homens e seus filhos estão sujeitos: e são teus servos A cujo Poder a Operação da Terra está sujeita . Quem és o Primeiro dos Doze: e cujo selo é chamado Barces e este é: Sob cujo comando estão os Reis, Homens Nobres e Príncipes da Natureza. Quem é o Primus et Quartus Hagonel.

Quem pelos Sete dos 7 (que são os Filhos dos Sempiternos) faz maravilhas entre os povos da Terra: e me disse que também eu, pelo mesmo teu Servo, deveria fazer maravilhas. Ó Nobre BAGENOL, que é Ministro do Rei Tríplice Coroado – BALIGON: E não obstante, é Príncipe destes 42 Anjos, cujos Nomes e caracteres são aqui apresentados.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, E para que sua honra e Glória possa ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe BAGENOL, que venha presentemente e se mostre ao meu olho perfeito e sensato do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de teu Nobre Ofício: Venha, O Nobre Príncipe BAGENOL Eu digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Um homem.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salvame do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

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BRORGES (SABADO – MERCURIO)

 

Ó nobre Príncipe BRORGES e por qualquer outro Nome que você seja chamado, ou possa verdadeiramente, e devidamente chamado: Quem, sendo o Príncipe: ministro-chefe e governador sob o direito Poderoso Rei BNAPSEN apareceu (para meu Vidente) de uma forma terrível com riachos de fogo flamejante, e disse: Noui Ianaum Mortis. Et per cussit Gloria Dei, Impiorum parietes.

Em Nome do Deus Todo-Poderoso, o Rei dos Reis, E para sua honra e Glória ser promovida por meu serviço fiel. Eu exijo a ti, ó Nobre Príncipe BRORGES, que venha presentemente e se mostre ao meu olho perfeito e sensato do Julgamento, com teus ministros, servos e súditos, para meu conforto e ajuda, em sabedoria e poder de acordo com a propriedade de ti Escritório Nobre: Venha, ó Nobre Príncipe BRORGES, eu digo Venha, Amém.

 

Cristão:

Pater noster, qui es in caelis, sanctificetur nomen tuum.

Adveniat regnum tuum. Fiat voluntas tua, sicut in caelo et in terra.

Panem nostrum quotidianum da nobis hodie, et dimitte nobis debita nostra sicut et nos dimittimus debitoribus nostris. Et ne nos inducas in tentationem, sed libera nos a malo. Um homem.

 

Thelêmico:

Agora eu começo a orar, filho, santo e imaculado seja teu nome. Teu reinado é chegado, tua vontade é feita, aqui está o pão, aqui está o sangue, leve-me até o sol durante a meia-noite. Salva-me do mal e do bem, para que tua única coroa de todas as dez, agora e aqui seja minha. Amém.

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COMO FAZER O ENCARGO (PEDIDO)

Um encargo consiste em duas partes, uma série de injunções e uma série de limitações. O primeiro explica o que você quer que o espírito faça e o segundo explica o que você não quer que o espírito faça. Como um exemplo simples, digamos que você precise de dinheiro e invoque um espírito para lhe trazer cinco mil dólares.

Existem várias maneiras pelas quais essa demanda pode se manifestar, e algumas delas são coisas que você geralmente não deseja. Uma morte na família pode resultar em herança. Você ou um de seus filhos podem se ferir em um acidente de trânsito e receber um pagamento que cobre pouco mais do que suas contas médicas. Você pode ter um incêndio em uma casa que resulte em um acordo do seguro do seu proprietário no valor solicitado.

PORTANTO PEÇA COM CUIDADO E PENSE EM TUDO O QUE PODERIA DAR DE ERRADO E DIGA AO ESPIRITO DE FORMA CLARA E OBJETIVA O QUE VOCE QUER E O QUE VOCE NÃO QUER QUE ACONTEÇA!

Para obter os melhores resultados possíveis, você não deve especificar os meios pelos quais seu objetivo deve ser alcançado e confiar apenas nas limitações contidas como a segunda parte de seu Comando para excluir resultados indesejáveis específicos. Isso
ocorre porque você deseja ter certeza de que o objetivo do feitiço não seja alcançado de alguma forma que prejudique o resultado, mas ao mesmo tempo você deseja manter tantos caminhos abertos quanto possível para o efeito se manifestar. Frequentemente, a melhor maneira de algo se manifestar em sua vida não é óbvia, então é melhor se concentrar no resultado final ao construir sua intenção mágica.

Como na maioria dos grimórios medievais, os anjos da Heptarchia Mystica seguem uma hierarquia espiritual particular.
O Rei Carmara governa todos os Reis.
O Rei Carmara governa o Príncipe Hagonel.
O Príncipe Hagonel governa todos os Príncipes.
Cada Rei governa o Príncipe do dia correspondente.

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LICENÇA PARA PARTIR

Tu, Anjo de Luz, eu, [Seu Nome Mágico], pelo poder do Deus Verdadeiro, Onipotente e Vivo, por meio desta, convidoo a partir e cumprir suas tarefas designadas, a serviço de minha Verdadeira Vontade e para a Glória e Honra ao nosso Deus Verdadeiro acima mencionado, a quem tu deve lealdade e obediência. Eu, [Seu Nome Mágico], por meio deste libero as forças restringidas, focalizadas e dirigidas durante esta operação, para que elas possam ir adiante e trabalhar seus vários poderes sobre o universo manifesto, pois assim nasceu toda a Verdadeira Magia e o Poder Perfeito. Pelo poder de minha Verdadeira Vontade aqui incorporada pelo Nome Mágico [Seu Nome Mágico],

AMÉM.

Assim seja.

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Robson Belli, é tarólogo, praticante das artes ocultas com larga experiência em magia enochiana e salomônica, colaborador fixo do projeto Morte Súbita, cohost do Bate-Papo Mayhem e autor de diversos livros sobre ocultismo prático.

 

 

Postagem original feita no https://mortesubita.net/enoquiano/a-heptarquia-mistica-o-livro-da-magia-enochiana-planetaria/

Abramelin

Abraao o judeu

1362 – 1460

Tudo o que se sabe sobre Abrão, o mago, alquimista, teólogo e filósofo do século XIV é diretamente derivado do manuscritos de posse da Bibliotheque de l’Arsenal em Paris, um arquivo, deve-se dizer, rico em fontes originais do ocultismo medieval.  O título completo da obra é em português “O Livro da Sagrada Magia de Abramelim, conforme passado por Abrão, o Judeu para seu filho Lamech.” Inteiramente escrito em francês, este documento alega ser a tradução de um manuscrito ainda mais antigo em hebraico, e o estilo da caligrafia sugere um escriba que viveu no século dezoito ou no final do século dezessete. A grafia e gramática do texto sugerem que o autor era ou semiletrado ou pouco cuidadoso, possivelmente não tendo o francês como lingua nativa.

Abraão, (doravente chamado de Abraham para maior acuidade histórica) foi ao que tudo indica nativo de Mayence, nascido em cerca de 1362. Seu pai, Simon, também foi adepto das investigações ocultistas e da prática mágica e desde cedo guioi seu filho nos estudos. Numa certa fase da vida, a tutotia do pai da lugar a um outro professor indetificado com o nome Moses. Abraham no entando ao crescer, rapidamente supera seu segundo mestre ao ponto de o descrever por fim como “um bom homem, mas inteiramente ignorante do Verdadeiro Mistério e da Verdadeira Magia.”

Sem um guia a sua altura, a fase sgeuinte da sua vida é dedicada a numerosas viagens educacionais ao redor do mundo conhecido. Com seu amigo Samuel, boemio por natureza, ele visita a Austria, a Hungria, a Grécia até chegar a Constantinopla (atual Istambul) onde fixou-se por aproximadamente dois anos. Após isso Abraham viajou para a Arabia, em sua época talvez o maior centro de aprendizagem mística do mundo onde dedicou mais alguns anos de vivência. Em seguida dirigiu-se para a Palestina e então para o Egito onde aprendeu uma grande quantidade de segredos ocultos.

Foi nas terras do Egito que Abraham conheceu Abra-Melin, célebre filósofo da região, a esta altura já com idade avançada em uma pequena cidade chamada Arach próxima ao Rio Nilo.  Lá ele vivia em uma casa modesta no topo de um pequeno monte coberto de árvores. Um homem gentil e educado, levando uma vida simples e regrada, apóstolo do Temor a Deus e evitando qualquer acúmulo de riquezas. Ele concordou em ensinar sua sagrada arte a Abraham com a promessa de que ele abandonaria seus falsos fogmas e passaria a viver no caminho e sob a lei de Deus.

Pelo presso de dez florins de ouro, que foram distribuidos aos pobres da cidade, Abra-Melin confiou a Abraham certos documentos contendo uma grande variedade de operações e segredos acumulados durante sua vida. Este conhecimento parece emergir de um cenário ocultista especificamente, mas não exclusivamente judaico. Um exemplo claro disso são as receitas que ele lega para a confecção do óleo e o incenso, que podem ser encontradas de forma idêntica no Pentateuco. Em Êxodo 30:23-25, temos a receita para o Óleo de Abramelim: “Também toma das principais especiarias, da mais pura mirra quinhentos siclos, de canela aromática a metade, a saber, duzentos e cinqüenta siclos, de cálamo aromático duzentos e cinqüenta siclos, de cássia quinhentos siclos, segundo o siclo do santuário, e de azeite de oliveiras um him.” Pouco adiante em Êxodo 30:34-36, temos a receita para o Incenso de Abramelim: “Toma especiarias aromáticas: estoraque, e ônica, e gálbano, especiarias aromáticas com incenso puro; de cada uma delas tomarás peso igual; e disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista, temperado com sal, puro e santo e uma parte dele reduzirás a pó e o porás diante do testemunho, na tenda da revelação onde eu virei a ti; coisa santíssimá vos será.”

Após isso Abraham deixa o Egito e segue para a Europa onde eventualmente fixa morada em Würzburg, na Alemanha, tornando-se profundamente envolvido com o estudo da Alquimia. Nesta época ele se casa com uma mulher, provavelmente sua própria prima, que lhe dá três filhas e dois filhos. O filho mais velho foi chamado Joseph e o mais novo recebeu o nome de Lamech.

Assim como seu pai, e provavelmente o pai de seu pai antes dele, Abraham instruiu seus filhos homens nos assuntos ocultos, enquanto que para suas filhas deixou dotes de 100,000 florins de ouro. Esta considerada soma de riqueza, assim como suas muitas viagens demonstram que Abraham foi um homem de posses, a quem nunca faltou sustento e recursos. Tesouro estes que o próprio mago atribuiu aos seus talentos como magista.

Ele também tornou-se célebre ao final da vida ao produzir impressionantes atos de magia na presença de pessoas famosas e importantes de sua época como o próprio Imperador Sigismund da Alemanha, o bisco de Würzburg, Henrioque VI da Inglaterra, o duque da Bavária e o papa João XXII. Aqui a narrativa se encerra e não existe detalhes sobre o final da vida de Abraham, sendo que a data e circustancias de sua morte são incertas, embora seja estimada como ocorrida em meados de 1460.

A Sagrada Magia de Abra-Melin

 

O documento mencionado, que é a origem destas informações biográficas foi traduzido em 1896 por Samuel Liddell MacGregor Mathers, um dos fundadores da Hermetic Order of the Golden Dawn e tornou-se um dos tomos mais importantes da magia cerimonial. As  traduções mais recentes para o inglês feita por Georg Dehn e Steven Guth atribuem a autoria e e identidade histórica de Abraham com a de Rabbi Yaakov Moelin יעקב בן משה מולין. Diversos fatores nos levam a crer que Abraham, o Judeu é o pseudônimo ou o nome iniciático deste Rabbi, pois muitos dados biográficos deles se encaixam como uma luva na narrativa acima passada.

A primeira parte desta obra conta a própria história de vida de Abraham, tal como aqui mencionada. A segunda parte é baseada nos documentos entregues por Abra-Melin durante sua viagem ao Egito. Nesta seção do manuscrito são expostos os princípios gerais da magia, incluindo o capítulos como “Quais são e quais são as classes da Verdadeira Magia”? “O que deve ser levado em consideração para uma operação mágica”, “Como convocar os Espíritos” e “De que maneira devem ser feitas as operações”

A terceira parte do documento é bem menos teórica e o autor supões que seu leitor sabe a base do que está sendo exposto. Aqui são tratadas a parte prática da operação mágica. São técnicas com vários propósitos como: provocar visões, reter espíritos familiares, dominar tempestades, transformar coisas e pessoas em diferentes formas e figuras, voar através dos ares, destruir edifícios, curar doenças, descobrir objetos roubados e caminhar debaixo d`agua. O autor ainda trata da cura taumaturgica de males como a lepra, a paralisia, a febre e o mal estar geral. Ele também oferece conselhos sobre como fazer-se amado por uma mulher e como conseguir o favor de papas, imperadores e pessoas influêntes. Muitas dessas façanhas são realizadas pelo emprego adequado de quadrados e signos cabalísticos. Com eles o autor ensina como causar visões específicas como a de homens armados, ou mesmo como evocar “Comédias, Operas e todo tipo de Música e Dança”. Diferentes símbolos representam diferentes resultados nas operações.

O temperamento e personalidade de Abraham é revelado nas entrelinhas da obra. Nela há um evidênte pouco caso de quase todos os magistas de sua época e um quase desprezo de todas as obras ocultas que não as dele mesmo ou de seu mestre Abra-Melin. Abraham critica abertamente todos aqueles que se contentam com os dogmas das religiões em que nasceram e aponta que ninguém culpado desta falha jamais atingirá qualquer sucesso nas práticas da magia. A doutrina fundamental do livro é que o cosmos é povoado por hostes de anjos e demônios. Os demônios trabalham em última instância, sob a direção dos anjos O homem situa-se entre as forás angélicas e demoniacas. E a cada homem é designado um anjo protetor e um demônio tentador. O objetivo dos grandes iniciados é controlar seu demônio e atingir o contato e conversação com seu sagrado anjo guardião. Uma vez que tenha atigido este grau elevado o magista tem ao seu controle todos os espíritos infernais, e portanto grande poder sobre a criação. Apesar dos claros benefícios materiais e pessoas óbvios, em seus escritos existe uma fé bastante forte de que isso pode e deve ser feito não apenas para o benefício imediato do mago, mas sim como uma conquista que afeta imediatamente a posição da humanidade no cosmos.

 

O impacto no ocultismo posterior

 

Após a tradução de MacGregor Mathers, este sistema ganhou um lugar de destaque no ocultismo ocidental igualavel ao sistema enoquiano e as chaves de Salomão. Sua herança direta pode ser encontrada no Hermetismo, no Rosicrucianismo, na Thelema e mesmo  no Neopaganismo. Sem muita procura pode ser visto nas obras ocultistas posteriores encabeçadas pelo próprio Mathers, assim como nos trabalhos de Aleister Crowley e Dion Fortune. O primeiro obstáculo desta nova geraçao foi tentar sobreviver diante do forte monoteísmo abraamico que permeia todo o sistema de Abra-melin. O temor a Deus é o primeiro e  mais necessário requisito da obra e a todo tempo lembrada. Orações incessantes e leitura constante dos textos bíblicos fazem parte do processo que leva ao contato do Sagrado anjo Guardião. De fato, todos os outros tipos de operações mágicas são tidas por Abraham como falsas e inúteis, verdadeiras armadilhas dos demônios para afastar os adeptos do caminho da Grande Obra. Foi necessária uma releitura histórica de todo o manuscrito para que ele pudesse ser usado em uma época tão mais laica como os século XIX e XX.

O grimório de Abramelim passou a ser visto então como uma coletânea de conhecimentos mágicos muito mais antigos, na mesma medida em que Plotino e Agostinho de Hipona fizeram os ensinamentos de Platão atravessarem a Idade Média, Abramelim foi o responsável por apresentar os mistérios Egípcios e Babilônicos numa roupagem monoteísta. Na perspectiva do ocultismo renascente do período de Crowley e compania, o judeu Abraham aproveitou o trabalho de magistas mais antigos e dos sacerdotes da antiguidade e encharcou com toda a submissão e servidáo própria de sua religião.

Na mão dos autores modernos, o Anjo Guardião de Abraham desdobrou-se em equivalentes como o Gênio da Golden Dawn, ao Augoeideis de Iamblichus, ao Atman do Hinduismo e ao Daemon dos gnósticos. É Cristo em Jesus e Budha em Sidarta. A roupagem judaica foi portanto eliminada em prol de uma imersão com a egrégora mais antiga, mais primal e atávica.

Na magia cerimonial o objetivo é portanto conseguir uma conexão com esta realidade intima superior. Em Magick Without Tears, Crowley é enfático ao dizer: “Nunca se deve esquecer nem por um momento que o trabalho central e essencial do magista é atingir o Conhecimento e Conversação com o Sagrado Anjo Guardião. Uma vez que seja atingido ele deve é claro se inteiramente deixado nas mais deste Anjo, que pode ser invariavelmente e inevitavelmente levá-lo ao grande passo seguinte – atravessar o Abismo e obter o grau de Mestre do Templo.”

Depos da edição de Mathers uma nova edição foi publicada em 1970 reapresentando a história de Abraham e o sistema de Abra-Melin a uma nova geração de magistas, muit mais acostumados com a experimentação e muito menos dada a dogmatismos de qualquer tipo. Apesar do respeito histórico pelo autor, existe uma tendência na maioria dos magistas contemporâneos em afirmam que em realidade o “Anjo da Guarda” de Abraham é o arquétipo profundo do Eu Superior, o Kia de Austin Spare ou do Self, para usar termos psicológicos atualizados. Ao atingir este estado de integração o adepto se torna consciênte de sua Verdadeira Vontade. Sua vida então é esclarecida com seu propósito. Com isso em mente, a operação de Abra-Melin se torna uma exploração do Eu Interior em direção a natureza divina que existe em potencial dentro de cada um. No Brasil, a editora Madras publicou uma edição sob o título “Santo Anjo Guardião – A Magia Sagrada de AbraMelin, o Mago Atribuída a Abraão, o Judeu”.

 

Sources:

The Book of the Sacred Magic of Abra-Melin the Sage. Translated by S. L. MacGregor-Mathers. Chicago: De Laurence, 1932. Reprint, New York: Causeway Books, 1974.
The Book of Abramelin: A New Translation
, Georg Dehn, transl. by Steven Guth, Ibis Publishing, 2006)
Santo Anjo Guardião – A Magia Sagrada de AbraMelin, o Mago Atribuída a Abraão, o Judeu, Editora Madras

 

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/biografias/abrao-o-judeu-e-abramelin/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/biografias/abrao-o-judeu-e-abramelin/

‘Chamando os Filhos do Sol

DA PARTE DA ORDEM RUBI E OURO – M. RIO DE JANEIRO, ABRIL DE 1962, A.·.A.·.

Publicação em Classe b – Imprimatur: N. Fra. A. · . A. · .
O. M. 7 º = 4 º R.R. et A.C. – F. 6 º = 5 º Imperator

Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

1 – O toque da trombeta

Este livro é da natureza de um arauto. É um chamado às armas. Bastante tempo dormistes, ó guerreiros do Rubi e Ouro! Levantai-vos. Deixai-me explicar a natureza da trombeta que vos chama. O ser humano, quando nasce, esquece as suas vidas anteriores e sua existência nos mundos celestes que acaba de deixar. Porém, tal esquecimento não é completo. Nas regiões subterrâneas da mente, no inconsciente da alma, uma lembrança fica. E é assim que alguns tem uma certeza intuitiva da existência de Deus e do além, é assim que outros sentem despertar neles simpatias ou antipatias inexplicáveis para com outros seres humanos que encontram em sua rota. É ainda assim que alguns – e entre estes se contam freqüentemente almas muito evoluídas – sentem, através de sua vida terrena inteira, uma saudade, uma solidão, um anseio indefinido, e sentem-se como viajantes, longe, muito longe, de algum fantástico, maravilhoso, imaginário lar.

Existem raças espirituais como existem raças físicas. Existem nações no mundo invisível como existem nações no mundo visível. Cada uma de tais raças e nações é simbolizada por um sinal, um símbolo, e as vezes, por vários símbolos. Tais símbolos são, por assim dizer, côtas de armas do astral. Os antigos heraldos eram videntes que examinavam nos planos internos os símbolos correspondentes a natureza anímica de certos indivíduos e desenhavam uma côta de armas que simbolizasse as qualidades de seu dono. O brasão era transmitido de pai a filho porque era reconhecido que a semente espiritual do pai se transmitia magicamente de geração a geração, contanto que influências externas não se manifestassem. Às vezes era necessário incluir alguma influência nova, combinar duas côtas, se por casamento, adoção ou outros meios, a natureza anímica de uma família nobre mudava. Esta ciência heráltica clarividente está hoje quase que completamente perdida.

É por causa dessa simbologia astral que, muita vez, certos símbolos são apresentados à consciência de um indivíduo que nunca teve contato com o que é chamado “ocultismo” ou “espiritualismo”, e no entanto o indivíduo reconhece os símbolos, sente um despertar de atividade em sua consciência, e percebe intuitivamente que ele pertence aos símbolos ou os símbolos pertencem a ele. Os símbolos, tanto em desenhos quanto em imagens escritas, e as chaves apresentadas neste livro, representam outras tantas côtas de armas e pertencem a legião dos Filhos do Sol.

2 – A Nova Era

Já vos falaram muito da Nova Era, de Aquário-Leo. Ela começou em abril de 1904, quando a terra foi ocultamente, regenerada pelo fogo. Todas as crianças nascidas após esta data trazem no inconsciente o selo das energias e tendências espirituais da Nova Era. Chamamos o grupo dos Filhos do Sol encarnados no Brasil à execução de suas vontades. Chamamo-los à consciência do fito da encarnação. Chamamo-los à realização da Grande Obra. Faze o que tu queres há de ser tudo da lei.

3 – O Fim das dores

Muito vos tem sido dito a respeito das razões para a encarnação do mundo. Muito vos tem falado da “divina redenção da Dor”. Tem-vos sido dito que este mundo é um vale de lágrimas, um antro de demônios que se encarnam para expiar os seus pecados. Somente o sofrimento, dizem-vos, traz a luz e a libertação. Eu vos digo que tudo isso está acabado.

Faze o que tu queres há de ser tudo da lei.

4 – A Alegria do mundo

Não procures luz nas Igrejas e nos Templos; a Luz está em Ti. O sofrimento, é o fruto da ignorância, e sua presença é sintoma de erro, e não sinal de espiritualização. Todo ser humano que sofre, sofre por sua própria culpa, e no momento em que sofre. Os vossos erros passados determinam as vossas condições de manifestação; mas a essências do vosso íntimo, o fogo interno que queima no coração da estrela caída, está sempre presente em vós; está sempre presente em vós a possibilidade da Pedra Filosofal, que transmuta o pesado, penoso chumbo de Saturno no belo, luminoso Rubi e Ouro do Sol. Todo homem e toda mulher é uma estrela.

5 – Estrelas no mundo

A encarnação é uma batismo, uma queda, a finalidade da qual só é revelada nos transes da mais alta iniciação; mas pode ser-vos dito desde já que a finalidade da Encarnação não é a expiação de “culpas” da alma. Todas as culpas e todas as virtudes da alma são igualmente ilusões de Maya; e o Fogo Interno que queima no coração da Estrela Humana consome totalmente a teia ilusória do Karma desde o momento em que desperta para a consciência da sua verdadeira identidade. É este fogo interno que era simbolizado entre os Egípcios pela Cobra Capêlo levantada sobre a fronte de Faraó, o Sacerdote – Rei. É este fogo interno a mais alta manifestação daquilo que é, em parte, chamado Kundalini nos Tantras, e cuidadosamente cultivados pelos Agni-Yogis. A marca deste Fogo Interno está na testa do Buddha e de todas divindades Brahmânicas e Tibetanas. É uma das possíveis marcas da Bêsta, o Leão Solar. Que ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir. No folclore tradicional europeu, os filhos das fadas e as crianças protegidas ou vítimas de encantamentos traziam a marca de uma estrela na testa. Quando vítimas, elas estavam sempre sendo provadas.

6 – Quebra das correntes

Somente aquela influência que se torna mais poderoso sobre o teu destino realmente expressa o Teu Destino, ó Estrela Caída! Foge portanto daqueles que querem “salvar” por procuração. Não adores a Deus, pois quando o fazes, tentas obrigar a Deus que adore a si próprio em ti, e isso é masturbação. Adora antes o teu próximo, ou aquela pedra, ou o astro mais longínquo; “Pois Eu estou dividida por amor ao amor, pela chance de união”. Que ouça aquele que tem ouvidos de ouvir. Todo profeta, todo livro, todo deus que quer despertar em ti uma tendência a dobrar o joelho a alguma coisa ou sêr com exclusão do resto, é um profeta falso, é um livro tolo, é um deus negro.

Todo homem e toda mulher é uma estrela. Todo número é infinito; não há diferença.

Foge portanto daqueles que te querem convencer que o sofrimento voluntário, cego ou passivo, que a subjugação da liberdade da tua consciência a outra, que a negativização da tua aura, é O Caminho.

Tu és o Teu Próprio Caminho.

Por isto está escrito: Conhecereis a Verdade, e a Verdade vos fará livres. Este mundo não é um antro de demônios expiando seus pecados; este mundo é um dossel de Deuses que dormem, e dormindo, sonham.

7 – A ressureição dos mortos

Tem-vos sido dito: Tende piedade dos pobres, dos humildes e dos fracos. Mas eu vos digo, que direito tendes de sentir piedade dos mortos, vós que estais mortos? Pois se estivésseis vivos, saberíeis que o espírito é eterno, indestrutível e divino; que a terra não pode enterrá-lo; que a água não pode afogá-lo; que o ar não pode soprá-lo; que o fogo não pode queimá-lo; que o éter mesmo, e os outros Dois, não são mais que envolturas tomada pela eterna chama quando repousa e sonha no regaço da Natureza. Portanto os Mestres são sem piedade e egoístas; calcam aos pés os que caem e pensam somente em Si Próprios; portanto está escrito que para fazer ouro é preciso ter ouro para começar; portanto está escrito que àquele que tem, mais lhe será acrescentado, mas aquele que não tem, até o que tem lhe será tirado; e portanto, também está escrito, na palavra de algum santo rabino da velha Judéia: Deixa que os mortos enterrem seus mortos.

8 – Lei da Liberdade

Aqueles que tem em mente a Libertação do Homem não podem aceitar se não a atividade individual e espontânea dos outros. Portanto, os Mestres limitam-se a apontar todos os detalhes úteis de uma situação, para fazê-la clara ao julgamento, e nunca salvam os homens de seus erros nem manifestam piedade pelos que caem. A compaixão é um sentimento ilusório e ofensivo à natureza real do homem. Acaso tendes piedade de Deus? A verdadeira caridade consiste em um transe espiritual pelo qual o discípulo chega à consciência da divindade contida em tudo que existe. Aos olhos de um vidente, a alma de um tal homem desabrocha como um Sol. Desse momento em diante, uma nova luz ilumina o mundo, um novo farol aponta o Caminho, a Ressurreição e a Vida. Tais são os Pelicanos, tais são os verdadeiros Sacrifícios (isto é, aquilo que é feito sagrado), tais são os Filhos da Luz, e é esta Luz que é a verdadeira caridade. Não dês esmolas aos mendigos; anula a mendicância no teu íntimo, e dá Vida, Amor, Liberdade e Luz à humanidade em peso. Que ouça aquele que tem ouvido de ouvir. Por isto a verdadeira fraternidade apresenta sempre os verdadeiros símbolos, mas sem explicá-los; a intuição das coisas divinas desperta certa atividade nos corações; movido por uma força dentro de si mesmo, o indivíduo une-se à corrente que harmoniza com sua capacidade de vibração. A verdadeira fraternidade não prega nem insiste. Limita-se a expor os fatos e deixa que cada qual os verifique por si mesmo e tire as suas próprias conclusões.

Não há nenhuma lei além de faze o que tu queres.

9 – A Verdadeira Vontade

Quereis fazer bem ao vosso próximo? Aumentai então a vossa sabedoria, a vossa saúde, a vossa riqueza; despertai a vossa atividade espiritual, e deixai que vosso próximo faça o mesmo quando quiser. Ficai certos que quanto mais felizes, saudáveis e ricos fordes, mais aumentareis a possibilidade da felicidade, saúde e riqueza alheias; pois aquele que se liberta da carga alivia a tarefa dos que ainda estão ligados a ela. Esta é a única maneira de aliviar eficazmente o Karma da Humanidade. Vedes em volta vossa miséria, sofrimento, paixões indisciplinadas e desejos artificiais e doentios. Quereis aliviar estas condições? Disciplinai o vosso íntimo, submetei a vossa entidade humana à Real Vontade de vossa essência divina; e quando o fizerdes, a vossa passagem na terra será um sopro de ar fresco através de um quarto fechado há muitos séculos. Por isto está escrito: Se queres tirar o arqueiro do olho de teu irmão, tira antes a trave que tens no teu.

Tu não tens direito a não ser fazer a tua vontade. Faze isto, e nenhum outro dirá não.

10 – Deus Encarnado

Dizem-vos que Deus veio ao mundo, foi crucificado pelos nossos pecados, ressuscitou e subiu aos céus, mas por divina caridade morre novamente e se ergue novamente todo dia na cerimônia da missa. Ouvis isto, e dobrais o joelho? Cegos, não compreendeis que vós sois Aquele crucificado sobre a cruz da carne, e que a Crucifixão Vossa é o Batismo da Encarnação? Vós sois o Caminho, a Verdade e a Vida! Erguei-vos, como Ele se ergue diariamente, no Batismo da Ressurreição!

ROSA-CRUZ. Aumgn!

11 – Deus Falcão

Dizem-vos que o Sol Espiritual mergulhou sob a terra, e fazeis penitência e orais pela vossa salvação, tanto quanto o povo gemeu nas cerimônias da Morte de Asar-Osiris, lamentou-se durante a noite, e soltou gritos de alegria à ressurreição da manhã. Cegos, pois não vos ensinam já a todos nas escolas que o Sol não se põe nem se levanta, mas que em torno dele a Terra dança a dança das estações? Por isto havia no Egito um Deus misterioso que só adoravam aqueles que na cripta haviam tido murmurada ao seu ouvido a terrível revelação de que Osiris é um deus negro. Esse Deus era chamado Ha-Hoor-Khuit, o que significa Sol dos Dois Horizontes. Isto demonstra que os Iniciados Egípcios sabiam que a Terra gira em torno do Sol, coisa que a Igreja Cristã sempre negou e, em seu tempo, mandou iniciados à fogueira por querer revelá-lo ao mundo. E no entanto, Eppur si muove! (Ela assim se move)

Sê conosco, Deus-Falcão!

12 – A Política do Êxtase

Tem-vos sido dito: reprimi o vosso sexo! É a voz da Bêsta em vós. Mas eu vos digo: Sede tanto mais abençoados quanto mais fordes potentes, quanto mais ansiardes pela beleza e refrigério da Mulher! Porque, é verdade, a voz do sexo é a voz da Besta em vós; é a voz do Cordeiro de Deus e a voz do Leão Solar!

666. Aumgn!

13 – Abertura da porta do Templo

As macerações e o masoquismo psico-fisiológico são o defeito necessário de todos os sistemas religiosos desenvolvidos durante a Era de Virgo-Pisces. Por isto tem-vos sido dito que ir à igreja aos domingos, ou à sessão espírita uma vez por semana, ou ao candomblé na Sexta-feira ou Sábado, e abandonar-vos a uma receptividade passiva de diversas influências que são derramadas sobre vós, é adorar o verdadeiro Deus. Dizem-vos que a espiritualidade consiste em dobrar o joelho humildemente e confessar-se indigno e pecador, e oferecer meigamente o pescoço à espada temível do Juiz Supremo. Eu vos digo que tudo isso está acabado. Eu vos digo que só é verdadeiro o culto e só é santo o sacerdote cuja atividade desperta em vós a consciência, mesmo se temporária, da divindade de vós mesmos. Eu vos digo que na idade de Aquário-Léo, os homens devem orar pelos seus atos. Eu vos digo que os homens não mais se conhecerão pelas intenções, pelos pensamentos, ou mesmo pelas palavras; digo-vos que não há graça espiritual que vos salve da conseqüência de vossos atos, nem Juiz Espiritual que vos condene; digo-vos que a Lei do karma é a Lei de Causa e Efeito da Ciência; digo-vos que o Deus que recompensa ao que dobra o joelho e se confessa cheio de faltas e pede perdão é um vampiro, é um deus falso, é um deus negro; digo-vos que o Verdadeiro Deus está dentro de vós; digo-vos que nenhum dos vossos atos vos condena a não ser na medida que vos vela da consciência do Olho que se abre sobre vós; digo-vos que sois chamados à Grande Obra, e não a esperar que Algum ou Algo vos auxilie ou vos conduza; e digo-vos, enfim, que o maior crime que podeis cometer contra a Chama que queima em vosso coração é dobrar o joelho diante de qualquer relicário que não seja esse relicário interno.

Não sabeis que sois o Templo de Deus Vivo?

Eu sou só: não há nenhum Deus onde Eu Sou.

14 – Abundância de frutos

Não vos masturbeis psiquicamente em momentos de inspiração provocada por circunstâncias exteriores à vossa vontade, pensando que estais adorando a Deus quando apenas vos estais abandonando à expansão de um turbilhão astral. Se quereis orar ao Verdadeiro Deus, trabalhai; não importa em que, mas trabalheis com capricho, com devoção, fazendo do vosso trabalho vosso culto; pois quando trabalhais ativamente e com concentração, fazeis germinar as sementes de individualidade e iniciativa que existem latentes dentro de vós. Por isso está escrito: O que quer que tua mão faça, faze-o com todo o teu poder. E por isto, também, está escrito: Conhecê-los-eis pelos seus frutos.

15 – O lado escuro da lua

Há entre vós muitos que vos professais seguidores de Jesus, e que no entanto pretendeis como vosso Chefe Espiritual o Príncipe Conde St. Germain. Sabei então o que esse Mestre disse certa vez a um assustado discípulo: “Sim, meu amigo, Jesus não é nada: mas afligir-vos é sempre alguma coisa, e portanto, não mais falarei”. Osiris é um deus negro. Apo pantos kakodaimonos!

16 – A criança celeste

Somente a Criança Divina é o Deus de Luz para os próximos dois mil anos. Por isso está escrito que ninguém que não se torne como uma criancinha entrará no reino dos céus; e por isto está também escrito que o Leão e o Cordeiro se deitarão lado a lado, e uma criancinha os conduzirá.

Sê conosco, Deus Menino! Sê conosco, Deus Falcão!

17 – A Lei Única

Tem-vos sido dito: A lei natural é uma, a Lei Divina é outra. Mas eu vos digo que as leis naturais são as únicas leis divinas. Por isto o verdadeiro cientista, e principalmente o astrônomo, é o mais profundo sacerdote de Deus. A natureza é o corpo de Deus. Glória a Nossa Senhora das Estrelas, ó homens! Isis-Urânia, Mãe de Nós Todos, Aum!

18 – O elogio da lagarta

Escreveu um Grande Iniciado: “O fito daquele que queria ser Mestre é único; os homens chamam-no de Ambição Pessoal. Isto é, ele quer que seu Universo seja tão vasto, e seu controle de seu Universo tão perfeito, quanto for possível”. Leu um verme em forma humana estas palavras, e gritou: “Esse homem é egoísta e maligno! Ele quer dominar-me!” Leu um Aspirante estas palavras, e pensou alegremente: “Eis o meu fito”.

Os escravos servirão. Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir.

19 – Sobre Caridade

Vede em torno vosso muitos indivíduos que se professam verdadeiros seguidores do verdadeiro Deus, porque praticam a caridade, isto é, dão esmolas aos mendigos, socorrem os famintos, montam orfanatos e promovem auxílio aos desempregados. Em verdade vos digo que esses são cegos conduzindo os cegos; tanto os que conduzem como os que são conduzidos reagiram sempre ao círculo vicioso do Karma instintivo do homem lunar. Pois aquele que dá esmolas aos mendigos incita seu próximo à mendicância; aquele que socorre os famintos afasta muita vez o aguilhão que desperta uma consciência animal à atividade humana; aquele que monta orfanatos deveria antes ensinar aos ignorantes a controlar os seus instintos; e aquele que oferece emprego indiscriminadamente a um desempregado o mais das vezes interrompe uma fase de deslocamento que leva um homem a descobrir sua verdadeira vocação e vontade. Pôr isto os Mestres não auxiliam os homens, mas fazem com que eles aprendam a se auxiliarem a si próprios.

20 – Sobre Espiritismo

Uma palavra a dizer-vos sobre o espiritismo. Quer sejam os seus chefes espíritos descarnados, quer sejam cascarões astrais em processo de decomposição, quer sejam egrégoras de correntes das mentes instintivas associadas, existe em sua prática um defeito técnico e um defeito espiritual, a saber, que os médiuns desenvolvem a tendência a Ob no abandonamento passivo aos turbilhões astrais, o que é contrário aos deveres da evolução humana; e o inspirador espiritual dessas cohortes e desse movimento é dito ser “Jesus”, isto é, uma entidade que jamais existiu como tal, e que não foi mais que a máscara com que Osiris foi oferecido aos gregos e romanos. No passado, tudo isto seria talvez de pouca importância; mas lembrai-vos que a espiral tem dado mais uma volta, e que Osiris é um deus negro. Ouça aquele que tem ouvidos de ouvir.

21 – Sobre os cultos Afros

Uma palavra a dizer-vos sobre a macumba. Quer sejam os seus chefes espíritos africanos desencarnados, quer sejam demônios do baixo astral em disfarce, existe nas práticas deste movimento o mesmo defeito técnico que existe no espiritismo, isto é, o uso da força de Ob. Mas existe também uma diferença fundamental, que a macumba adora, sob diversos nomes os mesmos deuses do Pantheon greco-romano, os quais eram também adorados sob outros nomes por toda a Antigüidade, e que são personificações de grandes Forças através de cuja existência nos mundo sutis certas correntes espirituais são formadas para inspirar a vida dos homens. Por tanto a macumba é mesmos prejudicial à individualidade interna que o espiritismo, por isto que não ofende os fatos da Natureza: No passado tudo isto teria pouca importância; mas lembrai-vos que a espiral tem dado mais uma volta, e que despertou de seu sono de dois mil anos o mais misterioso Deus dos pagãos, o grande Deus Pan. Ouça aquele que tem ouvidos de ouvir.

22 – Sobre o comunismo

Uma palavra a dizer-vos sobre o comunismo. Quer se disfarce como primitivo cristianismo, quer se chame a si próprio materialismo científico, não é nem uma coisa nem outra, pois os primitivos cristãos adoravam a Deus n’Eles mesmos; refiro-me aos Gnósticos, que a Igreja Católica ferozmente perseguiu e dizimou, porque os sabia conhecedores da natureza da grande feitiçaria. Quanto a materialismo científico, isto é coisa que o comunismo nunca foi, sendo baseado num certo número de axiomas romanescos e idealísticos que nada tem a ver com os fatos da ciência; como, por exemplo, que os homens são todos iguais, quando a evidência é farta de que a lei natural a este respeito é variação da norma; e como, por exemplo, que possessões pessoais ofendem a comunidade humana, o que é fundamentalmente falso e até tolo, pois se a propriedade pessoal fosse o roubo, como querem os socialistas, os homens teríamos todos um só corpo, um só cérebro, uma só língua, um só pênis e um só anus. Ainda mais, a organização social pregada por este “materialismo científico” está em fragrante contraste com a lei natural de evolução por mutação e seleção das espécies; pois a genética nos ensina, e a observação da conduta das espécies o demonstra, que variações da norma produzem evoluções, e que a sobrevivência sempre tem que ser dos mais aptos. Toda sociedade humana, portanto, que não permite o máximo de liberdade para cada indivíduo de desenvolver livremente e por escolha própria as suas tendências naturais, e de competir livremente e igualmente com outros sobre o campo de batalha da vida, é uma sociedade idealística, que nada tem a ver com materialismo ou com a ciência. Portanto, o comunismo, como qualquer outra tendência à uniformidade e sujeição do indivíduo aos interesses de um rabanho ou de uma entidade fictícia (o “Estado”), é uma tendência malsã, idealística e viciosa; combatei-o com todas as forças de vossa individualidade, vós que sois verdadeiros homens!

Tu não tens o direito a não ser fazer tua vontade. Faze aquilo e nenhum outro dirá não.

Ouça aquele que tem ouvidos para ouvir.

23 – Sobre a Igreja Romana

Uma palavra a dizer-vos sobre a Igreja Católica. Está morta, como todos os que lhe pertencem, e sua aparente grande atividade presente não é mais que a turbulência inconsciente de decomposição de um cadáver gigantesco. Os cristãos aos Leões! Que ouça aquele que tem ouvidos de ouvir.

24 – Sobre a Maçonaria

Uma palavra a dizer-vos sobre a Maçonaria. Aquela que foi baseada na lenda de Hiram, lenda que, qual a de Jesus, não é mais que uma versão dramática adaptada à mentalidade ocidental do Ritual do Deus Sacrificado, isto é, Osiris, está tão morta quanto a Igreja Católica. Há porém esta diferença fundamental: que a Maçonaria tendo sido iniciada por Adeptos da Fraternidade da Luz para combater a grande feitiçaria da Loja Negra, neste momento mesmo novos brotos maçônicos estão sendo cuidadosamente regados pelos mestres encarregados da disseminação da Boa Nova, isto é, dos princípios sociais e espirituais da Nova Era; e esses mestres são, como disse uma inspirada das Lojas do Tibet, “um dos mestres ingleses e o Conde de Saint Germain”. O nome do Mestre inglês pode agora ser revelado: Ele era Sir Aleister Crowley, M. 33º e Rei da Ordem do Templo para a Inglaterra; e papel mais importante ainda ele desempenhou como encarnação da Besta 666. Que ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir. Quanto ao Conde de St. Germain, também chamado por alguns de Mestre Racoczy (e que sorri dessas tolices), ele segue os passos do Mestre Inglês com o mesmo assombro e admiração com que no passado seguiu os passos do Conde de Cagliostro. Que ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir. A Maçonaria está morta, ela vive. O Rei está morto, viva o Rei!

25 – Sobre a Educação

Uma palavra a dizer-vos sobre a educação das crianças. Vossos filhos não vos pertencem, e pais que não dão aos seus rebentos o nome deles próprios, seguindo de Filho, estão satisfazendo uma triste vaidade. Se vos conhecêsseis tal quais sois, e se realmente amasseis os vossos filhos, a última coisa que quereríeis no mundo é que eles se parecessem convosco. Na Nova Era, mais e mais crianças nascerão em cada família que não pertencem à gama vibratória dos pais. Isto é porque, de acordo com as predições de todos os videntes dos últimos duzentos anos, a família já não é mais a unidade do organismo social. Gamas vibratórias que se conservam coesas durante séculos, membros da mesma estirpe reincarnando-se constantemente na mesma corrente genética, estão para sempre partidas. O indivíduo, homem ou mulher, é a unidade do organismo social. A família agora não é mais que o primeiro conjunto de indivíduos a cuja presença a alma nova é submetida. Portanto, ó pais, se quereis o respeito de vossos filhos, não o exijais como um direito; provai pelo exemplo dos vossos atos que o mereceis, e vossos filhos galardoar-vos-ão o respeito com um prêmio que haveis conquistado. É esta sempre a Lei: desperta a virtude no teu íntimo, e verás com surpresa como a virtude se acende no coração dos outros. Ida está a idéia de laços familiares. Custa a morrer por causa da inércia do pensamento humano, imantado pelos hábitos de quatro mil anos (pois a família já estava formada no Aeon de Isis, que precedeu o de Osiris; somente, então era a mãe o chefe da família). Mas as suas convulsões, tal qual as da Igreja Católica e, de um modo geral, do Cristianismo, são as convulsões de um moribundo. Quanto mais os pais reforçam sua autoridade, mais os filhos se rebelam, e fazem bem. A pátria do homem é o mundo, o seu mundo é o universo, e a sua família é a humanidade inteira. Há um Deus de viver em um cão? Não! E se por acaso um Deus nasce no seio de uma alcatéia, e pedem-lhe que roa ossos como o resto, que esperais, senão que o Deus ultrajado se retire para o meio de seus semelhantes ou, num acesso de cólera, dizime os cães insolentes até que, assustados, param de importuná-lo e começam a obedecê-lo como é próprio? Os escravos servirão. Quereis educar bem os vossos filhos? Tratai-os como frescas incarnações da divindade, deuses recém-descidos ao mundo, verdes mensageiros das alturas, emissários do mundo misterioso do além-túmulo a que ireis dar um dia. Proporcionai-lhes todas as oportunidades de adquirir conhecimento e experiência, e deixai que eles escolham livremente entre todas as oportunidades que lhes proporcionais. Não os limiteis nunca a não ser nas coisas que o bom senso manda, isto é, na conservação da saúde e na disciplina da inteligência. Está bem comandar a uma criança que não ponha a mão no fogo, mas é melhor ainda explicar-lhe que o fogo queima os descuidados, e dar-lhe uma demonstração. Quando vosso filho ou vossa filha atinge a idade de responsabilidade, isto é, a puberdade, momento em que o Fogo se manifesta pela primeira vez através da inteira carne, ou a Água jorra pelos portais da vida com sua doçura e alegria, não tenteis apagar o fogo, nem tenteis represar a água. Ensinai antes ao menino e à menina tudo que sabeis a respeito da reprodução dos sexos, o que não é muito; ensinai-lhes como evitar a concepção involuntária, tendência natural do ser instintivo; ensinai-lhes as regras de higiene que conservam o aparelho criador livre das chamadas doenças venéreas: e assim, cumprido o vosso dever, deixai que corram os vossos filhos livremente o largo mundo. Se tivestes o cuidado de respeitar o julgamento de vossos filhos desde o berço, se cultivastes com desvelo a vossa essência interna, ressoando assim na virtude interna de vossos filhos, se, enfim, habituaste os vossos filhos ao destemor e à liberdade, eles amarão sem prejudicar e sem serem prejudicados, e voarão mais alto e mais longe do que jamais alcançastes. Que maior fonte de orgulho podem Ter os pais, que ver como os seus filhos os surpassam em tudo? E há nisto simples e saudável egoísmo, que se fazeis de vossos filhos homens e mulheres mais livres e mais fortes do que sois, eles, por sua vez, farão de vós homens e mulheres mais livres e mais fortes ainda, quando reincarnardes no meio deles. Cada criança que nasce e cresce saudável e livre é a esperança da humanidade. Regai portanto as flores, ó homens, se quereis um dia colher os frutos! Isto regenerará o mundo, o mundozinho minha irmã, meu coração & minha língua, a quem eu mando este beijo.

26 – Sobre a Sociedade

Existem analogias entre a sociedade humana e o corpo vivo que fareis bem em observar e imitar. Pois no corpo existem estruturas que mudam lentamente, que se desgastam e se renovam relativamente tão devagar que quase se poderia dizer que são imóveis. E no entanto estas estruturas são a base sobre a qual são construídas as estruturas mais fluidas. No corpo humano estas estruturas são os ossos, e na sociedade são as leis que regem o metabolismo das células chamadas homens. Pensai por um momento quão terrível seria se o esqueleto humano, ao invés de ser parcialmente flexível, e constituído de modo a permitir aos órgãos que se suportem uns aos outros suportando-se nele, fosse rígido e separasse os órgãos uns dos outros, ou os comprimisse de maneira a impedir a sua livre função! Tal se dá em casos kármicos de má conformação óssea, e muita vez observais e rides do resultado, em vez de vos lembrardes que o mesmo vos pode Ter acontecido em outra vida, ou pode acontecer-vos no futuro. E no entanto, rindo como rides dos corcundas e capengas, viveis vós mesmos numa sociedade horrenda pelas suas leis e seus hábitos, e nada fazeis para modificar sua pesada e antinatural constituição. Sabei portanto que as leis, tal como os ossos, devem ser organizadas para a máxima flexibilidade combinada com o máximo de força e permanência, e devem, pela sua estrutura mesma, permitir o máximo de iniciativa aos indivíduos e de intercâmbio às instituições. No aparente e imortal paradoxo do Conde de Fênix: A autoridade absoluta do Estado deve ser a função da liberdade absoluta de cada vontade individual.

TU NÃO TENS DIREITO A NÃO SER FAZER A TUA VONTADE. FAZE AQUILO, E NENHUM OUTRO DIRÁ NÃO. POIS VONTADE PURA, DESEMBARAÇADA DE PROPÓSITO, LIVRE DA ÂNSIA DE RESULTADO, É TODA VIA PERFEITA.

Ouça aquele que tem ouvidos de ouvir.

27 – Sobre a morte

Eu me assombro cada dia em meio vosso, de ver como pagais serviço com vossos lábios a certas crenças, mas sempre desmentis vossas palavras com vossos atos. Dizeis acreditar em outra vida para a alma, onde ela será mais feliz do que foi aqui na terra, e chorais desabaladamente quando os vossos entes queridos (e até os vossos entes não-queridos) morrem. Dizeis acreditar que aquilo que Deus ligou o homem não pode desligar, e as vossas igrejas hediondas conspiram para que todas as leis sociais impeçam o mais possível aos homens que tentem desligar os laços matrimoniais.

Dizeis acreditar que a alma é salva pelo batismo na infância, e no entanto vossas igrejas e sacerdotes vis passam a vida inteira do batizado a espreitar, boquejar, e freqüentemente a condenar. Ó geração covarde e hipócrita! Dai um festim quando alguém morre, daí o cadáver de comer às bestas (ou ofertai-o ao hospital mais próximo), e confiai a alma às mãos de sacerdotes iniciados para que a acompanhem e aconselhem na viagem às plagas divinas, tal qual fazem ainda os simples povos do Tibet! Ó degenerados, ó devassos, ó impotentes! Não vos intrometais com as leis do Amor, que é o instrumento e modo de operação da vontade espiritual dos homens! Ó fariseus imundos, descrentes e malfazejos! Não compreendes que o Primeiro Batismo é a passagem através das Portas, que a água batismal é o fluido âmnico, e que no Aeon de Hórus o batismo sacerdotal há que ser de fogo, o fogo do Espírito Santo, tomado na Missa de Confirmação! Por isto está escrito: Eu vos batizo com água; mas Um virá após mim, maior que eu e ele vos batizará com Fogo.

Ra-Hoor-Khuit! Hoor-Paar-Kraat! HERU-RA-HÁ!

Sê conosco, Deus Menino! Sê conosco, Deus Falcão! Kyrie, Christe! IAO SABAO! AGIOS, AGIOS, AGIOS, IO PAN!

28 – Sobre falsas ordens

Muito pouco é conhecido da Rosa-Cruz, e no entanto pululam em vosso meio “ordens” e “fraternidades” fazendo uso desse NOME. Transcrevo aqui, para vossa edificação, as palavras simples de um homem que tinha algum conhecimento do que estava falando: (1) “É curioso mas é assim: para poder falar da mais elevada das entidades iniciáticas conhecidas no Ocidente devo usar tal nome sem antepor os termos: ‘Ordem,’ ‘Fraternidade,’ ou algo semelhante, para que o leitor ou o Discípulo não confundam com algumas das inumeráveis sociedades que, qual cogumelos surgiram com nomes imitativos da : “ROSA-CRUZ”. “É também necessário declarar aqui, algo que o não foi bastante claramente pelos que me precederam, que a ROSA-CRUZ, isto é, a misteriosa Fraternidade suprema, que atua com tal nome há uns três séculos somente no Ocidente, sempre existiu sob outras denominações. “Não tem sede que alguém possa situar em nenhuma cidade, nem seus Membros se declaram como tais. Isto é tudo que se pode dizer do ponto de vista da sua organização. Ao que se refere à sua atuação, parece muito simples explicá-la: cada vez que um ambiente determinado: sociedade, centro iniciático ou o que seja, NECESSITA E MERECE a atenção da ROSA-CRUZ, se envia algum Missionário relacionado pelo menos com os Círculos Externos d’Ela: ou, em outros casos, algum dos membros de dita sociedade ou fraternidade é inspirado, sendo também possível que ele mesmo não se dê conta cabal por muito tempo às vezes de como está sendo “inspirado, dirigido…e observado.” Quando finalmente se dá conta, é porque já está ‘MADURO’ em seriedade. Discrição, dedicação e capacidade. Isto é, pelo menos, o que sei de fonte que, como se diz em linguagem diplomática, ‘deve ser considerada como habitualmente bem informada…’ “

Mais tarde ainda, esse escritor acrescenta: TODA SOCIEDADE QUE SE DIGA OU SE TENHA PELA AUTÊNTICA E ÚNICA ROSA-CRUZ, OU BEM ESTÁ ENGANADA, OU ESTÁ ENGANANDO.

Ao bom entendedor, meia palavra basta.

29 – Sobre a Rosa e a Cruz

Do pouco que é conhecido da verdadeira ROSA-CRUZ, podemos concluir o seguinte: Primeiro, os ROSA-CRUZ adotam as vestimentas da época e país em que viajam ou atuam. Segundo, eles se conhecem imediatamente entre si por certas características que passam desapercebidas dos profanos. Terceiro, a influência ROSA-CRUZ está tão mais longe de organizações “rosacrucianas” quanto mais estas protestarem que está perto. Quarto, os ROSA-CRUZ adoram periodicamente em um Templo do Espírito Santo, onde aprendem a curar os doentes, transmutar os metais e onde comungam uns com os outros. Esse Templo está ao mesmo tempo em toda parte e em parte alguma; é a coisa mais fácil de achar pelo iniciado e a coisa jamais sonhada pelo profano. Quinto, a característica fundamental dos ROSA-CRUZ é que eles possuem o Elixir da Vida, a Pedra Filosofal, o Summum Bonum e a Felicidade Perfeita. Sexto, não se segue, de que os ROSA-CRUZ se dedicam a curar os doentes, que eles sejam médicos por profissão; nem se segue, de que eles possuem o Elixir da Vida, que eles prolonguem sua existência terrena. Aquele que escreve estas palavras não é Rosa-Cruz.

30 – Sobre a organização o Brasil

Para instrução e aviso dos Filhos do Sol: Três “fraternidades” principais se manifestam neste país, chamando-se a si mesmas rosacruz. A Ancient and Mystical Order Rosae Crucis (AMORC) foi fundada para um H. Spencer Lewis, iniciado nos círculos esternos da Ordem do Templo do Oriente (O.T.O.).

Desobedeceu ele as ordens dos seus superiores, dando a sua organização o Nome que absolutamente não merecia; traiu ele o seu mestre, ao qual, rico como se tornara pelas suas intrujices, deixou praticamente morrer de fome (pois assim era a Sua vontade); e foi por sua vez traído pelos seus comparsas em profanação. Esta “ordem” desobedece ao mais sério preceito de toda Ordem Iniciática real, em que recebe dinheiro para conferir iniciações. The Rosicrucian Fraternity in América, inicialmente de origem maçônica superior, degenerou progressivamente e, sob a gestão de R. Swimburne Clymer, traidor e infame membro da Loja Negra, foi corrompida pelos mesmos métodos da grande feitiçaria. É agora, com justiça, desprezada e encarnecida pelas Ordens que tentou usurpar.

A Fraternitas Rosicruciana Antiqua foi iniciada por um membro de alto grau da O.T.O., com permissão de seus superiores; mas a resolução do fundador (Dr. Arnold Krumm-Heller, “Huiracocha”) de usar o nome ROSA-CRUZ foi deplorada por todos os Irmãos, os quais por conseqüência se afastaram do fundador e da Ordem. Ela está agora em vias ou de dissolução ou de transmutação; que a responsabilidade de uma ou da outra recaia sobre seus dirigentes, como já recaiu sobre o seu fundador!

31 Sobre a Grande Fraternidade dos Irmãos da Luz

A Grande Fraternidade dos Irmãos da Luz tem várias subdivisões, das quais as principais para este planeta são a Fraternidade Negra (que não deve ser confundida com a Loja Negra), a Fraternidade Amarela e a Fraternidade Branca. Elas são simbolizadas na Cabala pelos três filhos de Noé.

A Fraternidade Negra mantém que toda manifestação tem forçosamente que ser da natureza de sofrimento; que o fito do homem deve portanto ser esgotamento do Karma pessoal e absorção no Nirvana. Nessa Fraternidade foi o Buddha Sidharte Galtama o maior expoente; seu livro canônico foi o Dhammapada.

A Fraternidade Amarela mantém que toda manifestação, sendo forçosamente resolvida de cima, deve Ter razão de ser; e que portanto o fito do homem deve ser adaptar-se plasticamente às condições de manifestação, eliminando fricção, e jamais presumindo de modificar, de uma maneira ou de outra, os processos da Natureza. O maior expoente dessa Fraternidade foi Lao-Tse, e seu livro canônico o Livro do Tao.

A Fraternidade Branca mantém que o fito do homem é tornar-se aquilo que Madame Blavatsky chamava um Nirmanakaya; que a Grande Obra é a transmutação progressiva, primeiro dos metais pessoais em ouro, depois dos metais planetários em ouro, e finalmente dos metais universais em ouro; e que o propósito e divertimento do adepto deve ser fazer com que o deserto floresça de beleza e perfume. O maior expoente dessa fraternidade foi e é a Grande Besta do Apocalipse e seu livro Canônico, que não é seu, mas pertence a Nossa Senhora das Estrelas, ao Fogo Divino e à Criança Solar, é o Livro da Lei.

E porque tu não possuis Sabedoria, não saberás se essas três Fraternidades, que sempre se antagonizam e completam umas as outras, fazem uma ou fazem três. Ouça aquele que tem ouvidos de ouvir.

32 – Sobre os sábios do Oriente

Lao-Tse veio ao mundo e disse, entre outras coisas, que o Tao que pode ser concedido não é o verdadeiro Tao. Portanto os homens se reuniram e, depois de sua morte, fizeram um Salvador de Lao-Tse; e hoje seu livro é um joguete dos tolos e pedantes. Thoth (mas realmente Tahuti) veio ao mundo e disse, entre outras coisas, que a sabedoria consiste em estruturalizar a mente de uma forma tão orgânica, tão flexível e tão fluída, que a mente se torna um veículo adequado para o Verbo Criador. Portanto os homens se reuniram e, depois de sua morte, fizeram um Salvador de Thoth; e hoje Seu Livro é em parte usado como base de jogos de salão.

Buddha veio ao mundo e disse que não havia nem salvador nem salvação, que dores e macerações não conduzem o homem à paz divina; que toda manifestação era necessariamente da natureza de um sofrimento, e que a essência da sabedoria consiste na extinção. Portanto os homens se reuniram e, depois de sua morte, fizeram um Salvador de Buddha, rezaram penitência em seu nome, e imploraram a ele que os conduzisse à libertação.

Dionísio veio ao mundo, ele, Osiris Ressurrecto, e ensinou aos homens que no processo de geração, com sua morte e ressurreição, está contido o supremo mistério da construção do templo do Espírito Santo, do Verbo manifestado em carne, do Reino na Terra. E portanto os homens adoram-NO sob muitos nomes, inclusive o de Jesus, e rogam-lhe que os conduza à salvação. E no entanto, Ajuda-te, que Deus te ajudará, diz a sabedoria do povo. Mohammed veio ao mundo e destruiu parcialmente a grande feitiçaria da Loja Negra, engendrada após a extinção metódica da Igreja Gnóstica Exotérica, e perseguição que durou vinte séculos da Igreja Gnóstica Esotérica. Glória a Mohammed, Espada de Deus! Profeta parcial, mas profeta contudo, da Unidade de Deus e da Virilidade do homem! E agora, vos é dito: Faze o que tu queres há de ser tudo da Lei.

Ouça aquele que tiver ouvidos de ouvir a Voz da Besta 666.

33 – Chamando os Filhos do Sol

A nossa Fraternidade é a Fraternidade dos Filhos da Luz. A nossa Habitação é o Lago de Fogo Eterno, o Sol. O nosso Pai é Satã, o Senhor do Fogo Eterno, o Senhor do Sol, o Logos Solar. Os nossos chefes são a Besta 666, o Leão Solar, e a sua Concubina BABALON. Quando encarnados sobre a Terra eles são sempre um homem e uma mulher, cuja atividade superior desperta o fogo estelar no coração dos homens.

Acima de nosso Pai Satã, que também foi através dos tempos chamado Abrasax, Mitras, Ra, Bal, Al, Allah, Cristo e incontáveis nomes, há Nossa Senhora das Estrelas, em cujo seio nosso Pai repousa, e Hadit Seu Esposo, dos quais nada é permitido revelar, e dos quais nosso Pai é um dos filhos, cujo corpo é a Estrela Sol.

Os homens sempre tem adorado o Sol Espiritual, do qual somos chispas cristalizadas sobre a Terra, e nossos sonhos e anseios divinos são memórias de nossa Casa, o Imenso Lago de Luz. Falamos aqui dos Filhos do Sol, pois há outros encarnados sobre a Terra que são filhos de outras estrelas; pois, como está escrito, a casa de meu Pai tem muitas moradas. Mas estas coisas são de interesse apenas para os mais altos iniciados, porque só eles podem realmente compreende-las e utilizá-las.

Na era de Aquário-Léo, o mundo já foi regenerado pelo Fogo; a Estrela caiu sobre a Terra, e a escuridão do mundo já se enverdece e galardoa de Aurora. Hoje Ele não é nosso Pai, apenas; é nosso Mestre e nosso Esposo; é Nós Mesmos, a Criança Coroada e Conquistadora, Horus, o Filho de Isis e Osiris, em seu nome Heru-Ra-Há; o Deus Menino, o Verbo feito Carne em cada um de nós!

Tu que és eu mesmo, além de tudo meu;

Sem natureza, inominado, ateu;

Que quando o mais se esfuma, ficas no crisol;

Tu que és o segredo e o coração do Sol;

Tu que és a escondida fonte do universo;

Tu solitário, real fogo no bastão imerso;

Sempre abrasando; tu que és a só semente

De liberdade, vida, amor e luz eternamente;

Tu, além da visão e da palavra;

Tu eu invoco; e assim meu fogo lavra!

Tu eu invoco, minha vida, meu farol,

Tu que és o segredo e o coração do Sol

E aquele arcano dos arcanos santo

Do qual eu sou veículo e sou manto

Demonstra teu terrível, doce brilho:

Aparece, como é lei, neste teu filho!

Amor é a lei, amor sob vontade

Esta foi a primeira publicação thelêmica no Brasil, resultado de uma ordália passada por Frater Saturnus à Frater Aleph. Pouco depois de lança-lo, Marcelo Motta o recolhe logo em seguida por discordar de algumas conclusões a que chegou na obra. Poucos compraram na época, sendo um deles Frater Thor.

Marcelo Motta

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/thelema/chamando-os-filhos-do-sol/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/thelema/chamando-os-filhos-do-sol/

‘Resumo As 48 Leis do Poder

Existem duas forças universais travando uma antiga batalha.

O movimento ecológico e globalização, embora tenham trazido novidades relevantes, vendem hoje a idéia de que o progresso só acontece quando estamos em harmonia com a natureza e o mundo. Mas o mundo não está muito interessado no seu sucesso.

A antiga batalha descrita em praticamente todas as mitologias conhecidas ainda é verdadeira. De um lado, o cosmos, a natureza e as leis universais regem tudo o que existe. Do outro está você. Quando Robert Greene escreveu as “48 leis do Poder” seu objetivo era listar de forma sistemática quais estratégias você pode usar para impor a sua vontade frente a um mundo indiferente e a pessoas tão egoístas quanto você.

Este é, na verdade um dos conceitos chaves de Nicolau Maquiavel. A idéia de que o destino é guiado pela Fortuna e pela Virtù. Fortuna seria tudo aquilo que acontece que você não tem nenhum controle. Os “atos de deus”, o rio indomável da vida. O nome vem de Fortuna da deusa romana da sorte. Às vezes uma princesa, às vezes uma vadia. Do outro lado do ringue está Virtù, cujo nome remete ao antigo conceito Romano de Virtude. (não confundir com a deturpação crista do mesmo). Virtù é tudo aquilo que você faz de propósito. Quando Virtú é feita de modo coerênte com fins bem esclarecidos ela se torna idêntica ao conceito Thelemita de Verdadeira Vontade.

Essa é a exata mesma idéia por trás de toda Bíblia Satânica, especialmente do Livro de Satã. Contudo, enquanto o a Bíblia do Lavey ou o Might is Right tratam da Lei do forte de modo emocional e idealista, as 48 Leis tratam da metodologia racional com a qual esta mesma força deve ser exercida.

Assim o livro de Greene, aqui resumido, é uma coletânea de estratégias comuns aos homens que decidem tomar as rédeas do seu destino e fazer alguma coisa por si mesmos. Não é a toa que este livro é parte da lista de leituras obrigatórias do Temple of Seth. São as leis dos homens que Maquiavel chamaria de Virtuosos, Lavey chamaria de Bem Aventurados, e nós de sensatos. Boa Leitura.

 

As 48 Leis do Poder

 

LEI 1
NÃO OFUSQUE O BRILHO DO MESTRE

Faça sempre com que as pessoas acima de você se sintam confortavelmente superiores. Querendo agradar ou impressionar, não exagere exibindo seus próprios talentos ou poderá conseguir o contrário inspirar medo e insegurança. Faça com que seus mestres pareçam mais brilhantes do que são na realidade e você alcançará o ápice do poder.

 

LEI 2
NÃO CONFIE DEMAIS NOS AMIGOS, APRENDA A USAR OS INIMIGOS

Cautela com os amigos, eles o trairão mais rapidamente, pois são com mais facilidade levados à inveja. Eles também se tornam mimados e tirânicos. Mas contrate um ex-inimigo e ele lhe será mais fiel do que um amigo, porque tem mais a provar. De fato, você tem mais o que temer por parte dos amigos do que dos inimigos. Se você não tem inimigos, descubra um jeito de tê-los.

 

LEI 3
OCULTE AS SUAS INTENÇÕES

Mantenha as pessoas na dúvida e no escuro, jamais revelando o propósito de seus atos. Não sabendo o que você pretende, não podem preparar uma defesa. Leve-as pelo caminho errado até bem longe, envolva-as em bastante fumaça e, quando elas perceberem as suas intenções, será tarde demais.

 

LEI 4
DIGA SEMPRE MENOS DO QUE O NECESSÁRIO 

Quando você procura impressionar as pessoas com palavras, quanto mais você diz, mais comum aparenta ser, e menos controle da situação parece ter. Mesmo que você esteja dizendo algo banal, vai parecer original se você o tornar vago, amplo e enigmático. Pessoas poderosas impressionam e intimidam falando pouco. Quanto mais você fala, maior a probabilidade de dizer uma besteira.

 

LEI 5
MUITO DEPENDE DA REPUTAÇÃO DÊ A PRÓPRIA VIDA PARA DEFENDÊ-LA

A reputação é a pedra de toque do poder. Com a reputação apenas você pode intimidar e vencer; um deslize, entretanto, e você fica vulnerável, e será atacado por todos os lados. Torne a sua reputação inexpugnável. Esteja sempre alerta aos ataques em potencial e frustre-os antes que aconteçam. Enquanto isso aprenda a destruir seus inimigos minando as suas próprias reputações. Depois, afaste-se e deixe a opinião pública acabar com eles.

 

LEI 6
CHAME ATENÇÃO A QUALQUER PREÇO

Julga-se tudo pelas aparências; o que não se vê não conta. Não fique perdido no meio da multidão, portanto, ou mergulhado no esquecimento. Destaque-se. Fique visível, a qualquer preço. Atraia as atenções parecendo maior, mais colorido, mais misterioso do que as massas tímidas e amenas.

 

LEI 7
FAÇA OS OUTROS TRABALHAREM POR VOCÊ, MAS SEMPRE FIQUE COM O CRÉDITO 

Use a sabedoria, o conhecimento e o esforço físico dos outros em causa própria. Não só essa ajuda lhe economizará um tempo e uma energia valiosos, como lhe dará uma aura divina de eficiência e rapidez. No final, seus ajudantes serão esquecidos e você será lembrado. Não faça você mesmo o que os outros podem fazer por você.

 

LEI 8
FAÇA AS PESSOAS VIREM ATÉ VOCÊ USE UMA ISCA, SE FOR PRECISO

Quando você força os outros a agir, é você quem está no controle. É sempre melhor fazer o seu adversário vir até você, abandonando seus próprios planos no processo. Seduza-o com a possibilidade de ganhos fabulosos – depois ataque. É você quem dá as cartas.

 

LEI 9
VENÇA POR SUAS ATITUDES, NÃO DISCUTA

Qualquer triunfo momentâneo que você tenha alcançado discutindo é na verdade uma vitória de Pirro: o ressentimento e a má vontade que você desperta são mais fortes e permanentes do que qualquer mudança momentânea de opinião. É muito mais eficaz fazer os outros concordarem com você por suas atitudes, sem dizer uma palavra. Demonstre, não explique.

 

LEI 10
FUJA DO CONTÁGIO: EVITE O INFELIZ E AZARADO

A miséria alheia pode matar você. Estados emocionais são tão contagiosos quanto as doenças. Você pode achar que está ajudando o homem que se afoga, mas só está precipitando o seu próprio desastre. Os infelizes às vezes provocam a própria infelicidade; vão provocar a sua também. Associe-se, ao contrário, aos felizes e afortunados.

 

LEI 11
APRENDA A MANTER AS PESSOAS DEPENDENTES DE VOCÊ

Para manter a sua independência você deve sempre ser necessário e querido. Quanto mais dependerem de você, mais liberdade você terá. Faça com que as pessoas dependam de você para serem felizes e prósperas, e você não terá nada o que temer. Não lhes ensine o bastante a ponto de poderem se virar sem você.

 

LEI 12
USE A HONESTIDADE E A GENEROSIDADE SELETIVA PARA DESARMAR A SUA VÍTIMA

Um gesto sincero e honesto encobrirá dezenas de outros desonestos. Até as pessoas mais desconfiadas baixam a guarda diante de atitudes francas e generosas. Uma vez que a sua honestidade seletiva as desarma, você pode enganá-las e manipulá-las à vontade. Um presente oportuno, um cavalo de Tróia – será igualmente útil.

 

LEI 13
AO PEDIR AJUDA, APELE PARA O EGOÍSMO DAS PESSOAS, JAMAIS PARA A SUA MISERICORDIA OU GRATIDAO

Se precisar pedir ajuda a um aliado, não se preocupe em lembrar a ele a sua assistência e boas ações no passado. Ele encontrará um meio de ignorar você. Em vez disso, revele algo na sua solicitação, ou na sua aliança com ele, que o vá beneficiar, e exagere na ênfase. Ele reagirá entusiasmado se vir que pode lucrar alguma coisa com isso.

 

LEI 14
BANQUE O AMIGO, AJA COMO ESPIÃO

Conhecer o seu rival é importantíssimo. Use espiões para colher informações preciosas que o colocarão um passo à frente. Melhor ainda: represente você mesmo o papel de espião. Em encontros sociais, aprenda a sondar. Faça perguntas indiretas para conseguir que as pessoas revelem seus pontos fracos e intenções. Todas as ocasiões são oportunidades para uma ardilosa espionagem.

 

LEI 15
ANIQUILE TOTALMENTE O INIMIGO

Todos os grandes líderes, desde Moisés, sabem que o inimigo perigoso deve ser esmagado totalmente. (Às vezes, eles aprendem isso da maneira mais difícil.) Se restar uma só brasa, por menor que seja, acabará se transformando numa fogueira. Perde-se mais fazendo concessões do que pela total aniquilação: o inimigo se recuperará, e quererá vingança. Esmague-o, física e espiritualmente.

 

LEI 16
USE A AUSÊNCIA PARA AUMENTAR O RESPEITO E A HONRA

Circulação em excesso faz os preços caírem: quanto mais você é visto e escutado, mais comum vai parecer. Se você já se estabeleceu em um grupo, afastando-se temporariamente se tomará uma figura mais comentada, até mais admirada. Você deve saber quando se afastar. Crie valor com a escassez.

 

LEI 17
MANTENHA OS OUTROS EM UM ESTADO LATENTE DE TERROR: CULTIVE UMA ATMOSFERA DE IMPREVISIBILIDADE

Os homens são criaturas de hábitos com uma necessidade insaciável de ver familiaridade nos atos alheios. A sua previsibilidade lhes dá um senso de controle. Vire a mesa: seja deliberadamente imprevisível. O comportamento que parece incoerente ou absurdo os manterá desorientados, e eles vão ficar exaustos tentando explicar seus movimentos. Levada ao extremo, esta estratégia pode intimidar e aterrorizar.

 

LEI 18
NÃO CONSTRUA FORTALEZAS PARA SE PROTEGER O ISOLAMENTO É PERIGOSO

O mundo é perigoso e os inimigos estão por toda a parte – todos precisam se proteger. Uma fortaleza parece muito segura. Mas o isolamento expõe você a mais perigos do que o protege deles – você fica isolado de informações valiosas, transforma-se num alvo fácil e evidente. Melhor circular entre as pessoas, descobrir aliados, se misturar. A multidão serve de escudo contra os seus inimigos.

 

LEI 19
SAIBA COM QUEM ESTÁ LIDANDO NÃO OFENDA A PESSOA ERRADA

No mundo há muitos tipos diferentes de pessoas, e você não pode esperar que todas reajam da mesma forma às suas estratégias. Engane ou passe a perna em certas pessoas e elas vão passar o resto da vida procurando se vingar de você. São lobos em pele de cordeiro. Cuidado ao escolher suas vítimas e adversários, portanto jamais ofenda ou engane a pessoa errada.

 

LEI 20
NÃO SE COMPROMETA COM NINGUÉM

Tolo é quem se apressa a tomar um partido. Não se comprometa com partidos ou causas, só com você mesmo. Mantendo-se independente, você domina os outros colocando as pessoas umas contra as outras, fazendo com que sigam você.

 

LEI 21
FAÇA-SE DE OTÁRIO PARA PEGAR OS OTÁRIOS PAREÇA MAIS BOBO DO QUE O NORMAL

Ninguém gosta de se sentir mais idiota do que o outro. O truque, portanto, é fazer com que suas vítimas se sintam espertas – e não só espertas, mas mais espertas do que você. Uma vez convencidas disso, elas jamais desconfiarão que você possa ter segundas intenções.

 

LEI 22
USE A TÁTICA DA RENDIÇÃO: TRANSFORME A FRAQUEZA EM PODER

Se você é o mais fraco, não lute só por uma questão de honra; é preferível se render. Rendendo-se, você tem tempo para se recuperar, tempo para atormentar e irritar o seu conquistador, tempo para esperar que ele perca o seu poder. Não lhe dê a satisfação de lutar e derrotar você – renda-se antes. Oferecendo a outra face, você o enraivece e desequilibra. Faça da rendição um instrumento de poder.

 

LEI 23
CONCENTRE AS SUAS FORÇAS

Preserve suas forças e sua energia concentrando-as no seu ponto mais forte. Ganha-se mais descobrindo uma mina rica e cavando fundo, do que pulando de uma mina rasa para outra – a profundidade derrota a superficialidade sempre. Ao procurar fontes de poder para promovê-lo, descubra um patrono-chave, a vaca cheia de leite que o alimentará durante muito tempo.

 

LEI 24
REPRESENTE O CORTESÃO PERFEITO

O cortesão perfeito prospera num mundo onde tudo gira em torno do poder e da habilidade política. Ele domina a arte da dissimulação; ele adula, cede aos superiores, e assegura o seu poder sobre os outros da forma mais gentil e dissimulada. Aprenda e aplique as leis da corte e não haverá limites para a sua escalada na corte.

 

LEI 25
RECRIE-SE

Não aceite os papéis que a sociedade lhe impinge. Recrie-se forjando uma nova identidade, uma que chame atenção e não canse a platéia. Seja senhor da sua própria imagem, em vez de deixar que os outros a definam para você. Incorpore artifícios dramáticos aos gestos e ações públicas – seu poder se fortalecerá e sua personagem parecerá maior do que a realidade.

 

LEI 26
MANTENHA AS MÃOS LIMPAS

Você deve parecer um modelo de civilidade e eficiência: suas mãos não se sujam com erros e atos desagradáveis. Mantenha essa aparência impecável fazendo os outros de joguete e bode expiatório para disfarçar a sua participação.

 

LEI 27
JOGUE COM A NECESSIDADE QUE AS PESSOAS TÊM DE ACREDITAR EM ALGUMA COISA PARA CRIAR UM SÉQUITO DE DEVOTOS

As pessoas têm um desejo enorme de acreditar em alguma coisa. Tornese o foco desse desejo oferecendo a elas uma causa, uma nova fé para seguir. Use palavras vazias de sentido, mas cheias de promessas; enfatize o entusiasmo de preferência à racionalidade e à clareza de raciocínio. Dê aos seus novos discípulos rituais a serem cumpridos, peça-lhes que se sacrifiquem por você. Na ausência de uma religião organizada e de grandes causas, o seu novo sistema de crença lhe dará um imensurável poder.

 

LEI 28
SEJA OUSADO

Inseguro quanto ao que fazer, não tente. Suas dúvidas e hesitações contaminarão os seus atos. A timidez é perigosa: melhor agir com coragem. Qualquer erro cometido com ousadia é facilmente corrigido com mais ousadia. Todos admiram o corajoso; ninguém louva o tímido.

 

LEI 29
PLANEJE ATÉ O FIM

O desfecho é tudo. Planeje até o fim, considerando todas as possíveis conseqüências, obstáculos e reveses que possam anular o seu esforço e deixar que os outros fiquem com os louros. Planejando tudo até o fim, você não será apanhado de surpresa e saberá quando parar. Guie gentilmente a sorte e ajude a determinar o futuro pensando com antecedência.

 

LEI 30
FAÇA AS SUAS CONQUISTAS PARECEREM FÁCEIS

Seus atos devem parecer naturais e fáceis. Toda a técnica e o esforço necessários para sua execução, e também os truques, devem estar dissimulados. Quando você age, age sem se esforçar, como se fosse capaz de muito mais. Não caia na tentação de revelar o trabalho que você teve – isso só despertará dúvidas. Não ensine a ninguém os seus truques ou eles serão usados contra você.

 

LEI 31
CONTROLE AS OPÇÕES: QUEM DÁ AS CARTAS É VOCÊ

As melhores trapaças são as que parecem deixar ao outro uma opção: suas vítimas acham que estão no controle, mas na verdade são suas marionetes. Dê às pessoas opções que sempre resultem favoráveis a você. Force-as a escolher entre o menor de dois males, ambos atendem ao seu propósito. Coloque-as num dilema: não terão escapatória.

 

LEI 32
DESPERTE A FANTASIA DAS PESSOAS

Em geral evita-se a verdade porque ela é feia e desagradável. Não apele para o que é verdadeiro ou real se não estiver preparado para enfrentar a raiva que vem com o desencanto. A vida é tão dura e angustiante que as pessoas capazes de criar romances ou invocar fantasias são como oásis no meio do deserto: todos correm até lá. Há um enorme poder em despertar a fantasia das massas.

 

LEI 33
DESCUBRA O PONTO FRACO DE CADA UM

Todo mundo tem um ponto fraco, uma brecha no muro do castelo. Essa fraqueza em geral é uma insegurança, uma emoção ou necessidade incontrolável; pode também ser um pequeno prazer secreto. Seja como for, uma vez encontrado esse ponto nevrálgico, é ali que você deve apertar.

 

LEI 34
SEJA ARISTOCRÁTICO AO SEU PRÓPRIO MODO AJA COMO UM REI PARA SER TRATADO COMO TAL

A maneira como você se comporta em geral determina como você é tratado: em longo prazo, aparentando ser vulgar ou comum, você fará com que as pessoas o desrespeitem. Pois um rei respeita a si próprio e inspira nos outros o mesmo sentimento. Agindo com realeza e confiança nos seus poderes, você se mostra destinado a usar uma coroa.

 

LEI 35
DOMINE A ARTE DE SABER O TEMPO CERTO

Jamais demonstre estar com pressa – a pressa trai a falta de controle de si mesmo, e do tempo. Mostre-se sempre paciente, como se soubesse que tudo acabará chegando até você. Torne-se um detetive do momento certo; fareje o espírito dos tempos, as tendências que o levarão ao poder. Aprenda a esperar quando ainda não é hora, e atacar ferozmente quando for propício.

 

LEI 36
DESPREZE O QUE NÃO PUDER TER: IGNORAR É A MELHOR VINGANÇA

Reconhecendo um problema banal, você lhe dá existência e credibilidade. Quanto mais atenção você der a um inimigo, mais forte você o torna; e um pequeno erro às vezes se torna pior e mais visível se você tentar consertá-lo. Às vezes, é melhor deixar as coisas como estão. Se existe algo que você quer, mas não pode ter, mostre desprezo. Quanto menos interesse você revelar, mais superior vai parecer.

 

LEI 37
CRIE ESPETÁCULOS ATRAENTES

Imagens surpreendentes e grandes gestos simbólicos criam uma aura de poder – todos reagem a eles. Encene espetáculos para os que o cercam, repletos de elementos visuais interessantes e símbolos radiantes que realcem a sua presença. Deslumbrados com as aparências, ninguém notará o que você realmente está fazendo.

 

LEI 38
PENSE COMO QUISER, MAS COMPORTE-SE COMO OS OUTROS 

Se você alardear que é contrário às tendências da época, ostentando suas idéias pouco convencionais e modos não ortodoxos, as pessoas vão achar que você está apenas querendo chamar atenção e se julga superior. Acharão um jeito de punir você por fazê-las se sentir inferiores. É muito mais seguro juntar-se a elas e desenvolver um toque comum. Compartilhe a sua originalidade só com os amigos tolerantes e com aqueles que certamente apreciarão a sua singularidade.

 

LEI 39
AGITE AS ÁGUAS PARA ATRAIR OS PEIXES

Raiva e reações emocionais são contraproducentes do ponto de vista estratégico. Você precisa se manter sempre calmo e objetivo. Mas, se conseguir irritar o inimigo sem perder a calma, você ganha uma inegável vantagem. Desequilibre o inimigo: descubra uma brecha na sua vaidade para confundi-lo e é você quem fica no comando.

 

LEI 40
DESPREZE O QUE VIER DE GRAÇA

O que é oferecido de graça é perigoso – em geral é um ardil ou tem uma obrigação oculta. Se tiver valor, vale a pena pagar. Pagando, você se livra de problemas de gratidão e culpa. Também é prudente pagar o valor integral com a excelência e não se economizar. Seja pródigo com seu dinheiro e o mantenha circulando, pois a generosidade é um sinal e um ímã para o poder.

 

LEI 41
EVITE SEGUIR AS PEGADAS DE UM GRANDE HOMEM

O que acontece primeiro sempre parece melhor e mais original do que o que vem depois. Se você substituir um grande homem ou tiver um pai famoso, terá de fazer o dobro do que eles fizeram para brilhar mais do que eles. Não fique perdido na sombra deles, ou preso a um passado que não foi obra sua: estabeleça o seu próprio nome e identidade mudando de curso. Mate o pai dominador, menospreze o seu legado e conquiste o poder com a sua própria luz.

 

LEI 42
ATAQUE O PASTOR E AS OVELHAS SE DISPERSAM

A origem dos problemas em geral pode estar num único indivíduo forte – o agitador, o subalterno arrogante, o envenenador da boa vontade. Se você der espaço para essas pessoas agirem, outros sucumbirão a sua influência. Não espere os problemas que eles causam se multiplicarem, não tente negociar com eles – eles são irredimíveis. Neutralize a sua influência isolando-os ou banindo-os. Ataque à origem dos problemas e as ovelhas se dispersarão.

 

LEI 43
CONQUISTE CORAÇÕES E MENTES

A coerção provoca reações que acabam funcionando contra você. É preciso atrair as pessoas para que queiram vir até você. A pessoa seduzida torna-se um fiel peão. Seduzem-se os outros atuando individualmente em suas psicologias e pontos fracos. Amacie o resistente atuando em suas emoções, jogando com aquilo de que ele gosta muito ou teme. Ignore os corações e as mentes dos outros e eles o odiarão.

 

LEI 44
DESARME E ENFUREÇA COM O EFEITO ESPELHO

O espelho reflete a realidade, mas também é a ferramenta perfeita para a ilusão. Quando você espelha os seus inimigos, agindo exatamente como eles agem, eles não entendem a sua estratégia. O Efeito Espelho os ridiculariza e humilha, fazendo com que reajam exageradamente. Colocando um espelho diante das suas psiques, você os seduz com a ilusão de que compartilha os seus valores; ao espelhar as suas ações, você lhes dá uma lição. Raros são os que resistem ao poder do Efeito Espelho.

 

LEI 45
APREGOE A NECESSIDADE DE MUDANÇA, MAS NÃO MUDE MUITA COISA AO MESMO TEMPO

Teoricamente, todos sabem que é preciso mudar, mas na prática as pessoas são criaturas de hábitos. Muita inovação é traumática, e conduz à rebeldia. Se você é novo numa posição de poder, ou alguém de fora tentando construir a sua base de poder, mostre explicitamente que respeita a maneira antiga de fazer as coisas. Se a mudança é necessária, faça-a parecer uma suave melhoria do passado.

 

LEI 46
NÃO PAREÇA PERFEITO DEMAIS

Parecer melhor do que os outros é sempre perigoso, mas o que é perigosíssimo é parecer não ter falhas ou fraquezas. A inveja cria inimigos silenciosos. É sinal de astúcia exibir ocasionalmente alguns defeitos, e admitir vícios inofensivos, para desviar a inveja e parecer mais humano e acessível. Só os deuses e os mortos podem parecer perfeitos impunemente.

 

LEI 47
NÃO ULTRAPASSE A META ESTABELECIDA; NA VITÓRIA, APRENDA A PARAR

O momento da vitória é quase sempre o mais perigoso. No calor da vitória, a arrogância e o excesso de confiança podem fazer você avançar além da sua meta e, ao ir longe demais, você conquista mais inimigos do que derrota. Não deixe o sucesso lhe subir à cabeça. Nada substitui a estratégia e o planejamento cuidadoso. Fixe a meta e, ao alcançá-la, pare.

 

LEI 48
EVITE TER UMA FORMA DEFINIDA

Ao assumir uma forma, ao ter um plano visível, você se expõe ao ataque. Em vez de assumir uma forma que o seu inimigo possa agarrar, mantenha-se maleável e em movimento. Aceite o fato de que nada é certo e nenhuma lei é fixa. A melhor maneira de se proteger é ser tão fluido e amorfo como a água; não aposte na estabilidade ou na ordem permanente. Tudo muda.

por Robert Greene e Jost Elffers

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/baixa-magia/as-48-leis-do-poder/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/baixa-magia/as-48-leis-do-poder/

‘Árvore Qliphotica: Seu mapa de fuga da prisão

Tamosauskas

Este material é um acompanhamento do curso de Qlipoth: A Árvore da Morte, oferecido por Marcelo del Debbio adicionado de alguns insights pessoais do autor e apresenta uma introdução ao estudo da árvore da morte da cabala qliphótica. Esse estudo pode trazer medo quem só está acostumado com o lado luminoso da cabala e ilusões quem não está acostumado com cabala nenhuma. Ele fornece entretanto conceitos importantes tanto para quem quer evitar os erros do caminho com para quem quer se proteger da malícia dos demais.

Lida de cima para baixo a árvore da morte é um manual de como a opressão é criada e mantida,  Lido de baixo para cima entretanto pode ser vista como uma rota de fuga. Um mapa capaz de denunciar os mecanismos usados para nos escravizar. Este resumo trará a segunda opção com os nomes e características de cada Qlipha, bem como dos túneis que as ligam. Também foi incluído um pequeno questionamento meditativo em cada qlipha sobre os obstáculos que a árvore da morte impõe.Também será fornecida uma referência de ficção da literatura ou do cinema de uma distopia .

Entretanto a forma mais de compreender a árvore da morte é comparar cada um de seus elementos com seu correspondente na árvore da vida. Trata-se sempre de uma versão corrompida, prostituída e degenerada de sua contraparte. Por essa razão a cada elemento estudado será sempre mencionada a sephira ou caminho da qual é a sombra. Se estes nomes forem novidades para você, interrompa a leitura e faça um estudo da cabala pela via luminosa antes de continuar.

Conceitos chave:

  •  Árvore da morte: É o oposto da árvore da vida. Composta por qliphoth e túneis.Algumas pessoas tratam a árvore da morte como como as raízes subterrâneas, a sombra ou ainda o reflexo invertido da árvore da vida.
  • Qlipha: Qlipha (plural Qliphoth) é para a árvore da morte o que uma sephiras é para a árvore da vida. Cada uma possui sua correspondente em uma das duas árvores. Qlipha significa literalmente casca no mesmo sentido da casca de uma fruta, que depois de separada de sua polpa doce e nutritiva e só que só serve para ser jogada fora para servir de adubo.
  • Túneis: Os túneis ligam duas qliphoth na árvore da morte da mesma maneira que os caminhos ligam duas sephiroth na árvore da vida. São pontos em que duas forças se influenciam mutuamente gerando um resultado específico e que engana e prende a luz como uma teia.

Vejamos agora as Qliphoth e seus túneis separadamente:

X – Nahema (Os sussuradores)

Sombra de Malkuth

Conceito chave: escravidão

Ficção distópica: Matrix

Também chamada de Lilith. Esta é a masmorra, o porão da árvore da morte. É o resultado concreto em um reino de escravidão, ignorância e servidão onde em vez de perseguirem sua verdadeira vontade as pessoas aceitam, servem e obedecem completamente um sistema criado para aprisioná-las. É uma jaula fácil de ver por fora mais difícil de enxergar por dentro. Por essa razão é trivial detectar as ideologias, sistemas e religiões que manipulam outras pessoas mas é muito difícil detectar os sistemas que manipulam a nós mesmos. A primeira atitude para quem quer liberdade é se tornar consciente da falta dela.

Questionamento meditativo:

“Consigo enxergar os mecanismos de escravidão em que estamos imersos?”

 

IX –  Gamaliel (Os obscenos)

Sombra de Yesod
Conceito chave: Ilusão
Ficção distópica: Jogos Vorazes, a Ilha

Gamaliel é a terra das ilusões. Enquanto a imaginação consciente pode ser libertadora a mera fantasia é um grande obstáculo para o desenvolvimento. Em Gamaliel são produzidas as aspirações e ideias de que que um dia, de alguma forma a verdadeira realização virá e justificará toda escravidão dando então ao oprimido os mesmos benefícios que os opressores já tem.  Essa mitologia artificial deve de preferência durar toda a vida, por isso tradicionalmente nos sistemas religiosos a justificação só ocorre depois da morte. Enquanto isso, em termos de política, o socialismo convence as massas que a elite do partido é um mal temporário é necessário e o capitalismo convence os pobres que um dia, se tiverem sorte ou trabalharem muito poderão se tornar ricos. Tudo isso faz os prisioneiro serem os primeiros a defender suas prisões e a defender o mesmo sistema que os vampiriza. Na escala pessoal se trata da preguiça e da auto-ilusão que tudo consome e nada produz.

Questionamento meditativo:

“Quanto da minha criatividade é limitada pelas fantasias que consumo?”

 

Túneis:

32 (IX – X)

Thantifarax (Intolerância)

Sombra do Mundo

Afim de vender as ilusões de Gamaliel dominar os escravos de Nahema, Thantifarax, o carcereiro do jardim do éden, é a intolerância que garante exclusividade dos sonhos. Individualmente é a incapacidade de imaginar. Na sociedade  é o consumo apenas dos mitos enlatados e autorizados rechaçando qualquer sonho que saia da norma como ridículo, insano ou perverso.

 

VIII – Samael (O veneno de Deus)

Sombra de Hod

Conceito chave: Mentira

Ficção distópica: 1984

Esta qlipha é a ninho da mentira e da desonestidade intelectual e da auto-ilusão. Aqui os interesses são mais importantes do que a verdade e a própria linguagem é manipulada para não mais expressar a realidade mas sim favorecer nossos planos. No indivíduo essa sombra se manifesta sempre que pronunciamos inverdades e distorcemos os fatos por interesse próprio. Em uma escala maior ela faz nascer o controle da mídia para atender interesses políticos. Por essa razão quem tem o poder político sempre tentará controlar o poder midiático. Além disso o próprio controle de quais palavras e rótulos são usados para descrever uma situação já é uma expressão de poder. Usualmente em um sistema opressor bem estabelecido a liberdade de expressão é cerceada e toda produção intelectual precisa de aprovação.

 

Questionamento meditativo:

“Fui convencido de que algo é tão complicado que não possa entender?”

“Minto para mim mesmo por conforto ou comodismo?”

 

Túneis:

 

31(VIII-X) Shalicu  (preconceito)

Sombra do Julgamento
As mentiras fabricadas em Samael são perpetuadas no reino de Nahema através do preconceito. A cultura de escravidão e das falsas idéias são disseminada aqui por meio do uso de imagens, símbolos, piadas, histórias e linguagem viciadas que sustentam algumas mentiras essenciais.

 

30 (VIII-IX) Raflifu (falsos ídolos)

Sombra do Sol

Para assegurar que as mentiras se integrem a sociedade são construídos ídolos que representam o sucesso dentro de um sistema particular.  Estes falsos ídolos, são castas ou heróis que representam os sonhos encarnados dos escravos, mostrando que é possível chegar lá. Para serem como eles as massas o imitarão e farão tudo o que ele disser.

 

VII – A’arab’zarak (Os corvos da dispersão)

Sombra de Netzach

Conceito chave: Distração

Ficção distópica: Admirável Mundo Novo

Aqui gralham os corvos da dispersão cujo grande objetivo é tirar o nosso foco. Na esfera pessoal a influência dessa qlipha é sentida no escapismo de distrações usadas como válvula de escape para os problemas reais. Na esfera coletiva essas distrações reafirmam as ilusões criadas em Gamaiel e as mentiras criadas em Samael quando as autoridades desviam a atenção das massas mantendo-as ocupadas e longe das questões importantes e dos problemas reais. É o famoso Pão e Circo de Roma que se desenvolveu hoje para se transformar na indústria do entretenimento vazio onde o burlesco e o grotesco impede as pessoas de pensarem.

 

Questionamento meditativo:
“As distrações que me ocupam me afastam de meus problemas reais?”

 

Túneis:

 

29 (VII-X) Quliefi (Medo)

Sombra da Lua

Por outro lado quando os corvos da distrações falam diretamente com os escravos é sempre em um contexto de restrição no intuito de gerar um medo institucionalizado. Enquanto Tzuflifu diz que tudo vale, Quliefi brada que tudo é proibido. Isso torna os escravos confusos, sem saber como agir, para onde seguir e prontos para obedecer.

 

28 (VII-IX) Tzuflifu (Desejos)

Sombra do Imperador

As distrações de  A’arab’zmak quando conversam com as ilusões de Gamaliel criam um espaço onde finalmente os oprimidos podem dar vazão aos seus desejos. Numa escala pessoal aqui estão os vícios m geral Seguindo uma receita aprovada todos os desejos e paixões podem ser satisfeitos. Estes desejos não são apenas permitidos, mas compulsórios e quem quer que não os alimente é um proscrito.

 

27 (VII-VIII) – Paraxitas (Ódio ao diferente)

Sombra da Torre

As distrações de  A’arab’zmak somadas as mentiras de Samael se unem para formar uma casca mental de o ódio a tudo o que for diferente.  Assim esse túnel é a origem de toda cultura do “nós contra eles” e faz uma eficiente separação de seres humanos em grupos opostos. Se você identifica um certo ódio irracional a um tipo específico de ser humano, provavelmente já está respirando o ar deste túnel.

 

VI – Thagirion (O Sol Negro)

Sombra de Tipheret

Conceito chave: Egoísmo

Ficção distópica: V de Vingança

Thagirion é o agente centralizador das ações de todas as esferas vistas anteriormente. Ela queima com a  obsessão de fazer valer seus desejos acima de todas as outras  vontades e arde ao extremo de não emitir mais qualquer luz de cima. Isso faz  a estrela da vontade entrar em colapso gravitacional tornando-se um grande buraco negro no centro da árvore da morte. Em uma escala pessoal é o egoísmo autoritário, na história tem se traduzido na ascensão de imperadores na antiguidade e dos grandes ditadores industriais como Stalin, Hitler e Mao.

 

Questionamento meditativo:

“Abro mão de minha verdadeira vontade por medo e insegurança? Sou autoritário com alguém?”

 

Túneis:

 

26 (VI-VIII) A’ano’nin (Propaganda)

Sombra do Diabo

O imperativo egolatria de Thagirion é reforçado por meio da máquina da propaganda. Ou seja, um esforço ativo e oficial de promulgar sua ideologia e, muitas vezes, um culto a sua imagem divina. Na política pode surgir como um monopólio declarado dos meios de comunicação ou como criptocracia das mídias por parte

dos poderosos.

 

25 (VI-IX) SakSakSalin (Status Quo)

Sombra da Temperança

A normalização da realidade para atender os designeos de Thagirion é o que dá origem ao status quo. A idéia aqui é que a opressão não é apenas uma configuração arquitetada com malícia mas sim o estado natural e original das coisas. Qualquer tentativa de mudança é portanto não natural e fadada ao fracasso.

 

24 (VI-VII) Niantiel (Culto a juventude)

Sombra da Morte

Uma das maneiras de tornar seu controle certo é criar nos escravos um culto a juventude no qual qualquer acúmulo de sabedoria ou vivência é visto como não desejável. A indústria da moda, os padrões de beleza são alguns de seus efeitos físicos na coletividade. Mas o culto a ignorância e a infantilização são também sinais mais sutis deste túnel.

 

V – Golachab (Os incendiários)

 

Sombra de Geburah

Conceito chave: Violência

Ficção distópica: MadMax

Esta é a esfera da violência e da subjugação por meio do uso da força. Sua diretriz é reinar pelo terror causando danos, sofrimento ou morte em qualquer oposição. No mundo particular se traduz em ira ou mesmo violência doméstica e em termos de geopolítica na indústria bélica. O monopólio das armas e o constante pensamento belicoso é um dos mais antigos artifícios de tomada e concentração da autoridade. Se a concentração de força for desproporcional a opressão está garantida, permitindo como disse Sun Tzu, em A Arte da Guerra, subjugar o inimigo sem lutar. Quem controla as armas coloca-se ainda acima de todos os conflitos menores e geralmente prospera vendendo munição para os dois lados.

 

Questionamento meditativo:

“De quem ou do que tenho medo? Do que esse medo me afasta?”

 

Túneis:

 

23 (V-VIII) Malkunofat (Burocracia)

Sombra do Enforcado

A força de Gloachab se expressa no mundo das mentiras de Samael por meio da regularização extrema e imposição de regras e procedimentos explícitos. Aqui nascem os impostos dos governos,  as regras inúteis capazes de validar ou invalidar rituais e em particular a hierarquia das castas que colocam cada pessoa em seu devido lugar.

 

22 (V-VI) Lafoursian (Injustiça)

Sombra da Justiça

Enquanto as regras de  Malkunofat algemam toda intelectualidade, Lafousian estabelece a injustiça por meio de uma política de exceção. Por um lado isso significa que algumas pessoas terão tratamento especial enquanto outras pessoas enfrentarão todo o rigor da lei. A decisão de quem é quem cabe a quem possui o monopólio da violência.

 

IV – Gma’Asheklah (Os perturbadores)

Sombra de Chesed
Conceito chave: Ganância
Ficção distópica: Elysium

A influência dessa qlipha se revela quando a prosperidade e riqueza serve apenas a si mesma.  Quando isso acontece o comércio e a indústria não prosperaram mais provendo soluções, mas sim perpetuando problemas. Aqui nascem as atuais indústrias químico-farmacêutica-alimentar onde as sementes só podem ser plantadas uma vez para serem compradas e remédios de uso prolongado recebem mais pesquisas do que a cura das doenças propriamente ditas. É também a casa da indústria financeira onde riqueza não tem mais origem no trabalho e sim na especulação e nos juros sobre juros. Em uma escala microcósmica a influência dessa qlipha pode ser vista quando o dinheiro torna-se um fim em si mesmo.

 

Questionamento meditativo

“Quais são as coisas que cobiço? Do que essa cobiça me afasta?”

 

Túneis

 

21 (IV-VIII) Kurgasiax (Poluição)

Sombra da Roda da Fortuna

A fim de vender e enriquecer cada vez mais Gma’Asheklah produz neste túnel toda sorte de poluição. De um lado do túnel o vendedores vendem qualquer coisa que gere lucro, do outro lado o comprador compra qualquer coisa que lhe sirva de distração. Isso significa total negligência com as consequências de longo prazo, o meio ambiente e as outras pessoas.

 

20 (IV-VI) Yamalu (Suborno)

Sombra do Heremita

O poder do ego aliado ao desejo da riqueza por si só faz nascer o corrupto e o corruptor. Sabendo disso Gma’Asheklah e Thagirion se manipulam mutuamente o tempo todo, um para acumular ainda mais recursos e o outro para impor mais facilmente seus planos

 

19 (IV-V) Temphioty (Desumanização)

Sombra da Força

O acúmulo de poder como meta e a violência extrema como método nos levam ao último limiar da árvore da morte que ainda pode ser considerado humano. Aqui ocorre a completa desumanização e não existe mais nenhuma barreira. O “Nós contra eles” se degenera ainda mais e dá origem ao “Eu contra todos”.

 

III – Satariel (Os ocultadores)

Sombra de Binah

Conceito chave: Negação

Ficção distópica: Fahrenheit 451

Ocultar recursos, informações e possibilidades é o que rege esta qlipha. A idéia é que as pessoas não podem lutar contra um inimigo que você nem sabem que existe e não podem buscar por tesouros dos quais você nunca ouviram falar. Daí vem o impulso imediato de todo criminoso de ocultar o próprio crime e de todo ser humano de negar as próprias falhas. Além disso, quanto mais subimos na hierarquia de uma corporação, mais avessa ela será a transparência. Existem câmeras de vídeo apontando para a cabeça de todo caixa, mas nenhuma janela nas salas de reunião de cúpula. O governo nega ter conhecimento.

 

Questionamento meditativo:

“Sou um agente de luz e libertação ou um agente da restrição e ocultamento?”

 

Túneis:

18 (III – V) – Characith (Censura)

Sombra da Carruagem

A ocultação violenta se traduz em censura.  Ou seja, no uso sistemático de uma força superior para suprimir idéias, recursos e pessoas. Queimar livros, controlar acesso, proibir manifestações e calar pessoas são os primeiros degraus deste túnel, o último deles é a execução  de qualquer pessoa que pense ou fale demais.

 

17 (III-VI) – Zanradiel (Difamação)

Sombra dos Amantes

Difamação é outra arma usada para ocultar esforços da oposição. Numa escala pessoal este túnel se traduz na fofoca e na inveja, mas na humanidade não faltaram exemplos históricos do uso sistemático da difamação como no macartismo e na inquisição espanhola.

 

II – Ghogiel (Os estorvadores)

Sombra de Chokmah

Conceito chave: Confusão

Ficção distópica: Arquivo X

Enquanto Satariel preocupa-se em ocultar a realidade por meio da restrição e da falta de acesso, Gkogiel faz a mesma coisa por meio de um lamaçal de lixos inúteis, vomitando infinitas versões deturpadas da verdade. A idéia aqui é que a razão se não pode ser completamente eliminada ela será então ocultada em uma multidão de irracionalidade. A verdade desaparece assim em meio a um mar de mentiras. Um governo por exemplo pode criar e soltar as mais bizarras teorias da conspiração para ocultar a conspiração verdadeira tornando-se impossível distinguir o certo do errado. Os estorvadores causam a alienação pelo excesso de informação.

 

Questionamento meditativo:

“As coisas que consum, defendo, e acredito colaboram com minha verdadeira vontade?”

 

Túneis:

 

16 (II-IV) Uriens (Sectarismo)

Sombra do Hierofante

O enxame de lixo de Gkogiel  encontra a ganância de  Gma’Asheklah e dá origem ao túnel do sectarismo.  Em pequena escala aqui nascem as panelinhas, mas nas grandes corporações gera círculos internos dentro de círculos internos e eventualmente no surgimento de dissidências concorrentes.

 

15 (II-VI) Hemetherith (Loucura)

Sombra da Estrela

O ego inflado em Thagirion dá a luz a todo tipo de extravagância que reforça seu poder e caráter único distanciando-o das demais pessoas. Desvirtuada da verdadeira vontade quando mais poder, mais loucura ao ponto de não haver diferença entre o poder supremo e a loucura completa.

 

14 (II-III) Dagdagiel (Corrupção)

Sombra da Imperatriz

Ação dos ocultadores e dos estorvadores dão origem a corrupção em seu sentido mais abstrato, de essência estragada, ou core (núcleo), rupto (rompido). Se estabelece uma versão invertida do lema caoista e então “Nada é permitido e tudo é verdadeiro”. Daqui o erro se multiplica de forma virulenta para todos os outros túneis abaixo como uma herança maldita, um pecado original e um câncer fora de controle que cresce até consumir tudo, incluindo a si mesmo.

 

I – Thaumiel (O Gêmeo de Deus)

Sombra de Kether.

Conceito chave: Destruição

Ficção distópica: H.P. Lovecraft

Toda perversão vista nas outras sombras e que causam a escravidão ao desembocar em Nahema podem ser rastreadas até essa qlipha que essencialmente fala da essência do mal sendo causada por um ato de vontade externo ao sistema em uma intenção de destruí-lo. Essa é a única explicação possível para a existência da arte da morte, pois ela existe em uma constante situação de auto-destruição com diversos sistemas de opressão concorrendo uns com os outros e  se destruindo mutuamente. Segundo a tradição da cabala sepharadita, por exemplo, entidades de fora do nosso sistema solar, não podendo participar da criação de nosso mundo lançaram no coração humano suas sementes de corrupção e essas sementes por sua vez destroem toda a árvore da vida, de dentro para fora. Esses seres anti-cósmicos são retratados também nos mitos de H.P Lovecraft que fala de deuses extraterrenos completamente fora de nossa realidade, sem qualquer interesse humano e capazes de destruir tudo o que existe.

 

Questionamento meditativo:

 

“Eu mesmo colaboro com a escravidão e opressão de outras pessoas?”

 

Túneis

 

13 (I-IV) Gargoprias (Traição)

Sombra do Sacerdotiza

O agente externo é o verdadeiro manipulador que puxa os cordões de quem puxa o cordão. Ele promete o domínio completo da árvore ao mesmo tempo que estimula sua destruição, o resultado não poderia ser outro senão a traição. O ego pensa estar traindo o mundo quando na verdade está sendo traído e colaborando com sua aniquilação final.

 

12 (I-III) Barachial (Feitiçaria)

Sombra do Mago

As sementes do mal de Thaumiel podem corromper mais facilmente o sistema quando existe dentro dele um agente colaborador. A figura do mago negro como alguém que usa a feitiçaria de um poder sombrio superior é fácil de visualizar e representa bem este túnel, mas em outras escalas a feitiçaria está presente em qualquer ato intencional e consciente de maldade. Esse agente entende que a árvore da morte não pode ser mantida por muito tempo e, decidido a tirar o maior proveito possível antes da destruição final, opta pelo mal.

 

11 (I-II) Amprodias (Suicídio)

Sombra do Louco

O terceiro túnel que liga a Thaumiel é o daquelas pessoas que, entendendo que a árvore da morte é por si só decadente e que esconde em sua própria estrutura a essência de sua destruição, não vê outra solução senão destruir a si mesmo em antecipação da destruição do todo. Essas pessoas também optam pelo mal, mas levam seu ódio ao cosmos a última consequência acabando com sua própria vida numa tentativa de escapar do sistema.

 

Considerações finais

 

Embora essas explicações possam dar a entender que a Árvore da Morte só existe em grandes instituições, seitas e organizações, devemos considerar que o aspecto sombrio pode estar presente em qualquer manifestação. Mesmo uma relação a dois pode ser qliphotica. Ainda mais, é possível e bastante comum sabotarmos nós mesmos e assim fazemos sempre que nos desvirtuamos do caminho de nossa verdadeira vontade.

 

Rápidas Análises Qliphotica

Com base no que foi passado tentamos estruturar duas árvores da morte para servirem de comparação.

Este primeiro exemplo foi escolhido para mostrar como é muito fácil ver os mecanismos de escravização dos outros, particularmente um tão reforçado atualmente como a alemanha nazista. Por outro lado o atual sistema ocidental também tem um viés escravizador que muitas vezes passa despercebido.

Qlipha Terceiro Reich Ocidente
I. Thaumiel Mönch mit dem grünen Handschuh
(O monge da luva verde)
Elite Oculta (?)
(“Illuminati”, “sionistas”, “reptilianos”, etc..)
II. Ghogiel Contrainformação e Naziesoterismo
(Heinrich Himmler, Der Stürmer, Julios Evola, Savitri Devi Mukherji,
Karl Maria Wiligut)
Grande Mídia
(Thomson-Reuters, Time-Warner, News Corporation)
III. Satariel Gestapo
(Walter Schellenberg, Espionagem, Bücherverbrennung)
G8
(NSA, CIA, MI6, GCHQ, etc…)
IV. Gma’Asheklah Fascismo

(Lebensraum, Dr. Hjalmar Schacht )

Indústria Petroquímica
(Exxon Mobil, Chevron, Bayer, Basf, etc…)
V. Golachab Militarismo
(Invasões, Präventivkrieg, Holocausto, Einsatzgruppen)
Indústria Bélica
(Lockheed Martin, Constellis Holdings, Boeing, etc…)
VI. Thagirion Adolf Hitler

(Führerprinzip, Gleichschaltung)

Elite Financeira
Bilderberg Group, Fórum Econômico Mundial, etc…)
VII. A’arab’zmak Propaganda e Totalitarismo

(Lebensorn, Joseph Goebbels)

Show business e Politicamente correto
(Comcast, Disney, Sony, Viacom, etc..)
VIII. Samael Filosofia e Ciência Nazista
(Nietzschismo, Darwinismo Social, Eugenia,  Racismo, Joseph Mengele)
Controle da Informação
(Silicon valley: Google, Facebook, Amazon, Apple, Microsoft, etc..)
IX. Gamaliel Ideal Nazista

(Volksgemeinschaft, Herrenvolk, Richard Wagner, Leni Riefenstahl, Albert Speer)

American Way of Life
X. Nahema Povo Alemão Consumismo Global

A segunda análise traz duas aproximações genérica para facilitar o reconhecimento de uma natureza Qliphotica em cultos e organizações políticas. O primeiro caso é um bom exemplo de árvore da morte de ação particular, e o segundo de ação coletiva, embora é claro uma coisa afete a outra. Note que em ambos os casos em Thaumiel temos alguém que sobrevive ao desmoronamento de toda estrutura e que pode facilmente fundar outro grupo para reiniciar o processo de vampirização. Outro ponto interessante é que nestes exemplos fica clara a natureza fractal destas estruturas. Assim com a árvore da vida cada qlipha tem dentro de si uma mini árvore da morte. Dentro da Gestapo certamente os membros e subdivisões se organizam de modo semelhante, assim como o Politicamente Correto que rege o que é ou não pecado no mundo moderno tem expressões em todas as outras Qliphas.

Qlipha Grupos Religiosos Grupos Políticos
I. Thaumiel Alta hierarquia Alta Cúpula
II. Ghogiel Boataria Desinformação
III. Satariel Tabus Censura
IV. Gma’Asheklah Lavagem de Dinheiro Lobismo
V. Golachab Repressão Militancia agressiva
VI. Thagirion Líder do Culto Caudilhismo
VII. A’arab’zarak Monopólio Social Pão e Circo
VIII. Samael Doutrinação Propaganda
IX. Gamaliel Promessas da fé Ideologia
X. Nahema Cultistas Eleitores

[…] Postagem original feita no https://mortesubita.net/cabala/arvore-qliphotica-seu-mapa-de-fuga-da-prisao/ […]

Postagem original feita no https://mortesubita.net/cabala/arvore-qliphotica-seu-mapa-de-fuga-da-prisao/