Por Wagner Borges
Os antigos ocultistas costumavam utilizar uma analogia bastante interessante para simbolizar a inter-relação energética dos veículos de manifestação da consciência (os corpos energéticos do homem).
Utilizando-se de um método esotérico denominado de “analogia dos contrários”, baseado na “lei dos ternários” (composição musical de três tempos iguais), esses iniciados do passado representavam esotericamente o corpo astral como um cavalo atrelado a uma carroça, que, por sua vez, é controlada e conduzida pelo cocheiro.
Nessa analogia ocultista, podemos confeccionar o seguinte quadro de idéias:
– A carroça é o corpo físico.
– O cavalo, fogoso e impulsivo, é o corpo astral com suas paixões.
– O cocheiro é o corpo mental, sede da consciência, que tem por obrigação guiar o cavalo, para que ele puxe a carroça adequadamente até o lugar de destino.
Se aplicarmos esse esquema ocultista no estudo dos corpos energéticos do ser humano, podemos fazer uma associação de idéias bastante interessante, exposta da seguinte maneira:
Normalmente, durante a vigília física, o corpo astral, interpenetrado no corpo físico, sofre uma redução do padrão vibratório de suas partículas energéticas.
Quando uma pessoa descontrola-se emocionalmente, há um desarranjo na vibração dessas partículas astrais, o que acarreta uma certa “turbulência energética” no sistema nervoso, pois o duplo etérico (matriz energética do cordão de prata), que é o filtro energético entre o corpo astral e o corpo físico, absorve essa descarga astral-emocional para dentro de seus vórtices vibratórios, denominados de “chacras”, que, por sua vez, descarregam todo o fluxo energético no conduto espinal, nos plexos nervosos e nas glândulas endócrinas. Isso ocasiona sérios transtornos no campo energético que, na tentativa de exaurir a carga deletéria vinda do corpo astral, termina por amortecer a própria vibração, criando assim, intensos bloqueios energéticos que enredam demasiadamente o ser espiritual na carne.
É óbvio que em uma situação dessa, não há como existir um bom progresso na “senda espiritual”.
É imprescindível que haja um ótimo controle mental para dominar as descargas emocionais que emanam do corpo astral.
Pois foi baseando-se nisso que os antigos ocultistas criaram seu sistema analógico de idéias, que pode ser bem simples na aparência, mas é dotado de um poder de síntese impressionante.
Podemos mostrar isso do seguinte modo:
– Se o cavalo (corpo astral) descontrolar-se e sair do domínio do cocheiro (corpo mental), pode acabar levando a carruagem (corpo físico) para fora da estrada e mergulhar no fundo do abismo.
– O intermediário entre o cocheiro (corpo mental) e o cavalo (corpo astral) são as rédeas, que representam, esotericamente, o cordão de ouro (laço energético sutil que prende o corpo mental ao corpo astral).
– O cavalo (corpo astral) está conectado à carroça (corpo físico) por meio de arreios e cordas, que representam, esotericamente, o cordão de prata (laço energético denso que conecta o corpo astral ao corpo físico).
Logo, resumindo todas essas idéias, podemos dizer que o condutor (corpo mental) consciente é aquele que, através da vontade firme, forjada na mais pura disciplina espiritual, domina com inteligência e bons sentimentos o “fogo emocional” do seu cavalo (corpo astral) e conduz a carruagem (corpo físico) com estabilidade até seu destino glorioso, a “estação da consciência imortal”.
(Por Rama. Recebido espiritualmente por Wagner Borges – Salvador, 19 de outubro de 1992 – Extraído do livro “Viagem Espiritual I” – Ed. Universalista – 1993.)
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Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/ve%C3%ADculos-da-alma