Kenneth Grant, extrado do livro THE NIGHSIDE OF EDEN
Publicado pela Frederick Muller, Londres, 1977 e ©Skoob Books, Londres, 1994.
“Escuridão é ausência de luz, uma ausência que faz possível a presença de tudo que parece ser. O Não-ser, do qual o símbolo é escuridão é a fonte do Ser, e entre esses dois terminais está a solução de continuidade representada pelo Abismo que separa o mundo numenal de Kether, com seus dois terminais gêmeos[1], do mundo fenomenal de Malkuth. O ponto exato de descontinuidade é marcado pelo Pilão de Daäth no meio do Abismo. Daäth é conhecimento do mundo fenomenal refletido para baixo através dos Túneis de Set na parte de trás da Árvore. Esse conhecimento, ou Daäth, é a morte do Ser. Isso representa o estágio primário em que as mortalhas são tecidas sobre a múmia que entra no Amenta no Deserto de Set. Ela aparece na frente da Árvore com o semblante aparentemente vivendo do ego com que se identifica em sua descida gradual na matéria (Malkuth). Seu despertar para a consciência mundana é em realidade um sono e uma morte do qual o original Princípio da Consciência pode ser recuperado apenas ao viajar pelos Caminhos de Amenta no sentido inverso. Esta viagem para trás através dos Túneis de Set começa no Tuat, a passagem preliminar ou 32º Caminho que leva de volta de Malkuth (consciência mundana) às esferas astrais de Yesod”.
Nota do Autor:
[1] Chokmah (sujeito) e Binah (objeto).
Texto adaptado, revisado e enviado por Ícaro Aron Soares.
Postagem original feita no https://mortesubita.net/thelema/a-luz-que-e-negativa/