É comum no caminho do místico ouvir (diversas vezes) “você tem que aproveitar a vida”, “você tem que viver”, entre outros, sempre atrelados a um convite para farrar. Enquanto algumas culturas (para citar, Indiana e Tibetana) tem um profundo respeito pelos “renunciantes” a nossa por outro lado parece não entender muito bem como alguém pode desdenhar de sexo, fama, dinheiro e poder.
Com o pouco de experiência que tenho estava a refletir sobre isso e percebi que as maravilhas do caminho espiritual são muito mais elevadas do que os prazeres temporais do nosso mundo carnal.
Renunciante é quem abdica da sua herança divina para brincar um carnaval aqui e pular uma micareta acolá.
Renunciante é quem troca as maravilhas do amor universal, para amar uma pessoa só (de vez em quando uma hoje e outra amanhã).
Renunciante é quem troca o êxtase sagrado por uma droga que vai te consumir na mesma medida que você a consumiu,
Renunciante é quem prefere o vício a virtude.
E por fim, aquele que verdadeiramente renuncia é quem por força de um apego decide encarnar, sem recordar qualquer conhecimento de si, principalmente a lembrança da verdadeira origem.
Logo meus irmãos, eles são os verdadeiros renunciantes e os ditos “renunciantes”, ao contrário do que os ignorantes pensam, estão em busca do seu direito, estão em busca de um tesouro muito maior que a fortuna de Bill Gates.
Dito isso deixo claro que não acredito que ir para um monastério ou uma caverna é o único meio de buscar união com Deus. Em virtude da sociedade que vivemos e dependendo do estágio dos hormônios no seu corpo você pode apreciar um ou outro luxo sem demérito da sua evolução, contudo lembre-se das suas prioridades sempre.
“Em tudo isso, não há pecado – há apenas uma questão de disciplina – mas a nossa meta não é apenas não ter pecados, mas ser Deus” (Plotino)
Sejam Vitoriosos!
#Filosofia
Postagem original feita no https://www.projetomayhem.com.br/o-verdadeiro-renunciante